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KAWANA FRANCINNE FERREIRA PRÓTESE FIXA ADESIVA LIVRE DE METAL CONFECCIONADA COM FIBRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2009

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KAWANA FRANCINNE FERREIRA

PRÓTESE FIXA ADESIVA LIVRE DE METAL CONFECCIONADA COM FIBRAS

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2009

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KAWANA FRANCINNE FERREIRA

PRÓTESE FIXA ADESIVA LIVRE DE METAL CONFECCIONADA COM FIBRAS

Monografia para obtenção do título de

Técnico em Prótese Dentária da Escola

Técnica Philadelpho Gouvêa Netto de São

José do Rio Preto. Professor orientador:

Gustavo Cocenza Botelho Nogueira.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

2009

3

Dedico essa monografia ao meu namorado Marcio,

a minha mãe Eulália, meu padrasto Marcelo,

a Drª Ida Maria e aos meus amigos,

que me incentivaram e contribuíram

para a minha realização pessoal neste momento

tão importante em minha vida.

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho neste momento de

concretização profissional, ao meu namorado Marcio, pela compreensão e apoio, a

minha Mãe Eulália pelo carinho, dedicação que contribuíram muito para a minha

formação pessoal, e aos professores que me ajudaram a construir este trabalho e

me ensinaram com muita dedicação a arte de ser um Técnico em Prótese Dentária.

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RESUMO

Este trabalho mostrar uma nova técnica para prótese parcial fixa adesiva livre de

metal com a finalidade de unir a todas as exigências que um a prótese adesiva

precisa tais como, durabilidade, boa adaptação estética favorável, resistência, e

eficiência mastigatória.

Para a substituição do metal para pilares e pônticos será utilizada a fibra. Para

sabermos qual a fibra ideal para cada caso, foram pesquisadas vários tipos de

fibras entre elas a de vidro e carbono, levando em consideração as vantagens e

desvantagens de cada uma delas.

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ABSTRACT

This paper shows a new technique for partial adhesive fixed metal free

prosthesis with the finality of unite all exigencies that an adhesive prosthesis needs

to be, such as durability, good adaptation, favorable aesthetics, resistance and

chewing efficiency.

For the substitution of metal in the structure, it will be used the fiber material.

Knowledge for each case is essential, it was researched many types of fibers, among

them the glass and carbon fibers, taking consideration the advantages and

disadvantages of them.

7

SUMÁRIO

Introdução...............................................................................................08

Desenvolvimento....................................................................................10

Vantagens da prótese fixa adesiva com fibra.........................................13

Tipos de Fibras........................................................................................13

Fibra de vidro na ortodontia.....................................................................17

Técnica para se trabalhar com a Fibra(Descrita pelo fabricante).........19

Conclusão................................................................................................25

Referencias Bibliográficas.......................................................................27

Lista de Figuras.......................................................................................28

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INTRODUCÃO

A prótese fixa é um elemento muito antigo que até hoje sofre modificações

para sua melhora, podemos dizer que ela deixou de estar em desenvolvimento

primitivo desde 1890.

O progresso atual está apoiado nos pequenos avanços da ciência

odontológica do passado. Assim, próteses parciais foram esculpidas em madeira e

depois, em placas soltas até que hoje pode-se produzir as próteses parciais fixas.

A prótese dentária entrou em nova era, quando foi descrita a técnica da confecção

de dentes artificiais. Esses dentes apresentaram um grande progresso, com

introdução de ganchos e ranhuras.

Com os trabalhos de Black (preparo das cavidades) e de Tagart

(aperfeiçoamento do método de fundição), o trabalho de próteses fixas, sob

orientação científica, foram executados nos Estados Unidos.

No fim do século passado e no começo deste, os dentistas começaram a

perceber que as próteses fixas não eram duráveis por que os dentes suporte

contraíam moléstias periapicais, periodontais. Mas os pesquisadores demonstraram

que isso não era verdadeiro, pois a prótese nada tinha a ver com a causa dos

fracassos. O que havia era falta de conhecimento, de orientação para se trabalhar

com esse tipo de prótese.

A preservação da estrutura dentária remanescente constitui objetivo de todo

profissional na restauração ou substituição de elementos dentais. Tal posição tem

sido observada há algumas décadas e reflete a evolução dos materiais e das

técnicas restauradoras.

A utilização das próteses parciais fixas adesivas teve início na França, na

década de 70, com Rochette, que descreveu a utilização de uma estrutura metálica

perfurada cimentada a dentes com periodontos abalados com o objetivo de esplintá-

los. O seu uso estendeu-se à reposição de dentes perdidos, surgindo, dessa forma,

as primeiras próteses parciais baseadas no princípio de adesão da estrutura

metálica ao pilar. Essas próteses foram amplamente utilizadas em pequenos

espaços edêntulos por causa do seu baixo custo, por serem de fácil execução e

apresentarem estética aceitável.

Em razão da grande exigência estética por parte da sociedade moderna e da

desvantagem da menor biocompatibilidade inerente às ligas metálicas utilizadas na

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confecção das próteses adesivas convencionais, os pesquisadores preocuparam-se

em empregar materiais que dispensassem a necessidade de estrutura metálica.

Desse modo, eliminou-se um dos principais problemas estéticos relacionados ao uso

de próteses adesivas, qual seja o aparecimento de uma linha acinzentada na região

incisal do retentor que se visualiza nas próteses adesivas convencionais.

Para isso, começaram a utilizar materiais como cerâmicas de alta resistência

e resinas compostas reforçadas por fibras, que, por causa da evolução de suas

propriedades físicas e mecânicas, tiveram o seu uso estendido à confecção das

próteses fixas adesivas nos dias atuais.

A hipótese levantada é da utilização das fibras de carbono, fibras de vidro e

fibras de polietileno para a confecção da prótese parcial fixa adesiva livre de metal,

além de atender por completo todas as exigências de uma prótese adesiva.

Sendo assim, este trabalho tem por objetivo principal mostrar os tipos de

fibras as vantagens e desvantagens, a utilização de cada uma em relação próteses

metalocerâmicas até então muito usada no mercado da prótese.

A justificativa deste trabalho é mostrar os métodos atuais de confecção de

próteses dispensando a estrutura metálica com a utilização das novas técnicas

existentes no mercado.

Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado em primeira instância a

pesquisa bibliográfica sobre o tema em estudo. Esta foi fundamentada em artigos,

revistas e websites especializados no ramo de prótese adesiva.

Com base nestas afirmações, o propósito deste trabalho é discutir, por meio

de uma revisão de literatura, as formas de preparo, os tipos de materiais, as

vantagens e as limitações das próteses adesivas sem metal, bem como sua correta

indicação.

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DESENVOLVIMENTO

Desde o seu advento, as próteses de Rochette1 foram sofrendo modificações.

A aplicação do ataque eletrolítico nos retentores e a utilização de outros

mecanismos de retenção micromecânica têm possibilitado a obtenção de próteses

mais conservadoras, favorecendo o sucesso dessa modalidade de tratamento. Um

estudo de meta-análise estimou o êxito clínico de próteses adesivas convencionais

como sendo da ordem de 90,79% no primeiro ano, 77,99% após cinco e 70,62%

após oito anos. As próteses adesivas convencionais são indicadas para: reposição

de dentes perdidos prematura ou acidentalmente, em número máximo de dois

dentes anteriores ou um posterior; impossibilidade de confecção de próteses fixas

convencionais e dentes inclinados para a face proximal. Botelho (1999)1 afirmou que

a chave para o sucesso clínico das próteses adesivas está relacionada ao correto

preparo dos dentes pilares de maneira a conservar a estrutura dental sem que sejam

prejudicados os princípios de retenção, resistência e estabilidade das futuras

próteses.

As próteses adesivas devem ter um plano de inserção oclusa cervical

determinada, criar formas de retenção e resistência proximal, obter um abraçamento

coronário de mais de 180° numa vista oclusal, determinar nichos de apoio oclusal

para promoverem resistência e retenção e apresentar limites cervicais em bisel fino

e supra gengival. Além disso, as próteses devem abranger as maiores áreas lingual

e proximal possíveis evitando-se que o segmento lingual atinja os 2 mm da face

incisal do dente pilar.

Fig.1 Preparo para prótese adesiva

11

Fig.2 Protese pronta.

Fig.3 Protese Adaptada e cimentada

Entretanto, as próteses adesivas requerem que as áreas preparadas e os

meios de retenção e estabilidade obtidos sejam compatíveis com as cargas

mastigatórias para que o sucesso da prótese não dependa somente do agente

cimentante. O efeito do tipo de preparo in vitro sobre a resistência de união de

próteses parciais fixas adesivas foi avaliado por El Salam Shakal et al. (1997)1 . Foi

verificado que os retentores que apresentavam maior área de contato com o dente,

cobertura oclusal e utilização de sulcos tiveram aumentada significativamente a

resistência e a durabilidade nas áreas de união, parece ser consenso entre a maioria

dos autores, de que para as próteses dependentes da adesividade dos cimentos

para sua longevidade, há a necessidade de se encontrar a melhor forma de

12

distribuiçäo das forças oclusais, desenvolvidas na mastigaçäo, no sentido de orientá-

las em direçäo paralela ao longo eixo dos dentes de fixaçäo, minimizando assim as

tensões de deslocamento geradas sobre o agente de uniäo. Da mesma forma,

cuidados especiais devem ser tomados com os contatos oclusais durante os

movimentos excêntricos, pois a possibilidadede micro movimentos da prótese,

nesses casos.

Todavia, devido à grande exigência estética da atualidade e à

biocompatibilidade discutível das ligas metálicas utilizadas na estrutura das próteses

adesivas convencionais, os pesquisadores buscaram a obtenção de materiais que

dispensassem essas estruturas. Desse modo, começaram a ser utilizadas estruturas

confeccionadas com resinas compostas reforçadas por fibras ou com porcelanas

puras de alta resistência.

Fig.4 Fibra de vidro e resina composta aplicada

As fibras de reforço utilizadas são fibras de vidro (Vectris - Ivoclar Vivadent,

pré-impregnadas com silano, monômeros e resinas microparticuladas; Fibrekor -

Jeneric/ Pentron, pré-impregnadas com resina, Luscente Anchor - Dentatus, DVA

Fibers - Dental Ventures, Stick e StickNet - Stick Tech), fibras de polietileno

(Ribbond-Ribbond e Connect- Kerr, tratadas com plasma de gás frio), fibras de

kevlar (Fibre-flex Biocomp, Aramid) e fibras cerâmicas (GlasSpan - GlasSpan Inc).

Essas fibras têm sido usadas associadas a materiais poliméricos como Sculpture

(Jeneric/Pentron), Art-glass (Kulzer/Jelenkko), Polyglass (Kulzer/Jelenko), Targis

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(Ivoclar/Williams), Ceromer (Ivoclar/Williams) e Belleglass (belle de St Claire/Kerr).

Já as estruturas de porcelana pura têm sido confeccionadas com In-Ceram Alumina,

In-Ceram Zirconia ou IPS-Empress .

Vantagens da prótese fixa Adesiva com fibra

As próteses adesivas sem metal apresentam vantagens tais como a estética,

a rápida execução, custo reduzido e menor tempo de clínica, o preparo conservador

e a união adesiva dos retentores aos dentes, fatores importantes a serem

considerados na escolha do tratamento reabilitador. Sua indicação seria para

espaços protéticos pequenos, com dentes pilares com suficiente altura gengivo-

oclusal, bem como para áreas funcionais.

Vários relatos clínicos têm sido publicados sobre a utilização de estruturas de

próteses adesivas sem metal. Contudo, o preparo para próteses adesivas sem metal

tem sido descrito na literatura de formas variadas para pilares anteriores e

posteriores, sem que haja um consenso quanto à forma.

TIPOS DE FIBRAS

Existem vários tipos de fibras de reforço, como por exemplo: vidro, carbono,

aramida, boro, carbeto de silício, óxido de alumínio, Atualmente, as fibras de reforço

estrutural mais usadas no mercado, são compostas por polietileno ou filamentos

cerâmicos (vidro). Quanto à configuração, podem ser apresentadas em secção

redonda (cordão) ou em forma de fita (tira), em diversos diâmetros e larguras,

respectivamente.

Algumas marcas comerciais fabricam fibras previamente impregnadas por

resina (“pré-preg”). Neste caso, é formado um complexo fibra-matriz, no qual, em

uma base de resina fotopolimerizável, à base de bisGMA, são inseridos os

filamentos de vidro1. A vantagem é que, pelo fato da fibra ser pré-preg tem-se uma

diminuição nos passos clínicos, porém o prazo de validade é limitado à validade da

resina, além de ser sensível à luz, necessitando de estocagem em local adequado.

No caso das fibras não pré-preg, o passo clínico de impregná-la com resina é uma

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etapa adicionada ao processo de colagem da fibra ao dente, porém o prazo de

validade é muito mais longo.

As fibras em relação à orientação dos filamentos no interior da matriz

resinosa, podem ser unidirecional, na qual os filamentos são dispostos

paralelamente uns aos outros, trançadas, com os filamentos entrelaçados, juncional

com tecido em fibras de vidro multidirecionais, coronal com tecido em fibra no

formato redondo para confecção de coroas unitárias, fita em fibra de vidro trançada

para reforço de provisórios.

As fibras unidirecionais oferecem menor retenção mecânica à resina e está

mais propensa a falhas de descolamento. A fibra trançada, além de maior retenção

com a resina, oferece maior resistência à ruptura.

Fig.5 Fibra em formato unidirecional ou medial.

Fig.6 Fibra trançada

Fig.7 Fibra em forma juncional multidirecionadas

15

Fig.8 Fibra em formato coronal

Fibras de Polietileno: O polietileno é um derivado do plástico tradicionalmente

empregado na fabricação de garrafas descartáveis do tipo PET. Os plásticos sofrem

deformação permanente, seja ao calor ou ao esforço contínuo, por possuir

incapacidade molecular de recuperação elástica e baixa estabilidade dimensional.

Para conseguir uma adesão em resinas compostas, as fibras de polietileno

necessitam de um tratamento eletrostático de superfície, com plasma frio,

necessitando uma manipulação especial com luvas e tesouras especiais, para não

perder a efetividade. A figura 9 mostra o Kit de fibras de polietileno, da marca

Connect (Kerr).

Fig.9 Kit de fibra de polietileno

Fibras de Vidro: o vidro pertence ao grupo dos filamentos cerâmicos. Durante

décadas tem sido utilizado para reforço de estruturas resinosas e cerâmicas em

geral. Possui excelente adesão às resinas de base silânicas, vinílicas, epóxicas e

acrílicas; resistência flexural inferior ao polietileno, porém alta adesividade, e

recuperação elástica de 100%. A figura 10 mostra o Kit Splint-it (Jeneric/Pentron) e a

figura 3 uma fibra de vidro pré-impregnada por resina, da marca Fibrekor

(Jeneric/Pentron).

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Fig.10 Fibra de vidro pré impregnada

Fibras de Vidro Modificadas: a substituição de um átomo na cadeia molecular

da fibra de vidro e adição de aramida, um material 5 vezes mais resistente que o

aço, resultou em um material de alta resistência e alta adesividade. Reage com

todos os tipos de resinas, cerâmicas, compômeros e cerômeros. As figuras 11 e 12

mostram algumas fibras de vidro modificadas, com reforço de aramida, não pré-

impregnada por resina, da marca Superfiber.

Fig.11 Fibra de vidro em fita

Fig.12 Fibra de vidro modificada

Fibras de Carbono: O carbono é um material de fibra de alto desempenho e o

reforço mais comumente utilizado em compósitos avançados com matriz polimérica

(isto é, que não contém fibras de vidro). As fibras de carbono têm como vantagem a

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grande resistência, embora sua cor acinzentada na maioria das vezes prejudique o

resultado do trabalho como no caso dos núcleos de preenchimento feitos a partir de

pinos de fibra de carbono, que fornecem estruturas acinzentadas. (Bottino et al.,

2000; Andrade et al., 2002)5.

Fibras de Aramida: As fibras de aramida possuem como características: alta

resistência à fratura, alto módulo de tração, é o mais resistente de todos esses

materiais sendo relativamente fracos quando submetidos à compressão, são

quimicamente susceptíveis à degradação por ácidos e bases fortes, alta tenacidade,

alta resistência ao impacto, alta resistência à fluência e falha por fadiga, sua

coloração prejudica a estética, possui dificuldade de adaptação aos dentes. Essas

fibras devem ser cortadas com tesoura especial (cerâmica). A impregnação com a

resina é demorada e difícil, principalmente se a resina apresenta alta viscosidade e a

fibra esgarça durante esse procedimento. (Bottino et al., 2000)5.

FIBRAS DE VIDRO NA ORTODONTIA E PRÓTESE

As fibras de vidro e de polietileno por serem utilizadas como um material de

reforço estrutural são importantes nas diversas aplicações clínicas e no caso da

prótese, a resistência torna-se um quesito de grande importância.

Ao exercer uma força sobre um material composto friável, como a resina ou a

cerâmica, uma trinca pode se originar, tendendo a se propagar até a base,

ocorrendo a fratura do mesmo. Se este material friável for reforçado internamente

por um elemento de reforço estrutural, a trinca prolonga-se até esse material de

reforço que, no caso, serve como uma barreira na sua propagação. Ao atingir este

ponto, as forças que originaram a trinca decompõem-se em várias forças menores

dissipando-se em várias direções, impedindo a fratura do material.

Assim sendo, um bom material deve apresentar três características

fundamentais: formação de corpo único, resistência flexural e adesividade.

Corpo único ocorre quando um material de reforço estrutural se une

quimicamente ao resto do conjunto. Por exemplo, fibra de vidro envolvida por resina

composta é um material que forma corpo único, enquanto que fio de aço ortodôntico

envolto por resina composta não forma corpo único, favorecendo a fratura do

material.

18

Fig.13 Mostra a conteçao com fibra.

Fig.14 Mostra a contenção em aço.

Resistência Flexural é uma propriedade mecânica dos materiais que consiste

na resistência em sofrer deformação permanente quando submetido a uma força.

Quanto maior a resistência flexural do material, maior será a força exigida para sua

deformação permanente.

Adesividade é a capacidade do material de se aderir a um outro. Na avaliação

de um bom material, a adesividade e a resistência flexural devem ser analisadas em

conjunto. Um material com fibras de reforço com baixa resistência flexural e alta

adesividade pode ser um material bem melhor para reforço de estruturas de resina

ou cerâmica, do que um de alta resistência flexural e baixa adesividade. Neste

sentido, a eficácia clínica da utilização de fibras está diretamente relacionada a

esses conceitos com enfoque na adesividade e resistência.

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TÉCNICA PARA SE TRABALHAR COM A FIBRA

(DESCRITA PELO FABRICANTE)

Confeccione a estrutura em resina acrílica com pôntico anatômico(Fig. 15)

Confira as medidas: 3,0x3,0mm nos conectores e 1,0mm abaixo do pôntico

Fig.15 Estrutura de resina acrílica com pôntico anatômico.

Cubra o modelo com silicone formando uma muralha, deixando a oclusal

exposta (Fig. 16), Recorte o excesso de silicone expondo a oclusal e vestibular da

estrutura, isole o modelo e a estrutura

Fig.16 Modelo coberto com silicone, com oclusal exposta.

Recubra o modelo e as guias no silicone com cola quente (Fig. 17), utilizando

uma pistola para confeccionar a moldeira

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Fig.17 Confecção de moldeira.

Retire do modelo a moldeira de cola e, com uma broca esférica pequena, faça

perfurações nas pontas de cúspides(Fig.18). Com um disco de corte faça canaletas

na muralha de silicone para vazão do excesso de material

Fig.18 Confecção da moldeira.

Em seguida isole o modelo e recorte a fibra de acordo com o tamanho da

peça(Fig.19). Posicione-a internamente sobre a moldeira de cola e entre os pilares

na muralha de silicone (pôntico). Em seguida aplique o adesivo sobre o preparo no

modelo

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Fig.19 Isole o modelo e recorte a fibra conforme o tamanho da peça.

Recorte e posicione um segmento de fibra em formato unidirecional em toda

extensão do preparo(Fig.20). Em seguida, posicione um segmento menor entre os

pilares para formar o pôntico anatômico;

Fig. 20 Posicionamento da fibra no preparo.

Posicione a moldeira de cola com as fibras sobre o modelo; leve ao forno para

resina foto para o processo de assentamento das fibras à vácuo por 2 minutos.

Fotopolimerize por 6 minutosem seguida remova a moldeira de cola e volte para o

equipamento de fotopolimerização(Fig21). Fotopolimerize por mais 5 minutos;

22

Fig.21 Fotopolimerização

Remova os excessos da estrutura com disco diamantado ou broca Dê

acabamento(Fig22). Confira as medidas 3,0x3,0mm de diâmetro nos conectores e

0,5mm nas bases oclusais (detalhe);

Fig.22 Acabamento com brocas.

Posicione a peça no modelo de trabalho e confira os espaços inter-oclusais

para aplicação do compósito (Fig.23), (devem possuir de 1,0 a 2,0 mm); Jateie a

peça com óxido de alumínio novo de 50 a 60 micra, 1 bar de pressão (15 libras). Em

seguida, limpe com vapor ou álcool isopropílico no ultra-som. Seque com jatos de ar

livre de óleo;(Fig24).

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Fig.23 Conferir a adaptação no modelo.

Fig.24 Limpeza da estrutura

Aplique uma camada de AGENTE DE UNIÃO (silano) sobre toda a estrutura,

aguarde um minuto e seque com jatos de ar; Isole o modelo de trabalho, posicione a

estrutura no modelo e aplique uma fina camada de Resina Adesiva na superfície a

ser aplicado o compósito(Fig. 25); Fotopolimerize a estrutura por 3 minutos;(Fig.26).

Fig. 25 Aplicação do agente de união.

24

Fig.26 Fotopolimerização da estrutura.

Fig.27 Estrutura em fibra finalizada.

Depois da estrutura de fibra finalizada (Fig. 27) foi aplicada a resina composta

em pequenas porções e levada para o forno de resina foto.

Vista oclusal da peça protética após a aplicação da resina (Fig. 28).

Fig.28 prótese adesiva finalizada.

25

CONCLUSÃO

As próteses dentarias fixas adesivas apresentam um histórico de linear

desenvolvimento nas suas aplicações para o bem-estar dental e tem apresentado

uma grande evolução de praticas com o passar do tempo.

Dos rústicos materiais originais do inicio de sua aplicação ate as bens

conhecidas próteses de metal, formou-se uma sumaria importância e ênfase no

conceito estético que o resultado final produzia. Com isso, novas soluções foram

sintetizadas no intuito de amenizar os efeitos estéticos das próteses metálicas. O

advento de novos materiais permitiu criar próteses cuja aparência final com os

outros dentes era tamanha que isso não pode mais ser considerado como um

problema.

No entanto, apesar de sua supracitada importância, ressalta-se que não

somente o conceito estético deve ser considerado na aplicação das próteses fixas

adesivas. O planejamento deve levar em consideração a durabilidade, resistência e

também a aplicação de todos esses materiais que compõem a gama atual de

próteses.

Mais uma vez, o conhecimento atual dos materiais consegue oferecer

próteses cada vez mais resistentes, com durabilidade conhecida e considerável e

um baixo índice de rejeição. Materiais componentes das fibras de próteses como as

de carbono e de vidro apresentam hoje bem mais resistência e durabilidade que as

próteses metálicas.

Uma boa aderência e aceitação formam mais um dos conceitos da aplicação

das tais próteses. Ressalta-se que o uso de fibras tem apresentado boa aceitação e

adesividade no seu uso para o tratamento dentário. Uma prótese bem colocada

pode garantir anos de durabilidade, sem incômodos ou necessidades de reposição

com o passar de alguns anos previstos de sua durabilidade.

Diante da variante gama dos materiais conhecidos e de seus resultados

positivos diante de suas aplicações, resta concluir que cada caso apresenta uma

solução possível: uma prótese melhor, um material mais resistente ou ainda que

apresenta melhor aceitação, dependendo das condições e posições que a situação

do paciente possa exigir.

26

As fibras com certeza somam ao tratamento dentário, duradouras e eficientes

que agora podem ser, e certamente irão compor importante ferramenta para os

profissionais da área dentaria dos tempos atuais e futuros.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CAMPANHA, N. H.; SEÓ, R. S.; SEGALLA, J. C. M.; SILVA R. H. B. T. Próteses

adesivas sem metal. Uma Revisão de literatura. Araraquara: UNESP 2005. 2. CASTRO, J. C. M.; CASTRO, M. A. M.; PEDRINI, D.; PANZARINI S. R. PALIELO

A. R. Prótese Adesiva: Uma opção estética conservadora e funcional. Porto Alegre 2006.

3. FILHO D. I. Uso de Fibras de Vidro e Polietileno Reforçados por Resina em

Ortodontia. Maringá 2003. 4. Portal ABC da Saúde. Ausência de um Dente.

Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?3034 Acesso em: 20/08/2009.

5. Portal Dental Capital. Prótese Fixa Adesiva em Odontologia.

Disponível em: http://www.dentalcapitalbh.com.br/?op=conteudo&id=33 Acesso em: 16/08/2009.

6. Portal Angelus Ciência e Tecnologia. Sistema Fibrex-Lab. Reforços em Fibra

de Vidro Disponível em: http://www.angelus.ind.br/pt/protese_laboratorial/sistema_fibrexlab/Default.asp Acesso em: 18/09/2009.

7. PORTERO P. P.; GRULLON, P. G.; DITTERICH, R. G.; GOMES, O. M. M.;

GOMES, J. C. A Utilização das Fibras de Reforço na Odontologia. Ponta Grossa 2006.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Preparo para prótese adesiva ........................................................11

Figura 2 - Protese pronta.................................................................................12

Figura 3 - Protese Adaptada e cimentada......................................................12

Figura 4 - Fibra de vidro e resina composta aplicada......................................13

Figura 5 - Fibra em formato unidirecional ou medial........................................15

Figura 6 - Fibra trançada..................................................................................15

Figura 7 - Fibra em forma juncional multidirecionadas.....................................15

Figura 8 - Fibra em formato coronal.................................................................16

Figura 9 - Kit de fibra de polietileno..................................................................16

Figura 10 - Fibra de vidro pré impregnada.......................................................17

Figura 11 - Fibra de vidro em fita.....................................................................17

Figura 12 - Fibra de vidro modificada..............................................................17

Figura 13 - Mostra a conteçao com fibra.........................................................19

Figura 14 - Mostra a contenção em aço..........................................................19

Figura 15 - Estrutura de resina acrílica com pôntico anatômico......................20

Figura 16 - Modelo coberto com silicone, com oclusal exposta......................20

Figura 17 - Confecção de moldeira.................................................................21

Figura 18 - Confecção da moldeira.................................................................21

Figura 19 - Isole o modelo e recorte a fibra conforme o tamanho da peça.....22

Figura 20 - Posicionamento da fibra no preparo............................................ 22

Figura 21 – Fotopolimerização........................................................................23

Figura 22 - Acabamento com brocas..............................................................23

Figura 23 - Conferir a adaptação no modelo...................................................24

Figura 24 - Limpeza da estrutura.....................................................................24

Figura 25 - Aplicação do agente de união.......................................................24

Figura 26 - Fotopolimerização da estrutura.....................................................25

Figura 27 - Estrutura em fibra finalizada..........................................................25

Figura 28 - Prótese adesiva finalizada.............................................................26