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PRÁTICAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA (PmaisL) NO CONTEXTO DA GESTÃO AMBIENTAL URBANA, NA ÁREA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BACANGA – UFMA. Prof. Ulisses Denache Vieira Souza NEPA/COLUN/UFMA [email protected] Prof. Drº Antonio Cordeiro Feitosa DEGEO/NEPA/UFMA [email protected] RESUMO O crescimento e a diversificação das atividades desenvolvidas no âmbito das instituições de ensino, por seus mais diversos setores, tem proporcionado aumento da geração de resíduos e elevados índices de consumo de energia e água, tornando-se necessário o planejamento como suporte para a gestão integrada do ambiente visando à manutenção da qualidade ambiental, a partir de ações de controle e tratamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos. A metodologia conhecida como Produção Mais Limpa (PmaisL), baseia-se em princípios práticos que compreendem ações integradas entre aspectos da qualidade ambiental, segurança e saúde ocupacional; promoção do desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas. Os resultados demonstram diminuição e melhoria em diversos setores através de parcerias com associações da circunvizinhança e com programas da própria instituição para reaproveitar resíduos com projetos e soluções destinadas a otimizar o funcionamento dos elementos dos diferentes subsistemas e evitar o desperdício. Outros produtos esperados compreendem um programa que contará com oficinas de educação ambiental, melhorias no manejo, acondicionamento e destinação dos resíduos produzidos, como condição para a melhoria da qualidade do ambiente da UFMA. Palavras-Chave: Gestão Ambiental Urbana; Produção mais limpa; resíduos sólidos INTRODUÇÃO A crescente necessidade de repensar o ambiente pelo tripé da sustentabilidade, ou seja, a partir de princípios que sugerem um ambiente economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo, itens que podem ser medidos a partir da utilização de parâmetros, como os indicadores de sustentabilidade ambiental. As Instituições de ensino, assim como as diversas organizações precisam amadurecer programas de gestão ambiental que atendam suas demandas, ao ponto destas instituições serem vistas como unidades que buscam alternativas para a solução de possíveis problemas quanto à questão ambiental dentro de seu espaço. Os processos produtivos realizados nessas instituições culminam na geração de resíduos, que impactam seu orçamento e o ambiente, uma vez que, necessitarão serem segregados, armazenados e destinados para um local adequado.

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PRÁTICAS DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA (PmaisL) NO CONTEXTO DA GESTÃO AMBIENTAL URBANA, NA ÁREA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO BACANGA – UFMA.

Prof. Ulisses Denache Vieira Souza NEPA/COLUN/UFMA [email protected]

Prof. Drº Antonio Cordeiro Feitosa DEGEO/NEPA/UFMA [email protected]

RESUMO

O crescimento e a diversificação das atividades desenvolvidas no âmbito das instituições de ensino, por seus mais diversos setores, tem proporcionado aumento da geração de resíduos e elevados índices de consumo de energia e água, tornando-se necessário o planejamento como suporte para a gestão integrada do ambiente visando à manutenção da qualidade ambiental, a partir de ações de controle e tratamento de resíduos sólidos e efluentes líquidos. A metodologia conhecida como Produção Mais Limpa (PmaisL), baseia-se em princípios práticos que compreendem ações integradas entre aspectos da qualidade ambiental, segurança e saúde ocupacional; promoção do desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas. Os resultados demonstram diminuição e melhoria em diversos setores através de parcerias com associações da circunvizinhança e com programas da própria instituição para reaproveitar resíduos com projetos e soluções destinadas a otimizar o funcionamento dos elementos dos diferentes subsistemas e evitar o desperdício. Outros produtos esperados compreendem um programa que contará com oficinas de educação ambiental, melhorias no manejo, acondicionamento e destinação dos resíduos produzidos, como condição para a melhoria da qualidade do ambiente da UFMA.

Palavras-Chave: Gestão Ambiental Urbana; Produção mais limpa; resíduos sólidos

INTRODUÇÃO

A crescente necessidade de repensar o ambiente pelo tripé da sustentabilidade, ou seja,

a partir de princípios que sugerem um ambiente economicamente viável, ecologicamente

correto e socialmente justo, itens que podem ser medidos a partir da utilização de parâmetros,

como os indicadores de sustentabilidade ambiental.

As Instituições de ensino, assim como as diversas organizações precisam amadurecer

programas de gestão ambiental que atendam suas demandas, ao ponto destas instituições

serem vistas como unidades que buscam alternativas para a solução de possíveis problemas

quanto à questão ambiental dentro de seu espaço. Os processos produtivos realizados nessas

instituições culminam na geração de resíduos, que impactam seu orçamento e o ambiente,

uma vez que, necessitarão serem segregados, armazenados e destinados para um local

adequado.

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Para sanar esta necessidade, buscou-se nas dimensões da gestão ambiental uma

alternativa de otimização desses processos, chegando-se a metodologia da Produção mais

Limpa (PmaisL) como uma ferramenta que elimina possíveis elementos poluidores, antes e

durante o processo de produção e não somente no final, apresentando-se como uma

ferramenta para a gestão ambiental de determinados órgãos e empresas.

Objetiva-se diagnosticar a situação ambiental dos resíduos gerados nos processos

realizados no Campus do Bacanga da Universidade Federal do Maranhão, propondo-se o uso

da ferramenta de produção mais limpa para administrar particularidades, como o consumo de

energia e água e a geração dos diversos resíduos fornecendo uma destinação a esses resíduos

que não venha a atingir de forma a causar impactos negativos ao ambiente não gerando,

portanto degradação ambiental.

MATERIAL E MÉTODO

A pesquisa fundamentou-se nos métodos dedutivo e indutivo propostos com apoio

dos métodos qualitativo, quantitativo e fenomenológico.

O método dedutivo subsidiou os trabalhos de gabinete que compreenderam as

explorações relacionadas com a consolidação do referencial teórico, análise de textos de

autores com referência a temática em estudo como: (BARBIERE, 2007 e DYLLICK,

GILSEN, HÄFLINGER, WASMER 2000) no que tange a gestão ambiental; (GOMES e

NUNES) sobre as novas tecnologias ambientais (FEITOSA e SOUZA, 2008 e LACERDA,

2006) estudos sobre a Universidade Federal do Maranhão.

O método indutivo foi empregado como fundamento na observação dos elementos

naturais, aos métodos: qualitativo e fenomenológico, relativamente à percepção ambiental,

observação, interpretação e explicação de fenômenos e caráter local e regional.

O método quantitativo auxiliou na avaliação dos dados adquiridos a partir da

mensuração de indicadores relativos à utilização de água, energia elétrica e resíduos sólidos.

As técnicas compreendem os procedimentos pertinentes ao alcance dos objetivos

da pesquisa, no intuito de analisar as dificuldades e oportunidades de aplicação da produção

mais limpa, que se apresenta como uma ferramenta da gestão ambiental preventiva aplicada a

processos, produtos e serviços para minimizar os impactos sobre o ambiente, modelo que

segue as técnicas formuladas pelo PNUMA e pela Organização das nações Unidas para o

desenvolvimento industrial. Para complemento da metodologia, fez se necessário a utilização

de dos seguintes procedimentos metodológicos: Para alcance dos objetivos propostos foram

desenvolvidos os seguintes procedimentos metodológicos:

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Pesquisa Documental e bibliográfica em centros de pesquisa no âmbito da

Universidade Federal do Maranhão, como nas diversas bibliotecas localizadas na

cidade de São Luís.

Consulta de material cartográfico existente sobre a área de estudo em escala de

1:2.000 para identificação dos diversos setores do campus do Bacanga.

Identificação dos processos realizados nos laboratórios dos diversos departamentos

existentes nos centros de ensino da UFMA.

Visita aos laboratórios para avaliar o quantitativo de uso de matérias-primas, água

e energia para pesquisas e outras atividades.

Realização de oficinas e reuniões de formação sobre a metodologia da Produção

mais limpa, entre os funcionários, professores e estudantes do Campus sede da

UFMA.

Identificação e das oportunidades a partir de alternativas de Produção mais Limpa.

Elaboração de Programa de Gestão Ambiental com base nas necessidades

verificadas no diagnóstico realizado em conjunto com os funcionários consultados,

que contemplasse as diversas oportunidades que seriam aplicadas nos setores,

satisfazendo as necessidades específicas quanto ao tipo de problema anteriormente

vivenciado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Instituída, pelo Governo Federal, nos termos da Lei n.° 5.152, de 21/10/66 (alterada

pelo Decreto Lei n.° 921, de 10/10/69 e pela Lei n.° 5.928, de 29/10/73), a Universidade

Federal do Maranhão localiza-se na margem esquerda da Bacia do Rio Bacanga. O campus

universitário do Bacanga faz parte da bacia sedimentar de São Luís, ocupando a margem

esquerda do Rio Bacanga.

O Decreto n.° 59.941, de 06/01/67, aprovou o Estatuto da Fundação, cuja criação se

formalizou com a Escritura pública de 27/01/67, registrada no Cartório de Notas do 1° Ofício

de São Luís. Em 14 de novembro de 1972, na gestão do Reitor Cônego José de Ribamar

Carvalho, foi inaugurada a primeira unidade do Campus do Bacanga, o prédio “Presidente

Humberto de Alencar Castelo Branco”; Desde então a Universidade que anteriormente

possuía cerca de 247 ha conta atualmente com um pouco mais de 100 ha, tendo perdido boa

parte de sua área para ocupações desordenadas que se formaram na sua área de entorno,

bairros como: Sá Viana, Vila Bacanga, Vila Embratel e Jambeiro (Figura 01).

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Figura 01: Localização do Campus / Zona de entorno. Fonte: Google Earth, adaptado por Souza, 2009.

Sá Viana

Vila Embratel

Jambeiro

Vila Bacanga

Av dos Portugueses

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A gestão ambiental (GA) é uma prática muito recente, que vem ganhando espaço nas

instituições públicas e privadas. Através dela é possível à mobilização das organizações para

se adequar à promoção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Seu objetivo é a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e ambiente de

trabalho, em toda organização, levando-se em conta o fator ambiental. Atualmente ela começa

a ser encarada como um assunto estratégico, porque além de estimular a qualidade ambiental

também possibilita a redução de custos diretos (redução de desperdícios com água, energia e

matérias-primas) e indiretos (por exemplo, indenizações por danos ambientais).

“Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou simplesmente gestão ambiental

serão aqui entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais

como, planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas com o

objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os

danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.”

(BARBIERI, 2007).

A produção mais limpa, portanto, deve estar no centro do pensamento estratégico de

qualquer empresa ou instituição. Além de trazer, comprovadamente, benefícios econômicos:

evita perdas, quase sempre danosas ao ambiente, e reduz custos.

Na UFMA optou-se por iniciar essa iniciativa no Restaurante Universitário que possui

uma estrutura que envolve processos no preparo dos alimentos que atendem a comunidade

acadêmica: técnicos, professores e alunos que freqüentam este espaço. Nas etapas

desenvolvidas durante o processo produtivo, percebe-se no restaurante universitário uma

preocupação essencial com a higienização dos alimentos durante o preparo, procedimento

correto, mas que também gera um grande consumo de água.

Com base na metodologia da Produção Mais Limpa, capacitou-se a partir de oficinas

pessoas participantes do processo produtivo para implementação das ações de gestão

ambiental, esse grupo é conhecido na metodologia como: ecotime, sendo responsáveis diretos

pela aplicação dos princípios de PmaisL produção, pois, têm a finalidade de transmitir a

metodologia aos demais funcionários da empresa.

Além disso, enfatiza-se, que o sucesso da aplicação da produção mais limpa

depende também do empenho coletivo dos funcionários das organizações, da direção, e da

alta gerência.

No que se refere à experiência de aplicação no Campus do Bacanga, retoma-se

que após uma reunião com o Ecotime foram identificadas as oportunidades descritas abaixo

na figura 2, sendo a primeira referente à reutilização do óleo residual da fritura que antes era

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despejado in natura diretamente na pia após o processo, tendo ainda oportunidades referentes

a otimização do uso de água e energia, além do concerto de pequenos vazamentos em alguns

setores da empresa, a troca de borracha de alguns refrigeradores e o reaproveitamento do

descarte das cascas de frutas e verduras.

OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS

TIPO DE INTERVENÇÃO

Óleo de cozinha residual da fritura Co-processamento do óleo na

produção de biodiesel

Sacos desperdiçados na recepção de mercadorias Recolhimento e posterior devolução

aos ensacadores

Água vazando na pia da higienização de produto Conserto da pia

Recepção de mercadorias mal iluminada Colocação de tijolos vazados,

aumentando ventilação/iluminação

Borrachas gastas dos refrigeradores do

almoxarifado Troca das borrachas

Restos de cascas de frutas Coleta seletiva/Produção de bebida

Restos de cascas/bagaços de frutas/verduras e

legumes Coleta seletiva/Produção de adubo

Figura 02: Oportunidades e intervenções identificadas no Restaurante Universitário.

Todas as oportunidades identificadas na tabela acima são somente relativas ao

funcionamento e estrutura do Restaurante Universitário, tendo a Universidade uma série de

outros departamentos e setores produtivos, na qual oportunidades devem ser identificadas e

intervenções devem ser realizadas. Setores com a gráfica universitária merecem um destaque

especial por utilizarem processos que geram resíduos, que podem ser direcionados à

reciclagem, reutilização ou co-processamento. Essas atividades estarão compondo o plano de

diretrizes de gestão ambiental a ser empregada na Universidade Federal do Maranhão. A

formação de pessoal capacitado (Figura 03) e alternativas simples que evitem o descarte e o

desperdício (Figura 04, 05 e 06), conduzirão o processo de Produção Mais Limpa na UFMA.

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Figura 03: Reunião com o ecotime. Figura 04: Sacos de verduras.

Figura 05: óleo de fritura Figura 06: Restos de cascas de abacaxi

CONCLUSÕES

A implantação da PmaisL na Universidade Federal do Maranhão é um processo que

está sendo desenvolvido com auxilio de funcionários e estudantes, apesar de alguns resultados

iniciais, precisa de um plano de continuidade que vise a redução do consumo de água,

otimização da energia elétrica (economia de 20% na iluminação e refrigeradores), utilização

de restos de frutas e verduras em compostagem para a produção de adubo (reutilização de

100% das cascas, hoje dispensadas), instituição de um Programa de educação ambiental para

auxiliar a instituição definitiva da produção mais limpa.

Sabe-se que esse é um processo contínuo de aprendizado e de oportunidades, mas

acredita-se na superação e na aplicabilidade de tais propostas, que os princípios da PmaisL

possam guiar nossos gestores na busca por uma produção com mais qualidade e

verdadeiramente limpa.

As tecnologias limpas aliadas a formação e sensibilização dos segmentos relacionados

como Instituição Pública mostrarão ao cidadão uma renovação na forma de aplicação do

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recurso público, em ações que não poluem e se poluem, são controladas com a devida

responsabilidade que necessitam.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e

Instrumentos. São Paulo: Editora Saraiva 2006.

DYLLICK, GILSEN, HÄFLINGER, WASMER. SAQ – Guia da série de normas ISO

14001 Sistema de Gestão Ambiental. Tradução: Beate Frank [no prelo], Blumenau: Editora

FURB, 2000.

FEITOSA, Antonio Cordeiro e SOUZA, Ulisses Denache. Gestão Ambiental no Campus do

Bacanga. VIII Encontro Humanístico. Centro de Ciências Humanas. São Luís,V.01, 2008.

LACERDA, Neemias Rodrigues. A Universidade Federal do Maranhão e a gestão do

lugar – O Campus do Bacanga. Monografia de Conclusão de curso, 2006.

SEBRAE. Guia de produção mais limpa. São Paulo. V.1, 2007.