PSICOPATOLOGIA

PSICOPATOLOGIA: ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE

VOLUNTÁRIA E DA LINGUAGEM

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADORFACULDADE DE ENFERMAGEMDOCENTE: MARIA AUXILIADORA CARTEADO LEAL

ACADÊMICOS:

CAROLINE BORGESANA PAULA MORALESGABRIELLA FARIAS GOMESDANIELE LUZCONSUELO DA SILVAVIVIANE RORIZ

2012.2

ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE VOLUNTÁRIA

INTRODUÇÃO PSICOLÓGICA:

I. Ato voluntárioII. Três fases do ato voluntário (deliberação,

resolução e execução)III. Ato automático

ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE VOLUNTÁRIA: PATOLOGIA E

VALOR SEMIOLÓGICO

“As alterações da atividade voluntária são estudadas nos doentes mentais através da conduta em seu conjunto e pela observação de atos isolados.”

(PAIM, et al., 1993)


VALOR SEMIOLÓGICO

Estados de ExcitaçãoI. Caracterizados pela multiplicidade de

movimentos.

Debilidade da VontadeI. Caracterizado por afrouxamento e

insuficiência volitiva.


VALOR SEMIOLÓGICO

EstuporI. Melancólico: inibição da vida mental;II. Histérico: modo súbito;III. Catatônico: o enfermo permanece imóvel;IV. Casos de transtornos mentais epilépticos:

bloqueio psicomotor estuporoso.


VALOR SEMIOLÓGICO Negativismo

“O negativismo é uma tendência permanente e instintiva a reagir contra toda solicitação do mundo exterior, qualquer que seja a sua natureza”.

Kahlabaum


VALOR SEMIOLÓGICO Sugestibilidade volitiva

“Tendência geral, permanente e instintiva, a adotar qualquer solicitação vinda do exterior, seja qual for a sua natureza.”

Deny e Roy


VALOR SEMIOLÓGICO Sugestibilidade volitivaI. Atos por imitação automática;II. Ecopraxia e Ecocinesia;III. Catalepsia ou flexibilidade cérea.

“Uma verdadeira flexibilidade cérea só é observada depois da encefalite epidêmica e nunca na esquizofrenia.”

Bumke


VALOR SEMIOLÓGICO

EstereotipiasI. Estereotipias acinéticas ou Estereotipias de

atitude;II. Estereotipias cinéticas ou Estereotipias de

movimento.

MANIFESTAÇÕES DAS ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE

VOLUNTÁRIA

Atos ImpulsivosI. Ações isoladas, súbitas, involuntárias e

desprovidas de finalidade.

Atos AutomáticosI. Atos praticados pelo indivíduo sem a interferência

da vontade e sem que ele saiba o que está realizando.

MANIFESTAÇÕES DAS ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE

VOLUNTÁRIA

TiquesI. Segundo Oppenheim: são movimentos

reflexos, de defesa ou de expressão que acabaram por degenerar em atos automáticos.

II. Para Wilhelm Stekel: é a expressão motora de um conflito psíquico.

ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM

INTRODUÇÃO PSICOLÓGICA“O ato complexo da linguagem em sua forma perfeita requer a mobilização, numa ordem de sucessão apropriada, de uma série complexa de atos parciais, nos quais o momento de apresentação tem uma importância fundamental. A perda da exatidão cronológica, que deve reger o encadeamento destes processos, ocasiona a alteração da atividade total.”


ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM: PATOLOGIA E VALOR

SEMIOLÓGICO

“É impossível admitir a separação entre linguagem e pensamento. Não existem pensamentos que não sejam formulados por palavras.”

Palavras, com freqüência, são as cortinas dos pensamentos.

Plutarco


PODEM-SE DIVIDIR AS ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM EM DOIS GRUPOS PRINCIPAIS:

I. Alterações da linguagem oral devidas a causas orgânicas;

II. Alterações da linguagem oral de natureza funcional.

ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM: PATOLOGIA E VALOR

SEMIOLÓGICO

São perturbações que resultam de uma lesão ao nível de qualquer das partes que intervêm na elaboração e na emissão dos sons, de cuja articulação resulta a palavra falada.

As principais alterações são as seguintes: DISARTRIA, DISLALIAS, AFASIA (MOTORA, SENSORIAL, DE BROCA E GLOBAL), DISFEMIAS E DISFONIAS.

ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM ORAL DEVIDAS A CAUSAS

ORGÂNICAS:


ORGÂNICAS Disartria (Do grego, dys, difícil, e artron,

articulação.)I. Consiste na dificuldade de articular as

palavras, resultante da paresia, paralisia ou ataxia;

II. Frases de prova usadas pelos médicos: “artilheiro de artilharia” ou “ministro plenipotenciário”;

III. Exame clínico;IV. Exemplos.


ORGÂNICAS Dislalias (Do grego, dys, difícil, e lalein, falar.)I. Constituem um grupo de perturbações

orgânicas ou funcionais da palavra;II. Perturbações orgânicas encontram-se em

casos de malformações congênitas ou como conseqüências de traumatismos dos órgãos fonadores;

III. Sintomas e exame clínico das perturbações orgânicas;


ORGÂNICAS Dislalias (Do grego, dys, difícil, e lalein, falar.)IV. Nas dislalilas funcionais intervêm os mesmos

fatores etiológicos da gagueira.

“Certas dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso”.

“Em deficientes mentais observa-se a chamada “idiolalia de Tredgold”.




ORGÂNICAS Afasia

“Uma perturbação da linguagem, caracterizada pela perda da memória dos sinais por meio dos quais o homem civilizado troca idéias com seus semelhantes.”

Déjerine

“É a perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais e de compreender esses sinais.”

Laigel Lavastine e Gilbert Ballet


ORGÂNICAS Afasia

“É a insuficiente compreensão da palavra falada e a impossibilidade em maior ou menor grau de ler ou de escrever.”

Pierre Marie


ORGÂNICAS

Afasia Motora I. O doente conserva a linguagem, porém não

pode falar;II. Não há alteração da musculatura que

intervém na articulação da palavra;III. A perturbação é de origem cerebral;IV. Impossibilidade de pronunciar as palavras.


ORGÂNICAS

Afasia Sensorial I. O transtorno se centraliza na recepção dos

sinais verbais;II. Nesse tipo de afasia, observam-se cegueira

verbal, surdez verbal, perturbação da palavra espontânea, da leitura e da escrita.


ORGÂNICAS

Afasia de Broca I. O afásico deste tipo não articula nenhuma

palavra ou apenas poucas palavras, não compreende, não escreve e não lê adequadamente;

II. Não é um afásico apenas da expressão, mas também da compreensão.


ORGÂNICAS

Afasia Global I. Caracterizada pela perda completa da

articulação das palavras e surdez verbal;II. Esta forma de afasia é conseqüência da

extensas lesões cerebrais que atinge a zona motora, a ínsula e a zona parieto-temporal da linguagem.


ORGÂNICAS

Causas da AfasiaI. Desordens vasculares;II. Traumatismo que atingem o hemisfério esquerdo;III. Processos inflamatórios;IV. Escleroses disseminadas e encefaloses;V. Abscessos e gomas;VI. Tumores;VII. Hematomas.


ORGÂNICAS

Afasia

“Podem-se observar afasias transitórias no curso da uremia, diabete, intoxicações, na epilepsia e na enxaqueca.”



ORGÂNICAS

Disfemias

Disfonias

Já-já a-ca-ca-ba

pe-pes-soal!

ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM ORAL DE NATUREZA

FUNCIONAL

“Aqui se incluem todas as alterações da linguagem oral resultantes de alterações mentais, coexistindo a integridade dos centros e das vias de condução da linguagem”.



FUNCIONAL

I. LogorréiaII. BradilaliaIII. VerbigeraçãoIV. MutismoV. MussitaçãoVI. EcolaliaVII. JargonofasiaVIII. Esquizofasia

IX. NeologismosX. Estereotipia verbalXI. Alterações da

linguagem escritaXII. Alterações dos

movimentos de expressão

As principais alterações deste tipo são:


FUNCIONAL Nas ALTERAÇÕES DOS MOVIMENTOS DE

EXPRESSÃO incluem-se as alterações da mímica;

As perturbações mímicas podem ser divididas em:

I. HipermimiaII. HipomimiaIII. AmimiaIV. Paramimia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PAIM, Isaías. Alterações da atividade voluntária. In: PAIM, Isaías. Curso de Psicopatologia. São Paulo. 11º Edição. EPU, 1993, 237-247.

PAIM, Isaías. Alterações da linguagem. In: PAIM, Isaías. Curso de Psicopatologia. São Paulo. 11º Edição. EPU, 1993, 259-273.

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