Psicofarmacologia

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Psicofarmacologia Prof. Me. Aroldo Gavioli

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Psicofarmacologia

Prof. Me. Aroldo Gavioli

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Aula original

Psicofarmacologia

Autora: Profa. Marilia Cavalcante

Vide referências

Introdução

Componente crucial do atendimento psiquiátrico

Principais classes

• Aplicações

• Efeitos esperados

• Efeitos colaterais

1.Hipnóticos e Ansiolíticos (BZD)

2. Antidepressivos

3. Estabilizadores de humor

4. Antipsicóticos

5. Fitoterápicos

Aspectos gerais

Psicofármacos

• São substâncias que alteram a atividade psíquica, aliviando sintomas de transtornos psiquiátricos ou promovendo alterações na percepção e no pensamento.

Etapas de tratamento:

• Início

• Estabilização

• Manutenção

• Retirada

Hipnóticos e ansiolíticos

Benzodiazepínicos (BDZ)

Início de ação rápido

devem ser utilizados por mais de 8 semanas (dependência)

Efeitos sobre a memória e aprendizagem

Indicações:Adjuvantes no tratamento de transtornos ansiosos e

depressivos;

Síndrome de abstinência ao álcool

Anticonvulsivantes

Hipnóticos e relaxantes musculares

BZD: Aspectos gerais

Amplamente utilizados

Proporciona alivio dos sintomas como ansiedade e insônia

Evitar o uso concomitante com álcool, pois pode potencializar o efeito depressor sobre o SNC.

Deve-se proceder a retirada gradual para amenizar os sintomas de ansiedade rebote (abstinência).

Apresentam efeitos colaterais. (droga de abuso – em 2005, 5,6% de uso na vida)

Clordiazepóxido

Diazepan

clonazepan

clobazan

alprazolan

Midazolan

flurazepan

lorazepan

flunitrazepan

Hipnóticos não-BDZMenor potencial de abuso

Tratamento da insônia

Início rápido de ação

Ansiolítico não-BDZMenor potencial de abuso

Efeito terapêutico de 2 a 4 semanas

Zolpiden

zopiclona

Buspirona

Hipnóticos e ansiolíticos - BZD

Efeitos adversos

• Sonolência

• Cansaço

• Redução da atenção

• Diminuição da coordenação psicomotora

• Amnésia anterógrada

• Interfere no trabalho com máquinas ou direção de veículos

• Contra-indicado para apnéia do sono

Toxicidade e dependência

• Alta margem de segurança (exceto quando associado com álcool)

• Dependência após uso prolongado e/ou após doses superiores às terapêuticas

• Sintomas de abstinência

Antidepressivos – Principais aspectos

• Quadros depressivos (unipolares, bipolares, esquizofrenia, demência)

• Transtornos ansiosos (transtorno do pânico, ansiedade generalizada, TOC e estresse pós-traumático)

• Incontinência urinária, dor crônica, nevralgias, enxaqueca,

• Bulimia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Indicações:

Risco para superdosagem (ideação suicida)

Exige restrição do consumo de álcool

Evitar retirada abrupta

• (insônia, pesadelos, inquietação psicomotora e ansiedade rebote)

TricíclicosEfeitos clínicos após 2 a 3 semanas

amitripitilina

Clomipramina

imipramina

nortripitilina

Antidepressivo tetracíclico

Usado no tratamento de depressões atípicas.

• Efeitos colaterais mais intensos.

Requer restrição dietética do consumo de queijos, vinho e outros alimentos ricos em tiramina, sob risco de grave crise hipertensiva.

Antidepressivos IMAO – inibidores das monoaminooxidases

Inibidores seletivos da recaptação de serotonina

Medicações mais modernas e mais utilizados.

Melhor perfil de tolerabilidade, menos efeitos colaterais e menor risco de toxicidade em casos

de superdosagem.

Fármacos de 1ª escolha

OUTROS ANTIDEPRESSIVOS

Utilizada no tratamento do tabagismo e para potencializar a ação dos outros antidepressivos.

Venlafaxina

Nefazodona

cloridrato de milnaciprano

Eficácia 70% com remissão completa

40 a 50% não atingem remissão no primeiro tratamento

• 10 a 20% permanecem sintomáticos mesmo após múltiplas tentativas medicamentosas ou até ECT

• ECT indicada devido a latência para o aparecimento dos efeitos terapêuticos, para obtenção de alívio imediato (impulsos suicidas)

Fases de tratamento:

Aguda (6 a 12 semanas)

• atingir a remissão dos sintomas

Continuação (4 a 9 meses)

• atingir a recuperação total e impedir as recaídas

Manutenção (> 1 ano)

• Impedir as recorrências

Terapêutica antidepressiva

Utilizados primariamente na emergência ou na recorrência do

• transtorno afetivo bipolar.

Devem ser mantidos como profiláticos

Eficaz em 80% dos casos de mania aguda

Efeitos colaterais:

• Tremores, problemas dermatológicos, ganho de peso e alterações da função tireoidiana.

Ação demora cerca de 2 semanas (associado com antipsicóticos)

Dose terapêutica próxima da dose tóxica

• Monitoramento periódico dos níveis séricos

• Sinais de Intoxicação:

• Diarréia, vômitos, sudorese, instabilidade de PA, arritmia, distúrbios hidroeletrolíticos, convulsão e perda de consciência.

Estabilizadores de humor – aspectos principais

Monitorar função

hepáticaÚtil no predomínio de fases depressivas.

Útil no manejo de cicladoresrápidos e estados mistos.

Requerem mais estudos

Usados no controle de delírios e alucinações em clientes

• psicóticos.

Eficazes no controle da agitação (tranquilizantes maiores)

Indicações:

• Esquizofrenia

• Episódios de mania; Estados mistos maníaco-depressivos

• Depressões psicóticas

• Comportamento de violência impulsiva

• Distúrbios de comportamento em doença de Alzheimer e Parkinson

• Psicoses orgânicas

Antipsicóticos (ou neurolépticos) aspectos gerais

Eficazes no combate dos sintomas positivos (delírios e alucinações)

• Efeitos colaterais extrapiramidais: tremores, rigidez, muscular, inquietação psicomotora e parkinsonismo.

Associação para minimizar efeitos colaterais.

pimozidatrifluperazina

Medicação de 1ª escolha

• Eficazes também nos sintomas negativos (apatia e falta de motivação)

• Causam menos efeitos colaterais

• Atentar para hipertermia, tremores, alterações no nível de consciência e convulsões

ziprazidona

Hypericum perforatum(erva-de-São-João)

Piper methysticum(Kava Kava)

Kavasedon®

Adjuvantes no tratamento de quadros depressivos e ansiosos leves.

• Funciona como um IMAO.

Não se recomenda o uso concomitante com inibidores de recaptação da serotonina.

Valeriana officinalis(Valeriana)

TRATAMENTO DA INSÔNIA

Ginkgo biloba

Utilizado para melhorar falhas de memória, baixa concentração, depressão e ansiedade (demência senil)

Até 1950: insulinoterapia, ECT e fisioterapia;contenção e vigilância dos clientes.

Após 1950: Clorpromazina (mudança radial)

• Psicotrópicos:

• Propiciou a remissão mais efetiva dos sintomas

• Abreviaram o tempo de internação hospitalar

• Possibilitaram o tratamento em hospital-dia e ambulatorial

• Permitiram o convívio na comunidade e família

Conhecer os resultados dos exames laboratoriais.

Orientação e preparo do cliente e família para adesão ao tratamento.

Histórico de enfermagem:

• observação completa do comportamento (constante)

• Parâmetro para o acompanhamento da evolução do tratamento.

• Dados: gravidez, convulsões, uso abusivo de drogas, doenças cardíacas, hepática ou renal.

• Verificar SSVV (antes e depois de administrar o medicamento),

• peso, padrão de sono e deambulação.

• Conhecer os efeitos desejados, colaterais, adversos ou tóxicos, contra-indicações, superdosagem.

• Comunicação terapêutica (confiança)

Controle da ingestão do medicamento

Permanecer no leito por 1h, no caso de psicoterápico EV

Valorizar as queixas do paciente

Necessidade de abster-se do uso de álcool

Atividades do cliente conforme condições e evolução do tratamento

Estimular socialização do cliente

Evitar suspensão abrupta do medicamento

Não associar com outra medicação sem orientação médica

Portar cartão de identificação com medicamentos em uso

Orientar sobre os efeitos colaterais

Boca seca

Visão turva

Alterações cardiovasculares

Diminuição do hábito intestinal

Retenção urinária

Disfunção sexual

Hipotensão postural e tontura

Referências

• CAVALCANTE, M. Psicofarmacologia. Guarapuava: Slideshare [sd]. Disponivel em: <http://pt.slideshare.net/enfmarilia/psicofarmacologia-15667828>. Acesso em 10 de agosto de 2015.