pub O NOVO CENTRO DE SAÚDE - Moscavide | Portela · e realização de fogueiras e queimadas....

28
ANO I Nr.03 BIMESTRAL ABRIL 2014 - Director: Pedro Pereira Distribuição Gratuita O NOVO CENTRO DE SAÚDE Vereadora Maria Eugénia Coelho, em entrevista ao MP, con- firma a mudança para as novas instalações brevemente. Págs. 14 e 15 Regras de financia- mento definidas Vila de Moscavide de parabéns Rui Aleixo expõe em Óbidos CDOM já subiu, AM Portela a caminho Integrado no plano de delegação de competências, a Câmara Municipal de Loures distribuiu 8,3 milhões de euros pelas 10 freguesias. À Junta de Freguesia de Moscavide e Portela coube uma fatia de 600 mil euros. Pág. 3 Moscavide comemorou no dia 3 de abril 50 anos como vila. A data foi assinalada com a exibição do filme "Moscavide", no Centro Cultural. Pág. 4 O artista plástico Rui Aleixo, de origem portelense, tem em exposição, até ao dia 18 de maio, um trabalho temático sobre a vila de Óbidos. Págs. 16 e 17 O Desportivo já garantiu a subida à 1ª divisão distrital, faltan- do saber se será campeão. A Portela está, a três jornadas do fim, na liderança da 2ª divisão nacional, a um passo da subida ao principal escalão do futsal. Págs. 22 e 23 pub

Transcript of pub O NOVO CENTRO DE SAÚDE - Moscavide | Portela · e realização de fogueiras e queimadas....

ANO I Nr.03 BIMESTRAL ABRIL 2014 - Director: Pedro PereiraDistribuição Gratuita

O NOVOCENTRO DE SAÚDEVereadora Maria Eugénia Coelho, em entrevista ao MP, con-firma a mudança para as novas instalações brevemente.

Págs. 14 e 15

Regras de financia-mento definidas

Vila de Moscavide de parabéns

Rui Aleixo expõe em Óbidos

CDOM já subiu, AM Portela a caminho

Integrado no plano de delegação de competências, a Câmara Municipal de Loures distribuiu 8,3 milhões de euros pelas 10 freguesias. À Junta de Freguesia de Moscavide e Portela coube uma fatia de 600 mil euros.

Pág. 3

Moscavide comemorou no dia 3 de abril 50 anos como vila. A data foi assinalada com a exibição do filme "Moscavide", no Centro Cultural.

Pág. 4

O artista plástico Rui Aleixo, de origem portelense, tem em exposição, até ao dia 18 de maio, um trabalho temático sobre a vila de Óbidos.

Págs. 16 e 17

O Desportivo já garantiu a subida à 1ª divisão distrital, faltan-do saber se será campeão. A Portela está, a três jornadas do fim, na liderança da 2ª divisão nacional, a um passo da subida ao principal escalão do futsal.

Págs. 22 e 23

pub

PUB

O Leitão da Bairrada é uma das 7 Maravilhas da Gastronomia. Faz com que visitantes e turistas se des-loquem para a experiência única da sua degustação. Merecedor do título de Rei, é enviado para o estrangeiro como embaixador da gastro-nomia portuguesa.O Leitão mantém a sua qua-lidade devido à escolha das raças que são utilizadas para a sua confecção e pela expe-riência única de quem o tem-pera e confecciona.

A Preparação Para garantir a qualidade do Leitão no prato, é necessário manter a qualidade em todas as etapas de preparação. O peso ideal de 7 a 8 Kg, a matança do leitão, outrora de uma forma caseira, arte-sanal, actualmente num pro-cesso com maior segurança alimentar com todas as regras obrigatórias. Depois de devi-damente limpo e conservado, efectua-se o passo seguinte,

a confecção.Começa-se pelo tempero, pre-parado com alho, sal, pimen-ta, salsa, toucinho, manteiga de porco, folha de louro, anti-gamente tudo amassado num almofariz de madeira, actual-mente preparado com varinha mágica ou utensílios em aço inox.

O leitão será preparado para o passo seguinte, a assadura. Espetado num pau de aço inox, este substitui o típico pau de Loureiro. Depois de untado com a massa anteriormente preparada introduz-se os tem-peros na barriga e nas res-tantes partes vazias. Depois cosem-se os rasgos da bar-riga e do pescoço com uma “agulha de leitão” e um fio de linho ou algodão conhecido por “fio carrete”. Importante dar-lhe umas picadas na pele, coxas e espáduas, para a pele ao assar ficar estaladiça como é tradicional no leitão.

A Assadura A qualidade do Leitão da Bairrada também depende da experiência e do saber de quem o assa. Não menos importante é o forno. O tradi-cional forno tem um ou dois orifícios na parede oposta da boca do forno, onde se fixa a ponta da vara sendo esta colocada do outro lado no meio da porta do forno. A porta do forno está dividida a meio com o propósito de man-ter a parte de baixo fecha-da, e a de cima aberta, caso seja necessário aliviar o calor do forno. O forno deverá ser aquecido com lenha, de prefe-rência de cascas ou madeira de eucalipto ou vides, até à temperatura de 300ºC. O lei-tão deverá assar lentamente cerca de 2 horas sendo a vara rodada manualmente e lentamente para que a assa-dura seja uniforme. Durante o processo de assadura exe-cuta-se a operação de “cons-tipar” o leitão que não é mais do que borrifar o leitão com

vinho branco da Bairrada, uti-lizando um ramo de salsa ou louro, para que a pele se torne estaladiça e não se queime. O leitão está assado quando se desprende da vara e não segue os seus movimentos, depois de retirado e lancetado para retirar molho em excesso que fica retido no seu interior, ainda deverá ir ao forno cerca de 10 minutos para o enxugar um pouco.

A ApresentaçãoO Leitão à Bairrada pode ser comido quente ou morno, para que os seus aromas fiquem mais intensos. No entanto, pode ser servido e comido frio, sendo assim preferido por inúmeros apreciadores.

O Leitão deve ser empratado com a pele sempre virada para cima, sem nunca sobre-por os pedaços, para que a pele mantenha a textura esta-ladiça e crocante mantendo um sabor no interior do leitão distinto do da pele.

O Leitão da Bairrada chegou até SI!

Leitão assado em Fornos a lenha e ao vivoTake Away de Leitão

Preço especial para grupos...

Ao almoço comida tradicional portuguesa a 9,90€ Entrada, prato do dia, bebida, sobremesa e café INCLUÍDO

RESTAURANTE COM 70 LUGARES SENTADOS

NOVA GERÊNCIA

Calçada Duque de Lafões n.º 7 | Beato – Lisboa (Perto dos Bombeiros do Beato) 218 098 627 / 917 039 194 / 918 908 146 | Encerramos segundas e terças feiras ao JANTAR

3MPACTUALIDADE

Da liberdade à verdadeNos momentos de crise, todos nos agarramos ao que parece dar segu-rança.

Quanto mais difíceis são as conjuntu-ras, mais a vertigem do erro se apodera da nossa capacidade de decisão. A responsabilidade de vivermos sempre no tempo, que pela sua essência jamais torna atrás, vai-nos preparando, melhor ou pior, para gerir os instantes mais exigentes. Muitas vezes fingimos e fugi-mos, acreditando em naturezas cíclicas e em prazos longos... o que está clara-mente fora da verdade.

Em circunstâncias difíceis, a qualidade das nossas referências é posta à prova. É tempo de experimentar o que pro-meteu aguentar-nos. Mas, descobre--se que quase tudo é embuste, que pouco há de verdadeiramente seguro. E é neste quase vazio que se revela a verdade: estamos sós e dependemos apenas de nós. Alguns entendem que se trata de um dom, outros de uma con-denação. Uns sorriem, outros choram.

A liberdade é mais do que o poder de escolha, é agarrar a vida como matéria--prima e fazer com ela uma obra pes-soal, algo que, mais que meu, sou eu. Eis o verdadeiro dom (talvez divino): ser livre. Poder dar sentido à vida, dando--lhe um ponto de partida, um rumo, um sustento e um verdadeiro fim.

A verdade só pode surgir num contexto de liberdade. Para que as coisas e as pessoas se revelem, é preciso deixá-las ser. Só quando se dá liberdade se pode esperar verdade. Afinal, a essência da verdade é a liberdade.

Autor do livroFilosofias - 79 Reflexões, Paulus Editora

A Câmara Municipal de Loures assinou, no passado dia 17 de abril, um protocolo de delegação de competên-cias. Tal acordo vai permitir transferir, pelas dez fregue-sias que compõem o conce-lho, 8,3 milhões de euros. A Freguesia de Moscavide e Portela receberá 603 805,36 euros, o que significa um corte de 20% em relação ao ano anterior.

No dia 17 de abril, nos Paços do Concelho, foi assinado o protocolo de delegação de competências, entre a Câmara Municipal de Loures e as 10 freguesias que compõem o seu município. Este acordo já havia sido aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal e, segundo um comunicado da autarquia, "resultaram de negociações com todas as freguesias, baseadas nos princípios de igualdade, da não discrimina-ção, da prossecução do inte-resse público e da melhoria do serviço público". A trans-ferência de 8,3 milhões de euros do Município para as dez freguesias pressupõe que estas executem uma quanti-dade de tarefas, algumas que já eram de sua responsabili-dade e outras que passaram a ser.

CompetênciasDe acordo com o Anexo I da Lei nº 75, de 12 de setem-bro, que veio restabelecer o Novo Regime Jurídico das Autarquias Locais, prevê, no artigo 132, um conjunto de competências que se consi-deram tacitamente delegadas nas juntas de freguesia, que anteriormente eram compe-tência das câmaras munici-pais. Tais tarefas são gerir e assegurar a manutenção de espaços verdes, asse-gurar a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros, manter, reparar e substituir o mobiliário urbano instalado no espaço público, com excepção daquele que seja objecto de concessão. Também gerir e assegurar a manutenção corrente de feiras e mercados, bem como asse-gurar a realização de peque-nas reparações nos estabe-lecimentos de educação pré--escolar e do primeiro ciclo do ensino básico e promover a manutenção dos espaços envolventes dos estabeleci-mentos anteriormente refe-ridos. Outras competências também poderão ser da res-ponsabilidade das juntas de

freguesia, como as de con-trolo prévio, quando previstas em lei. Aí estão inseridas a utilização e ocupação da via pública, afixação de publici-dade de natureza comercial, actividade de exploração de máquinas de diversão, recin-tos improvisados. Também a realização de espectáculos desportivos e divertimentos na via pública, actividade de guarda-nocturno, realização de acampamentos ocasionais e realização de fogueiras e queimadas.

Moscavide e PortelaPerante isto, a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela receberá da Câmara Municipal de Loures 603 805,36 euros, um valor infe-rior em 20% ao anterior, segundo nos diz a presidente, Manuela Dias. Um corte que, apesar de não ser desejável,

é compreensível, segundo a mesma. Acrescenta ainda, que agora há um critério defi-nido, o que benefecia todas as freguesias e retira suspei-ções à verba entregue a cada freguesia. A perda da parte do Parque das Nações, que anteriormente estava inserida na freguesia de Moscavide, também ajuda a perceber a quebra, além dos cortes já previamente anunciados, em função das dificuldades finan-ceiras do Município. A nossa Freguesia, neste novo mapa, acaba por ser a 7ª das 10, no que a transferências diz respeito, apenas recebendo mais que Fanhões, Lousa e Bucelas e com uma diferença mínima inferior a Santo Antão e São Julião do Tojal.

Presidente da CâmaraA revisão deste protocolo foi um dos compromissos assu-

midos, pelo presidente da câmara, um mês após ter tomado posse. A importância e o caminho percorrido para a concretização deste objectivo é salientado por Bernardino Soares, que destacou "chegá-mos a um consenso positivo e alcançámos uma base de tra-balho muito boa para os próxi-mos anos, o que permite que a população seja melhor ser-vida". A importância das fre-guesias junto da população é sublinhada novamente quan-do, aproveitando o momento pascal, utiliza a expressão de Jesus Cristo para Pedro "tu és a pedra onde edificarei a minha Igreja", para comparar as freguesias ao apóstolo, no sentido em que são nelas que tudo assenta.

Pedro Pereira

Junta recebe 600 mil euros da Câmara

José Luís Nunes MartinsInvestigador

4 MP HISTÓRIA

Moscavide50 anos como VilaNo passado dia 3 de abril fez 50 anos que Moscavide foi ele-vada a vila. Um marco histórico que a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela fez questão de sublinhar, exibindo um filme sobre a história da vila no Centro Cultural de Moscavide. O MP também se associa, naturalmen-te, a este aniversário deixando aqui alguns dos fatos históricos mais relevantes e uma descrição do seu mais emblemático monu-mento, a Igreja de Santo António.

Localização geográficaA freguesia de Moscavide é uma antiga freguesia do conce-lho de Loures, que desde outu-bro de 2013 faz parte da União de Freguesias de Moscavide e Portela, ainda inserida no mesmo município. Tem fronteira com Lisboa a este e a sul, com Sacavém a norte e com a Portela a oeste. Perdeu a ligação direta ao Rio Tejo, desde que em 2013, com a reorganização autárquica, perdeu a zona do Parque das Nações que lhe estava adstrita. Situa-se a cerca de 11 km de Loures, a sede concelhia, loca-lizando-se no extremo sudeste da mesma. Nos Censos de 2011 Moscavide tinha uma população residente de 14 266 habitantes, número que terá baixado com a desagregação da parcela afeta ao Parque das Nações.

HistóriaO nome Moscavide parece deri-var do árabe maskabat, que significa «sementeira», denotan-do assim a grande antiguidade do sítio. Conhecem-se alusões em tempos antigos ao sítio de Busca-Vides, que eventual-mente também terá contribuído para a formação do topónimo moderno. Como freguesia foi criada em 1928, fruto do des-membramento das freguesias de Santa Maria dos Olivais (Lisboa) e de Sacavém (Loures), atra-vés do decreto nº 15222, que veio a declarar a Freguesia de Moscavide autarquia integrante do concelho de Loures. Abrangia então os sítios da Encarnação, dos Marcos e de Beirolas, envol-ventes da chamada Estrada de Moscavide (à qual foi buscar o

seu nome), que seguia rumo a Sacavém (curiosamente a dita estrada continuou integrada na freguesia dos Olivais até hoje; a parte remanescente originou a Avenida de Moscavide, que é hoje a rua mais movimentada desta vila). Mais tarde, na década de 40 no entanto, por motivos ainda não completamente escla-recidos, a região de Beirolas, onde estava sediado um quar-tel do Exército, transitou para o espaço da freguesia dos Olivais, o que confere à localidade a sua estranha configuração geográfica na parte oriental. Diz-se que a razão da passagem de Beirolas para a freguesia dos Olivais pren-deu-se com o custo das comu-nicações telefónicas do quartel. Ficando dentro de Lisboa os tele-fonemas do quartel para a capi-tal eram mais baratos. O cresci-mento de Moscavide conheceu duas fases distintas, primeiro o crescimento designado como primitivo no século XIX com a fundação da Quinta do Cabeço e do Parque Ajardinado, e numa segunda fase, que decorreu em meados do século XX, o que deu origem ao núcleo urbano de Moscavide e à Urbanização da Portela. Este crescimento basea-do nas duas vertentes, juntamen-

te com o fato de Moscavide ter sido elevada a vila em meados do século XX (1964), em pleno Estado Novo, reflete a evolução que esta freguesia foi registando ao longo dos anos. Foi graças a este crescimento que a fregue-sia de Moscavide, nas décadas de 40 e 50, foi escolhida para a instalação de indústrias extre-mamente prestigiadas, como o INDEP e a Petrogal, o que con-duziu a que este território tenha recebido muitos milhares de migrantes provenientes, sobre-tudo, do Alentejo e das Beiras, um claro Êxodo Rural que, como este fenómeno deixa antever, perseguiam uma melhor qualida-de. No entanto, a falta de capa-cidade da Junta de Freguesia em dar resposta às necessida-des habitacionais levou a uma especulação imobiliária que teve consequências negativas. Entre estes destaca-se a falta de espa-ços verdes, dos quais só resta o Jardim de Moscavide, uma vez que as necessidades habitacio-nais dos habitantes levaram a que os espaços amplos de outro-ra passassem a ruas estreitas e superlotadas. Destaca-se ainda o mau planeamento urbanístico feito no passado, cujos reflexos se fazem sentir no presente. Em

1998 a Expo 98 veio revitalizar a freguesia, assumindo um papel relevante no desenvolvimento, conseguindo atrair investimen-tos públicos e privados, novos equipamentos sociais e de lazer e novas vias de acesso, dando algum equilíbrio à pirâmide etária de Moscavide, constituída sobre-tudo por população idosa.

EconomiaNão obstante o seu reduzi-do espaço, Moscavide cresceu bastante, fazendo com que a freguesia fosse, durante muito tempo, uma das de maior den-sidade populacional do concelho de Loures. Este desenvolvimento populacional exagerado é ainda hoje recordado no seu brasão, através dos favos de mel que fazem lembrar o modo como a vila cresceu. Paralelamente, a vida operária deu lugar ao comér-cio e aos serviços, que ainda hoje são uma imagem de marca da terciarização do espaço urbano moscavidense.

PatrimónioQuanto ao património tem como principais pontos de referência a Capela de Nossa Senhora da Quinta do Candeeiro, capela esta que surgiu no século XVIII, a

Igreja de Santo António, edificada no século XX (1955), a Estação Ferroviária, a Vivenda Mouzinho e, por fim, o Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais funda-do em 1931 e responsável pelo acolhimento dos seminaristas das dioceses de vários distritos de Portugal. Estes monumentos aliados ao comércio, é uma das localidades do País com mais comércio de rua, e uma rede de transportes ímpar, por exemplo é a única localidade do conce-lho a usufruir do Metropolitano de Lisboa, fazem com que esta vila detenha um património único e diferenciado, sendo cultural-mente um ponto interessante de visitar.

Passado ou presente? Eis a questãoAs opiniões divergem relativa-mente á preferência entre a fre-guesia de Moscavide das déca-das de 50 – 60 e a vila da atua-lidade. No entanto, goste-se ou não, o certo é que as condições socioeconómicas, urbanísticas, paisagísticas e socioculturais alteraram-se drasticamente não só em Moscavide mas também nas suas áreas circundantes.

Francisco Rocha

Moscavide celebrou as bodas de ouro como vila. Uma distinção que merece ser recordada e que o MP se associa, deixando aqui alguns dos episódios históricos mais marcantes, com especial destaque para a Igreja de Santo António, o seu monumento de referência.

5MPHISTÓRIA

Igreja de Santo António de Moscavide

Devido à criação da freguesia de Moscavide, em 1928, houve a necessidade de fundar tam-bém uma paróquia e, por isso, construir uma igreja dedicada ao padroeiro da vila: Santo António. Ainda assim, essa construção demorou algum tempo, sendo o documento mais antigo relativo à mesma, uma escritura de compra de um terreno onde viria a ser edificada a Igreja. Mais tarde, a primeira pedra foi colocada a 15 de maio de 1955, e após várias doações dos habitantes de Moscavide, da Companhia Nacional de Eletricidade e do próprio Estado e de inúmeras iniciativas com o objetivo de reco-lher fundos para a construção da Igreja, esta foi finalmente iniciada a 13 de junho de 1955. O edifício propriamente dito foi concluído um ano depois e a sua inaugu-ração foi a 9 de dezembro de 1956, data em que teve lugar um grande cortejo, para o qual a paróquia teve a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, dos Bombeiros Voluntários, do Clube Familiar Moscavidense, do Atlético Clube, entre outros. Posteriormente também foi construída, por Clemente José Cancela, uma torre sineira, a alguns metros do edifício da Igreja, tendo sido inaugurada só no final de 1958. Há ainda uma estátua de Santo António, feita pelo escultor Lagoa Henriques, que também esculpiu o crucifixo do altar-mor, em bronze. Estando inserida no Movimento

de Renovação de Arte Religiosa, a Igreja de Santo António apre-senta uma arquitetura muito diferente da que havia anterior-mente em edifícios religiosos em Portugal. Proveniente da Suíça Alemã, esta nova arquitetura é mais sóbria, moderna e fun-cional, não tendo como objeti-vo qualquer monumentalidade. Apesar disso, a Igreja de Santo António não pode deixar de se destacar pelo seu aspeto pecu-liar, devido nomeadamente a um dos aspetos que mais se acentua no edifício: o painel de azule-jos da fachada, da autoria de Miguel Cargaleiro. Assim, esta igreja foi uma das primeiras em Portugal a atribuir mais impor-tância à atividade litúrgica em si. Quanto ao seu interior, esta arquitetura confere ao altar-mor uma importância acrescida, com o seu afastamento da parede de fundo, podendo esta arquitetura ser chamada “cristocêntrica”. Mais tarde, a Igreja foi muito criticada pelo seu aspeto exte-rior, que se supunha ser pouco acolhedor quando comparado com igrejas anteriores. Por outro lado, quem está a favor da igre-ja elogia a gestão do espaço por parte daquela arquitetura e a funcionalidade do edifício, na medida em que o altar-mor pode ser visto de toda a estrutura, um aspeto pouco encontrado em igrejas anteriores. A utilização de materiais tradicionalmente consi-derados como menos nobres (o betão, o vidro) e o primado da

funcionalidade nas edificações são apenas a face visível de um fenómeno de renovação que em Portugal deu os primeiros passos com o trabalho de Pardal Monteiro e a sua Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, edificada entre 1934 e 1938: pri-meira a desafiar os códigos tradi-cionais revivalistas, baseando-se nos projectos franceses do géne-ro, (onde se destaca a igreja de Notre Dame du Raincy, do Arq. Auguste Perret, 1922, utilizando o betão armado e simplificando as formas). Esta igreja conseguiu atrair os mais destacados nomes dos artistas plásticos modernis-tas, como Almada Negreiros e Francisco Franco. Obras como esta ou a sua homónima, no Porto (1935, a cargo do grupo A.R.S. –

Cunha Leão, Fortunato Cabral e Morais Soares) e os seus opos-tos revivalistas e regionalmente estilizados de São João de Deus, Santo Condestável e São João de Brito, em Lisboa, lançaram uma viva discussão e originam as tomadas de posição muito antagónicas, entre o conservado-rismo e o desejo de renovação. As primeiras obras de referência destes tempos são esta Igreja de Santo António (Arq. João de Almeida e António Freitas Leal, Moscavide), onde é visível uma austera simplicidade como pri-meiro ensaio de funcionalismo litúrgico e das linhas modernas da arquitetura; a Igreja paroquial de Águas (Arq. Nuno Teotónio Pereira, Diocese da Guarda), marco da modernização da arqui-

tetura religiosa pela opção decla-rada de “aproximação ao contex-to e às formas vernáculas” e a Capela do Picote, junto à barra-gem hidroeléctrica com o mesmo nome (Arq. Manuel Nunes de Almeida, Trás-os-Montes). Aquilo que se pretendia de um edifício religioso, por esta altura, é que respondesse às necessidades do culto, organizando o espaço em torno do altar. Este espaço era comunitário e traduzia, de modo plástico, a Assembleia dos fiéis, reunida para celebrar. A lingua-gem passou, então, da ideia de “igreja-templo” para a de “cen-tro paroquial”, enquanto conjunto de espaços em redor da igreja, entendida como “domus eccle-siae” (casa da igreja).

Filipe Amaral

Concluída, tal como é hoje, em 1958, a Igreja de Santo António é a Igreja Matriz de Moscavide. O construtor responsável foi Diamantino Tojal e os arquitetos António de Freitas Leal e João de Almeida, na altura seminarista e estando este, desde estudante, fortemente ligado ao MRAR (Movimento de Renovação da Arte Religiosa, que surgiu com o Concílio do Vaticano II), no qual a Igreja de Santo António está inserida.

AF_AA3Lim_ExpocarExpo.pdf 11/22/13 3:01:27 PM

No dia 7 de abril, por volta das três da manhã, a popula-ção que mora junto ao Jardim Dr. João Gomes Patacão vol-tou a acordar em sobres-salto. Um incêndio deflagrou num dos dois contentores do lixo, que ali se encontravam, acabando por apanhar uma mota e um carro. O motoci-clo ficou totalmente carboni-zado e a viatura ficou com a parte traseira no mesmo estado. O caso está entre-gue à Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária, a quem agora cabe arranjar explicação para o sucedido. Já não é a primeira vez que tal acontece, o que tem dei-xado os moscavidenses algo inseguros, até porque tem sido novidade este tipo de vandalismo, isto partindo do princípio que será apenas isso. Entretanto o conten-tor de lixo já foi substituí-do, esperando que o destino deste não seja semelhante.

Actos de vandalismo em Moscavide

A Companhia de Teatro levou a cena, no dia 18 de abril às 19 horas, a peça "Paixão de Cristo". Uma representa-ção que em tudo tem a ver com a época que se vivia, tendo ido a palco na Sexta Feira Santa, precisamente o dia da morte de Cristo. A organização deste evento foi

efectuada pela Associação

Cultural Missão Desafio, com

o apoio da Igreja Metodista de

Moscavide. A entrada era livre,

mas era necessário fazer uma

reserva, devido à lotação do

espaço. A peça decorreu na

Rua Salvador Allende nº 38,

em Moscavide.

Companhia de Teatro leva a palco a “Paixão de Cristo”

A assembleia de voto para as Eleições Europeias, que decor-rerão no dia 25 de Maio, foi desdobrada em 20 mesas de voto. As primeiras 11 mesas estarão a funcionar na Escola Básica/Jardim de Infância da Portela, vulgo Escola Primária, na avenida das Descobertas. As restantes 9 estarão em funcio-namento na Escola Básica Dr. Catela Gomes, na Rua Almirante Gago Coutinho em Moscavide. Entretanto já foi realizado o sor-teio pelo Tribunal Constitucional,

que define a ordem pela qual os partidos ou coligaçõs aparecem no boletim de voto. Ao todo são 14 partidos e duas coligações que se apresentam a sufrágio, para disputar os 21 lugares dis-poníveis no Parlamento Europeu. A coligação PPD/PSD e CDS-PP concorrerá com o nome Aliança Portugal ocupando o 15º lugar do boletim de voto, enquanto o PS ocupa a 1ª posição, o BE a 9ª e a CDU a 14ª, isto para falar apenas dos mais votados.

Eleições Europeias

Uma vez mais, a Paróquia de Cristo Rei da Portela, celebrou a Via Sacra pelas ruas da Portela. A cerimónia decorreu no dia 11 de abril, tendo as 14 estações do ritual passa-do pela Avenida das Escolas, o local de concentração foi junto ao portão da Escola Gaspar Correia, seguindo pela rua pedonal junto à Rua Amélia Rey-Colaço, pela Rua

dos Actores, Rua Palmira

Bastos, Avenida da República

e Rotunda Nuno Rodrigues

dos Santos, por esta ordem. A

celebração da Paixão de Cristo

terminou na Igreja de Cristo

Rei da Portela. Como tem sido

costume, os paroquianos ade-

riram, iluminando as ruas com

as suas velas, dando uma cor

diferente a este bairro.

Via Sacra pelas ruas da Portela

06 MP BREVES

Agora também no Centro Comercial da Portela

Loja 1 - R/C

Depois de vários anos de cos-tas voltadas quanto à partilha dos actuais SMAS, as Câmaras de Loures e Odivelas, final-mente, chegaram a acordo. A Constituição dos Serviços Intermunicipalizados de Loures e Odivelas (SIMAS) consiste na gestão do serviço de abasteci-mento de água, do serviço de saneamento de águas residuais e da gestão de resíduos sólidos urbanos.

O AcordoPara que este compromisso existisse vários foram os pon-

tos estabelecidos, permitindo assim uma convergência entre as duas câmaras. O primeiro ponto assentou na criação de uma Comissão Mista, composta por dois membros de cada muni-cípio, que elaborará uma pro-posta até dia 30 de junho deste ano, no que concerne à partilha dos actuais SMAS. Esse acordo, onde deverá constar todo o patri-mónio do SMAS, seja sua pro-priedade ou seja património uti-lizado nas funções que lhe estão atribuídas, será submetido aos órgãos dos dois municípios. Todo este espólio será transferido para

a entidade Intermunicipal, onde será partilhado. Este acordo tem como base todo o património existente até 31 de dezembro de 2013, sendo que a sua partilha será efectuada em função do número de clientes existentes até à mesma data, dos quais 57% (95 757) pertencem a Loures e 43% (72 259) a Odivelas, algo que será revisto nos mesmos moldes de dois em dois anos. A Comissão Mista teve de elaborar, também, uma proposta relativa ao relacionamento financeiro, a qual já foi entregue. Quanto ao plano de investimentos para

2014, após consenso entre as duas edilidades, este consistirá num incremento para a execução de projectos, que apenas serão executados em 2015. Tal situa-ção deve-se à inexistência de qualquer projecto para este ano, o que se percebe, pois a criação deste Serviço ainda está numa fase embrionária. Enquanto a já referida Comissão vai acelerando todas as premissas para o que o SIMAS seja constituído, a Câmara Municipal de Odivelas indicará um representante que participará nas reuniões do SMAS, onde funcionará como observador activo. Posteriormente, após a sua criação efectiva, o SIMAS será gerido por um Conselho de Administração, que será com-posto por um presidente e dois vogais, que serão membros das respectivas câmaras municipais e nomeados pelos executivos das mesmas. Os vogais serão indicados um por cada município, enquanto o presidente será indi-cado, alternadamente, por cada uma das câmaras e por um perío-do de dois anos. Em qualquer uma destas situações, tantos dos vogais como do Presidente do Conselho de Administração, não existirá nenhum tipo de remu-neração. O mandato dos vogais será exercido por um período coincidente ao do seu mandato no município pelo qual é indica-do, cessando na mesma altura, o que não invalida que se man-tenham em funções até à sua substituição. Qualquer membro do Conselho de Administração poderá ser exonerado em qual-quer altura e as principais linhas de gestão deverão ser aprovadas por unanimidade, conforme está previsto no Acordo de Gestão. Para que este dossier siga os trâ-mites normais, será necessário, a ambos os municípios, a apro-vação do mesmo nos respecti-vos órgãos municipais, algo que terá de ser feito nos dois meses subsequentes à assinatura deste acordo. Em virtude de a Câmara de Odivelas ter aberto um con-curso para a gestão particular deste tipo de serviços, caber-

-lhe-á a não adjudicação de tais competências, o que será feito de imediato após a formalização da constituição do SIMAS.

A Conferência de ImprensaSusana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odivelas, sublinhou a vontade de ambos os municípios em reatarem as negociações "na política não há pontos finais, não podemos ser inflexíveis. Foi um processo negocial que teve um diálogo franco e conseguiu-se encon-trar uma solução equilibrada”. Quando questionada pelo MP sobre o fracasso das negocia-ções com o Executivo do PS e o sucesso alcançado com a CDU, a Presidente desfez quaisquer dúvidas que pudessem existir "este tipo de questões não têm a ver com partidos, têm a ver com o diálogo que se faz. E para dia-logar são precisos dois." Quanto a Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municipal de Loures, frisou também o empenho das duas autarquias em resolver este impasse "foi uma negociação complexa, mas franca, genuína e aberta". Mostrou ainda satis-fação pela salvaguarda dos vín-culos de trabalho e o triunfo do modelo de serviço público "um regime partilhado para os servi-ços intermunicipais, com reforço do investimento em várias áreas e que preserva os postos de trabalho. Uma derrota do mode-lo político de privatizar". Ambos os autarcas ainda referiram que pretendem aproveitar os fundos comunitários possíveis, dada a elevada limitação financeira exis-tente. Apesar dessa necessida-de, esta terá de ser feita sem-pre de forma sustentada. Foram estes os principais indicadores deixados por Bernardino Soares e Susana Amador nesta confe-rência de imprensa.

Pedro Santos Pereira

Loures e Odivelas chegam a acordo quanto aos Serviços MunicipalizadosApesar de cores partidárias diferentes, Loures e Odivelas chegaram a acordo para a constituição dos Serviços Intermunicipalizados. A comunicação foi divul-gada, em conferência de imprensa, no passado dia 7 de abril nos Paços do Concelho de Odivelas, na qual estiveram presentes, lado a lado, os dois presi-dentes Bernardino Soares e Susana Amador.

8 MP ACTUAL

No dia 10 de abril o Executivo que lidera a Câmara Municipal de Loures, atra-vés de uma conferência de imprensa marcada para o efeito, revelou os primeiros resultados da auditoria inter-na feita à gestão socialista de 2002 a 2013. A audito-ria foi efectuada com meios próprios do município, con-tando com a participação do Revisor Oficial de Contas (ROC), não incluindo escla-recimentos dos visados, carecendo assim de contra-ditório. No entanto, muitos dos dados obtidos atingiram níveis de extrema dificul-dade de apuramento, fruto da insuficiência de registos e de procedimentos desa-dequados. Daí que o pre-sidente Bernardino Soares tenha definido esta acção como "uma tarefa de espe-cial complexidade", não só pela "vastidão de matérias a analisar", mas essencial-mente pelas condutas atrás referidas. Ainda antes de se conhecerem estes resulta-dos, o actual Executivo já tinha denunciado algumas situações graves, como as obras e serviços sem proce-dimento no valor de 1 milhão e 350 mil euros. Algumas

destas situações serão remetidas ao Ministério Público e outras entidades competentes, em virtude das recomendações efectuadas pelos auditores e pelo ROC.

Viagens, estadas e despe-sas de representaçãoA maioria das deslocações não se encontram funda-mentadas, nem têm relató-rios que demonstrem o seu interesse para o Município. Desde 2002 foram gastos cerca de 300 mil euros nesta área, dos quais 70% ocorre-ram nos últimos cinco anos, período em que o PS deteve maioria absoluta (nos últimos quatro anos). Para reforçar ainda mais esta evidência, dos 110 mil euros gastos pelo Executivo e dos 60 mil euros despendidos pelos Serviços Municipalizados em despesas de represen-tação, 65% foram gastos, novamente, nos últimos cinco anos. Destaque ainda para o facto que a justifi-cação para o pagamento de refeições era vago tais como, almoço de trabalho com deputados municipais, ou com autarcas, ou com vereadores, não indicando o objectivo do almoço, além de os responsáveis serem,

simultaneamente, autori-zadores e beneficiários da despesa.

ComunicaçõesCuriosamente, ou talvez não, também aqui os últi-mos anos foram os mais despesistas. Desde 2002 até 2013 foram pagos mais de oito milhões em teleco-municações, o que dá uma média de 680 mil euros ano, sendo que nos últimos qua-tro anos (os tais da maioria absoluta) esse valor subiu para os 850 mil euros. Em julho de 2010, perante tais gastos, foi deliberado uma diminuição de 20% nos cus-tos com as comunicações para o segundo semestre, mas o que aconteceu foi um aumento de 15%!!! Além disso, a Câmara assumiu o pagamento do diferencial de situações em que o limite definido para o utilizador foi ultrapassado, sem invocar qualquer justificação.

ViaturasNesta área destaque para a utilização dos cartões GalpFrota e da Via Verde da Autarquia, por membros do Executivo ou dos gabi-netes de apoio em período de férias. Nos últimos quatro

anos foram gastos quase 3 100 euros em combustível e pouco mais de 1600 em portagens, isto em período de férias!!!

Avenças e prestações de serviçoMais algumas situações difí-ceis de explicar e perceber. Empresas que receberam avenças não existindo, no entanto, evidência de traba-lho realizado. Quatro delas custaram mais de 600 mil euros à Autarquia durante seis anos. Outro caso estra-nho é o de uma empresa de comércio de vestuário, que prestava assessoria na ela-boração de estudos e projec-tos para uma nova forma de intervenção dos serviços de apoio à família nas escolas!!!

Consultadoria jurídicaAqui existem 85 proces-sos referentes a rendas de habitação social que, de 2007 a 2010, não tiveram qualquer desenvolvimento. Assim como quase 200 pro-cessos que não tinham sido redestribuídos, após a ces-sação de serviço do advo-gado anterior. Alguns nem foram sequer devolvidos ao Gabinete.

Pedro Pereira

Auditoria à liderança socialista na CM Loures revela excessosA auditoria interna levada a cabo pelo actual Executivo, uma das promessas eleitorais da candidatura da CDU, revela graves excessos por parte da gestão socialista. Mas estes são apenas resultados parcelares, que incidem sobre a situação financeira, contratação pública, despesas com pessoal, gestão financeira e despesas com membros do executivo e seus gabinetes.

Abril todos os meses

Na maioria das vezes que me sento a escre-ver, mesmo antes de colocar a "pena" no papel, já uma ideia salta e forma uma base consistente para o que partilho em seguida.Estranhamente... hoje não!Por isso, hoje, tentei entender o que estava diferente.Pensei... pensei... e pensei. Dei voltas e voltas e, pouco a pouco, tudo se foi tornando mais claro. Afinal a diferença estava e sem-pre esteve no tema... Abril!!Na minha mente existia uma vontade em falar de Abril sem cair no erro de utilizar "clichés". Dentro de mim existia um anseio em falar de Abril pelos olhos de quem sem-pre ouviu falar dele, mas que nunca viveu aqueles dias. "- De quem nunca viveu?- Sim de quem nunca o viveu!- Mas eu vivi Abril!- Nao viveste nada... nasceste em 1976!!- Ah! Pois é!! Aliás... não é nada!!!Vivi Abril desde que nasci!!-Hum?!?! Não tinha pensado nisso!"Depois deste diálogo interior percebi que poderia partilhar o que quisesse, pois esse é o espirito de Abril, o de um verdadeiro sinó-nimo de liberdade.Para aqueles que cresceram a ouvir falar de Abril é mais simples escutar do que escre-ver. Para muitas gerações falar de Abril é tão natural como respirar mas, tal como esse acto, nem notamos enquanto o fazemos. Porquê? Porque Abril, para mim e para mui-tos, começou quando nasci e será sempre Abril enquanto existir Janeiro, Fevereiro, enquanto existir Março Maio, Junho, Julho, Agosto, enquanto Outubro se suceder a Setembro e enquanto Novembro vier antes de Dezembro!"Este ano a oportunidade de fazer um dis-curso sobre o 25 de Abril na sede do meu Concelho cabe a outro que não a mim. E que bom é esta possibilidade de permitir que todos sintamos Abril e não apenas alguns.Que cada um viva Abril à sua maneira.Não será tão Abril ter saído à rua em 1974 como pensá-lo em 2014?E é por isso que me lembro de todas as histórias que os meus pais e os meus avós sempre me contaram, sobre o antes e o depois da música de Zeca Afonso, Paulo de Carvalho, Ary dos Santos, Manuel Freire, Francisco Fanhais ou de Pedro Barroso. E sinto-me aconchegado por me sentir parte de uma história bonita em que David Fonseca e os Deolinda só fazem sentido se antes tiverem existido outros e de outros só poderem aparecer porque eles também existem.Para mim, Abril jamais pode ser igual ao que é para os meus pais, da mesma forma que Abril será sempre diferente para as minhas sobrinhas e para os meus filhos.

Ricardo AndradeComissário de Bordo

9MPMUNICÍPIO

10 MP CLASSIFICADOS

Mediação de SegurosParticulares | Empresas

[email protected] | 966 033 867

ANUNCIE AQUI 219 456 514 [email protected]

CLASSIFICADOS

Pode receber o MP onde quer que esteja por Correio ou em Formato Digital.

[email protected]

Subscreva o

11MPCARTOON

Bruno BengalaCartoonista

12 MP BREVES

(Im)pressões

Eleições Europeias e o Manifesto dos 74 nos 40 Anos do 25 de Abril!

Com o aproximar das Eleições Europeias, é chegado o momento de todos fazermos um balanço destes últi-mos anos e de nos interrogarmos em que Europa nos transformámos.A crise financeira internacional de 2008 teve o condão de pôr a nu não apenas as enormes fragilidades do euro, mas também os egoísmos dos mais fortes.Infelizmente, o projeto europeu, tal como o conhecíamos, sofreu um forte revés. Impera a lei do ‘salve-se-quem-puder’ e do ‘cada um por si’, contra-riando o espírito que presidiu à criação da comunidade de estados – antes, Comunidade Económica Europeia (CEE) e, depois, União Europeia (UE). Obviamente, não há como dissociar as políticas da UE das famílias políticas que as formulam, aprovam, e execu-tam. O Partido Popular Europeu (PPE), que integra o PSD e o CDS nacionais, mas também a CDU de Angela Merkel, domina as diferentes instituições euro-peias. Tem, por isso, grandes respon-sabilidades na ineficácia do combate à crise de 2008. Será que o eleitorado irá esquecer-se?O Manifesto dos 74, subscrito por perso-nalidades de diferentes sensibilidades políticas e dos mais variados sectores da nossa sociedade, veio lembrar-nos que os consensos são possíveis quan-do assentes em propostas concretas e patrióticas. Oxalá o nosso Parlamento esteja à altura da discussão que o assunto merece. Que melhor comemo-ração do 40º aniversário da Revolução de Abril poderia haver, que uma discus-são parlamentar serena sobre os cami-nhos a trilhar doravante para sairmos da ‘armadilha’ em que caímos, com uns empurrões internos e externos.Aqui ao lado em Espanha, faleceu recentemente o primeiro presidente do governo da transição para a demo-cracia, Adolfo Suaréz e a inscrição na sua lápide, “Fué posible la concor-dia”, remete para um momento em que todos os Espanhóis também tiveram, um momento de consenso e que com a sua morte voltaram a ter o recordatório coletivo de que, quando todos quere-mos conseguimos superar as divergên-cias existentes para lutar por um ideal melhor que é o da DEMOCRACIA!Passados 40 Anos do 25 de Abril - dia da Liberdade é bom recordar que ainda falta muito para se cumprir Abril!

João Borges Neves

O Seminário de Cristo Rei tem uma ligação muito forte com a Portela e Moscavide. Desde finais dos anos setenta até início dos anos noventa que este espaço acolheu portelenses e moscavidenses, oferecendo o seu espaço para o culto da religião, mas não só, pois tornou-se uma referência também como local de lazer. Para os católicos da Portela foi a sede da sua paróquia durante mais de dez anos, foi ali que começou a construção da Igreja de Cristo Rei, foram os padres daquela instituição que asse-guraram as missas quando não havia pároco. É neste contexto que aparece D. José Policarpo, na altura Padre e Reitor do Seminário, que cele-brou inúmeras eucaristias para os paroquianos da Portela. Era uma pessoa sóbria e dialogante que estava sempre pronta a ajudar, quer fosse pelo esclarecimento, quer pela prática real da tarefa. Não é de admirar a quantidade de cargos de responsabilidade que exerceu, além de Reitor do Seminário dos Olivais (durante 27 anos), foi Bispo Auxiliar de Lisboa (1978-97), Membro da Conferência Episcopal Portuguesa, onde exercia vários cargos de presidência, Arcebispo Coadjutor do Patriarca de Lisboa (1997-98) e 16º Patriarca de Lisboa desde 1998, tendo passado a Patriarca Emérito em 2013, após ter pedido a resignação em 2011 por ter atingido o limite de idade (75 anos). Esteve presente em dois Conclaves, os que elegeram o Papa Bento XVI (2005) e o Papa Francisco (2013). Na Universidade Católica foi docente e director da Faculdade de Teologia e reitor da Universidade entre 1988 e 1996. Faleceu no dia 12 de março, perdendo-se assim uma figura importante, não só para a Igreja, mas também para a sociedade portuguesa.

O adeus de D. José Policarpo

O Centro Cultural de Moscavide irá receber, dia 26 de abril pelas 21 horas, o concerto com que a Junta de Freguesia de Moscavide e Portela decidiu homenagear esta data histórica. O espectáculo consiste na recriação do último concerto histórico de Zeca Afonso, na altura já com grandes dificul-dades físicas, que teve lugar no Coliseu dos Recreios em 1983. Neste dia contou com a presença de vários artistas, como Fausto, Janita Salomé, Júlio Pereira, Octávio Sérgio, António Sérgio, Durval Moreirinhas, Rui Pato,

Guilherme Inês, Rui Castro, Rui Júnior, Sérgio Mestre e Lopes de Almeida. O DVD deste concerto saiu em 2010 e contem 12 faixas, Saudades de Coimbra, Balada de Outono, Canção de embalar, Natal dos simples, Vampiros, A morte saiu à rua, Milho verde, Canção da paciência, Era um redondo vocábulo, Papuça, Venham mais cinco e Grândola, Vila Morena são temas que serão interpreta-do pelo Grupo Contrastos (Escola Fort'Aplauso). Como convida-dos estarão Diana Afonso, Clara Gomes e Eva Costa.

Concerto "40 anos do 25 de Abril"

No dia 7 de março realizou-se no Centro Comercial da Portela (CCP) o Portela Fashion Night Out. Um evento que começou às 20 horas e terminou às 24, tendo contado com música, dança, promoções e ofertas. Numa noite dedicada à Mulher, ainda por cima em vésperas do seu dia internacional, a cosmética e a moda foram o prato forte da noite, num evento patrocinado pela Farmácia Paula de Campos e que contou com o apoio de outras lojas, que trouxeram ao CCP uma noite bem diferente do habitual. A orga-nização não regateia elogios à forma como tudo decorreu, garantindo que esta experiência é para repetir.

Portela Fashion Night Out excede as expectativas

Já abriram as pré-inscrições para os alunos da Escola Básica 2-3 Gaspar Correia, que queiram fazer parte da sala de Estudo "Estudar é Fixe". Estas inscrições são des-tinadas a alunos do 2º ciclo (5º e 6º ano) e do 7º ano (3º ciclo), tendo aberto no dia 1 de abril e encerram no dia 31 de maio. Esta sala está em funcionamento entre as 8h e 30m e as 18h e 30m, estando aberta todo o ano, com excepção do mês de agosto,

feriados nacionais, dia de carnaval e 24 e 31 de dezembro. Quem estiver interessado deverá pro-ceder à pré-inscrição tão rápido quanto possível, pois o número de vagas é limitado. Qualquer dúvi-da que pretenda esclarecer pode enviar um e-mail para saladeestu [email protected]. Esta é uma iniciativa da Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEE) da Escola Gaspar Correia.

Abertas as pré-inscrições para a Sala de Estudo da Gaspar Correia

13MPBREVES

6 UNIDADES A CUIDAR DE SI. PARA ESTAR BEM COM A VIDA.

SINTA-SE BEM NA SUA PELE

TREINE DESDE 29,50€/MÊS LIVRE TRÂNSITO

NÓS AJUDAMOS

KALORIAS FITNESS CLUB TEJO Passeio dos Heróis do Mar • Parque das Nações Junto a: Igreja N.ª Sra. dos Navegantes • Colégio Oriente • Ponte Vasco da Gama Contactos: 912 456 283 • 964 649 464 • [email protected]

Mel de Cicuta

Muitos têm medo de errar, eu não. Aliás, genericamente claro, não tenho medo e cometo erros. Ter medo é pensar no que poderá acontecer e eu penso mais no que estou a fazer. Vivo o presente, construo um futuro do qual não tenho nem fabrico expectativas.A nossa condição humana constrói em torno de nós uma teia que nos prende ao passado e uma outra amarra que nos faz ter medo do futuro. É legítimo, é humano, mas na verdade não nos traz nada. Só a verdadeira presença, a constante atenção e inspiração no momento presente nos poderá trazer a verdadeira felicidade.Discutia há dias com uma amiga qual o valor mais elevado que teria em mim. Depois de alguma dialéctica concluí que seria a liberdade. A verdadeira liberdade interior, a liberdade de esco-lha a liberdade de opinião, a liberdade em si, de todas as formas.Em parte agradecemos isso a Abril de 74, mês e ano em que nasci. Uma coin-cidência, é certo, mas feliz. Na prática os desafios de Abril conti-nuam bem presentes, a democratiza-ção e o desenvolvimento são variáveis para os quais temos de continuar a trabalhar, todos os dias.Igualdade de género, igualdade de oportunidades, espaço para os que criam fora de formato, um profundo respeito pela diferença. Sou dos que acredita que as empresas não visam apenas o lucro e devem ter funções sociais. Tem de existir espaço para a iniciativa privada. Espaço para realizar. Espaço para ser.Sou um optimista que acredita no Homem. Sei que vamos continuar a construir uma sociedade. Por muitas contrariedades que surjam os erros fazem-nos construir mais e mais e mais.É da essência do Homem errar e cons-truir. "O homem que não comete erros geral-mente não faz nada."Não se diminua por ter errado. Compreenda o seu erro e tolere os dos outros. Ganhe elasticidade e procure fazer melhor. Todos somos capazes de o fazer.Grandes invenções surgem de peque-nos erros, o post-it, o vinho da Madeira por exemplo. Importante é ter sempre a consciência de fazer. A todos os que todos os dias procuram fazer mais e melhor, o meu obriga-do. Aos que estão mais parados não se preocupem, chegará a nossa hora. Tudo muda. Eu por cá continuo a errar feliz.

Filipe EsménioComunição

No dia 3 de maio, se o tempo o permitir, decor-rerá o "Dia da Actividade Física", estão programa-das diversas activida-des, que decorrerão no Jardim Almeida Garrett na Portela. O dia come-çará às 10 horas com uma aula de ginástica denominada "Reforma Activa", que pelo nome se deverá direccionar

para a população sénior. Posteriormente irá haver uma outra aula de ginás-tica, cujo nome é "Ritmo para Todos" às 11 horas, a que se seguirá "Zumba", ao meio-dia, uma modalidade que nasceu na Colômbia e que mistura ritmos lati-nos, tal como dança e aeróbica. No período em que decorrem estes

eventos, entre as 10 e as 12 horas, todos os interessados poderão fazer, graciosamente, avaliações de aptidão física. O dia termina com o voleibol, que terá iní-cio às 15 horas. Durante o dia existirão diversos tipos de rastreios, dispo-níveis a todos aqueles que o pretendam fazer.

Actividades físicas adiadas devido ao mau tempo

14 MP ENTREVISTA

Moscavide e Portela vão ter um novo Centro de Saúde, que beneficiará cerca de 25 000 utentes. Que mais-valias trazem este novo edifício?As condições do edifício em si são fundamentais para a mudan-ça. Vão funcionar ali as duas unidades de saúde familiar de Moscavide, a que funciona nos contentores e a do edifício mais antigo, esta última sem condições nenhumas. O edifício está pronto e o Município irá protocolar, bre-vemente, a sua cedência com a Associação Regional de Saúde (ARS). Existem apenas algumas questões relacionadas com as acessibilidades que estão a ser resolvidas. Depois caberá à ARS

providenciar o equipamento e o mobiliário para que possa entrar em funcionamento.

A propriedade do edifício é per-tença da Câmara Municipal de Loures. Irá existir um contrato de arrendamento ou o Município cederá graciosamente o espa-ço?Não sei qual o enquadramento jurídico para esta situação, mas a ARS não terá qualquer tipo de renda com este imóvel. O edifício será cedido chave na mão à ARS, o que é digno de realce, pois ape-sar de não ser da competência da autarquia foi entendido que o interesse da população se sobre-punha.

Isso permitirá à ARS uma pou-pança próxima dos 5 000 euros mensais, valor que é pago men-salmente pelo arrendamento dos contentores e do edifício onde funcionam as duas unida-des de saúde?Sim, será uma poupança bastante significativa.

Já há uma data para a inaugu-ração?Não. Nós tivemos recentemente uma reunião com o Presidente da ARS em que foram discutidos estes pormenores, o que indicia que a abertura possa ser feita em breve, mas faltam resolver as situações atrás referidas pela ARS. De qualquer forma penso

que não demorará.

Este processo já vem do Executivo anterior. Qual a participação do actual?Realmente é um processo que já estava em andamento e o qual nós continuámos a acompanhar, fazendo todas as diligências para que o Centro de Saúde possa abrir o mais brevemente possível.

Nesta nova urbanização, situada no ex-INDEP, estavam previstos vários equipamentos sociais. O pavilhão, que já existe, o Centro de Saúde, que vai existir, e o Centro de Dia.

"O edifício está pronto e o Município irá protocolar, brevemente, a sua cedência com a ARS"

Em entrevista ao jornal MP, a Vereadora Maria Eugénia Coelho, responsável pelos pelouros da Educação, dos Recursos Humanos e da Coesão Social e Habitação, anunciou para breve a inauguração do novo Centro de Saúde de Moscavide. Falou também sobre a mais que provável reabertura do balcão da Segurança Social em Sacavém, que serve também Moscavide e Portela, e da possibilidade de abertura de novos centros de apoio à população sénior na nossa freguesia.

15MPENTREVISTA

Em que ponto se encontra este último?O equipamento está em fase de conclusão e agora falta pô-lo a funcionar, o que acontecerá em breve tam-bém.

A transferência de edifício do Centro de Saúde criará novos postos de trabalho, ou assegurará apenas os já existentes?Nós temos algumas lacunas a nível dos médicos e dos enfermeiros em todo o con-celho de Loures, inclusive foi um dos pontos aborda-dos na última reunião. Em relação aos médicos é um mal nacional, existem pou-cos médicos no país em fun-ção das necessidades, de qualquer forma entendemos que cada habitante deve ter o seu Médico de Família, o que implica necessaria-mente um reforço. Quanto aos enfermeiros é mais fácil, depende da vontade da ARS e do Ministério da Saúde, mas suponho, perante infor-mações que nos foram transmitidas, que haverá um reforço destes profissionais de saúde. Há ainda dificul-dades nos assistentes téc-nicos, que o Ministério terá de providenciar e que nós estamos disponíveis para ir conversando.

No último MP entrevistá-mos a Dra. Rita Santos, Coordenadora da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Moscavide, que nos transmitia que as condi-ções do novo Centro de Saúde, por si só, podiam ser um factor de atracção de novos médicos. Tendo em conta isto, não teme que haja uma deslocação de profissionais de saúde para o Centro de Saúde de Moscavide em detrimento de outros Centros do con-celho?É natural que qualquer pes-soa tente trabalhar num local com melhores condições e é óbvio, que existindo falta de médicos, que a sua entrada em determinado centro de saúde pressupõe a saída de outro. Por isso temos de ter uma visão global do concelho e exigir que em cada local as condições sejam mínimas e com dignidade para o serviço que prestam. Mas isso é um problema que o Ministério da Saúde tem de resolver, porque isto é uma condição básica e essencial à vida das pessoas. Até porque existem no município lacunas graves, quer na zona norte, onde o

Centro de Saúde de Santo Antão do Tojal tem condições miserá-veis, quer em Santa Iria da Azóia, onde falta um Centro de Saúde, apesar de já existir um terreno para o efeito, sendo necessário urgentemente proceder à sua construção. Na Bobadela, onde foi fechada a extensão local e que nós entendemos que deve ser reaberta, tendo já disponibilizado 3 ou 4 locais para a ARS visitar e voltar a reinstalar essa extensão. É algo para o qual temos sidos bastante insistentes e só estamos à espera de uma resposta da ARS sobre os espaços concedidos. Por fim Camarate continua com um problema, em que a população e a Câmara entendem que o centro de saúde deveria ser no centro, dadas as características daquela localidade.

São boas notícias para uma fre-guesia com uma franja de popu-lação sénior bastante significa-tiva. Como Vereadora, respon-sável pelo pelouro da Coesão Social, tem em mente outras medidas que tenham em conta este facto, o dos habitantes de Moscavide e Portela terem uma percentagem de idosos eleva-da?Sim. Já dialogámos com a Segurança Social com o intuito de alargarmos o apoio domiciliá-rio, tanto em Moscavide como na Portela, que é uma lacuna eviden-te. Existem também alguns pro-jectos com algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), no sentido de serem criados lares e centros de cuida-dos continuados que estamos a acompanhar.

Serão localizados também na nova urbanização, onde estava situado o INDEP?Não, serão localizados noutras zonas de Moscavide e Portela.

O balcão da Segurança Social em Sacavém, que servia tam-bém Moscavide e Portela, foi encerrado. Será definitivo ou existe a esperança que possa vir a ser reaberto?Temos tido negociações com a Segurança Social para a reabertu-ra do referido balcão que têm sido

muito profícuas. Disponibilizámos alguns espaços que a Segurança Social avaliou, levando a que as conversações estejam no bom caminho e com fortes expectativas que o serviço possa ser reaberto.

Manter-se-á em Sacavém?Sim, os 4 espaços que disponibi-lizámos são todos em Sacavém.

Pode-se dizer que foi uma perda temporária?Espero que assim seja, aliás neste momento tudo indica que será, apesar de ser um pouco prema-turo anunciar já como readquirido.

Como responsável pela Habitação na área social e, após a resolução da Quinta da Vitória, sente que será necessário inter-vir noutros locais?Em termos sociais não, mas no

que toca a edifícios, através do Presidente Executivo, temos ideia que será necessário recuperar as zonas mais antigas com planos recuperação e salvaguarda como houve anteriormente. É preciso, de facto, dialogar com os proprie-tários dos edifícios no sentido de os recuperar e dar as condições necessárias aos inquilinos. Por outro lado também é necessá-rio que o espaço público, prin-cipalmente em Moscavide, seja mais atractivo e de acordo com as necessidades das pessoas. Tendo em conta que existe uma conside-rável percentagem de população envelhecida, será necessário eli-minar as barreiras arquitectóni-cas, de forma a que os espaços possam ser usufruídos por todos. Isto terá de se feito de forma coordenada e reflectida sempre na procura de adaptar o espaço às pessoas.

No que respeita à Educação, outra área que coordena, pare-ce-lhe ser suficiente o parque escolar em Moscavide e na Portela?Em Moscavide existiam algumas dificuldades, mas com a adapta-ção da Escola Básica Dr. Catela Gomes a situação ficou resolvida. O Agrupamento de Escolas de Portela e Moscavide dispõe de escolas boas, que dão resposta adequada à população. Existem apenas algumas lacunas no que diz respeito à educação pré-esco-lar, apesar de não ser a freguesia mais gritante, mesmo assim pre-cisamos de reforçar as ofertas nessa área, principalmente em Moscavide.

Pedro Pereira

"Já dialogámos com a Segurança Social com o intuito de alargarmos o apoio domiciliário, tanto em Moscavide como na Portela, que é uma lacuna evidente.

16 MP ARTE

O inícioRui Aleixo nasceu em 1976 e passou a infância e juventude entre a Portela e a zona Saloia, passando os fins-de-semana e as férias na casa dos avós paternos (Chamboeira, região de Bucelas).

Na altura era conhecido por Rui Silva, vivia com os pais e irmãos no lote 190 e frequentou as esco-las Gaspar Correia e a “Azul”. No 10º ano foi para a “Arco-Íris” onde pôde optar pela “área E”, a das artes. Tendo de mudar de escola

no 12º ano, a escolhida foi a Vitorino Nemésio. Passando a ter passe social, começou a ter mais mobilidade para ir visitar exposi-ções e museus sozinho. Quando chegaram os exames de entra-da na Universidade, escolheu a Faculdade de Arquitectura. No final do 3º ano Rui Aleixo decidiu interromper o curso, que não cor-respondia ao esperado. Começou então uma longa “viagem” e experiência de vida comunitária e de voluntariado que o levou a Taizé (1997-2001), Mymensingh (Bangladesh) e Calcutá (2001-2002). Ao regressar concorre e ingressa no curso de Pintura do Ar.Co e no de Canto da Escola de Música do Conservatório Nacional. Desde então vive em Lisboa. Concluiu o Plano de estudos completos em Pintura, o Curso avançado de Artes Plásticas e o Projecto Individual de Artes Plásticas no Ar.Co. Após ter concluído o curso de Canto no Conservatório Nacional, licenciou-se em Canto na Escola Superior de Música de Lisboa.

Exposição em ÓbidosWE é o nome da exposição de Rui Aleixo, patente na Galeria NovaOgiva em Óbidos de 22 de fevereiro a 18 de maio de 2014 (aberta todos os dias entre as 10h e as 18h; encerra às terças--feiras e das 13h às 14h para almoço). Trata-se da primeira exposição individual do artista, que ocupa por inteiro o espaço da galeria com trabalho recente, construído de raiz para o pro-jecto. WE é em simultâneo uma alusão ao Oeste (West) e ao tipo de alcance e reflexão pretendido para o projecto: uma exposição que aproxime o público do artis-ta (e vice-versa) e do seu pro-cesso criativo. Como afirma Rui Aleixo “na Arte os processos não dependem de uma única pessoa. Ela é constituída por uma teia intrincada de intervenientes e, o artista, por mais eremita ou autó-nomo que seja, não alimenta a sua obra exclusivamente com o que traz dentro de si. Ele precisa do mundo – ele vive no mundo. E, em última análise, a obra pre-cisa do observador para se tornar num “objecto de arte”.” A preparação deste projecto começa com períodos de resi-dência na vila de Óbidos. Em outubro de 2013, uma primeira residência “preparatória” serve para fazer levantamentos do espaço expositivo e das necessi-dades materiais e humanas para a produção e montagem. É uma

permanência num local que, até então, o artista só frequentara enquanto visitante. Corresponde igualmente à fase de pesquisa de documentação, informação e imagens que serão ponto de partida, tema ou conteúdo para alguns dos trabalhos apresen-tados.Em novembro, Rui Aleixo volta a Óbidos para começar a definir a organização do espaço expo-sitivo e avançar na produção dos conteúdos. É o momento para deixar definida a estrutu-ra de um projecto que pretende desenvolver junto da população. Realiza-se um encontro com todos os professores, animado-res e educadores que trabalham dentro das áreas artísticas com os alunos de todas as faixas etárias das escolas do município de Óbidos. É-lhes apresentado o projecto WE e o artista propõe e lança um Enunciado Visual: trata--se de um “exercício” a realizar pelos alunos e a ser acompanha-do pelos professores, educado-res ou animadores que aceitam o desafio. Numa fase final, quan-do o “desenho” está próximo da conclusão, Rui Aleixo vem ao encontro de cada turma partici-pante para conhecer os trabalhos e os alunos envolvidos. Mais do que “bons desenhos”, pretende com o Enunciado estimular uma resposta que passa por dedicar uma atenção ao quotidiano e ao próximo, aguçar uma curiosidade que funciona como motor dinâmi-co e criativo em qualquer área do saber e do fazer.Os trabalhos dos alunos foram expostos na galeria do Pelourinho, em Óbidos, durante o mês de março de 2014. A mostra chamou-se NÓS. O nome evi-dencia a relação com o projecto expositivo WE e sugere igual-mente encontro e rede. A exposi-ção pretende aproximar o turista/visitante do ponto de vista dos habitantes da vila de Óbidos – neste caso as crianças e jovens.Durante os meses de dezembro e janeiro Rui Aleixo desenvolve o trabalho num atelier improvisa-do, um apartamento na Portela recentemente adquirido por ami-gos. É aqui que surgem as telas C.A.L. e o painel WE(st) é con-cebido de forma a que os módu-los sejam autónomos e portáteis. Em fevereiro Rui Aleixo regressa a Óbidos para o último longo período de permanência na vila. O tempo é partilhado entre as visitas às escolas – para o acom-panhamento do projecto NÓS – e a montagem da exposição na galeria. Durante três semanas o

artista faz da galeria o seu atelier, onde instala as obras previamen-te concluídas (pintura) e constrói grande parte do trabalho tridi-mensional site-specific (escultura e instalação).À entrada da galeria encontra--se WALL #2 (desinstalação), um mural composto por postais. Esta imagem surge a partir da tela de Josefa de Óbidos, que encima o retábulo de Santa Catarina de Alexandria (1641) da Igreja de Santa Maria, em Óbidos. O visi-tante pode escolher as parcelas (postais) que deseja retirar da parede, actuando assim sobre a imagem inicial – a que encontra ao entrar na galeria – e partici-pando na construção de uma nova imagem – a que deixa ao sair da galeria – que incluirá uma nova porção de parede nua (como contrapartida é sugerido um valor simbólico por cada pos-tal escolhido).A outra obra que ocupa o piso térreo da galeria é WE(st), um painel composto por 20 telas, agrupadas em 10 módulos/unidades. O painel forma uma mancha cromática que ocupa a maior parede da galeria. A forte componente cromática das telas não resulta de um acaso ou de uma composição decorativa, mas de uma correspondência visual com o mapa, com as épocas da construção do centro histórico de Óbidos e com as transforma-ções emblemáticas da estrutura da vila.Nos três pisos da galeria vêem-se telas caiadas, esculturas e insta-lações criadas especificamente para o espaço: as peças entram em diálogo com a arquitectura modernista da galeria mas rela-cionam-se igualmente entre si. O piso intermédio funciona como um “patamar performativo” onde ocorrerá uma performance nos dias 10 e 17 de maio às 16h. Trata-se de uma acção que inte-gra o espaço da galeria e usa os objectos/materiais que habitam o espaço, como cenário e per-sonagens da própria história. A moleira é o nome da performance onde o artista cruza as artes plás-ticas com a música, a sua outra área de formação. No mezani-no do último piso o visitante é presenteado com um espaço onde se observam os materiais e matérias-primas utilizadas na execução das obras, assim como os desenhos e cópias das pági-nas dos cadernos onde foram anotados os passos do trabalho.

Portelense Rui Aleixo brilha em Óbidos

17MPARTE

O Quiçá Menos Evidente na Natalidade

Soubemos nos últimos meses que o governo irá apostar na natalidade. A mesma será difícil de aumen-tar perante a redução ou falta de apoios, o aumento do custo de vida, a precariedade e o desemprego. Será interessante descobrir como pretende um governo aumentar a natalidade quando contribuiu ati-vamente no sentido oposto. É aliás de uma ousadia e de uma ignorân-cia atrevida quem das gerações mais antigas acusa as mais novas de egoísmo por não terem filhos ou mais filhos, não entendendo que, em verdade, em muitos casos essa é uma escolha feita a pen-sar nos potenciais filhos ou nos que já têm, como confirmado pelo Inquérito à Fecundidade 2013 do INE. Podemos falar também dos casais do mesmo sexo que gosta-riam de recorrer à procriação medi-camente assistida em Portugal, pelo menos num estabelecimento de saúde privado, e são obrigados a recorrer ao estrangeiro, tornando--se este num privilégio de casais com meios suficientes, implicando que quantias avultadas dos seus rendimentos se transformem assim em consumo externo e impedindo que com os seus projetos familia-res contribuam, com mais facilida-de, para a natalidade, por via das soluções que se ajustam à sua realidade conjugal e às suas carac-terísticas intrínsecas enquanto pes-soas. Não menos importante, não é possível criar condições adequadas enquanto as mulheres forem vistas como guardiãs da maioria das res-ponsabilidades familiares e, con-sequentemente, receberem menos salário que os homens pelo mesmo trabalho - implicando um orçamento familiar mais baixo em qualquer casal de um homem e de uma mulher ou de duas mulheres - e não existir uma cultura empresarial que defina a vida familiar como uma prioridade para o bem-estar de mui-tos dos seus trabalhadores e traba-lhadoras. É necessário efetuar uma articulação vida profissional e vida familiar/doméstica que considere que pais e mães precisam em igual medida de tempo para gerir esse aspeto das suas vidas. Afinal, é do interesse do tecido empresarial esta mudança na gestão dos seus recursos humanos, porque mais filhos significam mais consumo e mais consumidores. Todos e todas ganhamos.

Rita PaulosDiretora da Casa Qui - Associação de Solidariedade Social

Artes plásticasEm 2013, Rui Aleixo apre-senta o projecto de instala-ção e performance Transition (Nur als Schmetterling) na Kunsthause de Hamburgo, numa parceria com a artista Valeska Schulz; desenvolve o conceito de uma performan-ce musical – interpretada por um quarteto de cordas – em diálogo directo e simultâneo com uma performance visual. Em 2012 participa no pro-jecto colectivo de instalação Montra 0.47, com as artis-tas Andrea Brandão e Glória Oliveira, ocupando uma loja vazia de um centro comer-cial. No mesmo ano realiza Manifesto P, uma Acção de intervenção urbana na Praça de Espanha. Na Experimenta Design 2011 participa com o projecto tangencial de artes plásticas WALL #1 (desinsta-lação), trabalho onde explora

a co-criação de um determina-do resultado plástico operada entre o artista e o público. Em 2009 participa em três mostras colectivas: School Out-Out of School (Arthobler - Lx Factory), 12|09 (9arte) e Bolseiros e Finalistas do Ar.Co 08 (Palácio Galveias). Em 2008 participa nas colec-tivas Projecto E – Bolseiros e Finalistas do Ar.Co 07 (espa-ço Tranquilidade – Projectos Especiais) e Pôr a Par (espa-ço Avenida). No mesmo ano entra no exercício colectivo de escultura Nota de Encomenda (galeria da livraria Assírio & Alvim). É seleccionado para a mostra Jovens Criadores (Montijo) e participa em SIM NÃO, um projecto de insta-lação de Francisco Tropa (auditório de Serralves, Porto) em 2006. Tem obras presentes em várias colec-ções privadas e numa pública

(Fundação Portuguesa das Telecomunicações) e ilustra-ções editadas em Portugal e em Espanha (para mais infor-mações, ver http://ruialeixoar-tistaplastico.blogspot.com/).

CantoEm Música, Rui Aleixo tra-balha como tenor. Em 2013 é Pilatos na Passio Domini nostri Jesu Christi secun-dum Joannem de Arvo Pärt e canta as Leçons de Ténèbres pour le Mercredi Saint de François Couperin. Em 2012 apresenta-se no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian na Acção Imagética Ifigénia e Isaac do colectivo A kills B (João Ferro Martins e Hugo Canoilas). Em 2011 participa na estreia mun-dial da ópera Ainda não vi-te as mãos e em 2009 na de In Memoriam Bernardo Soares op 37 (Edward Ayres d’Abreu).

Em Oratória interpreta Bach e Mozart e em Ópera é o Marinheiro em Dido & Eneias de Purcell (Teatro Nacional de São Carlos, 2009). Em 2007 participa n’A Barca de Veneza para Pádua de Adriano Banchieri (Teatro Taborda e Teatro da Comuna). É mem-bro co-fundador do grupo vocal d’Homini+. Colabora regularmente com o Coro da Casa da Música e com o Coro Gulbenkian, faz parte do Coro de Câmara Lisboa Cantat. Em 2012 participa no espec-táculo A Africana, da compa-nhia de teatro Cão Solteiro e de Vasco Araújo e na ópera Páris e Helena de Gluck, com o Estúdio de Ópera da ESML, encenação de Clara Andermatt e cenografia de Rui Horta.

Pedro Pereira

Foto: Rui Dias Monteiro

Foto: Rui Dias Monteiro

Foto: Rui Dias Monteiro

Foto: Rui Dias Monteiro

Como podemos mudar o nosso com-portamento? Como podemos “can-celar” um hábito? O que temos que fazer para ser mais felizes?

Nesta edição, vamos abordar um tema que de certa forma nos ajudará a com-preender algo que dificilmente tomamos consciência: os 4 níveis de consciência relacionados com a curva da aprendi-zagem.Numa primeira fase – nível 1: incons-ciente incompetente – a pessoa encon-tra-se inconsciente da sua incompe-tência, ou seja, não sabe que não sabe (por exemplo, uma criança que por volta dos 3 anos de idade, acha sempre que sabe tudo, até conduzir! Como dizia o “meu” Antoninho no outro dia: “Eu já sei conduzir! A mãe só tem que carregar nos pedais!”). No nível 2, consciente incompetente, a pessoa está consciente da sua incompetência, isto é, sabe que não sabe (por exemplo, quando um adolescente com 18 anos de idade começa a tirar a carta de con-dução, e a deparar-se com as dificulda-des reais. Ele toma consciência de que não sabe conduzir). No que concerne ao nível 3, consciente competente, o indivíduo tem consciência que sabe, ou seja, sabe que sabe (quando o indiví-duo está numa fase de aprendizagem, nas aulas de condução, tem que tomar consciência do que tem que fazer quan-do, por exemplo, quer parar o carro sem o deixar ir abaixo. Claramente, nesta fase, está consciente das acções que terá que realizar (tem que colocar o pé na embraiagem, eventualmente reduzir, e de seguida pôr o pé no travão) até que este novo comportamento se torne um hábito. O nível 4, prende-se com o inconsciente competente, significa por-tanto que o comportamento já está tão automatizado (hábito criado), não sabe que sabe, ou seja, neste instante quan-do quer proceder à travagem já o faz de um modo “automático”, comportamento não pensando. É nesta fase, quando os nossos comportamentos já estão de tal forma enraízados que poderemos cair no erro. Ou seja, estamos de tal maneira “fechados” na rotina e nos hábitos criados, que podemos não nos aperceber que estamos a falhar. Na nossa atitude perante a vida, por vezes, temos que sair da zona de conforto, quebrando hábitos, e encontrar novas formas de comportamento, repeti-las as vezes necessárias, para que este novo comportamento, substitua o anterior e se torne num novo hábito, congruente com os nossos valores, para que desta forma, consigamos encontrar soluções para os actuais desafios, para assim, sermos realmente felizes!

18 MP PSICOLOGIA

Filipa Monteiro FernandesPsicóloga Organizacional

Maria Margarida OliveiraPsicoterapeuta

Se a prática do testamento de bens materiais vem desde os tempos remotos, pois que nele se apoiou e baseou a estabilidade das famílias, cas-tas, ou mesmo países, porque não acontecer o mesmo com os bens espirituais (alma, vida …)?No nosso tempo a questão da hereditariedade biológica parece ser já um dado adqui-rido, que serve para explicar a existência de inúmeras doen-ças e apoia já a medicina preventiva.Falta ainda avançarmos no caminho da transmissão da nossa parte imaterial, do nosso espírito, ou alma, aos que nos rodeiam e sobretu-do aos nossos descendentes, deixando-lhes assim um outro testamento!Este caminho está a ser feito pela Psicologia, sobretudo a Psicologia Transpessoal. É sobre estes dados que me proponho hoje tecer algumas considerações.Deixemos de parte a contro-vérsia científica entre “se o pensamento” e a “consciência” são unicamente gerados pelo cérebro – como tenta provar a neurociência -, ou se as suas raízes estão para além do cérebro como já defendia Platão!Se tudo termina com a morte então não há nada a discutir! Mas se admitirmos que existe uma parte imaterial em nós que, por ser energia, não se

destrói, então todo o problema religioso e da nossa continui-dade após a morte adquire outro sentido.A Psicologia, tal como a Religião, trabalha, escuta, e vê a parte imaterial dos seres humanos, o que designamos por sofrimento, ou vida psíqui-ca, ou seja, uma outra dimen-são diferente da biológica, ainda que intimamente interli-gadas. Agora com a ajuda da Física Quântica, sabemos que essa réstia, essa centelha de humanidade, esse espírito ou alma, que está em cada um de nós e que se vai manifestando ao longo da vida, não se pode dissolver e apagar, pois por definição ela é mesmo eterna e única!Esta é primeira questão a resolver!Resolvida esta primeira ques-tão, há então que passar, para quem crê, ao seu testamento, ou seja, à sua passagem para os descendentes.Se essa herança espiritual nos parece clara para os grandes seres que deixaram marcas profundas no desenvolvimento social, e individual – tal como Cristo, Buda, Gandhi (com a independência da Índia) ou Mandela (com a mudança de regime na África do Sul) só para citar os mais próximos ou influentes, o mesmo nos custa admitir para cada um de nós, pese ainda a afirmação que: “a exceção confirma a regra”!Admitindo assim que existe

mesmo uma herança espiri-tual, o que poderá fazer parte desta?Avancemos com algumas hipóteses colocadas pela Psicologia Transpessoal.De uma forma muito geral, e por isso mais fácil de cons-tatar, analisemos as grandes decisões, que após a ado-lescência, somos obrigados a tomar:- O constituirmos, ou não, família. Essa decisão foi baseada na pressão social? Familiar? De classe social? De obtenção de poder? De libertação? De realizarmos o sonho de termos uma grande família? Ou por razões “que a razão desconhece”? Quais?- A importância e a crença no Amor: a nós mesmos, aos outros e à vida! Ou o conside-rarmos tudo isso como uma ilusão e olharmos só para o lado pragmático e material da vida? Essa foi também uma decisão nossa.- O que desejamos obter na Vida: Poder, Bens Materiais, Consideração Social? Crescimento Espiritual e de Conhecimentos? Aquilo a que chamamos “realização social e pessoal”?- O deixar de tomar decisões e continuarmos eternos adoles-centes, vivendo assim à custa dos outros sejam eles os pais, o Estado, ou os companhei-ros! Etc. etc.O primeiro balanço destas opções faz-se por volta dos

quarenta anos – aquando da chamada “depressão dos 40”-. Aí há ainda oportunidade de se fazer uma avaliação às nossas opções e de mudar o sentido dado à vida.O segundo balanço dá-se mais tardiamente, já no decli-nar da vida, que agora com as reformas antecipadas aconte-ce mais cedo. E esse balanço pode ser muito negativo e, ou a alma projeta a respon-sabilidade para os outros, ou assume verdadeiramente as suas responsabilidades, per-doando-se e perdoando, e tentando reparar o que puder. Daí a importância, na nossa cultura, do “perdão”.Se não aceita essas suas responsabilidades e as pro-jeta para os Outros, ou para o Destino, ou mesmo para Deus, não tenho dúvidas que os seus descendentes as vão receber, tal como acontece com as doenças hereditárias. Para isso é já suficiente todo o espetro de decisões que nos são inconscientes, e que acontecem ao longo da nossa vida.Assumamos então o que já nos é consciente e da nossa responsabilidade e a Vida poderá ser-nos mais fácil, feliz, e verdadeiramente humana.”Quando nos queixamos esta-mos a “queixar-nos de alguém ou de alguma coisa” e com isso a perdermos o nosso tempo e a nossa possibilidade de evoluirmos.

O Nosso Testamento Espiritual

Psicologia para todos

Jovens Sem Fronteiras

19MPINSTITUIÇÕES

Os Jovens Sem Fronteiras (JSF) da Paróquia de Cristo-Rei da Portela fazem parte de um Movimento Missionário Católico de Jovens nascido em 1983, atualmente com cerca de 43 grupos espalhados de Norte a Sul do país. Estando ligado aos Missionários do Espírito Santo, este movimento tem como objetivo, entre outros, viver e construir a fraternidade entre os homens e apoiar os adolescentes e jovens que queiram preparar-se para a vida mis-sionária, levando-os a participar em iniciativas e projetos que vão ao encon-tro dos mais desfavorecidos. Entre as várias atividades desenvolvidas duran-te o ano pelos Jovens Sem Fronteiras da Portela, encontram-se as visitas mensais ao Elo Social e a participação em atividades da paróquia e de toda a região Sul deste movimento nacional. Anualmente os JSF realizam ativida-des missionárias durante o verão. Em Portugal, desenvolvemos as chamadas Semanas Missionárias, em que vários grupos de jovens se deslocam a aldeias e cidades de Norte a Sul do país para aí desenvolverem, durante 10 dias,

as mais variadas ações missionárias: visitas a idosos, doentes, prisões e hos-pitais, animação da eucaristia e evan-gelização. Também durante o verão, o movimento JSF realiza o chamado Projeto Ponte. Trata-se de um mês de voluntariado missionário num país estrangeiro de língua oficial portuguesa. Durante todos estes anos, os Jovens sem Fronteiras já “realizaram Pontes” em países como Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Cabo-Verde e Brasil. Este ano, um grupo de 10 jovens de todo o país, incluindo um elemento do grupo da Portela, irão abdicar das suas férias para partir durante o mês de Agosto para a Guiné Bissau, onde desenvolverão um projeto nas áreas da saúde, educação e direitos huma-nos. É para este projeto, apoiado pela ONGD Sol sem Fronteiras, que vários grupos de todo o movimento organizam por esta altura festas e atividades de angariação de fundos, na qual se inclui a Feira Gastronómica dos JSF Portela. A entrada é livre e os lucros da Feira reverterão na totalidade para o Projeto Ponte.

O Grupo de Jovens Sem Fronteiras da Portela irá realizar a III Feira Gastronómica no dia 24 de Maio na Paróquia de Cristo-Rei da Portela, para ajudar a suportar custos inerentes a um projeto missionário na Guiné Bissau. Esta feira solidária terá lugar, como habitualmente, no pátio da igreja da Portela, a partir das 19h, e conta com diferentes opções: Caril de Gambas, Cachupa, Bacalhau com Natas, Caldo Verde e Carne de Porco à Portuguesa, juntando assim os sabores do nosso país com os pratos tradicionais de outros lugares. O visitante pode escolher um dos vários menus à disposição ou optar por um menu degustação (que inclui 4 mini-pratos). Todas as opções estarão a um preço bastante acessível. Haverá ainda vários petiscos e doces para quem não tiver muito apetite.

Feira Gastronómica a favor de projeto na Guiné Bissau

20 MP MÚSICA

João AlexandreMúsico e Autor

Os “Festivais de Verão” em Portugal vieram para ficar. São hoje uma realidade incontorná-vel da oferta musical, cultural e turística, distribuídos um pouco por todo o país e com especifi-cidades que os ajudam a ganhar identidade e espaço próprios. São igualmente um conjunto de negócios associados e uma disputa de grandes marcas por notoriedade e, obviamente, retor-no dos investimentos efetuados.Um estudo da GFK Metris revela que apenas 20% dos portugue-ses rejeita este tipo de eventos e que, em 2013, o número de espe-tadores de música foi superior ao número de espetadores total dos jogos de futebol da 1ª Liga.Mas os “Festivais de Verão” de maior dimensão há muito que ultrapassaram fronteiras. Segundo Álvaro Covões da Everything is New e mentor, entre outros, do Optimus Alive em Lisboa, no ano passado foram vendidos cerca de 12.000 bihe-tes para o estrangeiro e 17.000 em 2012 (factor Radiohead). A

internacionalização deste festival é um facto e bastará percorrer alguns metros dentro do recinto, para logo percebermos que por ali se fala muito mais que apenas português. Espanhóis (muitos), franceses, ingleses, alemães, ita-lianos, americanos, entre outros, habituaram-se já a ter em conta este festival referenciado por todo o mundo, pelo cartaz apre-sentado, pela cidade, pessoas, clima e preços.Numa breve antevisão sobre alguns destes maiores eventos para o corrente ano, sem des-primor pelas largas dezenas que se realizam em todo o país com diferentes objetivos e vocações, analisemos o cartaz proposto na presente data de 3 deles: Rock in Rio, Optimus Alive e Super Bock Super Rock.

Rock in Rio 2014Realiza-se nos dias 25, 29,30, 31 de Maio e 1 de Junho no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Auto-intitula-se como o maior festival de música no mundo, que tem

como objetivo levar todos os esti-los de música aos mais variados públicos, abordando ainda os temas muito em voga da sus-tentabilidade e responsabilidade socio ambiental, de modo a cons-ciencializar as pessoas de que poderão também elas tornar o mundo num lugar melhor. É bonito! Relativamente ao car-taz, este festival confirma as pró-prias pretensões e é sem dúvi-da um evento para o povo em todos os sentidos. Há de tudo e para todos ainda assim com algum critério na divisão estilísti-ca por dias, o que por outro lado poderá condicionar a compra de passes, naturalmente substituí-da pela aquisição de bilhetes diários em função dos gostos de cada um. Robbie Williams com Ivete Sangalo e Boss Ac no 1º dia, Rolling Stones (provavel-mente uma última oportunidade de ver estes monstros sagrados ao vivo, apesar deste rumor já correr há uns 20 anos) e Xutos e Pontapés, no mesmo dia de Gary Clark jr. e Rui Veloso com Lenine

(rock e fusão luso-brasileira), dia 30 com mais peso assegurado pelos Queens of the Stone Age (que regressam após uma gran-de concerto no ano passado pro-tagonizado no Meco) e Linkin Park. Dia 31 uma noite a piscar o olho a outro público, com a presença dos Árcade Fire, Wild Beasts, Ed Sheeran e os portu-gueses Capitão Fausto e no dia de encerramento um mix que inclui Justin Timberlake, Bombay Bicycle Club, o disco dos Chic, Linda Martini e João Pedro Pais com Jorge Palma.http://rockinriolisboa.sapo.pt/

Optimus AliveÉ em Algés, Lisboa, que decorre-rá nos dias 10, 11 e 12 de Julho o Optimus Alive, aquele que é provavelmente o Festival feito em terras lusas mais galardoado e referenciado lá fora, apresentado como um “Glastonbury Festival” mas com sol e praia. Num cartaz que aproveita e entra no rotei-ro dos artistas que tocam nesta altura por todos os maiores fes-tivais europeus, o Alive estreita a “banda” de público atingida, ainda assim muito larga e inter-nacional como atrás referido.Arctic Monkeys, Interpol, Imagine Dragons, Elbow no dia 10 de Julho, Black Keys, MGMT e Buraka Som Sistema no dia 11 e Foster the People, Bastille e Daughter no último dia. Estes são apenas as cabeças de cartaz, entre muitos outros, mais de 125, espalhados por seis palcos que garantem a presença de muita gente, muito consumo de cerveja, muita festa, substâncias mais ou menos legais e correrias de um para outro palco. É um festival urbano, onde muitos adquirem o passe porque a música e artistas apresentados se enquadram no padrão de rock e pop rock mais ou menos alternativo.http://www.optimusalive.com/Super Bock Super Rock

Realiza-se no Meco/Lagoa de Albufeira nos dias 17, 18 e 19 de Julho, precisamente uma sema-na depois do Alive.Após o fracasso da edição de 2012, fruto de um cartaz pobre em termos comparativos e que afastou muitos potenciais espe-tadores, o SBSR ajustou em 2013 um cartaz que teve Killers, Queens of the Stone Age e Arctic Monkeys como cabeças de car-taz e recuperou a credibilidade perdida e ofuscada pelo pó con-tínuo que, apesar de esforços, tende a persistir.Para 2014 os nomes fortes são para já Massive Attack, Eddie Vedder e Kasabian, juntamen-te com os portugueses Dead Combo e Legendary Tigerman. Parece-nos ainda pouco mas crê--se que mais um ou dois nomes de relevo garantirão o sucesso do evento.http://www.superbock.pt/sbsr/pt/site.aspx

Aproveitamos ainda para des-tacar dois festivais a norte, nor-malmente com cartazes muito apetecíveis e, sobretudo, em locais muito aprazíveis como são o Optimus Primavera Sound no Porto (este ano com Pixies, Caetano Veloso, The National, Mogwai, etc), que decorrerá a 5, 6 e 7 de Junho e o Vodafone Paredes de Coura, o mais rural de todos, que se realiza num fan-tástico anfiteatro natural à beira rio, entre 20 e 23 de Agosto e que conta entre outras com as actuações de Franz Ferdinand, Beirut e Cut Copy.Muitas opções, muita música e alegria, momentos únicos para mais tarde recordar assim haja saúde e dinheiro nestes dias de crise agora vividos.

Ninho de Cucos

Festivais de Verão – Antevisão

Eduardo Gageiro, uma das maio-res referências do fotojornalis-mo português, chegou acompa-nhado da sua fiel companhei-ra, uma máquina fotográfica e com a vivacidade de quem ama o que faz, guiou os visitantes numa viagem emocional pela sua obra e pela sua vida. A iniciativa “Eduardo Gageiro: memórias na objetiva” proporciona o contato directo com o artista e realiza--se no segundo sábado de cada mês no Museu da Cerâmica de Sacavém.O fotógrafo vive há mais de meio século através das imagens, que registaram grandes aconteci-mentos da sociedade portuguesa e do mundo. Fotografou desde cidadãos anónimos até figuras públicas, como o ex-presidente António Ramalho Eanes, Xanana Gusmão até ao Papa João Paulo II.

O 25 de Abril de 1974O fotógrafo chegou a ser inter-rogado pela PIDE, que o queria convencer a fotografar paisa-gens bonitas em vez das pes-soas humildes que existiam em Portugal, imagem que o regime político da altura não queria que fosse transmitida além-fronteiras.Um dos maiores acontecimen-tos que marcaram a sua carreira e a História de Portugal foi a Revolução dos Cravos. Gageiro captou o instante decisivo, quan-do o Capitão Salgueiro Maia regressava das negociações na rua do Arsenal e ao perceber que a revolução tinha triunfado, mordeu o lábio para não chorar. Nesse dia, quando chegou esta-vam militares por todo o lado a

impedir a passagem. Eduardo Gageiro disse a um soldado: “Faz favor, leve-me ao comandante que eu sou amigo dele. Eu não sabia quem era o comandante, nem era amigo dele, mas o rapaz acreditou, coitado". Nesse dia fez centenas de fotografias, muitas foram publicadas no jornal diário “O Século”.

“Posso morrer amanhã que morro feliz. Estava a dignificar o meu país, a minha terra.”“Esta exposição significa o cul-minar de uma carreira, que foi feita a pulso e com muita hones-tidade. Quando soube que iria ser concretizada, foi na altura que descobri que estava doente com um linfoma. Na inaugura-ção estavam vários amigos como o casal Eanes, a actriz Eunice Muñoz, a deputada Ana Gomes e muitos outros. Num pequeno discurso disse – Posso morrer amanhã que morro feliz. Estava a dignificar o meu país, a minha terra. Nunca trabalhei a pensar nos louros. Desde o início da minha carreira sempre tentei dar o meu melhor e estar próximo dos mais humildes e os mais frágeis. Sempre que ganhava um prémio internacional ficava feliz, sentia que estava a prestigiar Portugal.É preciso gostar, amar muito aquilo que se fotografa, sentir-mo-nos identificados. Enquanto fotografamos as pessoas temos que falar a linguagem delas, para que a sua essência transpareça na imagem. A personalidade que gostava de ter fotografado era o Nelson Mandela, foi um grande homem”,

comentou sobre a sua carreira, a exposição, o que é necessá-rio para tirar uma boa fotografia e sobre uma personalidade que gostava de ter fotografado.

“Ainda sinto o cheiro do estojo de couro”A sua primeira foto publicada foi na primeira página do Diário de Notícias quando tinha apenas 12 anos. “Ainda sinto o cheiro do estojo de couro”, falou emocionado sobre quando o pai lhe ofereceu a sua primeira máquina. Iniciou a sua actividade de repórter fotográfico em 1957 no Diário Ilustrado e nunca mais parou de fotografar.Foi colaborador em várias e prestigiadas publicações nacio-nais e estrangeiras e foi fotó-grafo oficial da Presidência da República. Expõe individual e coletivamente nos cinco conti-

nentes, desde 1967. Os seus trabalhos estão espalhados por todo o mundo. Venceu mais de 300 prémios internacionais. Entre os quais destacam-se em 1974, o 2º prémio no World Press Photo, na categoria Portraits e em 2005 o Prémio Especial do Júri, a Medalha de Ouro para a melhor fotografia e a Medalha de Ouro para a melhor fotografia a preto e branco da 11ª Exposição Internacional de Fotografia Artística da China, o maior con-curso de fotografia do mundo, onde participaram mais de 3500 fotógrafos de 68 países e mais de 35.000 fotografias.Publicou 16 livros, com textos de alguns dos principais escrito-res portugueses, tais como: José Cardoso Pires, José Saramago, António Lobo Antunes, Lídia Jorge, Sophia de Mello Breyner Andresen e Miguel Torga.

A obra de Eduardo Gageiro transmite um realismo que nos desarma, a prioridade é dada à riqueza das emoções, ao captar do interior, da alma humana. É esta visão que tornou a sua obra única e ao longo de décadas contribuiu para a construção da memória visual do povo portu-guês. A mostra constituída por seis núcleos, inclui inúmeros depoi-mentos de amigos, familiares, colaboradores e figuras públicas, conta com o apoio institucional de diversos organismos públicos, como a Assembleia da República e a RTP. O público poderá visitá-la até ao final do ano no Museu da Cerâmica em Sacavém, num espaço que será baptizado com o nome do fotógrafo.

Joyce Mendonça

Eduardo Gageiro Uma Vida Através das Imagens

21MPPERSONALIDADE

Soauto Expo • Stand de Vendas e OficinaRua Cintura do Porto - Armazém 24 - 1950-323 LISBOA

Tel.: 218 621 384

Email: [email protected]

www.soauto.pt

Com melhor equipamento de série, o novo Volkswagen Polo, garante-lhe mais economia,

mais conforto e mais segurança na sua condução, tornando-a mais avançada.

Mais economia graças aos novos motores que consomem menos 20% de combustível.

Mais conforto através dos novos rádios com ecrã tátil que integram o sistema Bluetooth.

Mais segurança através dos múltiplos sistemas de assistência à condução que lhe permitem

antecipar os acontecimentos. Venha conhecer o novo Polo no Parque das Nações

e avance para um novo nível de condução.

Novo Volkswagen Polo com 5 anos de garantia.

*Pack Sport: faróis de nevoeiro, volante multifunções, Bluetooth,

ligação USB e jantes em liga leve.

Consumo médio (l/100 km): 3,4 a 4,9. Emissões CO2 (g/km): de 88 a 110.

NOVO POLO.CONDUÇÃOAVANÇADA OFERTA

PACK SPORTATÉ 30 DE JUNHO*

AFd_Polo_SoautoExpo_126x170.ai 1 14/04/17 16:33

A Terra que o viu nascer, homenageia um dos seus filhos mais ilustres com a exposição, “Eduardo Gageiro. Rapaz de Sacavém, Fotógrafo do Mundo”

22 MP DESPORTO

SenioresO Desportivo Olivais e Moscavide está a disputar a 2ª divisão da A. F. Lisboa e encontra-se neste momento na 1ª posição, lugar que alcançou após uma enorme vitória por 2-1 sobre o anterior 1º classificado, o Catujalense. A apenas dois jogos do final do campeonato que serão contra os dois últimos classificados, Ota e Almargense, os quais se vencer ambos alcançará o título de campeão. A margem é curta, apenas um ponto de vantagem sobre o Catujalense e o Juventude Castanheira, 2º e 3º classificado, respectivamen-te. Com 56 pontos alcançados em 24 jogos, que correspondem a 17 vitórias, cinco empates e duas derrotas, 73 golos marcados e 30 sofridos são os números do Desportivo.

JunioresA disputar a 1ª divisão, serie 1, é o actual 4º clas-sificado a 11 pontos do 1º lugar, Alta de Lisboa, a cinco pontos do 2º classificado, Musgueira e a três pontos do 3º classificado, Atlético Povoense.Com 26 partidas jogadas, 17 vitórias, três empates e seis derrotas, 58 golos marcados e 34 sofridos. A quatro jogos do fim, a subida será muito difícil.

CDOM Treinador - Ivan ChagasTr. Adjunto - Diogo CarvalhoDirector - Nuno SilvaMassagista - Manuel Costa

Marco CostaRicardo CruzNuno CorreiaRuben TavaresCarlos ValérioRicardo GouveiaPedro NunesNelson SerrãoJosé Costa (Pinantes)Sandro PereiraErnesto RodriguezTiago PintoTaigo VilelaAndré CoelhoJoão PaulinoBo HaAndré Martins (Juve)Eusébio MendesAlseny BahJosé Gomes (Romário)Domingos JaloJosé Reis (Zé Pelé)Diogo SousaRicardo AraujoGastão Fernandes (Actualmente na Académica)Daniel TeixeiraRuben VarelaTiago Andrade Juniores UtilizadosDuarte BorralhoJoão GrovaP

LA

NT

EL

S

EN

IOR

D

ES

PO

RT

IVO

O

.MO

SC

AV

IDE

(Jog

ador

es u

tiliz

ados

)

SenioresA AM Portela continua na senda das vitórias e já a espreitar a 1ª divisão. Tem 18 vitórias e 5 derrotas em 23 jogos disputados, perfazendo 54 pontos que os coloca na 1ª posição com 2 pontos de vantagem sobre o 2º classificado, o Burinhosa. A AMP tem 73 golos sofridos, é a 3ª defesa menos batida. Actualmente tem 114 golos marcados e é o 2º melhor ataque, a apenas 2 golos do Burinhosa. Desde a última edição do MP a AM Portela efec-tuou 7 partidas. Perdeu apenas na Quinta dos Lombos pela margem mínima (4-3). Venceu em Loures (8-1), no UP Venda Nova (6-5) e nos Açores frente ao Rabo Peixe (7-3). Em casa venceu o Amarense (6-1), o Burinhosa (4-3) e o Operário (4-2). O próximo jogo será no dia 10 de Maio con-tra a AMSAC, em Santo António dos Cavaleiros. Segue-se o Fabril, em casa, no dia 17 de Maio e a derradeira partida será em Albufeira, no Algarve, no dia 24 de Maio. Faltam 3 finais para a almejada subida de divisão.

JunioresA disputar a divisão principal, a Divisão de Honra, e já com as 26 jornadas disputadas, os comandados de Kiko e Pedro Santos ficaram no 10º lugar com 33 pontos. 10 Vitórias, 13 derrotas e 3 empates. 89 golos marcados e 102 sofridos. Encontram-se a disputar a segunda fase e a manutenção ainda está ao alcance.

JuvenisTambém a disputar a divisão principal, a Divisão de Honra, a AM Portela ficou num brilhante 3º lugar. 16 vitórias e 4 empates, 52 pontos em 26 jogos, a apenas 5 pontos do 2º lugar, Benfica. Longe do 1º classificado, Sporting, que acabou a primeira fase com 26 jogos e 26 vitórias num total de 78 pontos. Os pupilos de Acácio Santos e Luís Souza alcança-ram uma excelente classificação.

IniciadosEste escalão tendo com treinadores, também, Acácio Santos e Luís Souza estão a disputar a Divisão de Honra e estão, neste momento, no 7º lugar com 34 pontos em 21 jogos, a apenas 2 pon-tos do 5º classificado, a AMSAC. A manutenção está praticamente assegurada pois a 5 jornadas do fim, ou seja com 15 pontos em disputa, a AMP tem 12 pontos acima da linha de água.

InfantisA disputarem a 1ª Divisão a AM Portela está no 5º lugar com 34 pontos. Ainda com 6 jogos por disputar até ao final, os jogadores de Luís Estrela e Tiago Mendes poderão concluir o campeonato de forma tranquila.

Escolas BenjaminsTiago Mendes e Edmar Pinto são os treinadores dos mais petizes. Neste momento estão a realizar a segunda fase da prova para definir a classificação final. Esta fase define do 26º ao 31º classificado. Estão no 1º lugar com 9 pontos em 3 jornadas realizadas.

AMP Futsal

Proposta de Sócio

Como anunciado na minha última crónica, irei dedicar--me a partir de hoje aos pro-blemas específicos que as modalidades que desenvolve-mos enfrentam, começando pelo FUTSAL.Modalidade em franca expan-são (é hoje a maior modali-dade practicada em pavilhão com mais de 35.000 atle-tas federados), a presença no campeonato nacional da segunda divisão (onde se encontra a Portela) obri-ga a uma despesa mínima na ordem dos € 30.000,00, repartidos entre organi-zação de jogos, inscrições na Federação Portuguesa de Futebol, seguros, entre outras, não contando portan-to, com prémios a jogadores.Seria de esperar, noutros tempos, e em face de tais números, que fosse relati-vamente fácil encontrar um parceiro local que apoiasse o clube, mas já sabemos que hoje é muito difícil. A Federação Portuguesa de Futebol vai tentando dinami-zar a modalidade à custa do Sporting e do Benfica, mas parece não saber transmitir, como lhe competia, a relevân-cia e a importância da modali-dade ao público em geral. No entanto não se coíbe de, ano após ano, aumentar os custos relacionados com as despesas acima enunciadas, deixando à imaginação dos dirigentes – na sua maior parte amadores - a solução para o problema, e talvez por isso, todos os anos vemos clubes a desparecerem sem que ninguém faça uma refle-xão sobre as razões para que tal aconteça. Não sendo obrigação de tal instância desportiva angariar receitas para os clubes, é claramente sua obrigação promover a modalidade de forma mais geral, tornando mais fácil aos clubes encon-trar as parcerias necessá-rias para poderem participar nos campeonatos de forma competitiva tal como fazem, mal comparado, é claro, os Administradores dos Centros

Comerciais que, promoven-do o Centro, promovem suas lojas. Não chega, na minha modes-ta opinião, cavalgar às “cos-tas” dos clubes citados cla-mando aos ventos com gran-de orgulho que esta é uma modalidade em expansão e que, por exemplo, os últimos 5 jogos do campeonato (a final é jogada à melhor de 5 jogos) são vistos por milha-res de pessoas, porque estes são, quase sempre disputa-dos entre Benfica e Sporting, clubes que, em qualquer modalidade, atraem milhares de espectadores, ainda mais quando jogam entre si. Não, o que devem fazer é criar condições para que um clube, quando se senta com um potencial parceiro, não tenha, antes de mais, que lhe explicar a relevância da modalidade, para só depois falar de si próprio. Assim, seria pois importante que a Federação disponibilizasse, estudos sobre o retorno eco-nómico do investimento nos clubes de Futsal, para que estes pudessem depois cen-trar-se no seu posicionamen-to dentro da modalidade. Aposto que a maior parte dos leitores não sabem que na sua freguesia mora uma das 20 melhores equipas nacio-nais, uma das 8 melhores equipas do Distrito de Lisboa e o melhor clube do Concelho de Loures (pelo menos os últimos resultados assim o indicam), mas mais importan-te que isso, não conseguem bem perceber a importância e o prestígio desta classifi-cação. Como última nota, informo os nossos leitores que à data em que escrevo estas linhas, estamos no 1º lugar da 2ª divisão nacional, série B, com dois pontos de vanta-gem sobre o 2º classificado, a três jogos do final do cam-peonato e somos, portanto, sérios candidatos à subida de divisão. Espero, sonho e desejo que a minha próxima crónica sobre Futsal seja com a equipa de todos nós na 1ª divisão nacio-nal.

Rui RegoAdvogadoDirector da Associação dos Moradores da Portela

Aulas de YogaTerças-feiras - 19h00Junta de Freguesia de Moscavide e Portela

20€ / Mês | 1ª Aula GratuitaContacto 964567241 ou [email protected]

23MPDESPORTO

24 MP DESPORTO

A FM Sports Global, liderada pelo treinador Filipe Moreira, organizou dois eventos dedi-cados aos amantes do fute-bol. Decorreram com o apoio da Junta de Freguesia de Moscavide e Portela, que cedeu o Centro Cultural de Moscavide, do Record, jornal oficial do even-to e da Antena 1, a rádio oficial do certame. O dia 31 de março foi exclusivamente dedicado à parte táctica e à homenagem a Manuel Pedro Gomes. Na plateia estiveram presentes alguns ilus-tres do futebol português, casos do jogador internacional Jorge Andrade e do treinador Carlos Dinis.O primeiro orador foi o Prof. Jorge Castelo, que definiu o "modelo de

jogo" minuciosamente, alertando que próprio deve ser aplicado em função dos jogadores que compõem o plantel. Acrescentou ainda que o "modelo de jogo" é uma construção teórica, que defi-ne e reproduz todo um sistema de relações e inter-relações em conjunto. Jogar como se treina e treinar como se joga é outro dos pontos essenciais do ex-adjunto de Eriksson ou Sá Pinto. Seguiu-se João de Deus, treinador do Gil Vicente, que defendeu o 4-4-2 losango. Na parte ofensiva deu especial destaque à finalização, enquanto na parte defensiva des-tacou a transição, na qual devem estar 4+2 jogadores para dar equilíbrio. Sublinhou que, inde-pendentemente do "modelo de

jogo", existem factores extrafute-bol, como as condições meteoro-lógicas ou lesões e indisponibili-dades, que poderão forçar uma alteração de estratégia. Após a intervenção do treinador do Gil Vicente seguiu-se o ex-treinador do Belenenses, Marco Paulo. O "modelo de jogo" defendido foi o 4-4-2 clássico, com três linhas bem definidas, a da defesa, a do meio-campo e a do ataque, sendo para isso sacrificado o "nº 10". É um modelo que privilegia o jogo mais directo, com a bola a chegar aos avançados através dos alas. Os avançados deve-rão contrastar entre si, sendo um mais móvel e outro mais posicional. Esta forma de jogar deve ser reajustada ou adaptada

em função da equipa adversá-ria. Por último um dos treinado-res com mais jogos de Primeira Liga, Carlos Brito. Ao contrário dos seus dois colegas anterio-res, defende o 4-3-3. Um modelo mais equilibrado, na sua opinião, em que não se deve castrar os jogadores que fazem a diferen-ça no último terço do terreno. A equipa deve ser montada em fun-ção dos jogadores, mas sem que isso obrigue a alterar o sistema táctico. Para o ex-treinador do Rio Ave, mais importante que o "modelo de jogo" é a mensagem que se transmite aos jogadores. No final do primeiro dia deu--se a aguardada homenagem a Manuel Pedro Gomes, que rece-beu o "Prémio Carreira".

Por fim no dia 4 de abril, numa conferência aberta ao público graciosamente, podemos ouvir António Fidalgo, José Couceiro, Norton de Matos e Manuel Pedro Gomes falarem sobre as diver-sas valências do treinador. Numa sessão denominada "Polivalência do Treinador", estas quatros figuras do panorama futebolísti-co nacional trouxeram algumas experiências vividas, eles que foram jogadores, treinadores e dirigentes técnicos. Duas tardes de puro convívio e aprendiza-gem futebolística, aquelas que se viveram nos dias 31 de março e 4 de abril.

Filipe Godinho

Jornadas Técnicas de Futebol em MoscavideA FM Sports Global, gerida pelo treinador Filipe Moreira, levou ao Centro Cultural de Moscavide algumas das principais figuras do futebol português. Carlos Brito, Marco Paulo, João de Deus, o Prof. Jorge Castelo, Manuel Pedro Gomes, António Fidalgo, Norton de Matos e José Couceiro foram os ilustres que nos dias 31 de março e 4 de abril partilharam o seu conhecimento com todos os presentes.

No passado dia 13 de abril decorreu a 19ª Milha Urbana de Moscavide. Uma prova organizada pelo Grupo de Atletismo Super Estrelas de Moscavide e que contou com o apoio da Câmara Municipal de Loures, da Junta de Freguesia

de Moscavide e Portela, Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela e Polícia de Segurança Pública. A prova iniciou-se às 9h e 30m e contou com a participação da maioria dos clubes do Concelho, tendo em conta que este evento faz

parte do 30º Troféu "Corrida das Coletividades do Concelho de Loures", mais alguns prove-nientes de localidades fora do Município. Uma corrida para todas as idades e para todos os géneros, pois continha 23 escalões de avaliação, desde

os Benjamins aos Veteranos com mais de 65 anos, dividi-dos entre masculinos e femi-ninos. O percurso foi de 800m para Benjamins e Infantis e de 1609m para os restantes escalões. O trajecto começa-va e terminava na Avenida de

Moscavide, depois de percorre-rem as ruas Salvador Allende e 25 de Abril. No final foram dis-tribuídos os prémios, que con-templavam os três primeiros classificados de cada escalão e taças para as 10 melhores equipas da classificação geral.

19ª Milha Urbana de Moscavide

É com prazer que vejo duas instituições, que muito me deram e para as quais sempre tudo tentei dar, a conseguirem resultados dignos de desta-que. Começo por aquela que primeiro representei, o Olivais e Moscavide, vulgo CDOM, onde fiz todo o percurso nas camadas jovens como jogador de futebol e que alcançou a subida à 1ª divisão distrital de Lisboa na categoria de senio-res. Em tempos, não muito longínquos, este não era um feito digno de realce, mas após os problemas financeiros pelos quais o clube passou, tendo de extinguir a sua equi-pa sénior, este é um momento de esperança para que, com os pés bem assentes no chão, o CDOM vá voltando a pata-mares que em tempos foram seus. Referência ainda para o facto de o clube poder assegu-rar o título de campeão, a duas jornadas do fim lidera com mais um ponto que os segun-

dos classificados, quando falta ainda defrontar o último classi-ficado fora, o Ota (27 de Maio) e o penúltimo classificado em casa, o Almargense (11 de Maio). Em segundo lugar, ape-sar de ainda não ter garanti-do a subida, uma palavra de apoio e regozijo pela excelente época que a AM Portela está a fazer em futsal, no escalão de seniores. Também representei este grande clube, um dos principais aquando da cria-ção deste desporto, na altu-ra ainda denominado futebol de 5, onde tive o prazer de ser técnico. Como já disse, a promoção ao principal esca-lão do futsal nacional ainda não está assegurada, mas a Portela é a única equipa que apenas depende de si, isto quando faltam apenas três jor-nadas. Dois pontos são o que separam a nossa equipa do Burinhosa, faltando ainda os jogos com a AMSAC (10 de Maio) e Albufeira Futsal (24

de Maio) fora e contra o Fabril Barreiro (17 de Maio) em casa. Está na altura de apoiarmos estas duas grandes equipas que, independentemente do que ainda possa vir a acon-tecer, já fizeram uma época digna de registo. Um final de época desportiva intenso e saboroso pelos dois principais clubes da Freguesia.Referência final para duas situações. A primeira é que sairá no próximo dia 3 de maio, juntamente com o Expresso comprado no concelho de Loures, o Notícias de Loures. Um jornal regional, exclusiva-mente dedicado ao Concelho, que pretende suprir uma lacu-na evidente na informação dos habitantes de Loures. Além da distribuição conjunta com o Expresso, o jornal será distribuído por todo o terri-tório do Concelho, ao todo são cerca de 200 locais que cobrirão todas as freguesias. Para finalizar, apenas uma

pequena nota sobre as obras

efectuadas na Igreja de Cristo-

Rei da Portela. As questões

levantadas podem ser diver-

sas, mas eu apenas levanto

uma, será permitido alterar

uma obra de arte? Sei que

nem todos concordam comigo

quando entendo este monu-

mento como uma obra de arte,

mas tendo em conta que foi

desenhada, não só na estrutu-

ra como nos interiores, por um

dos melhores arquitectos con-

temporâneos em arte sacra,

Luiz Cunha, parece-me que

o estatuto de obra de arte se

justifica. Ele que se destacou

no Movimento de Renovação

da Arquitectura Religiosa

(MRAR). A descaracterização

da obra inicial vai aumentando

e, cabe-me dizer que, se a

"Mona Lisa" não estivesse no

Museu do Louvre, em certos

locais, provavelmente, já teria

sobrancelhas.

Pedro PereiraDirector Editorial

25MPEDITORIAL

26 MP LAZER

Director Geral: Filipe Esménio Director: Pedro Pereira Redacção: Filipe Amaral, Francisco Rocha, Joyce Mendonça, Martim Santos Colaborações: António dos Santos, Filipa Monteiro Fernandes, Filipe Godinho, João Alexandre, José Luís Nunes Martins, Maria Margarida Oliveira, Ricardo Andrade, Rita Paulos Fotografia: João Pedro Domingos, Nuno Luz Director Comercial: Luís Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Criatividade e Imagem: Nuno Luz Impressão: Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA - Estrada Consiglieri Pedroso - 2745 Barcarena Tiragem: 13 500 Exemplares Proprietário: Filipe Esménio CO: 202 206 700 Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis n.º 6, 1.º Dto. 2685-215 Portela LRS Tel: 21 945 65 14 E-mail: [email protected] Nr. de Registo ERC - 121 952 Depósito Legal nº 119 760 / 98Fi

cha

Técn

ica

Leve cargas pesadas a preços levezinhos.Na Europcar, pode transportar cargas volumosas ou fazer as suas mudanças numa carrinha comercial. Alugue já e comece a mudar.

Reserve já em www.europcar.pt ou através do 21 940 77 90.

*Com a apresentação deste anúncio obtenha 20% de desconto.

* Oferta válida apenas no balcão Europcar, Prior Velho - Rua Salgado Zenha, Edifício Europcar, aberto todos os dias de segunda a domingo.O desconto 20% aplica-se sobre a tarifa pública válida no momento do aluguer.

ALUGUER-20%

*

af_Carrinhas Comerciais_253x340.indd 1 3/27/13 11:54 PM

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO NORTE

\ 042130337 295.000 €

Flamingos do Tejo, com Seg. 24h, Piscina, Sauna, Gi-násio, Banho Turco e Jacuzzi. T2 com 115 m2. Sala com Varanda de 10 m2. Cozinha Equipada. Parquea-mento e Arrecadação. Classe Energética B-.

T3 de 120 m2 com Acabamentos Diferenciados. Ótima Exposição Solar. A/c e Aquecimento Central. Cozinha Equipada. Garagem/Box Dupla. Próximo ao Parque das Nações. Classe Energética B.

JARDINS DO CRISTO REI

\ 042130223 279.000 €

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO SUL

\ 108140116

T3 com 313 m2 em 1ª Linha de Rio Tejo. Terraço de 85 m2 com Piscina. Acabamentos Diferenciados. Sa-lão de 50 m2 com Lareira. 3 Suites. Parqueamento Triplo e Arrecadação.

sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES – EXPO SUL

\ 108140118

T3 de 138 m2 com Boa Exposição Solar. Sala de 32 m2 com Lareira e Varanda. Parqueamento Duplo e Arrecadação. Ótima Localização, Próximo ao Centro Comercial Vasco da Gama e Gare do Oriente.

sob consulta

PORTELAJARDINS DO CRISTO REI

\ 042140132 \ 042140053

PORTELA

\ 042140139

T3 com 124 m2, Remodelado. Boas Áreas. Ótima Exposição Solar. Aquecimento Central. Vidros Duplos e Alarme. Ótima Localização, Próximo a Comércio, Serviços e Transportes.

T4 de 170 m2 com Acabamentos Diferenciados. Óti-ma Exposição Solar. Terraço de 20 m2. Salão de 43 m2. A/c. Cozinha Equipada. Garagem/Box Dupla. Classe Energética A+.

T4 Convertido em T3 com Boas Áreas. Ótima Expo-sição Solar. Cozinha Equipada. Arrecadação. Locali-zação Privilegiada, Próximo a Comércio, Serviços e Transportes.

sob consultasob consulta 254.000 €

MOSCAVIDE

\ 042130246

T2 com 80 m2 Totalmente Remodelado. Ótima Expo-sição Solar. Boa Localização. Próximo a Comércio, Serviços e Transportes. Classe Energética C.

99.000 €

ENCARNAÇÃOOLIVAIS NORTE

\ 108140056\ 108140117

Moradia V3 Totalmente Remodelada. Lote de Terreno com 280 m2. Salão com 46 m2. A/c. Parqueamento. Junto a Comércio, Serviços e Transportes. Classe Energética D.

Apartamento de 3 Assoalhadas Totalmente Remo- delado, em Prédio Valmor. Ótimos Acabamentos. Cozinha Equipada. Junto ao Metro da Encarnação, Comércio e Serviços. Classe Energética C.

sob consultasob consulta

MARVILA

\ 108140114

Apartamento de 3 Assoalhadas, Totalmente Remode-lado. Excelente Exposição Solar. Vista de Rio Tejo. Ótima Localização, Próximo a Comércio, Serviços e Estação de Comboios Braço de Prata.

89.900 €

Moradia V5 com 265 m2 Totalmente Remodelada, Inserida em Lote de Terreno com 272 m2. Acabamen-tos Diferenciados. Excelente Exposição Solar. Cozi-nha Equipada. Bairro Típico de Lisboa.

ENCARNAÇÃO

\ 108140113 sob consulta