PSICO- Transtorno Bipolar- Sono_Reparador-Exercícios (39 p)

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Transtorno bipolar – informações úteis O transtorno bipolar resulta de distúrbios na função dos neurotransmissores cerebrais, e a psicoterapia clássica não mostrou benefício no tratamento dessa doença, nos trabalhos já publicados. No entanto, novas abordagens têm provado sua eficácia. Além disso, os especialistas em saúde mental devem fornecer apoio psicológico adequado aos pacientes, pois isso é essencial no tratamento dos mesmos, em todas as fases da doença. Fornecimento de informações ao paciente sobre a sua doença e as opções de tratamento, ajudando-os a seguir o tratamento adequadamente; Os profissionais têm papel importante em ajudar o paciente a se ajustar à realidade da doença, entendendo as conseqüências de cada fase, mania e depressão; Fornecem apoio aos pacientes com relação aos seus sentimentos de culpa e remorso, que costumam se seguir aos episódios de mania; É importante a monitoração do paciente, de forma a intervir mais precocemente, no início da crise. Isso reduz a gravidade da mesma;

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sono reparador

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Transtorno bipolar informaes teisO transtorno bipolar resulta de distrbios na funo dos neurotransmissores cerebrais, e a psicoterapia clssica no mostrou benefcio no tratamento dessa doena, nos trabalhos j publicados. No entanto, novas abordagens tm provado sua eficcia. Alm disso, os especialistas em sade mental devem fornecer apoio psicolgico adequado aos pacientes, pois isso essencial no tratamento dos mesmos, em todas as fases da doena.

Fornecimento de informaes ao paciente sobre a sua doena e as opes de tratamento, ajudando-os a seguir o tratamento adequadamente;

Os profissionais tm papel importante em ajudar o paciente a se ajustar realidade da doena, entendendo as conseqncias de cada fase, mania e depresso;

Fornecem apoio aos pacientes com relao aos seus sentimentos de culpa e remorso, que costumam se seguir aos episdios de mania;

importante a monitorao do paciente, de forma a intervir mais precocemente, no incio da crise. Isso reduz a gravidade da mesma;

Ajudam tambm o paciente a lidar com sentimentos de imperfeio e desespero, ao compreenderem melhor sua doena.

Qual o papel da terapia cognitivo-comportamental no tratamento do transtorno bipolar?

A terapia cognitivo comportamental um mtodo estruturado, que ajuda o paciente a reconhecer seus pensamentos negativos e seus padres de comportamento e a modific-los. Em muitos pacientes, esse tipo de terapia pode ser benfico. Sabe-se tambm que a terapia cognitivo-comportamental til no tratamento de outros transtornos do humor, como a depresso e a ansiedade, e os estudos vm mostrando que pode ser benfica tambm no tratamento do transtorno bipolar. Nesses pacientes, os objetivos da terapia cognitivo-comportamental so: (1) aprender a reconhecer os episdios de mania, antes que eles atinjam o mximo de intensidade e a mudar o comportamento durante a crise; (2) aprender como tolerar o episdio depressivo, desenvolvendo comportamentos e pensamentos que ajudam a neutralizar o humor negativo.

Mtodo da Monitorao do Humor

Essa tcnica bastante til para ajudar o paciente a reconhecer uma crise que est para comear. Consiste na anotao em um grfico ou dirio, dos efeitos do estado mental do paciente em seu nvel de energia e atividade fsica, graduando esses registros.

O preenchimento do grfico requer os seguintes passos:

Utilizando um dirio, o paciente descreve a cada dia o seu humor e seus efeitos nas atividades realizadas;

De posse dessa informao, o paciente faz uma marca na escala, que representa o humor de cada dia e seus efeitos. Cada marca deve ser conectada marca anterior, com uma linha;

Alm disso, devem ser descritos todos os eventos emocionais ou fsicos significativos, a ocorrncia de menstruaes, uso de medicamentos e sua dosagem, qualquer outro fator que possa afetar o humor ou a realizao das atividades dirias;

Aps alguns meses, o terapeuta e o paciente vo ser capazes de detectar um padro e identificar possveis fatores desencadeantes de crises de transtorno bipolar;

Essas informaes so muito teis, e ajudam o paciente a fazer ajustes que permitem reduzir a gravidade das variaes do humor.

No que consiste a terapia familiar?

O envolvimento dos familiares e dos parceiros de extrema importncia no tratamento dos pacientes com transtorno bipolar. A terapia cognitivo-comportamental tambm til, j que auxilia na aceitao da doena (...)Algumas recomendaes para o apoio ao paciente:

Inicialmente, deve ser estabelecido um pacto entre a famlia e o paciente, com o objetivo de identificar os passos a serem seguidos para manter a estabilidade emocional. Caso essas medidas falhem, ambas as partes devem estar de acordo para adotar as medidas necessrias durante a crise, como a hospitalizao, por exemplo;

Deve-se criar um senso de apoio forte, pois esses pacientes apresentam risco aumentado de suicdio;

Deve-se conseguir que o paciente siga o tratamento, mesmo que seja necessrio amea-lo com a hospitalizao;

No se deve sentir culpa e nem fazer com que o paciente sinta culpa, j que a doena no se deve a algum erro de alguma pessoa.

Importante ressaltar que os familiares e companheiros devem receber um suporte adequado do profissional de sade mental, j que eles podem tambm desenvolver algum grau de depresso. Deve ser encorajada a realizao de atividades que reduzam o estresse, como:

Meditao;

Tcnicas de relaxamento;

Prtica regular de atividade fsica; caminhadas dirias; exerccios regulares, realizados corretamente (os professores de educao fsica, esto preparados para auxiliar as pessoas na prtica correta dos exerccios fsicos!) Passar alguns perodos (feriados) longe do paciente;

Prtica de atividades prazerosas; [sono reparador: criar o hbito de dormir o mais cedo possvel, ... escureceu, ir para a cama; manter o quarto o mais escuro possvel (nada de luz fraca no quarto, abajur, ... nada!). Segundo a pesquisadora T S Willey em seu livro Apague a Luz! (veja trecho do livro no final deste estudo) devemos dormir no mnimo 9 horas e meia por dia, NO MNIMO!!!. Livro importantssimo, deve ser lido por todos que desejam ter sade e qualidade de vida]

Envolvimento em grupos de apoio.

Quais mudanas no estilo de vida so recomendadas para os pacientes com transtorno bipolar?

1) Sono

A manuteno de um bom padro de sono extremamente importante nos pacientes com transtorno bipolar. Estudos tm mostrado que o uso de tcnicas para a obteno de boa qualidade de sono ajuda a reduzir as variaes do humor.[O prof de Educao Fsica Nuno Cobra, tambm enfatiza a importncia do sono reparador para se ter sade. Devemos deixar que a natureza faa a sua parte, indo para a cama mais cedo, na maioria dos dias. Veja o artigo O Sono Essencial, no final deste estudo, bem como um outro artigo relacionado com o tema, escrito pela profa. Jocelem Mastrodi Salgado O Sono Essencial]2) Dieta

Recomenda-se manter uma dieta saudvel, pobre em gorduras saturadas e rica em gros, frutas e vegetais frescos, da mesma forma que o indicado para todas as pessoas. Alguns estudos mostram que o consumo de cidos graxos mega-3, encontrados em leos de peixe, pode ajudar a reduzir os sintomas de diversas doenas psiquitricas, incluindo o transtorno bipolar. Alguns estudos em andamento esto avaliando o emprego de cpsulas contendo compostos de cido eicosapentanico e docosahexanico, principalmente nos pacientes que no responderam a outras terapias. Outro agente sob investigao o inositol, um componente do grupo das vitaminas do complexo B, o qual parece ter efeito benfico no tratamento da depresso.

3) Atividade Fsica

A prtica regular de atividade fsica parte fundamental no tratamento desses pacientes, principalmente para evitar-se o ganho excessivo de peso. Alm disso, ajuda o paciente a manter uma sensao de bem-estar. [O nosso corpo foi feito para o movimento!, portanto, devemos fugir do sedentarismo. Sedentarismo enfermidade, doena, velhice e morte]O sinal mais importante da decadncia o sedentarismo! O corpo est atento quilo que fazemos, ao nosso comportamento fsico, todos os dias, como se fosse uma ave de rapina. Na natureza, nada justifica o sedentarismo. (Dr. Henry S. Lodge, M.D., pg 41, do livro Fique Mais Jovem a Cada Ano, editora Sextante).Nota: os pacientes com transtornos do humor, depresso, transtorno bipolar, podem tambm utilizar os recursos da homeopatia. A Homeopatia oferece excelentes recursos teraputicos para auxiliar os pacientes com estes problemas de sade. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Informaes complementares:

Abaixo, um trecho do livro APAGUE A LUZ! da pesquisadora norte-americana T S Willey: (da pgina 13 pgina 42)INTRODUO

O tema notcia em toda parte.

Na revista Life de janeiro de 1998, 70 milhes de americanos finalmente admitiram que, ocasionalmente, dormimos ao volante, deixamos a bola cair ou samos literalmente do ar. Livros como Power Sleeping e recortes de notcias sobre jet lag esto sempre aparecendo nos meios de comunicao. A falta de sono o mais novo dficit dos Estados Unidos. Este dficit uma trementa cratera que no temos esperana de fechar. Aparentemente, quando perdemos horas de sono, a sensao igual a correr a p atrs de um trem em movimento. O problema que, no caso do sono, realmente no se pode recuperar. Por que no?

Seus hormnios no so to elsticos assim.

Hormnios e sono? Isso novidade.

Hormnios ocomo o estrognio e, ocasionalmente, a testosterona, so sempre notcia. O DHEA e o hormnio do crescimento humano at aparecem de vez em quando, mas sempre nas matrias sobre envelhecimento. O nico hormnio ligado ao sono a boa e velha melatonina e todo mundo sabe que pode ser comprada sem receita mdica. Se precisar fcil conseguir, certo?

Ento, por que deixar a falta de sono mant-lo noites e noites acordado?

Porque, quando voc dorme menos no que deve, a melatonina no o nico hormnio afetado. H pelo menos dez hormnios diferentes, e outros tantos neurotransmissores no crebro, que comeam a no funcionar direito quando voc no dorme o suficiente. A melatonina apenas a ponta do iceberg, por assim dizer. Todas as outras alteraes que modificam o apetite, a fertilidade e a sade mental e cardaca.

Ento, porque essa notcia faa parte, separadamente, de cinco ou seis disciplinas acadmicas diferentes. Por exemplo, a Dra. Eve Van Cauter, da Universidade de Chicago, chama de dvida de sono as alteraes hormonais que registra em seu laboratrio de estudos do sono. Um nome que pode pegar... Talvez assim a perda do sono atraia alguma ateno. De alguma maneira, a idia de relacionar a perda do sono a ser credor ou devedor de alguma coisa igual a dinheiro atribua ao assunto maior importncia. O dinheiro sempre fala alto e essa dvida de sono que voc est contraindo tem um custo anual direto, para a nao, de 15,9 bilhes de dlares, e um custo indireto de mais de 100 bilhes de dlares, em horas perdidas de trabalho e acidentes. Mas ns dizemos que o custo , na verdade, bem maior.

o custo da sua vida.

Dormir depois que o despertador toca, cochilar no teclado do computador ou derramar o caf na mesa de trabalho, no so os principais desastres para quem dorme pouco: a morte a pior conseqncia.

E, quando falamos de morte no estamos falando de acidentes de automvel.

Como a nao, estamos doentes porque no dormimos. Estamos gordos e diabticos porque no dormimos. Estamos morrendo de cncer ou do corao porque no dormimos. Uma avalanche de artigos cientficos escritos e revisados por colegas nossos do suporte nossa concluso de que, quando no dormimos em sincronia com a variao sazonal da exposio luz, alteramos definitivamente um equilbrio da natureza que foi programado em nossa fisiologia desde o Primeiro Dia. O relgio csmico est embutido na fisiologia de cada ser vivo.

A histria que estamos prestes a contar to bvia e, no entanto to fantstica, que voc no acreditaria, se no fosse verdade. H mais coisas na histria da perda de sono do que qualquer um de ns esperaria, porque at agora ningum foi capaz de enxergar o quadro completo.

Ns enxergamos e vamos mostr-lo a voc.

Em Apague a luz, provamos que a obesidade e os principais assassinos relacionados a ela doenas cardacas, diabetes e cncer so causados por noites curtas, por trabalhar durante horas ridiculamente longas, por, literalmente, queimar a vela nas duas pontas e pela eletricidade, que nos permite fazer tudo isso. A causa, com toda a certeza, no comer gordura demais ou a falta de exerccio.

Pesquisamos o crescimento da obesidade e das chamadas doenas relacionadas a esse aumento de peso durante dois anos e meio. Nossas concluses so suportadas por mais de uma dcada de pesquisa feita no National Institutes of Health (NIH), em Washington, e em mais de outras fontes cientficas. A nova abordagem em relao doena pode ser humilde e desconcertante, mas o preo da verdade.

Ento oua.

* * *

Quando o dia mais longo, criado pelos ciclos artificiais de claridade e escurido se tornou a norma, h apenas setenta anos com o uso indiscriminado das lmpadas eltricas obesidade, diabetes, doenas cardacas e cncer de repente se tornaram as causas oficiais de morte nos relatrios dos investigadores pblicos.

Desde que essas doenas comearam a aparecer como as principais causas de morte, por volta de meados do sculo, os esforos por parte da cincia e da medicina para explicar o impressionante aumento de casos nunca examinaram qualquer outra mudana ambiental gritante, a no ser a dieta. E aps todos esses anos, enquanto os americanos continuam a morrer, todos os mdicos e pesquisadores continuam a insistir no mesmo ponto.

hora de ver a luz.

A maior mudana pela qual os seres humanos passaram, nos ltimos 10 mil anos, aconteceu h menos de setenta anos. A eletricidade e o uso indiscriminado da lmpada eltrica figuram, ao lado da descoberta do fogo, do advento da agricultura e da descoberta do tratamento com antibiticos, entre os marcos sem retorno na histria da humanidade.

Em 1910, um adulto ainda dormia de nove a dez horas por noite. Hoje, esse adulto tem sorte se consegue dormir sete horas por noite. A maioria de ns no consegue. Esses nmeros significam quinhentas horas a mais acordados por ano. Na natureza, dormiramos 4.370 horas de um possvel total de 8.760, ou metade de nossas vidas. H oitenta anos, j tnhamos cado para 3.395 horas. Agora, temos sorte de atingir umas parcas 2.255 horas. Se a natureza conta o nosso tempo, e apostamos que sim, isso significa que s chegamos a viver a metade do que viveramos. Talvez tenhamos dobrado esses nmeros com cirurgias e antibiticos, mas imagine o quanto mais poderamos viver se tambm dormssemos.

Na dcada de 1970, os americanos dedicavam 27 horas semanais ao lazer. Na dcada de 1990, essa mdia caiu para quinze horas. E trabalhamos pelo menos 48 horas semanais, em comparao s 35 que um trabalhador cumpria, em mdia, na dcada de 1970. naquela poca tnhamos hobbies, jogvamos beisebol, montvamos miniaturas de navios, ramos membros de clubes e lderes de escoteiros. Hoje, embora o nmero de horas que dedicamos ao trabalho e ao lazer seja aproximadamente o mesmo, a proporo mudou consideravelmente. Nos ltimos trinta anos, desde 1970, encontramos novas paixes para acrescentar s antigas: fazer exerccios, ir ao mdico, agentar um trfego cada vez mais ensandecedor, assistir a 150 canais e a filmes de verdade na TV a cabo, alm dos mais recentes bandidos: e-mail e eBay. No admira que no sobra tempo para dormir ou cuidar das crianas.

Ento, por que os guardies da nossa sade no prestam ateno ao estresse e falta de sono antes de colocarem a culpa na comida? Vai advinhar. E quando resolveram examinar a dieta dos americanos e dar conselhos, fizeram tudo ao contrrio. Disseram populao para comer acar e evitar gorduras.

Ao revelar como seu corpo evoluiu junto com o planeta e tudo o mais que nele existe, e ao explicar como esse corpo utiliza o alimento para provocar o sono e lidar com o estresse, podemos dizer exatamente o que acontece sua mente, ao seu corpo e ao planeta quando voc come. Agora vamos lhe mostrar a luz.

A cincia do ritmo circadiano explica tudo. Todos os mistrios podem ser desvendados. Neste livro, examinamos as evidncias cientficas atravs das lentes da biologia evolutiva e da biofsica. Os mapas moleculares nos mostram o caminho de casa e nos contam de novo o que sempre soubemos. O sono controla o apetite, e o apetite e o estresse controlam a reproduo. Dormir, comer e fazer amor controlam o envelhecimento.

Os hormnios melatonina e a prolactina so atores fundamentais em nossa conexo mente-corpo-planeta. Eles se comunicam com o sistema imunolgico e com o sistema de metabolizao de energia, em relao aos ciclos de luz-e-escurido. A insulina e a prolactina orquestram a qumica cerebral que governa a serotonina e a dopamina no crebro, para controlar nosso comportamento e estado de esprito. Serotonina e dopamina controlam o comportamento em relao comida e ao sexo. Resultado: pouco sono faz voc ficar gordo, faminto, impotente, hipertenso, canceroso, e com o corao doente.

A energia solar a catalizadora de todo tipo de vida. A quantidade de luz que age sobre voc informa os controles do seu sistema sobre a rotao e a rbita do planeta em que vivemos. Esse posicionamento global ajuda nossos sentidos a ficarem de olho no estoque de alimentos. essa comunicao csmica que nos diz, desde o incio dos tempos, quando comer, o que comer e quando reproduzir, para maximizar a comida disponvel. Ns e todos os outros organismos neste planeta evolumos com o giro do planeta dentro e fora da luz do sol.

O fato de voc estar lendo isto significa que o sistema teve sucesso.

O fato de voc querer ler isto mostra que o sistema est desmoronando.

A maioria das pessoas est absolutamente cansada de controlar o peso e preocupar-se com o corao. Estamos prestes a lhe dizer como parar.

Poderamos ter dado a este livro o ttulo de Perca peso enquanto voc dorme, mas nos pareceu demasiado vulgar. Quase o chamamos de Mantido no escuro, depois que descobrimos exatamente onde eram conduzidos os estudos que provavam nossa premissa: em Washington. E ningum menos do que o National Institutes of Health confirma que um dado cientfico dizer que os ciclos de luz-e-escurido:

ligam e desligam a produo de hormnios

ativam o sistema imunolgico

determinam a liberao diria, particularmente a sazonals, dos neurotransmissores

Acabamos de dizer que, anos e anos atrs, ns existamos em sincronia com todos os ciclos biofsicos e ritmos da natureza. Hoje, no apenas controlamos o estoque de alimentos, mas tambm fazemos retroceder a noite e o tempo. Neste livro dizemos qual o preo que estamos pagando por querer brincar de Deus.

Aqui est a conta: a infindvel luz artificial com a qual convivemos registrada, em nosso relgio interno, igual aos longos dias de vero, porque a noite nunca cai e o inverno nunca chega. Como mamferos, somos teleguiados para armazenar gordura durante a exposio a dias longos e depois dormir um pouquinho ao menor sinal de fome.

S que agora no dormimos e tambm no sentimos fome; pelo menos, no temos fome de carboidratos. por isso que estamos gordos e ficamos cada vez mais gordos. Afinal, sempre vero!

Enquanto o fogo, com sua luz, estendeu nosso dia o suficiente para afetar o intelecto e a reproduo, a eletricidade ilimitada pode simplesmente acabar com a gente.

A menos que o governo faa isso primeiro.

Se o NIH realizou a maior parte dos estudos que fornecem as provas de que a depresso, a obesidade, as doenas do corao e o cncer podem ser prevenidos, em grande parte dos casos, se as pessoas simplesmente dormirem mais e apagarem as luzes, por que eles nos mantiveram no escuro at agora? Por que continuar a insistir que dietas ricas em carboidratos e exerccio vo nos curar? Ser que eles esto realmente tentando nos matar?

A verdade sempre mais estranha que a fico. Os cientistas da MacArthur Mind/Body Foundation, da Universidade de Chicago, da NASA, do National Institutes of Health e do National Institutes of Mental Health, esses ltimos em Washington, vm estudando biofsica ao longo da ltima dcada. Isso significa que os mais importantes pensadores cientficos dos Estados Unidos esto pesquisando a mesma cincia que ns pesquisamos para este livro. Enquanto voc l, tambm eles esto provando que nos reproduzimos e nos alimentamos sazonalmente, que temos um metabolismo fartura-fome, que desenvolvemos diabetes, doenas cardacas, cncer e depresses graves se dormirmos menos de nove horas e meia por noite durante pelo menos sete meses no ano.

Quando perguntamos ao Dr. Thomas Wehr, o chefe do departamento que estuda os ritmos sazonais e circadianos no NIH em Washington, se ele achava que a populao tinha o direito de saber que com menos de nove horas e meia de sono por noite ou seja, no escuro as pessoas a) nunca sero capazes de deixar de comer acar, fumar e beber lcool; e b) com grande margem de certeza desenvolvero uma das seguintes condies: diabetes, doenas cardacas, cncer, infertilidade, doena mental e/ou envelhecimento precoce, ele respondeu:Bem, sim, ela tem o direito de saber. E deve ser informada; mas isso no vai mudar nada. Ningum vai apagar mesmo as luzes...

Talvez no.

Afinal, a luz sedutora. Quanto mais tempo ficamos acordados, mais aprendemos. por isso que os americanos so os melhores e os mais brilhantes e tambm os mais doentes do mundo.

Mas ainda acreditamos que algo pode acontecer.

Afinal, quando os nmeros divulgados pelas autoridades disseram aos americanos, no final da dcada de 1960, que era melhor encontrarem tempo para fazer exerccios ou ento morreriam, eles passaram a fazer exerccios. E quando nos disseram para cortar a gordura de nossa dieta porque seno morreramos, todas as fbricas de alimentos se prepararam para isso. Quando a medicina declarou que os remdios para diminuir o colesterol seriam a nossa salvao, enquanto ficvamos cada vez mais doentes. A gente botou as plulas para dentro como se fossem balas de chocolate. claro que muita gente ganhou dinheiro com o movimento do condicionamento fsico, com os alimentos de baixo teor de gordura e com os remdios. Mas a nica pessoa que vai se beneficiar com o sono voc mesmo.

O que est em jogo, aqui, se queremos ou no ir mais cedo para a cama e trabalhar menos horas por dia. Com os minimercados 24 horas, 250 canais de televiso e a internet para surfar a noite toda, reverter nosso ritmo exigiriam um esforo hercleo. Sabemos disso, mas estamos prestes a fazer da volta ao tempo dos dinossauros uma escolha pessoal, no federal. Acreditamos que a populao merece, de nosso governo, o acesso aos fatos e a uma consultoria nutricional mais precisa.

Ns pagamos por isso.

Todos os americanos sabem que Washington prdiga em segredos, mas um pouco difcil de engolir que, ao mesmo tempo que o Departamento Federal de Medicina nos diz para ingerir uma dieta pobre em gordura e 58% de carboidratos para curar obesidade, diabetes, doenas cardacas e cncer, o NIH, que fica do outro lado da rua, est provando que o consumo excessivo de carboidratos, provocado pela privao do sono, figura entre as causas dessas mesmas doenas.

Por que vimos sendo mantidos na ignorncia, quando eles sempre souberam da verdade?

PARTE I

SEGREDOS

E MENTIRAS

UM

QUEREMOS ACREDITAR:

A igreja dos falsos deuses

Em algum momento do passado, os cientistas descobriram que o tempo flui mais vagarosamente quanto mais longe estivermos do centro da Terra. O efeito minsculo, mas pode ser medido com instrumentos extremamente sensveis. Uma vez conhecido o fenmeno, algumas pessoas, ansiosas por permanecer jovens, mudaram-se para as montanhas.

Agora, todas as casas esto construdas em Dom, no Matterhorn, Monte Rosa e outras elevaes. impossvel vender casas em qualquer outro lugar... Pilotis... Pessoas ansiosas por viver mais construram suas casas nos pilotis mais altos... Elas celebram sua juventude e caminham nuas em suas varandas...

Com o tempo, as pessoas esqueceram a razo por que o mais alto melhor.

Mesmo assim, continuam a ensinar a seus filhos a evitarem deliberadamente outras crianas que vivem em elevaes menores. Elas at se convenceram de que o ar rarefeito bom para seus corpos e, seguindo essa lgica, adotaram dietas parcimoniosas e recusam tudo que no seja o alimento mais leve. No final, o povo se tornou fino como o ar, ossudo e velho antes da hora.

Alan Lightman,

Os sonhos de Einstein

Em O Dorminhoco, clssico de Woody Allen, o personagem Miles Monroe, dono de uma loja de alimentos naturais e clarinetista, d entrada no Saint Vincents Hospital em 1977 para um procedimento de rotina. Tem uma lcera pptica. Quando acorda, duzentos anos depois, descobre que morreu e que uma tia carinhosa o colocou em suspenso criognica.

A trama engrossa quando dois cientistas fora-da-lei o descongelam ilegalmente para tirar vantagem do fato de que ele uma no entidade numrica e, como tal, pode ajud-los a derrubar o regime fascista que controla os Estados Unidos em 2173. H uma conversa em que eles discutem o progresso do paciente:

Ele pediu algo especial?

No caf da manh, pediu umas coisas chamadas germe de trigo e mel orgnico.

Aah, sim, parece que naquele tempo as pessoas pensavam que essas coisas eram substncias encantadas, que continham propriedades capazes de preservar a vida.

Quer dizer que no havia gordura, churrasco ou cobertura de chocolate quente?

Oh, no, essas coisas eram consideradas ms para a sade exatamente o oposto do que hoje a gente sabe ser verdade.

Incrvel!

O que mais enervante a respeito desse pequeno flash de cinematografia? Que os nmeros do seguro social classificam todo cidado em um banco de dados de computador tipo O Grande Irmo, que um regime fascista controla os Estados Unidos ou que o New England Journal of Medicine divulgou um estudo em 1998 que conclui que a gordura pode, na verdade, proteger contra doenas cardacas? Ser que a sabedoria nutricional de 1970, na qual confiamos h dcadas, pode estar completamente equivocada?

O que vem agora? Durma mais ou voc ter cncer?

Pode considerar proftica esta ltima afirmao.

Mais tarde, Miles (Woody) v o personagem vivido por Diane Keaton acender um cigarro por razes mdicas e reclama: Como pudemos errar tanto? Todo mundo sabia que gordura e cafena eram substncias txicas! O outro respondeu: Miles, todo mundo sabe que as nicas coisas que mantiveram viva a humanidade foram caf, cigarros e carne vermelha!

De certa forma no parece to engraado, agora que pode ser verdade.

Sem dvida, caf e cigarros parecem manter os franceses vivos. Eles at tm uma aparncia melhor que a nossa. Nessa mesma cena tragicmica, o germe de trigo dubl muito velado de nossas saladas e barras nutritivas. Na dcada de 1970, as saladas e barras nutritivas certamente seriam classificadas como comida saudvel para os manacos da sade. Todos se sentiam muito confortveis com o fato de que havia os manacos da sade e o resto de ns. Atualmente, se voc no cuida da sua sade, considerado um imbecil.

Hoje em dia tudo rotulado de baixo teor de gordura, sem gordura, 99% livre de gordura ou com 30% menos de gordura, na tentativa de se qualificar um alimento saudvel. At mesmo os sucos de frutas e as massas secas so vendidas como sem gordura porque somos todos imbecis. Seu mdico e os doutores que aparecem na mdia, todos dizem mesmo depois que os livros Protein Power do Dr. Atkins, j provaram o contrrio que voc no consegue carboidratos de alta qualidade para perder peso a menos que consuma:

5 a 7 pores de frutas e verduras por dia, alm das

5 a 7 pores recomendadas de gros e pes, alm de

Massas e vinho

Eles nunca contam a Pepsi, a Coca, o mel no ch o xarope de milho com alto teor de frutose, que aparece como conservante em quase todos os alimentos processados. Agora vamos imaginar toda a comida que eles recomendam empilhada sobre a mesa (isto porque jamais caberia no prato). No lhe parece muita coisa?

E se todas essas promessas de baixo teor de gordura gerando vida longa, sem cncer e diabetes, num corpo magro e esbelto, ativado por um corao forte, limpo e sem hipertenso, fossem falsas desde o incio? E se os carboidratos, e no a gordura fossem a causa da obesidade, do diabetes e do cncer?

O MDULO DE DEUS

A gente acha que o exerccio explica por que as pessoas se sentem to bem quando esto morrendo. tambm a razo pela qual algumas pessoas conseguem manter regimes de baixo teor de gordura durante tempo suficiente para se matarem. O que faz uma pessoa agir assim?

O desejo de ser magra e se sentir bem? De forma alguma.

Michael Persinger, Ph.D., professor de neurocincia e psicologia na Laurentian University, no Canad, isolou uma rea dos neurnios, nos lobos temporais do crebro, que emite repetidamente fagulhas de atividade eltrica quando a pessoa pensa em Deus ou tem qualquer sentimento relativo espiritualidade. Ns, cientistas, conhecemos isso atravs das tomografias de monges, freiras e esquizofrnicos, quando falam com Deus. Quase na frente desses lobos temporais est a amigdala, um rgo de formato amendoado que imbui os eventos de intensa emoo e de sensao de significado.

Devido forma como os lobos temporais so estruturados e sensorialmente conectados com a amigdala, eles so as regies mais eletricamente sensveis do crebro. O Dr. Persinger tem conhecimento pessoal sobre isto porque ele criou um elmo com molas de fios de ao colocadas logo acima das orelhas (lembra Woody Allen em O Dorminhoco?). Ao passar uma corrente eltrica cuidadosamente controlada atravs dessas molas, o mdico cria um campo magntico pulsante que imita os padres transmissores de energia dos neurnios nos lobos temporais. Isso gera uma experincia espiritual mstica completa, com uma saudvel dose de paz. Os cobaias do Dr. Persinger relatam um efeito opiceo, com uma queda substancial da ansiedade e uma elevada sensao de bem-estar, semelhante aos relatos de iluminao.

Enquanto o Dr. Persinger caprichava em sua melhor caracterizao de cientista louco, Vilayanur Ramachandran, Ph.D., diretor do Laboratrio do Crebro e da Percepo da Universidade da Califrnia, em San Diego, entrava em contato com o cu. O Dr. Ramachandran anunciou, em 1998, que havia descoberto o mdulo de Deus. Este mdulo est localizado no crebro, numa rea dentro dos lobos temporais, que se torna eletricamente ativada quando uma pessoa pensa em Deus ou em espiritualidade, ou relembra uma experincia mstica. Olha, isso me parece familiar.

Sabemos tambm que o estresse, a tristeza e principalmente a falta de oxignio estimulam fortes descargas eltricas na mesma rea, vizinha ao mdulo de Deus. Como a falta de oxignio desencadeia estas exploses neurais, alguns cientistas acreditam que esse mecanismo pode ser o responsvel pelas vrias experincias de euforia e tranqilidade prximas da morte. Tambm a apnia do sono, em pessoas com lobos temporais descontrolados, pode significar que elas ouvem algum chamar seu nome quando adormecem, ou que tm uma experincia fora do corpo, como a sensao de estar voando, durante o sono. Podemos dizer tambm que a hiperventilao resultante do exerccio, junto com o estilo de vida Yuppie-urbano de baixo teor de gordura, aciona o mdulo de Deus. por isso que o barato do corredor uma experincia to religiosa.

Seu crebro pensa que voc est morrendo. Mas voc s est sem flego.

Receamos que voc esteja sem tempo tambm.

A verdade que todo esse exerccio est fazendo mais do que lhe dar um barato. Est exacerbando a queima de seus receptores de cortisol. Correr uma resposta de medo. No mundo real, significa algo est querendo te pegar; pelo menos o que seu corpo e seu crebro pensam. Se voc correr por tempo suficiente, todos os seus sistemas acreditaro que voc vai conseguir ultrapassar aquele predador. A qumica cerebral que acompanha as corridas longas evolui para tornar mais agradvel a sada deste mundo. Isso significa que a falta de oxignio, sozinha, vai acionar aquela parte do crebro que nos leva para o cu ou, neste mundo, nos d uma razo para continuar correndo. O mecanismo da qumica cerebral que o faz ver Deus enquanto fica sem oxignio evolui a partir das respostas programadas respostas a impulsos ambientais que no mais existem, respostas que, num passado remoto, podem ter salvo sua vida ou tornado a morte agradvel.

Pois agora essas respostas o esto matando.

VIDA SAUDVEL?

Que outros impulsos ambientais esto acionando os mecanismos ancestrais da sobrevivncia? A resposta a essa questo uma cena arrepiante, digna de um romance de fico cientfica. Ou de um livro como o nosso.

Trabalhar at tarde, com luzes bem claras aps escurecer, assistir ao programa de David Letterman ou conferir os e-mails tarde da noite, mesmo que seja por apenas meia hora tudo isso fica registrado como se fosse um longo dia de vero, em seus controles ambientais internos. Isso significa que seu crebro o forar a buscar energia para armazenar, atravs da ingesto de acar. O acar (carboidratos) o nico caminho para a liberao da insulina; e a funo da insulina armazenar o excesso de carboidratos como gordura e colesterol, para que voc tenha algo com que viver quando terminar o vero.

A faixa de gordura no abdome, comum nos pacientes cardacos resistentes insulina e com colesterol alto, assim como nos diabticos Tipo II teria servido, em outro tempo e lugar, para manter aquecidos os rgos internos e ser utilizada como energia durante o perodo normal de fome (o inverno). A ingesto cada vez maior de carboidratos (acar) sempre acaba numa produo maior de colesterol tambm, porque os carboidratos baixam a temperatura de congelamento da membrana celular. No mundo real, voc nunca teria acesso a uma tal quantidade de acar, a menos que fosse vero antes do inverno. Mas voc no vive no mundo real.

Da prxima vez que seu mdico disser que seu colesterol est alto demais e que voc deve cortar gorduras e fazer mais exerccio, diga-lhe que ele est errado. Diga-lhe que voc no est doente, que s vai hibernar e que no quer congelar. Talvez ele ache graa.

Voc, por outro lado, deveria estar chorando pois tem um grande problema.

Todos os sistemas que evoluram para mant-lo vivo, e que o mantiveram at este ponto, esto berrando: A fome est chegando!!!

Quando voc se exercita dia e noite para driblar o ganho de peso que seu corpo e sua mente desejam, voc aciona sua resposta de estresse. E a mensagem que voc envia a esses sistemas : Ai, meu Deus, a fome est chegando e tem um tigre atrs de mim!

Acredite, isso no soluo.

Na realidade, o exerccio pode muito bem ser o ltimo prego de nossos caixes coletivos. A resposta de estresse ancenada quando voc corre para salvar sua vida naquela esteira eleva seus nveis de cortisol. Se voc faz isso de vez em quando digamos, a cada dez dias, a resposta episdica natural do cortisol vai manter seu corao e crebro saudveis. Mas se voc faz exerccio feito um manaco mais de uma vez por semana, os altos nveis de cortisol resultantes de todo o exerccio crnico na verdade imitam o estresse da poca da procriao, quando as longas horas de luz e a competio (principalmente para os machos) mantinham o cortisol em picos anuais. A competio sexual a situao mais estressante possvel na natureza, depois da morte. O perodo da procriao seria um fracasso sem uma base de gordura para sustentar uma gravidez durante o inverno. Assim sendo, no por acaso que a compulso por carboidratos, para gerar gordura, coincide com os altos nveis de cortisol e de hormnios sexuais. preciso ter po no forno em agosto ou setembro para a maioria dos mamferos, para que o beb possa nascer em abril ou maio, na primavera, quando o alimento abundante.

Agora voc est na academia de ginstica, novembro e o horrio um momento qualquer entre seis e meia e nove e meia da noite; pelo menos dez watts de luzes florescentes esto acesos, intensificados pelos espelhos que brilham diretamente em seus olhos e sobre a pele de seu corpo superexposto. Voc levante pesos, corre e caminha numa esteira ou trilha, e se for realmente suicida, est num StairMaster ou girando.

Saiba que, para seu corpo e sua mente que evoluram, ao longo de milnios, para reconhecer os sinais da Natureza voc est numa luta, uma disputa mortal, igualzinho aos gnus que golpeiam com os chifres, que voc v no Discovery. Voc est lutando por um ovo, pela imortalidade ou apenas por uma chance no prximo round. Essa luta parece razovel para seu corpo porque as luzes noite (a luminosidade da sala de ginstica) significa que estamos no auge do vero, e que voc deve se acasalar ou vai se tornar violento. por isso que o cortisol fica elevado durante o dia: para fornecer glicose aos msculos para correr ou fugir, e para mant-lo calmo para os processos de tomada de deciso no caso, acasalar-se. por isso que, quando somos constantemente banhados por luzes inesgotveis, sentimo-nos todos to nervosos (leia-se: paranicos, agressivos, histricos, apressadssimos), at mesmo quem no se exercita, at nos desligarmos de tudo.

Nesse estado crnico, voc no est apenas mantendo alto o nvel de acar no sangue, o que sobrecarrega o sistema de resposta da insulina com os efeitos mobilizadores do acar no sangue do cortisol; na verdade, tambm est se tornando resistente insulina enquanto se exercita.

Esse fato significa que o exerccio pode engordar.

Enquanto voc faz exerccios feito um manaco e vive numa dieta de baixo teor de gordura, ganha peso at se cheirar um biscoito. Alm disso, de quebra, desperdia hormnios sexuais, causa cncer e provoca supresso do seu sistema imunolgico. O cortisol alto crnico tambm altera sua percepo do tempo e fez com que voc viva constantemente correndo. essa percepo alterada do tempo que provoca o perodo de divagao tarde da noite, antes de ir para a cama, quando voc fica acordado sob a impresso de que deve haver algo a ser feito, ou de que voc no concluiu seu trabalho. A voc enche mais de acar, porque no dormiu e sua insulina vai estratosfera. Sabemos que s esse comportamento j o torna gordo e doente.

Acredite, a culpa no da falta de exerccio, da carne ou da manteiga.

Nem da gordura, de jeito nenhum.

De verdade, gente.

Se a ingesto de gordura saturada causasse obesidade, j estaramos l na frente, no sentido de reduzir a obesidade nutricionalmente. Todos ns teramos a aparncia de supermodelos. Estamos comendo menos gordura e nos exercitando mais do que nunca, mas no lembramos em nada os supermodelos.

Na verdade, estamos horrveis.

Estamos mais gordos e doentes do que nunca, em toda a histria do nosso pas. E o problema no apenas a nossa aparncia terrvel: nossos planos de erradicar doenas cardacas, cncer e diabetes foi para o brejo. O americano mediano na verdade ganhou, em mdia, quatro quilos de peso desde o incio da uerra do baixo teor de gordura contra a obesidade.

O pressuposto que cultivamos com carinho durante trinta anos era que perder peso cortando gorduras e fazendo exerccios levaria a uma reduo importante nas ocorrncias de doenas cardiovasculares, sem mencionar o diabetes e o cncer.

Mas no foi o que aconteceu.

E quando no aconteceu, a medicina disse que os cientistas disseram que a gente no tinha cortado gordura suficiente. E que, se diminussemos o teor de gordura de todos os alimentos processados, se reduzssemos o consumo de carne vermelha e crissemos imitaes de gordura com o Olean, a marca do olestra, a mar finalmente se reverteria. Hoje, todos esses milagres e metas j se concretizaram, a gente se exercita dia e noite e, no entanto, muitos de ns j tentaram, pelo menos uma vez durante os ltimos anos, virar vegans.* Todos os dias os apresentadores de televiso, os documentrios, novos ncoras e programas de culinria nos dizem que a vida de baixo teor de gordura funciona. E voc jamais saber que no funciona, a menos que d uma olhada nas estatsticas e no crescimento das vendas de remdios para dieta. Esses nmeros mostram um quadro totalmente diferente.

Dizer que o cenrio no to rseo, no mnimo, uma brincadeira de mau gosto. Estudos recentes mostraram que perdemos mais de

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*Vegans: vegetariano radical, que no consome qualquer produto de origem animal, nem mesmo laticnios. (N.T.)

um milho de vidas, s de doenas cardacas. O grande rumor, entre os estatsticos, que as mortes por doenas cardiovasculares tm sido omitidas indiscriminadamente. De alguma forma, embora o nmero de mortes por doenas cardacas tenha cado, o verdadeiro nmero de ataques cardacos subiu bastante.

Isto significa que algum est manipulando os nmeros.

Significa, tambm que as pessoas continuam tendo tantos ataques cardacos e doenas cardiovasculares quanto sempre tiveram; no entanto, procedimentos como cirurgias, angiogramas, uma droga que dissolve cogulos chamada t-PA, 911 e angioplastia as tm salvo, por enquanto, e com isso o ndice de mortes tem cado. Isso para falar s em morte cardiovascular; outros 60 milhes de pessoas (isso 25% da popoulao norte-americana) vo acabar morrendo de doenas cardacas, tendo em vista seu perfil de risco.

Alguns desses riscos so cigarro, idade, gnero, presso alta, elevadas taxas de colesterol, diabetes, estresse e, logicamente, a obesidade, o pesadelo mdico de quase todo o mundo (em nossa sociedade), o terror no a pogreza, as doenas cardacas ou sequer os crimes violentos; a idia assustadora de que, um dia, a pessoa pode simplesmente acordar de manh e constatar que est realmente gorda).

Muito bem, agora acorde e sinta o cheiro do milk-shake diettico.

O homem mediano, nos Estados Unidos, no magro. Tem 23% de gordura corporal, enquanto a mulher mediana tem 32%. Esses nmeros tornam o cidado mdio 53% mais gordo do que o ideal saudvel, e a cidad mdia pelo menos 50% mais gorda. Em 1961, a obesidade atingia, historicamente ou pelo menos assim se pensava 20% de toda a populao. Em 1995, o Centers for Disease Control and Prevention nos revelou que o nmero de americanos gravemente obesos havia aumentado 30%, somente durante a dcada de 1980. lembre-se da academia de ginstica. Nos vinte anos anteriores, essa mesma estatstica de obesidade permaneceu inalterada, em um quarto da populao. E este exatamente o mesmo perodo de vinte anos em que se desenvolveu o grosso da pesquisa nutricional que hoje seguimos. Esse intervalo de vinte anos assistiu tambm ao fim da comida de verdade, da semana de trabalho de quarenta horas e das frias de suas semanas, assim como ao advento da TV a cabo, dos telefones celulares, do correio de voz e do e-mail.

J PENSOU NISSO?

Todos os anos, 80 milhes de americanos comeam com uma dieta. A quantidade de peso que perdem nem conta, porque 95% deles engordam tudo de novo (e ainda ganham mais alguns quilos) num prazo de cinco anos. Vimos diminuindo regularmente o nosso consumo de gordura e colesterol e mesmo assim aumentou a incidncia de obesidade, doena e morte.

Desde a virada do sculo, o consumo de acar aumentou 150%. Como o acar se revelou um conservante barato, virou aditivo em quase todos os alimentos processados e, como sabemos, o consumo de alimentos processados nos Estados Unidos vem crescendo exponencialmente ao longo dos ltimos cinqenta anos.

Na dcada de 1940, os aparelhos de televiso eram raros. Em meados da dcada de 1950, trs em cada dez residncias j recebiam ondas de rdio visveis. Mesmo no perodo de glria da programao tipo Nickelodeon, s ocasionalmente as assoberbadas donas-de-casa envenenavam suas famlias com jantares comprados. Hoje, a famlia mediana tem dois adultos que trabalham em horrio integral e comem fora, ou comida congelada, pelo menos quatro noites por semana. Se essa a norma numa famlia tradicional, imagine quo raramente uma casa com um nico resposvel pode se dar ao luxo de servir uma refeio caseira.

Ou a me pega as crianas na creche e sai com elas para comer, ou ento chama a bab para comear a ferver a gua para cozinhar a massa. J so seis e meia da tarde quando jantar servido (massa, suco ou leite desnatado para as crianas, alm de po e sobremesa). A me precisa de um drinque para se manter de p e ainda tem o dever de casa, os banhos a mais a ateno de qualidade para das s crianas. Se a me faz jantar de verdade, com mais de dois grupos de alimentos reconhecidamente importantes, em vez de alimentar a prxima gerao com massa, tudo se atrasa ainda mais. Para isso, a me precisa de dois drinques.

Bom, j so nove ou nove e meia da noite, e ela no teve ainda um minuto para sentar e descansar depois do trabalho. No vero, isso seria natural. Mas a cena de descrevemos ocorre durante o ano escolar, o que significa durante os dias escuros na natureza. Ento, essa famlia de me solteira, ou de me que trabalha e de pai ausente, seja por preguia ou por trabalhar ainda mais horas, vai agentar pelo menos cinco, ou talvez sete horas a mais de luz, num perodo de 24 horas, dia sim dia tambm, durante sete meses por ano, completamente fora de estao. Isso entra ano e sai ano, dcada aps dcada at a me ter cncer de mama e a filha ter acne e ser gorda demais para estar na capa da Vogue. E o Jnior, com apenas 1.70 m de altura, ainda por cima ter asma. Se o nosso pai imaginrio estiver presente, ter artrias obstrudas, presso alta e excesso de acar no sangue.

Como tudo isso acontece um completo mistrio para a cincia mdica.

A desastrosa derrocada na sade do povo americano corresponde ao aumento das atividades noturnas estimuladas pela luz e ao consumo de carboidratos que as acompanha. Considere apenas o aumento do peso mdio de jovens adultos e adolescentes ao longo dos ltimos quinze a vinte anos. Na mdia, esse peso aumentou, previsivelmente, mais de 5 quilos. O percentual de adolescentes obesos estava em 15% na dcada de 1970, e subiu para 21% na dcada de 1990. agora, est acima de 30%.

Um recente artigo de primeira pgina do New York Times citou a televiso como a causa do aumento da obesidade entre os jovens. O artigo se baseava apenas na premissa preguia, alegando falta de atividade fsica exerccio). A causa a televiso, sim, mas no da forma que eles pensam. Grande parte dos jovens de hoje nasceram num mundo de baixo teor de gordura/exerccios pesados. Mais de um tero deles se autodeclaram vegetarianos, ciclistas, montanhistas e patinadores. E h aproximadamente 12,5 milhes de jovens como esses hoje nos Estados Unidos. E quando se pergunta a esses jovens adultos por que so vegetarianos, a maior parte diz que por causa da sade; o resto s acha que legal. Eles no tem idia do que esto fazendo a si mesmos.

A SNDROME DO ETERNO VERO

Alm de um aumento regular na ocorrncia de doenas cardacas e de obesidade, as estatsticas j mostram que o diabetes e o cncer tambm esto aumentando.

Talvez no seja s por causa da comida.

Na edio de 12 de janeiro de 1998 do U.S. News and World Report, Walter Willet, o chefe do departamento de nutrio da Escola de Sade Pblica de Harvard um homem muito inconstante foi questionado com relao ao fracasso da dieta de baixoi teor de gordura em curar doenas ou salvar vidas. Sua resposta fraca e inconsistente: Desde o incio isso era apenas uma hiptese no demonstrou vergonha alguma.

Essa hiptese custou mais vidas do que as duas guerras mundiais e o conflito do Vietn juntos. Basta verificar as estatsticas da American Cncer Society e da American Heart Association nas ltimas trs dcadas. Em 1999, a previso era de que, s de cncer, 1.257.800 pessoas iriam morrer.

Se preferir uma projeo de futuro, consulte os nmeros misteriosos da American Diabetes Association sobre a crescente populao de diabticos Tipo II. Agora, os pesquisadores esto em busca de explicaes genticas para a obesidade porque, se temos certeza de alguma coisa, essa certeza de que a obesidade o comeo do fim. A obesidade a precursora do diabetes adulto. No coincidncia o fato de que, at o final do ano 2000, haver mais de 25 milhes de diabticos Tipo II. cerca de 98% de toda a populao diabtica. Se todos os 25 milhes se tornarem diabticos, com certeza uma grande parcela deles ter doenas cardacas e presso alta duas condies que levam ao derrame. Essas complicaes so as que mais matam os diabticos.

H anos que se prev que a reduo da gordura na dieta reduziria tambm o cncer; s que as estatsticas nos mostram uma crescente incidncia de cncer de colo, associada a uma queda na incidncia de morte. Isso significa que o cncer de colo est aumentando, mas as pessoas esto morrendo menos disso. Isso no quer dizer cura; no caso do cncer de mama e de prstata, podemos ver aumento na incidncia e tambm nas mortes. Esses dados sobre cncer de mama, prstata e colo so os que, com toda certeza, deveriam ter apresentado queda, dadas as mudanas que os americanos fizeram na dieta dos ltimos quinze anos. Em vez de reconhecer a dieta de baixo teor de gordura, a pesquisa mdica nos deu Mevacor, Provachol, Proscar e agora Tamoxifen e Raloxifene.

A medicina admite que a melhora nas estatsticas de cncer conseqncia do diagnstico precoce, no do tratamento ou da preveno. Mas o diagnstico procece aumenta apenas o perodo de conhecimento a vitima s fica sabendo antes que vai sofrer e morrer. Na verdade, no muda a data da morte. O diagnstico procece nunca salva vidas; com maior freqncia, apenas as prolonga por tempo suficiente para confundir os nmeros. E todos esses nmeros provam que estamos no caminho ERRADO. Concordamos que a interveno da dieta com certeza pode reverter o curso da doena. Cortar carboidratos pode curar a obesidade e grande parte do diabetes, mas no as doenas cardacas, e com certeza nem todos os tipos de cncer. O final dessa histria a EXTINO.

A comida parte dessa equao, est bem, mas no a resposta. A resposta est no ritmo circadiano e na evoluo.

A resposta est em comer, dormir e reproduzir-se em sincronia com a rbita do planeta, ou acabar como os dinossauros. As longas horas de luz artificial que confundem seu ancestral sistema regulador de energia tambm destroem o revestimento de seu corao, e portanto o colesterol em excesso pode obstruir o fluxo sangneo. Ao longo do curso da evoluo, seu subconsciente foi condicionado e ajustado para acreditar a agir da seguinte maneira quando as luzes ficam acesas por um perodo muito longo: Coma carboidratos agora, ou morra mais tarde. Da mesma forma, ao longo do curso da evoluo, seu subconsciente foi condicionado e ajustado para acreditar e agir da seguinte maneira quando as luzes ficam acesas por um perodo muito longo: Acasale-se ou morra. Esse instinto que responde luz tem sido a base de nosso metabolismo fartura-ou-fome e, em ltima anlise, de nossa sobrevivncia, durante pelo menos 3 milhes de anos. Todos os efeitos da exposio crnica luz e o consumo de carboidratos que acompanha essa exposio, em outro tempo e lugar, ter-nos-iam preparado para o pior: para a falta de comida e para os dias mais frios, curtos e escuros, em que h menos sol.

Ns sempre nos fartamos para agentar a fome que certamente viria at agora. Infelizmente, a verdade em nosso tempo que ingerimos carboidratos hoje e morremos mais depressa. Nosso corpo traduz como vero as interminveis horas de luz artificial. Como ele sabe, instintivamente, que o vero vem antes do inverno, e que o inverno significa falta de comida, comeamos a desejar carboidratos, para acumular gordura para um perodo em que o alimento escasso e deveramos estar hibernando. Esta a frmula:

A. Longas horas de luz artificial = vero na mente.

B. Inverno significa fome, para seus controles internos.

C. Fome no horizonte significa desejo instintivo de carboidratos, para armazenar gordura para a hibernao e para a escassez.

Essa escassez acompanhada de:

Consumo cada vez maior de carboidratos, at que seu corpo responda a toda a insulina, tornando-se resistente insulina no tecido muscular;

Garantia de que os carboidratos ingeridos se transformem em depsito de gordura;

Fazer com que o fgado use o excesso de acar na produo de colesterol, o que evitar que as membranas celulares congelem com as baixas temperaturas.

Se voc dormir noite durante o nmero de horas em que normalmente estaria escuro l fora, s vai desejar carboidratos no vero, quando as horas de luz so mais longas. a adaptao perene, ou a crnica e constante inteno de hibernar, que provoca o consumo excessivo de carboidratos e a obesidade e a conseqente presso arterial elevada, o colesterol alto e a inevitvel falncia cardaca.

As etapas 1, 2 e 3 correspondem tambm ao quadro hormonal do diabetes Tipo II doena, na verdade, o resultado final da fadiga extrema provocada pela toxidade da luz. Na caminhada rumo ao fim. Voc certamente encontrar uma das seguintes condies: obesidade, doena cardaca, derrame, doena mental ou cncer. A comunidade mdica, a FDA, o Instituto Nacional de Sade e sua televiso diro que a causa uma praga dos cus que s poder ser curada com uma dieta com 80% menos de gordura, trs a seis horas semanais de exerccio pelo menos, e um monte de suplementos e vitaminas.

Em quem voc vai acreditar?

O mercado est saturado de informaes sobre dietas de baixo teor de gordura: como se alimentar com pouca gordura, por que se alimentar com pouca gordura, quem deve se alimentar com pouca gordura. Existem apenas algumas opinies dissidentes, embora o nmero esteja crescendo a cada dia. Est vazando lentamente na conscincia nacional a idia de que para algumas pessoas, o baixo teor de gordura talvez no seja a melhor opo, de acordo com Walter Willet. Este recuo, meio balbuciado, meio escondido, muito tmido e vem tarde demais para aqueles que conhecemos e que no sobreviveram ao movimento pela pouca gordura.

Esta catstrofe nacional da sade, na verdade, vem sendo construda h 75 anos. Durante todo esse tempo, um nmero incalculvel de almas lutaram e fracassaram ao seguir um aconselhamento nutricional que nunca poderia levar ao sucesso. Fracassaram porque a comida no era realmente a culpada. A histria nos ensina que todas as doenas da civilizao surgiram com fora total depois da Revoluo Industrial, quando a eletricidade tornou real a disponibilidade da luz artificial ilimitada e barata. Foi a lmpada eltrica que transformou a noite em dia. A curva do desempenho de preos da lmpada eltrica semelhante curva do desempenho de preos de um computador porttil. Uma lmpada de 100 watts custa 33 centavos de dlar em qualquer supermercado; em 1883, a mesma quantidade de luz custaria ao consumidor US$1.445. Os especialistas concluram que as mquinas usurparam nosso bem-estar fsico; na verdade, foram os alimentos processados, refinados e adoados que entraram pela primeira vez na nossa vida (ao mesmo tempo que as luzes estenderam o nosso dia e mudaram nosso apetite) que provocaram todo esse processo. Embora o instrumento da destruio possa ser a alimentao, a causa da morte algo bem mais insidioso.

A CAUSA DA MORTE

Seu apetite apenas um dos sintomas dessa disfuno mortal, assim como a obesidade est associada s doenas cardacas mas no a causa. A grande verdade que a necessidade urgente de dormir tambm a causa do diabetes Tipo II. Todas as doenas que no so causadas por contgio ou maus-tratos so provocadas por disfunes imunolgicas, em funo do metabolismo. Seu sistema imunolgico governado por duas substncias: a prolactina e a melatonina e ambas so controladas pelos ciclos de luz e pela escurido. So esses controles biolgicos fundamentais que esto em perigo. A variao sazonal e a intensidade da luz do dia controlam a florao, o crescimento e o estado de dormncia nas plantas e nos animais; as mudanas sazonais na iluminao ambiente controlam a hibernao, a migrao e o acasalamento. Expor as pessoas ao brilho incessante da luz artificial por um nmero de horas maior do que o dia claro em si problema na certa. At 75 anos atrs, passvamos at quatorze horas por noite, dependendo da estao, no escuro.

Por volta de 1920, a maioria das pessoas tinha condies de manter as luzes acesas durante umas duas ou trs horas noite. Tinham condies de comprar uma ou duas novas lmpadas eltricas de Edison, e tambm a eletricidade necessria para mant-las acesas, porque a mesma fonte de energia estava construindo uma economia que utilizava uma enorme fora de trabalho. As luzes geravam empregos para pagar por elas. No final da dcada de 1920, as caras mquinas instaladas nas fbricas j haviam comeado a funcionar junto com os ponteiros do relgio. De repente, estavam rodando durante as 24 horas do dia, enquanto, apenas uma dcada antes, a energia proveniente do gs era cara demais para ser usada durante a noite inteira. Antes da eletricidade, as fbricas s funcionavam durante dez horas. Essa segunda Revoluo Industrial remapeou o panorama econmico.

O trabalho noturno trouxe mais dinheiro de vrias maneiras. No apenas forrou os bolsos dos donos das fbricas; gerou tambm mais empregos e dinheiro para uma subclasse econmica de novos imigrantes. O mais importante, porm, que o trabalho noturno trouxe com ele uma economia de servio. Essa economia fez proliferarem transportes, restaurantes e mercados 24 horas, quadras de tnis e jogos de beisebol noturnos, pontos de jogo e por a vai. A eletricidade alimentou o telefone, que a base de nossa atual capacidade de comunicao de fico cientfica, e que permitiu que os pequenos mercados se tornassem globais. Existe at uma nova prola de terminologia, na lngua inglesa, para este fenmeno, graas Internet: 24 por 7. Foi um golpe de sorte ridiculamente terrvel, num sculo que de outra forma seria bem interessante, o fato de que, exatamente ao mesmo tempo que o acar comeou a ser usado para preservar e embalar comida industrializada, ns tivssemos a oportunidade de ficar acordados a noite toda para com-lo.

claro que, naquela poca, no havia muitos alimentos industrializados no mercado; porm os que existiam utilizavam xarope de milho altamente refinado (em mquinas industriais) para evitar perda de umidade e aumentar a vida de prateleiras de produtos. Muitos alimentos industrializados ainda usam o mesmo conservante. At os pezinhos de aveia adoados com mel, feitos com gros integrais e de baixos teores de gordura, bem embaladinhos, que voc encontra prximo s caixas registradoras dos minimercados, so preservados com acar. altamente esclarecedor observar, neste ponto, que a incidncia de diabetes Tipo II caiu tremendamente durante as duas guerras mundiais, poca em que o acar era racionado.

O INSTRUMENTO DA MORTE

Para entender por que os carboidratos so o instrumento da morte, precisamos de um pouquinho de cincia. S recentemente a cincia e a medicina comearam a reconhecer uma condio chamada hiperinsulinemia crnica. Este o termo que designa a insulina elevada crnica, produzida no prprio organismo. Isso s pode ocorrer quando a pessoa consome carboidratos de forma crnica. Na natureza, nunca seria possvel uma pessoa comer carboidratos de forma crnica. As rvores e plantas do frutos apenas em uma estao e floresce na outra. Viver s de acar por mais de um ou dois meses no seria possvel, a menos que voc estivesse se preparando para hibernar, como uma marmota, durante um longo sono de inverno.

A mdia no fala muito sobre insulina, a no ser em relao ao diabetes do Tipo I; por isso mesmo, as pessoas pensam na insulina como um remdio para os diabticos do Tipo I que, seja por razes virais ou por serem auto-imunes, no conseguem fabricar a prpria insulina.

A insulina o elemento central em ambas as formas de doena, pois ela controla o nvel de acar no sangue ao se encaixar nos receptores das clulas como uma chave que abre uma tranca. Uma vez abertos os portes, o acar presente no sangue pode entrar e energizar todas as clulas do organismo. A resistncia insulina a incapacidade do corpo em responder insulina que produzida normalmente, porque os receptores recuam para salvar sua vida. Cada funo do seu corpo desde a comunicao bsica molcula a molcula at operaes complexas, como o controle do apetite ou da temperatura est numa estreita zona de normalidade chamada homeostase. Um recuo dos receptores de insulina uma tentativa de controlar a quantideade de acar permitida. Insulina demais no normal.

A pista reveladora de nosso destino ameaador que a incidncia de resistncia insulina vem ocorrendo em pessoas cada vez mais jovens. A populao inteira est envelhecendo em ritmo acelerado. A resposta lgica seria reequipar todas as indstrias alimentcias e aconselhar as pessoas a evitarem o acar, certo? Foi essa a nossa abordagem em relao gordura, e a populao aderiu em massa. Acredite em ns, com o acar isso no seria assim to fcil. Seria mais parecido com Proibio. Somos to viciados numa dieta de baixo teor de gordura e alto teor de acar quanto os alcolatras so viciados em lcool, porque os altos nveis de insulina criam, no crebro, o mesmo estado criado pelo lcool.

Os alcolatras dormem depois de um pileque no apenas porque o lcool em si temum efeito sedante sobre seus receptores opiceos, mas tambm porque a enorme carga de carboidratos da uva, dos gros, da batata, do cactus ou, no caso do rum, da cana-de-acar contida na bebida literalmente os faz adormecer. Lembre-se disso toda vez que tomar aquela taa de vinho aps o jantar. O pico de insulina depois de um pileque transforma a serotonina do crebro em melatonina e isso quer dizer luzes apagadas. Em nossa cultura, ingerimos tantos carboidratos num nico dia quanto um bbado durante um porre. Para ele e para ns, a recuperao natural a mesma.

Dormir.

A RESSURREIO DA VERDADE

Ser que a perda de sono pode estar destruindo o relgio endcrino que controla o ganho de peso? Ser que a quantidade de horas que voc dorme realmente pode controlar seu apetite? Nossas descobertas so quase simples e extraordinrias demais para se acreditar. Mas aqui gostaramos de recordar a legendria regra da lmina de Occam, que diz: Em condies iguais, a resposta mais simples sempre a correta. Sabemos que, para a maioria de ns o que estamos dizendo algo como descobrir que tudo aquilo que voc acreditou desde pequeno mentira. E ! Voc no quer saber?

Ocorre que tudo o que era fato sobre nossa sade acaba no sendo mais do que conjecturas absurdas. Conjecturas que no tm evidncias cientficas que as apiem. Conjecturas que, para algumas pessoas, fizeram sentido.

S que no fazem mais.

DOIS

No escuro:

Um evento no nvel de extino

Dormir, talvez sonhar.

- William Shakespeare,

Hamlet, 3.2.54, 1554

Dormir, talvez sonhar,

quem sabe transformer a realidade.

- Sony Corporation, 1997

tu, escurido, envolve o esprito daqueles que ignoraram a tua

glria. Leva-nos agora.

- Mayra Montero, uma prece para os que esto

morrendo, extrado de you, Darkness, 1999

O suave conforto proporcionado pelos sons dos anfbios na noite est profundamente enraizado na conscincia humana, assim como a msica prateada do som da gua correndo. A batida dos oceanos na praia, uma borbulhante fonte romana, grilos cantando e sapos coaxando tudo isso antecipa o bem para a humanidade. E ns contamos com isso. Desde o primeiro dia da criao que nos sentimos seguros ao ouvir esses sons, pois eles sempre se traduziram em sobrevivncia: comida, gua e companhia.

Agora, porm, tudo isso est mudando. Os sapos andam quietos demais. O silncio est ficando surdo. Os anfbios, sapos e rs esto morrendo sob cinscunstncias misteriosas. Em alguns casos, nem os corpos so encontrados. De acordo com a revista New Scientist, no Parque Nacional de Causuco, em Honduras, vrias espcies de sapos selvagens desapareceram sem deixar rastro; e tambm no h mais girinos. Na Austrlia, quatro nem uma, nem duas, nem trs: quatro espcies desapareceram das florestas de Queensland. Na ilha havaiana de Kauai, um tipo de r que antes abundava na regio simplesmente no existe mais. Os nativos disseram aos pesquisadores(trecho do livro: da pgina 13 pgina 42)Para adquirir este livro:

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O SONO ESSENCIAL

Nuno Cobra,

Prof de Educao Fsica

O sono a chave da vida, da disposio, da energia e do bom homor. Se voc no dorme bem, no adianta fazer seu corpo trabalhar, porque o esforo no ser produtivo. Voc vai perder energia e correr riscos porque no teve repouso necessrio da sua mquina orgnica. Afinal, voc o que voc dorme! Neste incio de milnio, as pessoas parecem mais consistentes do que h poucos anos, quando dormir era considerado pura perda de tempo, mas ainda necessrio estabelecer uma conscincia dessa importante forma que nosso organismo possui de se restabelecer. Nossa vida est assentada neste princpio bsico: temos de dormir muito bem todos os dias para contrabalanar nossa intensa e rigorosa luta. Precisamos ceder a esse apelo que nosso corpo faz diariamente para, no dia seguinte, viver por inteiro e vibrando a cada instante, com energia, disposio e bom humor. Quando jovens, o sono ocorria to logo deitssemos na cama. Era algo natural porque ramos mais puros e libertos. No havia preocupao, e sim ocupao o tempo todo. Quando parvamos, o que mais desejvamos era dormir. Uma delcia, o maior prazer. Mas as esporas da sociedade comeam a nos cutucar o tempo todo, obrigando-nos a nos preocupar com as coisas, a levarmos tudo muito a srio; e, obedecendo direitinho, cedo ou tarde experimentamos essa tal insnia. Tudo na vida tem seu equilbrio: o sol e a lua, o claro e o escuro, o trabalho e o repouso. Podemos trabalhar muito sim, mas com o repouso devido. A pessoa que acredita ser insubstituvel ser substituda muito antes do que possa imaginar, porque seu organismo no aguentar. Muitos levam a vida to a srio, virando noites de trabalho e adiando o sono imenso que sentem, que um dia as solicitaes normais do nosso corpo para dormir se tornam fracas. E a insnia, que em nossa sociedade ps-moderna ataca um nmero astronmico de pessoas, vai se instalando. Precisamos resgatar esta coisa esplndida e natural que dormir bem. O primeiro passo para isso saber que no se pode dormir apenas de uma imposio mental. algo que s acontece se voc conduzir seu corpo para isto. Para quem j est neste estado de falta de sono, essencial praticar atividades fsicas, pois elas ajudam a acalmar o ritmo mental e a extravasar a agressividade e as tenses. A conjugao de corpo cansado e cabea fria (pois quanto mais envolvemos o corpo em uma atividade fsica, mais descansamos nossa mente) faz o sono acontecer de forma mais natural. Para vivermos necessrio dormir! No existe ainda uma forma milagrosa capaz de compensar as noites em claro. O organismo se acostuma falta de sono e comea a fabricar estimulantes para manter-se acordado, dando a falsa impresso de que est bem. Muitas pessoas no sabem mais quantas horas devem dormir pois passam o dia muito bem com apenas cinco ou seis horas de sono. Elas no entendem que isso s acontece custa da maior produo de hormnios, que sobrecarrega a capacidade fisiolgica e qumica do organismo levando ao envelhecimento precoce. A pessoa que rompe seus limites est numa situao perigosa. Ela no sente dor ou cansao e seu crebro est sempre em estado de alerta, mas o prejuzo orgnico grande e o envelhecimento acelerado. Em vista disso, pergunto: as seis horas que voc dorme so o que seu organismo realmente necessita? Experimente dormir sete ou oito horas durante dois ou trs meses. Se depois desse perodo voc ficar mais bem-humorado e com mais disposio sinal de que precisa mudar seus hbitos e passar a dormir mais. Nossa resistncia orgnica fantstica. Uma pessoa pode at agentar a falta de sono por dcadas, mas o preo que pagar em envelhecimento precoce e comprometimento dos rgos alto demais. Fonte:

Revista Viva Ano 2 No 21 2003 Ed. Maro

Abaixo, mais um artigo, mostrando a importncia do sono reparador para se ter SADE e QUALIDADE DE VIDA.

GARANTA SEU SONO E A QUALIDADE DE VIDA

Dra. Jocelem Mastrodi Salgado,

Nutricionista

Jornal O Estado de So Paulo - Magazini - 26/09/2002 O sono, um elemento fundamental da vida, que no costuma merecer a devida importncia quando falamos de preveno de doenas e de qualidade de vida. Sempre que tratamos da questo sade, a alimentao e as boas prticas, como no fumar e fazer exerccios, aparecem como responsveis principais pelo bem-estar do nosso organismo.

O sono fundamental, todo mundo sabe. O problema com o sono que os estudos e as opinies costumam no coincidir. H um consenso sobre a necessidade de se dormir oito horas por dia, especialmente quando se trata de organismos jovens. H outras correntes que defendem sete horas, ou menos ainda. H estudos mostrando que dormir mais de oito horas por noite pode reduzir o tempo de vida.

Um estudo publicado em fevereiro pela revista Archives of General Psychiatry veio provocar confuso. A pesquisa, com mais de um milho de pessoas entre 30 e 102 anos, mostrou que no grupo que dorme em mdia oito horas dirias, o risco de morte ficou em 12%. Mas entre aqueles que dormiam nove horas, o risco subiu para 19%. E para quem dormia 10 horas por dia, 34%. J para aqueles que dormiam menos de oito horas, o risco tambm aumentava, mas numa proporo muito menor: quem dormia seis, cinco e quatro horas, em mdia, o risco foi de 8%, 11% e 17%, respectivamente.

Quer dizer, de acordo com esse estudo, dormir mais significava maior risco para a sade.

Mas j foram publicados estudos que mostraram o contrrio, quem dormia mais, vivia mais. Quando os especialistas entram nessa discusso, o caminho mais sensato aceitar que cada organismo um organismo: h quem se contente com cinco ou seis horas de sono, e h quem precise de nove a dez horas.

Nesse universo de desencontros, a antroploga e terica mdica norte-americana T.S.Wiley provoca mais confuso ao pregar que dormir melhor, e dormir ao menos nove horas por noite, capaz de provocar perda de peso, diminuir a presso arterial e reduzir o estresse. Wiley e Bent Formby so autores do livro "Apague a Luz", publicado no Brasil pela Editora Campus. Wiley cita em seu livro que 70 milhes de americanos admitiram que, ocasionalmente, dormiram ao volante.

Pouco sono, mais doenas

A melatonina o principal hormnio ligado ao sono. Mas quando voc no dorme o suficiente h pelo menos dez hormnios diferentes e outros tantos neurotransmissores no crebro que deixam de funcionar direito.

Os americanos so bons em nmeros e graas a eles podemos ter uma idia dos custos da insnia: o sono insuficiente custaria 15,9 bilhes de dlares por ano, em custos diretos, e mais de 100 bilhes de dlares em horas perdidas de trabalho e em acidentes. So dados que aparecem no livro de Wiley. A autora diz que esse apenas um dos clculos. A conta do sono seria muito maior pois para ela somos gordos e diabticos porque no dormimos. "Estamos morrendo de cncer ou do corao porque no dormimos o suficiente", afirma.

A autora defende uma tese polmica, a de que as doenas cardacas, o diabetes e o cncer no so causados pelo consumo excessivo de gordura nem pela falta de exerccios, mas por noites curtas de sono. Ela afirma que a maior mudana pela qual os seres humanos passaram, nos ltimos dez mil anos, aconteceu h setenta anos, com a luz eltrica. Antes disso, entre os eventos importantes para o homem esto conhecer o fogo, o advento da agricultura e os antibiticos.

Wiley defende que a claridade artificial aumentou as principais doenas. Em 1910, um adulto ainda dormia de nove a dez horas por noite. Hoje, esse adulto dorme sete horas no mximo. So 500 horas a mais acordados por ano. O sono controla o apetite, e o apetite e o estresse controlam a reproduo. Dormir, comer e fazer amor controlam o envelhecimento, a sua tese. Resultado: pouco sono faz voc ficar gordo, faminto, impotente, hipertenso, canceroso, e com um corao doente.

As instituies de sade dos EUA sabem que h uma relao entre luz e escurido e sade, mas continuam a insistir que dietas ricas em carboidratos e exerccios que vo nos curar, afirma Wiley.

O que est em jogo aqui se queremos ou no ir mais cedo para a cama e se queremos ou no trabalhar menos horas por dia. Com supermercados, lojas de convenincia abertos 24 horas, dezenas de canais de TV e a Internet para surfar a noite toda, reverter nosso ritmo exige um esforo enorme.

Insnia tem muitas causas

Os distrbios do sono esto relacionados a dezenas de causas. Podem ter razes fsicas, como o colcho em que voc dorme, ou a temperatura do quarto, o barulho do lugar onde vive. Ou o excesso de comida, ou a falta dela.

Mas tambm pode ser causado por dores, pela depresso, pela lista de problemas e de angstias que insistem em no abandonar nossos pensamentos quando tentamos dormir. Nesse caso, um medicamento prescrito pelo mdico poder ajudar, no resolver.

Para os distrbios de rotina, h uma srie de solues, dependendo de cada um: ouvir uma msica tranqila, caminhar pela casa ou pelo quarteiro, ler o livro preferido. Para alguns isso resolve, para outros no.

Mas algumas regras valem para todos, evitar refeies pesadas antes de dormir, evitar discusses, evitar problemas que vo inquiet-lo. Um banho quente poder ajud-lo a relaxar. Melhor ainda se voc tiver uma banheira E melhor ainda se voc tiver algum disposto a massagear suas costas.

Tente preparar voc mesmo um ch que o agrade. E tente exerccios respiratrios e concentre-se na viagem mais deliciosa que deseja fazer, ou na melhor coisa que quer. Nenhum desses recursos a soluo se voc est com problemas na famlia, no trabalho, ou preocupado com sua sade, mas ser uma ajuda. Nesses casos, o melhor conversar com um amigo, ou procurar um profissional que poder orient-lo.

Um tero

H alguns nmeros que j foram aceitos no mundo todo. Por exemplo, que passamos um tero de nossas vidas dormindo. At a, tudo bem. O problema que a insnia um drama que afeta um tero dos adultos, em todo mundo. No se trata de uma noite mal dormida, ou alguns dias sem sono, provocados por uma angstia identificada.

Falamos dos insones crnicos, que passam anos dormindo mal, acordando com a sensao de que esto mais cansados do que quando foram para a cama no dia anterior.

Esse universo de pessoas, um tero de todos ns, passa o dia sonolento, reduz a produtividade e est mais sujeito a acidentes no trabalho e no trnsito. To grave a questo do sono que a Organizao Mundial da Sade lanou em 1996 o Projeto Mundial de Sono e Sade.

Mas o que causa a insnia? Em geral, a queixa mais comum a dificuldade de adormecer. H os que tm o sono interrompido durante a noite, e aqueles que acordam horas antes. Podem ser problemas de sade, dores, desconfortos, quartos muito frios ou muito quentes, rudos, efeitos colaterais de medicamentos, mudanas no trabalho, estresse, depresso, ansiedade e mudanas importantes na vida pessoal e na vida familiar.

Os estudos do sono esto revelando outro lado do nosso dormir, a qualidade do nosso sono, to ou mais importante do que o nmero de horas que dormimos. Em outras palavras, no basta dormir apenas um nmero suficiente de horas, preciso que esse sono seja profundo e no interrompido.

Algumas sugestes para dormir melhor:

Espere que o sono venha naturalmente. No se enfie debaixo dos lenis, achando que assim vai dormir rapidamente. Espere at se sentir sonolento para acomodar-se na cama;

Evite ler, ver TV ou ficar telefonando na cama. Cada programa, ou cada captulo, ou cada conversa, pode alterar seu estado de esprito, afastando seu sono;

Procure manter o quarto na temperatura que o agrade, troque o colcho se ele estiver incomodando, e procure reduzir todo rudo;

Programe um horrio para deitar e para acordar. Com o tempo, esse ritual vai ajud-lo a dormir melhor e a levantar mais disposto;

Se tiver fome antes de dormir, prepare um lanche leve e se dedique a preparar um ch, do tipo erva cidreira e maracuj. Bebidas alcolicas, caf e ch preto devem ser evitados;

Se ao enfiar-se sob os lenis, sua cabea vier a se encher de preocupaes, tente desviar o pensamento para as coisas boas do dia, ou para os projetos interessantes que voc tem pela frente; no uma tarefa fcil, mas substituir as preocupaes por idias agradveis fundamental para a chegada do sono;

H muitos medicamentos que podem ajudar algum que sofre de insnia, mas sua indicao exclusivamente de competncia mdica; s o mdico pode dizer o que voc deve tomar e se deve tomar;

No faa exerccios antes de dormir, mas lembre-se que atividades fsicas durante o dia podem proporcionar um sono bem mais reparador;

Reserve um perodo de 20 a 30 minutos para preparar o seu sono; um banho quente de chuveiro certamente vai ajud-lo a descontrair; se tiver uma banheira, melhor ainda, mergulhe numa gua morna e deixe seu corpo relaxar.

A pesquisadora Jocelem Mastrodi Salgado professora titular de Nutrio Humana da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirz, a USP de Piracicaba. Como especialista, escreve regularmente nesse espao sobre temas ligados sade e alimentao. a criadora de compostos para reeducao alimentar e equilbrio do organismo conhecidos como Sanavita e Suprinutri. Informaes sobre seus trabalhos podem ser obtidas pelo 0800-554414 ou pelo e-mail [email protected]

Fonte:

http://www.estadao.com.br/magazine/materias/2002/set/26/141.htm- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Depresso, transtorno bipolar, distrbios do humor, obesidade, diabetes tipo II, hipertenso, doenas do corao, cncer, ... tudo isto pode ser evitado. Saiba que a Medicina Preventiva pode lhe oferecer os recursos, as informaes corretas, para driblar o desenvolvimento e a manifestaes destas enfermidades.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Fique atento nestes nomes: bioqumica, biofsica, fisiologia do exerccio, biologia celular, biologia molecular, biologia evolutiva.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Livros recomendados::::Fique mais jovem a cada ano Chege aos 80 anos com a sade, o vigor e a forma fsica de um cinqnto; Chris Croeley e Henry S. Lodge, M.D. Editora Sextante, 2007.O Leite que ameaa as mulheres, um documento explosivo: o consumo de derivados do leite teria uma influncia preponderante sobre os cnceres de mama; Raphal Nogier, cone Editora Ltda, So Paulo, 1999.

As Alergias Ocultas nas Doenas da Mama, Raphal Nogier, Organizao Andrei Editora Ltda,1998.

Leite: Alimento ou Veneno? do pesquisador e cientista Robert Cohen, Editora Ground, So Paulo, 2005.

Alimentao que evita o Cncer e outras doenas,

Dr. Sidney Federmann/ Dra. Miriam Federmann Editora Minuano

Curas Naturais Que Eles No Querem Que Voc Saiba, Kevin Trudeau, Editora Alliance Publishing Group. Inc., 576 pginas, Spain, 2007 (Edio em portugus publicada pela LTVM, S.A.) (pedidos pelo tel: 012-11-3527-1008 ou www.gigashopping.com.br/ )

Tcnicas de Controle do Estresse, Dr. Vernon Coleman, Imago Editora, 116 pginas (O Livro Explica Como, Porque e Quando o Estresse Causa Problemas Alem de Mostrar Formas Eficientes de Controlar e Minimiz-lo em sua Empresa.)

Fazendo as Pazes com Seu Peso, Obesidade e Emagrecimento: entendendo um dos grandes problemas deste sculo, Dr. Wilson Rond Jr., Editora Gaia, So Paulo, 3 Edio, 2003.

A dieta do doutor Barcellos contra o Cncer e todas as alergias, Sonia Hirsch - uma publicao Hirsch & Mauad, Rio de Janeiro, 2002, www.correcotia.com

"Atividade Fsica e Envelhecimento Saudvel", Dr. Wilson Jacob Filho, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Servio de Geriatria do Hospital das Clnicas (SP), Editora Atheneu.

O Fator Homocistena, A revolucionria descoberta que mostra como diminuir o risco da doena cardaca, Dr. Kilmer McCully e Martha McCully, 231 pginas, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2000.

Apague a Luz!, durma melhor e: perca peso, diminua a presso arterial e reduza o estresse; T S Wiley e Bent Formby, Ph.D. Editora Campus, 2000.EDITORA CAMPUS

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No entanto, o resultado desta deciso tremendo... da maior importncia!!!