Psicologia nos Açores Nº12

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Tiragem: 4630 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Regional Pág: 20 Cores: Preto e Branco Área: 23,00 x 30,90 cm² Corte: 1 de 1 ID: 62459247 29-12-2015 Marco Caetano - Diretor Técnico do Lar Santa Maria Madalena no Pico BOAS fESIAS Um Mit.?) COm mude aregn3 e um ano novo repieto rk sucessos sim orteindomt•taloset 'AOPPDESEJA Afirmar os Psicólogos Uma bela velhice é, comumente, recompensa de uma bela vida (Pitágoras): Contributos da Psicologia para uma velhice saudável O envelhecer é um processo mul- tidimensional que resulta em mu- danças profundas, a nível físico, psíquico e social. Neste contexto, a intervenção do psicólogo pode- rá ser muito abrangente podendo intervir no domínio psicossocial, neuropsicológico ou a nível da saúde mental. Dada a complexidade deste conceito a definição é difícil, mas Bengston (1985) e Rowe e Kahn (1987) conseguiram defini-la como"...a longevidade, a saúde biológica, a saúde mental, a efi- cácia intelectual, a competência social, a produtividade, o contro- lo pessoal ou a conservação da au- tonomia própria e o bem-estar subjetivo...". Socialmente, a idade da refor- ma marca o início da velhice. Pas- sa a existir mais tempo livre e uma rotina completamente diferente da anterior. Poderão surgir algu- mas dificuldades de adaptação, sendo importante haver uma pre- paração para esta nova realidade. Hoje em dia, o envelhecimen- to é encarado por muitas pessoas como o fim. A vida tem coisas boas e coisas más que exigem a adaptação a novos contextos re- sultantes das mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital. O envelhecer bem-sucedido, de- pende de uma boa adaptação às fases anteriores. Para a Fundação McArthur, os fatores preditores de uma velhice ótima são em primeiro lugar o ní- vel de escolaridade. As pessoas com um nível mais elevado rea- lizam mais atividades de estimu- lação cognitiva, (como a leitura ou palavras cruzadas) o que irá con- tribuir fortemente para o segun- do fator: a manutenção das ativi- dades cognitivas. A atividade fisica é considerada o terceiro fa- tor, sendo este preponderante para uma boa reabilitação física do individuo. A intervenção psicológica na terceira idade incide essencial- mente num acompanhamento psicológico onde são desenvolvi- dos métodos, técnicas e estraté- gias adequadas a cada pessoa. Uma das atitudes essenciais que o psicólogo assume na avaliação e intervenção com idosos é a es- cuta ativa. Muitos idosos sofrem de solidão e necessitam, por isso, de alguém que os ouça, que os conforte e, acima de tudo des- mistifique algumas crenças e lhes proponham estratégias para lidar com problemas de uma forma po- sitiva e saudável. As demências são outro campo de atuação do psicólogo. A de- mência é caracterizada por uma deficiência adquirida do funcio- namento cognitivo que limita pro- gressivamente as atividades sócio familiares e profissionais do indi- víduo. A evolução dá-se no sen- tido do agravamento das pertur- bações cognitivas, do desenvolvimento de sintomas comportamentais, neurológicos e da perda da autonomia. Assim sendo, o psicólogo deverá estar atento a esta evolução, traba- lhando multidisciplinarmente de modo a que a intervenção seja efi- caz, retardando o quanto possível a perda de capacidades. Os problemas de saúde nos ido- sos, assim como os pensamentos recorrentes acerca da morte, levam o psicólogo a desenvolver um papel bastante ativo na desmistificação da doença, na sua evolução e nas possíveis consequências. • PAGINA MENSAL DA DELEGAÇÃO REGIONAL DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES ORDEM DOS PSICOLOGOS Nota de Abertura E se fosse possível não esperar pelo ano novo...? Estamos em dezembro e já muito próximo do final deste ano repleto de novas experiências! Achegada ao final de uma jornada leva-nos sempre a refletir acercado que se passou. Leva-nos também apen- sar acerca de como poderia ter sido diferente... Na verdade, so- mos os nossos maiores críticos e, em abono da verdade, nem sem- pre somos simpáticos (ou justos) connosco! Poucas são as vezes em que nos valorizamos e parabeni- zamos pelas conquistas alcança- das, pelos nossos esforços e dedi- cação no alcance desses objetivos. Atente-se, no entanto, que não é necessária a chegada de um novo ano para recomeçar ou para reali- zar alista de desejos/compromis- sos para o ano novo" pois afinal, todos os dias podem ser dias de re- começo, de mudança e de aperfei- çoamento! Aindaassim, e não querendo deixar escapar a opor- tunidade pela chegada do novo ano queremos, para além de dei- xar o desejo de um excelente ano a nível pessoal e profissional, per- mitir-nos a ousadia de deixar o se- guinte repto: cumprir pelo menos uma das resoluções para 2016. Sugerimos que definaconcreta- mente o que pretende, quando co- meçar e terminar, quais as estraté- gias a utilizar e quem poderá ser o seu verdadeiro apoio na nova ca- minhada! Uma resolução ' refleti- da e estruturada terá decerto maiores possibilidades de ser con- cretizada com sucesso! + COORDENAÇÃO MARIA DA LUZ MELO 1 EQUIPA EDITORIAL: PATRICIA SANTOS, RAQUEL VAZ DE MEDEIROS, NUNO NUNES E RICARDO BRASIL 1 EMA IL [email protected] O papel do psicólogo na intervenção com pessoas idosas Eventos/Iniciativas ANGRA DO HEROÍSMO COM FORMAÇÃO EM RISCOS PSICOSSOCIAIS No dia 9 de Janeiro decorre em Angra do Heroísmo, a Zª ed. do curso sobre Riscos Psicossociais, no âmbito da campanha Healthy Workplaces - Locais de Trabalho Saudáveis ministrado por Samuel Antunes, Vice- Presidente da OPP e Marco Ramos da Universidade de Aveiro. A P- ed. ocorreu em Ponta Delgada no passado dia 5. Na RAA esta ação surge na sequência dos protocolos assinados com a Secretaria Regional da Saúde e Câmara Municipal de Ponta Delgada. DitifiAÇAD illf.t0k41 DOS *401115 • Outras Informações DRA integra Fórum de Álcool e Saúde da Região A Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portu- gueses (DRA) esteve presente na reunião preparatória para imple- mentação do Fórum Regional Ál- cool e Saúde - Açores. Estiveram representadas diferentes Direções Regionais, entre elas a de Saúde, promotora do evento, bem como outros participantes de relevo para o debate, reflexão e partilha não apenas daproblemática mas tam- bém de possíveis soluções e inter- venções a implementar. De referir, ainda, que estiveram presentes ele- mentos do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, do Ministério da Saúde. A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) integrajá o Fó- rum Nacional Álcool e Saúde (FNAS) sendo que através do com- promisso assumido pela OPP no FNAS se encontram em desenvol- vimento dois projetos: um Guia Orientador de Intervenção Psico- lógicae uma Plataforma com Pro- gramas de Intervenção sobre esta problemática. •

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Página mensal da DRA no Açoriano Oriental

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Page 1: Psicologia nos Açores Nº12

Tiragem: 4630

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Regional

Pág: 20

Cores: Preto e Branco

Área: 23,00 x 30,90 cm²

Corte: 1 de 1ID: 62459247 29-12-2015

Marco Caetano - Diretor Técnico do Lar Santa Maria Madalena no Pico

BOAS fESIAS Um Mit.?) COm mude aregn3 e um ano novo repieto rk sucessos

sim orteindomt•taloset

'AOPPDESEJA

Afirmar os Psicólogos

Uma bela velhice é, comumente, recompensa de uma bela vida (Pitágoras): Contributos da Psicologia para uma velhice saudável

O envelhecer é um processo mul-tidimensional que resulta em mu-danças profundas, a nível físico, psíquico e social. Neste contexto, a intervenção do psicólogo pode-rá ser muito abrangente podendo intervir no domínio psicossocial, neuropsicológico ou a nível da saúde mental.

Dada a complexidade deste conceito a definição é difícil, mas Bengston (1985) e Rowe e Kahn (1987) conseguiram defini-la como"...a longevidade, a saúde biológica, a saúde mental, a efi-cácia intelectual, a competência social, a produtividade, o contro-lo pessoal ou a conservação da au-tonomia própria e o bem-estar subjetivo...".

Socialmente, a idade da refor-ma marca o início da velhice. Pas-sa a existir mais tempo livre e uma rotina completamente diferente da anterior. Poderão surgir algu-mas dificuldades de adaptação, sendo importante haver uma pre-paração para esta nova realidade.

Hoje em dia, o envelhecimen-to é encarado por muitas pessoas como o fim. A vida tem coisas boas e coisas más que exigem a adaptação a novos contextos re-sultantes das mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital. O envelhecer bem-sucedido, de-

pende de uma boa adaptação às fases anteriores.

Para a Fundação McArthur, os fatores preditores de uma velhice ótima são em primeiro lugar o ní-vel de escolaridade. As pessoas com um nível mais elevado rea-lizam mais atividades de estimu-lação cognitiva, (como a leitura ou palavras cruzadas) o que irá con-tribuir fortemente para o segun-do fator: a manutenção das ativi-dades cognitivas. A atividade fisica é considerada o terceiro fa-tor, sendo este preponderante para uma boa reabilitação física do individuo.

A intervenção psicológica na terceira idade incide essencial-mente num acompanhamento

psicológico onde são desenvolvi-dos métodos, técnicas e estraté-gias adequadas a cada pessoa. Uma das atitudes essenciais que o psicólogo assume na avaliação e intervenção com idosos é a es-cuta ativa. Muitos idosos sofrem de solidão e necessitam, por isso, de alguém que os ouça, que os conforte e, acima de tudo des-mistifique algumas crenças e lhes proponham estratégias para lidar com problemas de uma forma po-sitiva e saudável.

As demências são outro campo de atuação do psicólogo. A de-mência é caracterizada por uma deficiência adquirida do funcio-namento cognitivo que limita pro-gressivamente as atividades sócio

familiares e profissionais do indi-víduo. A evolução dá-se no sen-tido do agravamento das pertur- bações cognitivas, do desenvolvimento de sintomas comportamentais, neurológicos e da perda da autonomia. Assim sendo, o psicólogo deverá estar atento a esta evolução, traba-lhando multidisciplinarmente de modo a que a intervenção seja efi-caz, retardando o quanto possível a perda de capacidades.

Os problemas de saúde nos ido-sos, assim como os pensamentos recorrentes acerca da morte, levam o psicólogo a desenvolver um papel bastante ativo na desmistificação da doença, na sua evolução e nas possíveis consequências. •

PAGINA MENSAL DA DELEGAÇÃO REGIONAL DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES

ORDEM DOS PSICOLOGOS

Nota de Abertura

E se fosse possível não esperar pelo ano novo...? Estamos em dezembro e já muito próximo do final deste ano repleto de novas experiências! Achegada ao final de uma jornada leva-nos sempre a refletir acercado que se passou. Leva-nos também apen-sar acerca de como poderia ter sido diferente... Na verdade, so-mos os nossos maiores críticos e, em abono da verdade, nem sem-pre somos simpáticos (ou justos) connosco! Poucas são as vezes em que nos valorizamos e parabeni-zamos pelas conquistas alcança-das, pelos nossos esforços e dedi-cação no alcance desses objetivos. Atente-se, no entanto, que não é necessária a chegada de um novo ano para recomeçar ou para reali-zar alista de desejos/compromis-sos para o ano novo" pois afinal, todos os dias podem ser dias de re-começo, de mudança e de aperfei-çoamento! Aindaassim, e não querendo deixar escapar a opor-tunidade pela chegada do novo ano queremos, para além de dei-xar o desejo de um excelente ano a nível pessoal e profissional, per-mitir-nos a ousadia de deixar o se-guinte repto: cumprir pelo menos uma das resoluções para 2016. Sugerimos que definaconcreta-mente o que pretende, quando co-meçar e terminar, quais as estraté-gias a utilizar e quem poderá ser o seu verdadeiro apoio na nova ca-minhada! Uma resolução' refleti-da e estruturada terá decerto maiores possibilidades de ser con-cretizada com sucesso! +

COORDENAÇÃO MARIA DA LUZ MELO 1 EQUIPA EDITORIAL: PATRICIA SANTOS, RAQUEL VAZ DE MEDEIROS, NUNO NUNES E RICARDO BRASIL 1 EMA IL [email protected]

O papel do psicólogo na intervenção com pessoas idosas

Eventos/Iniciativas

ANGRA DO HEROÍSMO COM FORMAÇÃO EM RISCOS PSICOSSOCIAIS No dia 9 de Janeiro decorre em Angra do Heroísmo, a Zª ed. do curso sobre Riscos Psicossociais, no âmbito da campanha Healthy Workplaces -Locais de Trabalho Saudáveis ministrado por Samuel Antunes, Vice-Presidente da OPP e Marco Ramos da Universidade de Aveiro. A P- ed. ocorreu em Ponta Delgada no passado dia 5. Na RAA esta ação surge na sequência dos protocolos assinados com a Secretaria Regional da Saúde e Câmara Municipal de Ponta Delgada.

• DitifiAÇAD illf.t0k41 DOS *401115 •

Outras Informações

DRA integra Fórum de Álcool e Saúde da Região

A Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portu-gueses (DRA) esteve presente na reunião preparatória para imple-mentação do Fórum Regional Ál-cool e Saúde - Açores. Estiveram representadas diferentes Direções Regionais, entre elas a de Saúde, promotora do evento, bem como outros participantes de relevo para

o debate, reflexão e partilha não apenas daproblemática mas tam-bém de possíveis soluções e inter-venções a implementar. De referir, ainda, que estiveram presentes ele-mentos do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, do Ministério da Saúde. A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) integrajá o Fó-rum Nacional Álcool e Saúde (FNAS) sendo que através do com-promisso assumido pela OPP no FNAS se encontram em desenvol-vimento dois projetos: um Guia Orientador de Intervenção Psico-lógicae uma Plataforma com Pro-gramas de Intervenção sobre esta problemática. •