Prova Hidrologia Puc

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná Concurso Público da Companhia Paranaense de Energia - COPEL 24 de Janeiro de 2010 CARGO Nº 35 ENGENHEIRO CIVIL PLENO Atuação: Engenharia de Recursos Hídricos INFORMAÇÕES / INSTRUÇÕES: 1. Verifique se a prova está completa: questões de números 1 a 40 e 1 redação. 2. A compreensão e a interpretação das questões constituem parte integrante da prova, razão pela qual os fiscais não poderão interferir. 3. Preenchimento do Cartão-Resposta: - Preencher para cada questão apenas uma resposta - Preencher totalmente o espaço correspondente, conforme o modelo: - Usar caneta esferográfica, escrita normal, tinta azul ou preta - Para qualquer outra forma de preenchimento, a leitora anulará a questão O CARTÃO-RESPOSTA É PERSONALIZADO. NÃO PODE SER SUBSTITUÍDO, NEM CONTER RASURAS. Duração total da prova: 4 horas e 30 minutos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Anote o seu gabarito. N.º DO CARTÃO NOME (LETRA DE FORMA) ASSINATURA 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 31. 32. 33. 34. 35. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 36. 37. 38. 39. 40.

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  • Pontifcia Universidade Catlica do Paran Concurso Pblico da Companhia Paranaense de Energia - COPEL

    24 de Janeiro de 2010

    CARGO N 35

    ENGENHEIRO CIVIL PLENO Atuao: Engenharia de Recursos Hdricos

    INFORMAES / INSTRUES:

    1. Verifique se a prova est completa: questes de nmeros 1 a 40 e 1 redao.

    2. A compreenso e a interpretao das questes constituem parte integrante da prova, razo pela qual os fiscais no podero interferir.

    3. Preenchimento do Carto-Resposta: - Preencher para cada questo apenas uma resposta - Preencher totalmente o espao correspondente, conforme o modelo: - Usar caneta esferogrfica, escrita normal, tinta azul ou preta - Para qualquer outra forma de preenchimento, a leitora anular a questo

    O CARTO-RESPOSTA PERSONALIZADO. NO PODE SER SUBSTITUDO, NEM CONTER RASURAS.

    Durao total da prova: 4 horas e 30 minutos

    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

    Anote o seu gabarito.

    N. DO CARTO NOME (LETRA DE FORMA)

    ASSINATURA

    1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

    31. 32. 33. 34. 35.

    11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

    21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

    36. 37. 38. 39. 40.

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    CCOONNHHEECCIIMMEENNTTOOSS EESSPPEECCFFIICCOOSS

    1. Em relao s sentenas a seguir possvel afirmar que:

    I. A representao adequada do comportamento de um processo hidrolgico ou de um sistema por um modelo com o menor nmero possvel de parmetros entendida como princpio da parcimnia.

    II. O risco de ocorrncia de uma determinada varivel aleatria a chance, aceita pelo projetista, de que a varivel seja maior que um determinado valor.

    III. A incerteza de uma amostra pode decorre da representatividade da amostra ou dos erros de coleta e processamento dos dados de varivel aleatria.

    A) Todas so corretas. B) Apenas I correta. C) Apenas II correta. D) Todas so incorretas. E) I e II so corretas.

    2. A bacia hidrogrfica do rio A recebe precipitaes mdias anuais de 2.000 mm. Sabe-se que a vazo medida do rio aps perodo de 18 anos de 45 m3/s. Considerando a rea de bacia de 2.000 km2, possvel afirmar que:

    A) A evapotranspirao mdia anual e o coeficiente de escoamento de longo prazo da bacia so de aproximadamente 1.900 mm/ano e 0,70, respectivamente.

    B) A evapotranspirao mdia anual e o coeficiente de escoamento de longo prazo da bacia so de aproximadamente 1290 mm/ano e 0,35, respectivamente.

    C) A evapotranspirao mdia anual e o coeficiente de escoamento de longo prazo da bacia so de aproximadamente 1.290 mm/ano e 0,70, respectivamente.

    D) A evapotranspirao mdia anual da bacia de aproximadamente 130 mm/ano.

    E) O coeficiente de escoamento de longo prazo da bacia de 0,1.

    3. Para modelagem e previso de vazes de cheia em tempo real, possvel afirmar que:

    I. Previses em curto prazo, com base exclusivamente em postos fluviomtricos de montante da seco de interesse, dispensam caractersticas do rio ou da rea controlada.

    II. Previses de enchentes podem ser realizadas com base na previso de precipitao com auxlio de sistemas de sensoriamento remoto.

    III. possvel utilizar modelos compostos que consistem em modelos precipitao-vazo associados aos dados de vazes de montante da seco controlada.

    A) Apenas I correta. B) Todas so corretas. C) II e III so corretas. D) Todas so incorretas. E) I e II so corretas.

    4. Em relao s medidas de controle de inundaes, possvel afirmar que:

    I. Diques, cortes de meandros e reservatrios de cheias so medidas estruturais de controle de inundaes.

    II. Medidas estruturais de controle de inundaes so intervenes de engenharia implantadas exclusivamente na calha do rio, na seco de extravasamento.

    III. Medidas estruturais intensivas agem diretamente, acelerando ou retardando o escoamento.

    IV. A manuteno de baixos coeficientes de infiltrao na bacia uma medida no estrutural para controle de inundaes, baseada no uso do solo e da cobertura vegetal.

    A) I, II e IV so corretas. B) I e III so corretas. C) II e IV so corretas. D) Todas so corretas. E) II e III so corretas.

    5. Em relao curva de permanncia de vazes abaixo representada, determine a energia assegurada para uma altura de queda de 100 metros e eficincia total de converso de energia de 70%.

    1

    10

    100

    1000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Probabilidade (%)

    Vaz

    ao (m

    3 /s)

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    A) 2,1 GW B) 1,4 MW C) 210 MW D) 2,1 MW E) 140 MW

    6. A tabela a seguir apresenta as vazes mximas de um rio registradas em nove anos, de 1975 a 1984, em ordem decrescente de vazes. Com base nos valores registrados, determine a vazo mxima para um tempo de recorrncia de cinco anos.

    Ano Probabilidade (%) Vazo Mxima (m3/s) 1980 10 250,9 1976 20 225,3 1978 30 220,2 1981 40 205,0 1982 50 175,3 1979 60 145,6 1977 70 130,7 1983 80 120,2 1975 85 55,0 1984 95 45,9

    A) 120,2 m3/s B) 120,0 m3/s C) 250,9 m3/s D) 45,9 m3/s E) 225,3 m3/s

    7. Uma bacia recebe chuvas anuais com distribuio normal. A anlise de 30 anos de chuva revelou que a precipitao mdia anual de 2.300 mm e que o desvio padro de 350 mm. Com base nos dados supracitados, possvel afirmar que:

    A) de 95% a chance de um ano qualquer apresentar precipitaes inferiores a 3.000 mm e superiores a 1.600 mm.

    B) de 90% a chance de um ano qualquer apresentar precipitaes inferiores a 2.300 mm.

    C) Em 100 anos haver 5 anos de precipitao superior a 2.300 mm.

    D) Em 10 anos haver 5 anos de precipitao superior a 2.300 mm.

    E) Chuvas inferiores a 2.300 mm ocorrem a cada 10 anos.

    8. Alguns princpios da pluviometria so apresentados a seguir:

    I. A boca do pluvimetro deve ficar na horizontal; na prtica pode-se estimar o erro produzido por cada grau de inclinao do pluvimetro sobre a horizontal, desde que no exceda 10. Esse erro

    positivo quando a inclinao do plano de abertura est dirigida para o vento e negativo caso contrrio.

    II. A ao do vento uma das causas de erros na medio de precipitaes. O aumento da velocidade do ar e a formao de turbilhes na vizinhana imediata do aparelho tm por consequncia um desvio local das partculas de chuva, o que ocasiona um erro por defeito na altura das precipitaes medidas.

    III. O erro de medio nos pluvimetros diretamente proporcional velocidade do vento.

    IV. Pode-se sugerir que a altura de precipitao medida maior quanto maior for a rea de recepo do pluvimetro.

    Com relao s afirmaes acima, pode-se concluir que:

    A) Apenas I e II so corretas. B) Apenas I e III so corretas. C) Apenas II correta. D) Todas so corretas. E) Apenas IV incorreta.

    9. Observe as sentenas a seguir e assinale a alternativa CORRETA:

    I. Chuvas frontais apresentam elevado tempo de durao e intensidade pluviomtrica. Produzem problemas de inundao em pequenas bacias hidrogrficas.

    II. Chuvas convectivas apresentam elevado tempo de durao e intensidade pluviomtrica. So formadas geralmente nos oceanos e produzem problemas de inundao em microbacias.

    III. Chuvas convectivas apresentam baixo tempo de durao e elevada intensidade pluviomtrica. Podem causar problemas de inundaes em microbacias, geralmente em reas urbanas.

    IV. Chuvas orogrficas so formadas nos oceanos e apresentam, geralmente, alta intensidade pluviomtrica e elevado tempo de durao. Sua formao tem relao direta com a topografia.

    A) I, II e IV so falsas. B) Apenas I verdadeira. C) Apenas I e II so verdadeiras. D) Apenas II verdadeira. E) Todas so falsas.

    10. Determine a precipitao efetiva para uma precipitao de 5,0 mm utilizando o mtodo do Soil Conservation Service para uma bacia com capacidade de reteno no solo (S) de 50 mm, equivalente a solos arenosos profundos, e com umidade antecedente em ponto de murcha.

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    A equao dada por , em que

    Pe a precipitao efetiva, em mm, e P a precipitao acumulada, em mm.

    A) 0,55 mm B) 5,5 mm C) 55 mm D) No h escoamento superficial. E) A precipitao efetiva igual precipitao total.

    11. Observe as assertivas e assinale a alternativa CORRETA:

    I. A precipitao mdia sobre uma bacia hidrogrfica pode ser obtida por meio da mdia aritmtica entre as precipitaes das estaes relevantes.

    II. Isoietas so curvas de mesma precipitao para um determinado perodo ou evento pr-estabelecido.

    III. A estimativa adequada da precipitao mdia de uma regio baseia-se na escolha das estaes pluviomtricas com base no critrio das distncias entre elas, independente das variveis topogrfica e climtica.

    IV. Em reas onde a orografia fator relevante para a ocorrncia da precipitao, o mtodo de Thiessen pode apresentar erros de precipitao mdia na regio.

    A) Apenas III falsa. B) Apenas I verdadeira. C) Apenas I e II so verdadeiras. D) I, II e III so verdadeiras. E) Todas so verdadeiras.

    12. Com relao s sentenas a seguir possvel afirmar que:

    I. Seces de rios mais estveis apresentam maior confiabilidade na medio de vazes.

    II. Estrangulaes da calha do rio, da jusante, da seco de controle ou da medio de vazo so irrelevantes para a verificao de dados fluviomtricos.

    III. Bacias com baixos tempos de concentrao podem apresentar mais erros de registros fluviomtricos.

    IV. A curva de descarga de um rio pode variar ao longo do tempo devido eroso da calha do rio na seco de medio.

    A) Todas so corretas. B) Apenas I e II so corretas. C) Todas so incorretas. D) Apenas II e III so corretas. E) I, III e IV so corretas.

    13. Dispe-se de uma longa e confivel srie de dados anuais pluviomtricos e fluviomtricos de uma bacia hidrogrfica. Atravs do balano hdrico na bacia em questo, possvel:

    A) Estimar a evapotranspirao real anual mdia da bacia.

    B) Fazer prognstico das vazes para perodos no muito distantes do perodo registrado.

    C) Fazer prognstico das precipitaes para perodos no muito distantes do perodo registrado.

    D) Estimar a evapotranspirao potencial anual mdia da bacia.

    E) Estimar o coeficiente deflvio mdio da bacia hidrogrfica no perodo de registro.

    14. O hietograma mostrado a seguir representa a precipitao mdia mensal ao longo de ano de 2005 em uma rea de drenagem de 10 ha. Pode-se afirmar que:

    A) A maior precipitao efetiva ocorreu no ms 2. B) A maior precipitao total ocorreu no ms 12. C) A precipitao mdia mensal em 2005 foi de 200

    mm. D) O volume precipitado na bacia no ms 3 de 2005

    foi de 12.103 m3. E) Nos meses 2 e 11 ocorreram as maiores

    precipitaes efetivas.

    15. O diagrama de dupla massa apresentado a seguir representa a precipitao acumulada do posto pluviomtrico A em relao mdia dos postos pluviomtricos da regio. Com base nos Diagramas 1 e 2 abaixo representados, pode-se afirmar que:

    190

    240

    120

    50

    2030

    2030

    7080

    220210

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

    Meses

    H (

    mm

    )

    ( )( )SP

    SPPe+

    =

    8,02,0 2

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    DIAGRAMA 1

    DIAGRAMA 2

    A) O posto A pode apresentar regime pluviomtrico distinto dos outros postos, segundo o Diagrama 2.

    B) Os dados do Diagrama 2 podem ser utilizados para avaliaes hidrolgicas.

    C) H inconsistncia dos dados do posto A, segundo o Diagrama 1.

    D) Os erros do posto A so necessriamente decorrentes de erros de transcrio, segundo Diagrama 2.

    E) O Diagrama 1 apresenta erros decorrentes de mudanas nas condies de observao.

    16. Para uma bacia hidrogrfica cujo tempo de concentrao de 40 minutos e rea de 1,5 km2, estime a vazo de projeto adotando o mtodo racional. Considere coeficiente de deflvio de 0,50 e Tr de 10 anos. Utilize a equao de chuvas intensas

    da regio: ( )10tTr500i

    +

    =

    A) 20 L/s B) 20,8 m3/s C) 75 m3/s D) 75 L/s E) 12 m3/s

    17. Iscronas, no entendimento hidrolgico, representam:

    A) Linhas de mesmo tempo de concentrao. B) Linhas de mesma vazo mdia. C) Linhas de mesmo tempo de durao da

    precipitao. D) Linhas de mesma intensidade pluviomtrica. E) Linhas de mesma precipitao.

    18. Qual a vazo de sada de uma bacia completamente impermevel, com rea de 7,2 km2, sob uma chuva constante de 20 mm.hora-1 com durao superior ao tempo de concentrao?

    A) 72 m3/s B) 36 m3/s C) 34 m3/s D) 4,0 m3/s E) 40 m3/s

    19. O hidrograma unitrio baseia-se em alguns princpios. Marque abaixo a opo que NO representa um princpio CORRETO:

    A) O pico do hidrograma ser sempre o mesmo, independente da precipitao efetiva.

    B) Para chuvas efetivas de intensidade constante e mesma durao, os tempos de escoamento superficial direto so iguais.

    C) Chuvas efetivas de mesma durao iro produzir em tempos correspondentes volumes de escoamento superficial proporcionais s ordenadas do hidrograma.

    D) A durao do escoamento superficial de uma determinada chuva efetiva independe de precipitaes anteriores.

    E) O volume de escoamento superficial direto equivale a uma unidade.

    20. Determine as coordenadas de um hidrograma unitrio com base em duas precipitaes efetivas de 10 e 15 mm/h, distanciadas em 60 minutos, e na srie de vazes apresentada na tabela abaixo:

    Tempo (h)

    Precipitao Efetiva (mm)

    Vazo (mm/h)

    1 10 2,0 2 15 9,0 3 - 11,0 4 - 3,0

    A) 0,2; 0,2; 0,2 B) 0,2; 0,6; 0,2 C) 0,6; 0,2; 0,2 D) 0,6; 0,6; 0,6 E) 0,2; 0,2; 0,6

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    0 200 400 600 800 1000 1200Acumulados dos Postos da Regiao

    Acu

    mu

    lado

    do

    Po

    sto

    A

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    0 200 400 600 800 1000 1200Acumulados dos Postos da Regiao

    Acu

    mu

    lado

    do

    Po

    sto

    A

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    21. So possveis consequncias da urbanizao no ciclo hidrolgico, EXCETO:

    A) Aumento do tempo de concentrao na bacia. B) Reduo de Q7, 10. C) Aumento das vazes mximas devido ao

    aumento da capacidade de escoamento atravs de condutos e canais e impermeabilizao das superfcies.

    D) Assoreamento de corpos de gua. E) Reduo do tempo de recorrncia para vazes

    mximas.

    22. So conceitos corretos, EXCETO:

    A) A chuva efetiva corresponde parcela da precipitao que gera escoamento superficial.

    B) O polutograma representa a variao das vazes mximas ao longo do tempo.

    C) O hietograma representa a variao da precipitao em relao ao tempo.

    D) O tempo de pico o intervalo de tempo entre o centro de massa da precipitao e o pico de vazes do hidrograma.

    E) O tempo de retardo corresponde ao intervalo de tempo entre o centro de massa da precipitao e o centro de massa do hidrograma.

    23. A curva-chave de um rio dada pela equao ( )bhhaQ 0= , em que Q e h representam vazo e altura da rgua fluviomtrica, em metros e segundos. Sabe-se que o nvel mnimo de medio (h0) de 10 cm e que os parmetros a e b so respectivamente 3,5 e 2,0. Determine a vazo para uma altura de 40 cm da rgua.

    A) 0,12 m3/s B) 12 m3/s C) 3.150 m3/s D) 3.150 L/s E) 140 L/s

    24. A precipitao total anual em uma bacia , em mdia, de 2.000 mm e a vazo mdia no exutrio de 1,5 m3/s. A evaporao em espelhos de gua em bacias prximas e de climas semelhantes de 1.000 mm/ano. Se 10% da bacia hidrogrfica for alagada, qual dever ser a vazo mdia aproximada no exutrio? A rea da bacia de 30 km2.

    A) 10 L/s B) 20 L/s C) 55 L/s D) 550 L/s E) 5 L/s

    25. Em relao s caractersticas de aquferos, possvel afirmar:

    A) Poos instalados em aquferos confinados em zonas topogrficas inferiores linha piezomtrica so considerados poos jorrantes.

    B) A superfcie livre de um aqufero fretico apresenta presso superior presso atmosfrica local.

    C) Aquferos lenticulares apresentam grande disponibilidade de gua e, na sua superfcie, h presso superior atmosfrica local.

    D) O nvel piezomtrico em um ponto de um aqufero artesiano o mesmo do limite fsico superior do aqufero.

    E) Aquitardes so aquferos com grande disponibilidade de gua e representam solues interessantes para instalao de poos de extrao de gua.

    26. Em relao ao escoamento em meios porosos, CORRETO afirmar que:

    A) A condutividade hidrulica saturada de um meio poroso depende exclusivamente das caractersticas do meio poroso.

    B) A lei de Darcy vlida para escoamentos turbulentos em que as foras viscosas do fluido so irrelevantes em relao s foras inerciais.

    C) Valores de condutividade hidrulica saturada so superiores em solos argilosos em relao a solos arenosos.

    D) A velocidade de Darcy depende exclusivamente do gradiente hidrulico analisado.

    E) A velocidade de Darcy depende das caractersticas do fluido que escoa no meio poroso e das prprias caractersticas do meio poroso, como a porosidade total.

    27. O modelo de Muskingun, elaborado em 1939 por McCarthy e aplicado ao rio Muskingun, um modelo concentrado e pode ser expresso pela equao:

    em que I e Q so,

    respectivamente, as vazes de entrada e sada no trecho considerado; K um parmetro que representa o tempo mdio de deslocamento da onda entre montante e jusante no trecho; X um parmetro que representa o peso da integrao da vazo no espao; e t o tempo. Em relao ao modelo, pode-se AFIRMAR que:

    ( ) QIdtdIX

    dtdQXK =

    +1

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    A) concentrado espacialmente e pode ser aplicado em simulaes de escoamento unidimensionais.

    B) distribudo espacialmente e pode ser aplicado a escoamentos bidimensionais.

    C) adequado para simulaes com reservatrios em cascatas.

    D) linear, desde que K e X sejam dependentes das vazes.

    E) distribudo espacialmente.

    28. CORRETO afirmar em relao resposta de uma bacia hidrogrfica:

    A) Quanto menor o tempo de concentrao, menor ser a vazo de pico.

    B) O tempo de pico ser inferior aps a construo de um reservatrio que antes construo.

    C) Quanto menor o tempo de recorrncia da precipitao, maior ser a vazo correspondente.

    D) O tempo de pico e a vazo de pico dependem das caractersticas do solo e da cobertura vegetal.

    E) Quanto maior a declividade da bacia, menor o volume de cheia e maior o tempo de pico.

    29. A srie histrica de vazes mximas anuais na seco transversal do rio A apresentada a seguir. Determine o tempo de recorrncia para uma cota superior ou igual a 8,0 metros. A curva-chave tambm fornecida a seguir.

    A) 6 anos. B) 10 anos. C) 4 anos. D) 1 ano. E) 3 anos.

    30. Em relao s sentenas a seguir, marque a alternativa INCORRETA:

    A) O ponto de saturao a quantidade mxima de vapor de gua que pode estar contido num volume de ar a uma dada temperatura.

    B) A presso de saturao de vapor a presso parcial exercida pelo vapor de gua quando o ar se encontra no ponto de saturao.

    C) A umidade relativa a relao percentual entre as quantidade real de vapor de gua presente e a quantidade necessria para a saturao do ar nestas mesmas condies de temperatura e presso.

    D) A presso de saturao de vapor inversamente proporcional temperatura do ar.

    E) gua precipitvel ou precipitao potencial a quantidade de chuva que resultaria se todo o vapor de gua presente em uma coluna atmosfrica fosse precipitado.

    31. Em relao s caractersticas fisiogrficas de bacias hidrogrficas, INCORRETO afirmar que:

    A) A declividade mdia da bacia tem relao importante com processos hidrolgicos, como infiltrao e escoamento superficial.

    B) O ndice de compacidade representa a ordem de cada canal na bacia.

    C) A eroso e a pedologia local tm relao direta com a densidade de drenagem de uma bacia.

    D) O fator de forma pode explicar a tendncia de inundao de uma bacia.

    E) Fatores de forma prximos a unidade indicam tendncia da bacia inundao.

    32. Deseja-se implantar no rio A um reservatrio para recreao e lazer da populao. A rea inundada ser de aproximadamente 3 ha e a rea de drenagem da bacia de 4 km2. A rea impermevel da bacia equivalente a 25% da rea total. Determine a vazo de projeto no vertedouro da barragem, sabendo que a intensidade pluviomtrica para um tempo de recorrncia de 50 anos de 108 mm/h.

    A) 30 m3/s B) 22,5 m3/s C) 108 m3/s D) 30 L/s E) 120 m3/s

    Tempo (ano) Vazes (m3/s) 1990 5,0 1991 12,0 1992 4,3 1993 10,0 1994 5,0 1995 7,0 1996 6,0 1997 4,9 1998 10,0 1999 7,0

    0123456789

    0 2 4 6 8 10 12 14

    Vazao (m3/s)

    Nv

    el de

    g

    ua

    (m)

  • Pontifcia Universidade Catlica do Paran Concurso Pblico COPEL/2010 Pg. 8

    33. Uma ponte ferroviria foi construda com vo livre total de 4,0 m, considerando 0,3 m de bordo livre. Sabe-se que a vazo no canal para uma profundidade de 3,7 m de 22 m3/s. A intensidade pluviomtrica (I) da regio em funo do tempo de recorrncia e para o tempo de concentrao da bacia apresentada a seguir. O coeficiente de deflvio da bacia de 0,40 e a rea de drenagem de 2,0 km2. Com base nesses dados, assinale a alternativa CORRETA.

    A) Tr superior a 100 anos. B) Tr superior a 50 anos. C) Tr igual a 35 anos. D) Tr igual a 13 anos. E) Tr superior a 20 anos.

    34. Sobre hidrogramas, aponte a alternativa INCORRETA.

    A) Um hidrograma unitrio a resposta da bacia a uma precipitao de volume unitrio e durao t.

    B) O hidrograma de Snyder baseia-se em dados histricos de medio de vazo na seco de interesse.

    C) Hidrogramas unitrios sintticos so utilizados em bacias onde no h disponibilidade de dados histricos de vazo.

    D) A intensidade de precipitao considerada constante na bacia para o hidrograma triangular do Soil Conservation Service.

    E) Caractersticas fisiogrficas so essenciais na sntese de hidrogramas sintticos.

    35. A capacidade de infiltrao no solo pode ser estimada com base no mtodo da Curva Nmero do Soil Conservation Service. Em relao ao mtodo, pode-se afirmar que:

    A) Baseia-se em trs graus de umidade antecedente do solo: ponto de murcha, capacidade de campo e umidade de saturao.

    B) Baseia-se em grupos de solos hidrolgicos, sendo que solos do grupo A produzem mais escoamento superficial e solos do grupo D apresentam maior taxa de infiltrao.

    C) Solos do Grupo A so tipicamente profundos e apresentam, geralmente, valores elevados de porosidade total.

    D) Umidades antecedentes prximas ao ponto de murcha geram menor capacidade de infiltrao no solo.

    E) A cobertura vegetal irrelevante na estimativa da capacidade de infiltrao.

    36. Determine a vazo de pico do hidrograma triangular sinttico do Soil Conservation Service para uma precipitao efetiva de 10 mm e durao de 1,0 hora. A rea da bacia de 1,0 km2 e o tempo de ascenso do hidrograma de 40 minutos. A razo entre o tempo de pico e o final do hidrograma e o pico e incio do hidrograma de 1,67.

    A) 31,2 L/s B) 520 L/s C) 5,2 L/s D) 13 L/s E) 3.120 L/s

    37. Aponte a alternativa INCORRETA em relao capacidade de reservatrios:

    A) O nvel mnimo operacional corresponde cota mnima para operao do reservatrio. Limita o volume til e o volume morto do reservatrio.

    B) O volume til corresponde ao volume compreendido entre os nveis de gua mnimo e mximo operacional.

    C) O volume til depende da demanda de gua e diretamente proporcional demanda.

    D) O volume morto corresponde parte inativa, como, por exemplo, a reservada para depsito de sedimentos.

    E) O nvel de gua denominado mximo maximorum corresponde ao nvel mximo de sedimentos no reservatrio.

    38. Aponte a alternativa INCORRETA em relao determinao de volumes de reservatrios com o uso do diagrama de Rippl.

    A) Desconsidera a sazonalidade das vazes. B) um modelo determinstico baseado na srie

    histrica de vazes do rio. C) Perdas por evaporao so desconsideradas e,

    portanto, esse modelo no deve ser utilizado em bacias no semirido.

    D) Permite apenas uma regra de regularizao. E) No associa riscos a um determinado volume.

    Tr (ano) I (mm/h) 10 60 20 77 50 110 100 146

  • Pontifcia Universidade Catlica do Paran Concurso Pblico COPEL/2010 Pg. 9

    39. Uma mesma precipitao que ocorreu em duas bacias hidrogrficas de mesma rea de drenagem resultou nos hidrogramas representados a seguir. Aponte a alternativa CORRETA que apresente possveis causas da diferena de comportamento da vazo ao longo do tempo.

    A) A Bacia 1 pode apresentar declividade mdia superior Bacia 2.

    B) Ocorrncia de todos ou alguns elementos supracitados.

    C) A Bacia 2 pode apresentar de forma predominante solos hidrolgicos do grupo A, com maior permeabilidade e profundidade do que a Bacia 1, com solos hidrolgicos predominantemente do tipo B.

    D) A Bacia 2 pode apresentar maior rea florestada e natural que a Bacia 1, que apresenta grandes manchas urbanas e reas impermeveis.

    E) A Bacia 1 pode apresentar formato mais semelhante circunferncia (coeficiente de Gravelius prximo unidade) que a Bacia 2.

    40. Uma usina hidreltrica foi dimensionada para gerar energia com uma vazo igual a Q95, apresentada na curva de permanncia a seguir. Sabe-se que o rgo ambiental requer uma vazo jusante da usina no inferior a 3,0 m3/s. Quais as consequncias na gerao de energia, caso o critrio ambiental seja respeitado?

    1

    10

    100

    1000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Probabilidade (%)

    Vaz

    ao (m

    3 /s)

    A) A usina operar em 90% do tempo. B) A usina operar em 95% do tempo. C) A gerao de energia ser interrompida em pelo

    menos 90% do tempo. D) No ocorrero interrupes de operao. E) A usina operar em 80% do tempo.

    0

    3

    6

    9

    12

    15

    18

    0 2 4 6 8 10Tempo (horas)

    Vaz

    ao (m

    3/s)

    Bacia 1Bacia 2

  • Pontifcia Universidade Catlica do Paran Concurso Pblico COPEL/2010 Pg. 10

    RREEDDAAOO Os fragmentos abaixo fazem parte da entrevista concedida ao jornal Valor Econmico (ed. 02/10/09) pelo economista Srgio Besserman Viana, ex-presidente do IBGE (durante o governo Fernando Henrique Cardoso), que assina o captulo A sustentabilidade do Brasil do livro Brasil ps-crise Agenda para a Prxima Dcada , organizado pelos economistas Fabio Giambiagi e Octavio de Barros.

    Valor Econmico: Qual o risco, na economia, de um atraso do acordo climtico mundial? O que acontece se no for assinado em Copenhague? Srgio Besserman Vianna: O fracasso de uma negociao de acordo contra a mudana climtica vai fazer com que os custos para combater o aquecimento global poucos anos frente sejam muito mais elevados do que se iniciarmos hoje a transio. Ao mesmo tempo existiro tambm custos de fragmentao poltica e riscos de protecionismo. Valor: Est no livro: a superao das energias sujas tem o potencial de se constituir no prximo grande boom de inovaes e isto pode ser um impulso para a sada da crise. A China parece estar perseguindo esta trilha, mas tambm no quer abrir mo do carvo. Como fica? Besserman: So cenrios em aberto a depender do acordo global que pode acontecer agora em Copenhague ou no. Ali, depurando tudo, vamos estar precificando o custo de emitir gases-estufa. O tamanho da meta necessria para tentar atingir o objetivo fixado de no aquecer o planeta mais de 2 C sinaliza uma grande transio tecnolgica, que diz respeito, num primeiro momento, eficincia energtica em geral, e um forte impulso s fontes renovveis de energia. Mas este apenas o incio. Porque em seguida vm todas as mudanas decorrentes das alteraes de preos relativos que tende a se acentuar porque as metas para 2050 so ainda mais radicais que as previstas para 2020. Vem uma grande transio pela frente, isto certo, e quem acompanhar esta transio tecnolgica vai se inserir competitivamente neste novo mundo. Quem no acompanhar, e se agarrar s formas do passado sem visualizar esta transio radical e profunda, corre o risco de ficar descompassado.

    Valor: Como fica o Brasil na descarbonizao de sua economia? Besserman: uma imensa oportunidade. Temos grandes vantagens comparativas neste mundo de baixo teor de carbono, como a nossa matriz energtica, que j mais limpa, ou polticas benficas em si, como a reduo do desmatamento da Amaznia. Temos que fazer modificaes na logstica, como no nosso setor de transportes. Estas vantagens comparativas podem se tornar vantagens competitivas. Valor: Os senhores dizem que o Brasil est fazendo diversos equvocos no campo da energia. Falam das polticas que subsidiam o uso do carvo e das trmicas a leo, mas tambm mencionam as hidreltricas. Como assim? Besserman: No caso das hidreltricas um no aproveitamen-to inteligente das possibilidades de integrao com outras fontes renovveis, do potencial das pequenas hidreltricas e de uma melhoria no padro de gesto e transparncia no caso das hidreltricas maiores. No caso da energia em geral, preciso ter claro que o futuro so as fontes renovveis e no emissoras de gases-estufa. O pr-sal uma beno, uma riqueza, mas o passado. Valor: O passado? Besserman: Sim, porque estamos nos preparando para o fim da civilizao dos combustveis fsseis. Valor: Como fica esta beno? Besserman: O uso inteligente do pr-sal utilizar estes recursos para potencializar a transio para outra matriz energtica, aproveitando as vantagens comparativas do Brasil em biomassa, solar, elica, pequenas hidreltricas. Sim, este o futuro. Usar o recurso do pr-sal para ir a este futuro maravilha. Mas apostar no mundo dos combustveis fsseis e ficar estacionado nele seria um equvoco. Para mim, o risco o pas, em vez de mobilizar seus recursos para a transio tecnolgica, acabar utilizando-os de forma a ficar ancorado no mundo do passado. Planejamento e poltica industrial mirando a transio tecnolgica da matriz energtica muito importante. Neste novo mundo h riquezas equivalentes a muitos pr-sais.

    PROPOSTA DE REDAO Escreva uma carta, entre 15 e 20 linhas, para ser enviada seo de cartas do jornal Valor Econmico, comentando (concordando e/ou discordando) as opinies do economista Srgio Besserman Viana. Considere que os leitores da sua carta NO leram (nem total nem parcialmente) a entrevista; portanto, voc deve fazer referncia a ela. (Sua Carta NO deve ser assinada.)

    SOBRE A REDAO

    1. Estruture o texto da sua redao com um mnimo de 15 e um mximo de 20 linhas. 2. Faa o rascunho no espao reservado. 3. Transcreva o texto do rascunho para a FOLHA DE REDAO que lhe foi entregue em separado. 4. No h necessidade de colocar ttulo. 5. No coloque o seu nome, nem a sua assinatura na FOLHA DE REDAO, nem faa marcas nela. A FOLHA DE REDAO j se encontra devidamente identificada.

  • Pontifcia Universidade Catlica do Paran Concurso Pblico COPEL/2010 Pg. 11

    RREEDDAAOO RRaassccuunnhhoo

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