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Revista Eletrônica Inspirar [recurso eletrônico] - Curitiba:R454 Faculdade Inspirar, 2012-

Bimestral, v. 4, n. 5 Ed. 20, set/out 2012-ISSN 2175-537XModo de acesso: www.inspirar.com.br

1. Saúde - Periódicos.CDD 610CDU 614

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A REVISTAA Revista Eletrônica da Inspirar é um periódico de acesso aberto, gratuito e bimestral, destinado à divulgação arbitrada da produção científica na área de Ciências da Saúde, de autores brasileiros e de outros, contribuindo, desta forma, para o crescimento e desenvolvimento da produção científica.

MISSÃOPublicação de artigos científicos que contribuam para a expansão do conhecimento da área da saúde, baseados em princípios éticos.

OBJETIVOPropiciar meios de socialização do conhecimento construído, tendo em vista o estimulo à investigação científica e ao debate acadêmico.

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CONSELHO EDITORIALAlexandre Ricardo Pepe Ambrozin – SP

Alonso Romero Fuentes Filho – SCÁlvaro Luiz Perseke Wolf – PR

Ana Francisca Kleiner-SPAna Maria Cardoso Cepeda - PR

Ana Paula Rodrigues - PRAndrea Cristiane Janz Moreira - RS

César Antonio Luchesa – PRDulce Satori-SP

Eduardo Ferro - SPEliana Portella Carzino – PR

Evelise Guimarães da Silva – SPFabiana Carvalho-PR

Fernando Henrique de Sousa - SPGilian Fernanda Dias Erzinger - PR

Janaina Medeiros de Souza – SCJanaina Vall - PR

Juliana Viana Paris -S PKarina Brongholi – SC

Lidiane Isabel Filippin – RSMarcelo Zager – SC

Maria Aparecida Rapozo Araldi – PRMaria de Fátima Fernandes Sípoli – PR

Marcos Claudio Signorelli- PRNelson Francisco Serrão Junior – SP

Patricia Hommerding-RSPaulo José Oliveira Cortez - SP

Rafael Vercelino - SPRenata Campos - SC

Sheila Schneiberg - CESibele Melo – PR

Silvio Assis de Oliveira Junior – MSTelma Cerqueira - SEVanessa Fogaça -PR

EDITORESProf. Dr. Esperidião Elias Aquim - PR

Prof. MSc. Marcelo Márcio Xavier - PR

COORDENAÇÃO EDITORIALProf. Dra. Angélica Lodovico - [email protected]

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAMarilize F. Nazario - [email protected]

INFORMAÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOSTodo o material a ser publicado deve ser submetido online através do site:

www.inspirar.com.br/revista

I.P. (Informação Publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.

© Faculdade Inspirar - Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem a permissão escrita do proprietário do copyright Inspirar. O editor não assume qualquer responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, métodos, instruções ou idéias expostas no material publicado. Apesar de todo o material publicitário estar em conformidade com os padrões de ética da saúde, sua inserção na revista não é uma garantia ou endosso da qualidade ou valor do produto ou das asserções de seu fabricante.

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COMISSÃO ORGANIZADORAAline Neves Paez

Ana Paula Monti OliveiraBarbara Eden de Oliveira Sá

Bruna Pizetta FerronatoCristiane Mayumi Ogata

Giovana VesentiniGustavo Mançan Felipe Galhardo

Hugo Castellon QuatrocchiJéssica Salgado

Joice Anaize Tonon do AmaralJuliana Mitiko ShimizuKarlla Aguilar ZarpellãoMaira Peloggia CursinoMaíra Urrêa Massoca

Rafaela Bresciani MarretoRenata Salatini

Richard Custódio EdwardsRosana Massae HayasakaSabrina Agnezini Biaggi

Victoria dos Santos Policeno Ferreira

COORDENADOR GERALDr. Marcos Seizo Kishi

COORDENADOR CIENTÍFICODr. Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin

COORDENADOR DO CURSO DE FISIOTERAPIADr. Marcelo Tavella Navega

CHEFE DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIADr. Marcos Eduardo Scheicher

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EDITORIAL

Por mais um ano, o curso de Fisioterapia da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP – Campus Marília junto ao recém criado Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacio-nal recebe de 08 a 10 de novembro de 2012 mais de 200 congressistas no III Congresso de Fisioterapia e I Jornada de Fisioterapia Desportiva da UNESP de Marília.

Nesse contexto, a Comissão Organizadora traz para discussão neste evento os principais temas da área de Fisioterapia que serão abordados por grandes profissionais da área.

Mantendo a parceria do ano anterior, que foi um sucesso, a Revista Inspirar nos possi-bilitou a publicação de 50 resumos expandidos, valorizando ainda mais a parte cientifica do evento.

Dessa forma, agradecemos a confiança de todos os participantes do evento e ao apoio de nossos patrocinadores. Desejamos que todos aproveitem o evento e que mais uma vez tenham uma ótima estadia na “Cidade das Bolachas”.

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SUMÁRIO

EDITORIAL ......................................................................................................................5[O-01] AVALIAÇÃO DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA NO PRÉ E PÓS FISIOTERA-PIA EM PACIENTES CARDIOPATAS SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA ...........................................................................................................................................21Avaliation of the respiratory mechanic before and after physiotherapy in cardiac patients submitteid mechani-cally ventilatedJéssica Guimarães Al-Lage¹; Heloisa Borges¹; Juliana Mitiko Shimizu¹; Priscila Machado Batista¹; Silene El--Fakhouri²; Valdirene Tenório da Costa Alegria²; Roberta Munhoz Manzano¹; Robison José; Quitério¹; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin¹

[O-02] CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DE PREENSÃO COM O TESTE DE ESFORÇO ......................................................................................23Correlation between respiratory muscle strength and hand grip with the exercise testHeloisa Borges¹; Franciele Eredia Albanez Kessa¹; Doralice Fernanda da Silva Raquel¹; Juliana Mitiko Shimizu¹; Priscila Machado Batista¹; Robison José Quitério¹; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin¹.

[O-03] CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE CAPACIDADE FUNCIONAL EMINDIVÍ-DUOS COM DISTÚRBIOS VENTILATÓRIOS DO TIPO OBSTRUTIVOS ...............25Correlation Between Tests of Functional Capacity in Subjects With Type Obstructive Ventilatory DisordersVictória Dos Santos Policeno Ferreira1; Doralice Fernanda da Silva Raquel1; Robison José Quitério1; Juliana Bassa-lobre Carvalho Borges1; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

[O-04] EFEITO DO ESFORÇO FÍSICO SUBMÁXIMO NA MODULAÇÃO AUTONÔ-MICA CARDÍACA E NO TRANSPORTE MUCOCILIAR DE TABAGISTAS ...........27Effect of submaximal physical effort in cardiac autonomic modulation and mucociliary clearance of smokersAna Paula Soares dos Santos1, Dionei Ramos1, Juliana Tiyaki Ito1, Alessandra Choqueta de Toledo1, Luiz Carlos Marques Vanderlei1, Ercy Mara Cipulo Ramos1

[O-05] EFEITOS DA REABILITAÇÃO VIRTUAL NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM INDIVIDUOS COM DOENÇAS DE PARKINSON ......................................................29Effects the virtual rehabilitation in the respiratory function in individuals with Parkinson`s diseaseDoralice Fernanda da Silva Raquel1, Bárbara Éden de Oliveira Sá1, Gisele Aparecida de Souza1, Flávia Roberta Faganello Navega1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

[O-06]EQUAÇÃO PREDITORA DO DESEMPENHO NO TESTE DE ESCADA ......31Equation of performance predictor in stair climbing testHeloisa Borges¹, Jéssica Guimarães Al-Lage1, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

[O-07]EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE INDIVÍ-DUOS COM HEMIPARESIA APÓS DOENÇA VASCULAR ENCEFÁLICA .............33Resisted exercises in the respiratory function of individuals with hemiparesis after cerebral vascular diseaseDoralice Fernanda da Silva Raquel1, Mônica Furquim de Campos2, Suenimeire Vieira2, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

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[O-08]COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DO OVERTRAINING E ANSIEDADE EM ATLETAS DE BASQUETEBOL EM PERIODO DE BASE E COMPETITIVO ..........35Incidence of overtraining in basketball players in competitive and base periodAline Neves Paez¹, Renata Salatini¹, Cristiane Rodrigues Pedroni².

[O-09]EFEITO DE UM PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO VESTIBULAR SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS VESTIBULOPATAS. ..............................37Effect of a protocol from vestibular rehabilitation over the quality of life of individuals with vestibular disease.Isabella Hotta1, Aline Anézio1, Ana Cláudia Figueiredo Frizzo2, Marcos Seizo Kishi1.

[O-10]EFEITO DO MÉTODO PILATES NA FLEXIBILIDADE, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE DOR EM IDOSOS. ........................................................................39Effect of the Method Pilates in flexibility, quality of life and level of pain in the elderly.Beatriz Mendes Tozim¹, Mariana Giglio Furlanetto¹, Daniele Moraes de Lorenzo¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³

[O-11]EFEITO DO MÉTODO PILATES NO EQUILÍBRIO DE IDOSAS. ..................41Effects of Pilates in elderly women with balance disordersMariana Giglio Furlanetto¹, Beatriz Mendes Tozim¹, Daniele Moraes de Lorenzo¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³.

[O-12]EFEITOS DA FOTOESTIMULAÇÃO COM LASER NA COMPRESSÃO MECÂ-NICA NO PROCESSO INFLAMATÓRIO CRÔNICO ARTICULAR ...........................43Photostimulation effects of laser in mechanical compression in chronic inflammatory articular process Marcelo R. Guerino1, Alysson F. Briel2, Adriane C. Guerino3

[O-13]FLEXIBILIADE, AGILIDADE, E LESÕES DE MEMBROS INFERIORES DE ATLETAS DE FUTEBOL JUVENIL DE MARÍLIA-SP ................................................47Flexibility, Agility and Injuries of lower limb in athletes of youth soccer of Marília – SPFábio Go Ozawa¹, Felipe Guilherme Leite de Campos¹; Aline Carolina de Souza Machado¹, Elaine Hitomi Kami-mura¹; Cristiane Rodrigues Pedroni²

[O-14]O EFEITO DA MANIPULAÇÃO MIOFASCIAL SOBRE O LIMIAR DOLORO-SO EM ATLETAS DURANTE PERÍODO COMPETITIVO .........................................49The effect of myofascial manipulation on the pain threshold in athletes during competitive periodNatalia Ancioto da Costa1, Maira Peloggia Cursino¹, Simone Franco Dal Poggetto1, Cristiane Rodrigues Pedroni2

[O-15]RELAÇÃO ENTRE POSTURA QUEIXA DOLOROSA E LESÃO EM BAILARI-NAS CLÁSSICAS ...........................................................................................................51Posture, pain and injury in ballet dancersAmanda Gomes de Assis Couto¹, Cristiane Rodrigues Pedroni2.

[O-16]ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DAS CAUSAS DAS INSUFICIÊNCIAS RESPIRA-TÓRIAS E OS VALORES DA PRESSÃO DO CUFF DE PACIENTES EM VENTILA-ÇÃO ................................................................................................................................53Analysis of the impact in failure respiratory causes and the cuff pressure values on mechanical ventilation pa-tientsNatalia Moya Rodrigues Pereira1; Heloisa Borges1; Juliana Mitiko Shimizu1; Priscila Machado Batista1; Silene El--Fakhouri2; Valdirene Tenório da Costa Alegria2; Roberta Munhoz Manzano1; Robison José Quitério1; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1.

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[O-17]CAPACIDADE AERÓBIA FUNCIONAL DE PACIENTES HEMIPARÉTICOS 55Aerobic capacity functional of hemiparetics individualsMônica Furquim de Campos1, Suenimeire Vieira1, Flávia Roberta Faganello Navega2, Marcelo Tavela Navega1,2, Marcos Scheicher1,2, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin2; Aparecida Maria Catai3; Robison José Quitério1,2,3.

[O-18]CORRELAÇÃO DA CIFOSE TORÁCICA COM A FORÇA MUSCULAR RESPI-RATÓRIA E FUNÇÃO PULMONAR DE INDIVÍDUOS HEMIPARETICOS. ............57Correlation between the thoracic kiphosis with the respiratory muscle strength and pulmonary function in hemi-paretics.Doralice Fernanda da Silva Raquel1, Juliana Rodrigues Soares Ruzene2, Marcelo Tavella Navega1, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

[O-19]EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES NEUROLÓGI-COS VENTILADOS MECANICAMENTE ...................................................................59Effects of respiratory physiotherapy in neurological patients mechanically ventilatedJuliana Mitiko Shimizu¹, Heloisa Borges¹, Priscila Machado Batista¹, Silene El-Fakhouri², Valdirene Tenório da Costa Alegria², Roberta Munhoz Manzano¹, Robison José Quitério¹, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin¹

[O-20]EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES NEUROLÓGI-COS VENTILADOS MECANICAMENTE ...................................................................62Effects of respiratory physiotherapy in neurological patients mechanically ventilatedJuliana Mitiko Shimizu¹, Heloisa Borges¹, Priscila Machado Batista¹, Silene El-Fakhouri², Valdirene Tenório da Costa Alegria², Roberta Munhoz Manzano¹, Robison José Quitério¹, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin¹

[O-21]O PERFIL DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO COMO PONTO DE PARTIDA PARA ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS E DE CUIDADO ........64Elderly institutionalized profile for developing strategies and preventive careIsabela Feitosa de Carvalho¹, Aline Murari Ferraz Carlomanho², Bruna Pizetta Ferronato¹, Felipe Guilherme Leite de Campos¹, Franciele Eredia Albanez Kessa¹, Helen Benincasa Nakagawa¹, Jéssica Guimarães Al-Lage¹, Juliana Rizzatto Ferraresi¹, Maira Peloggia Cursino¹, Natalia Moya Rodrigues Pereira¹, Edvaldo Soares³

[O-21]PROPRIEDADE DE CORRELAÇÃO FRACTAL DA VFC EM RESPOSTA AO TESTE ORTOSTÁTICO ATIVO EM MULHERES ......................................................66Fractal correlation property of HRV in response to the active orthostatic test in womenJosé Raul Cisternas1, Luiz Carlos de Abreu1, Adriano Roque2, Bianca de Castro2, Fernando Adami2, Luiz Carlos M. Vanderlei3, Lucas L. Ferreira3, Vitor Engrácia Valenti

[O-22]SINAIS ELETROMIOGRÁFICOS, EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO EM IDOSAS COM OSTEOPOROSE SUBMETIDAS A TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO ..........................................................................................................................................68Electromyographic signals, static and dynamic balance in elderly women with osteoporosis submitted to balance training.Juliana Rodrigues Soares Ruzene¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³.

[O-23]SINAIS ELETROMIOGRÁFICOS, EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO EM IDOSAS COM OSTEOPOROSE SUBMETIDAS A TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO ..........................................................................................................................................70Electromyographic signals, static and dynamic balance in elderly women with osteoporosis submitted to balance training.

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Juliana Rodrigues Soares Ruzene¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³.

[P-01]EFEITO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS AQUÁTICOS NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES PÓS CIRURGIA DE CÂNCER DE MAMA ......................................72Effectiveness of an aquatic exercise protocol in quality of life after breast cancer surgeryDaniela Bonfim Cortês1, Karina Cristina Fernandes1,Priscila Pagotto2, Elisa Bizetti Pelai2, Lara Nery Peixoto2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3.

[P-02]PERFIL E INCIDÊNCIA DA DIÁSTASE DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL NO PUERPÉRIO ............................................................................................................74Profile and impact of diastasis rectus abdominis puerperiumBeatriz da Silva Gonçalves1, Gabriela Samartino Zavanelli1, Nicole Silva Pedrosa1, Ana Paula Rodrigues da Ro-cha1, Maiara Cristina Celião da Silva1, Elisa Bizetti Pelai2, Lara Nery Peixoto2, Priscila Pagotto2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3.

[P-03]PREVALÊNCIA DE DESCONFORTO MÚSCULO ESQUELÉTICO NO PUER-PÉRIO ..............................................................................................................................76Prevalence of Skeletal Muscle Discomfort in PuerperiumKarina Cristina Fernandes¹, Daniela Bonfim Cortês1, Maiara Cristina Celião da Silva1, Ana Paula Rodrigues Rocha1, Beatriz da Silva Gonçalves1, Gabriela Samartino Zavanelli1, Nicole Silva Pedrosa1, Elisa Bizetti Pelai2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3

[P-04]EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA PREVENÇÃO DE DOR LOMBAR DURAN-TE A GESTAÇÃO ...........................................................................................................78Effects of hydrotherapy in preventing low back pain during pregnancyGiovana Vesentini1, Érica Almeida Sousa1, Natália Migliati de Oliveira1, Patrícia Helena dos Santos Alves3, Verô-nica Martins Godoy1, Angélica Mércia Pascon Barbosa2.

[P-05]EFEITO DO MÉTODO PILATES NA HIPERCIFOSE TORÁCICA DE IDOSAS. ................................................................................................................................................80Effect of Pilates in elderly women with thoracic hyperkyphosisMariana Giglio Furlanetto1, Beatriz Mendes Tozim1, Daniele Moraes de Lorenzo1, Mary Hellen Morcelli2, Marce-lo Tavella Navega3

[P-06]ANÁLISE DA FADIGA ELETROMIOGRÁFICA ENTRE IDOSOS ATIVOS FISI-CAMENTE E PRATICANTES DE ATIVIDADE ESPORTIVA. ...................................82Analysis between elderly electromyographic activity practitioners and not practitioners sports activityLetícia Mendes de Freitas¹, Dayane de Oliveira Macedo¹, Marcos Eduardo Scheicher¹

[P-07]EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO DA MUSCULATURA ABDOMINAL NA ESTABILOMETRIA DE INDIVÍDUOS COM LESÃO ENCEFÁLICA ADQUIRIDA. 84Acute effect of abdominal muscle stimulation on stabilometry in patients with acquired brain injuryJoão Simão de Melo Neto1, Ana Elisa Zuliani Stroppa Marques2,3, Élen Bianchi Ducatti3, Jaqueline Gabriela Moda3

[P-08]COMPARAÇÃO DO MEDO DE QUEDAS EM IDOSAS CAIDORAS E NÃO CAIDORAS .....................................................................................................................86Comparison of fear of falling in elderly fallers and non-fallersMelina Galetti Prata1, Marcos Scheicher1,2

Palavras-chave: envelhecimento humano, equilíbrio corporal, medo de quedas

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[P-09]MOBILIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA.......................................................................................................88Functional mobility in elderly with different levels of physical activityDayane de OliveIra Macedo¹, Letícia Mendes de Freitas¹, Marcos Eduardo Scheicher¹

[P-10]EVOLUÇÃO NEUROFUNCIONAL EM TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLI-CO DIFUSO GRAVE: RELATO DE CASO ...................................................................90Neurofunctional Development in Severe Brain Injurie: A case reportCarla de Oliveira Carletti1; Ariane Pereira Ramirez1; Roberta Munhoz Manzano2

[P-11]ANÁLISE DO USO DA BOLSA COM ALÇA A TIRACOLO EM RELAÇÃO ÀS DISFUNÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR EM JOVENS UNIVERSITÁRIAS ......92Analysis of handbag use related to shoulder girdle disfunctions in university young womenJoana Zambrano Chambrone1, Mariana Borges de Oliveira1, Jéssica Guimarães Al-Lage1, Franciele Eredia Albanez Kessa1, Isabela Lopez Trevizan1, Flávia Roberta Faganello Navega1

[P-12]CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, DOR E FLEXIBILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS DA UNESP CAMPUS DE MARÍLIA - SP .............................94Flexibility, pain and quality of life characterization of UNESP Marilia campus-SP employeesJoana Zambrano Chambrone1, Natalia Moya Rodrigues Pereira1, Nattalia de Oliveira1, Rafaela Maria de Souza1, Renata Lumena Altruda Pucci1, Érica Almeida Sousa1, Camila Narumi Nakamura1, Flávia Roberta Faganello Nave-ga11

[P-13]CARACTERIZAÇÃO DO ESTRESSE OCUPACIONAL E NÍVEL EDUCACIO-NAL DE FUNCIONÁRIOS DA UNESP DE PRESIDENTE PRUDENTE ...................96CHARACTERIZATION OF OCCUPATIONAL STRESS AND EDUCATIONAL LEVEL OF THE EMPLOYE-ES OF UNESP OF PRESIDENTE PRUDENTETallita Yossugo de Toledo², Isabela Maia da Cruz Fernandes¹, Amanda Mendes Ribeiro¹, Naiana Santos Veloso Menezes¹, Roselene Modolo Regueiro Lorençoni³

[P-14]PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO DA ARTICULAÇÃO EM PACIENTE PÓS--FRATURA DE TORNOZELO .......................................................................................98Protocol of rehabilitation of the articulation in patients after ankle fracture João Simão de Melo Neto1,2, Eduardo Martini Romano3, Larice Cristina de Carvalho3, Ana Elisa Zuliani Stroppa Marques3,4, Fabiana Campos Gomes2, Beatriz Fioruci Fontanelli2,5

[P-15]DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS POR MULHERES COM FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULA-RES ................................................................................................................................100Distance run during the walk test of 6 minutes by women with risk factors for cardiovascular diseaseSabrina Agnezini Biaggi1, Izabela Biancardi1, Tiago Buso Bortolotto1, Stella Maria Fiorindo Faria2, Alexandre Ri-cardo Pepe Ambrozin1, Robison José Quitério1,3,4

[P-16]CORRELAÇÃO DE DIFERENTES TESTES DE ESFORÇO COM O PICO DE CONSUMO DE OXIGÊNIO .........................................................................................102Correlation between different exercise tests with oxygen uptakePriscila Machado Batista1; Doralice Fernanda Raquel1; Heloisa Borges1; Juliana Mitiko Shimizu1; Roberta Munhoz Manzano1; Robison José Quitério1; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

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[P-17]DOR E ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES .................................104CPain and postural changes in studentsLelles Gabriel Damasceno Queiroz¹, Angélica Emboaba Salomão¹, Eduardo Porcatti Walsh2, Karina Pereira3, Isa-bel Aparecida Porcatti de Walsh3

[P-18]ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS INDIVÍDUOS COM ESCLEROSE MÚLTI-PLA ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NEUROLOGIA DA UFTM .................106Epidemiological analysis of individuals with multiple sclerosis served in the neurology laboratory of UFTMAngélica Emboaba Salomão¹, Alessandra Aparecida Fernandes¹, Cátia Silva², Sônia Beatriz Felix Ribeiro³, João Batista Ribeiro4, Fabrizio A. Gomide Cardoso5

[P-19]QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PARTICULAR. .........................................................................................108Quality of life in children: comparison of private and public school.Ronaldo Sena e Silva1; Denise Mitiko Kaida1; Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho2; Juliana Bassalobre Carva-lho Borges 1,2.

[P-20]QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PARTICULAR. .........................................................................................110Interactive virtual games – New toll in the rehabilitation of individuals with Parkinson’s diseaseBarbara Eden de Oliveira Sá ¹, Flávia Roberta Faganello Navega ²

[P-21]EFETIVIDADE DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA DO NER-VO TIBIAL POSTERIOR COMO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA ............................................................................................................................112Effectiveness of percutaneous electrical stimulation of the posterior tibial nerve for treatment of mixed urinary incontinenceBarbara Eden de Oliveira Sá ¹, Flávia Roberta Faganello Navega ²

[P-22]ELETROMIOGRAFIA DOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS EM DIFERENTES GRAUS DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR – RESULTADOS PARCIAIS 115Electromyographic analysis of masticatory muscles in different degrees of temporomandibular disorder - partial resultsGisele Harumi Hotta1; Thalita Mayumi Tokunaga Takahashi1; Cristiane Rodrigues Pedroni2

[P-23]Análise da concordância entre testes que avaliam o equilíbrio em idosas ..........117Electromyographic analysis of masticatory muscles in different degrees of temporomandibular disorder - partial resultsKaren Mayuri Kato¹, Juliana Rodrigues Soares Ruzene¹’², Marcelo Tavella Navega¹’²

[P-24]ANÁLISE DA DOR E FLEXIBILIDADE DOS TAXISTAS DA CIDADE DE MA-RÍLIA – SP .....................................................................................................................119Analysis of pain and flexibility of taxi drivres in the city of Marília - SPNatalia Moya Rodrigues Pereira1; Julia Menezes Graziano1; Réveni Carmem Milan1; Thalita Alves Machado1; Carolina Tarcinalli1; Flávia Roberta Faganello Navega1

Palavras-chave: Equilíbrio, idosas, testes

[P-25]SÍNDROME DA FIBROMIALGIA E SEU IMPACTO SOCIAL ......................121fibromyalgia syndrome and its social impactCaroline Braun¹, Michele Cristina Tizati Serezani¹, Paulo Rocha Júnior¹

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[P-26]AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DE DUAS TÉCNICAS DE ALONGAMENTO NA FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS ......123Evaluation and comparison of the effects of two techniques of stretching on flexibility of hamstring musclesBruna Paleari¹, Mary Hellen Morcelli2 , Marcelo Tavella Navega3

[P-27]TESTE DE FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PICO DE FLUXO EXPIRA-TÓRIO EM ADULTOS TABAGISTAS ........................................................................125Respiratory muscle strength and peak expiratory flow in adult smokersAriane Pereira Ramirez1, Carla de Oliveira Carletti1, Vanessa de Freitas Lemes1, Ana Paula Rodrigues1, Camila Gimenes2, Roberta Munhoz Manzano3

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[O-01] AVALIAÇÃO DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA NO PRÉ E PÓS FISIOTERAPIA EM PACIENTES CARDIOPATAS

SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA

INTRODUÇÃOPortadores de doenças cardíacas descompensadas podem

necessitar de Ventilação Mecânica (VM) para manter as trocas gasosas. Esses pacientes podem apresentar alterações na mecâ-nica respiratória e as técnicas da Fisioterapia Respiratória (FR) podem melhorar a mecânica torácica, pulmonar e a resistência das vias aéreas1, o que auxilia na recuperação da patologia de base e na retirada da VM2. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia respiratória na mecânica respira-tória de pacientes com doença cardíaca em ventilação mecânica.

MÉTODOSFoi realizado estudo prospectivo intervencional entre

março e junho de 2012, com seis pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, internados na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo nº 1432/11).

Foram inclusos pacientes com diagnóstico médico de insuficiência cardíaca e/ou edema pulmonar cardiogênico com necessidade de VM por mais de 48 horas. Pacientes que apresentassem contraindicação para aplicação de técnicas fisio-terapêuticas (fratura de costela, instabilidade hemodinâmica, dreno torácico, pneumotórax não drenado, broncoespasmo, coagulopatias) eram excluídos.

O estudo foi dividido em três momentos. No primeiro, antes do atendimento foram coletados a idade, altura, peso ideal, diagnóstico médico e variáveis hemodinâmicas (pressão arterial sistólica e diastólica – PAS e PAD; frequência cardíaca – FC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Também antes do atendimento foram avaliados a complacência dinâmica (Cdin), complacência estática (Cest) e resistência da via aérea (Rwa).

Para medida da mecânica respiratória os pacientes foram posicionados em Fowler (45º), colocados em modalidade con-

1 - Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp - campus de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil.

Jéssica Guimarães Al-Lage¹; Heloisa Borges¹; Juliana Mitiko Shimizu¹; Priscila Machado Batista¹; Silene El-Fakhouri²; Valdirene Tenório da Costa Alegria²; Roberta Munhoz Manzano¹; Robison José; Quitério¹; Alexandre Ricardo Pepe

Ambrozin¹

Avaliation of the respiratory mechanic before and after physiotherapyin cardiac patients submitteid mechanically ventilated

Palavras-chave: Mecânica respiratória, Ventilação artificial, Fisioterapia respiratória.

trolada, ciclada a volume, com volume corrente (VC) de 8ml/kg do peso ideal, com fluxo inspiratório de 0,83 l/s, frequência respiratória de 12 ciclos/min, pressão expiratória positiva final (PEEP) de 5 cmH2O, fração inspirada de oxigênio suficiente para SpO2>90%. Após 15 minutos, os valores de pico de pressão (PP) e pressão platô (Ppl) foram registrados, sendo que a Ppl foi obtida após pausa inspiratória de 0,5 segundos. Os valores de Cdin foram obtidos dividindo o VC pela diferença entre o PP e a PEEP, e os de Cest por meio da divisão do VC pela Ppl menos o PEEP. A Rwa foi calculada pela diferença entre a PP e Ppl dividida pelo fluxo utilizado.

No segundo momento, técnicas de fisioterapia respiratória foram aplicadas nos pacientes de acordo com a necessidade encontrada na avaliação. Para pacientes que apresentassem sons de secreções pulmonares na ausculta pulmonar foi realizado vibrocompressão, para aqueles com diminuição de murmúrio vesicular foi realizado descompressão torácica abrupta, re-expansão pelo VM e reexpansão através do PEEP. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração traqueal seguindo as recomendações da American Association of Respiratory Care, independente da ausculta pulmonar. Por fim, no ultimo mo-mento os pacientes foram reavaliados quanto as propriedades mecânicas do sistema respiratório.

Os dados foram comparados utilizando o Teste de Wil-coxon e Teste t pareado (p<0,05).

RESULTADOSForam avaliados seis pacientes sendo 3 (50%) mulheres

e 3 (50%) homens, com idade média de 75,76±5,96 anos, peso ideal 57,72±5,71 kg e altura 1,60±0,08 m. Dois pacien-tes (33,33%) com insuficiência cardíaca congestiva e quatro (66,66%) com edema agudo de pulmão e insuficiência cardíaca congestiva. Foram realizados 21 atendimentos fisioterapêuticos, nos quais em 11 (52,38%) os pacientes estavam em SIMV/PS,

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03 (14,29%) em PCV e 07 (33,33%) em VCV. A média e desvio padrão da Escala de Coma de Glasgow foi 7,19±4,06 pontos e do Ramsay 3,58±2,18 pontos. Houve melhora não significativa da mecânica respira-tória após a FR (Tabela 1)

DISCUSSÃO Nossos resultados mostraram que pacientes com insu-ficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar não apresentam alteração da mecânica respiratória após a FR. Alguns fatores me-todológicos podem ser responsáveis por estes resultados, já que não houve controle por exemplo do balanço hídrico ou mesmo do tipo de medicação de cada paciente. Também acreditamos que outros estudos podem ser feitos usando como parâmetro de controle a pressão venosa central, o que permitiria melhor avaliação da presença de liquido no interstício pulmonar. Estudos com pacientes neurológicos, sem alterações pulmonar relevantes já mostraram que a FR melhora a mecânica pulmonar3,4, diferente dos resultados aqui apresentados que não mostraram diferença significativa após a FR.

CONCLUSÃOOutros estudos sobre o tema são necessários a fim conhe-

cer a respeito dos efeitos de técnicas específicas da fisioterapia respiratória nesta população, já que a amostra estudada é peque-na. Assim pode-se concluir que a fisioterapia respiratória não alterou a mecânica respiratória de pacientes com insuficiência cardíaca e edema pulmonar.

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[O-02] CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DE PREENSÃO COM O TESTE DE

ESFORÇO

INTRODUÇÃOO teste de caminhada de seis minutos (TC6) e o teste

de escada (TEsc) são considerados testes simples, de baixo custo, eficientes na avaliação de pacientes com distúrbios cardiorrespiratórios1,2, podendo seu resultado ter influência da força muscular respiratória e periférica3. Assim o objetivo desta pesquisa foi associar a força muscular respiratória e a força de preensão palmar com o desempenho no TC6 e no TEsc em adultos saudáveis.

MATERIAIS E MÉTODOS Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa

(50/2011) foram avaliados 34 indivíduos saudáveis maiores de 18 anos, sem doenças agudas há mais seis meses, sem doenças cardiorrespiratórias e alterações musculoesqueléticas que difi-cultassem a realização dos testes. Os sujeitos foram avaliados por meio de anamnese, espirometria, manovacuometria, preen-são palmar, TC6 e o TEsc.

Na anamnese foram registrados dados pessoais, idade, peso e altura. A espirometria foi realizada segundo os critérios da American Thoracic Society (ATS)4. A força dos músculos respiratórios foi mensurada por meio da manovacuometria, sendo realizadas de três a cinco manobras aceitáveis e o maior valor de Pimáx e Pemáx considerado resultado do teste5. A avaliação da preensão palmar foi feita com o sujeito conforta-velmente sentado, encostado e sem apoio para os braços, com os ombros aduzidos e cotovelo flexionado a 90º, antebraço em posição neutra e punho variando entre 0º e 30º sendo solicita-das três contrações voluntárias máximas para cada membro, com repouso de um minuto entre as repetições e considerada a maior medida obtida, independente do membro6. Antes e depois de cada teste de esforço, foram registrados a pressão arterial (PA), frequência respiratória (f), pulso, saturação periférica de

1 – Faculdade de Filosofia e Ciência/ Unesp/ Marília/ SP/ BrasilApoio FAPESP – Bolsa de Iniciação Cientifica (Processo 11/20360-6)

Heloisa Borges¹; Franciele Eredia Albanez Kessa¹; Doralice Fernanda da Silva Ra-quel¹; Juliana Mitiko Shimizu¹; Priscila Machado Batista¹; Robison José Quité-

rio¹; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin¹.

Correlation between respiratory muscle strength and hand grip with the exercise test

Palavras-chave: teste de esforço; força muscular respiratória; preensão palmar.

oxigênio (SpO2) e a Escala de Borg graduando a dispnéia e a presença de dor em membros inferiores. O TC6 foi realizado segundo padronização da ATS7. O teste de escada foi realizado numa escada à sombra composta por 4 lances (46 degraus), cada degrau medindo 0,16m, num total de 7,36 metros de altura e com inclinação de 30°. Os sujeitos foram orientados a subir o mais rápido que conseguissem e o tempo de subida foi crono-metrado sendo considerado o resultado do teste. O sujeito subiu acompanhado pelo pesquisador que o estimulou com frases padronizadas a cada lance da escada (“Você esta indo bem, continue assim, faltam poucos degraus”). A distância do TC6 e o tempo no TEsc foram correla-cionados com a força muscular respiratória por meio do teste de correlação de Sperman e com a força de preensão palmar por meio do teste de correlação de Pearson (p<0,05).

RESULTADOSForam estudados 34 sujeitos com média de idade de

52,38±17,95 anos, massa corporal 69,78±12,56 kg, estatura 1,64±0,10 metros e IMC 26,27±3,32 kg/m². As variáveis ana-lisadas são apresentadas na tabela 1.

Houve correlação da força muscular respiratória e de preensão com o resultado no TC6 e no TEsc (Tabela

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2).

DISCUSSÃODe acordo com os resultados apresentados tanto a força

muscular respiratória como a força muscular periférica estão associadas ao desempenho nos testes de esforço, mostrando que o resultado dos testes não dependem somente da condição cardiorrespiratória mas também da força muscular. Acredita--se que quanto maior a força muscular respiratória maior é a ventilação e menor a probabilidade de fadiga desta musculatura. Assim como, quanto maior a força da musculatura periférica melhor é o desempenho desta musculatura perante o esforço, menor é o consumo de oxigênio e conseqüentemente melhor é o resultado nos testes.

CONCLUSÃOO estudo demonstrou que quanto maior a força muscular

respiratória e de preensão, melhor é o desempenho nos testes de esforço cardiopulmonar.

REFERêNCIAS1. Brunelli A, Refai M, Xiumé F, Salati M, Marasco R,

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[O-03] CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE CAPACIDADE FUNCIONAL EMINDIVÍDUOS COM DISTÚRBIOS

VENTILATÓRIOS DO TIPO OBSTRUTIVOS

INTRODUÇÃOA avaliação funcional cardiorrespiratória pode ser realiza-

da por meio do teste ergoespirométrico, porém este teste é caro e pouco disponível nos serviços de saúde. Assim testes simples e de fácil execução são propostos. Em pacientes com obstrução ao fluxo aéreo o teste de caminhada de seis minutos (TC6) e o incremental shuttle walking test (ISWT) tem sido proposto e bem tolerado por esta população(1,2).

O TC6 é muito utilizado para candidatos a reabilitação pulmonar por avaliar os sistemas cardiorrespiratório e metabó-lico(2,3). Apesar disso, o ISWT mostra vantagens em relação ao TC6 já que a velocidade progressiva no teste exige maior desempenho e assim mostrou maior correlação com consumo máximo de oxigênio(3). Sabe-se que o TC6 é um teste sub-máximo enquanto que o ISWT pode ser considerado um teste próximo do máximo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi correlacionar as medidas da capacidade funcional (estática e dinâmica) em indivíduos com distúrbios ventilatórios do tipo obstrutivo.

MATERIAIS E MÉTODOSApós aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Fa-

culdade de Medicina da Famema (nº 564/11), foram avaliados 10 pacientes com distúrbio pulmonar de caráter obstrutivo (relação do volume expiratório forçado no primeiro segundo e da capacidade vital forçada na espirometria menor que 75%), sem doenças agudas ou exacerbações de doenças crônicas há menos de seis meses e sem alterações musculoesqueléticas que impedissem a realização dos testes de esforço.

Inicialmente, foram realizadas as medidas de massa corporal em balança digital (Filizola®), estatura utilizando fita métrica escalonada em centímetros com o paciente em posição ortostática e o índice de massa corporal (IMC) calculado.

1 – Faculdade de Filosofia e Ciências/ UNESP/ Marília/ São Paulo/ Brasil

Victória Dos Santos Policeno Ferreira1; Doralice Fernanda da Silva Raquel1; Ro-bison José Quitério1; Juliana Bassalobre Carvalho Borges1; Alexandre Ricardo

Pepe Ambrozin1

Correlation Between Tests of Functional Capacity in Subjects With Type Obstructive Ventilatory Disorders

Palavras-chave: Teste de Capacidade Funcional; Shuttle Walking Test; Teste de esforço.

Utilizando manuovacometro foram verificadas a pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx). Para a Pimáx foi solicitado uma inspiração forçada a partir do volume residual. E uma expiração forçada a partir da capacidade pulmonar total para a Pemáx, os testes foram repetido por três vezes sendo considerado o maior valor(4).

A espirometria foi realizada segundo os critérios da American Thoracic Society(5). Foram realizadas três provas de capacidade vital forçada, reprodutivas e aceitáveis.

O TC6 foi realizado em corredor plano e a sombra de 30m e os indivíduos orientados a caminhar a maior distância possível durante seis minutos, com incentivo verbal a cada minuto(6). E o ISWT foi realizado em corredor com 10m e o individuo instruído a caminhar na velocidade determinada por um sinal de áudio. A velocidade inicial foi fixada em 0,50 m/s e aumentava a cada minuto em 0,17 m/s. O teste era interrompido quando o paciente não foi capaz de manter a velocidade requerida(2).

As características gerais dos pacientes são apresentadas em média±desvio padrão. As variáveis espirométricas, da manuovacometria, a distância do TC6 e do ISWT foram corre-lacionada utilizando o teste de correlação de Pearson (p<0,05).

RESULTADOS Foram avaliados 10 pacientes (4 homens), com idade média de 68,60±7,76 anos, altura 1,64±0,09 metros, peso de 66,20±11,98 kg e IMC de 24,33±3,14 kg/m2. As variáveis estudadas são apresentadas na tabela 1.

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Na tabela 2 são apresentadas as correlações do TC6 e ISWT com as variáveis espirometria e de força muscular respiratória.

DISCUSSÃONossos resultados mostram que o nível de obstrução

e a força muscular respiratória apresentam correlação com o resultado do TC6. Este grupo de pacientes possivelmente apresentam limitações respiratórias que impedem o aumento da velocidade no ISWT explicando os resultados da correlação com este teste. Porém acreditamos que este trabalho deve ser continuado para aumentar o número de pacientes avaliados e assim melhor entender este fenômeno.

CONCLUSÃOConclui-se que há correlação entre os testes estáticos

(manovacuometria e espirometria) com o resultado do teste de capacidade funcional cardiorrespiratória dinâmico (TC6) de pacientes obstrutivos.

REFERêNCIAS1. Marino DM, Marrara KT, Amorim V, Di P, Jamami

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força muscular periférica e na capacidade funcional do paciente com DPOC. 2010;23(3):429–37.

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[O-04] EFEITO DO ESFORÇO FÍSICO SUBMÁXIMO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E NO

TRANSPORTE MUCOCILIAR DE TABAGISTAS

INTRODUÇÃOEstudos demonstram que o tabagismo crônico leva a

ativação do sistema nervoso simpático (SNS) e redução da modulação vagal, pelo sistema nervoso parassimpático (SNP) que se caracterizam pela diminuição dos índices de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em fumantes¹.

De forma geral, a VFC, uma medida que descreve as os-cilações dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos (intervalos R-R), está relacionada às influências do sistema nervoso autônomo (SNA) sobre o nódulo sinusal, sendo uma medida não-invasiva, que pode ser utilizada para identificar fenômenos relacionados ao SNA².

Além de redução na modulação autonômica, a inalação da fumaça de cigarro promove uma profunda diminuição no transporte mucociliar (TMC). Agentes do cigarro são capazes de reduzir de maneira significativa o batimento ciliar de células epiteliais³. O TMC responde a estímulos como o exercício, e tais respostas podem ser mediadas pelo SNA.

Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar e com-parar o comportamento do SNA e do TMC de tabagistas frente ao esforço físico submáximo assim como investigar possíveis correlações entre eles.

MÉTODOSPara este estudo foram avaliados 32 tabagistas participan-

tes do Programa de Orientação e Conscientização Antitabagismo da FCT/UNESP. O estudo foi aprovado pelo CEP (No CAAE - 02544912.5.0000.5402).

Os indivíduos foram orientados a abster-se do cigarro, a não ingerir bebidas a base de cafeína e a não realizar atividade física por 12 horas antes da execução do protocolo de avaliação, divido em:

1 - Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp - campus de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil.

Ana Paula Soares dos Santos1, Dionei Ramos1, Juliana Tiyaki Ito1, Alessandra Choqueta de Toledo1, Luiz Carlos Marques Vanderlei1, Ercy Mara Cipulo Ramos1

Effect of submaximal physical effort in cardiac autonomic modulation and mucociliary clearance of smokers

Palavras-chave: Tabagismo, Sistema Nervoso Autônomo, Transporte Mucociliar.

•Repouso (R); • Avaliação do TMC pelo Tempo de Transito de Sacarina antes (TTS1); • Esforço submáximo avaliado pelo Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6); • Avaliação do TMC imediatamente após o esforço submá-ximo (TTS2).

A VFC foi avaliada durante todo o protocolo por meio do cardiofrequencímetro Polar S810i em métodos lineares pelos índices SDNN e RMSSD, e em métodos não-lineares pelo plot de Poincaré por meio dos índices SD1 e SD2. As avalia-ções foram realizadas em ambiente com temperatura a 25°C e umidade relativa do ar entre 50 e 60%. Para a comparação dos diferentes momentos utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis seguido do pós-teste de Dunn e para a comparação entre os 2 momentos utilizou-se o teste t pareado. O nível de significância foi de p<0,05.

RESULTADOSA tabela 01 apresenta os índices de VFC lineares (SDNN

e RMSSD) e não-lineares (SD1 e SD2) em todos os momentos do protocolo de avaliação. Houve redução significante de todos os índices avaliados no momento TC6 em comparação com os demais momentos.

A figura 01 apresenta os valores de TTS em minutos nos

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momentos TTS1(antes do esforço submáximo) e TTS2 (ime-diatamente após o esforço submáximo). Observou-se redução significante em TTS2.

Figura 01- Representação gráfica dos valores de TTS1 (16,9 [9,5 – 27]) e TTS2 (6,8 [3 – 12]) avaliados nos tabagistas (*Diferença estatisticamente significante em comparação à TTS1, p=0,0001). Valores em mediana, intervalos interquartílicos [25-75%].

DISCUSSÃOOs resultados mostraram que a variabilidade global re-

fletida pelos índices SDNN e SD2, assim como a atuação do SNP, refletida pelos índices RMSSD e SD1 apresentaram-se diminuídas durante o TC6, e se recuperaram após o estímulo, corroborando com os achados de Perini, 20034. O TMC respon-deu ao estímulo atuando mais rápido, o que também foi achado por Wolff, 19775, podendo corresponder a um efeito positivo do exercício submáximo neste mecanismo de defesa pulmonar. Entretanto, as respostas do SNA, avaliadas pelos índices de VFC não interferiram nos resultados do TTS1 e TTS2, uma vez que não houve correlação entre eles.

CONCLUSÃOOs tabagistas expostos ao esforço físico submáximo apre-

sentaram redução do tempo do TMC, contudo a atuação do SNA não influenciou na melhora da transportabilidade mucociliar observada nestes indivíduos.

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[O-05] EFEITOS DA REABILITAÇÃO VIRTUAL NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA EM INDIVIDUOS COM DOENÇAS DE

PARKINSON

INTRODUÇÃOA doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegene-

rativa que leva a sintomas que podem influenciar na independên-cia funcional do paciente, bem como nos volumes e capacidades pulmonares1. Estudos sugerem que jogos interativos virtuais são facilitadores à neuro-reabilitação2.

O presente estudo teve como objetivo comparar a força muscular respiratória e as variáveis espirométricas antes e após um programa de reabilitação virtual (RV) e correlacioná-las com o resultado obtido no Teste Timed Up and Go (TUG) em indivíduos com DP.

MATERIAIS E MÉTODOSForam selecionadas cinco mulheres com diagnóstico mé-

dico de DP sem outra doença neurológica, capazes de deambular de forma independente e de compreender comandos verbais.

Os indivíduos que atingiram os critérios de inclusão foram submetidos à anamnese, mensuração da massa corporal, estatura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Os participantes responderam o questionário de atividade física de Baecke3. Foi realizado o Teste TUG para avaliação da mobilidade funcional4. A espirometria foi realizada segundo os critérios da American Thoracic Society5 em espirômetro digital. Foram verificadas a pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx) em manuvacuômetro6.

O protocolo de RV constituiu-se de 10 sessões indivi-duais de tratamento com o Xbox 360 Kinect® com duração de 60 minutos cada e com frequência de duas vezes semanais. Após o programa de reabilitação virtual os participantes foram reavaliados.

Os dados foram comparados pelo teste Mann-Whitney e pelo Teste t-student e correlacionados utilizando o Coeficiente de Correlação de Pearson (p<0,05).

1 - Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp - campus de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil.

Doralice Fernanda da Silva Raquel1, Bárbara Éden de Oliveira Sá1, Gisele Aparecida de Souza1, Flávia Roberta Faganello Navega1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

Effects the virtual rehabilitation in the respiratory function in individuals with Parkinson`s disease

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Capacidade Funcional; Função Pulmonar.

RESULTADOSForam avaliadas cinco mulheres com DP, com média de

idade 65,20±9,50 anos, de massa corporal 52,20±8,35 kg, de estatura 1,56±4,28 metros e de IMC 23,72±2,50 kg/m2. A pon-tuação no Questionário de Baecke foi de 6,73±1,24.

As pressões respiratórias máximas assim como as vari-áveis espirométricas não apresentaram diferença significativa na amostra quando comparadas as avaliações antes e depois da aplicação do programa de RV (Tabela 1).

Somente após o programa de RV a relação VEF1/CVF e a CVF (L e %) apresentaram correlação significativa com o resultado obtido no TUG (Tabela 2).

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DISCUSSÃO

Das variáveis espirométricas estudadas a relação VEF1/CVF e a CVF (L e %) apresentaram correlação significativa com o resultado obtido no TUG somente após o programa de RV. Indivíduos que apresentaram menor resultado no TUG após a reabilitação obtiveram maior valor na relação VEF1/CVF. Indivíduos com maior CVF e CVF% obtiveram maior resultado no TUG. Não houve diferença significativa nas variáveis estu-dadas após tratamento utilizando reabilitação virtual. Os jogos aqui utilizados exigem movimentação da cintura escapular e do tronco, o que levaria a melhora na força muscular respiratória e melhor controle desta musculatura, assim acreditamos que o pequeno número de pacientes avaliados foi determinante para os resultados aqui apresentados.

CONCLUSÃOConsiderando os dados aqui apresentados pode-se

concluir que a reabilitação virtual não influenciou na função pulmonar de indivíduos com DP. E que a mobilidade funcional correlaciona-se com a função pulmonar avaliada pela espirome-tria em indivíduos com DP após um programa de RV.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Pereira DDC, Siqueira SA, Alvisi TC, Vasconcelos

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[O-06]EQUAÇÃO PREDITORA DO DESEMPENHO NO TESTE DE ESCADA

INTRODUÇÃOO teste de escada (TEsc) é um teste submáximo de esforço

cardiorrespiratório, de simples realização e baixo custo que ava-lia a capacidade funcional do indivíduo(1,2). Embora ainda não seja padronizado, o TEsc vem sendo utilizado há algum tempo para diferentes finalidades, dentre elas, o paciente cirúrgico por sua capacidade de predição de complicações pós-operatórias(3,4). Diferentes fatores podem determinar o resultado no TEsc, dentre eles, acredita-se que a idade, a massa corporal e a estatura são aqueles que mais influenciam o resultado do teste. Diferentes testes de esforço, como por exemplo o teste de caminhada, já foram estudados em sujeitos saudáveis e a partir destes estudos algumas equações foram propostas para predizer seu resultado. Considerando a importância clínica do TEsc acreditamos que há necessidade de se propor fórmulas para predizer o desem-penho no teste. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar quais variáveis determinam o resultado no TEsc e propor uma fórmula de predição do tempo de subida no teste de escada em adultos saudáveis.

MATERIAIS E MÉTODOSApós aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob

o parecer nº50/2011, os indivíduos foram esclarecidos quanto aos objetivos do trabalho, seus benefícios e riscos e ao aceita-rem participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Para inclusão, os sujeitos deveriam ser maiores de 18 anos, negar doenças agudas há mais de seis meses e sem diagnóstico de doenças cardiovasculares e respiratórias. Foram excluídos aqueles que se recusaram a fazer parte do protocolo, pacientes cirúrgicos, portadores de história de angina instável ou infarto do miocárdio a menos de três meses, insuficiência cardíaca e/ou do-ença pulmonar obstrutiva crônica descompensada, sujeitos com

1 - Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp - campus de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil.

Heloisa Borges¹, Jéssica Guimarães Al-Lage1, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

Equation of performance predictor in stair climbing test

Palavras-chave: teste de esforço; teste de escada.

alterações músculo-esqueléticas, neurológicas ou vasculares que dificultassem a deambulação impedindo a realização do teste.

Os sujeitos foram avaliados por meio de anamnese onde foram registrados dados pessoais e antropométricos, presença de comorbidades e nível de atividade física de Baecke(5); espi-rometria realizada segundo os critérios da American Thoracic Society(6).

O TEsc foi realizado em escada à sombra composta por 4 lances (46 degraus), cada degrau medindo 0,16m, num total de 7,36 metros de altura e com inclinação de 30°. Os sujeitos foram orientados a subir o mais rápido que conseguissem a altura total da escada e o tempo de subida em segundos (tTEsc) foi considerado o resultado do teste.

A análise estatística foi feita por meio de regressão linear múltipla sendo a idade, a massa corporal e a estatura conside-radas variáveis independentes e o tTEsc variável dependente (p<0,05).

RESULTADOSForam avaliados 52 sujeitos sendo 33 mulheres e 19

homens com média de idade de 53,81±16,32 anos, massa corporal de 69,47±11,73 kg e estatura de 1,63±0,09 cm. As variáveis espirométricas, o tTEsc e a nível de atividade física são apresentadas na Tabela

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Sendo assim, a equação proposta é tTEsc = 24.244 + (0.256 x Idade).

DISCUSSÃO Após revisão da literatura não encontramos nenhum

estudo que buscou determinar que variáveis, antropométrica ou idade, influenciam o tTEsc. Nossa pesquisa pode determinar que a idade é um fator relevante e a partir deste achado foi possível propor uma fórmula preditiva do tTEsc em população saudável. Esta fórmula permitirá comparar os resultados do TEsc com os previstos por ela, e assim, traçar terapêuticas medicamentos, físicas ou cirúrgicas mais adequadas para cada paciente sub-metido ao teste.

Esta pesquisa não termina aqui já que acreditamos que devemos também testar se o gênero é um fator relevante neste resultado, uma vez que em muitas fórmulas propostas para pre-dizer a distância no teste de caminha o gênero é considerado(7,8).

CONCLUSÃO A idade colabora significativamente para o desempe-

nho no teste de escada influenciando em seu resultado sob a função de tTEsc = 24.244 + (0.256 * Idade).

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Holden D, Rice T, Stelmach K, Meeker D. Exercise tes-

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[O-07]EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE INDIVÍDUOS COM HEMIPARESIA

APÓS DOENÇA VASCULAR ENCEFÁLICA

INTRODUÇÃONo passado o uso de exercícios resistidos como método

de treinamento de indivíduos após doença vascular encefá-lica (DVE) era controverso, devido ao receio de exacerbar a espasticidade. Atualmente, estudos evidenciam benefícios do fortalecimento muscular na reabilitação após DVE1, porém estudos que mostrem os efeitos respiratórios do fortalecimento muscular nessa população são escassos.

O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos do exer-cício físico resistido nos volumes e capacidades pulmonares e na força muscular respiratória de indivíduos com hemiparesia após DVE.

MATERIAIS E MÉTODOSForam selecionados 12 indivíduos maiores de 18 anos de

ambos os gêneros, com hemiparesia que tivessem sofrido lesão cerebrovascular há pelo menos seis meses e que tivessem a capacidade de compreender instruções verbais e de permanecer em posição ortostática sem meios auxiliares.

Os indivíduos selecionados foram submetidos à anamne-se, mensuração da massa corporal, estatura e calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). A espirometria foi realizada segundo os critérios da American Thoracic Society2 em espirômetro Digi-tal One Flow FVC KitFunction System 1070. Foram verificadas a pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx) em manuvacuômetro previamente calibrado3. Foi realizada a cirtometria, utilizando uma fita métrica posicio-nada sobre a caixa torácica nas regiões axilar, xifóide e basal4.

O programa de treinamento foi realizado em três sessões semanais durante 12 semanas. O programa era constituído de exercícios de flexão e extensão de cotovelo; adução e abdução horizontal e abdução de ombro; flexão e extensão de joelho; adução e abdução de quadril, realizados com halteres ou em

1 - Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp - campus de Presidente Prudente - São Paulo - Brasil.

Doralice Fernanda da Silva Raquel1, Mônica Furquim de Campos2, Suenimeire Vieira2, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

Resisted exercises in the respiratory function of individuals with hemipare-sis after cerebral vascular disease

Palavras-chave: Treinamento de força muscular; Hemiparesia; Função Pulmonar.

equipamentos de musculação. Após a realização do protocolo de treinamento, os pacientes foram reavaliados.

Os dados foram comparados por meio do Teste t-student e pelo Teste de Wilcoxon (p<0,05).

RESULTADOS Foram avaliados 12 indivíduos sendo 50% homens,

com média de idade 52,50±10,08 anos, de massa corporal 76,28±20,63 kg, de estatura 1,66±7,95 m e de IMC 27,91±7,69 kg/m2. O tempo de lesão cerebrovascular em média foi de 51,83±38,50 meses, sendo que 66,67% apresentavam hemipa-resia a direita.

As pressões respiratórias máximas assim como as variá-veis espirométricas e a mobilidade torácica não apresentaram diferença significativa na amostra quando comparadas as avalia-ções antes e depois da aplicação do programa de fortalecimento muscular (Tabela 1).

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DISCUSSÃOO programa de treinamento muscular aqui realizado não

visou especificamente aumentar a força muscular respiratória e apesar de envolver a musculatura da cintura escapular não foi capaz de alterar a força muscular respiratória e os volumes pulmonares de forma significativa. Novos estudos com exer-cícios direcionados a musculatura de tronco e/ou musculatura respiratória podem ser esclarecedores a respeito dos benefícios deste tipo de exercício nesta população.

CONCLUSÃOConcluímos que o exercício resistido não influenciou na

função pulmonar de indivíduos com hemiparesia.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ovando A C, Michaelsen SM, Dias JA, Herber V.

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[O-08]COMPARAÇÃO DA INCIDÊNCIA DO OVERTRAINING E ANSIEDADE EM ATLETAS DE BASQUETEBOL EM

PERIODO DE BASE E COMPETITIVO

INTRODUÇÃOO desequilíbrio entre estresse e recuperação, seja pelo

aumento excessivo da sobrecarga e/ou diminuição do tempo de recuperação no esporte, gera a quebra da homeostase que resulta na queda do desempenho. Esse desequilíbrio mantido longos períodos, principalmente em competições, são as principais causas para síndrome de supratreinamento ou overtraining (1). Como indicadores desta síndrome á vários sinais e sintomas como alterações da frequência cardíaca de repouso, aumento número de lesões, fadiga muscular, perda de sono, perda de ape-tite, ansiedade e irritabilidade (2). Dois indicadores são sensíveis: queda do desempenho esportivo e desequilíbrio psicológico que, por sua vez, pode ser medido pelo perfil de humor (3).

A prática do basquetebol esta vinculada à execução de ges-tos desportivos específicos caracterizados de um grande número de esforços de curta duração, porém de alta intensidade e grande número de deslocamentos. Sendo que em períodos competitivos há um aumento da exigência física (4). Apesar da significativa lista de sinais e sintomas, não existem critérios diagnósticos bem estabelecidos para se identificar e impedir o overtraining (1,5,6). O monitoramento frequente das variáveis de rendimento é uma das estratégias para avaliar e evitar a síndrome.

O presente estudo teve como objetivo comparar a sín-drome de supratreinamento ou overtraining com o estado de ansiedade em período de base e competitivo em atletas de basquetebol e associar esses achados com o relato de lesões musculoesqueléticas.

MATERIAL E MÉTODOS Foram avaliados jogadores de basquetebol da cidade de Marília - SP. Os voluntários da pesquisa foram informados sobre os objetivos do trabalho e desta forma, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido concordando em participar

1- Discente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil2 - Docente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Aline Neves Paez¹, Renata Salatini¹, Cristiane Rodrigues Pedroni².

Incidence of overtraining in basketball players in competitive and base pe-riod

Palavras-chave: overtraining, atletas, lesão, ansiedade.

das mesmas. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo nº 1341/2010. Os atletas responderam individualmente ao questio-nário de Sintomas Clínicos do Overtraining (7) e o de ansiedade traço-estado (IDATE) e responderam sobre seus aspectos no período de competição (julho a setembro) e base (junho). Tam-bém responderam sobre a presença de lesão musculoesquelética mensalmente. O teste ANOVA para medidas repetidas, com pós teste de Tukey, foi aplicado para verificar a diferença entre os meses dos valores dos questionários, considerando um índice de significância de 5%.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram avaliados 12 voluntários do sexo masculino, jogadores de basquetebol da cidade de Marília - SP, idade entre 16 - 20 anos (18 ± 1), IMC médio de 22,48 e tempo médio de pratica de basquetebol de 7,45 anos.Os dados encontrados mostram que o questionário de overtrai-ning identificou diferença entre os meses de agosto e setembro (competitivo) em relação à junho (base). Não houve diferença significativa entre os meses para o questionário de ansiedade. Sobre a presença de lesão, 54,5% dos atletas relataram ter so-frido algum tipo de lesão durante o período de base, enquanto o maior índice de lesão nos meses competitivos foi de 20%.

Os resultados demonstram que o maior índice de lesão ocorreu no período de treinamento, concordando com o índice de overtraining, que estava maior no mesmo período. Assim, foi possível verificar que, para o grupo estudado, o período de treinamento pode causar maior comprometimento ao atleta,

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tanto para a recuperação do seu organismo quanto para o apa-recimento de lesões, concordando com Ray et al.8 que também encontraram maior índice de lesão no período de treinamento.

Embora a ansiedade seja um aspecto frequentemente citado em trabalhos sobre o overtraining2, o questionário de ansiedade-estado utilizado não foi sensível para detectar as mesmas diferenças entre os períodos avaliados.

CONCLUSÃO O questionário de overtraining foi mais sensível do que o

questionário de ansiedade e foi capaz de evidenciar diferenças entre o período de base e competitivo, indicando diferença de rendimento e recuperação dos atletas nesse período e concor-dando com o índice de lesão, que foi maior na época de base.

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[O-09]EFEITO DE UM PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO VESTIBULAR SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE

INDIVÍDUOS VESTIBULOPATAS.

INTRODUÇÃOAs vestibulopatias são disfunções que ocorrem no sistema

vestibular (1), levando a sintomas como: momentos de vertigem e/ou leve instabilidade postural, taquicardia, sudorese, dese-quilíbrio e tontura rotatória ou não, podendo ser acompanhada por náusea (2).

Diante desse quadro, pode-se dizer que os distúrbios do sistema vestibular podem acarretar problemas físicos e emocionais, assim como a inabilidade para o desempenho das atividades profissionais, sociais e domésticos, prejudicando a qualidade de vida destes pacientes (3).

O Dizziness Handicap Inventory (DHI) é um questionário específico para a tontura, com o objetivo de avaliar a autopercep-ção dos efeitos incapacitantes provocados pela tontura, delinear o tratamento mais adequado para cada tipo de vestibulopatia e analisar a eficácia do tratamento seja ele medicamentoso, cirúrgico e/ou de reabilitação física (3).

Com relação à reabilitação física, os exercícios comumen-te utilizados no tratamento das vestibulopatias são denominados em conjunto como Reabilitação Vestibular (2,4). No entanto, há poucos dados na literatura sobre os efeitos da reabilitação vestibular sobre a qualidade de vida de indivíduos com vesti-bulopatias.

Assim, o objetivo dessa pesquisa foi verificar o efeito de um protocolo de Reabilitação Vestibular sobre a qualidade de vida de indivíduos vestibulopatas por meio do Dizziness Handicap Inventory (DHI).

MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi aprovado pelo Cômite de Ética em Pes-

quisa (CEP), protocolo: 2012-508.Foram selecionados 10 indivíduos vestibulopatas (média

de idade: 49,40±15,92 anos) que apresentavam diagnóstico médico de vestibulopatia e não apresentavam contra-indicações à realização dos exercícios propostos neste trabalho.

1-Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP – Univ. Estadual Paulista, campus de Marília.2-Departamento de Fonoaudiologia, Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP – Univ. Estadual Paulista, campus de Marília.

Isabella Hotta1, Aline Anézio1, Ana Cláudia Figueiredo Frizzo2, Marcos Seizo Kishi1.

Effect of a protocol from vestibular rehabilitation over the quality of life of individuals with vestibular disease.

Palavras-chave: qualidade de vida, labirintite.

Os participantes foram avaliados por meio da aplicação do questionário que avalia o impacto da tontura na qualidade de vida, Dizziness Handicap Inventory (DHI), que foi reaplicado após 8 semanas de intervenção.

A partir do diagnóstico do tipo de vestibulopatia apre-sentado pelo paciente, o mesmo foi submetido a um protocolo de intervenção de oito semanas, com duas sessões semanais. Foram realizadas intervenções direcionadas a cada disfunção vestibular, que incluíam manobras de reposicionamento otolí-tico, exercícios de habituação Brandt & Daroff e Cawthorne e Cooksey, com a evolução dos exercícios ocorrendo de acordo com o progresso do paciente.

Os resultados do DHI foram analisados inicialmente pelo teste Kolmogorov-Smirnov, para avaliação da normalidade da amostra. Uma vez constatada essa característica, os resultados da avaliação pré e pós-protocolo de Reabilitação Vestibular foram comparados por meio do teste T-student pareado, considerando um índice de significância de 5% (p˂0,05).

RESULTADOSDo grupo composto por 10 indivíduos vestibulopatas

que responderam ao questionário DHI pré e pós-protocolo de Reabilitação Vestibular, 9 eram do sexo feminino e 1 do sexo masculino.

Na análise estatística realizada através do teste T-student pareado, foi encontrada uma diferença estatisticamente sig-nificativa (p=0,0006) na comparação entre os resultados da avaliação pré e pós-protocolo de Reabilitação Vestibular.

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Figura 1 – Média dos escores totais do DHI pré e pós-protocolo de Reabilitação Vestibular. * Diferença significativa entre as médias (p=0,0006).

DISCUSSÃOEm relação ao sexo, 90% da amostra era mulher, corrobo-

rando estudos que mostram uma incidência de até duas mulheres para cada homem (5,6).

A diferença encontrada para o DHI indica a eficiência do protocolo de intervenção aplicado, visto que a diferença maior ou igual a 18 pontos pré e pós-tratamento é indicativo da aquisição de benefício (5,7).

CONCLUSÃOA aplicação de um protocolo de exercícios de Reabilitação

Vestibular influenciou de forma positiva a qualidade de vida de indivíduos vestibulopatas do presente estudo.

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[O-10]EFEITO DO MÉTODO PILATES NA FLEXIBILIDADE, QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE DOR EM IDOSOS.

INTRODUÇÃOO envelhecimento natural dos indivíduos é caracterizado

pela diminuição da eficácia das atividades fisiológicas, dentre elas a perda de flexibilidade, mobilidade articular e debilidade do sistema muscular¹. Além disso, a perda da flexibilidade, somado à diminuição da força muscular, resulta em prejuízos funcionais² que comprometem a Qualidade de Vida (QV) e um fator que age diretamente na QV de idosos é a dor, por ser um fator limi-tante nas atividades diárias e na funcionalidade 3. Por isso faz se necessário programas direcionados a população idosa. Tais programas devem objetivar uma melhora da qualidade de vida e uma forma de intervenção abordada por esses programas é a utilização da atividade física que trabalhe o corpo de uma forma global4. Neste sentido, o Método Pilates é uma modalidade de atividade física que incorpora esse aspecto5.

Sendo assim o presente estudo tem como objetivo analisar a influência do Método Pilates na flexibilidade, na qualidade de vida e no nível de dor de idosos.

MATERIAIS E MÉTODOS Participaram do estudo 31 mulheres, do sexo feminino,

com mais de 60 anos, que apresentava dor musculoesquelética crônica, essencialmente contínua ou contínua com exacerba-ções, por no mínimo seis meses prévios ao estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº 0077/2011) e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

As voluntarias foram divididas aleatoriamente, por meio de sorteio simples, em dois grupos. O Grupo Pilates (GP) rea-lizou 16 sessões de exercícios do Método Pilates durante oito semanas por uma hora, com supervisão de 2 graduandos em fisioterapia, com formação no Método Pilates. O Grupo Controle (GC) participou de 4 palestras a cada 15 dias, abordando temas sobre envelhecimento e benefícios da atividade física aos idosos. Os grupos realizaram uma avaliação inicial e uma reavaliação, após 8 semanas, composta por uma ficha com dados pessoais e

1-Graduanda do Curso de Fisioterapia, Departamento de Educação Especial, Unesp Campus de Marília. 2-Mestre em Desenvolvimento e Tecnologias, Instituto de Biociências, Unesp Campus de Rio Claro. 3-Professor Doutor do Curso de Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Unesp Campus de Marília.

Beatriz Mendes Tozim¹, Mariana Giglio Furlanetto¹, Daniele Moraes de Lorenzo¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³

Effect of the Method Pilates in flexibility, quality of life and level of pain in the elderly.

Palavras-chave: Idoso, Pilates, fisioterapia.

informações gerais sobre o cuidado com a saúde e testes espe-cíficos de dor, flexibilidade e qualidade de vida.

O questionário de qualidade de vida aplicado foi o SF-36 (The Medical Outcomes Study 36-item short-form healthy sur-vey) que é formado por 36 itens com duas a seis possibilidades de respostas objetivas abrangendo 8 domínios.

A flexibilidade foi avaliada pelos testes:• Sentar e alcançar: com a utilização do banco de Wells,

o paciente era posicionado e era feita a medida milimétrica e foi utilizado o melhor valor

• Teste do Ângulo Poplíteo colocou-se marcadores adesivos em três pontos (trocanter maior do fêmur, cabeça da fíbula e maléolo lateral) após isso a voluntaria era posicionada sobre uma prancha de madeira onde a flexão de quadril era mantida a 90º, após este posicionamento o examinador realizava, passivamente, a maior extensão possível de joelho até que a vo-luntária verbalizasse desconforto provocado pelo encurtamento muscular. Neste momento, era realizado o registro fotográfico do ângulo poplíteo. Após o registro, as fotos foram analisadas utilizando o Software AutoCAD®.

A avaliação da dor foi realizada por meio da Escala Visual Analógica (EVA) onde foi solicitado que o participante marcasse a dor que sentiu durante o dia que realizou o teste.

Os dados obtidos foram analisados através do teste estatís-tico Teste T student pareado, Teste T student não pareado, Teste Wilcoxon, Teste Mann-Whitney com o nível de significância de 5% (p<0,05).

RESULTADOS As 31 idosas (65,84±3,64anos) foram divididas aleato-

riamente, onde o GC apresentou 17 idosas (64,88 ± 4,04anos) e o GP 14 idosas (67,00 ±2,80 anos).

Ao analisar intragrupo o GP apresentou uma melhora significativa da flexibilidade (Sentar e alcançar: Antes- 18,03 ± 8,25 e Depois-20,64±7,16, p<0,05; Teste do Ângulo Poplíteo Direito: Antes- 165,95±9,81 e Depois-170,34±7,39, p<0,05; Teste do Ângulo Poplíteo Esquerdo: Antes-164,17±11,50 e Depois: 167,31±10,63, p<0,05) e diminuição do nível de dor

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(Antes: 2,19 ± 2,26 e Depois: 1,54 ±1,85, p<0,05), quanto a qualidade de vida não apresentou diferença significativa em nenhum aspecto. Na analise intragrupo o GC não apresentou significância em nenhum aspecto.

Ao comparar os grupos antes e após se mostraram homo-gêneos, somente a qualidade de vida quanto ao aspecto físico na reavaliação mostrou uma diferença significativa do GP (GP: 96,43±9,08, GC: 77,94 ±32,92, p<0,05).

DISCUSSÃOOs resultados do GP mostrou uma melhora da flexibilida-

de e diminuição nível de dor, e a QV não foram significativos por apresentarem uma boa percepção da qualidade de vida. Quanto ao GC os resultados se mantiveram.

Segal et al. (2004) em um estudo com treino de Pilates analisou a flexibilidade que melhorou e relatou que isto pode contribuir para um desempenho físico melhor, necessitando menor gasto de energia para o movimentos das articulações e levando a uma diminuição de dores ou lesões com o exercí-cio físico, sugerindo um importante benefício de saúde 6. Os resultados do nível de dor mostrou que a atividade diminui o nível e confirma-se isto com o estudo de Fonseca, Magini e Freitas (2009) que avaliaram a dor lombar após um protocolo de exercícios do Método Pilates7. A QV do estudo de Rodrigues et al. (2009) mostrou uma melhora com o Método Pilates e relata que a QV é subjetiva e não depende exclusivamente de um desempenho físico satisfatório, mas também das condições sociais e emocionais 8.

CONCLUSÃO O estudo mostrou que o Método Pilates pode contribuir

na redução do nível de dor, aumento da flexibilidade e na ma-nutenção da qualidade de vida em idosas.

Agradecimento: À FAPESP pelo apoio financeiro

REFERêNCIAS1 REBELATTO, J.R; CALVO, J.I; AREJUELA, J.R;

PORTILLO, J.C. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Rev. Bras. Fisioter., v. 10, n. 1, p. 127-132, 2006.

2 CANDELORO, J.M.; CAROMANO, F.A. Effect of a hydrotherapy program on flexibility and muscle strength in elderly women. Rev. Bras. Fisioter. v.11, n.4, p. 267-272, 2007.

3 ANDRADE, F.A.; PEREIRA, L.V.; SOUSA, F.A.E.F. Mensuração da dor no idoso: uma revisão. Rev. Latino-Ameri-cana de Enf. v.14, n.2, p. 271-276, 2006.

4 TOSCANO, J.J.O.; OLIVEIRA, A.C.C. Qualidade de vida em idosos com distintos níveis de atividade física. Rev. Bras. Med. Esporte. v.15, n.3, p. 169-173, 2009.

5 LEVINE, B.; KAPLANEK, B.; JAFFE, W.L. Pilates Training for Use in Rehabilitation after Total Hip and Knee Arthroplasty. Clinical Orthopaedics and Relatated Research. v. 467, n.6, p.1468-1475, 2009.

6 SEGAL, N.A.; HEIN, J.; BASFORD, J.R. The effects of Pilates training on flexibility and body composition: an observa-tional study. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v.85, n.12, p.1977-1981, 2004.

7 FONSECA,J.L.; MAGINI, M.; FREITAS, T.H. Labora-tory Gait Analysis in Patients With Low Back Pain Before and After a Pilates Intervention. Journal of Sport Rehabilitation. v.18, p. 269-282, 2009.

8 RODRIGUES, B. G. S.; CADER, S. A.; TORRES, N. V. O. B.; OLIVEIRA, E. M.; DANTAS, E. H. M. Pilates method in personal autonomy, static balance and quality of life of elderly females. Journal of Bodywork & Movement Therapies, v.14, n.2, p.195-202, 2010.

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[O-11]EFEITO DO MÉTODO PILATES NO EQUILÍBRIO DE IDOSAS.

INTRODUÇÃOO processo de envelhecimento biológico determina altera-

ções no aparelho locomotor, que causam limitações às atividades da vida diária. Por ano há uma perda de 1,5% de força muscular resultando em alteração de equilíbrio e alteração postural em idosos, o que leva a maiores riscos de quedas . A prática de exercício físico é uma forma de amenizar as alterações postu-rais e desequilíbrio. O Método Pilates é uma forma exercícios físicos, constituídos por atividades que trabalham a resistência e o alongamento muscular, realizados em conjunto com a respi-ração, seguindo os princípios: controle, precisão, centralização, fluidez de movimento, concentração e respiração2. .

O método Pilates envolve a contração dos músculos pos-turais e músculos abdominais que são essenciais para manter o equilíbrio. JOHNSON et al., (2007)3 observaram em seu estudo que o Método Pilates praticado por pessoas saudáveis melhora o equilíbrio.

O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do Método Pilates no desempenho do equilíbrio corporal em idosas.

MATERIAL E MÉTODOSO projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

Local, número 0341/2011 e todos os indivíduos participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

Participaram quatorze idosas (67 ± 2,80 anos) que realiza-ram 16 sessões do Método Pilates durante 8 semanas, com uma frequência de 2 vezes semanais. O Equilíbrio foi analisado por meio da Escala de Berg (EEB), que é constituída de 14 tarefas semelhantes do dia a dia como: alcançar, girar, levantar-se e permanecer de pé, avaliando o controle postural dependente de força, equilíbrio e flexibilidade. A EEB é um teste simples, de fácil realização por meio de observação, contendo uma es-cala ordinal de cinco alternativas, variando de 0 a 4 pontos. O máximo de pontos a ser atingido é 56 pontos, que indica ótimo desempenho. Para comparação do efeito do Método Pilates,

1 Graduanda do Curso de Fisioterapia, Departamento de Educação Especial, Unesp Campus de Marília. 2 Mestre em Desenvolvimento e Tecnologias, Instituto de Biociências, Unesp Campus de Rio Claro. 3Professor Doutor do Curso de Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Unesp Campus de Marília.

Mariana Giglio Furlanetto¹, Beatriz Mendes Tozim¹, Daniele Moraes de Lorenzo¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³.

Effects of Pilates in elderly women with balance disorders

Palavras-chave: Equilíbrio, Idosas, Método Pilates

foi utilizado o teste estatístico Teste T de Student, com nível de significância de 5% ( p<0,05).

RESULTADOSA Escala de Berg apresentou valores antes da interven-

ção de 52,43 ± 1,40 pontos e após o treino foi de 54,64 ± 1,34 pontos, como mostra na Figura 1.

DISCUSSÃOO resultado obtido indica que o Método Pilates foi efi-

caz para a melhora do Equilíbrio em idosas. Esses dados vão ao encontro aos do estudo de RODRIGUES et al (2009)4 que observaram melhora significativa do equilíbrio de idosos que realizaram Pilates durante oito semanas de treinamento. No estudo de JOHNSON at al., (2007)3 também foi observado melhora do equilíbrio após a prática de 10 sessões do método Pilates. RODRIGUES et al (2009)4 afirma que a melhora do equilíbrio em praticantes do Método Pilates deve-se ao fato

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dos exercícios trabalharem força, flexibilidade, resistência e estímulos proprioceptivos enquanto respeitam os princípios de concentração, precisão e controle.

CONCLUSÃO A prática de atividade física, por meio do Método Pilates

foi capaz de aumentar o desempenho do equilíbrio em idosas.

AGRADECIMENTOSÀ FAPESP pela bolsa concedida

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEDRINELLI, A.; GARCEZ-LEME, NOBRE,R.S.A.

O efeito da atividade física no aparelho locomotor do idoso. Revista Brasileira de Ortopedia. 44(2):96-101, 2009.

2RODRIGUES BGS, CADER AS, OLIVEIRA EM, TORRES NVOB, DANTAS EHM. Autonomia funcional de idosas praticantes de Pilates. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.4, p.300-5 , out/dez,2010.

3JOHNSON, E.G.; LARSEN, A.; OZAWA, H.; WILSON, C.A.; KENNEDY, K..L. The effects of Pilates-based exercise on dynamic balance in healthy adults. Journal of Bodywork and Movement Therapies, v.11, p. 238–242, 2007.

4RODRIGUES BGS, CADER AS, OLIVEIRA EM, TORRES NVOB, DANTAS EHM. Avaliação do equilíbrio estático de idosas pós-treinamento com método pilates. Revista Brasileira Ciência . e Movimento.17(4):25-33, 2009.

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[O-12]EFEITOS DA FOTOESTIMULAÇÃO COM LASER NA COMPRESSÃO MECÂNICA NO PROCESSO

INFLAMATÓRIO CRÔNICO ARTICULAR

INTRODUÇÃOOs efeitos da radiação laser de baixa potência em vários

tecidos biológicos tem sido considerados terapeuticamente benéficos, principalmente nas disfunções reumáticas como a artrite reumatóide, osteoartrite, periartrite e outras condições degenerativas (1). A osteoartrite é a doença mais comum no âmbito reumatológico e pode ser definida como uma condição degenerativa que afeta articulações sinoviais. A prevalência aumenta com a idade do indivíduo, mas a deteriorização da cartilagem articular pode ser iniciada por múltiplos fatores (2,

3), incluindo os fatores ocupacionais, traumas e as atividades recreacionais.

Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito das diferentes doses da radiação laser sobre a rigidez da carti-lagem articular nas diversas etapas do processo inflamatório.

MATERIAL E MÉTODOSUtilizamos animais do tipo cobaia - Cavia porcellus, com

aproximadamente 60 dias de idade, machos, e massa corporal médio de 550g. Os animais foramforam submetidos à indução de artrite pela injeção de adjuvante de Freund. A irradiação dos animais foi feita com o laser de HeNe em três densidades de energia. Os animais experimentais foram sacrificados aos 7, 14 e 21 dias após a indução conforme ilustrado na tabela 1

As tíbias das cobaias sacrificadas após 7, 14 e 21 dias foram extraídas, limpas dos tecidos moles e conservadas em congelador a -20 ºC até a realização do teste de resistência de compressão mecânica no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

1-Professor da UNESP - Campus de Marília, SP, Brasil, 2-Professor da UNISEP - Dois Vizinhos, PR, Brasil, 3-Professor da UNIAMÉRICA - Foz do Iguaçu, PR, Brasil.

Marcelo R. Guerino1, Alysson F. Briel2, Adriane C. Guerino3

Photostimulation effects of laser in mechanical compression in chronic in-flammatory articular process

Palavras-chave: Artrite, tratamento laser, rigidez

Para a análise mecânica das tíbias dos quatro grupos foram realizados ensaios a compressão. Os testes foram feitos em uma máquina universal de ensaios mecânicos Kratos K5002 utili-zando célula de carga 100 kgf/mm2, velocidade de aplicação de carga de 20 mm/min, acompanhada por registrador gráfico. Os testes foram realizados com a superfície da cartilagem dividida em duas regiões (Platô Tíbia Medial e Platô Tíbia Lateral) para se observar diferenças eventuais entre as áreas lesadas. aplicados testes estatísticos de variância simples (ANOVA (3 caminhos) e Bonfferroni test). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Unicamp n.102/97.

RESULTADOSVerificamos que as doses de 0,5 J/cm2 como de 7,0 J/cm2

levaram uma uma diminuição significativa da rigidez da carti-lagem com o aumento dos períodos de aplicação tanto no platô lateral quanto no platô medial das tíbias direitas. Observa-se também o mesmo decréscimo evolutivo na tíbias esquerdas, uti-lizadas como controle. Os valores de rigidez encontrados depois de 16 dias de aplicação estão levemente abaixo dos valores de rigidez da cartilagens de controle sem inflamação.Já no grupo irradiado com a dose de 50 J/cm2 não sofreram alterações na sua rigidez, tanto lateral quando medial. A manutenção das ca-racterísticas dos controles neste grupo permite, com segurança, afirmar que houve um processo evolutivo favorável nas tíbias que receberam a aplicação laser, pois a rigidez tanto da cartila-gem lateral quanto medial tiveram valores muito aumentados

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depois de 16 dias de aplicações. Os valores de rigidez das partes medial das tíbias tratadas com 16 aplicações de laser são muito próximos dos valores da rigidez das partes medial das tíbias de controle, sem inflamação induzida.

DISCUSSÃOQuando a cartilagem perde sua elasticidade, a exudação

diminui e conseqüentemente a resistência e o desgaste por atrito aumentam. Nas articulações animais normais, o coeficiente de atrito diminui com o aumento de carga, devido a oxidação e lubrificação de reforço [3].

A deformação da cartilagem articular produz uma mudan-ça no contorno da rede de colágeno, mas não no seu volume. Este resultado é devido principalmente ao movimento conjunto das fibras da matriz de colágeno e, secundariamente, do fluxo de água através da matriz.

A insuficiência estrutural da cartilagem afeta primaria-mente a rede colágena e o tratamento com a radiação laser irradiação com laser de HeNe (4, 5, 6)permitiu observar mudanças evolutivas de decréscimo da rigidez da cartilagem articular nos grupos que receberam a aplicação de doses de 0,5 e 7,0 J/cm2.

CONCLUSÃOPodemos concluir que houve alguma variação evolutiva

na experiência que influenciou tanto as tíbias direitas (tratadas) quanto às não inflamadas e não irradiadas com laser.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Beasley J. Osteoarthritis and rheumatoid arthritis:

conservative therapeutic management. J Hand Ther. 2012; 25(2):163-71.

2. Valdes K, Marik T. A systematic review of conservative interventions for osteoarthritis of the hand. J Hand Ther. 2010; 23(4):334-50.

3. Peter WF et al. Physiotherapy in hip and knee osteoar-thritis: development of a practice guideline concerning initial assessment, treatment and evaluation. Acta Reumatol Port. 2011;36(3):268-81

4. Hurkmans EJ et al. Physiotherapy in rheumatoid arthri-tis: development of a practice guideline. Acta Reumatol Port. 2011; 36(2):146-58.

5. Bálint G et al. Ex vivo soft-laser treatment inhibits the synovial expression of vimentin and α-enolase, potential auto-antigens in rheumatoid arthritis. Phys Ther. 2011; 91(5):665-74.

6. Alfredo PP et al. Efficacy of low level laser therapy associated with exercises in knee osteoarthritis: a randomized double-blind study. Clin Rehabil. 2012; 26(6):523-33.

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[O-13]FLEXIBILIADE, AGILIDADE, E LESÕES DE MEMBROS INFERIORES DE ATLETAS DE FUTEBOL

JUVENIL DE MARÍLIA-SP

INTRODUÇÃOO futebol tem sofrido várias mudanças, principalmente em

função das exigências físicas mais intensas, fazendo com que os atletas trabalhem no limite máximo de exaustão, tornando-os mais predispostos à lesões (1). Entre jovens, a lesão esportiva pode decorrer de vários fatores. A combinação de diferentes fatores extrínsecos, como a organização esportiva, o sistema de competições e a falta de estrutura médica adequada podem gerar riscos para a saúde dos envolvidos. Além disso, outros fatores intrínsecos podem estar associados à lesão, como dimi-nuição da flexibilidade, falta de agilidade, alterações posturais e desequilíbrio muscular (2).

A agilidade é a capacidade de mudar a direção do corpo abruptamente ou mudar rapidamente a direção do movimento sem perder o equilíbrio, sendo um componente fundamental na performance do atleta de futebol. A falta de agilidade pode ser uma das responsáveis pelas possíveis lesões nos atletas (3). Já a flexibilidade pode proporcionar uma melhor execução dos movimentos e pode ajudar na prevenção de lesões.

O objetivo deste trabalho foi verificar a incidência de lesões de membros inferiores em atletas de futebol juvenil e associar esses achados com a flexibilidade e agilidade destes indivíduos, bem como verificar se há correlação entre a flexi-bilidade de cadeia posterior e agilidade.

MÉTODOSForam avaliados 69 atletas de futebol juvenil masculino,

idade entre 11 e 16 anos (13,5+1,87), praticantes de futebol há pelo menos um ano, que treinavam na Stadium BR Football Esportes LTDA na cidade de Marília – SP e participantes de eventos competitivos nacionais. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (protocolo nº 1341/2010).

Os avaliados foram submetidos ao Inquérito de Morbi-dade Referida modificado para futebol (4) para a verificação da

1 - Discente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil2 - Docente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Fábio Go Ozawa¹, Felipe Guilherme Leite de Campos¹; Aline Carolina de Souza Machado¹, Elaine Hitomi Kamimura¹; Cristiane Rodrigues Pedroni²

Flexibility, Agility and Injuries of lower limb in athletes of youth soccer of Marília – SP

Palavras-chave: futebol, flexibilidade, agilidade

incidência de lesão e suas características. Para a avaliação da flexibilidade, foi utilizado o teste de Ely para verificar encur-tamento do músculo quadríceps, e o teste do Banco de Wells para a análise do encurtamento de cadeia posterior. Também foi utilizado o teste Shuttle Run com bola para avaliar a agilidade dos atletas.

RESULTADOSDos sujeitos avaliados apenas 33,4% apresentavam lesão

de membros inferiores e 66,6% não relataram lesão de mem-bros inferiores nos últimos 12 meses. A análise dos dados nos mostra que no tipo de lesão em membros inferiores, ocorreram mais frequentemente a distensão muscular (18%). Em relação ao mecanismo de lesão, o predomínio foi o choque (32%), e a localização de maior incidência foi em coxa (22%).

Foi observado que as lesões de membros inferiores não estavam relacionadas com a flexibilidade de quadríceps (Teste de Ely), de cadeia posterior (Banco de Wells) e com a agilida-de (Shuttle Run com bola). O teste de Shuttle Run com bola obteve correlação significativa moderada (r = -0,51; p=0.0001) confirmando que a presença de menor flexibilidade de cadeia posterior pode estar relacionada com aumento no tempo no teste de agilidade.

DISCUSSÃOEm relação à prevenção de lesão muitos são os autores que

defendem a idéia de alongamento tem uma grande importância preventiva. No entanto, nossos resultados não encontraram re-lação entre a flexibilidade de quadríceps e isquiotibiais com a presença de lesões de membros inferiores para o grupo estudado.

No presente estudo as comparações demonstraram que o teste de Ely não teve nenhuma relação com o alongamento da cadeia posterior (banco de Wells), com a agilidade (Shuttle Run com bola) e a presença de lesão. Diferente dos nossos achados, Volpi et al. (5) encontraram durante um retrospecto de 5 anos na principal liga italiana, lesões musculares (30%) e dentre elas 32% localizada no músculo quadríceps e 28,1%

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nos isquiotibiais. Esses dados mencionados no artigo pode re-lacionar os altos índices de lesão a diminuição da flexibilidade do músculo quadríceps, no entanto não podemos descartar as outras possíveis causas de lesão.

Estudos têm demonstrado que os atletas mais velhos, mais fortes e com diminuição de amplitude de movimento tem potencialmente maiores riscos para lesão dos isquiotibiais (6). Talvez o fator idade tenha sido o motivo por nossos achados não serem semelhantes, pois foram avaliados nesse estudo jogadores entre 11 e 16 anos e possivelmente nessa faixa etária as lesões estejam associadas a outros fatores de risco que não a flexibilidade.

Não foram encontrados dados na bibliografia para com-paração dos resultados do teste do banco de Wells e o teste de agilidade proposto. Nesse presente estudo foi obtida alta significância na relação desses dois testes com uma correlação negativa, indicando que indivíduos com menor flexibilidade de cadeia posterior apresentaram maior tempo no teste de agilidade, sendo a relação inversamente proporcional.

CONCLUSÃOAs lesões prévias de membros inferiores estavam pre-

sentes em 33,4% dos indivíduos avaliados. A flexibilidade de quadríceps e isquiotibiais e agilidade não eram diferentes entre sujeitos com e sem histórico de lesão. No entanto, a menor fle-xibilidade de isquiotibiais está relacionada ao pior desempenho no teste de agilidade.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. COHEN, M, ABDALLA, R. J. Lesões nos esportes:

diagnóstico, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003.

2. ARENA, S. S.; CARAZZATO, J. G. A relação entre o acompanhamento médico e a incidência de lesões esportivas em atletas jovens de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v.13, n.1, jul-ago, 2007.

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5. VOLPI, P.; MELEGATI, G.; TORNESE, D.; BANDI, M. Muscle strains in soccer: a five-year survey of an Italian major league team. Knee Surgery Sports Traumatology Arthros-copy, v.12, p. 482-485, 2004.

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[O-14]O EFEITO DA MANIPULAÇÃO MIOFASCIAL SOBRE O LIMIAR DOLOROSO EM ATLETAS DURANTE PERÍODO

COMPETITIVO

INTRODUÇÃOA síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma desordem

muscular regional, caracterizada pela presença de locais sensí-veis nas bandas musculares tensas ou contraturadas palpáveis (1), e as causas mais comuns são traumatismos, sobrecargas agudas ou micro traumatismos repetitivos de estruturas músculo-esque-léticas sugerindo que os indivíduos nas faixas etárias mais ativas são os mais acometidos por esta síndrome. Dentre os recursos manuais, podemos citar a manipulação ou liberação miofascial, cujo objetivo é melhorar o quadro álgico, aumentar a amplitude de movimento proporcionando aumento da circulação local e relaxamento dos músculos contraídos, levando a um melhor desempenho na execução das atividades de vida diária (2).

Uma maneira de avaliar essa alteração de sensibilidade nos locais de maior tensão muscular é utilizando a algometria, uma técnica objetiva na qual se realiza uma pressão sobre um ponto específico para mensuração do limiar de dor (3,4,5).

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da técnica de liberação miofascial sobre o limiar de dor por pressão antes e após a aplicação da técnica em atletas durante período de competição.

MÉTODOSParticiparam da pesquisa 62 voluntários de ambos os

gêneros, divididos igualmente, com idade entre 14 e 38 anos (19,64 ± 4,89), que apresentaram síndrome dolorosa miofascial. Os atletas que participaram da pesquisa eram de vôlei de praia, atletismo, handebol, futsal, basquete, vôlei, ciclismo, natação, taekwondo e futebol que atuavam pela cidade de Marília - SP e encontravam-se em período competitivo. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (protocolo 3666/11).

Os voluntários foram avaliados de acordo com sua sin-tomatologia musculoesquelética e avaliava-se o limiar de dor por pressão (LDP) utilizando um Dinamômetro Manual Digital.

1- Discente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil2 - Docente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Natalia Ancioto da Costa1, Maira Peloggia Cursino¹, Simone Franco Dal Poggetto1, Cristiane Rodrigues Pedroni2

The effect of myofascial manipulation on the pain threshold in athletes du-ring competitive period

Palavras-chave: atletas, síndromes da dor miofascial, dor.

Após a mensuração, os voluntários foram divididos de forma aleatória em três grupos, sendo 32 voluntários do grupo tratado com a técnica de manipulação miofascial, 15 do grupo placebo com deslizamento superficial e 15 do grupo controle aguardado seis minutos seguido da reavaliação do LDP.

Foram avaliados 105 pontos em diferentes músculos. Os resultados foram normalizados pelo teste Kolmogrov-Smirnov (KS) e em seguida foi utilizado o teste ANOVA para verificar a diferença entre os valores de LDP iniciais entre os grupos. Para comparação dos valores de pré e pós LDP dos três grupos foi utilizado o teste t pareado, considerando um índice de sig-nificância de 5%.

RESULTADOSA prevalência de pontos dolorosos foi maior nos músculos

quadríceps (20%) e em trapézio (20%), seguido de tríceps sural (13%) e tibial anterior (13%), grande dorsal (11%), isquiotibiais (11%), deltóide (3%), piriforme (2%) e adutores da coxa (2%), braquiorradial (1%), fibular (1%), peitoral (1%), bíceps braquial (1%) e rombóide (1%).

Não houve diferença significativa entre os valores de LDP iniciais dos grupos avaliados (p>0,05) indicando que a amostra obtida foi homogênea. Foi encontrada diferença significativa (p= 0, 0001) entre os valores de limiar doloroso pré e pós aplicação de liberação miofascial (grupo tratado). Nos outros grupos, não foram encontradas diferenças significativas, tendo o grupo controle (p=0,45) e o grupo placebo (p=0,16).

DISCUSSÃOOs resultados do presente estudo mostraram que houve di-

ferença significativa entre os valores de limiar de dor por pressão (LDP) pré e pós aplicação da manipulação miofascial em atletas durante o período competitivo e podem ser explicados conside-rando os efeitos fisiológicos das técnicas de manipulação dos tecidos, pois a massagem altera a fisiologia de vários sistemas

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do organismo, dentre eles o sistema tegumentar, esquelético, muscular, circulatório, entre outros (6).

O mecanismo mais comum de redução de dor por apli-cação da técnica é a teoria das comportas. Outro mecanismo importante provavelmente está na redução dos pontos-gatilhos miofasciais o que indiretamente diminui a estimulação nocicep-tora. (6). Em nosso estudo, o efeito da técnica foi observado com apenas uma sessão de tratamento, com atletas em competição e em diversos pontos anatômicos, evidenciando a eficácia da liberação miofascial aplicada em diversas regiões anatômicas e promovendo melhora da dor, podendo ser um recurso útil a ser aplicado em atletas durante período competitivo.

Com isso podemos justificar os resultados obtidos em nossa pesquisa, em que as evidências fisiológicas e os estudos realizados nos mostram a efetividade da técnica escolhida. No entanto, trabalhos na literatura relacionados aos efeitos das técnicas de liberação miofascial são escassos, sendo necessários mais estudos que comprovem o efeito da técnica em atletas.

CONCLUSÃOConclui-se que a aplicação da liberação miofascial em

atletas durante período competitivo é eficaz para o aumento do limiar doloroso.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Yeng I T, Teixeira M J, Kaziyama H H S. Síndrome

dolorosa miofascial. Rev. Med. (São Paulo)80 (ed. esp. pt.1):94-110, 2001.

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[O-15]RELAÇÃO ENTRE POSTURA QUEIXA DOLOROSA E LESÃO EM BAILARINAS CLÁSSICAS

INTRODUÇÃOO Ballet clássico é uma prática que exige dos seus

praticantes condições fisiológicas inerentes a atletas de elite, como movimentos repetitivos de extrema força direcionados aos membros inferiores e a coluna vertebral(1). Devido à alta recorrência da queixa dolorosa e a crescente incidência de al-terações posturais e lesões musculoesqueléticas na prática da dança, as pesquisas relacionadas a este assunto ganharam maior importância na comunidade científica, embora ainda seja um assunto novo e em crescente desenvolvimento (2). Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a queixa e o limiar dolo-roso, os desalinhamentos posturais e a incidência de lesões em bailarinos observando se há uma relação entre essas variáveis.

MÉTODOSA amostra foi composta por 15 bailarinas de duas acade-

mias de dança da cidade de Marília – SP, com tempo de prática superior a cinco anos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (protocolo 1341/2010). A avaliação postural foi realizada utilizando o método da fotogrametria(3). A dor e limiar doloroso foram mensurados pelo Questionário de Dor McGill, traduzido e adaptado para a população brasileira(4) (Br – MpQ) e por um algometro de pressão Kratos®. A incidência de lesões foi avaliada através do Inquérito de Morbidade Referida(5) (IMR) adaptado para o balé contendo questões referentes às lesões sofridas, tipo de lesão, local anatômico e mecanismo de lesão. Foi realizado o teste de correlação de Pearson para verificar a correlação entre o limiar doloroso e as alterações posturais, e porcentagem simples para quantificar a incidência de lesões e a queixa dolorosa.

RESULTADOSForam avaliadas 15 bailarinas do gênero feminino com

idade média de 16,13 anos (± 1,19), IMC médio de 20,93(±2,13),

1- Discente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil2 - Docente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Amanda Gomes de Assis Couto¹, Cristiane Rodrigues Pedroni2.

Posture, pain and injury in ballet dancers

Palavras-chave: Dor. Lesão. Postura.

com média de tempo de treinamento de 9,53 anos (±3,38). No IMR 73,33% das bailarinas relatam ter sofrido algum tipo de lesão no último ano sendo os principais tipos de lesões e as áreas de maior queixa dolorosa assinaladas no Br – MpQ demonstra-dos nas figuras 01 e 02.

Os ângulos da articulação acrômio clavicular (AC), articulação esterno clavicular (EC), protrusão de cabeça (PC) e cifose torá-cica (CT) foram correlacionados com os limiares de percepção doloroso (LPD) da cervical e trapézio; os ângulos de inclinação do pé (Ip), das linhas poplíteas (LP) e flexo de joelho (Fj) foram correlacionados com os LPD de tibial anterior (TA), tríceps sural (TS) e quadríceps (QC); e o ângulo da lordose lombar (LL) foi correlacionado com o LPD de paravertebrais lombares. As correlações encontradas foram fracas e não significativas.

DISCUSSÃO A maioria das alunas participantes da pesquisa apresentou

algum tipo de lesão no ultimo ano, demostrando que o balé, assim como qualquer outro esporte, exerce uma sobrecarga excessiva aos praticantes, sendo que as lesões estão diretamente relacionadas ao excesso de treino, mesmo a população sendo jovem e não apresentando o tempo total de profissionalização da dança; os números chamam atenção, pois estudos mostram que a incidência de lesões tende a aumentar proporcionalmente ao aumento da idade e de tempo de treinamento(1). Com relação à dor, todas as participantes apresentaram queixa dolorosa em pelo menos uma região do corpo, sendo que o pé foi a região mais indicada, seguido pela região da coxa e lombar, concordando

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com a literatura atual que indica essas áreas como as principais localização da dor nos bailarinos, isso devido a sobrecarga que essa regiões normalmente recebem nos movimentos mais co-muns da dança, como o posicionamento de rotação lateral exa-cerbada de quadril, joelho e tornozelo na posição “en dehors”, apoio nas extremidades dos metatarsos na posição de ponta e os movimentos repetitivos típicos da dança(6).

Os locais de lesão e dor se relacionam na amostra já que os principais tipos de lesão se coincidem com as áreas mais assinaladas no questionário de queixa dolorosa (Br – MpQ), mostrando que a dor relatada era devido a uma lesão sofrida, pois, assim como outros atletas, acabam não respeitando o tempo de repouso adequado para o retorno das atividades após o afastamento, provocando um retorno sintomático(2). O teste de correlação não foi significativo demonstrando que as variáveis, ângulo postural e LPD, não são dependentes para a amostra estudada, sendo que o número pequeno de participantes pode ter interferido na amostra, como também a maior tolerância à dor, comum em bailarinos e atletas, que acaba retardando o comando para realizar a medida do LPD.

CONCLUSÃOA pesquisa pode mostrar que houve uma relação entre

regiões de lesão e dor, mas, no entanto, os ângulos posturais não são dependentes do limiar de percepção dolorosa, eviden-ciando que a dor está diretamente relacionada à lesão, mas não foi possível, na população avaliada, evidenciar uma correlação entre o padrão postural das bailarinas e a dor.

REFERêNCIAS

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4. Castro CES. Formação linguística da dor: Versão bra-sileira do questionário McGill de dor [Dissertação]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos; 1999.

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[O-16]ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DAS CAUSAS DAS INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS E OS VALORES DA PRESSÃO DO CUFF DE PACIENTES EM VENTILAÇÃO

INTRODUÇÃOA intubação orotraqueal é comumente utilizada nas Uni-

dades de Terapia Intensiva (UTI) para paciente em ventilação mecânica (VM). No tubo orotraqueal existe um balonete, co-nhecido como cuff, que é insuflado para gerar pressão sobre a mucosa traqueal e selar a via aérea1.

A Pressão no Cuff (Pcuff) deve ser inferior a 30 cmH2O para permitir a perfusão da mucosa traqueal e superior a 20 cmH2O para evitar o escape de ar e a aspiração de conteúdo gastroesofagico e orofaringeo, consequentemente diminuindo a probabilidade de adquirir infecção respiratória2,3, por isso, recomenda-se que a Pcuff seja monitorada diariamente4.

Diante da importância do controle diário da Pcuff, já que tem influência no estado de saúde do paciente e na permanên-cia em ventilação mecânica, o objetivo do presente estudo foi analisar incidência das causas da insuficiência respiratórias em pacientes ventilados mecanicamente e os valores da Pcuff nesta população.

MATERIAS E MÉTODOSParticiparam do estudo 32 sujeitos maiores de 18 anos

de ambos os gêneros, submetidos à VM. O estudo foi realizado entre março a junho de 2012, na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (nº 1432/11).

Foram coletas as seguintes variáveis: idade, gênero, causa da insuficiência respiratória, tempo de ventilação mecânica (dias) e a Pcuff.

A Pcuff foi coletada utilizando o cufômetro (VBM, Ale-manha) acoplado ao cuff5. Valores superiores ou inferiores a 30 cmH2O na Pcuff eram adequados para próximo a este valor.

Foi realizado análise descritiva dos dados. A incidência de patologia respiratória foi apresentada em valores absolutos e percentuais, assim como, o número de atendimentos em que foram verificadas Pcuff (abaixo de 30, entre 31 e 40, entre 41 e

1-Faculdade de Filosofia e Ciência/ Unesp/ Marília/ SP/ Brasil2-Hospital das Clínicas/ Famema/ Marília/ SP/ Brasil

Natalia Moya Rodrigues Pereira1; Heloisa Borges1; Juliana Mitiko Shimizu1; Priscila Machado Batista1; Silene El-Fakhouri2; Valdirene Tenório da Costa Alegria2; Roberta Munhoz Manzano1;

Robison José Quitério1; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1.

Analysis of the impact in failure respiratory causes and the cuff pressure values on mechanical ventilation patients

Palavras-chave: Pressão; Respiração Artificial; Unidade de terapia intensiva.

50, entre 51 e 60, acima de 60). A Pcuff foi também apresentada de acordo com a causa da insuficiência respiratória em media e desvio padrão.

RESULTADOS Foram avaliados 32 sujeitos, sendo 17 homens (53,12%) e

15 mulheres (46,87%), com idade media de 66,62±13,42 anos. As causas da insuficiência ventilatória foram: doenças pulmo-nares (abcesso pulmonar, broncoespasmo, derrame pleural, doença pulmonar obstrutiva crônica, edema agudo pulmonar, pneumotórax e pneumonia) cardíacas, neurológicas e outras. O tempo médio de ventilação mecânica foi de 6,06±4,65 dias.

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DISCUSSÃOFoi possível observar que a maioria dos pacientes ficaram

com a Pcuff abaixo de 30 cmH2O, mostrando que é importante mensurar a Pcuff o maior número de vezes durante a internação hospitalar a fim de minimizar as consequências de uma Pcuff inadequada3, sendo consensual sua análise no mínimo a cada 8 horas4.

Constatou-se que a Pcuff estava fora dos valores reco-mendados para proteção da via aérea, independente da causa da insuficiência respiratória, levando a maior risco de aspiração de secreções pulmonares ou gástricas, podendo levar a pneumonias associadas à VM, assim como, aumentar o tempo de VM e o tempo de internação UTI3.

CONCLUSÃOA maior causa de insuficiência respiratória foi de origem

pulmonar, seguida de cardíaca e neurológica. E a maioria da população estudada tinha Pcuff abaixo dos valores recomenda-dos. Sugere-se que a medida da Pcuff seja realizada em todos os turnos afim de reduzir os risco relacionados a inadequação desta pressão.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Camargo MF de, Andrade APA de, Cardoso FP de

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[O-17]CAPACIDADE AERÓBIA FUNCIONAL DE PACIENTES HEMIPARÉTICOS

INTRODUÇÃOAs doenças vasculares constituem um dos mais importantes problemas de saúde da atualidade e uma importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo (1). Dentre elas inclui-se o acidente vascular encefálico (AVE), principal causa de incapacidade funcional (2), cuja prevalência vem aumentando devido ao crescente envelhecimento populacional e a maior taxa de sobrevida após o evento vascular (3). O AVE causa danos residuais motores e cognitivos, que podem levar a diminuição na capacidade desses indivíduos em realizar esforços e consequentemente a hipomobilidade. Sabe-se que os indivíduos acometidos por AVE apresentam diminuição de cerca de 50% a 75% da capacidade aeróbia quando comparados com saudáveis na mesma idade (2,4). A magnitude da perda dessa capacidade esta associada à extensão da sequela motora, as condições secundárias como grau de espasticidade e deficiência cognitiva, ao número e variedade de co-morbidades e ao uso de medicamentos (4).Desta forma o presente estudo tem como objetivo investigar a magnitude dos efeitos crônicos do AVE sobre a capacidade aeróbia

MÉTODOForam avaliados 11 homens hemiparéticos com idade

entre 55 e 65 anos, acometidos por lesão cerebrovascular há pelo menos seis meses. O estudo foi transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos (parecer 0093/2011).

As avaliações constaram de anamnese, exame físico e teste ergométrico (TE). O TE foi realizado em cicloergômetro (Inbramed, RS, Brasil), utilizou-se o protocolo de Balke que consta do incremento de 25 watts de carga a cada estágio de três minutos.

A partir dos dados demográficos, antropométricos e dos dados registrados no pico do esforço foram calculados os va-lores máximos previstos e obtido para as seguintes variáveis:

1 - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Instituto de Biociências. Departamento de Educação Física. Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Campus de Rio Claro. 2- Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Departamento de Fisioterapia e Terapia ocupacional. Campus de Marília. 3 – Universidade Federal de São Carlos. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Departamento de Fisioterapia.

Mônica Furquim de Campos1, Suenimeire Vieira1, Flávia Roberta Faganello Navega2, Marcelo Tavela Navega1,2, Marcos Scheicher1,2, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin2; Aparecida Maria

Catai3; Robison José Quitério1,2,3.

Aerobic capacity functional of hemiparetics individuals

Palavras-chave: acidente vascular encefálico; consumo de oxigênio; teste ergométrico.

Frequência cardíaca; Duplo produto; Consumo de oxigênio pico; Débito cardíaco; Volume Sistólico.

Os dados demográficos, antropométricos e fisiológicos são apresentados de forma descritiva em média e desvio padrão. Para comparação foi utilizado o teste t não pareado. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Foi utilizado o software de análise GraphPad InStat®.

RESULTADOSA amostra consistiu de 11 homens, os quais apresentavam

dislipidemia (n=4), hiperglicemia (n=3), hipertensão (n=9), e faziam uso de medicamentos para controlar os fatores de risco. A tabela 1 apresenta as características demográficas, antropométri-cas, variáveis hemodinâmicas e carga máxima atingida durante o teste ergométrico máximo de indivíduos hemiparéticos.

DISCUSSÃONo presente observou-se resultados significativos quando

comparado as variáveis hemodinâmicas prevista para a idade com a obtida no teste ergométrico, apresentando um déficit ae-

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róbio de 48,68%, o que corrobora com os achados de Ovando et al (4) que mostraram uma diminuição de 50 a 75% da capacidade aeróbia quando comparados com saudáveis na mesma idade.

Essa diminuição da capacidade aeróbia se deve principal-mente as alterações musculoesqueléticas decorrentes do AVE, como diminuição de força e massa muscular, na eficiência e na velocidade dos movimentos, somados aos distúrbios de contração e no tônus muscular (2). Essas alterações na estrutura muscular faz com que ocorra uma redução no recrutamento das fibras tipo I (oxidativas) e aumento nas do tipo II (glicolíticas) levando a maior gasto energético, de 1,5 a 2 vezes, em indiví-duos hemiparéticos (5).

Outro fator que contribui para a diminuição da ca-pacidade aeróbia nesses indivíduos é o uso de medicamentos cardioativos que influenciam na tolerância ao exercício físico com alteração da resposta cardíaca, como diminuição da fre-quência cardíaca e da pressão arterial sistólica (6,7).

CONCLUSÃO De acordo com os dados obtidos, concluímos que os

indivíduos hemiparéticos apresentam alterações na capacidade aeróbia quando comparado com os valores previsto para a idade

REFERêNCIAS1.Ovando AC, Michaelsen SM, Dias JA, Herber V.

Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Fisioter. Mov.2010; 23(2):253-69.

2.Fernandes MA, Freitas BHPF, Negrini F, Sampaio LMM, Medalha CC. Contribuições da avaliação cardiorres-piratória em pacientes hemiplégicos. Arq Sanny Pesq Saúde. 2008; 1(2): 90-7.

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[O-18]CORRELAÇÃO DA CIFOSE TORÁCICA COM A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E FUNÇÃO PULMONAR DE INDIVÍDUOS HEMIPARETICOS.

INTRODUÇÃOO aumento no grau de cifose torácica interfere na posição

de repouso dos músculos respiratórios e na mobilidade torácica o que contribui para a redução da capacidade pulmonar1,2.

O presente estudo teve como objetivo correlacionar o grau de cifose torácica com as pressões respiratórias máximas e com as variáveis espirométricas em indivíduos com hemiparesia após doença vascular encefálica (DVE).

MATERIAIS E MÉTODOSForam selecionados 12 indivíduos maiores de 18 anos de

ambos os gêneros, com hemiparesia que tivessem sofrido lesão cerebrovascular há pelo menos seis meses e que tivessem a capacidade de compreender instruções verbais e de permanecer em posição ortostática sem meios auxiliares.

Os indivíduos que atingiram os critérios de inclusão foram submetidos à anamnese, mensuração da massa corporal, estatura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). A espirometria foi realizada segundo os critérios da American Thoracic Society3, em espirômetro Digital One Flow FVC KitFunction System 1070. Foram verificadas a pressão inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx) em manuvacuômetro pre-viamente calibrado4. Para verificação do grau de cifose torácica foi realizada biofotogrametria computadorizada5.

Para análise estatística os dados que apresentaram dis-tribuição normal foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Pearson e para os dados de distribuição não normal o Coeficiente de Correlação de Spearman, considerado nível de significância de 5%.

RESULTADOSForam avaliados 12 indivíduos sendo 50% homens,

com média de idade 52,50±10,08 anos, de massa corporal 76,28±20,63 kg, de estatura 1,66±7,95 metros e de IMC

1 – Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP, Marília-SP, Brasil2 – Programa de Mestrado – UNESP, Rio Claro-SP, Brasil

Doralice Fernanda da Silva Raquel1, Juliana Rodrigues Soares Ruzene2, Marcelo Tavella Navega1, Robison José Quitério1, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

Correlation between the thoracic kiphosis with the respiratory muscle strength and pulmonary function in hemiparetics.

Palavras-chave: Hemiparesia; Grau de cifose torácica; Função Pulmonar.

27,91±7,69 kg/m2. O tempo médio de lesão cerebrovascular foi 51,83±38,50 meses, sendo que 66,67% apresentavam hemipa-resia a direita. O ângulo de cifose torácica foi de 46,40±12,02 graus.

As pressões respiratórias máximas assim como as variá-veis espirométricas não apresentaram correlação significativa com o grau de cifose torácica (Tabela 1).

DISCUSSÃOEmbora estudos com outras amostras tenham apresentado

correlação da função pulmonar com o grau de cifose torácica1, as pressões respiratórias máximas assim como as variáveis espirométricas não apresentaram correlação significativa com o grau de cifose torácica na amostra.

O fato do ângulo de cifose torácica em média estar dentro da normalidade (20 a 50 graus)6,7, assim como o tamanho da amostra podem ter contribuído com os resultados observados na amostra.

CONCLUSÃOConsiderando os dados aqui apresentados pode-se con-

cluir que a as alterações posturais não se correlacionam com as medidas da função pulmonar em hemiparéticos. Portanto deve haver outros parâmetros determinantes nas disfunções respiratórias neste tipo de paciente que podem ser objeto de novos estudos.

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REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Pimentel RCR, Faganello FR, Navega MT. Comparação

da cifose torácica e da capacidade funcional de mulheres idosas com e sem osteoporose. Fisioter Pesqui. 2011; 18 (1):43-47.

2. Rennó ACM, Granito RN, Oishi J. Correlação entre grau de cifose torácica, função pulmonar e qualidade de vida em mulheres com osteoporose. Rev Fisioter Univer São Paulo. 2004; 11:24-31.

3. Standardization of Spirometry, 1994 Update. American Thoracic Society. American journal of respiratory and critical care medicine. 1995; 152 (3):1107-36.

4. Black L, Hyatt R. Maximal respiratory pressures: normal values and relationship to age and sex. Am Rev Respir Dis. 1996; 99:696–702.

5. Rodrigues ACC, Romeiro CAP. Avaliação da cifose torácica em mulheres idosas portadoras de osteoporose por meio da biofotogrametria computadorizada. Rev Fisioter Univer São Paulo. 2009; 13 (3):205-259.

6. Willner S. Spinal pantograph: a non-invasive technique for describing kyphosis and lordosis in the thoraco-lumbar spine. Acta Orthop Scand. 1981;52:525-9.

7. Teixeira FA, Carvalho GA. Confiabilidade e validade das medidas da cifose torácica através do método flexicurva. Rev. bras. fisioter. 2007; 11 (3):199-204.

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[O-19]EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES NEUROLÓGICOS VENTILADOS

MECANICAMENTE

INTRODUÇÃOOs pacientes neurológicos são de alta complexidade e

precisam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventilação mecânica (VM)1,2. Neste tipo de paciente a incidência de infecção pulmonar é alta podendo levar à hipoxemia e piora do quadro neurológico3.

Pacientes em VM quando submetidos à fisioterapia respi-ratória para higienização brônquica diminuem a resistência da via aérea, aumentam a complacência dinâmica4 e melhoram a gasometria arterial e o shunt intrapulmonar5. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia respiratória so-bre as variáveis hemodinâmicas e sobre a mecânica respiratória de pacientes com doença neurológica em ventilação mecânica.

MÉTODOFoi realizado um estudo prospectivo intervencional, entre

março e junho de 2012, com pacientes internados na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo nº 1432/11).

Foram inclusos pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, com diagnóstico médico e tomográfico de acidente vascular encefálico (AVC), traumatismo crânioencefálico (TCE) ou hematoma subdural crônico (HSC) que estavam em VM por mais de 48 horas. Foram excluídos aqueles que apresentassem contra-indicação para aplicação de técnicas fisioterapêuticas: fratura de costela, instabilidade hemodinâmica, dreno torácico, pneumotórax não drenado, broncoespasmo e coagulopatias6.

O estudo foi dividido em três momentos. No primeiro, antes do atendimento, foram coletados a idade, altura, peso ideal, diagnóstico médico, variáveis hemodinâmicas (pressão arterial sistólica e diastólica – PAS e PAD; frequência cardía-ca – FC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Também antes do atendimento foram avaliados a complacência dinâmica (Cdin), complacência estática (Cest) e resistência da via aérea (Rwa). Para medida da mecânica respiratória os pacientes foram

1-Campus de Marília, Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP, Marília – SP, Brasil2-Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA, Marília – SP, Brasil

Juliana Mitiko Shimizu¹, Heloisa Borges¹, Priscila Machado Batista¹, Silene El-Fakhouri², Valdi-rene Tenório da Costa Alegria², Roberta Munhoz Manzano¹, Robison José Quitério¹, Alexandre

Ricardo Pepe Ambrozin¹

Effects of respiratory physiotherapy in neurological patients mechanically ventilated

Palavras-chave: Mecânica respiratória, Hemodinâmica, Fisioterapia

posicionados em Fowler (45º), colocados em modalidade con-trolada, ciclada a volume, com volume corrente (VC) de 8ml/kg do peso ideal, com fluxo inspiratório de 0,83 l/s, frequência respiratória de 12 ciclos/min, pressão expiratória positiva final (PEEP) de 5 cmH2O, fração inspirada de oxigênio suficiente para SpO2>90%. Após 15 minutos, os valores de pico de pressão (PP) e pressão platô (Ppl) foram registrados, sendo que a Ppl foi obtida após pausa inspiratória de 0,5 segundos. Os valores de Cdin foram obtidos dividindo-se o VC pela diferença entre o PP e a PEEP, e os de Cest por meio da divisão do VC pela Ppl menos o PEEP. A Rwa foi calculada pela diferença entre a PP e Ppl dividida pelo fluxo utilizado. No segundo momento, técnicas de fisioterapia respiratória foram aplicadas de acordo com a necessidade encontrada na avaliação. Para pacientes que apresentassem sons de secreções pulmonares na ausculta pulmonar foi realizado vibrocompressão, para aqueles com diminuição de murmúrio vesicular foi realizado descompressão torácica abrupta, reexpansão pelo VM e reexpansão através do PEEP. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração traqueal seguindo as recomendações da American Association of Respiratory Care7, independente da ausculta pulmonar. Por fim, no último momento os pacientes foram reavaliados quan-to as variáveis hemodinâmicas e propriedades mecânicas do sistema respiratório.

Os dados foram comparados utilizando o Teste de Wil-coxon e Teste t pareado (p<0,05).

RESULTADOS Foram avaliados nove pacientes sendo seis (66,66%)

mulheres, com idade média de 59,88±18,23 anos, peso ideal de 57,37±10,61 kg e altura de 1,59±0,14 m. Três pacientes (33,33%) com TCE, cinco (55,55%) com AVC e um (11,11%) com HSC. Na tabela 1 estão as variáveis estudadas.

Os pacientes neurológicos são de alta complexidade e precisam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventilação mecânica (VM)1,2. Neste tipo de paciente a incidência de infecção pulmonar é alta podendo levar à hipoxemia e piora

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do quadro neurológico3.Pacientes em VM quando submetidos à fisioterapia respi-

ratória para higienização brônquica diminuem a resistência da via aérea, aumentam a complacência dinâmica4 e melhoram a gasometria arterial e o shunt intrapulmonar5. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia respiratória so-bre as variáveis hemodinâmicas e sobre a mecânica respiratória de pacientes com doença neurológica em ventilação mecânica.

MÉTODOFoi realizado um estudo prospectivo intervencional, entre

março e junho de 2012, com pacientes internados na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo nº 1432/11).

Foram inclusos pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, com diagnóstico médico e tomográfico de acidente vascular encefálico (AVC), traumatismo crânioencefálico (TCE) ou hematoma subdural crônico (HSC) que estavam em VM por mais de 48 horas. Foram excluídos aqueles que apresentassem contra-indicação para aplicação de técnicas fisioterapêuticas: fratura de costela, instabilidade hemodinâmica, dreno torácico, pneumotórax não drenado, broncoespasmo e coagulopatias6.

O estudo foi dividido em três momentos. No primeiro, antes do atendimento, foram coletados a idade, altura, peso ideal, diagnóstico médico, variáveis hemodinâmicas (pressão arterial sistólica e diastólica – PAS e PAD; frequência cardía-ca – FC) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Também antes do atendimento foram avaliados a complacência dinâmica (Cdin), complacência estática (Cest) e resistência da via aérea (Rwa). Para medida da mecânica respiratória os pacientes foram posicionados em Fowler (45º), colocados em modalidade con-trolada, ciclada a volume, com volume corrente (VC) de 8ml/kg do peso ideal, com fluxo inspiratório de 0,83 l/s, frequência respiratória de 12 ciclos/min, pressão expiratória positiva final (PEEP) de 5 cmH2O, fração inspirada de oxigênio suficiente para SpO2>90%. Após 15 minutos, os valores de pico de pressão (PP) e pressão platô (Ppl) foram registrados, sendo que a Ppl foi obtida após pausa inspiratória de 0,5 segundos. Os valores de Cdin foram obtidos dividindo-se o VC pela diferença entre o PP e a PEEP, e os de Cest por meio da divisão do VC pela Ppl menos o PEEP. A Rwa foi calculada pela diferença entre a PP e Ppl dividida pelo fluxo utilizado. No segundo momento, técnicas de fisioterapia respiratória foram aplicadas de acordo com a necessidade encontrada na avaliação. Para pacientes que apresentassem sons de secreções pulmonares na ausculta pulmonar foi realizado vibrocompressão, para aqueles com diminuição de murmúrio vesicular foi realizado descompressão torácica abrupta, reexpansão pelo VM e reexpansão através do PEEP. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração traqueal seguindo as recomendações da American Association of Respiratory Care7, independente da ausculta pulmonar. Por fim, no último momento os pacientes foram reavaliados quan-to as variáveis hemodinâmicas e propriedades mecânicas do sistema respiratório.

Os dados foram comparados utilizando o Teste de Wil-coxon e Teste t pareado (p<0,05).

RESULTADOS Foram avaliados nove pacientes sendo seis (66,66%)

mulheres, com idade média de 59,88±18,23 anos, peso ideal de 57,37±10,61 kg e altura de 1,59±0,14 m. Três pacientes (33,33%) com TCE, cinco (55,55%) com AVC e um (11,11%) com HSC. Na tabela 1 estão as variáveis estudadas.

DISCUSSÃONeste estudo pode-se observar melhora da mecânica

respiratória, resultados que concordam com outros estudos2,8

.Quantos as variáveis hemodinâmicas não foram encontradas diferenças significativas, também concordando com a literatura consultada8.

CONCLUSÃOPode-se concluir que a fisioterapia respiratória melhorou

a mecânica torácica e diminuiu a resistência ao fluxo aéreo de paciente neurológicos em VM, sem gerar alterações hemodi-nâmicas significativas.

REFERêNCIAS1. BALSANELLI, A. P.; ZANEI, S. S. S. V.; WHITAKER,

I. Y. Carga de trabalho de enfermagem e sua relaçao com a gra-vidade dos pacientes cirúrgicos em UTI. Acta Paul. Enferm., v. 19, n. 1, p. 16-20, 2006.

2. AMBROZIN, A. R. P.; LOMBARDO, C. M.; MACHA-DO, T. C. B. Efeitos da fisioterapia respiratória na mecânica respiratória de pacientes com acidente vascular encefálico venti-lados mecanicamente. Rev. Inspirar, v. 3, n. 4, p. 7-10, jul 2011.

3. BUGEDO, T. G.; CASTILLO, F. L.; HERNÁNDEZ, P. G. Apoyo ventilatorio en pacientes con patología aguda del sistema nervioso central. Rev. Med. Chile, v. 127, n. 2, p. 211-221, 1999.

4. MOREIRA, F. C. Comportamento da mecânica venti-latória durante a realização de um atendimento de fisioterapia respiratória. 2009. 50 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Pneumológicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

5. STILLER, K. Physiotherapy in intensive care: towards an evidence-based practice. Chest, v. 118, n. 6, p. 1801-13, 2000.

6. SANTOS, F. R. A.; SCHNEIDER JÚNIOR, L. C.; FORGIARINI JUNIOR, L. A.; VERONEZI, J. Efeitos da compressão torácica manual versus a manobra de PEEP-ZEEP na complacência do sistema respiratório e na oxigenação de

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pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v. 21, n. 2, p. 155-161, 2009.

7. AARC Clinical Practice Guidelines. Endotracheal suctioning of mechanically ventilated patients with artificial airways 2010. Respiratory care, v. 55, n. 6, p. 758-64, 2010.

8. ROSA, F. K. D.; ROESE, C. A.; SAVI, A.; DIAS, A. S.; MONTEIRO, M. B. Comportamento da mecânica pulmonar após a aplicação de protocolo de fisioterapia respiratória e aspi-ração traqueal em pacientes com ventilação mecânica invasiva. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v. 19, n. 2, p. 170-175, abr. 2007.

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[O-20]EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES NEUROLÓGICOS VENTILADOS

MECANICAMENTE

INTRODUÇÃOA doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteri-

za-se por limitação crônica ao fluxo aéreo parcialmente rever-sível e geralmente progressiva(1), e seu grau de obstrução é um dos fatores que pode ter impacto sobre as limitações funcionais e o prognóstico da doença.

Esta doença está associada a alterações no comportamento autonômico(2), que podem ser avaliadas por meio da variabili-dade da frequência cardíaca (VFC), uma técnica de avaliação não invasiva que descreve as oscilações dos intervalos entre batimentos cardíacos consecutivos(3).

Estudos que correlacionam características desta doença, como a sua gravidade, com a VFC são incipientes. Assim, o objetivo deste estudo foi correlacionar a gravidade da doença com a modulação autonômica em indivíduos com DPOC.

MÉTODOSForam analisados dados de 26 pacientes com diagnóstico

de DPOC atendidos no Centro de Estudos e Atendimento em Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP na cidade de Presidente Prudente. Todos os procedi-mentos do estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Proc. n° 42/2010).

A determinação da gravidade da DPOC foi feita por meio da medida de VEF1 obtida por meio do teste de capacidade vital forçada pré e pós boncodilatador, com a utilização de um espirômetro portátil (MIR – Spirobank versão 3.6 – Itália)(4).

Para avaliação autonômica, realizada por meio da VFC, a frequência cardíaca foi registrada batimento a batimento por 30 minutos pelo cardiofrequencímetro (Polar Electro, S810i, Finlândia)(5), estando os voluntários em repouso em decúbito dorsal com respiração espontânea. Para obtenção dos índices de VFC foram utilizados 256 intervalos do período mais estável do traçado. Foram obtidos os índices espectrais de baixa frequência (BF) e alta frequência (AF) expressos em milissegundos ao

1. Curso de Fisioterapia – Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP/ Presidente Prudente/São Paulo/Brasil.

Juliana Mitiko Shimizu¹, Heloisa Borges¹, Priscila Machado Batista¹, Silene El-Fakhouri², Valdi-rene Tenório da Costa Alegria², Roberta Munhoz Manzano¹, Robison José Quitério¹, Alexandre

Ricardo Pepe Ambrozin¹

Effects of respiratory physiotherapy in neurological patients mechanically ventilated

Palavras-chave: Doença pulmonar obstrutiva crônica, sistema nervoso autônomo, índice de gravidade de doença.

quadrado (ms²) e unidades normalizadas (un). Para análise dos dados, inicialmente foi determinada

a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk e em seguida foi aplicada a correlação de Spearman. Diferenças foram consi-deradas significantes com p <0,05. A magnitude da correlação foi considerada fraca para r≤0,40, moderada para 0,40<r≥0,80 e forte para r>0,80.

RESULTADOSA característica da amostra pode ser observada na tabela

1. A correlação entre VEF1 e os componentes BF e AF em ms² não foram significantes, contudo, correlações significantes entre VEF1 e BFun (r = 0,448; p = 0,023) e VEF1 e AFun (r = -0,445; p = 0,228) foram observadas.

DISCUSSÃOOs resultados obtidos neste estudo mostram que a gravida-

de da DPOC influencia a modulação autonômica, havendo uma correlação negativa e moderada entre VEF1 e AF (indicador da atuação parassimpática) e correlação positiva e moderada entre VEF1 e BF (representa a atuação simpática). Os resultados su-gerem que quanto maior a gravidade da DPOC maior a atuação simpática e menor atuação vagal.

Tais alterações são preocupantes, uma vez que estão relacionadas com o aumento da morbidade e da mortalidade, em diversas condições(6). Nossos resultados corroboram com

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os de Stein et al(7), que observaram correlação entre a maioria dos índices de VFC e a %VEF1, que reflete o grau de obstrução em porcentagem do previsto, porém não com os resultados de Camillo et al(8) que não verificaram correlação entre VFC e VEF1 de pacientes com DPOC. Essa discordância na literatura mostra a necessidade de novos estudos relacionados ao tema.

CONCLUSÃOOs resultados deste estudo mostraram que a gravidade da

DPOC influencia modulação autonômica cardíaca.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Rabe KF, Hurd S, Anzueto A, Barnes PJ, Buist SA,

Calverley P, et al. Global Strategy for the Diagnosis, Mana-gement, and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease: GOLD Executive Summary. Am J Respir Crit Care Med. 2007; 176 (6):532-55.

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Pitta FO, LC dA, et al. Fractal correlation property of heart rate variability in chronic obstructive pulmonary disease. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2011; 6:23-8.

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[O-21]O PERFIL DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO COMO PONTO DE PARTIDA PARA ELABORAÇÃO DE

ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS E DE CUIDADO

INTRODUÇÃOPara muitos autores as ILPI’s (Instituições de Longa

Permanência para Idosos) são concebidas como um ‘caminho sem volta’. Nelas os idosos internos acabam perdendo a iden-tidade e cidadania. Isto ocorre em conseqüência das condutas e comportamentos regidos pelas normas que regulam o funcio-namento das ILPI’s1-3. O idoso institucionalizado muitas vezes apresenta comportamentos negativos, tais como: diminuição da capacidade funcional, caracterizada pela dificuldade na realização das atividades de vida diária, baixa interação social, motivação reduzida, declínio cognitivo e transtornos de humor (ansiedade e depressão)4. Nesse contexto se faz necessário o desenvolvimento de estratégias preventivas e de cuidados objetivando a manutenção da capacidade funcional do idoso institucionalizado. Esta pesquisa objetivou estudar o perfil dos idosos internos em duas ILPI’s localizadas na cidade de Marília SP, com a finalidade de contribuir para a elaboração de estratégias de cuidado e prevenção, objetivando especialmente a manutenção da capacidade funcional.

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS O projeto foi submetido e aprovado no comitê de ética,

protocolo 2322/2006. Os dados foram coletados a partir de três formulários, mediante os quais se verificou: dados institu-cionais, dados sociais e de saúde geral. Os dados referentes à saúde foram levantados a partir da medicação de uso contínuo. Todos os dados foram lançados em banco de dados (Access) e submetidos à análise estatística descritiva. Dados referentes à saúde mental foram confirmados a partir da aplicação de testes clínicos (Escala Depressão Geriátrica – GDS 30 e Mini-Exame do Estado Mental -MEEM).

RESULTADOS

A Instituição 1, fundada em 1982, tem como filosofia

1-Acadêmico de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista- UNESP- Campus de Marília/SP/Brasil2-Acadêmico de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual Paulista- UNESP- Campus de Marília/SP/Brasil3-Docente-Departamento de Educação Especial –DEE Universidade Estadual Paulista-UNESP-Campus de Marília/SP/Brasil

Isabela Feitosa de Carvalho¹, Aline Murari Ferraz Carlomanho², Bruna Pizetta Ferronato¹, Felipe Guilherme Leite de Campos¹, Franciele Eredia Albanez Kessa¹, Helen Benincasa Nakagawa¹, Jéssi-

ca Guimarães Al-Lage¹, Juliana Rizzatto Ferraresi¹, Maira Peloggia Cursino¹, Natalia Moya Rodrigues Pereira¹, Edvaldo Soares³

Elderly institutionalized profile for developing strategies and preventive care

Palavras-chave: idoso, envelhecimento, prevenção

de trabalho a assistência aos idosos, sem distinção de qualquer natureza. A captação de recursos, como ocorre na maioria das ILPI’s, se dá principalmente por meio de doações. Em relação ao espaço físico, algumas adaptações foram realizadas (insta-lação de corrimões, ventilação, campainhas, rampas, etc.). Em relação aos recursos humanos para o atendimento aos idosos, há, na Instituição 1, 01 enfermeira, 05 auxiliares de enferma-gem, 01 cozinheira e cerca de 10 auxiliares de serviços gerais. Atualmente são atendidos 47 idosos, com predominância de idosos do sexo masculino (57%), média de idade +71,04 anos de idade. A Instituição 2, fundada em 1930 e localizada em região mais central da cidade, tem como filosofia de trabalho atendimento ao idoso acima de 65 anos de origem carente. Os recursos são obtidos pelas doações, convênios com os governos Estadual e Federal, aluguéis, campanhas, festas beneficentes, etc. Ao contrário da Instituição 1, há divisão entre os sexos; ou seja, os idosos do sexo masculino ocupam uma ala e as do sexo feminino, outra. Na ala feminina existem 17 leitos, 16 banhei-ros, uma copa e um refeitório. Na ala masculina são 24 leitos, 18 banheiros e uma sala de televisão. Em relação aos recursos humanos para o atendimento aos idosos, existem 03 médicos, 01 nutricionista, 01 cozinheira, 18 auxiliares de serviços gerais, 01 pedreiro, 01 secretária, 01 auxiliar de secretária, 01 porteiro, 01 servente e 01 assistente social. Em termos de programas de atendimento, há somente a realização de estágio dos alunos dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da FFC – Unesp. São atendidos 69 idosos. Em termos de gênero, ao contrário da Instituição 1, há predominância de indivíduos do sexo feminino (55%). Entre os 116 idosos, 56,2% possuem mais de 70 anos de idade. Em relação ao tempo de institucionalização, conside-rados os 116 idosos internos nas Instituições observou-se que 46,4% deles estão internos há menos de 5 anos. Os motivos de desligamento referem-se principalmente à ocorrência de óbitos, internações em instituições para tratamento psiquiátrico e, ra-ramente, para retornarem ao seio familiar. No que se refere ao recebimento de visitas (parentes e amigos), a pesquisa aponta que 60,2% dos idosos não recebem visitas. Quanto à escola-

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ridade, há a predominância de analfabetos (72%). Em relação à etnia há predominância de indivíduos brancos. Em termos de saúde geral, os dados apontaram para uma alta incidência de patologias diversas e, consequentemente a administração de alta quantidade de medicação. Em relação à saúde mental, observou-se que cerca de 15,4% apresentam diagnóstico fechado de Parkinson e 4,3% de Alzheimer. Porém, acreditamos que tal número seja sensivelmente mais alto. Observou-se que 36,9% dos idosos pesquisados apresentam algum grau de depressão ou algum tipo de quadro psicótico (especialmente ansiedade e quadros de esquizofrenia), conforme tabela abaixo:

DISCUSSÃO A pesquisa confirmou os dados levantados na literatura

especializada, especialmente no que tange à saúde geral e mental. Entretanto, há a necessidade da realização de mais pesquisas objetivando a compreensão da realidade do idoso institucionalizado, com o objetivo de elaborar estratégias pre-ventivas e de cuidado contextualizadas. Conclusão: A maioria dos idosos apresenta limitações diversas. O entendimento de tais limitações, bem como as condições oferecidas pelas ILPI’s são essenciais para a elaboração não só de programas preventivos a patologias diversas, como também para a aplicação de ativi-dades que objetivem a promoção de uma melhor qualidade de vida dessa população.

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4. Soares E, Demartini SM, Suzuki MM, Oliveira TP, Komatsu PS. Estudo epidemiológico do perfil do idoso ins-titucionalizado do interior paulista. Rev Ciênc Extens. 2012; 8(1):35-59.

Apoio: FUNDUNESP – PROEX – Fundo de Pesquisa - FAPESP

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[O-22]PROPRIEDADE DE CORRELAÇÃO FRACTAL DA VFC EM RESPOSTA AO TESTE ORTOSTÁTICO ATIVO EM

MULHERES

INTRODUÇÃOA variabilidade da frequência cardíaca (VFC) descreve

as variações nos intervalos entre batimentos cardíacos conse-cutivos (intervalos RR), relacionados às influências do sistema nervoso autônomo (SNA) sobre o nódulo sinusal1. A Análise de Flutuação Destendenciada (DFA) é um método não linear que quantifica a ausência ou a presença de propriedades de correlação fractal dos intervalos RR2. Índices fractais são ca-pazes de detectar alterações na dinâmica RR melhor do que as análises espectrais.

Os testes autonômicos podem fornecer informações importantes sobre a função adequada do SNA, bem como as capacidades funcionais de efetores e outras estruturas. Um teste cardiovascular utilizado na prática clínica é o teste ortostático ativo (TOA), que se baseia na medição de alterações da frequên-cia cardíaca (FC) reflexa em resposta a estímulos apropriados3.

Estudos anteriores investigaram a análise espectral da VFC, em resposta ao TOA, porém, não está clara a resposta da análise fractal neste teste. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do TOA na dinâmica cardíaca, por meio dos expoentes fractais de curto e longo prazo do DFA em mulheres jovens.

MATERIAIS E MÉTODOS Foram analisadas 11 mulheres saudáveis com idades entre

18 e 30 anos, que assinaram um termo de consentimento após informadas sobre os procedimentos e objetivos do estudo, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, processo n.º 2011-382.

Foram coletadas as informações: idade, peso, altura e índice de massa corporal (IMC). O peso foi determinado por uma balança digital (W 200/5, Welmy, Brasil), a altura por um estadiômetro (ES 2020, Sanny, Brasil) e o IMC foi calculado pela fórmula: peso (kg) / altura (m2). Aferimos a pressão arte-rial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e a FC. Os dados foram

1-Departamento de Morfologia e Fisiologia, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil. 2-Departamento de Fisioterapia, Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília, SP, Brasil. 3-Departamento de Fisioterapia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP, Presidente Prudente, SP, Brasil.

José Raul Cisternas1, Luiz Carlos de Abreu1, Adriano Roque2, Bianca de Castro2, Fernando Adami2, Luiz Carlos M. Vanderlei3, Lucas L. Ferreira3, Vitor Engrácia Valenti1,2,3

Fractal correlation property of HRV in response to the active orthostatic test in women

Palavras-chave: Sistema nervoso autônomo; Dinâmica não linear; Fisiologia.

coletados em laboratório, entre as oito e as 12 horas da manha de modo a minimizar a interferência do ritmo circadiano, sob temperatura e humidade controladas (21°C-25°C / 50%-60%), e foi instruído evitar o consumo de álcool, cafeína e substâncias que influenciam o SNA durante 24 horas antes da avaliação.

Após a avaliação inicial a cinta do monitor cardíaco foi colocada no tórax sobre o terço distal do osso esterno. O receptor de FC (Polar S810i monitor, Finlândia) foi colocado no pulso. A voluntária permaneceu 10 minutos sentados em repouso com respiração espontânea. Depois, elas se levantaram rapidamente em até três segundos de acordo com o comando verbal e per-maneceram de pé por 15 minutos.

Os intervalos RR foram transferidos para o programa Polar Precision Performance (v.3.0, Polar Electro, Finlândia). Foi realizada filtragem digital complementada com filtragem manual para eliminação de batimentos ectópicos prematuros e artefatos e, pelo menos 256 intervalos RR foram utilizados. A VFC foi analisada em quatro momentos: repouso sentado com respiração espontânea, 0-5 minutos, 5-10 minutos e 10-15 mi-nutos em pé. Avaliaram-se os índices não lineares: alfa-1, alfa-2 e relação alfa-1/alfa-2 do DFA. Para o cálculo dos índices foi utilizado o software de análise Kubios VFC v.1.1 para Windows.

A análise estatística utilizou métodos descritivos para o cálculo da média e desvio padrão. A distribuição normal dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Para distribuições paramétricas foi aplicada a ANOVA, seguida do pós-teste de Bonferroni. Para distribuição não paramétrica foi utilizado o teste de Friedman, seguido pelo teste de Dunn. Comparamos os índices da VFC entre os quatro momentos. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Foi utilizado o software GraphPad versão StatMate 2.00 para Windows, Califórnia, EUA.

RESULTADOSEm relação às características antropométricas e clínicas

das voluntárias, verificou-se altura média de 1.69+0.05m, peso

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de 55.7+29kg, IMC 22.4+3 kg/m2, FC média de 76.2+10 bati-mentos por minuto, PAD 73.3+14mmHg e PAS 103.4+15mmHg.

A Tabela 1 mostra o comportamento da análise fractal da VFC, antes e após o repouso.

DISCUSSÃOEste estudo identificou que o expoente alfa-1 aumentou

significativamente durante os 15 minutos de pé, indicando um desvio dessa propriedade para uma forma mais linear. Por outro lado, não se observaram alterações significativas na análise fractal quanto ao expoente alfa-2 e a relação alfa-1/alfa-2.

A técnica de DFA é uma análise modificada da raiz--quadrada-média de um período aleatório. Neste método, os resultados de um tipo de sinal fractal resultam em um valor do expoente: valores em torno de 0,5, resultam de sinais mais aleatórios; valores próximos a 1,0 correlacionam-se ao com-portamento caótico do sistema; e valores correlacionados ao comportamento linear se aproximam de 1,54. Os valores do expoente fractal de curto prazo (alfa-1 de 1,4) em resposta ao TOA demonstraram, fortes correlações lineares nas propriedades de curto prazo, em comparação com as condições basais.

Tulppo et al.4 avaliaram as alterações no expoente fractal alfa-1 induzidas pelo teste de inclinação passiva (TIP) e exercí-cio dinâmico (ED) em voluntários saudáveis. Os autores encon-traram que alfa-1 aumentou durante ED de baixa intensidade e durante o TIP21. Nossos resultados sugerem que o TOA apre-senta posição semelhante ou respostas autonômicas cardíacas mais intensas do que o TIP, e que o expoente alfa-1 é capaz de detectar alterações mínimas na regulação autonômica cardíaca.

CONCLUSÃOOs resultados indicam que o TOA induz um aumento nas

propriedades de correlação fractal de curto prazo da dinâmica da FC em mulheres saudáveis.

REFERêNCIAS 1. Kunz VC, Borges EN, Coelho RC, Gubolino LA,

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[O-23]SINAIS ELETROMIOGRÁFICOS, EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO EM IDOSAS COM OSTEOPOROSE

SUBMETIDAS A TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO

INTRODUÇÃOA osteoporose está dentre as doenças mais frequentes

dos idosos na atualidade, e é definida segundo a OMS, como “doença esquelética sistêmica caracterizada por massa óssea baixa e deteriorização microarquitetural do tecido ósseo, com consequente aumento da fragilidade óssea e suscetibilidade à fratura”¹.

Devido à predisposição a fraturas de baixo impacto, a osteoporose torna-se um grande agravante para idosos¸ prin-cipalmente aqueles que apresentam alteração de equilíbrio; entretanto a prática regular de exercícios físicos para mulheres com osteoporose tem sido apontada como importante fator preventivo de quedas².

Apesar da indicação de programas de atividade física, que contemplem exercícios resistidos, atividade aeróbia e alongamento muscular sejam benéficos para mulheres com osteoporose, não existe na literatura estudos que analisaram os efeitos do treinamento de equilíbrio com haste oscilatória em variáveis biomecânicas de mulheres com osteoporose durante testes de equilíbrio.

Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo inves-tigar o efeito de oito semanas de treino de equilíbrio com haste oscilatória nos sinais eletromiográficos e equilíbrio estático e dinâmico em idosas com osteoporose.

MATERIAIS E MÉTODOSO presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética

UNESP – Marília/SP, Brasil (CEP-2011-66) e as voluntárias assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Partici-param do estudo 14 idosas (69,57±5,81 anos) não instituciona-lizadas, fisicamente ativas, com osteoporose. Os participantes realizaram o Teste Timed Up and Go(TUG), o Teste de Apoio Unipodal (TAU) e a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB).

O TAU e a EEB foram realizados conjuntamente com avaliação eletromiográfica; utilizados eletrodos ativo simples

¹ Mestranda, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP, Brasil.² Doutoranda, Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro, SP, Brasil.³ Professor Assistente Doutor, Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília, SP, Brasil

Juliana Rodrigues Soares Ruzene¹, Mary Hellen Morcelli², Marcelo Tavella Navega³.

Electromyographic signals, static and dynamic balance in elderly women with osteoporosis submitted to balance training.

Palavras-chave: Eletromiografia. Equilíbrio Postural. Osteoporose

em configuração bipolar, com área de captação de um centí-metro de diâmetro e distância intereletrodos de 2 centímetros. Previamente a colocação dos eletrodos, foi realizada a tricoto-mia e limpeza da pele com álcool, foi utilizado Eletromiógrafo Modelo MyosystemBr1 P84® de oito canais, software Data Hominis Tecnologia®, freqüência de amostragem de 2000 Hz, ganho total de 2000 vezes, filtro passa alta de 20 Hz, filtro passa baixa de 500 Hz. Os eletrodos foram posicionados nos músculos reto femoral, vasto lateral, bíceps femoral, tibial anterior, gas-trocnêmio lateral, glúteo máximo e iliocostal lombar, segundo normas SENIAM.

O treinamento de equilíbrio teve duração de oito semanas consecutivas, com duas sessões semanais de 30 minutos. O protocolo de treinamento com haste oscilatória foi realizado de acordo com a proposta de Hallal et al.³. Os dados eletromio-gáficos foram analisados através do programa Matlab R2010a (MatWorks). A normalidade da distribuição dos dados foi testada por meio do teste Shapiro-Wilk, para dados com distribuição normal e não-normal, foi usado o teste t pareado e Wilcoxon respectivamente. Utilizou-se o programa SPSS para os cálculos estatísticos e o nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05).

RESULTADOSParticiparam do estudo 14 idosas com diagnóstico de

osteoporose, fisicamente ativas, média de idade 69,57±5,81 anos e 26,57±3,48 pontos no Mini Exame do Estado Mental.

Diferenças significativas foram encontradas para os sinais eletromiográficos pré e pós treinamento no músculo vasto lateral no TAU (p=0,0001) e em todas as atividades da EEB, e houve uma menor ativação desse no pós treino. Houve uma melhora significativa no desempenho em todos os testes no pós treino, TUG (p=0,0001), EEB (p=0,009) e TAU no membro inferior não dominante (p=0,009).

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DISCUSSÃOEm todos os testes de equilíbrio realizados (Escala de

Equilíbrio de Berg, Teste de Apoio Unipodal e Teste Timed Up and Go) as voluntárias, assim como o encontrado em outros estudos4, apresentaram melhora significativa após as oito se-manas de treino de equilíbrio.

Embora estudos com outras amostras tenham apresentado que a vibração do corpo todo pode não promover diferença5 ou ocasionar um aumento na atividade dos músculos analisados6,7, no presente estudo foi encontrada uma menor ativação do mús-culo vasto lateral em todas as atividades da EEB e durante o TAU após o treino de equilíbrio confirmando assim a melhora de equilíbrio das voluntárias.

CONCLUSÃOIdosas com osteoporose apresentaram aumento signi-

ficativo no equilíbrio estático e dinâmico após treinamento de equilíbrio com haste oscilatória sendo que a atividade do músculo vasto lateral foi um dos principais responsáveis por essas mudanças.

AGRADECIMENTOSApoio financeiro FAPESP (Processo número: 2010/18454-

0).

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1- Consensus Development Conference: Diagnosis,

prophylaxis and treatment of osteoporosis. Am J Med, 1993.

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3- Hallal CZ, Marques NR, Silva SRD, Van Dieen JH, Gonçalves M. Effect of different exercises if a non oscilatory and oscilatory pole in EMG activity of shoulder muscles stabilizer. Rev Bras Fisioter. 2011.15(2):89-94.

4- Hallal CZ, Marques NR, Gonçalves M. Avaliação do risco de quedas de idosas ativas submetidas a treinamento de equilíbrio com haste vibratória. Ter Man. 2010. 8:1-2.

5- Rees SS, Murphy AJ, Watsford ML. Effects of whole body vibration exercise on lower extremity muscle strength and power in an older population: a randomized clinical trial. Physical Therapy, 2008. 88:462-470.

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[P-01]EFEITO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS AQUÁTICOS NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES PÓS CIRURGIA DE

CÂNCER DE MAMA

INTRODUÇÃOComplicações pós-cirúrgicas de câncer de mama tem

sido relatadas como sintomas físicos e psicológicos, que podem comprometer a função e afetar a qualidade de vida (QV) dessas mulheres1. Evidências mostram que a realização de exercícios aquáticos pós a cirurgia de câncer de mama podem interferir positivamente nesses sintomas 2.

Desse modo, o estudo objetivou avaliar a efetividade de um protocolo de exercícios aquáticos na percepção da qualidade de vida de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico após câncer de mama.

MATERIAIS E MÉTODOSParticiparam 44 mulheres submetidas a cirurgia para trata-

mento de câncer de mama que realizaram exercícios aquáticos.Inicialmente foi realizada uma entrevista semiestruturada

compostas por anamnese, história clínica, cirúrgica e tratamen-tos coadjuvantes da amostra, avaliação funcional3 e da QV pelo questionário Study’s Short Form – 36 (SF-36)4.

O protocolo de exercício aquático foi realizado em pisci-na coberta e aquecida, com temperatura em torno de 29º a 33º graus, com intensidade moderada, duas vezes por semana, com duração de 50 minutos, por 12 semanas e compreendia cinco fases: aquecimento, alongamentos; fortalecimento de membros superiores e inferiores; recreação e relaxamento. Após as 12 semanas de realização do protocolo as voluntárias foram subme-tidas a reavaliação física e responderam ao questionário de QV.

Todas as voluntárias foram informadas quanto às carac-terísticas do estudo e, em concordância, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da FCT/UNESP, pro-cesso 256/2008 segundo as normas da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 196/96 da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa.

1-Aluno de Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP2-Aluna do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia aplicada à Uroginecologia e Obstetrícia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP3-Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP.

Daniela Bonfim Cortês1, Karina Cristina Fernandes1,Priscila Pagotto2, Elisa Bizetti Pelai2, Lara Nery Peixoto2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3.

Effectiveness of an aquatic exercise protocol in quality of life after breast cancer surgery

Palavras-chave: Qualidade de vida; Câncer de mama; Saúde da mulher.

RESULTADOS As voluntárias do estudo apresentaram média de idade

de 57,25±1,34 anos. Em relação ao tipo de cirurgia, 17 pacientes realizaram quadrantectomia, 26 mastectomia radical unilateral e 1 mastectomia radical bilateral.

No gráfico abaixo estão expressos os resultados do SF-36 antes e após a realização do protocolo de exercícios aquáticos.

DISCUSSÃONo estudo realizado observou-se maior índice de QV após

a realização do protocolo de exercícios aquáticos nos domínios de capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade, limitações por aspectos sociais e saúde mental.

São poucos os estudos que avaliam a eficácia de exercícios aquáticos na QV dessa população. Corroborando o presente estudo, Elsner et al. avaliaram a QV de 3 mulheres antes e após a realização de 10 sessões de fisioterapia aquática e observaram melhora nos domínios capacidade funcional, limitações por as-pectos físicos, vitalidade e limitações por aspectos emocionais das voluntárias5.

Segundo Venâncio6 a melhora da QV pode ser atri-

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buída à realização da terapia em grupo, por proporcionarem trocas de experiências, permitindo ao paciente perceber e acei-tar melhor sua condição e dessa forma ser efetiva na melhora funcional e da QV.

CONCLUSÃOO protocolo de exercício aquático foi eficaz na melhora

da QV de mulheres pós cirurgia de câncer de mama. Portanto, a criação de programa em grupo com exercícios na água, devem ser criados e ou estimulados na reabilitação física e emocional de pacientes pós mastectomia.

REFERêNCIAS1. Godoy MF, Guimaraes TD, Oliane AH, Godoy JMP.

Association of Godoy & Godoy contention with mechanism with apparatus-assisted exercises in patients with arm lymphe-dema after breast cancer. 2011. International Journal of General Medicine 2011(4): 373-376.

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4. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Qua-resma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999; 39(3): p 143-152.

5. Elsner VR; Trentin RP; Horn CC; Efeito da hidrote-rapia na qualidade de vida de mulheres mastectomizadas, Arq Ciênc Saúde 2009; 16(2): 67-71.

6. Venâncio JL . Importância da atuação do psicólogo no tratamento de mulheres com câncer de mama [citado 2007 Out 24]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v01/pdf/ revisao3.pdf

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[P-02]PERFIL E INCIDÊNCIA DA DIÁSTASE DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL NO PUERPÉRIO

INTRODUÇÃOPuerpério ou pós-parto é um período no qual as modifica-

ções provocadas no organismo da gestante retornam ao estado pré-gravídico1,2,3, sendo dividido em imediato (1º ao 10º dia), tardio (11º ao 45º dia) e remoto (além de 45 dias)4. A diástase do músculo reto abdominal (DMRA) é definida como a separação ou afastamento dos feixes desses músculos ao longo da linha alba5,6,7. A fisioterapia atua no pós-parto imediato para melhorar a tonicidade dos músculos abdominais e pélvicos, o tamanho da DMRA influi na conduta fisioterapêutico7,6. Diante de tais constatações, o presente estudo teve por objetivo identificar a incidência da diástase abdominal no puerpério imediato.

METODOLOGIAForam avaliadas 68 puérperas no período de puerpério

imediato, correspondente a 12 horas após parto normal e 18 horas no parto cesariano1 no Hospital Estadual de Presidente Prudente – São Paulo. Foram coletados dados pessoais e para realizar a avaliação da DMRA a púerpera ficou em decúbito dorsal com joelhos fletidos, pés apoiados na cama e braços ao longo do corpo. Pediu-se para ela realizar uma flexão anterior de tronco, fazendo assim uma contração isométrica da musculatura abdominal. Em seguida, o examinador palpou os limites das bordas mediais da musculatura reto abdominal, posicionando o paquímetro em três pontos, supra-umbilical, umbilical e infra--umbilical, para obter em centímetros o afastamento dos feixes abdominais3. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FCT/UNESP, protocolo nº 25/2011, de acordo com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. Todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

1- Aluna do Programa de Graduação em Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente.2 -Aluna do Programa de Pós Graduação Lato Senso em Fisioterapia Aplicada a Uro-ginecologia e Obstetrícia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente.3 - Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Presidente Prudente.

Beatriz da Silva Gonçalves1, Gabriela Samartino Zavanelli1, Nicole Silva Pedrosa1, Ana Paula Rodri-gues da Rocha1, Maiara Cristina Celião da Silva1, Elisa Bizetti Pelai2, Lara Nery Peixoto2, Priscila

Pagotto2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3.

Profile and impact of diastasis rectus abdominis puerperium

Palavras-chave: Diástase, Puerpério, Reto do Abdome, Fisioterapia, Saúde da Mulher.

RESULTADOSA idade média das 68 puérperas foi 25,8±6,5 anos, destas

61,7% eram casadas, 25% solteiras e 13,3% amaseadas. Quanto a idade gestacional 11,8% ganharam bebe com 32 a 36 semanas, 82,2% de 37 a 41 semanas e 6% com 42 ou mais semanas. Em relação ao tipo de parto, 28% realizaram parto vaginal e 72% parto cesárea. Realizaram de 1 a 3 consultas pré-natais 3% das puérperas, de 4 a 6 consultas 32,3% e 7 ou mais consultas 64,7%. Questionadas se participaram de algum tratamento fisioterapêutico prévio, 11,8% responderam que sim e 88,2% respondem não. A DMRA mostrou-se ausente em 32,3% das puérperas, presente em 5,9% dessas e em 61,8% não foi men-surada por sentirem dor na região do músculo reto abdominal não permitindo a palpação.

DISCUSSÃOA ocorrência da DMRA no puerpério imediato encon-

trada neste estudo está em concor-dância com a encontrada na literatura5,7, que relata uma maior prevalência no puerpério imediato. Das 68 mulheres avaliadas, 22 apresentaram a DMRA e essas apresentaram a idade gestacional acima de 32 semanas. Com a progressão da gravidez e alongamento dos músculos abdominais, há um prejuízo do vetor de forças desses músculos, podendo haver uma diminuição na força de contração. A DMRA é percebida mais facilmente a partir do segundo trimestre ges-tacional, apresentando diminuição no puerpério tardio6.

CONCLUSÃOHouve prevalência de DMRA no puerpério imediato na

população estudada, o que pode incentivar a criação e fortale-cimento da fisioterapia no período pré e pós natal com objeti-

.

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vos preventivos para amenização de dores e desconfortos que possam ser gerados pela presença da DMRA.

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7.Boxer S, Jones S. Intra-rater reliability of rectus abdomi-nis diastasis measurement using dial calipers. Aust J Physiother. 1997;43(2):109-14.

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[P-03]PREVALÊNCIA DE DESCONFORTO MÚSCULO ESQUELÉTICO NO PUERPÉRIO

INTRODUÇÃOO puerpério tem sido descrito como tempo de retorno após

o parto, e este tempo é necessário para que os órgãos regressem ao seu estado pré-gravídico, sendo dividido em três fases: puer-pério imediato (do 1º ao 10º dia), tardio (do 10º ao 45º dia) e re-moto (após o 45º dia) (1). Neste período, podem também ocorrer incontinência urinária, posturas antálgicas, fraqueza abdominal devido à diástase do músculo reto abdominal e desconfortos músculo esqueléticos como dor na região lombar, dormência e/ou sensação de peso (frequentemente atribuído à sobrecarga física relacionada aos cuidados com o bebê e à amamentação) (2,3). O objetivo da pesquisa foi verificar a prevalência desses desconfortos músculo-esqueléticos no puerpério imediato, remoto (com 30 dias) e tardio (com 60 dias).

MÉTODOSFoi realizado um estudo transversal prospectivo, com

68 puérperas atendidas em um Hospital Estadual na cidade de Presidente Prudente, que atende usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), no período de agosto de 2011 a junho de 2012. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista utilizando a ficha de avaliação contendo dados sociodemográficos, histórico da gestação e exame físico, para mensurar as regiões de des-conforto músculo esquelético, o grau de diástase dos músculos reto-abdominais e a presença de edema (2).

RESULTADOSA média de idade foi de 25 anos, 61,76% eram casadas,

60,29% ensino médio completo. O parto cesariano foi realizado em 72,05% enquanto que o parto vaginal em 27,94% . 44,11% apresentaram edema em membro inferiores no puerpério imedia-to, no puerpério tardio 15,38% e somente 16,66% no puerpério remoto. A relação da percepção da dor e desconforto musculoes-quelético indicou que na região da cintura escapular e membros inferiores a maior percepção de desconforto foi referida com 30 dias após o parto, sendo que após 60 dias o desconforto na

1-Aluno de Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP2-Aluna do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia aplicada à Uroginecologia e Obstetrícia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP3-Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP

Karina Cristina Fernandes¹, Daniela Bonfim Cortês1, Maiara Cristina Celião da Silva1, Ana Paula Rodrigues Rocha1, Beatriz da Silva Gonçalves1, Gabriela Samartino Zavanelli1, Nicole Silva Pedro-

sa1, Elisa Bizetti Pelai2, Cristina Elena Prado Teles Fregonesi3, Edna Maria do Carmo3

Prevalence of Skeletal Muscle Discomfort in Puerperium

Palavras-chave: Diástase, Puerpério, Reto do Abdome, Fisioterapia, Saúde da Mulher.

cintura escapular diminui, e em membros inferiores se tornava ausente. Nos segmentos de membros superiores e costas notou--se que o menor grau de desconforto referido foi no momento imediato ao parto, aumentando após esse período(Figura 1). A DMRA demonstrou valores dentro da normalidade em todos os períodos do puerpério.

DISCUSSÃOEm relação a DMRA o presente estudo demonstrou valo-

res dentro da normalidade em todos os períodos do puerpério, o que também foi encontrado no estudo de Rett (1), no qual os va-lores não ultrapassaram 3cm. Com relação ao edema de MMSS os resultados mostraram que está presente em um percentual pequeno no puerpério imediato, e ausência no puerpério tardio e remoto. O edema em MMII é comum no puerpério imediato, tendo diminuição no puerpério tardio e remoto, mostrando resultados semelhantes ao da literatura (4,5). A sintoma mais ha-bitual de dor no presente estudo foi na região das costas, estando presente nos três períodos do puerpério, sendo seu pico obser-vado no período tardio. Durante a gestação ocorrem disfunções musculoesqueléticas, sendo a dor nas costas uma das principais e decorrente das adaptações hormonais da relaxina sobre a coluna vertebral. A relaxina é responsável pela frouxidão ligamentar que provoca rotação anterior da pelve, mantendo assim o cen-

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tro de gravidade alterado, além de aumentar a flexibilidade da sínfise púbica e da articulação sacro ilíaca, causando instabili-dade pélvica(6). É possível que essas alterações se perdurem no período do puerpério, sendo sobreposta pela sobrecarga física que ocorre durante a amamentação e cuidados com o bebê. O estudo de T0(7) acompanhou puérperas por dois anos após o parto confirmando a persistência desse sintoma.

CONCLUSÃOHá prevalência de desconfortos no período imediato tar-

dio e remoto, com predomínio de dores nas costas e que esses desconfortos aumentaram no decorrer do puerpério.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Rett, M.T; Bernardes, A. M.; Oliveira, M. R.; Andra-

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3. Cassol, M.; Glass, E. Amamentação e desconforto músculo-esquelético da mulher. 2007. 191 f. [Tese] (Doutorado em Ciências da Saúde) Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

4. Hoffman, A.; Cardoso, B. R.; Zabot, C. Edema em puérperas no pós-parto imediato. Rev. Fisio Ter. 2004;8(46): 10-1.

5. Baracho, E.; Baracho S.M.; Felissíssimo, M. Atuação do fisioterapeuta no puerpério imediato e tardio. In: Baracho E, editor. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p.241-50.

6. Firmento, B. S.; et. al. Avaliação da lordose lombar e sua relação com a dor lombopélvica em gestantes. Fisioter. Pesqui., Jun 2012, vol.19, no.2, p.128-134. ISSN 1809-2950.

7. To, W. W. K.; Wong, M. W. N. Factors associated with back pain symptoms in pregnancy and the persistence of pain 2 years after pregnancy Acta Obstet Gynecol Scand 2003: 82: 1086—1091.

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[P-04]EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA PREVENÇÃO DE DOR LOMBAR DURANTE A GESTAÇÃO

INTRODUÇÃOA lombalgia é caracterizada como dor na região lombar

e na maioria das vezes, se apresenta como sintoma inespecífico comum e até característico durante a gestação1, e ocorre princi-palmente após a 20ª semana de gestação, pois ocorrem mudanças músculo-esqueléticas que podem levar a modificações posturais. A partir do aumento do volume mamário e do crescimento uterino dentro da cavidade abdominal, o centro de gravidade desloca-se anteriormente, o que resulta em anteversão pélvica, hiperlordose lombar, extensão da coluna cervical e aumento de tensão na musculatura paravertebral2.

Desta forma o fisioterapeuta obstetra é o profissional da saúde preparado para avaliar, tratar e orientar a gestante com relação às queixas de lombalgia3. Diversos recursos podem ser utilizados na intervenção fisioterapêutica em obstetrícia, den-tre os quais, a hidroterapia que envolve atividades praticadas na água e são cada vez mais recomendadas e utilizadas pelas gestantes1,2,4. Existem comprovações de que a hidroterapia é eficaz, no entando, as pesquisas nesse campo ainda estão em andamento, pois ainda não existem bases consistentes que per-mitam a organização e a prescrição destes exercícios específicos para prevenir e tratar a lombalgia gestacional1,2,5.

Desta forma, o objetivo principal deste trabalho é analisar os possíveis efeitos da hidroterapia como proposta preventiva da lombalgia e verificar, por meio do questionário OLBPQ, as mudanças nas limitações da dor lombar durante a gestação.

MATERIAIS E MÉTODOSTrata-se de um estudo de corte longitudinal autoriza-

do pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob protocolo 0085/2011, que compara resultados quanto a dor lombar em gestantes praticantes e não praticantes de um programa de hi-droterapia. Participaram 10 gestantes atendidas em Unidades de Saúde no município de Marília, que foram divididas em dois grupos: Hidroterapia e Controle, entre a 12ª a 25ª semana

1-Aluno de Graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP2-Aluna do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia aplicada à Uroginecologia e Obstetrícia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP3-Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP – Presidente Prudente – SP

Giovana Vesentini1, Érica Almeida Sousa1, Natália Migliati de Oliveira1, Patrícia Helena dos Santos Alves3, Verônica Martins Godoy1, Angélica Mércia Pascon Barbosa2.

Effects of hydrotherapy in preventing low back pain during pregnancy

Palavras-chave: Gestação, Hidroterapia, Dor Lombar

gestacional e foram excluídas quando apresentarem gestação de risco ou doenças crônicas e que não cumpriram todo o protocolo proposto neste estudo. Todas as gestantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A partir da seleção, todas as voluntárias passaram por uma avaliação no início e no final (38ª semana) da gestação composta pelos dados pessoais da gestante, histórico gestacional, princi-pais queixas, patologias prévias, histórico da lombalgia e ques-tionário “Oswestry Low Back Pain Questionnaire”(OLBPQ)6, que identifica e quantifica a limitação funcional e clínica decor-rente de dores lombares.

O levantamento da amostra ocorreu no Setor de Estágio Supervisionado em Saúde da Mulher da Universidade Estadual Paulista (UNESP), e as sessões de hidroterapia realizadas na Fisiocenter Clínica de Fisioterapia e Reabilitação. As sessões de hidroterapia foram realizadas seguindo as recomendações do American College of Obstetrician and Gynecologist7, com aquecimento, alongamento, exercícios resistidos, exercícios localizados e relaxamento, cada uma com duração de apro-ximadamente 50 minutos e com controle da intensidade dos exercícios pelo frequencímetro.

RESULTADOSDas 10 gestantes 2 desistiram de participar do estudo,

portanto 8 concluíram a pesquisa; a média de idade foi de 23 anos para o grupo controle e 28 anos para o grupo Hidroterapia; quanto ao número de gestações 50% das gestantes do grupo controle são primigestas, enquanto 75% das gestantes do grupo hidroterapia são primigestas.

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DISCUSSÃOO período gestacional acarreta em diversas alterações no

corpo materno. Os resultados deste trabalho, apontam que todas as gestantes da amostra apresentavam dor lombar. Pesquisas8,9 mostram que pelo menos 50% das gestantes sofrem de lombalgia em algum momento do período gestacional. Em outro estudo, que relatou as características da dor e o período de maior dor foram, respectivamente localizada e noturna, o que não acon-teceu neste estudo, onde a característica de dor mais prevalente foi difusa no início da gestação para o grupo controle e para o grupo hidroterapia no final da gestação. A lombalgia geralmente vem associada a limitações funcionais, que são suficientes para alterar as atividades de vida diária da gestante, principalmente quando acompanhada de sedentarismo. De acordo com a lite-ratura a prática de atividade física pode reduzir a dor lombar, e, consequentemente a sua incapacidade, o que foi observado neste estudo, quando no Grupo Controle no início da gestação todas (100%) as gestantes apresentaram disfunção mínima, ao final da gestação metade (50%) delas mostraram disfunção mo-derada, enquanto no Grupo Hidroterapia, ao inicio da gestação 75% apresentaram disfunção mínima e 25% disfunção severa, ao final da gestação todas (100%) obtiveram disfunção mínima.

CONCLUSÃOOs resultados deste trabalho mostram que a atividade

aquática durante a gestação não alterou a dor lombar, porém se mostrou eficaz na diminuição das limitações funcionais cau-sadas por este incômodo. A ocorrência da lombalgia ressalta a importância de medidas preventivas e intervenção precoce para evitar este desconforto no período gestacional.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1 WHITMAN, J.M. Pregnancy, low back pain, and ma-

nual physical therapy interventions. J Orthop Sports Phys Ther,

v. 32, n. 7, p. 314-17, 2002.2 BARACHO, E. Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia:

Aspectos de Ginecologia e Neonatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2002. 547 p.

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6 ROBINSON, A. J.; SNYDER-MACKLER, L. Clinical Electrophysiology: Electrotherapy and Electrophysiologic Tes-ting. 2. ed. EUA: Williams & Wilkins Press, 1995.

7 ACOG committee opinion: Exercise During Pregnancy and the Postpartum Period. International Journal of Gynecology & Obstetrics 2002; 77: 179 - 173.

8 SANTOS, M.M; GALLO, A.P. Lombalgia gestacional: prevalência e características de um programa pré-natal. Arq Bras Ciên Saúde, Santo André, v.35, n.3, p.174-9, Set/Dez, 2010.

9 DE CONTI, M. H. S. et al. Efeitos de Técnicas Fisioterá-picas sobre os Desconfortos Músculo-esqueléticos da Gestação. RBGO. V. 25, n. 9, p. 647-654, 2003.

10 ASSIS, R. G. de.; TIBÚRCIO, R. E. S. Prevalência e características da Lombalgia na gestação: um estudo entre gestantes assistidas no programa de pré-natal da Maternidade Dona Íris em Goiânia. Goiás, 2004.

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[P-05]EFEITO DO MÉTODO PILATES NA HIPERCIFOSE TORÁCICA DE IDOSAS.

INTRODUÇÃOO crescimento da população idosa vem aumentando nas

ultimas quatro décadas. Nos países desenvolvidos são conside-rados idosos os indivíduos com mais de 65 anos de idade, e nos países em desenvolvimento os com mais de 60 anos de idade. O Brasil mostrou um crescimento exponencial da população idosa1. O processo de envelhecimento biológico determina alterações no aparelho locomotor, que causam limitações às atividades da vida diária2. A partir dos 25 a 30 anos de idade inicia a perda da força muscular, sendo esta em torno de 1,5% por ano3. Para os idosos isso resulta em alteração postural4. A hipercifose torácica decorrente do processo de envelhecimento ocorre principalmente em mulheres, além de ser a alteração pos-tural mais frequentemente encontrada na população em geral5. Fraqueza da musculatura extensora do tronco, diminuição da capacidade dos ligamentos da coluna vertebral, degeneração dos discos intervertebrais e déficit proprioceptivo caracteri-zam a hipercifose torácica6. O Método Pilates atua na coluna a nível torácico de forma a melhorar a curvatura auxiliando no tratamento de hipercifose torácica7. Por meio do método Pilates é possível proporcionar o fortalecimento e alongamento das cadeias musculares do corpo humano de forma a melhorar o alinhamento postural8.

O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do Método Pilates no grau de hipercifose torácica em idosas.

MATERIAIS E MÉTODOS O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

Local, número 0341/2011 e todos os indivíduos participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

Participaram da pesquisa quatorze idosas ( 67 ± 2,80 anos) que realizaram 16 sessões do método Pilates durante 8 semanas, com uma frequência de 2 vezes semanais. O Grau de cifose torácica foi analisado por meio da biofotogrametria computadorizada. Para a mensuração do ângulo de hipercifose,

1 Graduanda do Curso de Fisioterapia, Departamento de Educação Especial, Unesp Campus de Marília. 2 Mestre em Desenvolvimento e Tecnologias, Instituto de Biociências, Unesp Campus de Rio Claro. 3Professor Doutor do Curso de Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Unesp Campus de Marília.

Mariana Giglio Furlanetto1, Beatriz Mendes Tozim1, Daniele Moraes de Lorenzo1, Mary Hellen Mor-celli2, Marcelo Tavella Navega3

Effect of Pilates in elderly women with thoracic hyperkyphosis

Palavras-chave: Cifose Torácica, Idosas, Método Pilates

o examinador colocou dois marcadores cilíndricos cilíndricos sobre o processo espinhoso da sétima vértebra cervical (C7) e da12º vértebra torácica (T12). Foi registrado uma foto da paciente no plano sagital esquerdo. Para comparação do efeito do Método Pilates, foi utilizado o teste estatístico Teste T de Student, com nível de significancia de 5% ( p<0,05).

RESULTADOSO Grau de Cifose Torácica antes da intervenção foi de

59,50º ± 14,52º e após o treino foi de 53º,43 ± 13º, como mostra na Figura 1.

O resultado obtido indica que o Método Pilates foi eficaz para a diminuição da Hipercifose torácica das voluntárias.

DISCUSSÃOEsses dados encontrados no estudo vão ao encontro aos

do estudo de EMERY et al9 que observaram melhora significa-

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tiva da postura de idosos que realizaram Pilates durante doze semanas de treinamento. MUSCOLINO e CIPRIANI7 afirmam que o método Pilates atua na coluna a nível torácico de forma a melhorar a curvatura auxiliando no tratamento de hipercifose torácica.

CONCLUSÃOA prática do Método Pilates foi capaz de reduzir o grau

de cifose em idosas.

AGRADECIMENTOS À FAPESP pela bolsa concedida.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1-GUERRA, A.C.L.C.;CALDAS,C.P. Dificuldades e

recompensas no processo de envelhecimento: a percepção do sujeito idoso. Ciências e saúde coletiva. vol.15, n.6, pp. 2931-2940, 2010.

2-PEDRINELLI, A.; GARCEZ-LEME, NOBRE,R.S.A. O efeito da atividade física no aparelho locomotor do idoso. Revista Brasileira de Ortopedia. 44(2):96-101, 2009.

3 -CANDELORO, J.M.; CAROMANO, F.A. Efeito de um programa de hidroterapia na flexibilidade e na força mus-cular de idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia. v.11, n.4, p. 267-272, 2007.

4 -RIZZI, P.R.S.; LEAL, R.M.; VENDRUSCULO, A.P. Efeito da hidrocinesioterapia na força muscular e na flexi-bilidade em idosas sedentárias. Fisioterapia em Movimento (Impresso). v.23, n.4, p.535-543 , 2010.

5-REGOLIN, F.; CARVALHO, G.A. Relação entre cifose dorsal, densidade mineral óssea e controle postural em idosas. Revista Brasileira de Fisiotererapia. vol.14 no.6, 2010.

6-RODRIGUES, A.C.C.; ROMEIRO, C.A.P.; PATRIZZI, L.J. Avaliação da cifose torácica de mulheres idosas portadoras de osteoporose por meio da biofotogrametria computadorizada. Revista Brasileira de Fisiotererapia, v. 13, n. 3, p. 205-9, 2009.

7-MUSCOLINO, J.E.; CIPRIANI, S. Pilates and the “powerhouse”-I. Journal of Bodywork and Movement Thera-pies. v.8, p.15-24, 2004.

8-TEIXEIXA, F.A.; CARVALHO, G.A. Confiabilidade e validade das medidas da cifose torácica através do método fle-xicurva. Revista Brasileira de Fisiotererapia. vol.11 no.3, 2007.

9-EMERY, K.; SERRES, S.J.D.; MCMILLAN, A.;CÔTÉ, J.N. The effects of a Pilates training program on arm–trunk posture and movement. Clinical Biomechanics 25 (2010) 124–130, 2009.

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[P-06]ANÁLISE DA FADIGA ELETROMIOGRÁFICA ENTRE IDOSOS ATIVOS FISICAMENTE E PRATICANTES DE

ATIVIDADE ESPORTIVA.

INTRODUÇÃOA população de idosos é, atualmente, a que mais cresce

no mundo, projetando-se para 2025 uma população brasileira com mais de 32 milhões de idosos.1,2 Esse novo contexto social implica em uma maior atenção destinada a este grupo. Entre as medidas de maior significado, a prática regular de exercícios físicos tem se destacado como agente na redução e prevenção de doenças, criando-se então, o conceito de envelhecimento ativo.3,4,5 Como fator essencial na manutenção da independência do idoso está a integridade muscular que age diretamente sobre a sua locomoção e realização das atividades de vida diária. O que ocorre nessa faixa etária é a alteração significativa da capa-cidade de processamento de informações e de ativação muscular do sistema nervoso.6,7 Neurologicamente, existe diminuição do número e do tamanho das unidades motoras e isso é também uma causa primária da perda da força muscular.8 São escassos os estudos encontrados na literatura que comparam a eletromiogra-fia em idosos praticantes de exercício físico, sendo ainda mais escasso estudos com idosos que praticam um esporte específico, tais como o vôlei adaptado. Faz-se necessário, portanto, inves-tigar se a prática de exercícios regulares interfere na condução elétrica e equilíbrio da população idosa em questão, sendo o objetivo do presente estudo, avaliar a atividade eletromiográfica do músculo Tibial Anterior de idosos ativos que realizam prática esportiva e idosos ativos que não realizam prática esportiva.

MÉTODOSO presente estudo foi encaminhado e aprovado pelo

Comitê de Ética da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da UNESP, Campus de Marília-SP. Os participantes foram informados previamente acerca de todos os procedimentos a serem realizados, e após assentirem ao que lhes foi proposto, as-sinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram avaliados 25 idosos com idade superior a 60 anos, separados em dois grupos: Idosos Praticantes de Vôlei (IPV) e Idosos ativos

1 Graduanda do Curso de Fisioterapia, Departamento de Educação Especial, Unesp Campus de Marília. 2 Mestre em Desenvolvimento e Tecnologias, Instituto de Biociências, Unesp Campus de Rio Claro. 3Professor Doutor do Curso de Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Unesp Campus de Marília.

Letícia Mendes de Freitas¹, Dayane de Oliveira Macedo¹, Marcos Eduardo Scheicher¹

Analysis between elderly electromyographic activity practitioners and not practitioners sports activity

Palavras-chave: eletromiografia, envelhecimento, exercício físico.

não praticantes de vôlei adaptado (INPV). Os O critérios de exclusão foram: sequelas de doenças neuromusculoesqueléticas, artrite, problemas visuais não corrigidos e hipotensão postural, uso contínuo de antidepressivos, sedativos, hipnóticos e estado cognitivo alterado (Mini Mental < 18). Foi realizada avaliação inicial com questionário semiestruturado para coleta de dados pessoais, doenças existentes, medicamentos, nível de atividade física e incidência de quedas. A atividade elétrica muscular foi registrada utilizando-se o Eletromiógrafo MyosystemBr1_P84 (modelo portátil) da Datahominis (Uberlândia). Os eletrodos foram posicionados de acordo com as recomendações do International Society of Electrophisyology and Kynesiology (ISEK) e Surface Electromyography for the Non-Invasive Assessment of Muscles (SENIAM).9 A aquisição dos dados será totalmente controlada por software específico, pelo apli-cativo Myosystem-Br1. Foram coletados os dados referentes à atividade de isometria do músculo Tibial Anterior. Para análise estatística, foi aplicado o teste de Mann-Whitney e adotado o nível de significância de p ≤0,05.

RESULTADOS

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Figura 2. Comparação das frequências medianas da eletromiografia entre os grupos praticantes de vôlei adaptado (IPV) e ativos não praticantes de vôlei (INPV) do músculo Tibial Anterior em atividade de isometria. p=0,02

A comparação da Frequência Mediana (Hz) do músculo Tibial Anterior em atividade isométrica apresentou diferença significativa (p=0,02), com maior média no grupo INPV (153,7 ± 30,4) comparado ao grupo IPV (138,3 ± 17,5).

DISCUSSÃOOs resultados encontrados demonstraram que a prática de

atividade esportiva pode desempenhar um papel significativo sobre a ativação muscular e a fadiga eletromiográfica entre idosos que realizam a prática do vôlei adaptado e idosos ativos. O envelhecimento está associado à uma diminuição do controle do equilíbrio postural. Esse declínio pode ser exacerbado pela fadiga muscular aguda e pode ser um fator primário para o aumento da incidência de quedas entre os idosos10. Como po-demos observar no gráfico apresentado (Figura 1), há um maior recrutamento de fibras musculares para o grupo INPV (janela 1), comparado ao grupo IPV, caracterizando maior dificuldade de gerar força muscular. Observa-se que a tendência da curva é maior para o grupo INPV, sugerindo maior probabilidade de entrar em fadiga muscular, do que o grupo IPV.

CONCLUSÃOPodemos concluir que idosos que realizam práticas espor-

tivas orientadas e regulares apresentam diferença significativa em relação à fadiga eletromiográfica comparados com idosos ativos não praticantes de exercícios orientados.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. SCHNEIDER, Rodolfo Herberto; IRIGARAY, Tatiana

Quarti. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Revista Estudos da Psicolo-gia, Campinas, v. 4, n. 25, p. 585-93, 2008.

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[P-07]EFEITO AGUDO DA ESTIMULAÇÃO DA MUSCULATURA ABDOMINAL NA ESTABILOMETRIA DE

INDIVÍDUOS COM LESÃO ENCEFÁLICA ADQUIRIDA.

INTRODUÇÃOA lesão encefálica adquirida (LEA) é uma condição pato-

lógica que causa alterações na velocidade, força, coordenação, agilidade e diferentes níveis de paralisia, como hemiparesia e hemiplegia, que afetam diretamente o controle postural e o equi-líbrio promovendo uma redução no desempenho das atividades da vida diária (1), sendo de fundamental importância o processo de reabilitação. Dentre as técnicas, tem-se a estimulação da musculatura abdominal, usada frequentemente na pratica clínica. Estes músculos atu¬am mantendo a estabilidade postural, em atividades estáticas e dinâmicas, simples ou complexas, agindo sinergicamente com os eretores da coluna vertebral (2).

O objetivo deste estudo é analisar os efeitos agudos da estimulação da musculatura abdominal nos deslocamentos ântero-posterior do centro da gravidade em pacientes com lesões neurológicas adquiridas durante a postura ortostática.

METODOLOGIA Estudo de série de casos intervencionista, não rando-

mizado, aberto, realizado com oito indivíduos (87,5% sexo masculino), idade média de 46 (±15,9) anos, com altura média 167 (±16) cm e peso médio 74 (±28) kg, portadores de lesão encefálica adquirida das Clínicas Integradas do Centro Univer-sitário de Rio Preto (UNIRP).

Todos os pacientes foram submetidos a plataforma baro-podométrica para coleta dos dados (Coleta 1). Após, os pacientes foram conduzidos para uma maca, posicionados com apoio na região lombo-sacra, com quadril e joelho flexionados em 90º com os pés e mãos sem apoio. O fisioterapeuta sustentou com leves toques na parte superior e posterior do tronco do paciente com uma das mãos, a outra apoiando a região da fossa poplítea, solicitando que o paciente se mantenha na postura. Assim, o paciente balançou, utilizando um movimento seletivo entre sua pelve e o tronco, trabalhando os músculos abdominais como sugerido por Davies (3).

1 Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA, Marília, SP, Brasil. Universidade Estadual Paulista – Unesp, Botucatu, SP, Brasil. 2 Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, Brasil.3 Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP, São José do Rio Preto, SP, Brasil.

João Simão de Melo Neto1, Ana Elisa Zuliani Stroppa Marques2,3, Élen Bianchi Ducatti3, Jaqueline Gabriela Moda3

Acute effect of abdominal muscle stimulation on stabilometry in patients with acquired brain injury

Palavras-chave: Equilíbrio postural. Abdome. Encéfalopatias

Os músculos abdominais foram estimulados por seis re-petições durante 30 segundos, intercalados com pausa de dois minutos, para evitar a fadiga muscular. Após as repetições, o paciente realizou nova análise estabilométrica (Coleta2).

A análise das variáveis coletadas foi realizada por estatísti-ca descritiva e análise de variância ANOVA, sendo considerado p≤0,05, estatisticamente significativo.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pes-quisa da Fafibe Bebedouro/SP, protocolo nº: 0049/06.

RESULTADOSFoi avaliado o deslocamento ântero-posterior por meio

dos parâmetros estabilométricos de deslocamento radial (Rd) e velocidade de deslocamento(P) em relação ao baricentro cor-poral, pé direito e pé esquerdo. Os resultados não apresentaram significância estatística.

Os valores de média das velocidades dos baricentros (P) na Coleta 2 são ligeiramente maiores que na Coleta 1 (Figura1), que sugere melhor reajuste postural. Os valores de média e des-vio padrão do deslocamento radial (Rd) do baricentro corporal apresentaram discreta diminuição nos dados da Coleta 2 quando comparado aos da Coleta 1 (Figura 1), indicando um controle mais efetivo do equilíbrio.

Figura 1- Comparação entre coleta 1 e 2 analisando a velocidade de oscilação “P” e o deslocamento radial “RD”.

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DISCUSSÃOTitianova et al. (4) descrevem que os desequilíbrios cor-

porais são comuns em portadores de lesão neurológica. A mus-culatura abdominal é fundamental na manutenção do equilíbrio na postura ortostática, como relatado por Davies (3).

Os valores de média e desvio padrão do deslocamento radial (Rd) do baricentro corporal apresentaram discreta dimi-nuição nos dados pós-estimulação abdominal quando compa-rado aos dados pré estimulação, indicando um controle mais efetivo do equilíbrio. Matos, Matos e Oliveira (5) constatou que o fato de diminuição do Rd indica maior estabilidade postural quando avaliada em ortostatismo.

Logo, os valores de média de velocidade (P) do baricentro corporal são maiores pós-estimulação abdominal quando com-parado aos valores pré-estimulação. Já os valores do desvio padrão pós-estimulação encontram-se diminuídos nos dados de pós-estimulação, sugerindo que houve melhora na capacidade de recuperação de equilíbrio e homogeneidade no grupo5.

CONCLUSÃOCom base nos resultados, houve reajuste postural de forma

mais ágil, e ocorreu redução dos valores de deslocamento radial, indicando um controle postural mais efetivo. Entretanto, sem significância estatística nos resultados.

REFERêNCIAS1. Gil-Gómez JÁ, Lloréns R, Alcañiz M, Colomer C.

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[P-08]COMPARAÇÃO DO MEDO DE QUEDAS EM IDOSAS CAIDORAS E NÃO CAIDORAS

INTRODUÇÃOO risco de cair aumenta significativamente com o avan-

çar da idade. É elevado o número de idosos que caem e que mudam radicalmente sua vida cotidiana, devido ao medo de cair novamente (1).

As quedas e o medo de cair são fatores de risco inter--relacionados, isto é, um pode ser conseqüência ou causa do outro. Uma única queda pode resultar em medo de cair, o que leva a uma perda da confiança na capacidade de realizar tarefas cotidianas com conseqüente restrição das atividades, isolamento social e dependência funcional aumentada (2).

Desta forma o presente estudo teve como objetivo compa-rar o medo de quedas em idosas não institucionalizadas caidoras e não caidoras.

MÉTODOForam avaliadas 24 idosas não institucionalizadas, da

cidade de Marília, SP com idade entre 62 e 78 anos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos (parecer 0386/2011). As participantes foram separadas em dois grupos: caidoras e não caidoras, sendo consideradas idosas cai-doras aquelas que relataram terem sofrido uma ou mais quedas ocasionais nos 12 meses anteriores à data da avaliação inicial (3).

Os critérios de exclusão foram: déficit cognitivo, seque-las de doenças neuromusculoesqueléticas (acidente vascular cerebral, doença de Parkinson), artrite, problemas visuais não corrigidos, uso de órtese ou prótese para a marcha, uso contínuo de sedativos, antidepressivos e hipnóticos e se realizam ativi-dade física orientada. O déficit cognitivo foi avaliado por meio do Mini Exame do Estado Mental.

A avaliação do medo de quedas foi feita por meio da escala de eficácia de quedas FES-I (Falls efficacy scale-International), a qual apresenta questões sobre a preocupação com a possibili-dade de cair ao realizar 16 atividades, com respectivos escores de um a quatro. O escore total pode variar de 16 (ausência de preocupação) a 64 (preocupação extrema) (4).

1 - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Instituto de Biociências. Departamento de Educação Física. Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias. Campus de Rio Claro. 2- Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Departamento de Fisioterapia e Terapia ocupacional. Campus de Marília.

Melina Galetti Prata1, Marcos Scheicher1,2

Comparison of fear of falling in elderly fallers and non-fallers

Palavras-chave: envelhecimento humano, equilíbrio corporal, medo de quedas

Os dados foram apresentados em média e desvio padrão. Para comparação foi utilizado o teste t não pareado com nével de (p<0,05).

RESULTADOSA Tabela 1 mostra as características da amostra estudada

quanto à média de idade e o medo de quedas.

Observa-se na figura 1 que não houve diferença estatística (p= 0,0964) entre o medo de quedas em idosas caidoras e não caidoras.

DISCUSSÃONo presente estudo não foi encontrada diferença esta-

tística no medo de cair entre idosos caidores e não caidores, o que diverge dos estudos de Morris et al, 2004 (5) e Scheffer et

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al, 2007 (6), os quais contataram que idosos que sofreram pelo menos uma queda apresentavam maior medo de quedas do que idosos que não haviam caído.

Assim como no estudo de Dias et al, 2011 (7) uma das possibilidades da não diferença entre os grupos é a de que os idosos participantes possuíam uma maior resiliência ou per-cebiam menos os riscos de quedas. Outra explicação para esse fato é que o medo de cair está associado também com fatores ambientais e psicológicos e não somente com fatores físicos.

CONCLUSÃODe acordo com os dados obtidos com o estudo, podemos

concluir que o histórico de quedas não influencia no medo de cair.

REFERêNCIAS1. FREITAS, A.V.; SCHEICHER, M.E. Preocupação de

idosos em relação a quedas. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, v.11, n.1, p.57-64, 2008.

2. BOYD, R.; STEVENS, J. A. Falls and fear of falling: burden, beliefs and behaviours. Age and Ageing, v. 38, n. 4, p. 423 -428, 2009.

3. SAI, A.J.; GALLAGHER, J.C.; SMITH, L.M.; LOGS-DON, S. Fall predictors in the community dwelling elderly: A cross sectional and prospective cohort study. J Musculoskelet Neuronal Interact, v.10, n.2, p.142-150, 2010.

4. CAMARGOS, F.F.O.; DIAS, R.C.; DIAS, J.M.D.; FREIRE, M.T.F. Adaptação transcultural e avaliação das pro-priedades psicométricas da Falls Efficacy Scale – International em idosos brasileiros (FES-I-BRASIL). Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 14, n. 3, p. 237-43, maio/jun, 2010.

5. MORRIS, M. et al. Predisposing factors for occasional and multiple falls in older Australians who live at home. The Australian Journal of Physiotherapy, St. Kilda, v. 50, n. 3, p. 153-159, 2004.

6. Scheffer, A.C. et al. Fear of falling: measurement strategy, prevalence, risk factors and consequences among older persons. Age ageing, v.37, n.1, p.19-24, 2010.

7. DIAS, R.C. et al. Características associadas à restrição de atividades por medo de cair em idosos comunitários. Rev. bras. fisioter. São Carlos, v. 15, n. 5, Oct. 2011.

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[P-09]MOBILIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA

INTRODUÇÃOO envelhecimento é um período marcado por alterações

nas funções orgânicas e habilidades físicas com declínio na capacidade funcional e independência. As limitações funcionais no idoso estão relacionadas com perdas de força muscular, mobilidade, equilíbrio, resistência cardiovascular e também da motivação.1 Considerando esses fatores, políticas de pro-moção da saúde do idoso estão sendo realizadas pela OMS visando envelhecimento de forma ativa.2 Quando o idoso pra-tica exercícios físicos de forma regular e se torna mais ativo, ele contribui para que as perdas inerentes ao envelhecimento sejam minimizadas. A prescrição dessa prática nessa faixa etária tem com objetivo potencializar as funções cardiovasculares e musculoesqueléticas, contribuindo para melhora e a manutenção de sua funcionalidade.3

Nesse contexto, o objetivo do estudo foi estimar e com-parar a mobilidade em idosos sedentários, idosos ativos fisica-mente e em idosos praticantes de vôlei adaptado.

MÉTODOSForam avaliados 24 idosas, com idade igual ou superior

a 60 anos. As voluntárias foram separadas em três grupos: 8 idosas que praticam vôlei adaptado (GVA), 8 idosas ativas, que praticam exercício físico não específico (GA) e 8 idosas sedentárias. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da UNESP de Marília-SP e todas as participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os critérios de exclusão foram: seqüelas de doenças neuromusculoesqueléticas, artrite, problemas visuais não corrigidos e hipotensão postural, uso contínuo de antidepressivos, sedativos, hipnóticos e estado cognitivo deficiente (Mini Mental < 18). Todas as voluntárias foram submetidas a uma avaliação inicial com um questionário semi-estruturado para coletar dados pessoais, doenças existen-tes, medicamentos, nível de atividade física e incidência de

1- Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília, São Paulo, Brasil. Apoio FAPESP – Processo nº 2011/20077-2

Dayane de OliveIra Macedo¹, Letícia Mendes de Freitas¹, Marcos Eduardo Scheicher¹

Functional mobility in elderly with different levels of physical activity

Palavras-chave: envelhecimento ativo, força de preensão palmar e mobilidade.

quedas. A avaliação da mobilidade funcional foi realizada pelo teste ‘’Time Up & Go’’’ (TUG). Os dados passaram pelo teste de Kolmogorov-Sminorv para verificação da normalidade. A comparação dos resultados dos 3 grupos foi feita pelo teste de ANOVA e as comparações par-a-par foi feita pelo teste t não pareado com correção de Welch, com p ≤ 0,05.

RESULTADOSA Tabela 1 mostra a caracterização da amostra quanto à

idade e ao MEEM.

Não houve diferença estatística em relação à idades dos grupos avaliados (p=0,79) e também no MEEM (p = 0,14).

A Figura 1 mostra a comparação da média dos valores do TUG para os três grupos estudados, não sendo encontrada diferença significativa (p = 0,11). Na comparação par-a-par, porém, os resultados foram: GVA x GA: p = 0,05; GVA x GS: p = 0,03; GA x GS: p = 0,65.

Figura 1: Comparação das médias do tempo de execução do

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‘Time Up & Go’ entre o grupo de idosas que praticam do vôlei adaptado (GVA), grupo de idosa ativa (GA) e o grupo de idosas sedentárias (GS). p = 0,11

DISCUSSÃOO presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar

a mobilidade funcional de diferentes grupos de idosas quanto à atividade física, sendo a amostra composta por idosas praticantes de vôlei adaptado, idosas ativas praticantes de exercício físico não especifico e idosas sedentárias. Todos os grupos realizaram o TUG em um tempo que indica menor risco de quedas (inferior a 10 segundos)4. Entretanto, as idosas do GVA demonstraram melhor desempenho na mobilidade funcional, com diferença significativa para os outros grupos, o que sugere um risco menor de quedas e fragilidade dessa amostra. Exercícios que desafiam o equilíbrio são mais efetivos na melhora da mobilidade e a prevenção de quedas, o que parece não acontecer com exercícios não específicos, como a caminhada e o fortalecimento muscular isoladamente.5

CONCLUSÃO Os resultados sugerem que a prática de uma atividade

física orientada e com maior exigência física, como o vôlei adaptado, proporcionam um melhor desempenho na mobilidade funcional, indicando, indiretamente, menor risco de cair.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Faria, JC; Machala, CC; Dias, RC; Dias, JMD. Im-

portância do treinamento de força na reabilitação da função muscular, equilíbrio e mobilidade de idosos. Acta Fisiátrica. 2003;10; 133- 137.

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[P-10]EVOLUÇÃO NEUROFUNCIONAL EM TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO DIFUSO GRAVE: RELATO DE CASO

INTRODUÇÃOO traumatismo crânio-encefálico é definido como uma

agressão ao cérebro causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, resultando em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. Pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total(1).

O TCE grave está associado a uma taxa de mortalidade de 30 a 70% e a recuperação dos sobreviventes é marcada por sequelas neurológicas graves e por uma qualidade de vida muito prejudicada(2). O TCE é classificado como grave com uma pon-tuação na ECG de 3 a 8, moderado de 9 a 12 e leve de 13 a 15.

Devido à alta incidência e a fisiopatologia multifatorial do TCE o objetivo do presente estudo é descrever a evolução neurofuncional de um paciente pós TCE difuso grave, em con-texto intrahospitalar e ambulatorial.

RESULTADOS O presente estudo foi aprovado pela Plataforma Brasil

com número de protocolo 82891.Paciente L.H.M.G, 22 anos, com histórico de acidente

motociclístico em dezembro de 2010, foi admitido em Institui-ção Hospitalar com diagnóstico de Politrauma e Traumatismo Craniano Grave com Lesão Axonal Difusa. Em alta hospitalar paciente apresentou quadro de amnésia anterógrada, fala pre-servada, latência para conteúdos léxico-semântico, amaurose de olho esquerdo, sonda nasogástrica, marcha com auxílio bilateral, déficit de equilíbrio e comprometimento severo em AVD.

Após alta hospitalar, em 20 de abril de 2011, paciente iniciou tratamento fisioterapêutico na clínica de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru, com hipótese de diagnóstico fisioterapêutico de déficit de equilíbrio estático, dinâmico e alteração cognitiva. Paciente foi submetido a 25 atendimentos na Clínica de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru até a realização deste estudo de caso apresentando algumas

1.Graduanda do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru.2.Docente do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru e do curso de Fisioterapia da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP – Campus Marília.

Carla de Oliveira Carletti1; Ariane Pereira Ramirez1; Roberta Munhoz Manzano2

Neurofunctional Development in Severe Brain Injurie: A case report

Palavras-chave: fisioterapia, traumatismos encefálicos, reabilitação

evoluções em relação às atividades de vida diária, coordena-ção e também força muscular (grau 4 nos grupos musculares de flexores e abdutores do ombro no membro superior Direito (MSD), e grau 2 nos grupos musculares de flexores, extensores, adutores e abdutores do ombro do membro superior esquerdo (MSE)). Após as sessões de fisioterapia, todos os grupos mus-culares do MSD ficaram com grau de força muscular 5 e do MSE grau de força 4. Na avaliação funcional paciente apresen-tou diminuição da Amplitude de Movimento (ADM) ativa do lado esquerdo de ombro, cúbito, punho, metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais e do lado direito a ADM ativa permaneceu preservada. Já na ADM passiva do lado esquerdo, paciente apresentou diminuída apenas o ombro e o punho e do lado direito novamente permaneceu preservada. Após as sessões de fisioterapia, na verificação da ADM ativa e passiva, ambos os lados permaneceram preservados.

DISCUSSÃONo estudo de Morgado(1) a idade avançada e o grau da

ECG implicaram no aumento da gravidade do TCE, corroboran-do com os achados de outras pesquisas. Assim, pode-se tomar como hipótese que uma das variáveis que ajudou o paciente a ter uma recuperação intrahospitalar e ambulatorial mais rápida foi à idade, por ser jovem, afinal o trauma em idosos tem algu-mas características específicas, principalmente pela diminuição das reservas fisiológicas que podem estar presentes nessa po-pulação(3). A melhora funcional do caso apresentado deve-se também a intervenção de uma equipe multidisciplinar, pois de acordo com outros estudos a necessidade de assistência desses traumatizados permanece, portanto, por longos períodos após TCE, e vão além da necessidade de auxílio para retomar suas capacidades funcionais. Verifica-se ainda na literatura que o su-cesso da evolução neurofuncional do paciente deve-se também ao tempo decorrido entre o trauma e o início da reabilitação. No entanto, quando refere-se aos efeitos da fisioterapia motora no processo de reabilitação de um paciente pós TCE não existem relatos na literatura quanto a sua evolução neurofuncional.

Dessa forma, em concordância com Pompeu(4) futuros es-

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tudos poderiam analisar a correlação entre a idade dos pacientes atendidos, tempo de fisioterapia e extensão da lesão, pois são fatores que também podem interferir na recuperação funcional.

CONCLUSÃOO estudo conclui que as condutas fisioterapêuticas utiliza-

das no tratamento do paciente após TCE difuso grave, bem como a intervenção interdisciplinar foram eficazes na sua evolução neurofuncional, pois o paciente obteve melhora da ADM ativa e passiva, da força muscular, da coordenação e das atividades de vida diária.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. MORGADO FL, ROSSI LA. Correlação entre a escala

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Figura 1: Comparação das médias do tempo de execução do

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[P-11]ANÁLISE DO USO DA BOLSA COM ALÇA A TIRACOLO EM RELAÇÃO ÀS DISFUNÇÕES DA CINTURA

ESCAPULAR EM JOVENS UNIVERSITÁRIAS

INTRODUÇÃOA bolsa é um utensílio usado diariamente pelas mulheres.

O acessório com alça a tiracolo é um dos modelos mais comuns, sendo utilizado por universitárias para transportar carga como materiais escolares e objetos pessoais.

O excesso de carga nas bolsas das mulheres pode gerar alterações posturais que desencadeiam lesões significativas às estruturas musculoesqueléticas devido à sobrecarga imposta e as compensações posturais que surgem com o seu uso1.

Portanto, o objetivo do presente estudo é analisar se o uso da bolsa com alça a tiracolo causa desnivelamento do ombro e dor na cadeia muscular da cintura escapular, mais precisamente no ponto médio do trapézio superior.

MATERIAIS E MÉTODOSParticiparam desta pesquisa 19 voluntárias, estudantes da

Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP – Campus de Marília, com idades entre 18 e 23 anos que apresentavam dor muscular na região da cintura escapular. Inicialmente elas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e responderam um questionário para coleta de informações pessoais e aspectos relacionados ao uso da bolsa elaborados pelos autores da pesquisa. Neste questionário tam-bém havia uma escala numérica de zero a 10, onde elas deveriam quantificar a dor, onde zero é sem dor e 10 dor insuportável. Depois participaram de uma avaliação na qual foram feitas marcações em pontos anatômicos específicos para verificarmos a altura dos ombros (com e sem a utilização da bolsa) por meio da fotogrametria e depois eram submetidas a uma pressão pro-vocada pelo algômetro para mensuração do limiar doloroso por meio da unidade Kgf. O ponto escolhido para ser submetido a esta pressão foi o ponto médio do músculo trapézio superior, pois é a região na qual a bolsa fica maior tempo posicionada.

1 - Faculdade de Filosofia e Ciência/ Unesp/ Marília/ SP/ Brasil

Joana Zambrano Chambrone1, Mariana Borges de Oliveira1, Jéssica Guimarães Al-Lage1, Franciele Eredia Albanez Kessa1, Isabela Lopez Trevizan1, Flávia Roberta Faganello Navega1

Analysis of handbag use related to shoulder girdle disfunctions in university young women

Palavras-chave: postura, dor, ombro

RESULTADOS Utilizando o Software Suíte de Aplicativos Gráficos

CorelDraw X6®, foi possível quantificar a angulação acromio-clavicular, no plano frontal anterior. Foi verificado que 3,432° é a média da angulação de desvio dos ombros com a utilização da bolsa no lado de costume. A média obtida a partir da verificação dos valores indicados no dolorímetro foi de 0,0168 Kgf no lado de uso da bolsa, e de 0,0231 Kgf no lado que não se usa a bolsa. Para a obtenção de um parâmetro do peso das bolsas em Kg, foi realizada a média simples dos valores obtidos pela balança digital, sendo igual a 2,237 Kg. A partir deste resultado formaram-se dois grupos: participantes que fazem uso de bolsa acima da média do peso (G1 - 7 meninas) e as que fazem uso de bolsa abaixo da média de peso (G2 - 9 meninas). Observou-se que a média do limiar visualizada no dolorímetro no G1 foi de 0,0128 Kgf e no G2 foi de 0,02.

DISCUSSÃO Com a análise dos resultados obtidos pelo software

CorelDraw X6®, foi confirmado o agravo no desnivelamento dos ombros (acrômio – acrômio) em 94,74% das participantes (média de 2,413°). Comprovou-se que o limiar de dor é menor (maior dor, sensibilidade) no lado de uso freqüente. Juntamente com a freqüência e o uso unilateral da bolsa, o peso também é fator crucial para o aumento do doloroso, visto que a relação entre o peso e a dor é diretamente proporcional.

CONCLUSÃOHouve a confirmação de agravo significante no desnive-

lamento dos ombros das meninas. O revezamento do lado de uso da bolsa é essencial para o alívio do incômodo doloroso na cadeia muscular da cintura escapular (trapézio superior). Ergonomicamente, visa-se o conforto e a diminuição da carga que é carregada, distribuição do peso pelo uso de mochilas de

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duas alças (que devem ser largas e almofadadas) e pelo uso da bolsa lateralizada ao tronco. A aproximação da bolsa ao tronco, quando a mesma estiver muito pesada, é uma ótima opção para a diminuição do braço de alavanca, tendo como conseqüência menores agravos como os desalinhamentos e dores musculares.

REFERêNCIAS1. JONES, G. T.; WATSON, K. D.; SILMAN, A J.;

SYMMONS, D. P. M.; MACFARLANE, G. J. Predictors of Low Back Pain in British Schoolchildren: A Population-Based Prospective Cohort Study. Pediatrics, v. 111, n.4, p. 822-828, 2003.

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[P-12]CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, DOR E FLEXIBILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS DA UNESP CAMPUS

DE MARÍLIA - SP

INTRODUÇÃOO conceito de qualidade de vida (QV) está relacionado a

diversos fatores, entre eles o auto-cuidado, o estado de saúde, dor, o estilo de vida, a satisfação com o emprego entre outros.

A dor é uma manifestação multifatorial que pode afetar muitos sistemas, como o físico, psicológico, sensorial e emo-cional. Ela é interpretada de diferentes maneiras dependendo do individuo, mas de qualquer maneira essa manifestação interfere na qualidade de vida, limitando nossas decisões e comportamentos1.

Flexibilidade é definida como a capacidade de movimen-tar facilmente uma ou mais articulações do corpo utilizando a amplitude de movimento total sem causar dor, lesão ou restrição2.

A atividade profissional é um fator que exerce influencia considerável na QV, pois acarreta estresse individual e implica em desgaste físico e psicológico. Além disso, às exaustivas jornadas de trabalho e a inadequação ergonômica dos postos de trabalhos também podem acarretar na falta de flexibilidade que trará consequências que se tornarão fatores limitantes para o desempenho deste, aumentando as chances para a ocorrência de lesões musculares, que nesse caso caracteriza-se como um Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT)3. Diante disso, objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de vida, flexibilidade e a presença de dor em funcionários da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília.

MATERIAL E METóDOS Participaram da pesquisa 43 funcionários, sendo eles dos

setores administrativos, biblioteca e de serviços gerais da Fa-culdade de Filosofia e Ciências de Marília, sendo 24 homens e 19 mulheres e com idade média de 35,12+12,30 anos. O tempo na profissão atual com média de 8,25+10,59 anos.

A avaliação da QV foi realizada pelo questionário SF--36(Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form health

1 - Faculdade de Filosofia e Ciência/ Unesp/ Marília/ SP/ Brasil

Joana Zambrano Chambrone1, Natalia Moya Rodrigues Pereira1, Nattalia de Oliveira1, Rafaela Ma-ria de Souza1, Renata Lumena Altruda Pucci1, Érica Almeida Sousa1, Camila Narumi Nakamura1,

Flávia Roberta Faganello Navega11

Flexibility, pain and quality of life characterization of UNESP Marilia cam-pus-SP employees

Palavras-chave: flexibilidade, dor, qualidade de vida

Survey) que é formado por 36 itens, divididos em oito escalas ou domínios: capacidade funcional (CF), aspectos físicos (AF), dor física (DF), estado geral de saúde (GS), vitalidade (VT), aspectos sociais (AS), aspectos emocionais (AE) e saúde mental (SM), onde cada componente, ou domínio é avaliado separa-damente. A classificação de cada domínio pode variar de zero (que equivale ao pior estado de saúde) e 100 (que equivale ao melhor estado de saúde).

Para avaliarmos a dor os funcionários recebiam um dese-nho do corpo humano no qual deveriam localizar os locais de dor, depois disso quantificavam a dor em uma escala numérica de zero a 10, onde zero é sem dor e 10 dor insuportável.

Finalmente, para avaliação da flexibilidade foi realizado teste do banco de Wells, o qual também recebe o nome de teste de sentar e alcançar. Foram realizadas três tentativas, sendo que para análise dos dados foi sempre considerado o maior valor obtido.

RESULTADOSA tabela 1 mostra os resultados, em média e desvio padrão

da média, referentes á avaliação dos oito domínios do SF-36.Em relação à dor, os locais do corpo mais indicados fo-

ram: coluna (cervical, torácica e lombar), punho/mão e pernas. Através da escala quantificamos a intensidade da dor: 5,25 (cervical), 5,0 (torácica), 5,31 (lombar), 4,4 (punho/mão) e 4,0 (pernas); e os seguintes desvios: 1,86 (cervical), 1,20 (torácica), 1,74 (lombar), 1,95 (punho/mão), 1,0 (pernas). E a média da flexibilidade dos funcionários foi de 23,94+10,24

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DISCUSSÃOOs maiores prejuízos na qualidade de vida são nas escalas

dor e vitalidade. Pensamos que o prejuízo na dor deve vir da falta de ergonomia dos setores, como por exemplo: a altura das cadeiras, dos monitores e teclados dos computadores, a postura inadequada que os funcionários de serviços gerais adotam para trabalhos árduos, como a jardinagem, e outros. Isso se reflete também nos resultados da dor (onde coluna (cervical, torácica e lombar) e punho e mão são os mais afetados) e na falta de flexibilidade.

O baixo resultado da vitalidade vem da exaustiva jornada de trabalho e o rápido intervalo para descanso.

CONCLUSÃOPodemos concluir que os funcionários da Faculdade de

Filosofia e Ciências de Marília apresentam prejuízo na percep-ção da QV, principalmente no que se refere a vitalidade e dor, e na flexibilidade. Os locais do corpo mais acometidos pela dor são coluna (cervical, torácica e lombar) e punho e mão.

REFERêNCIAS1. Dellaroza MSG, Pimenta CA de M, Matsuo T. Prevalên-

cia e caracterização da dor crônica em idosos não instituciona-lizados. Cadernos de Saúde Pública. 2007 May;23(5):1151–60.

2. Paiva Neto A, Reis Barbosa CG, William Abdala D, da Silva Junior AJ, Simões Mendes M. Perfil da flexibilidade em trabalhadores participantes de um programa de ginástica laboral de uma empresa metalúrgica de Guaxupé - MG. Fitness & Performance Journal. 2009 Jul 1;8(4):279–85.

3. Militão AG. A inflência da ginástica laboral para a saúde dos trabalhadores e sua relação com os profissionais que a orientam. Universidade Federal de Santa Catarina Programa de pós-graduação em Engenharia de Produção. 2001;

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[P-13]CARACTERIZAÇÃO DO ESTRESSE OCUPACIONAL E NÍVEL EDUCACIONAL DE FUNCIONÁRIOS DA UNESP DE

PRESIDENTE PRUDENTE

INTRODUÇÃOO ser humano mantém uma relação estreita com o traba-

lho, pois fundamenta nele a estruturação da sua própria identida-de1. Há muitos anos o estresse ocupacional vem sendo estudado e o interesse acerca do tema se deve ao fato das consequências que este pode trazer2.

Deve-se ressaltar a importância da análise sobre estresse ocupacional independente do nível de escolaridade3, uma vez que esses elementos poderão subsidiar programas de interven-ção nos ambientes de trabalho visando à promoção de saúde do trabalhador.

OBJETIVODeterminar a prevalência e caracterizar o nível de estresse

e o nível educacional de funcionários da FCT/UNESP.

MATERIAIS E MÉTODOSProjeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FCT/

UNESP sob o protocolo 103/2011. Participaram do estudo 60 in-divíduos (29 homens), com média de idade de 45,05±9,60 anos.

Foram incluídos na amostra funcionários da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente que concordaram em responder os questionários, após assinarem o termo de Consentimento Livre e Esclarecido e não foram incluídos os que apresentaram déficit de compreensão em relação aos questionários aplicados bem como aque¬les que não concordaram em respondê-los, ou quando não foram encontrados em seu local de trabalho após três visitas.

Para avaliação do estresse, foi aplicado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), que apresenta 37 itens de natureza somática e 19 psicológicas4.

Para a avaliação do nível educacional foi utilizado um questionário simples, composto por 9 itens onde o avaliado poderia escolher entre as alternativas analfabeto, 1º grau incompleto (ensino fundamental), 1º grau completo (ensino

¹Discente do Curso de Graduação em Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil²Discente do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil³Docente do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ciências e Tecnologia – FCT/UNESP, Presidente Prudente, São Paulo Brasil

Tallita Yossugo de Toledo², Isabela Maia da Cruz Fernandes¹, Amanda Mendes Ribeiro¹, Naiana San-tos Veloso Menezes¹, Roselene Modolo Regueiro Lorençoni³

CHARACTERIZATION OF OCCUPATIONAL STRESS AND EDUCA-TIONAL LEVEL OF THE EMPLOYEES OF UNESP OF PRESIDENTE

PRUDENTE

Palavras-chave: trabalho, estresse, escolaridade

fundamental), 2º grau incompleto (ensino médio), 2º grau com-pleto (ensino médio), 3º grau incompleto (ensino superior), 3º grau completo (ensino superior), pós-graduação incompleta e pós-graduação completa.

Estatística descritiva foi utilizada para análise dos dados.

RESULTADOSDos indivíduos avaliados em relação ao grau de esco-

laridade, observou-se maior prevalência de funcionários com pós-graduação completa (26,7%) de acordo com a tabela 1.

No que se refere ao nível de estresse dos funcionários, observou-se que mais de 40% dos indivíduos encontravam--se estressados de acordo com a figura 1. Ao caracterizar os diferentes níveis de estresse segundo a fase, observou-se alta prevalência de indivíduos com estresse na fase de exaustão, sendo a maioria do setor administrativo (62,5%), seguido dos setores de serviços gerais (18,75%) e docência (18,75%). Na fase de exaustão também houve predomínio de funcionários do setor administrativo (66,7%) seguido do setor de serviços gerais (33,3%). Todos os funcionários que apresentavam-se na fase de alerta trabalham no setor administrativo.

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DISCUSSÃOApesar de a maioria dos funcionários possuírem nível

de pós-graduação completo, ao observar o nível de estresse, notou-se que a maioria dos indivíduos encontravam-se em fase de resistência caracterizada pelo cansaço físico e mental, e uma maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de doen-ças. Dentre eles, a maioria trabalha na área de administração, isso pode estar relacionado ao fato de o funcionário dessa área possuir grandes responsabilidades e isso causar um cansaço mental exacerbado5.

CONCLUSÃODe acordo com os resultados obtidos, conclui-se que na

população avaliada houve prevalência de funcionários estressa-dos caracterizados na fase de resistência e predomínio de fun-cionários com pós-graduação completa. Estes dados reforçam a importância de detectar os fatores estressores independente do nível de escolaridade, para que sejam implantadas medidas de prevenção e controle, buscando uma melhoria da qualidade de vida dos funcionários de forma a influir positivamente no ambiente e na qualidade do trabalho.

REFERêNCIAS1. Carlotto MS. Adição ao trabalho e relação com fatores

de risco sociodemográficos, laborais e psicossociais. Psico--USF2011;16(1):87-95.

2. OGIŃSKA-BULIK N. Occupational stress and its consequences in healthcare professionals: the role of type d personality

International Journal of Occupational Medicine and En-vironmental Health2006;19(2):113 – 22.

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[P-14]PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO DA ARTICULAÇÃO EM PACIENTE PÓS-FRATURA DE TORNOZELO

INTRODUÇÃOA fratura de tornozelo refere-se à perda da continuidade

dos ossos que se articulam com o tornozelo, tíbia ou fíbula. A lesão gera hipotrofia muscular, dor, edema e rigidez, além de diminuir o equilíbrio e a amplitude do movimento (ADM)(1). O sucesso do restabelecimento da articulação depende não só de intervenção cirúrgica e imobilização, mas também de exercícios e práticas de reabilitação, que devem ser mediados de acordo com a resposta do paciente(2,3). Assim, o objetivo deste estudo foi testar um protocolo de tratamento fisioterápico, após intervenção cirúrgica, em paciente acometido de fratura do tornozelo direito.

MÉTODOSPaciente de 21 anos, do sexo masculino, acometido por

cirurgia de correção de fratura por avulsão em maléolo direito, uma semana após imobilização por 45 dias. O paciente foi submetido a aprofundamento do sulco dos fibulares, osteotomia valgizante e reconstituição do ligamento calcâneo-fibular. Após avaliação fisioterápica, constatou-se no antímero do tornozelo lesionado, hipotrofia muscular da perna, diminuição da força do quadríceps e da ADM do tornozelo. Aplicou-se o teste de equi-líbrio por desempenho, segundo (POMA) (4) e a escala de equi-líbrio de Berg (5). Posteriormente, a avaliação da qualidade de vida foi realizada utilizando-se o questionário (SF-36)(6). Após as observações relatadas, foi elaborado um plano de tratamento visando hipertrofia e flexibilidade muscular da perna direita, aumentar a ADM, o equilíbrio, a estabilidade e propriocepção da articulação, melhorando assim, a qualidade de vida do paciente. Para isso, foram aplicados técnicas fisioterápicas utilizando-se hidroterapia, eletroestimulação, exercícios de fortalecimento e flexibilidade muscular, propriocepção e pliometria. O tratamento iniciou-se uma semana após imobilização por 45 dias, persis-tindo 12 semanas, com sessões de 45 minutos, cinco vezes por semana. Todos os exercícios foram realizados bilateralmente, a fim de obterem-se informações sobre a funcionalidade do lado

1 Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA, Marília, SP, Brasil. 2 Universidade Estadual Paulista – UNESP, Botucatu, SP, Brasil.3 Centro Universitário de Rio Preto - UNIRP, São José do Rio Preto, SP, Brasil.4 Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil.5 Universidade de Campinas – UNICAMP, Campinas, SP, Brasil.

João Simão de Melo Neto1,2, Eduardo Martini Romano3, Larice Cristina de Carvalho3, Ana Elisa Zu-liani Stroppa Marques3,4, Fabiana Campos Gomes2, Beatriz Fioruci Fontanelli2,5

Protocol of rehabilitation of the articulation in patients after ankle fracture

Palavras-chave: Fisioterapia (Especialidade); Imobilização; Fraturas Ósseas.

lesado. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesqui-sa do Instituto de Moléstias Cardiovasculares (nº 002.08.010). O paciente concordou com as condutas da pesquisa e assinou a Declaração de Consentimento Livre e Esclarecido.

RESULTADOSApós a reavaliação do paciente, constatou-se uma série de

resultados positivos tendo como destaque o aumento de 19º da ADM de flexão plantar e 11º da flexão dorsal e o ganho de cinco centímetros de massa muscular do terço superior da perna. Os aspectos de qualidade de vida e funcionais, após o tratamento, mostraram melhora relevante (figura 1). Adicionalmente, quanto ao equilíbrio, verificou-se a normalização, atingindo pontuação máxima segundo Berg e POMA.

DISCUSSÃOA proposta de tratamento com base no quadro clínico do

paciente mostrou-se eficiente, evidenciando que a fisioterapia é eficaz quando aplicado após o período de imobilização (1). O paciente apresentou melhora nos aspectos avaliados, corrobo-rando com os relatos de Martimbianco et al.(7), que os exercí-cios de ganho progressivo de ADM, fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio, funcionalidade, proprioceptivo e de postura são fundamentais no tratamento fisioterápico e devem ser aplicados no momento certo em que há um processo de

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consolidação óssea satisfatória ou com procedimento cirúrgico que garante a proteção.

CONCLUSÃOO protocolo fisioterápico foi eficiente para o tratamento e

reabilitação deste paciente pós-fratura de tornozelo.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Lin CC, Moseley AM, Refshauge KM, Hass M, Hebert

RD. Effectiveness of joint mobilisation after cast immobilisation for ankle fracture: a protocol for a randomised controlled trial. BMC Musculoskelet Disord. 2006;7(46).

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6. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e valida-ção do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de Reumatolo-gia.1999;39(3):143-50.

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[P-15]DISTÂNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS POR MULHERES COM FATORES DE RISCO

PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES

INTRODUÇÃOOs fatores predisponentes para as doenças cardiovas-

culares, principal causa de morte em nosso país, incluem não mutáveis, como o envelhecimento, o sexo e a herança genética, e os mutáveis, dentre os quais se destacam: sedentarismo, hi-percolesterolemia, hipertrigliceridemia, baixos nível de HDL--colesterol, hipertensão arterial sistêmica (HAS), tabagismo, obesidade, diabetes mellitus (DM), disfunção da tireóide e estresse1,2,3.

A literatura refere que a capacidade aeróbia tem uma associação inversa com os fatores de risco e a mortalidade de várias doenças e o Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6min) tem se mostrado uma ferramenta clínica útil na estratificação de pacientes e como preditor da capacidade funcional em por-tadores de fatores de risco cardiovascular2,4,5,6,7.

Diante do exposto o objetivo do trabalho foi investigar se mulheres com fatores de risco cardiovasculares atingem a distância prevista no TC6min.

MATERIAIS E MÉTODOSForam incluídas nesse estudo 32 mulheres com fatores

de risco cardiovascular, idade de 43 a 79 anos, participantes do Projeto de Extensão “PREFIRA-SE”. Após a anamnese foram medidas a massa corporal, estatura, calculado índice de massa corporal (IMC) e aplicado o Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6min), em uma quadra de esportes, num espaço total de 15m demarcada de 3 em 3 metros. O TC6min foi conduzido de acordo com as diretrizes preconizadas pela American Thoracic Society – ATS (2002). A distância percorrida estimada para mulheres foi calculada aplicando-se a seguinte fórmula: (2,11 x estatura em cm) – (5,78 x idade) – (2,29 x peso em kg) + 667m8,9.

O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, protocolo 1422/09.

As características da amostra são apresentadas de forma descritiva e, para comparar a distância percorrida com a prevista, foi aplicado o teste t pareado (P<0,05).

1. Curso de Fisioterapia, DEFITO. FFC, UNESP, Marília, SP, Brasil; 2. Clínica de Fisioterapia Viver Bem. 3. Programa de Pós-Graduação em DHT. IB, UNESP, Rio Claro, SP, Brasil 4. Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, UFSCar, São Carlos, SP, Brasil.

Sabrina Agnezini Biaggi1, Izabela Biancardi1, Tiago Buso Bortolotto1, Stella Maria Fiorindo Faria2, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1, Robison José Quitério1,3,4

Distance run during the walk test of 6 minutes by women with risk factors for cardiovascular disease

Palavras-chave: Fisioterapia (Especialidade); Imobilização; Fraturas Ósseas.

RESULTADOSForam estudadas 32 mulheres com as seguintes caracte-

rísticas: idade = 65,18±1,41 anos; PAS = 128,46±15,55 mmHg; PAD = 77,5±1,41 mmHg; FC = 72,62±0 bpm; FR = 19,81±0,7 ipm; massa corporal = 74,01±14,56 kg; IMC = 30,66 ±4,40 kg/m². Os fatores de risco identificados constam na tabela 1. Todas sob vigência de medicamentos para as respectivas patologias.

Tabela 1. Fatores de risco presentes na amostra (n = 32)

A diferença entre a distância prevista, 448,9±53,2m, e a percorrida, 381,6±87,4m, foi estatisticamente significativa (p<0,0001).

DISCUSSÃOO grupo estudado, mulheres portadoras de fatores de risco

para doenças cardiovasculares, percorreram distância no TC-6min abaixo do previsto. Esses achados corroboram os estudos que referem que a capacidade funcional aeróbia encontra-se diminuída nesses indivíduos6 e, portanto, com maiores chances de desenvolver doença cardíaca. Perspectivas futuras incluem a investigação da associação da presença e magnitude cada

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um dos fatores de risco, bem como dos medicamentos, sobre o desempenho no referido teste.

CONCLUSÃOIndivíduos com fatores de risco para doenças cardiovas-

culares apresentam a capacidade funcional aeróbia, avaliada em TC6min, abaixo do esperado.

REFERêNCIAS 1. FILHO, R.D.S., MARTINEZ, T.L.R. Fatores de Risco

para Doença Cardiovascular: Velhos e Novos Fatores de Risco, Velhos Problemas ! Arq Bras Endocrinol Metab, v.46, n.3, São Paulo, Junho, 2002.

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[P-16]CORRELAÇÃO DE DIFERENTES TESTES DE ESFORÇO COM O PICO DE CONSUMO DE OXIGÊNIO

INTRODUÇÃOA capacidade cardiopulmonar pode predizer os riscos de

complicações cirúrgicas em pacientes submetidos à cirurgia torácica a variável considerada padrão ouro para este fim é o consumo máximo de oxigênio (VO2 max)(1) obtido no teste ergoespirométrico. Outros testes também são utilizados no pa-ciente cirúrgico, tais como, teste de caminhada de seis minutos (TC6), teste de escada (TEsc)(2) e o incremental shuttle walk test (ISWT)(3), já que seus resultados também podem predizer o risco cirúrgico(4). Estudos mostram que o VO2 no teste ergo-espirométrico tem correlação com o tempo no TEsc(2).

O presente estudo busca correlacionar o tempo no TEsc, a distância no TC6 e a distância do incremental shuttle walk test com o VO2 pico obtido no Teste ergométrico (TE) em indivíduos saudáveis.

MATERIAIS E MÉTODOSFoi realizado um estudo prospectivo com 45 sujeitos

(19 homens e 26 mulheres) maiores de 18 anos, sem doenças agudas há seis meses, sem diagnóstico de doença cardiovas-cular/respiratória e sem alterações musculoesqueléticas que influenciassem na capacidade de realizar exercício. Na anam-nese foram questionados quanto à presença de comorbidades e tabagismo. A obesidade foi avaliada por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e o nível de atividade física por meio do questionário de Baecke(5). O teste ergométrico foi realizado em esteira ergométrica (ATL, Inbrasport, Porto Alegre, Brazil) aplicando-se o protocolo Bruce modificado, de acordo com os critérios da Diretrizes Brasileiras sobre Teste Ergométrico(6). O TC6 foi realizado em corredor plano de 30 metros à sombra demarcado a cada metro, com estímulos verbais padronizados, segundo a American Thoracic Society(7). O TEsc foi realizado em escada à sombra composta por 4 lances (46 degraus), cada degrau medindo 0,16m, num total de 7,36 metros de altura e com inclinação de 30°. Os sujeitos foram orientados a subir o mais

1. Curso de Fisioterapia, DEFITO. FFC, UNESP, Marília, SP, Brasil; 2. Clínica de Fisioterapia Viver Bem. 3. Programa de Pós-Graduação em DHT. IB, UNESP, Rio Claro, SP, Brasil 4. Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, UFSCar, São Carlos, SP, Brasil.

Priscila Machado Batista1; Doralice Fernanda Raquel1; Heloisa Borges1; Juliana Mitiko Shimizu1; Roberta Munhoz Manzano1; Robison José Quitério1; Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin1

Correlation between different exercise tests with oxygen uptake

Palavras-chave: Teste de esforço; Teste de função respiratória; Ergometria

rápido que conseguissem e o tempo de subida foi cronometrado. O sujeito subiu acompanhado pelo pesquisador que estimulou com frases padronizadas a cada lance da escada. Caso o sujeito relatasse fadiga, dispnéia intensa, dor torácica ou exaustão, os testes seriam interrompidos. O tempo em segundos, percorri-do na subida foi denominado tempo de escada (tTE). Dos 45 sujeitos, dez realizaram o ISWT, que foi realizado em corredor com 10m e o individuo instruído a caminhar na velocidade de-terminada por um sinal de áudio. A velocidade inicial foi fixada em 0,50 m/s e aumentava a cada minuto em 0,17 m/s. O teste era interrompido quando o paciente não foi capaz de manter a velocidade requerida(8).

Os dados são apresentados em média e desvio padrão e passaram por teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Para a associação entre as variáveis de interesse foi realizado o Teste de Correlação de Pearson (p<0,05).

RESULTADOS Os sujeitos avaliados apresentaram idade média de

52,55±16,56 anos, peso 69,78±11,69 kg, altura 1,64±0,09 me-tros e IMC 26,15±3,24 kg/m2. A correlação entre o tempo no TEsc, a distância no TC6 e a distância do ISWT com o VO2 pico obtido no Teste ergométrico (40,87±9,59 ml/kg/min) são apresentados na tabela 1.

DISCUSSÕESOs resultados mostram que o tTE e TC6 apresentam

correlação com o VO2 e a distância no ISWT, não. Atribuímos

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isso inicialmente ao pequeno numero de sujeitos avaliados por meio do ISWT, já que este teste é um teste incremental e que a literatura mostra boa correlação com o VO2(9).

CONCLUSÕESA capacidade funcional avaliada pelo tempo no teste de

escada e pela distância percorrida no TC6 se correlacionam com o consumo de oxigênio obtido no teste ergométrico.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Win T, Groves AM, Ritchie AJ, Wells FC, Cafferty F,

Laroche CM. The effect of lung resection on pulmonary function and exercise capacity in lung cancer patients. Respiratory care. 2007;52(6):720–6.

2. Cataneo DC, Cataneo AJM. Acurácia do teste de es-cada utilizando o consumo máximo de oxigênio como padrão--ouro. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2007;33(2).

3. Singh SJ, Morgan MD, Scott S, Walters D, Hardman a E. Development of a shuttle walking test of disability in patients with chronic airways obstruction. Thorax. 1992;47(12):1019–24.

4. Ambrozin ARP. Complicações pós-operatórias em cirurgia torácica relacionadas aos índices e testes preditores de risco cirúrgico pré-operatórios. [Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Bases Gerais da Cirurgia]. Botucatu (SP): Universidade Estadual Paulista. Universidade Estadual Paulista - Unesp - Botucatu; 2009.

5. Baecke J a, Burema J, Frijters JE. A short questionnaire for the measurement of habitual physical activity in epide-miological studies. The American journal of clinical nutrition. 1982;36(5):936–42.

6. Andrade J, Brito FS, Vilas-Boas F, Castro I, Oliveira JA, Guimarães JI, et al. II Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2002, 1;78.

7. Brooks D, Solway S, Gibbons WJ. ATS statement: guidelines for the six-minute walk test. American journal of respiratory and critical care medicine. 2002, 1;166(1):111–7.

8. Jürgensen SP, Antunes LCDO, Tanni SE, Banov MC, Lucheta PA, Bucceroni AF, et al. The incremental shuttle walk test in older Brazilian adults. Respiration; international review of thoracic diseases. 2011;81(3):223–8.

9. Win T, Jackson a, Groves a M, Sharples LD, Charman SC, Laroche CM. Comparison of shuttle walk with measured peak oxygen consumption in patients with operable lung cancer. Thorax. 2006;61(1):57–60.

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[P-17]DOR E ALTERAÇÕES POSTURAIS EM ESCOLARES

INTRODUÇÃOMuitas afecções dolorosas, de evolução aguda ou crônica,

podem acometer a criança e o adolescente, gerando sofrimento e importante demanda aos serviços de saúde e repercussões da dor na sua rotina, como comparecimento às aulas, participação em atividades esportivas, sociais e tarefas domésticas, além de interferirem de forma direta em suas atividades de vida diária (AVD´s) e assim em sua qualidade de vida¹.

Estudar e compreender a prevalência de dor musculoes-quelética em crianças constitui-se em um desafio para profissio-nais da saúde, uma vez que muitos são os fatores relacionados a esse evento, entre eles a idade, gênero, altura, peso, Índice de Massa Corporal (IMC), prática de atividades físicas e alterações posturais2.

Esse estudo teve por objetivo identificar a prevalência de dor musculoesquelética e alterações posturais em escolares.

METODOLOGIAPesquisa de campo do tipo descritiva, transversal, de

caráter exploratório e metodologia quantitativa. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob Nº 1731. A amostra constituída por escolares de ambos os sexos na faixa etária de 6 as 12 anos de escolas públicas de Uberaba/MG.

A coleta de dados deu-se através de um questionário composto por dados pessoais, presença e localização de dor. A avaliação postural foi realizada por análise observacional.

RESULTADOSParticiparam 712 escolares na faixa etária de 06 a 12

anos (M=7,03; DP=3,54), sendo 360 meninas e 353 meninos de quatro escolas públicas de Uberaba/MG. A presença de dor foi relatada pela maioria dos escolares (60,1%). Um número expressivo (22,3%) relatou dor na cabeça, barriga e olhos. A

1. Aluno do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.2. Aluno do curso de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.3. Professora adjunto do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.

Lelles Gabriel Damasceno Queiroz¹, Angélica Emboaba Salomão¹, Eduardo Porcatti Walsh2, Karina Pereira3, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh3

CPain and postural changes in students

Palavras-chave: Criança. Dor. Postura.

localização da dor musculoesquelética foi relatada na coluna (18,26%), pernas (18,12%), ombros (9,27%), e mãos(7,72%).

DISCUSSÃOMikkersson, Salminen e Kautiainen3 avaliaram durante

um ano a prevalência de sintomas dolorosos e incapacidades em escolares finlandeses, verificando que metade dos que tinham queixas de dor pelo menos uma vez por semana, apresentou até o fim do período do estudo. No Brasil, Puccini e Bresolin1 verificaram a presença de dor musculoesquelética em crianças e adolescentes atribuindo como possíveis causas: dor de cres-cimento, fibromialgia, hipermobilidade articular e alterações estruturais e posturais.

As regiões de maior acometimento da dor foram coluna (18,26%) e pernas (18,12%). A maioria dos estudos refere-se a dor na coluna lombar como a principal queixa4,5, mas também são citados os ombros e coluna vertebral6,7 , membros inferiores e extra articular, principalmente em face anterior de pernas e coxas, região poplítea e panturrilhas8.

Alguns estudos relatam associações entre dor musculo-esquelética e alterações posturais. Korovessis e colaboradores9 relacionam a hiperlordose cervical, anteriorização da cabeça e elevação de ombros com a dor em coluna. Rego e Scartoni10

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afirmam que as alterações posturais podem dar origem a dor em escolares da 5ª e 6ª séries do ensino fundamental.

CONCLUSÃOEste estudo identificou grande número de escolares com

dor musculoesquelética e alterações posturais. É pertinente ressaltar a importância de ações por parte dos profissionais de saúde ou de educação, para que se possa prevenir e intervir precocemente nessas alterações, evitando problemas futuros.

REFERêNCIAS1. Puccini RF, Bresolin AM. Dores recorrentes na infân-

cia e adolescência. Jornal de Pediatria. 2003;79(Supl.1):S65-S732. Burton AK, Balagué F, Cardon G, et al. Chapter 2.

European guidelines for prevention in low back pain: November 2004. Eur Spine J. 2006;15(suppl 2):S136-S168.

3. Mikkersson M, Salminen JJ, Kautiainen H. Non--specific musculosketal pain in preadolescents. Prevalence and 1-year persistence. Pain. 1997;73:29-35.

4. Graup S, dos Santos SG, Moro ARP. Estudo descritivo de alterações posturais sagitais da coluna lombar em escolares da Rede Federal de Ensino de Florianópolis. Rev Bras Ortop. 2010;45(5):453-9.

5. Steele E, Bialocerkowski A, Grimmer K. The postural effects of load carriage on young people – a systematic review. BMC Musculoskelet Disord. 2003;4:12.

6. Iyer, S. Na Ergonomic Study of Chronic Muscu-losKeletal Pain in Schoolchildren. Indian Journal of Pediatrics. 2001;68(Outubro):937-41.

7. Molina J, Silva SGL, Teles FM et al. Dor Musculoes-quelética idiopática difusa na infância e na adolescência. Rev Paul Pediatr. 2011;29(2):294-9

8. Masiero S, Carraro E, Celia A, Sarto D, Ermani M. Prevalence of nonspecific low back pain in schoolchildren aged between 13 and 15 years. Acta Paediatr. 2008;97(2):212-6.

9. Korovessis P, Koureas G, Zacharatos Z, Papazisis Z. Backpacks, Back Pain, Sagittal Spinal Curves and Trunk Alignment in Adolescents: a Logistic and Multinomial Logistic Analysis.Spine. 2005;30(2):247-255.

10. Rego ARON, Scartoni FR. Alterações posturais de alunos de 5a e 6a séries do Ensino Fundamental. Fit Perf J. 2008;7(1):10-5.

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[P-18]ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS INDIVÍDUOS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE

NEUROLOGIA DA UFTM

INTRODUÇÃOA Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica autoi-

mune, na qual as células responsáveis pela defesa do organismo humano reconhecem a bainha de mielina do neurônio como uma substancia estranha ao corpo desencadeando um processo inflamatório de desmielinização desse neurônio. Como con-sequência temos uma alteração no líquido cefalorraquidiano (LCR) característico da doença, como a presença de bandas de IgG oligoclonais indicando a síntese intratecal de imuno-globulinas1. Ela causa incapacidade neurológica crônica com evolução imprevisível e potencialmente incapacitante em jovens e adultos. Essa doença atinge indivíduos da faixa etária de 20 a 50 anos, podendo haver casos fora desta faixa de idade. A fadiga é o sintoma mais encontrado entre os portadores da EM, a fadiga é definida como uma sensação de cansaço físico pro-fundo, com perda de energia, com uma sensação de exaustão e é importante ser diferenciada de uma depressão ou de fraqueza muscular2 e pode ser um sintoma incapacitante, levando a um grande impacto na vida para o paciente. Os pacientes e seus familiares são forçados a uma contínua readaptação à doença, devido a interferências ocorridas com a evolução da doença na vida social e profissional do paciente, sendo fundamental o tra-balho transdisciplinar para a melhoria da sua qualidade de vida. Há várias doenças neurológicas que se assemelham à esclerose múltipla, como a Neuromielite Óptica. O Programa de Escle-rose Múltipla do Ambulatório de Neurologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, conta com atendimento semanal, realizados por profissionais de uma equipe constituída por: mé-dicos neurologistas, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e enfermeiro, além de interconsultas, que dão suporte aos doentes de esclerose múltipla. Este trabalho vi-sou Identificar e caracterizar epidemiologicamente os pacientes atendidos no Programa de Esclerose Múltipla do Ambulatório de Neurologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

1. Aluno do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.2. Assistente Social do Ambulatório de Neurologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.3. Professora associada da disciplina de neurologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.

Angélica Emboaba Salomão¹, Alessandra Aparecida Fernandes¹, Cátia Silva², Sônia Beatriz Felix Ribeiro³, João Batista Ribeiro4, Fabrizio A. Gomide Cardoso5

Epidemiological analysis of individuals with multiple sclerosis served in the neurology laboratory of UFTM

Palavras-chave: Epidemiologia, esclerose múltipla

METODOLOGIA Esta pesquisa do tipo descritiva, transversal, e meto-

dologia quantitativa. Foram avaliados todos os pacientes que procuraram o Ambulatório de EM, no setor de Neurologia da UFTM no corrente ano, através de um questionário próprio contendo a identificação do paciente, tempo de acometimento, tipo de surtos, característica dos surtos, e outros. Além da ava-liação da qualidade de vida por análise da EVA (Escala Visual Analógica). Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro protocolo Nº 884.

RESULTADOS Foram avaliados 27 pacientes, sendo 19 do sexo femi-

nino (66,66%), e 8 do sexo masculino (33,34%), 24 são do estado de Minas Gerais, e apenas 2 são não-brancos. Dentre eles temos 77,77% portadores de EM, 18,51% portadores de Neuromielite óptica e 3,70% com Miopatia mitocondrial, sendo as duas últimas muito semelhantes à EM. Dos pacientes avalia-dos com Esclerose Múltipla, 80,95% estão classificados com a forma Remitente Recorrente, 19,04% com Secundariamente Progressivo. Foi aplicado o EVA (Escala Visual Analógica) para avaliação da qualidade de vida e a média entre todos os pacientes foi de 5,22.

DISCUSSÃO A partir destes resultados podemos demostrar uma

predominância da EM é no sexo feminino, e de raça branca como é descrito na literatura³, semelhante também à amostra de Puccino-Sohler1, que nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo4 e Recife5, que se caracterizava não só por ter na sua maioria mulheres, e diferentemente por ter maior número de acometimento em pessoas da raça não branca. A maioria dos diagnósticos diferenciais de Esclerose Múltipla conforme a literatura é semelhante ao nosso grupo, ou seja, de Neuromielite ótica2. Para Morales7, apesar de ter utilizado outra metodologia para avaliação da qualidade de vida, também observou como

4. Professor assistente do curso de psicologa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil5. Professor adjunto do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Uberaba, MG – Brasil.

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nós níveis menores para os pacientes portadores desta doença.

CONCLUSÃOCom os dados coletados é possível caracterizarmos os

pacientes atendidos no setor de Neurologia da UFTM com diagnóstico de EM, de forma diagnóstica predominante de EM remitente recorrente, mulheres, da cor branca, com uma perda na qualidade de vida.

REFERêNCIAS1. Puccioni-Sohler M, Lavrado F, Bastos R, Brandão C,

Papaiz-Alvarenga R. Esclerose múltipla. Correlação clinico--laboratorial. Arq Neuropsiquiatr 2001;59(1):89091.

2. Mendes M, Tilbery C, Felipe E. Fadiga e Esclerose Multipla. Arq neuropsiquiatr 2000;58(2-B): 467-470.

3. Moreira M, Felipe E, Mendes M, Tilbery C. Esclerose Múltipla. Estudo descritivo de suas formas clínicas em 302 casos. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(2-B): 460-466

4. Oliveira E, M Annes. Oliveira A. Gabbai A. Esclerose múltipla: estudo clínico de 50 pacientes acompanhados no Am-bulatório de Neurologia UNIFESP-EPM. Arq Neuropsiquiatr 1999;57:51-55.

5. Ferreira M, Machado M. Vilela M, Mariaguedes M, Ataíde Jr L, Santos S, Laurentino S. Epidemiologia da 118 casos de Esclerose Múltipla com seguimento de 15 anos no centro de referencias do Hospital da Restauração de Pernambuco. Arq Neuropsiquiatr 2004;62(4):1027-1032. Recebido 20 Junho 2003, recebido na forma final 4 Junho 2004. Aceito 23 Julho 2004.

6. Morales R, Morales N, Rocha F, Fenelon S, Pinto R, Silva C. Qualidade de vida em portadores de Esclerose Múltipla. Arq Neuropsiquiatr 2007;65(2-B):454-460

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[P-19]QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PARTICULAR.

INTRODUÇÃONas últimas décadas, o interesse por pesquisas que envol-

vem a qualidade de vida (QV) tem progredido substancialmen-te1-3, contudo, em crianças e adolescentes ainda é escasso e a faixa etária menos estudada diz respeito às idades entre seis e 12 anos. Os instrumentos utilizados, em sua maioria são aplicados aos pais ou responsáveis, entretanto, isso vem se modificando com o desenvolvimento de alguns instrumentos específicos de medida, destinados à população infantil, como o Autoquestio-nnaire Qualité de Vie Enfant Imagé - AUQUEI, questionário validado no Brasil por Assumpção Jr. et al.1

O presente estudo teve como objetivos avaliar a qualidade de vida em crianças e comparar seus escores entre escola pública e particular, na cidade de Tupã/SP. Verificar as associações entre os escores de qualidade de vida com faixa etária.

MATERIAIS E MÉTODOSFoi realizado estudo transversal em alunos do ensino

infantil e fundamental de três escolas na cidade de Tupã/SP. Foram selecionadas duas públicas e uma particular (escolas com maior número de alunos matriculados, representando a população de crianças na cidade de Tupã). Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Marília (n° 195/10). Os responsáveis assinaram Termo de Consentimento.

O período de estudo: Maio de 2010 a Setembro de 2011. Foram investigadas 1228 crianças entre quatro e 12 anos. Ex-cluídos alunos com idade inferior a 4 e superior a 12 anos e os não autorizados pelos responsáveis.

A QV foi avaliada por meio do instrumento AUQUEI1. Esse questionário foi baseado no ponto de vista da satisfação da criança, visualizada a partir de quatro figuras que são asso-ciadas a diversos domínios da vida, através de 26 questões que exploram relações familiares, sociais, atividades, saúde, funções corporais e separação2,3.

Inicialmente, solicitou-se à criança que apresentasse uma

1- Faculdade da Alta Paulista / FADAP-FAP/ Tupã/SP / Brasil.2- Faculdade de Filosofia e Ciências/ Unesp/ Marília/ SP/ Brasil.

Ronaldo Sena e Silva1; Denise Mitiko Kaida1; Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho2; Juliana Bassa-lobre Carvalho Borges 1,2.

Quality of life in children: comparison of private and public school.

Palavras-chave: Crianças; Qualidade de vida.

experiência vivida frente a cada uma das alternativas representa-das pelas quatro figuras ou faces. Depois foi realizada a leitura das questões pedindo que a criança assinalasse, sem tempo definido, a resposta que mais correspondesse aos seus próprios sentimentos. Variação dos escores de 0 a 3, correspondendo: a muito infeliz (0), infeliz (1), feliz (2) e muito feliz (3), resultando somatória desses itens, e assim, um escore total, máximo de 78. Os maiores escores significam melhor QV e para efeito de dis-cussão dos escores totais, utilizou-se a nota de corte 48, proposta por Assumpção Jr. et. al.1; onde os escores maiores ou iguais a 48, indicam QV positiva e os menores que 48, QV prejudicada.

Foi realizada análise estatística pelos testes de Kruskal--Wallis e qui-quadrado. Adotado nível de significância de 5%.

RESULTADOS Dentre as 1228 crianças investigadas, encontraram-se

52,3% gênero masculino e 47,7% gênero feminino. As idades variaram de quatro a doze anos, média de 7,8 anos (± 1,7), agrupadas em quatro faixas etárias: 4 e 5 anos, 5,3%; 6 e 7 anos, 42,0%; 8 e 9 anos, 32,8% e 10 a 12 anos, 19,9%.

Em relação à QV, os escores totais e dos domínios estão mostrados na Tabela 1.

Resultado significante entre QV e faixa etária (p=0,02), 8 a 9 anos com QV positiva e 10 a 12 anos com QV prejudicada.O estudo da comparação da QV entre as escolas está apresen-tado na Figura 1, observou-se resultado significante em lazer e autonomia da escola particular.

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DISCUSSÃOO escore médio total da QV foi 51,6 pontos (±6,8), de

uma variação possível entre 0 a 78, sendo considerada uma QV positiva. Esse resultado foi semelhante aos de Assumpção Jr. et al.1 com crianças saudáveis de 4 a 12 anos (52,1 pontos) e foi superior ao de Bass e Beresin3 com crianças obesas de 4 a 12 anos (48,5 pontos).

Quanto aos fatores que compõem o questionário de QV, no presente estudo, o domínio lazer apresentou o maior valor, seguido por família e o menor foi autonomia. Estes resultados concordam aos encontrados por Bass; Beresin3 e Barreire et al.2. Ao ser considerada a nota de corte 48, encontrou-se 883 crianças (71,9 %) com QV positiva e 345 crianças (28,1%) com prejudicada (escores abaixo de 48). Na associação entre o escore de QV e faixa etária foi observado resultado significante, as crianças de 8 a 9 anos apresentaram maior índice de QV posi-tiva e as de 10 a 12 anos, maior índice de prejudicada, quando comparadas às demais faixas etárias. No estudo entre a QV e a comparação das escolas, observou-se resultado significante nos domínios lazer e autonomia, sendo maior a QV na escola particular. Não foi encontrado na literatura estudos sobre essa associação, mostrando campo para futuras pesquisas.

CONCLUSÃOA QV das crianças em estudo, na maioria, foi considerada

positiva e é melhor no domínio lazer. As crianças da escola parti-cular têm melhor QV em lazer e autonomia quando comparadas com as crianças das escolas públicas. Em relação à faixa etária, na de 8 a 9 anos a prevalência foi QV positiva e na de 10 a 12 anos QV prejudicada.

REFERêNCIAS1- Assumpção Junior FB, Kuczynski E, Sprovieri MH,

Aranha EMG. Escala de avaliação da qualidade de vida: AU-QEI - Autoquestionnaire qualité de vie enfant imagé: validade e confiabilidade de uma escala para qualidade de vida em crianças de 4 a 12 anos. Arq Neuropsiquiatr. 2000;58(1):119-27.

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3- Bass LM, Beresin R. Qualidade de vida em crianças obesas. Einstein, 2009; 7(3 Pt 1):295-301

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[P-20]QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO ENTRE ESCOLA PÚBLICA E PARTICULAR.

INTRODUÇÃOA doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neuro-

degenerativa mais comum (Lang e Lozano, 1998) e apresenta como principais sinais motores tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e instabilidade postural, que aparecem de forma insidiosa e assimétrica, variando de paciente para paciente (PEREIRA et al., 2009). Esses sintomas levam a distúrbios progressivos no equilíbrio, postura e marcha (MORRIS, 2000) que limitam a independência funcional e a qualidade de vida dos pacientes.

O tratamento fisioterapêutico se torna indispensável desde a fase inicial da doença uma vez que minimiza e retarda sua evolução, assim como busca proporcionar ao paciente uma me-lhor qualidade de vida e funcionalidade (HAASE; MACHADO; OLIVEIRA, 2008).

Diversas linhas de pesquisa no exterior e no Brasil mos-tram altas associações entre o uso de tecnologias e problemas de dependência, obesidade, problemas posturais, entre outros (RIVEIRO, 2011). Segundo Morganti et al. (2003) e Cameirão er tal. (2007) os jogos interativos virtuais (JIV), videogames, que envolvem o sistema sensório-motor e habilidades para resolver problemas, são facilitadores à neuro-reabilitação e desenvolvimento motor ou de formação cognitiva.

OBJETIVO Analisar a influência da terapia com uso de tecnologia

dos jogos interativos virtuais na Qualidade de vida, mobilidade funcional e equilíbrio de indivíduos com a doença de Parkinson.

MÉTODOSEste projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesqui-

sa envolvendo seres humanos da Universidade Estadual Paulista, protocolo número 0499/2012, os voluntários foram informados sobre os procedimentos para a realização da pesquisa. A coleta de dados foi realizada no Centro de Estudos da Educação e da Saúde (CEES), unidade auxiliar da Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP.

1- Graduanda em Fisioterapia na Unesp, Marília; 2-Docente do curso de Fisioterapia, Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Marília, Brasil

Barbara Eden de Oliveira Sá ¹, Flávia Roberta Faganello Navega ²

Interactive virtual games – New toll in the rehabilitation of individuals with Parkinson’s disease

Palavras-chave: Doença de Parkinson. Fisioterapia. Xbox 360 Kinect

Fizeram parte deste estudo 5 sujeitos do gênero feminino com o diagnóstico médico da DP. Os pacientes deveriam estar classificados entre os estágios entre 1 a 3 na Escala de Hoehn & Yahr modificada; deveriam ser capazes de deambular de forma independente; não possuir outra doença neurológica; e deveriam ser capazes de compreender instruções verbais.

Antes do tratamento os sujeitos passaram por uma ava-liação onde foi realizado o mini Exame do Estado Mental (mini mental), avaliação da Qualidade de Vida (PDQ-39), do Equilí-brio (Escala de Equilíbrio Funcional de Berg) e da Mobilidade Funcional (Timed “Up and Go” - TUG).

Foram realizadas 10 sessões de tratamento com o Xbox 360 Kinect® com duração de 60 minutos cada e com freqüência de duas vezes semanais, de forma individual. A pressão arterial (PA) e a freqüência cardíaca foram monitoradas no início e no final de cada sessão. Após o término do programa os indivídu-os foram reavaliados quanto à qualidade de vida, equilíbrio e mobilidade.

RESULTADOSA Tabela I mostra os resultados obtidos nas avaliações

e reavaliações da Qualidade de Vida, Equilíbrio e Mobilidade Funcional dos indivíduos. Podemos observar melhora signifi-cativa (p>0,05) em todas as variáveis analisadas.

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DISCUSSÃOApós o tratamento proposto com a utilização de JIV –

Xbox 360 associado ao Kinect os indivíduos apresentaram melhora significativa em todas as variáveis estudadas: percepção da qualidade de vida, equilíbrio e mobilidade funcional.

A utilização de jogos para reabilitação é uma realidade atual que vem trazendo inúmeros benefícios, tem como obje-tivo principal proporcionar à pessoa maior qualidade de vida e inclusão social (BERSCH e TONOLLI, 2009), além de pro-porcionar melhora na reabilitação motora de indivíduos com seqüelas neurológicas. Outros estudos apontam os benefícios proporcionados pela terapia com JIV. Barcala e colaboradores (2011) com objetivo de avaliar o equilíbrio em pacientes hemi-paréticos, antes e após fisioterapia convencional e fisioterapia associada ao treino de equilíbrio com o programa Wii Fit da Nintendo® sugerem que os indivíduos tratados com o Wii Fit apresentaram diminuição na oscilação corporal no sentido ântero-posterior, diferente dos indivíduos que foram tratados apenas com fisioterapia convencional que não apresentaram melhora nessa variável do equilíbrio.

CONCLUSÃO A terapia com uso de tecnologia dos jogos interativos

virtuais proporcionou melhora na Qualidade de vida, mobilidade funcional e equilíbrio de indivíduos com a doença de Parkinson.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICASLANG, A.; LOZANO, A.M. Parkinson’s disease: first of

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[P-21]EFETIVIDADE DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA DO NERVO TIBIAL POSTERIOR COMO

TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA

INTRODUÇÃOA incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade

Internacional de Continência (ICS) como a queixa de qualquer perda involuntária de urina, que pode gerar alteração negativa no convívio social, familiar e sexual de seus portadores (JÚNIOR; FILHO; REIS, 2010).

Quando há perda de urina por situações de esforços e à hiperatividade da bexiga (BH), classifica-se como IUM (GROS-SE; SENGLER, 2002).

Além da incontinência, pessoas com BH podem apresen-tar diversos sintomas, tais como urgência miccional; polaciúria, caracterizada pelo aumento da freqüência urinária e noctúria, caracterizada por acordar mais de uma vez durante a noite para urinar (GROSSE; SENGLER, 2002; GIRÃO; SARTORI; LIMA, 2004).

A modalidade de tratamento para Incontinência Urinária de Urgência (IUU) é a Elestroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS) no nervo tibial posterior, que inibe a atividade da mus-culatura da bexiga, o que pode diminuir ou até eliminar os sin-tomas (AMARENCO et al., 2003; MENEFEE; WALL, 2005).

Durante a eletroestimulação, há a inibição dos neurônios parassimpáticos excitatórios, do nervo pélvico, e ativação, por via reflexa, de neurônios simpáticos inibitórios e ativação do nervo hipogástrico, que promove a reorganização do sistema nervoso central e inibe contrações involuntárias do detrusor (MARQUES, 2008).

Por ser a IUM o tipo de incontinência que mais causa constrangimento social, mais interfere de modo negativo na qualidade de vida, de maior insucesso cirúrgico e ainda com escassa literatura sobre a efetividade de tratamentos conserva-dores, o presente estudo justifica-se em razão de a TENS na inervação do tibial posterior ser procedimento não invasivo, de baixo custo, de fácil aplicabilidade e que apresenta grande aceitação entre as mulheres

Aline Anézio (Discente do Curso de Fisioterapia), Marco Aurélio Cardoso (Fisioterapeuta), Angélica Mércia Pascon Barbosa (Docente do Departamento de Educação Especial – curso de fisioterapia) - FFC – UNESP – Marília

Barbara Eden de Oliveira Sá ¹, Flávia Roberta Faganello Navega ²

Effectiveness of percutaneous electrical stimulation of the posterior tibial nerve for treatment of mixed urinary incontinence

Palavras-chave: Eletroestimulação Nervosa Transcutânea, Incontinência Urinária e Nervo Tibial Posterior

MATERIAL E MÉTODOS2.1 Preceitos ÉticosEstudo clínico longitudinal, tendo sido aprovado previa-

mente pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Filosofia e Ciências, Câmpus de Marília sob nº 197/2011 e autorizado por meio do Termo de Consentimento Livre e Escla-recido (TCLE) mediante assinatura da participante.

2.2 Local e período da coletaA aplicação do protocolo fisioterapêutico para coleta

de dados foi realizada no setor do Estágio Supervisionado em Saúde da Mulher entre junho de 2011 a junho de 2012, com total de 10 participantes.

2.3 Instrumentos de coletaAvaliação inicial, composta por dados pessoais; dados

específicos sobre a IU, como a história, tempo de perda urina, ocorrência de perda urinária diurna e/ou noturna, quantidade de perda urinária, esvaziamento vesical, uso de protetor, questio-nários OAB-V8 e King’s Health Questionnaire (KHQ), Diário Miccional (DM), Diário de Perda Urinária (DPU).

2.4 Protocolo de Intervenção FisioterapêuticaForam realizadas 20 sessões de aplicação do TENS com

frequência semanal de duas vezes consecutivas, com intervalo de um ou dois dias entre uma sessão e outra, e com tempo de aplicação, em cada sessão, de vinte minutos.

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DISCUSSÃO Das cinco participantes, 3 apresentaram resolução da IUM e 2 ainda referiam perdas por esforço ao final do tratamen-to. Dessas 2, uma ainda utilizava protetor diário. Uma partici-pante que apresentou resolução da IUM ainda utilizava protetor diário fora de casa por precaução e por ter se acostumado. A freqüência miccional não apresentou alteração significante, já a noctúria teve redução para metade do valor inicial. O ques-tionário OAB-V8 que avalia a bexiga hiperativa (positivo para pontuação maior que 8), apresentou resolução dos sintomas para as 3 participantes que referiram melhora clínica da IUM. O questionário King’s Health Questionnaire não foi apresen-tado em forma de tabela devido ao espaço restrito, porém os resultados foram analisados e demonstraram grande melhora na qualidade de vida de todas as participantes.

CONCLUSÃO O uso da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial

posterior como intervenção fisioterapêutica na incontinência urinária mista, até o presente momento, apresentou respostas positivas como única proposta de tratamento. O estudo deve ser mais aprofundado e contar com número de participantes maior para melhor visualização dos resultados.

REFERêNCIASJUNIOR, A.N. ; FILHO, M.Z. ; REIS, R.B. Urologia

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GROSSE, D.; SENGLER, J. Reeducação perineal: con-cepção, realização e transcrição em prática liberal e hospitalar. São Paulo: Manole, 2002

GIRÃO, M. J. B. C.; SARTORI, M. G. F.; LIMA, G. R. Diagnóstico clínico e subsidiário da incontinência urinária. In: MORENO, A. Fisioterapia em uriginecologia. Barueri: Manole, 2004.

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MARQUES, A. A. Estimulação do nervo tibial posterior no tratamento da bexiga hiperativa. 2008. 108 f. Tese (Doutorado em Tocoginecologia) - Faculdade de Ciências Médicas, Univer-sidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000439462>. Acesso em: 1 março 2010.

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[P-22]ELETROMIOGRAFIA DOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS EM DIFERENTES GRAUS DE DISFUNÇÃO

TEMPOROMANDIBULAR – RESULTADOS PARCIAIS

INTRODUÇÃODisfunção temporomandibular (DTM) é um termo

coletivo que inclui um grande número de problemas clínicos relacionados à articulação e aos músculos da área orofacial1. Isoladamente, os sinais e sintomas não definem a DTM, pois, ocorrem na musculatura mastigatória, na articulação e/ou nas estruturas associadas. Portanto a etiologia é considerada mul-tifatorial, associando-se à fatores que iniciam, predispõem e perpetuam a DTM2.

A técnica do estudo da EMG tem permitido uma análise mais detalhada da atividade muscular, sendo de grande ajuda no diagnóstico e tratamento dos transtornos musculares. O monito-ramento da atividade dos músculos através da eletromiografia (EMG) é uma forma insubstituível para se verificar as condições fisiológicas do sistema estomatognático. É atualmente uma parte da avaliação que quantifica a função dos músculos da mastiga-ção dos pacientes. Certamente, uma aproximação dos valores reais do músculo analisado poderia ser valiosa no diagnóstico das alterações do sistema estomatognático e na avaliação dos efeitos terapêuticos3.

O estudo da caracterização de uma patologia se faz ne-cessário pela determinação da freqüência e de como ocorre sua distribuição em uma determinada população, abordando assim as patologias de origem multifatoriais ou etiologia desconhe-cida4. Portanto, o presente estudo teve como objetivo verificar a severidade da disfunção temporomandibular em uma popu-lação e averiguar as diferenças de atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios nos diferentes graus de severidade encontrados.

MATERIAS E MÉTODOSAté o final da pesquisa serão avaliados 200 voluntários de

ambos os gêneros com idade entre 18 e 45 anos moradores da cidade de Marília-SP. Serão solicitados a responder um índice de severidade da Disfunção Temporomandibular (Fonseca, 1994). Em seguida, serão avaliados por meio da eletromiografia

1- Discente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil2 - Docente do curso de Fisioterapia – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Marília, SP, Brasil

Gisele Harumi Hotta1; Thalita Mayumi Tokunaga Takahashi1; Cristiane Rodrigues Pedroni2

Electromyographic analysis of masticatory muscles in different degrees of temporomandibular disorder - partial results

Palavras-chave: Disfunção temporomandibular; eletromiografia; dor.

de superfície dos músculos masseter e temporal por meio dos valores de Root Mean Square (RMS) para verificar os valores de amplitude da atividade elétrica.

Os resultados preliminares obtidos foram analisados por meio do teste Kruskal-Wallis para verificar a diferença dos va-lores de RMS em repouso e isometria dos músculos avaliados entre os grupos classificados de acordo com a severidade da disfunção. Em seguida, para avaliar o equilíbrio muscular, foi aplicado o teste t não pareado para avaliar a diferença entre as atividades dos músculos masseter e temporal em cada grupo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da istituição (nº 0457/2012).

RESULTADOS Foram avaliados até o momento 64 sujeitos, sendo 20 do

sexo masculino e 44 do sexo feminino, com idades entre 18 e 30 anos. Para essa amostra, 17,1% foi classificada como livre de DTM, 56,25% como DTM leve, 20,3% como DTM moderada e 6,25% como DTM severa. A atividade eletromiográfica dos músculos avaliados durante as tarefas de isometria e repouso apresentaram valores semelhantes, sem diferença significativa entre elas (p>0,05) (Tabela 01). Além disso, comparando as atividades dos músculos masseter e temporal dentro de cada grupo, foi possível observar que não houve diferença entre as atividades durante a isometria (p>0,05). No entanto, durante o repouso mandibular nota-se uma atividade significativamente maior (p<0,05) do músculo temporal em relação ao masseter em todos os grupos avaliados (Figura 01).

Tabela 01. Valores Médios de atividade eletromiográ-f ica (RMS em microvol ts) dos músculos tempo-ral e masseter em sujeitos classificados de acordo com a severidade da disfunção temporomandibular (n=64).

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Figura 01. Valores de RMS (em microvolts) dos músculos mas-seter e temporal durante repouso mandibular (n=64).

CONCLUSÃOCom base nos achados preliminares desse estudo, conclui-

-se que a atividade eletromiográfica dos músculos masseter e temporal não são diferentes entre as diferentes severidades da DTM na atividade de isometria e repouso. A atividade entre masseter e temporal é equilibrada em todos os grupos avaliados durante a isometria, porém durante o repouso mandibular nota--se que a atividade músculo temporal é maior que a atividade do seu sinergista independente da severidade da disfunção

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Carlsson, G.E.; Magnusson, T.; Guimarães, A.S. Ma-

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[P-23]Análise da concordância entre testes que avaliam o equilíbrio em idosas

INTRODUÇÃOA associação do envelhecimento fisiológico com as do-

enças crônico degenerativas, muito prevalente nos idosos, torna esta população vulnerável a deteriorização físico-funcional. ¹’²

A degeneração do sistema musculoesquelético tem grande influência no desempenho das atividades de vida diárias da população idosa.³ A diminuição do equilíbrio podem acarretar inúmeros fatores responsáveis pela perda da autonomia e in-dependência. 1,4,5

O objetivo desse estudo foi analisar a concordância entre testes utilizados na prática clínica, para avaliar o desempenho do equilíbrio de idosas.

MÉTODOSForam estudadas 8 voluntária idosas, na faixa etária de 62

a 79 anos, do gênero feminino, não institucionalizadas.O projeto foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

(CEP) sob protocolo número 0066/2011.

PROCEDIMENTOS As voluntárias foram submetidas a uma avaliação con-

tendo dados pessoais e três testes de equilíbrio e mobilidade, sendo eles o Teste de Apoio Unipodal (TAU), Timed Up and Go (TUG) e Escala de Equilíbrio de Berg.

Teste de Apoio Unipodal6: O individuo foi orientado a ficar em apoio unipodálico durante o máximo tempo possível. São considerados valores de normalidade, e um critério para a interrupção do teste, índices acima de 45segundos 7.

Teste Timed Up and Go8: avalia mobilidade funcional básica. Nele é analisado o tempo gasto pelo indivíduo para se levantar de uma cadeira com braços, andar por uma distância de três metros e retornar à cadeira. Maiores valores de tempo representam maior risco de quedas9.

Escala de equilíbrio funcional de Berg (EEFB)11: fornece uma pontuação detalhada para a predição do risco de quedas em idosos12. A EEFB é uma escala que consiste de 14 tarefas base-

1 - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, Campus de Marília, São Paulo, Brasil.2 - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, Campus de Rio Claro, São Paulo, Brasil.

Karen Mayuri Kato¹, Juliana Rodrigues Soares Ruzene¹’², Marcelo Tavella Navega¹’²

Electromyographic analysis of masticatory muscles in different degrees of temporomandibular disorder - partial results

Palavras-chave: Equilíbrio, idosas, testesadas na qualidade do desempenho, necessidade de assistência e tempo para completar as tarefas que representam as atividades de vida diária como sentar, levantar, inclinar se para frente, virar se entre outras. A pontuação geral pode variar de zero, equilíbrio severamente prejudicado, a 56, equilíbrio excelente.

A análise estatística foi realizada através do Teste de Coe-ficiente de Correlação de Spearman, com nível de significância de 5% (p<0,05).

RESULTADOSA amostra foi composta por 8 mulheres idosas, com idade

de 66,2 ±5,329anosA Tabela 1 representa as correlações entre os teste TUG,

TAU e EEFB.Tabela 1. Resultados da Correlação de Spearrman entre TUG, TAU e EEFB.

DISCUSSÃONo presente estudo foi observada uma correlação signi-

ficativa (p<0,05) para as situações investigadas, exceto para os testes de apoio unipodal (TAU) tanto direito quanto esquerdo com o TUG.

No estudo de Karuka et al 13 foi encontrado concordância entre os testes para o indicativo de quedas.

Este estudo possui algumas limitações como uma popu-lação pequena e não homogenia, por isso são necessários novos estudos que correlacionem as escalas de equilíbrio .

CONCLUSÃOOs dados do presente estudo permitem concluir que os

testes de avaliação de equilíbrio se correlacionam, no entanto

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o TAU tanto direito quanto esquerdo não teve correlação sig-nificativa com o TUG.

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[P-24]ANÁLISE DA DOR E FLEXIBILIDADE DOS TAXISTAS DA CIDADE DE MARÍLIA – SP

INTRODUÇÃOOs taxistas têm um papel importante na sociedade, por

contribuírem com o transporte de pessoas, com qualidade, conforto e segurança1. A profissão exige do individuo ficar sentado, e com trepidação do veiculo e vibração o disco in-tervertebral absorve e dissipa esse estresse constante a toda a cadeia muscular que é exigida no realinhamento postural 2. O sedentarismo embutido nessa profissão é um dos principais fatores de risco para o desencadeamento de doenças crônicas não-transmissíveis3.

A importância no desenvolvimento da flexibilidade está associada ao aumento da qualidade e quantidade dos movimen-tos, a melhora da postura e o favorecimento de maior mobilidade para realização de atividades diárias4. Segundo o ACSM (1998), a flexibilidade é fortemente dependente da integridade das es-truturas que constituem a articulação e outros fatores como o desenvolvimento de dor e a capacidade do músculo em produzir uma quantidade adequada de força muscular.

O estudo tem como objetivo analisar a flexibilidade e a presença e intensidade de dor durante a jornada de trabalho de taxistas.

MATERIAS E MÉTODOSFizeram parte da pesquisa motoristas de táxis que traba-

lham no Terminal Rodoviário de Marília-SP, sendo excluídos aqueles que não aceitaram realizar todo o protocolo da pesquisa e foi aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Para avaliação da flexibilidade foi usado o teste de sentar e alcançar, utilizando para isso o Banco de Wells, instrumento que permite quantificar, em centímetros, a flexibilidade da coluna lombar e isquiostibiais. Para avaliação da dor foram utilizados um desenho do corpo humano, no qual os taxistas deveriam localizar os locais de dor, depois disso quantificavam a dor em uma escala numérica de zero a 10, onde zero é sem dor e 10 dor insuportável.

1- Faculdade de Filosofia e Ciência/ Unesp/ Marília/ SP/ Brasil

Natalia Moya Rodrigues Pereira1; Julia Menezes Graziano1; Réveni Carmem Milan1; Thalita Alves Machado1; Carolina Tarcinalli1; Flávia Roberta Faganello Navega1

Analysis of pain and flexibility of taxi drivres in the city of Marília - SP

Palavras-chave: Equilíbrio, idosas, testes

RESULTADOS Foram avaliados 17 taxistas com média de idade de média

de 48,41± 15,63 anos, 20,47 ± 16,31 anos de profissão e com carga horária de trabalho de 10,52 ± 2,52 horas diárias.

A avaliação da flexibilidade apontou média de 23,03 ± 6,65 cm. Na avaliação da dor foi observado que 41,17% não apresentam dor e 58,82 % apresentam dor em uma ou mais partes do corpo, sendo que 17,6% dos taxistas apresentam dor na lombar, 14,3% na cervical, 10,9% nas pernas, 7,98% nos joelhos, 3,95% no peito e 3,95% gota.

Para os taxistas que apresentavam dor a quantificação variou entre 2 a 10, com média de 6,4 ± 3,16 pontos na escala numérica de dor.

DISCUSSÃOVerificamos em nosso estudo que uma porcentagem

considerável 58,82% dos taxistas apresentam dor em algum local do corpo, com intensidade média de 6,4 ± 3,16 pontos e flexibilidade média de 23,03 ± 6,65 cm.

A partir dos resultados encontrados podemos sugerir que a dor e a pouca flexilibidade presente na maioria dos taxistas, podem ser ocasionadas devido a atividade laboral, que exige predominantemente a postura sentada durante a maior parte do dia. Segundo Oliveira e Almeida (2006) o taxista, que permanece a maior parte do seu dia sentado, deixa sua coluna vertebral em posição estressante para os discos intervertebrais que estão sofrendo compressão, a musculatura paravertebral está contraindo, reduzindo a curvatura lombar, e está posição gera fadiga e desconforto ao longo do dia. Segundo Cardoso5 o indivíduo com menor grau de flexibilidade forma um grupo de maior risco para lesões, dores, problemas posturais e até a realizações das atividades diárias 2.

Visto que a posição estática prolongada não é a mais indicada para a qualidade de todo o sistema osteomuscular, pausas entre as corridas para pequenos alongamentos já seriam de grande valia para a melhora da lubrificação de articulações

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e relaxamento de músculos sobrecarregados e tensos durante a rotina ocupacional dos taxistas.

CONCLUSÃOPodemos concluir que a mais da metades dos taxistas

apresentam pelo menos um ponto de dor e baixo valor de flexililidade, e os locais mais acometidos pela dor são coluna vertebral e pernas.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. Vogel FG, Moreira HSB, Mendes AZ, Carminati K,

Da LK. Fisioterapia no trabalho para taxista: uma abordagem ergonomica. Trabalho apresentado no V Congresso Paranaense de Fisioterapia. 2010:6–8.

2. Oliveira, Débora Dias De; Almeida TDOD. Estudo ergonomico da atividade profissional de taxisa e sua influência na lombalgia. 2006

3. Maia, Cyntia Oliveira; Goldmeier, Silvia; Moraes, MAria Antonieta; Boaz, MArta Regina; Azzolin K. Fatores de risco modificáveis para doença arterial coronariana nos traba-lhadores de enfermagem. 2007:3–7.

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5. Cardoso L. Nível de Flexibilidade e Dor Localizada em Motoristas de Transporte Rodoviário . 2009;484–6.

6. ACSM (American College of Sports Medicine). The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness in heal-thy adults. Med Sci Sports Exerc 1998;30(6):975-91.

6. Costa EAVG. Elisângela Azevedo Viana Gomes da Costa Estudo dos Constrangimentos Físicos e Mentais Sofridos pelos Motoristas de Ônibus Urbano da Cidade do Rio de Janeiro Dissertação de Mestrado Elisângela Azevedo Viana Gomes da Costa Estudo dos Constrangimentos Físico. 2006

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[P-25]SÍNDROME DA FIBROMIALGIA E SEU IMPACTO SOCIAL

INTRODUÇÃOA fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada

por dores músculoesqueléticas difusas e etiopatogenia desco-nhecida. Apresenta pontos dolorosos em regiões anatômicas definidas, denominados tender points que resultam, na maioria das vezes, em limitações de atividades ocupacionais, redução da atividade física e distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade. Esses sintomas causam grande impacto social e interferem no cotidiano.

OBJETIVODeste modo, realizou-se uma coleta de dados sobre o nível

do impacto social causado pela síndrome da fibromialgia em participantes de um programa fisioterapêutico.

METODOLOGIAA amostra constituiu-se de um grupo de 15 indivídu-

os do gênero feminino, com faixa etária entre 30 e 65 anos, em tratamento fisioterapêutico com o diagnóstico clínico de Fibromialgia. O tratamento baseou-se em exercícios cinesio-terapêuticos na hidroterapia, de alongamento e fortalecimento muscular e condicionamento físico. Para avaliação, utilizou-se um questionário que avalia o impacto da fibromialgia na vida social do indivíduo denominado FIQ - Fibromyalgia Impact Questionnaire. Esse questionário foi aplicado duas vezes, sendo a primeira avaliação dia 18/02/2010 e a reavaliação dia 17/08/2010. Foi respondido individualmente, contendo pergun-tas objetivas, direcionadas para as atividades diárias de cada um, como a realização de atividades domésticas, a capacidade de realizar o serviço, nível da dor e cansaço, rigidez, nervosismo e depressão com escores de 0 a 120, no qual os valores próximos a 0 sugerem impacto social negativo e valores próximos a 120,

1 - Universidade Paulista, UNIP - Campus Assis, São Paulo, Brasil

Caroline Braun¹, Michele Cristina Tizati Serezani¹, Paulo Rocha Júnior¹

fibromyalgia syndrome and its social impact

Palavras-chave: Equilíbrio, idosas, testes

impacto positivo.

RESULTADOSObservou-se após a primeira aplicação do questionário

uma média dos escores igual a 75,0. Após a segunda aplicação do questionário (reavaliação), uma média dos escores igual a 60,0.

CONCLUSÃO Conclui-se, deste modo, que os indivíduos com diag-

nóstico clínico de síndrome da fibromialgia participantes do programa fisioterapêutico, apresentaram uma média inferior dos escores após a reavaliação, demonstrando assim, que o tratamento proporciona uma melhor qualidade de vida, dimi-nuindo o impacto social que tal patologia causa no cotidiano destes indivíduos.

REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.CAMARGO, Rachel S.; MOSER, Auristela Duarte L.; BASTOS, Laudelino Cordeiro. Abordagem dos métodos avaliativos em fibromialgia e dor crônica aplicada à tecnologia da informação: revisão da literatura em periódicos, entre 1998 e 2008.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbr/v49n4/09.pdf. Acesso em: 01/04/2011.

2.CHAITOW, Leon. Síndrome da fibromialgia um guia para o tratamento. Ed. Manole, 2002

3.FIBROMIALGIA. Disponível em:<http://www.fibro-mialgia.com.br/novosite/>. Acesso em: 01/04/2011.

4.FIBROMIALGIA. Disponível em: <http://www.reu-matoguia.com.br/interna.php?cat=26&id=117&menu=26>. Acesso em:30/03/2011.

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6.KEISERMAN, Dr. Mauro W. Fibromialgia. Disponível em:<http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?200>. Acesso em :29/03/2011.

7.KNOPLICH, José. Fibromialgia. Dor e Fadiga. Ed, Robe, 2001.

8.WEIDEBACH, Wagner Felipe S. Fibromialgia:evidências de um substrato neurofisiológico. Disponível em:< http://pt.scribd.com/doc/2671441/artigo-fibromialgia>. Acesso em:28/03/2011.

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[P-26]AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DE DUAS TÉCNICAS DE ALONGAMENTO NA FLEXIBILIDADE DOS

MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS

INTRODUÇÃOA prática de exercícios físicos é fator essencial e prudente

para a melhoria da qualidade de vida1. Dessa forma, quando realizada de forma periódica e disciplinada, inúmeros são os benefícios provenientes desta prática, entre eles: auxilia na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e como fator de proteção de doenças crônicas2.

Entretanto quando praticada de forma inadequada pode gerar lesões. Uma das formas de se evitar que isso aconteça é através de manobras terapêuticas como o alongamento que atuam preparando o estado físico antes da prática de exercícios3.

Diversas técnicas têm sido desenvolvidas3, dentre as quais estão o alongamento estático e a facilitação neuromuscular pro-prioceptiva (FNP), que apresentam diversos benefícios dentre eles a melhora da flexibilidade muscular.

Em contrapartida a falta de flexibilidade pode desen-cadear lesões musculares como nos músculos isquiotibiais4. Ainda prevalece dúvidas sobre qual melhor método, por isso o presente estudo teve por objetivo avaliar e comparar os efeitos das técnicas de alongamento FNP e o alongamento Estático na flexibilidade dos músculos isquiotibiais de jovens mulheres.

MÉTODOSO presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa envolvendo seres humanos (protocolo 0097/2011) e todas as voluntárias assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Participaram do estudo 30 mulheres com média de idade 20,45 (±1,66) que não estivessem praticando sessões de alongamento.

Os materiais utilizados foram banco de Wells, câmera digital, Software AutoCAD® 2007, prancha de madeira, entre outros. As participantes foram divididas em dois grupos, sendo

1- Discente do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP/ Marília/ São Paulo/ Brasil2 - Doutoranda em Desenvolvimento Humano e Tecnologias da UNESP/Rio Claro/São Paulo/Brasil3 - Docente do Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Filosofia e Ciências/ UNESP/ Marília/ São Paulo/ Brasil

Bruna Paleari¹, Mary Hellen Morcelli2 , Marcelo Tavella Navega3

Evaluation and comparison of the effects of two techniques of stretching on flexibility of hamstring muscles

Palavras-chave: Alongamento, Flexibilidade, Mulheres

eles, o Grupo Alongamento Estático (n=15) e FNP (n=15). Am-bos os grupos foram avaliados pelo teste Sentar e alcançar e pelo teste do Ângulo poplíteo. Os alongamentos foram realizados em três dias da semana durante quatro semanas consecutivas totalizando 12 sessões.

Para comparar os efeitos de cada intervenção, foi utilizado o teste não paramétrico de wilcoxon. Para comparar os efeitos das técnicas foi utilizado o teste não paramétrico de mann--Whitney. Para interpretação dos dados, foi adotado o nível de significância de 5% (p<0,05).

RESULTADOSOs dados obtidos com o Teste Sentar e Alcançar realizado

com o uso do Banco de Wells, correspondentes a avaliação inicial e final de cada grupo estão representadas na Tabela 1.

Tabela 1. Valores expressos em média e desvio padrão do Teste sentar e alcançar.

Com relação aos resultados encontrados no teste do ângulo poplíteo na avaliação inicial e final do membro domi-nante estão expressos na Tabela 2 e os valores do membro não dominante estão expressos na Tabela 3.Tabela 2. Valores expressos em média e desvio padrão do membro dominante.

Tabela 3. Valores expressos em média e desvio padrão do membro não dominante

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DISCUSSÃO

Os resultados obtidos indicam que ambas as técnicas são eficazes para o ganho de flexibilidade dos músculos isquioti-biais, não encontrando diferença significativa entre a eficácia das técnicas. Corroborando a isso Mallmann5 ao comparar três técnicas de alongamento, concluiu que o efeito imediato delas é o aumento da flexibilidade dessa musculatura. Da mesma forma que Costa6, o presente estudo não encontrou diferença significativa entre as técnicas.

Em contrapartida estudos concluem que FNP seria mais efetiva7, enquanto que outras pesquisas mostraram que o alonga-mento estático apresenta ganhos instantâneos de flexibilidade8.

CONCLUSÃOOs resultados obtidos no presente estudo permitem con-

cluir que ambas as técnicas de alongamento estático e facilitação neuromuscular proprioceptiva são eficazes para o ganho de flexi-bilidade dos músculos isquiotibiais, não apresentando diferenças significativas que evidenciasse qual delas é a melhor técnica.

Agradecimentos: Ao CNPq pela bolsa concedida.

REFERêNCIAS1 Santos, A.L.P.; Simões, A.C.Saúde Soc. 2012, 21,

181-192. 2 Guedes, D.P.; Gonçalves, L.A.V.V. Arq. Bras. Endocri-

nol. Metab.2007, 51, 72-78.3Alencar, T.A.M.; Matias, K.F.S. Rev. Bras. Med. Esporte.

2010, 16, 230-234 4 Fernandes, T.L.; Pedrinelli, A.; Hernandez, A.J. Rev.

Bras.Ortop. 2011, 46, 247-55. 5Mallmann, J.S.; Moesch, J.; Tomé, F.; Vieira, L.; Ci-

queleiro, R.T.; Bertolini, G.R.F. Rev. Bras. Clin. Med. 2011, 9, 354-9.

6Costa, U.A.; Cronemberger, C.D.; Luz, M.P.M.; Portela, T.S.; Matos, L.K.B.L. Rev. Ter. Man. 2008, 6,218-222.

7 O’Hora, J.; Cartwright, A.; Wade, C.D.; Hough, A.D. Shum, G.L. J. Strength Cond. Res. 2011, 25, 1586-91.

8 Busarello, F.O.; Souza, F.T.; Paula, G.F.; Vieira, L.; Nakayama, G.K.; Bertolini, G.R,F. Fisioter. Mov. 2011, 24, 247-254.

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[P-27]TESTE DE FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO EM ADULTOS TABAGISTAS

INTRODUÇÃOO tabagismo é a principal causa global prevenível de

morbidade e mortalidade. Estimativas apontam que em 2015 o tabaco será responsável por 10% dos óbitos globais e projeta-se mais de oito milhões de mortes para 20301. O tabagismo é a maior causa de inflamação crônica pulmonar e esta inflamação não para após a cessação do fumo2.

A avaliação da força muscular respiratória (FMR) consiste em um método de grande importância para a fisioterapia respi-ratória, diferindo-se de um teste muscular e convencional, pois, por meio desta avaliação, é possível investigar as condições da força e o desempenho mecânico dos músculos da respiração3. A função pulmonar dos indivíduos tabagistas pode ser avaliada por inúmeros testes. Entre eles podemos citar a manovacuometria e o pico de fluxo expiratório.

O objetivo do presente estudo foi avaliar as pressões res-piratórias máximas e o pico de fluxo expiratório em indivíduos tabagistas.

MÉTODOSForam sujeitos do estudo 42 indivíduos fumantes de am-

bos os sexos participantes do Evento FISIOFIB na comunidade realizados no ano de 2011 e 2012.Foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o número de protocolo 031/11. Os critérios de inclusão foram idade igual ou superior a 25anos e ser fumante pelo menos há um ano, com carga tabágica (CT) mínima de um ano-maço (maços por dia multiplicado por anos de tabagismo). Foram aferidos peso, altura e calculado o índice de massa corpórea (IMC), que se dá dividindo o peso pela altura ao quadrado. A avaliação das pressões inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx) foi realizada utilizando um manovacuômetro da marca Instrumentation Industries,

1. Graduanda do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru2. Professora Doutora do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru e do curso de Fisioterapia da USC – Bauru3. Professora Doutora do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas de Bauru e Professora do curso de Fisioterapia da UNESP – Campus Marília

Ariane Pereira Ramirez1, Carla de Oliveira Carletti1, Vanessa de Freitas Lemes1, Ana Paula Rodri-gues1, Camila Gimenes2, Roberta Munhoz Manzano3

Respiratory muscle strength and peak expiratory flow in adult smokers

Palavras-chave: tabagistas; cigarro; pressões respiratórias máximas.

previamente calibrado, tendo o intervalo de medida de -120 à +120cmH2O. Para avaliar as medidas do pico de fluxo expira-tório (PFE) foi utilizado o aparelho PeakFlowMeter da marca Assess. Foi realizada a Correlação Linear de Pearson entre as variáveis, peso, altura, IMC, PImax, PEmax, PFE e carga ta-bágica. A análise estatística foi realizada utilizando o Software Sigma Stat for Windows (versão 3.5) utilizando um índice de significância (p <0,05) e intervalo de confiança de 95%.

RESULTADOSForam estudados 42 indivíduos tabagistas 60% do sexo

masculino. Observou-se correlação entre a carga tabágica com a idade(p=0,001), quanto maior a idade maior a carga tabágica, en-tre o peso e a PImáx (p=0,03) e o peso com a PEmáx (p=0,007), quanto maior o peso, menor a PImáx e a PEmáx. Não houve correlação quando comparadas as variáveis PImáx, PEmáx, PFE e carga tabágica. Também foi realizada a correlação de Pearson com os indivíduos subdividos em três grupos de acordo com a carga tabágica. CT de 1-10 anos, CT de 11-20 anos e CT acima de 21 anos. Não houve correlação entre nenhuma das variáveis.

DISCUSSÃO Os fumantes apresentam menor tolerância ao esforço

físico com consequente resistência aumentada do fluxo aéreo o que resulta em um trabalho e o custo de energia da respiração au¬mentados e a função dos músculos respiratórios afetada, diminuindo a capacidade desses músculos de suportar a carga ventilatória aumentada, levando a uma dimi¬nuição da força muscular inspiratória4.

O peso também é um fator que contribui para as alterações respiratórias. Sabe-se que a obesidade desencadeia um aumento no trabalho mecânico da respiração, o diafragma encontra-se elevado pelo abdômen distendido, ocorre à redução da CRF tanto pela redução do Volume de Reserva Expiratória (VRE) como pela redução do Volume Residual (VR) e pode causar anormalidades na distribuição ventilação/perfusão, nos gases do sangue arterial, nos mecanismos pulmonares e na difusão dos gases5.

Portanto, evidencia-se que testes que avaliam a função

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pulmonar são eficazes no diagnóstico e prognóstico de doenças que atingem o sistema respiratório e que são agravadas pelo tabagismo.

CONCLUSÃOA maioria dos indivíduos tabagistas apresentou redução

das pressões respiratórias máximas e pico de fluxo expiratório, no entanto não houve correlação entre as variáveis. São neces-sários mais estudos com uma amostra maior para verificar a força muscular respiratória em fumantes.

REFERêNCIAS1. Pinto M, Ugá DAM. Custo do tratamento de pacien-

tes com histórico de tabagismo em hospital especializado em câncer. Rev Saúde Pública. 2011;45(3):575-82.

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