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Trabalho sobre o poema nos de Cesario verde

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Tiago Sousa / 2TE

Antes de ler

Portugê

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José Joaquim Cesário Verde nasceu a 25 de fevereiro de 1855 em Lisboa, e morreu em 19 de julho de 1886.

Foi um poeta portugês. Alguns dos problemas que ele escreveu foram “Nós”; “O Sentimento dum Ocidental”; “Num bairro moderno”; “ Eu e ela”; “Contrariedades”; “Arrojos”.

Filho de José Anastácio Verde e de Maria da Piedade dos Santos Verde, Cesário matriculou-se no curso superior de letras em 1873.Ele escrevia poemas que saíam em jornais e revistas.

1. Indique algumas dos poemas que Cesário Verde escreveu.

Resposta:

Alguns dos poemas que escreveu foram “Num bairro moderno”, “Arrojos”... .

Poema:

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Foi quando em dois verões, seguidamente, a FebreE a Cólera também andaram na cidade,

Que esta população, com um terror de lebre,Fugiu da capital como da tempestade.

Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas(Até então nós só tivéramos sarampo).

Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvasQue ele ganhou por isso um grande amor ao campo!

Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinosMorreram todos. Nós salvámo-nos na fuga.

Na parte mercantil, foco da epidemia,Um pânico! Nem um navio entrava a barra,

A alfândega parou, nenhuma loja abria,E os turbulentos cais cessaram a algazarra.

Pela manhã, em vez dos trens dos baptizados,Rodavam sem cessar as seges dos enterros.

Que triste a sucessão dos armazéns fechados!Como um domingo inglês na city, que desterros!

Sem canalização, em muitos burgos ermosSecavam dejecções cobertas de mosqueiros.E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,

Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!

Uma iluminação a azeite de purgueira,De noite amarelava os prédios macilentos.Barricas de alcatrão ardiam; de maneira

Que tinham tons de inferno outros armamentos.

Porém, lá fora, à solta, exageradamenteEnquanto acontecia essa calamidade,Toda a vegetação, pletórica, potente,

Ganhava imenso com a enorme mortandade!

Num ímpeto de seiva os arvoredos fartos,Numa opulenta fúria as novidades todas,

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Como uma universal celebração de bodas,Amaram-se! E depois houve soberbos partos.

Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,Triste de ouvir falar em órfãos e em viúvas,

E em permanência olhando o horizonte em brasa,Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.

Ele, dum lado, via os filhos achacados,Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,

E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!

E o campo, desde então, segundo o que me lembro,É todo o meu amor de todos estes anos!Nós vamos para lá; somos provincianos,

Desde o calor de Maio aos frios de Novembro!

Compreender

1. Nesta primeira parte do poema, o sujeito poético relata a fuga da familia para o campo por causa da doença que tinha tomado conta de Lisboa.1.1 Descreve em poucas palavras, o

ambiente que se vivia na cidade.

2.Qual é a oposição que o marcador discursivo “Porem” (v.29) introduz em relação aos versos anteriores.

3. Sublinha os vocábulos que. No poema, salientam o vigor da Natureza.

4. Explica a antitese presente no verso 48.

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Respostas:

1.1 Vivia-se um clima de tensão e terror, por causa das doenças, a cidade representa a ausência de amor e de vida.

2.

3.(no texto)

4. Antitese é uma oposiçao de ideias ou palavras, neste caso, “ Desde o calor de maio aos frios de novembro”

Funcionamento da língua

1. Indique quantas estrofes estao presentes neste excerto do poema.

2. Classifique as rimas da quinta estrofe.3. Indique a figura de estilo presente nos versos

33 a 36.4. Classifique o verso 46 quanto ao número de

silabas.

Respostas:1. 12 Estrofes.2.

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3. Personificação4.

Chama-se Dodecassílabos

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