PS exige que maioria deixe cair cortes

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PS exige que maioria deixe cair cortes de 4700 milhões A ministra das Finanças juntou se ontem às negociações entre PSD PS e CDS que hoje prosseguem com propostas escritas Na maioria os sinais são de aceitação das exigências socialistas Leonete Botelho e Sofia Rodrigues Ocorte de 4700 milhões de euros de despesa estru tural do Estado é um dos pontos que mais tem di ficultado as negociações entre PSD PS e CDS com vista ao compromisso de salvação nacional pedido pelo Presidente da República Os socialistas continuam a argumentar que formas de al cançar as metas do défice as actu ais ou se possível as que venham a ser renegociadas sem os cortes na despesa do Estado propostos pelo Governo e que passam por despe dimentos na função pública e pela redução substancial das funções sociais do Estado Nunca colocarei outro interes se acima do que é melhor para os portugueses Assumo todas as con sequências mas disso nunca abdi carei disse ontem António José Seguro a uma pessoa próxima sua Se for para seguir o caminho da aus teridade que está a ser seguido não haverá acordo Foi para explicar a política de cortes que ontem foi chamada à mesa das negociações Maria Luís Albuquerque ministra de Estado e das Finanças ainda que os partidos insistam que não negociações com membros do Governo nessa qualidade Hoje segundo o comunicado con junto dos três partidos as reuniões continuam com a apresentação de contributos escritos para a obten ção de um acordo com a máxima brevidade Um avanço que pode indiciar que as negociações estão próximas do fim seja ele qual for Na reunião aprofundaram se os temas e analisaram se documentos sobre a situação económico finan ceira do país se no comunica do acrescentando que os trabalhos prosseguiram de forma intensa Em cima da mesa estão propostas que deverão constar do Orçamento do Estado para 2014 e as próximas avaliações da troika a oitava ea no na previstas para Agosto e Setem bro A concertação de uma posição negocial com a troika em termos de metas é vista pela maioria co mo uma vantagem para Portugal quando a missão externa vier a Lis boa Essas negociações são sempre difíceis como admitem fontes da maioria o que em boa parte pode explicar o empenhamento público do PSD e do CDS em tentar alargar o compromisso ao PS E de tal for ma estão empenhados nesse acordo que se admite no PSD a possibili dade de aceitar as eleições anteci padas para o próximo ano tanto mais que o seu resultado será uma incógnita ver texto ao lado Reforma congelada Outro sinal de que o PSD quer agra dar ao PS foi a intenção manifesta da pelo deputado social democrata Duarte Pacheco de poder adiar as propostas do Governo sobre o ho rário de trabalho ea requalificação na função pública para acomodar eventuais propostas de alteração do PS A disponibilidade para congelar os pilares da reforma da administração pública no Parla mento tinha sido manifestada pelo coordenador do PSD na pas sada sexta feira e voltou a lo na segunda feira Depois de ontem te rem sido ouvidos os sindicatos na comissão o PSD deve apresentar hoje um novo calendário de apre ciação e votação das propostas na comissão de Orçamento e Finanças embora pretenda votar a reforma em termos globais no último ple nário previsto da actual sessão le gislativa dia 24 Ontem a maioria PSD CDS acen tuou a ideia de que está de boa nas negociações com o PS e até acede dizer no comunicado

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PSexigequemaioriadeixecaircortesde4700milhõesAministra das Finanças juntou se ontemàs negociações entre PSD PS e CDS quehoje prosseguem com propostas escritasNamaioria os sinais são de aceitaçãodas exigências socialistas

LeoneteBotelhoeSofiaRodrigues

Ocorte de 4700milhões deeuros de despesa estrutural do Estado é um dospontos que mais tem dificultado as negociaçõesentre PSD PS e CDS com

vista ao compromisso de salvaçãonacional pedidopeloPresidentedaRepública Os socialistas continuama argumentar que há formas de alcançar asmetas do défice as actuais ou se possível as que venhamaser renegociadas sem os cortes nadespesa do Estado propostos peloGoverno e que passampor despedimentos na função pública e pelaredução substancial das funçõessociais do Estado

Nunca colocarei outro interesse acima do que é melhor para osportugueses Assumo todas as consequências mas disso nunca abdicarei disse ontem António JoséSeguro a umapessoa próxima suaSe for para seguir ocaminhoda austeridade queestáa ser seguido nãohaverá acordoFoi para explicar a política de

cortes que ontem foi chamada àmesa das negociações Maria LuísAlbuquerque ministra de Estado e

das Finanças ainda que os partidosinsistam que não há negociaçõescommembros do Governo nessaqualidadeHoje segundoo comunicadocon

junto dos três partidos as reuniõescontinuam coma apresentação decontributos escritos para a obtenção de um acordo com a máximabrevidade Um avanço que podeindiciar que as negociações estãopróximas do fim seja ele qual forNa reunião aprofundaram se ostemas e analisaram se documentossobre a situação económico financeira do país lê se no comunicado acrescentando que os trabalhosprosseguiram de forma intensaEmcima damesaestão propostas

que deverão constar doOrçamentodo Estado para 2014 e as próximasavaliações da troika aoitava e a nona previstas para Agosto e Setembro A concertação de uma posiçãonegocial com a troika em termosde metas é vista pela maioria como uma vantagem para Portugalquando amissão externa vier a Lisboa Essas negociações são sempredifíceis como admitem fontes damaioria o que em boa parte podeexplicar o empenhamento públicodo PSD e do CDS em tentar alargaro compromisso ao PS E de tal forma estão empenhados nesse acordo

que se admite no PSD a possibilidade de aceitar as eleições antecipadas para o próximo ano tantomais que o seu resultado será umaincógnita ver texto ao lado

Reforma congeladaOutro sinal de que o PSD quer agradar ao PS foi a intençãomanifestada pelo deputado social democrataDuarte Pacheco de poder adiar aspropostas do Governo sobre o horário de trabalho e a requalificaçãona função pública para acomodareventuais propostas de alteraçãodo PS A disponibilidade paracongelar os pilares da reforma daadministração pública no Parlamento já tinha sido manifestadapelo coordenador do PSD na passada sexta feira e voltou a sê lo nasegunda feira Depois de ontem terem sido ouvidos os sindicatos nacomissão o PSD deve apresentarhoje um novo calendário de apreciação e votação das propostas nacomissãode Orçamentoe Finançasembora pretenda votar a reformaem termos globais no último plenário previsto da actual sessão legislativa dia 24Ontem amaioria PSD CDS acen

tuou a ideia de que está de boafé nas negociações com o PS eaté acede dizer no comunicado

Público

1/2/3

S/Cor

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Imagem:Página (s):17­07­2013

Política

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que o Governo não participa nasreuniões quando a ministra dasFinanças se juntou às conversaçõesna sede doCDS Nenhumdirigenteda maioria arrisca declarações quepossam beliscar um possível acordo mas tambémninguémescondeo incómodo causado pelos sinaisdados pelo PS ao marcar reuniãocom o BE e anunciar o voto a favordamoção de censura enquanto ne

goceia com os partidos que suportam o GovernoO líder parlamentar do PSD veio

ontem ao final da tarde expressar o desejo de que todos estejamnessas conversaçõesde boa fé comsentido coerente de construir umasolução para o futuro Em declarações aos jornalistas no ParlamentoLuís Montenegro quis desvalorizar

o encontromarcado entre PS e BEdizendo que faz parteda liberdadede acção política dos partidosAmesma palavra – boaféfoi

repetida pelo CDS pela voz de Telmo Correia no final do ConselhoNacional de segunda feira quandose referiu às negociações O próprioPaulo Portas disse na intervençãoque fez na reunião que o partidoestará empenhado e de boa fé nasnegociações para conseguir o quefoi pedido pelo Presidente da RepúblicaNinguém na maioria disfarçou

a surpresa da aceitação do PS emreunir se com o BE no mesmomomento em que negoceia umcompromisso com os partidos damaioria O desfecho desse diálogofoi negativo ver página 6 o quepoderá hoje contribuir para umclima de menor suspeição entre adireita face aos socialistas Mas ontem ninguém queria de viva vozapontar quaisquercontradições aoPS para não dar razões aos socialistas para se recusarem a assinar umqualquer textoO comunicado conjunto do PSD

PS e CDS alinha até com a posiçãoassumida no domingo pelo líderparlamentar do PS Carlos Zorrinho quando disse que os socialistas não reúnemcom oGoverno Por

isso nem faz referência à ministradas FinançasMaria Luís Albuquerque esteve

ontem à tarde na sede do CDS onde decorreu durante mais de trêshoras a terceira reunião das negociações tripartidas entre representantes do PSD CDS e PS mas ondequatro elementos sãomembros doGoverno Miguel PoiaresMaduro eCarlosMoedas ministro adjunto esecretário de Estado adjunto respectivamente mas sem cargos noPSD Mota Soares ministro e dirigente do CDS e de Miguel MoraisLeitão secretáriode Estado emembro da comissão política do CDSDo lado do PS acentuava se que eraa única delegação que contava comdois economistas EuricoBrilhante Dias e Óscar Gaspar lideradospelo dirigente Alberto MartinsPor exigência do PS o comu

nicado ressalva que nas reuniõesparticipam exclusivamente representantes dos partidos políticos eumrepresentante do Presidente daRepública como observadorCerto é que nem Poiares Madu

ro nem Maria Luís Albuquerquetêm quaisquer cargos no PSD Albuquerque aliás concorreu comoindependente em 2011 mas fonteoficial do PSD garante que é militante do partido

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