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Comissão Social da Freguesia de Moscavide Ficha Técnica Título Diagnóstico Social da Freguesia de Moscavide Autoria Rede Social do Concelho de Loures Concepção Comissão Social da Freguesia de Moscavide Redacção Dra. Ana César/ Dra. Sofia Henriques Comissão Social da Freguesia de Moscavide parceiros Junta de Freguesia de Moscavide Creche Popular de Moscavide Escola E.B 1 nº1 de Moscavide Escola E.B 1 nº2 de Moscavide Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Moscavide Centro Social e Paroquial de Moscavide Associação Vida Abundante Jardim de Infância da Junta de Freguesia de Moscavide Bombeiros Voluntário de Moscavide Associação de Jovens de Moscavide PSP de Moscavide Centro Regional de Segurança Social- extensão de Moscavide Centro de Saúde de Moscavide Sta. Casa da Misericórdia de Moscavide Setembro 2005 Diagnóstico Social - 1 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Ficha Técnica

Título Diagnóstico Social da Freguesia de Moscavide

Autoria Rede Social do Concelho de Loures

Concepção Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Redacção Dra. Ana César/ Dra. Sofia Henriques

Comissão Social da Freguesia de Moscavide

parceiros

Junta de Freguesia de Moscavide

Creche Popular de Moscavide

Escola E.B 1 nº1 de Moscavide

Escola E.B 1 nº2 de Moscavide

Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos de Moscavide

Centro Social e Paroquial de Moscavide

Associação Vida Abundante

Jardim de Infância da Junta de Freguesia de Moscavide

Bombeiros Voluntário de Moscavide

Associação de Jovens de Moscavide

PSP de Moscavide

Centro Regional de Segurança Social- extensão de Moscavide

Centro de Saúde de Moscavide

Sta. Casa da Misericórdia de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 1 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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INDICE

1.Introdução

2.Constrangimentos

3.Metodologia

Parte I- Enquadramento Histórico de Moscavide

Parte II- Caracterização Geo- sócio-Demográfica de Moscavide

II.1-Caracterização Demográfica

II.2.Evolução Demográfica

II.3. Distribuição da população na freguesia por décadas

II.3- Densidade Populacional

II.4.Naturalidade da População residente na freguesia

II.5.Nacionalidade da População residente

II.6. População Residente por escalões etários

II.7. População residente por nível de instrução

II.8.População residente segundo a Religião

II.9. População Activa por Grupo Sócio-Económico

II.10. Tipo de Alojamentos Familiares

II.11. Análise das Potencialidade e Fragilidades da freguesia de Moscavide

Parte III- Problemas Identificados pelos Parceiros: Causas e Consequências

(Tabelas)

Parte IV- Identificação dos Problemas Apresentados por Áreas Temáticas

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IV.1. Área Temática 1: Infância e Juventudes

IV.1.1. Enquadramento teórico

IV.1.2. Indicadores

IV.1.3. Conclusão

IV.2. Área Temática 2: Terceira Idade

IV.2.1. Enquadramento Teórico

IV.2.2. Indicadores

IV.2.3. Conclusão

IV.3. Área Temática 3: Espaços Verdes; Estacionamento e Limpeza Urbana

IV.3.1. Espaços Verdes

IV.3.2. Estacionamento

IV.3.3. Limpeza Urbana

V. Conclusão

VI. Bibliografia

VII- Anexos

( Disponíveis para Consulta na Junta de Freguesia de Moscavide- Secretaria)

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1.Introdução

Num contexto em que se afirmam as tendências de descentralização e

territorialização no combate à pobreza e exclusão social, baseadas na responsabilização e

mobilização do conjunto da sociedade, instituições públicas e privadas e autarquias locais

no desenvolvimento de políticas activas sociais. Surge o Programa da Rede Social

(programa nacional, criado pela Resolução do Conselho de Ministro nº197/97 de 18 de

Novembro), através do reconhecimento da importância das tradições de inter-ajuda e de

solidariedade mais alargada; da consciência colectiva e responsável dos problemas sociais

e da importância do reforço/criação de redes de apoio social integrado, e que surgiu

igualmente no Concelho de Loures, veio permitir uma abordagem aos problemas de todo o

concelho de Loures, mas em particular das freguesias, neste caso, da freguesia de

Moscavide, tendo como principal objectivo promover o desenvolvimento social local com

uma acção concertada e coerente, articulando experiências, esforços, recursos e projectos

de diferentes parceiros locais.

Assim, através da criação e reforço de Redes de Parceiros - Comissão Social da

Freguesia de Moscavide -, e de um esforço conjunto de todos foi possível identificar e

priorizar os problemas sociais da freguesia de Moscavide e encontrar soluções conjuntas

para a resolução dos mesmos. Através da realização de um Pré-Diagnóstico Social da

Freguesia de Moscavide foi possível fazer uma primeira análise racional das problemáticas

existentes na freguesia e uma previsão consciente dos objectivos a serem alcançados, bem

como das actividades a serem realizadas e dos recursos a serem utilizados.

A divulgação da realidade existente na Freguesia de Moscavide, como único

sustentáculo de uma capacidade interventiva que se pretende desenvolver em conjunto

com aquilo que é o sentir e a motivação de todos os parceiros da Comissão Social da

Freguesia de Moscavide, passou assim, por um, crescimento sustentado e consciente que

só com a participação de todos na resolução dos problemas, que também são de todos, é

possível realizar um Diagnóstico Social, que permita Conhecer para Mudar,

intrinsecamente, este foi sem dúvida o lema, por detrás de todo este trabalho.

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2. Constrangimentos

Um dos aspectos a que se deu mais importância, foi o de sempre se ter a

consciência, que para além dos números e das estatísticas, foi o de não considerarmos

possível o sucesso deste Diagnóstico Social, se o mesmo não se preocupe com o que está

por detrás desses números- as pessoas. Assim, a palavra de ordem, na realização deste

Diagnóstico, é que o mesmo deveria ser sempre promovido e desenvolvido na primeira

pessoa, porque quem fala são aqueles com quem nós falámos, evidentemente a esperança

numa melhoria da sua qualidade de vida e da resolução dos seus problemas.

É importante realçar o carácter de continuidade e abertura deste Diagnóstico Social,

neste documento apresenta-se uma realidade social e institucional complexa e em

constante mutação. Este não é, nem deve ser um documento estanque, mas um documento

dinâmico e aberto a novos contributos. Deve ser acima de tudo um relato orientador que

deve estar na base do desenvolvimento de dinâmicas de intervenção multidisciplinar,

sinalizando as potencialidades, as fragilidades, áreas problemáticas, entre outros.

Pelos vários motivos enunciados em cima, é importante referir que os dados que

são apresentados (Censos) são apenas um mero contributo para a análise das situações e

problemáticas levantadas, já que os mesmos apresentam algumas incongruências na

análise estatística e também estão desactualizados.

Outras das limitações deste estudo relaciona-se com a dimensão da amostra,

nomeadamente dos questionários realizados aos utentes do Centro de Dia Social e

Comunitário da Junta de Freguesia de Moscavide, que não é de modo algum representativa

de todos os idosos existentes na freguesia de Moscavide.

Ainda relacionada com a amostra, a questão da ileteracia a que os questionários

fossem lidos e as questões explicadas pelo investigador, o que directa ou indirectamente

pode ter influenciado a percepção do que era perguntado.

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3. Metodologia

O primeiro passo dado começou com um trabalho de sensibilização e informação

através de uma reunião conjunta com todos os parceiros pertencentes à Comissão Social da

Freguesia de Moscavide acerca dos objectivos e trabalho a desenvolver, o recurso a uma

metodologia participativa de todos os parceiros na identificação das problemáticas da

freguesia e na construção do Pré-Diagnóstico Social.

A realização do Diagnóstico Social da Freguesia de Moscavide, esteve assente nos

princípios de Acção da Rede Social, que são, os seguintes: Principio de Participação;

Princípio de Inovação; Principio de Integração e Principio de Articulação.

Foi criado o Grupo Dinamizador, formado por duas técnicas pertencentes a duas

entidades parceiras da Comissão Social de Freguesia de Moscavide (Junta de Freguesia de

Moscavide e Creche Popular).

1ª Fase- Levantamento de Hipóteses

O primeiro passo baseou-se no pressuposto: Questionar, antes de Diagnosticar,

assim, nesta reunião foi possível a todos os parceiros uma reflexão conjunta de quais são

as principais problemáticas da freguesia, que tipo de população afectam, quais são

possíveis resolver localmente, quais devem ter um tratamento prioritário na sua resolução.

As hipóteses (questões-problemas) levantadas vão ser sujeitas a verificação ao

longo da investigação. Estas hipóteses serão o guia/linha de orientação de toda a

investigação relativa ao Diagnóstico Social

2ª fase- Antítese

Nesta fase o objectivo foi realizar recolha de dados e informações junto das

instituições locais (Caracterização dos Parceiros- Anexo I); reuniões com parceiros e

outras entidades da freguesia; análise de questionários;

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Nesta fase a opção metodológica foi a participativa e teve como pilar o processo de

Facilitação. Optou-se por esta metodologia na exacta medida em que esta permite uma

grande colaboração e envolvência entre todos os agentes locais.

Nesta fase, foi também utilizada, a aplicação de questionários:

-Questionários Tempos livres (Centro de Dia Social e Comunitária da Junta de Freguesia

de Moscavide)

-Questionário que permitiam conhecer a qualidade de vida dos idosos, a importância o

suporte social na qualidade de vida e a influência do contexto da Residência nestes dois

aspectos da vida nesta faixa etária.

Para a realização destes questionários, foram seleccionadas amostras, segundo os

seguintes critérios: idade superior a cinquenta e nove anos; estarem reformados; não

possuírem indicação de doença mental; não possuírem limitações físicas que os tornassem

completamente dependentes; não estarem institucionalizados.

O cumprimento destes critérios, assegurou que os idosos que integram o estudo

estavam em condições de se deslocar ao local e responder de forma lúcida às questões

colocadas, ou seja estarem minimamente independentes e com mobilidade, o que se

verificou.

Os questionários foram aplicados individualmente, por duas técnicas.

3ª Fase: Conclusão e Apresentação de resultados

Após a fase de interpretação e apresentação dos dados, e de acordo com as

problemáticas apresentadas, foi feita uma análise dos vários indicadores, de estudos

realizados nas freguesias e dos dados facultados pelos parceiros, partiu-se para a realização

do Diagnóstico Social da Freguesia de Moscavide e respectivamente para a elaboração de

prioridades para o desenvolvimento social da freguesia de Moscavide.

Ou seja, o Diagnóstico Social da Freguesia de Moscavide seleciona na sua análise

as temáticas priorizadas no Pré-Diagnóstico pelos parceiros, com o objectivo de

detreminar a magnitude e importância dos problemas e as suas causalidades, documentar a

realidade face ao problema identificado, identificar os recursos locais e traçar um conjunto

de propostas cujo objectivo último deverá ser a mudança social.

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Parte I. Enquadramento Histórico de Moscavide

Imagem 1: Freguesia de Moscavide

Enquadramento Histórico

O topónimo parece ter origem no termo árabe “maskba”, ou seja sementeira.

Alguns veteranos da localidade mencionam que o lugar se designava inicialmente por

Boscavide.

Ficando distanciada a 11 Km da sede do Concelho (Loures), Moscavide confina

com a freguesia da Portela e de Sacavém a norte, com o concelho de Lisboa a sul e poente,

e com o rio Tejo a nascente.

A vila de Moscavide deixou de fazer parte da freguesia dos Olivais-Extra em 1928,

mais precisamente a 23 de Março, quando passou a freguesia pelo decreto nº15222.

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A delimitação da freguesia foi resolvida em 13 de Maio de 1928 na sala de sessões

da Junta de Freguesia de Sacavém, cujos membros eram os cidadãos Franscisco Lourenço,

Filipe Almeida Veiga e António marques Antunes.

A Junta de Freguesia de Moscavide era constituída pelos cidadãos Carlos Alberto

Sousa, António Soares da Costa e Miguel da Cruz Rato.

Moscavide foi elevada a vila 3 de Abril de 1964 pelo decreto nº45637.

Situada nos subúrbios da capital, Moscavide veio a desenvolver-se como

dormitório desta, constituindo apesar de tudo, uma das melhores estruturas urbanas

periféricas de Lisboa.

Moscavide conheceu 2 fases distintas de crescimento, nomeadamente a primitiva,

no século XVIII com a fundação da Quinta do Cabeço e do seu Parque Ajardinado, e a

secundária em meados do século XX que deu origem ao núcleo urbano de Moscavide e à

Urbanização da Portela.

Do seu antigo núcleo urbano, apesar de muito pouco, ainda se conservam alguns

imóveis com interesse patrimonial, dos quais se destacam a Vivenda Mouzinho e a Igreja

de Santo António (único espécime com preocupação artística que o urbanismo modernista

ali criou).

Fora do perímetro urbano, a Quinta do Cabeço com a sua capela bem integrada

numa casa apalaçada em estilo Joanino de bom desenho e magníficos jardins franceses do

sec. XVIII, a Quinta do Candeeiro com a pequena mas muito interessante capela

constituem o património histórico da freguesia, que se encontram em satisfatório estado de

conservação.

A Vila de Moscavide devido ao facto de se encontrar entre as Quintas da Vitória, a

Quinta do Cabeço, o Seminário dos Olivais, o Rio Tejo e a cidade de Lisboa, não

conseguiu ocupar um território que correspondesse a esse crescimento.

O resultado desta situação foi o de Moscavide ter pouco mais de 1 Km2 ocupada

por mais de 20 mil habitantes, fazendo dela a freguesia que regista a maior densidade

populacional do concelho de Loures.

A freguesia de Moscavide partir das décadas de 40 e 50 recebeu muitos milhares de

migrantes vindos principalmente do Alentejo e das Beiras que procuravam uma vida

melhor.

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A instalação de indústrias como a INDEP e a Petrogal forma responsáveis pela

fixação destes migrantes na vila.

A premência em dar respostas às necessidades habitacionais dos imigrantes,

traduziu-se numa grande especulação imobiliária, levando a que qualquer espaço vago

desse lugar a um prédio.

A consequência desses actos fez com que os espaços amplos de outrora passassem

a ruas estreitas, sem lugar para zonas verdes, resistindo somente o Jardim de Moscavide.

Não obstante a ruralidade que a caracterizava nas primeiras décadas do século,

Moscavide acabou por se tornar num exemplo de mau planeamento urbanístico feito no

passado e cujos reflexos se fazem sentir de há muito.

As pessoas mais antigas ainda têm a aspiração de retorno às origens, quando o ri

Tejo chegava até onde era o matadouro dos Olivais, no limite da freguesia, onde havia até

mesmo uma praia, iam para lá a banhos, faziam piqueniques. Estas pessoas guardam uma

grande nostalgia por esses tempos, pelo desfrute que então fazia de toda zona ribeirinha.

Após a instalação do depósito de Beirolas (anos 40) essa frente de rio foi sonegada

ao território da freguesia, pelo simples facto do exercito constatar que as chamadas

telefónicas dentro de Lisboa eram mais baratas do que de Moscavide para Lisboa, pelo que

o secretário de estado de então, fez um despacho integrando o quartel de Beirolas na

freguesia dos Olivais.

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Parte II- Caracterização Geo-Sócio-Demográfica de Moscavide

Imagem 2: Enquadramento Geográfico da Freguesia de Moscavide

FREGUESIA DE MOSCAVIDE

Área: 1.02 Km2

População: 12184 hab.

Dens. Populacional: 11888.35 hab/Km2

II.1.Caracterização Demográfica

Moscavide é uma das 18 freguesias do Concelho de Loures. Esta freguesia está

localizada na Região de Lisboa e Vale do Tejo e está descrita como Área

Predominantemente Urbana, tem 1, 02 Km2 de superfície. È uma das freguesias mais

pequenas do concelho de Loures, e por isso é uma das mais densas. Os seus limites são as

freguesias de Sacavém e Portela, o concelho de Lisboa e o rio Tejo.

A sua densidade populacional é de 11888.4 hab/km2 em 2001 e o número total de

populaça residente é de 12184 indivíduos, sendo que o nº de residentes do sexo masculino

é de 5641 indivíduos (Censos 2001) e o nº de residentes do sexo feminino é 6543

indivíduos (Censos 2001).

Contudo esta área tem muitos habitantes ilegais, nomeadamente oriundos do Brsail

e dos Países de Leste.

Tabel 1: Grupos funcionais na Freguesia de Moscavide em 2001

0-13 anos 14-64 anos 65 e mais anos Total

Moscavide 1014 7858 3312 12184

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Tabel 2: Grupos funcionais na Freguesia de Moscavide em 2001(%)

%Jovens 2001 %Activos2001 % Idosos2001

Moscavide 8% 64% 27%

Nos últimos 10 anos (1991-2001), existe um decréscimo da população juvenil e um

aumento considerável da população idosa. Actualmente a percentagem de pessoas idosas é

muito superior à percentagem de jovens, ou seja, estrututa etária muito envelhecida

(Quadro acima).

Moscavide é uma zona de construção antiga, apenas 4,6% dos seus edifícios foram

construídos entre 1971 e 1981. Sendo a única freguesia do concelho a apresentar défice de

fogos relativamente ao número de famílias residentes.

Entre a população activa predominam os trabalhadores do sector terciário e

secundário, 80% dos estabelecimentos existentes pertencem ao sector terciário, sendo 60%

unidades comerciais, restaurantes e similares. Existe uma elevada proporção de

reformados entre a população (7,8%).

II.2. Evolução Demográfica da Freguesia de Moscavide

Tabela 3- Evolução Demográfica (1900 e 1950-2001)

1900 1950 1960 1970 1981 19911 2001

Moscavide ------ 8911 22065 21647 24390 14497 12184

Fonte: PDM de Loures e Censos 2001 (INE)

No que concerne à taxa de crescimento da população residente na freguesia de

Moscavide no período de 1950-2001 2, Moscavide pertence ao grupo de freguesia do

Concelho de Loures, composto pelas freguesias de S. Julião do Tojal, Santo Antão do

1 Com a formação da Freguesia da Portela em 1985, a área da freguesia de Moscavide foi reduzida em cerca de 20%, daí também a diminuição no número de habitantes no período compreendido entre 1981 e 1991. 2 Fonte: PDM de Loures e Censos de 1991 (INE)

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Tojal, Portela, Prior Velho, Sacavém e Frielas, cujas taxas de crescimento oscilam entre

119.50 % (S. Julião Tojal) e 339% (Frielas), mas mantém-se inferior à média do concelho.

II.3.Distribuição da população residente nas freguesias segundo as décadas

1950-1960- Surto expansionista em toda a coroa envolvente da Cidade de Lisboa,

nomeadamente Moscavide;

1960-1970- Abranda nas freguesias nestas freguesias à excepção de Camarate;

1970-1981- Volta a existir um aumento nas taxas de crescimento. Moscavide volta a

ganhar população registando um aumento na ordem dos 13% devido ao aparecimento dos

empreendimentos habitacionais da Portela.

1981-1991- Todas as freguesias do concelho apresentam uma diminuição nas taxas de

crescimento populacional. A freguesia de Moscavide apresenta uma taxa negativa em

virtude de parte da sua população sem ter deslocado para a Portela, freguesia recém criada

(em 1985).

1991-2001-A população do concelho cresceu cerca 36%, revelando que ao contrário das

décadas anteriores, a concelho deixou de atrair populações migrantes.

II.3.Densidade Populacional

De acordo com o “projecto de Plano-Análise Demográfico e Social” que integra a revisão

do PDM, os 199 059 habitantes do concelho de Loures estão distribuídos por uma área de

167.8 km2, de que resulta uma densidade populacional de 1186 hab/km2.

Na freguesia de Moscavide regista uma das mais elevadas densidades

populacionais do concelho de Loures (10001 e 15441 hab/km2).

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II.4.Naturalidade da População Residente na Freguesia de Moscavide

De acordo com os Censos de 2001, Moscavide apresenta um total de 12 184

habitantes, destes 11 420 habitantes são de naturalidade Portuguesa, sendo os restantes 764 habitantes oriundos de outras naturalidades:

Naturalidade Nº Hab

Portugal 11420 Roménia 135

Europa Leste (outros países)

35

França 26 Espanha 23

Alemanha 10 Europa (outros países) 12

Angola 196 Moçambique 83 Cabo Verde 48

Guiné Bissau 42 Continente Africano

(outros países) 21

Brasil 85 América do Norte 5 América do Sul 8

Ásia 35 Total 12184

Fonte: Censos, 2001

II.5.Nacionalidade da População Residente (Censos, 2001)

Pela análise da nacionalidade da população residente, verificamos o seguinte: 11

669 habitantes são de nacionalidade Portuguesa e 167 habitantes são europeus, 63

habitantes são brasileiros e 55 são angolanos, os restantes habitantes têm outras

nacionalidades, nomeadamente, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Espanhóis entre

outras. É importante registar que 94 habitantes tem Dupla nacionalidade (portuguesa e

outra).

II.6.População residente por escalões etários

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A freguesia de Moscavide possui um total de 12 184 habitantes, sendo que 6543

são mulheres e 5641 são homens e possui uma população bastante envelhecida, a maioria

dos habitantes tem mais de 60 anos, ou seja, segundo os Censos 2001, 27,18% (3312

habitantes) da população residente tem mais de 65 anos ( 1981 são mulheres e 1331 são

homens); 6,73% tem entre os 61 e os 64 anos, e apenas 2,16% tem entre os 0 e os 2 anos.

II.7. População Residente por nível de Instrução

Segundo os Censos 2001, a população residente em Moscavide possui um nível de

instrução baixo, a maioria (3506 Habitantes) tem o Ensino Básico completo, sendo que

(1132 habitantes) não sabe ler nem escrever e apenas (1171 habitantes) completaram o

Ensino Secundário. Do Ensino Secundário em diante os números vão sendo

proporcionalmente inversos ao grau de ensino, ou seja, quanto maior é o grau de ensino

menor é o número de habitantes que o possui.

II.8.População residente segundo a Religião

A maioria da população residente na freguesia de Moscavide são da Religião

Católica (8254 habitantes) 921 habitantes afirma não ter religião.

II.9.População Activa por Grupo Sócio-Económico

Da população empregada, 4152 habitantes trabalha no sector terciário, 1052

habitantes trabalha no sector secundário e apenas 14 habitantes trabalha no sector primário.

Relativamente à população residente activa/não activa, verificamos (Censos 2001)

que existem 5218 habitantes empregados e 4012 indivíduos que são

reformados/pensionistas e 453 indivíduos estão desempregados.

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Se fizermos uma análise da população activa por grupo sócio-económico e sexo,

verificamos que em todos os sectores existe uma predominância do sexo feminino em

quase todas as áreas sócio-económicas.

Os homens predominam essencialmente, em serviços administrativos, comércio e

serviços.

II.10. Evolução da Taxa de Desemprego (Dados cedidos pelo IEFP)

Evolução da Taxa de Desemprego (Dados cedidos pelo IEFP)

MOSCAVIDE DEZEMBRO 02 DEZEMBRO 03 DEZEMBRO 04 JUNHO 05

DESEMPREGO REGISTADO

471 532 462 432

HOMENS 230 263 217 203 MULHERES 241 269 245 229

MOSCAVIDE GRUPO ETÁRIO

DEZEMBRO 02 DEZEMBRO 03 DEZEMBRO 04 JUNHO 05

< 25 ANOS 33 42 38 30 25 – 44 ANOS 155 189 139 143 45 – 54 ANOS 112 108 106 97

= 55 ANOS 171 193 179 162

MOSCAVIDE SITUAÇÃO FACE AO

EMPREGO

DEZEMBRO 02 DEZEMBRO 03 DEZEMBRO 04 JUNHO 05

PRIMEIRO EMPREGO

9 16 17 9

NOVO EMPREGO

462 516 445 423

MOSCAVIDE TEMPO

INSCRIÇÃO

DEZEMBRO 02 DEZEMBRO 03 DEZEMBRO 04 JUNHO 05

< 12 MESES 250 266 204 130 = 12 MESES 221 266 258 302

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 16 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

MOSCAVIDE HABILITAÇÕES

DEZEMBRO 02

DEZEMBRO 03

DEZEMBRO 04

JUNHO 05

< 4 ANOS 14 14 12 10 = 4 ANOS E < 9

ANOS 185 183 175 148

= 6 ANOS E < 9 ANOS

71 89 68 60

= 9 ANOS A 12 ANOS

152 185 171 184

MÉDIOS/SUPERIOR 49 81 36 50

MOSCAVIDE GRUPOS

PROFISSIONAIS

DEZEMBRO 02 DEZEMBRO 03 DEZEMBRO 04 JUNHO 05

QUADROS SUP. E DIRIGENTES

10 15 13 15

ESP. PROF. INF. E CIENT.

32 41 23 29

TEC. E PROF. NIVEL

INTERMÉDIO

59 60 57 60

PESSOAL ADM. E SIMILARES

99 115 85 77

PESSOAL SER. E

VENDEDORES

81 88 86 62

TRAB. AGRIC. E PESCA

3 3 3 4

OPERÁRIOS E ARTIFICES

62 71 69 67

OP. INST. E MAQ.

57 62 53 41

TRAB. NÃO QUALIFICADOS

68 77 73 77

II.11. Tipo de Alojamentos Familiares

Do total de 6274 alojamentos, 6257 são alojamentos familiares clássicos. A maioria

dos alojamentos da freguesia de Moscavide possuem electricidade e saneamento básico e a

maioria dos alojamentos têm 3 ou 4 divisões, 2648 alojamentos estão arrendados enquanto

que 2439 o proprietário é o ocupante. Apenas 7 são alojamentos colectivos.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 17 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Na freguesia de Moscavide, os encargos com os alojamentos não são muito

elevados, inclusive 1428 alojamentos não têm qualquer encargo.

Segundo os Censos de 2001 existem apenas 2 barracas na freguesia de Moscavide.

II.12. Análise das Potencialidades e Fragilidades da Freguesia de Moscavide

Potencialidades:

Existe uma elevada taxa de actividade na freguesia de Moscavide (Censos, 2001);

A existência na freguesia de um conjunto diversificado de entidades, públicas e

privadas que desenvolvem actividades em diferentes domínios, designadamente

social, educação, formação, saúde (Centro de Saúde; Centro Regional de Segurança

Social; Finanças; Escolas Básicas; Serviços Camarários a funcionar na sede da

Junta de Freguesia de Moscavide, correios

Receptividade por parte das entidades parceiras da Comissão Social da Freguesia

de Moscavide;

A relevância das IPSS no desempenho de serviços sociais importantes,

nomeadamente Apoio Domiciliário; Banco Alimentar de Luta contra a Fome,

PCAAC (Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados), apoio à

infância;

A freguesia tem óptimas acessibilidades, servidas por vários transportes públicos:

vários autocarros urbanos; comboio, estando previsto o prolongamento da linha

vermelha (metro);

Sita apenas a 11 Km da sede do Concelho;

A freguesia de Moscavide, possui 1,02 Km2 de superfície e uma grande densidade

populacional (12 184 hab), ou seja, tudo fica, relativamente, perto.

Fragilidades da Freguesia de Moscavide

População bastante envelhecida;

Baixo nível de escolaridade da população;

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 18 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de

Setembro 2005

Moscavide

Diagnóstico Social - 19 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

Fragilidades da Freguesia de Moscavide (cont.)

Existências de serviços duplicados, ou seja, várias instituições desenvolvem

serviços nas mesmas áreas e com os mesmos parâmetros (mesmos horários;

mesmas ofertas de serviços, etc);

Grande volume de tráfego- estacionamento difícil;

Poucas áreas verdes e lúdicas (ar livre);

Escassos serviços de apoio à terceira idade e à família;

Idosos em situações de solidão e abandono familiar;

Baixas qualificações da população acarretam vulnerabilidades acrescidas no

desemprego, estas qualificações têm também um papel decisivo na reprodução da

pobreza e na pouca competitividade e qualificação do tecido económico da

freguesia.

Falta de Espaço para construções sociais de raíz.

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Parte III. Problemas Identificados pelos Parceiros 3em Pré-Diagnóstico

Problema Grupos de Risco Causas Consequências

Instalações desadequadas e insuficientes.

Falta de espaços de recreio e para actividades ao

ar livre.

Infância

Juventude

-Ausência de espaço físico devido às características urbanas da freguesia que já apresenta uma grande densidade de construção – impossibilidade de construir mais espaços de recreio. - Instalações em edifícios que devido à sua antiguidade necessitam de uma grande intervenção. -Instalações em edifícios que não foram construídos de raiz com a finalidade de albergarem uma instituição de ensino, mas que foram adaptados a esse objectivo.

- Sobrelotação das instituições de ensino / listas de espera. -Falta de espaço para as actividades lúdicas e de ar livre das crianças O espaço para recreio é muito pouco. -Falta de valências relativamente à alimentação (na escola nº1). Não há cozinha. Não há refeitório. -As crianças têm de vir alimentadas de casa (o que não acontece em todas as famílias e pode agravar situações de fome ou de sub-alimentação em crianças de famílias carenciadas, que contam com a escola para terem acesso à única refeição quente do dia. -Infiltrações, que provocam diversos danos no material das instituições - Espaços exíguos, fechados e húmidos; A ausência de espaços exteriores provoca grande cansaço e stress nas crianças. - Impossibilidade de organizar actividades no espaço das instituições, obrigando a recorrer a instituições externas, o que encarece muito as actividades, em termos humanos e financeiros. - Tem de ser utilizado o espaço do jardim público de Moscavide [ que: não oferece condições de segurança satisfatórias para controlar um grande número de crianças]. Trata-se de um espaço insuficiente que não foi concebido para esses fins mas para servir a população em geral, o que torna complicado gerir a sua utilização simultaneamente pelas crianças da escola e pelos utentes públicos. - É Impossível de utilizar em dias de chuva; - Problemas logísticos no transporte das crianças da escola para o jardim público. - Problemas de higiene dada a sujidade dos espaços públicos. - Número insuficiente de salas o que obriga a recorrer à sua polivalência, exigindo um maior esforço dos diferentes técnicos quer a nível físico como criativo

3 Pré-Diagnóstico da Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 20 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Parte III. Problemas Identificados pelos Parceiros 4 em Pré-Diagnóstico

Problema Grupos de Risco

Causas Consequências

Falta de acompanhamento do Idoso ao nível

psicológico

Idosos

- Rejeição familiar e abandono ou pouca disponibilidade por parte das famílias. -A família pura e simplesmente rejeita os mais velhos não se preocupando com as suas condições de vida e estado de saúde [em muitos casos só aparecem após o falecimento para as partilhas]. Não existe um padrão sócio-económico das famílias por trás deste tipo de comportamentos – é transversal a todas as classes sociais. -Fraca Mobilidade. [sentimento de dependência] -Falta de ocupação [sentimento de inutilidade social].

- Solidão, isolamento. -Problemas psicológicos [depressão, paranóias]. - Alcoolismo, existem muitos alcoólicos que devido à idade avançada é muito difícil fazer alguma coisa por eles. (quer homens como mulheres). - Problemas graves de higiene pessoal e habitacional. - Problemas de alimentação e saúde. -Falta de acompanhamento a pessoas com doenças do foro neurológico e psiquiátrico [Alzheimer] que necessitam de acompanhamento médico regular. Os centros que existem não têm capacidade para aceitar e cuidar de doentes de Alzheimer, não dão resposta à quantidade de problemas que surgem com os alzheimers – 2 ou 3 ainda são capazes de apoiar, mas é muito difícil visto que é necessário um acompanhamento constante

4 Pré-Diagnóstico da Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 21 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Parte III. Problemas Identificados pelos Parceiros 5 em Pré-Diagnóstico

Problema Grupos de Risco

Causas Consequências

Estacionamento indisciplinado.

Falta de zonas

verdes e de lazer.

População Activa

- Falta de lugares de estacionamento. -Ausência de lugares de estacionamento próprios para instituições que necessitam de efectuar transporte de pessoas [crianças e/ou idosos]. - Horários das cargas e descargas. - Excesso de tráfego. - Falta de civismo por parte das pessoas. -Ausência de espaço urbano disponível para a criação de zonas verdes (jardins públicos) e de lazer.

-Estacionamento indisciplinado. -Dificuldades no acesso a determinadas ruas pelos bombeiros, em caso de sinistro [em muitos locais é muito difícil ou impossível passar com os carros de fogo]. -Falta de acessibilidade a determinados locais onde é necessário parar à porta para efectuar transporte de pessoas [crianças e/ou idosos]. -Menor qualidade de vida da população que se vê obrigada a deslocar-se para for a da freguesia para usufruir de espaços públicos de lazer ao ar livre.

5 Pré-Diagnóstico da Comissão Social da Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Parte III. Problemas Identificados pelos Parceiros 6 em Pré-Diagnóstico

Problema Grupos de Risco

Causas Consequências

Praga de Pombos

Sujidade e degradação dos espaços

públicos [dejectos de

cães,

Vandalismo

Habitação degradada

População

-Falta de controlo da natalidade dos pombos da freguesia. -Indivíduos que alimentam os pombos fomentando a sua reprodução e permanência na freguesia. -Falta de civismo dos cidadãos que não respeitam a propriedade comum [dejectos de cães, vandalismo e destruição de património público]. -Habitações antigas e degradadas [rendas muito baixas não incentivam os proprietários a efectuarem a manutenção dos imóveis]

- Sujidade das ruas. - Danos na pintura dos automóveis. - Entupimento dos algerozes, o que gera infiltrações e inundações [ danos em diverso material, incluindo material eléctrico e informático]. - Falta de condições de habitabilidade de alguns imóveis (sobretudo habitados por idosos) que pode colocar em risco a segurança dos seus residentes. A antiguidade de alguns prédios aumenta os riscos de fuga de gás, de incêndio e de inundações.

6 Pré-Diagnóstico da Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 23 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 24 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

Parte III. Problemas Identificados pelos Parceiros 7 em Pré-Diagnóstico

Problema Grupos de Risco

Causas Consequências

Solidão / Isolamento [de acordo com o

Centro Social e paroquial de

Moscavide, em 60 utentes, 50

sofrem de solidão e

isolamento].

Insuficiência de valências de

Centro de dia, Apoio

domiciliário e vagas em lares.

Idosos

Famílias dos Idosos

- Família: Rejeição familiar. A família pura e simplesmente rejeita os mais velhos não se preocupando com as suas condições de vida e estado de saúde (em muitos casos só aparecem após o falecimento para as partilhas). Não existe um padrão sócio-económico das famílias por trás deste tipo de comportamentos – é transversal a todas as classes sociais. Indisponibilidade das famílias: horários e ritmos de vida incompatíveis com o apoio ao idoso. -Carência económica [impossibilidade de contratar alguém que tome conta do idoso] - Vergonha da sua condição de dependente que leva o idoso a “fechar-se sobre si mesmo”. -Fraca mobilidade da população idosa. -Incapacidade, total ou parcial, do idoso para tratar das tarefas domésticas [higiene, pessoal e habitacional, e alimentação]. -Inadequação das habitações [antigas e degradadas] que não facilitam a mobilidade e exigem um maior esforço ao nível das tarefas domésticas. -Carências ao nível do transporte ao domicílio de idosos de forma a fazer com que o idoso saia de casa e quebre o isolamento. -Insuficiência dos serviços de apoio domiciliário. -Falta de ocupação. -Falta de instituições com valência de centro de dia para ocupação e sociabilização da população idosa. -Falta de vagas em lar para população idosa isolada e totalmente dependente.

-Baixa auto-estima do idoso. Problemas psicológicos derivados: depressão, paranóias, psicoses. -Sentimento de inutilidade social. -Dependência do idoso face às tarefas domésticas e de higiene pessoal e de alimentação. -Problemas de saúde vários devido à falta de acompanhamento. -Agravamento da saúde física do idoso. A falta de mobilidade e a tendência para o isolamento, em que o idoso quer cada vez mais ficar em casa e não sair à rua, cria as condições para progressivamente ir ficando acamado. -Isolamento social. -Alcoolismo [tanto em homens como em mulheres]

7 Pré-Diagnóstico da Comissão Social da Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Parte IV. Identificação dos Problemas por Áreas Temáticas

Infância e

Juventude

Higiene Urbana

Espaços Verdes

Estacionamento

psi

Área Temática 1: Infância e Juventude:

Instalações desadequadas e insuficientes

Falta de Espaços de recreio para actividades ao ar livre

Área Temática 2: Terceira Idade Falta de Acompanhamento psicológico (Isolamento/ Solidão)

Falta de Valências

Área Temática 3: Higiene Urbana/Espaços Verdes e Estac

Setembro 2005 Diagnóstico Social Comissão Social Freguesia de Moscavide

Terceira Idade Falta de

Acompanhamento cológico (Isolamento/

Solidão)

Falta de Valências

ionamento

- 25 –

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.1. Área Temática 1: Infância e Juventude IV.1.1. Enquadramento Teórico

A estimulação ambiental é um aspecto fulcral no desenvolvimento fisiológico

da criança. De facto, é condicionante para a maturação do sistema nervoso, da

coordenação motora, da aquisição de capacidades cognitivo-perceptivas. “A

estimulação torna-se mais importante ao progredirmos na escala filogenética.”8

Primeira Infância: Dos 0 – 2 ½ Anos

Os 3 primeiros anos de vida são muito importantes para o desenvolvimento

global da criança. É a fase em que o bebé adquire as principais aquisições motoras, o

crescimento biológico é muito acentuado, adquire competências cognitivas e desenvolve

a linguagem e a comunicação verbal, inicia o seu desenvolvimento psicológico (há

teorias que defendem que este fenómeno ocorre entre os 8 e os 18 meses de vida) … É

um momento muito intenso, cheio de significado e determinante para o

desenvolvimento da capacidade intelectual da criança.

Assim, nesta faixa etária tão fundamental ao desenvolvimento global, a criança

deverá ser devidamente estimulada, orientada, deverá ter acesso a brinquedos e

materiais apropriados e, deverá receber trocas interpessoais de qualidade. Só assim

poderá atingir um crescimento saudável, adequado e eficaz!

No sentido de se perceber a importância da actividade de uma creche na vida de

um bebé, o projecto Milwaukee foi aplicado a bebés com o objectivo de perceber até

que ponto se justifica ou não a estimulação precoce. Conclui-se que “a experiência

precoce é um dos ingredientes cruciais para o crescimento cognitivo”9, bem como do

crescimento emocional, que se consegue através das condições ambientais.

8 Sprinthall, Norma A.; Sprinhall, Richard C. ; Psicologia Educacional , McGrawHill; pag. 82 9 Idem, pag. 87

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 26 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Segunda Infância: Dos 3 – 5 Anos

Já quando falamos de crianças em idade pré-escolar, depreendemos que as

implicações educativas deverão atender estádios de desenvolvimento mais específicos.

As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar definidas pelo

Ministério da Educação contemplam todas as áreas de desenvolvimento infantil, que

devem ser tidos em linha de conta, aquando das práticas educativas dos educadores. De

facto, “o desenvolvimento da identidade passa pelo reconhecimento das características

individuais e pela compreensão das capacidades e limitações próprias de cada um,

quaisquer que estas sejam. Passam também pelo respeito pela diferença, que valoriza a

diversidade dos contributos”.10

Sabemos actualmente que o programa pré-escolar pode mudar as vidas das

crianças de níveis sócio-económicos mais desfavorecidos, de alto risco em termos

educativos bem como as suas famílias. Prova disso são os resultados de estudos

realizados nos Estados Unidos, com a implementação de programas como o Head Star e

o Perry.

Pode-se comprovar a importância da intervenção da escola em crianças de idade

pré-escolar, nomeadamente:

• Melhoria do sucesso escolar

• Diferenças de QI

• Sucesso sócio-económico

Esta fase é para a criança um momento de grande transformação. O vocabulário

e a capacidade de se exprimir evolui muito notoriamente, a criança começa a reproduzir

situações do seu dia-a-dia e a imitar o adulto, o que permite um ganhar de consciência

muito real e significativo. Nesta idade a criança começa a caminhar para atingir a

independência e adquirir a autonomia.

Importa que o ensino não seja demasiado formal e que a criança tenha tempo

para brincar, experimentar, socializar. Se o ensino for demasiado estruturado, pode-se

correr o risco de a criança se sentir inibida e, consequentemente, ver reduzida a sua

capacidade de se desenvolver saudável e harmoniosamente.

10 Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento de Educação Básica, P.54

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Terceira Infância: Dos 6 - 12 Anos

Em termos de escolaridade, estas faixas etárias correspondem aos 1º e 2º ciclos

do ensino básico.

É uma nova etapa, que se revela para a criança como um desafio: a sala de aula,

o grupo, o número de horas passado fora de casa e, sobretudo ao nível do 2º ciclo, toda

a organização que a estrutura de aulas e de horários implica. É um momento muito

impulsionador do fenómeno “socialização”, pois as crianças deixam-se de “monólogos

colectivos”, para a discussão genuína de temas. Agrupam-se preferencialmente de

acordo com o sexo e é sem dúvida um mundo de regras, esteriotipado, em que a

aquisição de novas competências é bem aceite e do seu interesse, pois torna-se

necessário decifrar os códigos das letras e números para aceder a inúmeras descobertas

e experiências. O desenvolvimento pessoal e emocional tem um incremento muito

significativo.

As crianças estão também muito motivadas para a competência pessoal, ou seja,

gostam e têm necessidade de participar em actividades desportivas, de participar em

novas experiências. De facto “é nesta altura que a necessidade de a criança funcionar e

adquirir activamente múltiplas competências afecta ao máximo o seu sentido de mestria

pessoal”.11

Adolescência: Dos 13 Anos Ao Ensino Superior

É uma fase que marca profundamente o desenvolvimento pessoal do jovem, pois

regista-se um acentuado desenvolvimento cognitivo que o faz compreender e pensar de

forma diferente. Associado a uma mudança cognitiva, o aspecto fisiológico e glandular

desta etapa, condicionam fortes mudanças psicológicas. De facto, a adolescência

caracteriza-se por tudo girar em torno da mudança.

Esta é pois a altura em que o adolescente começa a experimentar o mundo de

forma diferente: compreende, sente, vive emoções, compara aquilo que é objectivo com

11 Sprinthall, Norma A.; Sprinhall, Richard C. ; Psicologia Educacional , McGrawHill; pag. 150

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 28 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

subjectivo. Todo este processo de aquisição de maturidade permite ao jovem

compreender a sua própria identidade enquanto pessoa, ao mesmo tempo que começa a

ter uma noção mais abrangente dos outros. Contudo este processo não é tão simples

como aparenta, cabendo ao adulto a missão de apoiar e compreender sobretudo o

momento mais difícil desta etapa, que está associada à crise de identidade pessoal, que

não é mais do que a definição que fazemos de nós próprios e a forma como nos vemos e

como somos vistos pelos outros. Em termos de ocupação durante esta fase etária, é

importante que os programas escolares sejam variados e que possibilitem trocas e

experiências, responsabilizando o jovem e auxiliando-o simultaneamente a no

desenvolvimento da maturação psicológica. Esses programas deverão ser sempre

orientados por adultos, que deverão ajudar o jovem a reflectir sobre o que está a

aprender e a tirar conclusões. “Os anos de ensino superior representam uma

continuação do desenvolvimento adolescente. Estes anos servem, em muitos casos,

como um período de moratória, durante o qual os alunos experimentam aspectos da sua

identidade sem estabelecerem um compromisso adulto.”12

Análise:

Como consequência de uma educação infantil precoce, consegue-se melhores

resultados académicos nos graus de ensino seguintes. De facto, “a troco de um pequeno

investimento inicial, a sociedade pode recolher dividendos enormes e regulares nos anos

posteriores”.13

“Daí decorre que é possível, atendendo às solicitações sociais, e ao nível de

desenvolvimento da criança, intencionalizar desde logo a prática educativa.”14

Com base em resultados são significativos, entendemos que a Educação de

Infância deve ocupar um lugar de destaque no âmbito social. O investimento em

ambientes educativos deverá ser uma prioridade, uma vez que atenuam a exclusão

social, as diferenças sócio-económicas e promovem a responsabilidade social,

orientando o jovem para o sucesso profissional.

12 Idem, pag. 162 13 Idem, pag. 86 14 Martins, Margarida Alves (1998), X Colóquio de Psicologia e Educação, Educação Pré-Escolar: Modelos, Investigação e Práticas Educativas. Lisboa: ISPA, pag. 193

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.1.2. Indicadores

Nas questões relacionadas com a infância e a juventude, as questões que os parceiros da

Comissão Social de Freguesia de Moscavide (Tabela , pag. 14 e pag. 16)

identificaram dizem respeito a: instalações desadequadas e insuficientes para

resposta às necessidades das famílias da freguesia e falta de espaços de recreio que

possibilitem a prática de actividades ao ar livre. Para análise destas questões foram

analisados os seguintes indicadores:

Dados Estatísticos (Censos 2001);

Entrevistas exploratórias junto dos parceiros

Inquéritos realizados a jovens (nascidos entre 1985 e 1992)

Análise da Carta Educativa do Concelho de Loures

Outros dados

DADOS ESTATÍSTICOS:

• População dos 0 aos 19 anos residente na freguesia em 2001- 1527 indivíduos

• Dimensão das famílias clássicas residentes na freguesia em 2001

• Taxas de cobertura e de escolarização no Concelho de Loures em 1991/92;

2001/02 e 2004/05

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 30 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

População Residente Por Escalões Etários (Dos 0 Aos 19)

Freguesias 0-2 3-5 6-9 10-11 12-14 15-17 18-19

Apelação 259 238 357 193 32 305 198

Bobadela 193 181 288 157 232 278 225

Bucelas 119 129 181 93 159 142 113

Camarate 634 551 860 404 682 769 618

Fanhões 79 74 120 50 98 91 90

Frielas 136 91 129 62 99 137 92

Loures 897 829 1072 537 763 831 640

Lousa 90 95 131 60 98 132 86

Moscavide 263 233 269 139 169 230 224

Portela 374 343 517 256 463 528 521

Prior Velho 267 267 330 184 231 256 169

Sacavém 606 533 712 344 477 544 436

Sta. Iria Azóia 680 541 665 312 515 540 501

Sto. Antão do Tojal 108 121 161 88 152 163 138

Sto. António dos

Cavaleiros

857 772 1165 562 822 858 622

S. João da Talha 541 488 684 430 591 783 612

S. Julião do Tojal 103 116 162 87 152 158 121

Unhos 422 396 495 278 425 445 357

Concelho de Loures 6628 5998 8298 4236 6160 7190 5763

Fonte: DIG, 2001

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 31 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico: Famílias clássicas com 3 ou 4 pessoas

Famílias Clássicas com 3 ou 4 pessoas

8431546

787

3090

409

420

4256

534

2685996

2807

3118

679

3828

3415

4831768

1699Moscavide

Apelação

Bobadela

Bucelas

Camarate

Fanhões

Frielas

Loures

Lousa

Moscavide

Portela

Prior Velho

Sacavém

Sta. Iria Azóia

Sto. Antão do Tojal

Sto. António dosCavaleirosS. João da Talha

S. Julião do Tojal

Unhos

Fonte: DIG, 2001

A análise deste gráfico permite-nos observar que ao nível do Concelho de

Loures, a Freguesia de Moscavide fica em 9º posição, no que diz respeito a famílias

clássicas. Com esta designação, pretende-se identificar casais que têm 1 ou 2 filhos

menores.

O gráfico seguinte permite ilustrar a distribuição das famílias clássicas

residentes na freguesia, permitindo-se destacar que a maior incidência ressalva nos

casais sem filhos.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 32 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico: Dimensão das Famílias Clássicas

6 67

1126

329

15123 5

16838

0

200

400

600

800

1000

1200

Número

Dimensão das Famílias de Moscavide

Homem com crianças

Mulher com crianças

Casal sem crianças

Casal com 1 criança

Casal com 2 crianças

Casal com 3 crianças

Casal com 4 ou mais crianças

Três ou mais pessoas e 1criançaTrês ou mais pessoas e 2 oumais crianças

Fonte: DIG, 2001

Tabela: Taxas Brutas de Cobertura e de Escolarização no Concelho de Loures em

1991/1992 na Rede Pública e Privada GRAU DE

ENSINO

RESIDENTES NO

CONCELHO (Censos

1991)

FREQUÊNCIA

1991/1992

TAXA BRUTA ESCOLARIZAÇÃO

91/92

Pré-escolar

(3 – 5 anos)

6329

1554

24,6

1º Ciclo

(6 – 9 anos)

10251

9065

88,4

2º, 3º Ciclos

(10 –14 anos)

15825

14316

90,5

Secundário

(15 – 9 anos)

17050

4782

28,0

Concelho

(3 - 19 anos)

49455

29717

60,1

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 33 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Tabela: Taxas Brutas de Cobertura e de Escolarização no Concelho de Loures

em 2001/02 na Rede Pública e Privada

GRAU

DE

ENSINO

RESIDENTES

NO

CONCELHO

(Censos 2001)

ESTATUTO

JURÍDICO

FREQUÊNCIA

2001/2002

FREQUÊNCIA

2001/2002

%

TAXA BRUTA

ESCOLARIZAÇÃO

01/02

Pré-escolar

(3 – 5

anos)

5998

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

1479

1780

3259

45,4

54,6

100,0

24,7

29,7

54,3

1º Ciclo

(6 – 9

anos)

8298

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

8167

750

8917

91,6

8,4

100,0

98,4

9,0

107,5

2º, 3º

Ciclos

(10 –14

anos)

10686

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

9999

641

10640

94,0

6,0

100,0

93,6

6,0

99,6

Secundário

(15 – 9

anos)

12953

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

4035

660

4695

85,9

14,1

100,0

31,2

5,1

36,2

Concelho

(3 - 19

anos)

37935

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

23680

3831

27511

86,1

13,9

100,0

62,4

10,1

72,5

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 34 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Taxas Brutas de Cobertura e de Escolarização no Concelho de Loures em 2004/05 na

Rede Pública e Privada

GRAU

DE

ENSINO

RESIDENTES

NO

CONCELHO

(Censos 2001)

ESTATUTO

JURÍDICO

FREQUÊNCIA

2004/2005

FREQUÊNCIA

2004/2005

%

TAXA BRUTA

ESCOLARIZAÇÃO

04/05

Pré-escolar

(3 – 5

anos)

5998

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

1589

2691

4280

37,1

33,8

100,0

26,5

44,9

71,4

1º Ciclo

(6 – 9

anos)

8298

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

7966

831

8799

90,6

8,4

100,0

96,0

10,0

106,0

2º, 3º

Ciclos

(10 –14

anos)

10686

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

9885

538

10423

94,8

14,9

100,0

92,5

5,0

97,5

Secundário

(15 – 9

anos)

12953

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

3600

594

4194

85,8

2,6

100,0

27,8

4,6

32,4

Concelho

(3 - 19

anos)

37935

PÚBLICA

PRIVADA

SUB-

TOTAL

23040

4654

27694

83,2

16,8

100,0

60,7

12,3

73,0

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 35 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Equipamentos Para A Infância na Freguesia De Moscavide

Instituição

Valência Nº de

Crianças

Lista de

Espera

Horário

Creche (sem Berçário) 15 25

Jardim de Infância 36 19

Associação Vida

Abundante

A T L 30 4

7h30

às

19h30

Creche (com Berçário) 50 179

Jardim de Infância 35 235

Creche Popular de

Moscavide

A T L 65 196

7h30

às

20h00

Creche (sem Berçário) 45 255 Centro Social e

Paroquial de

Moscavide Jardim de Infância 145 250

7h30

às

19h30

Jardim de Infância

da J.F. Moscavide

Jardim de Infância

100

217

7h30 –

19h00

E.B. 1 Nº de

Moscavide

Ensino Básico 270 8h00 às

18h15

E.B. 1 Nº 2 de

Moscavide

Jardim de Infância

Ensino Básico

20

170

9h00 às

18h00

Outros serviços destinados a apoiarem a população jovem da freguesia de

Moscavide:

• Associação de Jovens de Moscavide

• Atlético Clube de Moscavide

• Bombeiros Voluntários de Moscavide

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 36 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Análise De Dados Relativos À Escolarização Na Freguesia De Moscavide:

• Educação pré-escolar Moscavide recebe em percentagem

mais crianças de fora da Freguesia

• 1º Ciclo

“No que concerne a Moscavide e Portela, esta dinâmica poderá estar relacionada com

a forte implementação do sector terciário e a optimização da rede de acessibilidades,

que se têm vindo a constituir como factores de atracção para a população de outros

concelhos limítrofes, nomeadamente Lisboa e Vila Franca de Xira.” 15

• 2º, 3º Ciclo

Inexistente em Moscavide

• Ensino Secundário

Previsões Para O Ano De 2015, Por Níveis De Ensino, Ao Nível Da Freguesia De

Moscavide (Dados Retirados Da Carta Educativa 2005)

FREGUESIA TOTAL

RESIDENTES

PRÉ-

ESCOLAR

1º CICLO 2º, 3º CICLO SECUNDÁRIO

Moscavide 14233 264 320 371 453

Recursos:

A importância de equipamentos culturais, recreativos e desportivos e também espaços

ao ar livre adquirem factor importante no desenvolvimento da criança e do jovem na sua

qualidade de vida. Assistimos este ano ao aparecimento de dois parques infantis na

15 Carta Educativa do Concelho de Loures - 2005

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 37 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

freguesia, que vieram reforçar o já existente e permitem uma melhor distribuição das

áreas de utilização. Dão resposta às crianças da freguesia e também às das instituições.

Foi criado uma zona de circulação de bicicletas, possibilitando a prática desta

modalidade em segurança.

O Atlético Clube de Moscavide e os Bombeiros realizam várias actividades de âmbito

desportivo e este ano a Associação de Jovens de Moscavide vai lançar a actividade de

“escolinha de futsal”. A Junta de Freguesia tem aulas de dança. A freguesia começa a

aumentar o seu leque de oferta ao nível desportivo.

A Associação de Jovens procura dar resposta de qualidade ao nível do apoio académico

e extra-curricular. Além de ter a gestão de um espaço de leitura – biblioteca,

disponibiliza espaço net, tem uma área multimédia e uma área de estudo. A AJM

organiza actividades lúdico-culturais e desportivas para o seu target, que é

essencialmente a camada juvenil da freguesia.

Foi realizado um inquérito junto de 60 jovens com idades compreendidas entre os 13 e

os 20 anos, com o objectivo de se apurar quais são os centros de interesse e as

preferências actuais dos nossos jovens.

Polos de interesse da Juventude

05

101520253035404550

Activid

ades

radic

ais

Despo

rto A

ventu

ra

Despo

rto (G

eral)

Ecolog

ia

Cinema

Intern

et e C

ompu

tadore

s

Jogo

s e P

assa

tempo

s

Música

Cultur

a

Viagen

s

Litera

tura

ArteMod

a

Espec

táculo

s

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 38 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.1.3. CONCLUSÃO

De acordo com os censos de 1991 e de 2001, com os dados relativos à população

residente e com os dados da Carta Educativa conseguimos apurar:

• Decréscimo da população residente

• Elevado número de casais sem filhos

• Falta de creches com berçário

• Aumento da escolarização essencialmente ao nível do pré-escolar

• Falta de escolas a partir do 2º ciclo de escolaridade

Análise às questões identificadas:

o Dos 0 aos 10 anos as respostas para a infância na Freguesia atenuam

dificuldades sociais, proporcionam oportunidades de combate à exclusão

social e dão uma resposta eficaz ao nível sócio-educativo.

o Às dificuldades suscitadas pelos espaços físicos das instituições, verifica-

se que as mesmas se organizam e implicam um esforço humano para

proporcionar aos seus utentes variedade educativa:

Organização de passeios e de visitas de estudo

Utilização dos recursos da Freguesia (jardim, parques infantis,

Centro Cultural)

Promoção de actividades extra-curriculares

Diversidade no desenvolvimento das actividades lúdico-

pedagógicas

Moscavide também terá de pensar nos tempos vindouros… prevenir é a melhor forma

de intervir socialmente. E, se há estudos que comprovam a eficácia da educação precoce

na vida social, então deverá estar presente a possibilidade de as Instituições inseridas no

plano actual poderem alargar os seus serviços, e de se reunirem estratégias que

permitam a renovação ou melhoria dos equipamentos existentes.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 39 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.2. Área Temática 2: Terceira Idade IV.2.1. Enquadramento Teórico

Mitos relacionados com a velhice16:

-A maioria dos idosos é senil ou doente. A maior parte dos idosos não é mentalmente

perturbada e apenas 4 a 5 % dos idosos com mais de 65 anos estão institucionalizados.

Esta proporção aumenta ligeiramente depois dos 75 anos e, sobretudo, depois dos 85

anos. O envelhecimento normal não afecta as faculdades mentais de uma forma

previsível.

- A maior parte dos idosos é infeliz. Estudos demonstram que o nível de satisfação de

vida dos idosos é relativamente elevado… comparável ao dos adultos.

- A maior parte dos idosos está doente e tem necessidade de ajuda para as suas

necessidades quotidianas. Pelo contrário a dependência faz parte das diversas fases da

vida.

-Os idosos mantêm obstinadamente os seus hábitos de vida, são conservadores e

incapazes de mudar. É verdade que as pessoas idosas são mais estáveis, mas os idosos

não recusam totalmente a mudança, quando surgem coisas novas também são capazes

de mudar.

-Todos os idosos se assemelham. Isto é falso. À medida que o ser humano envelhece,

diferencia-se dos outros sob diversos aspectos (humor, personalidade, filosofia pessoal,

etc)

16 Fonte: Fernandes, Purificação (2002); A depressão no Idoso”( 2ª ed), Lisboa: Quarteto Editora, p.27-29

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 40 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Por fim, e este é sem dúvida um dos mitos mais difíceis de esclarecer, já que os

estudos são contraditórios no que se refere à solidão e isolamento e que tem a ver com o

mito de que a maioria dos idosos está isolada e sofre de solidão - Os estudos provam,

pelo contrário, que um grande número de idosos mantém elos de amizade, permanece

em contacto estreito com a família e participa regularmente em actividades sociais.

Quando se aborda a problemática da solidão, convém não perdemos de vista que, não

obstante constituir um sentimento significativamente presente a nível dos idosos, há que

ter em conta que diferentes pessoas, em diferentes situações, podem experimentar

diferentes sentimentos de solidão, constituindo uma experiência subjectiva susceptível

de ser sentida, não apenas quando se está sozinho, mas também quando nos sentimos

acompanhados de pessoas com as quais não desejamos estar.

As pessoas queixam-se de solidão quando o tipo de relações que têm é reduzido

e pouco satisfatório ou quando perdem o cônjuge por exemplo. Uma relação

harmoniosa com outros indivíduos, com quem se partilhem vários interessas, substitui

muitas vezes com vantagens, as relações de dependência pais-filhos.

O Idoso na Sociedade Actual17

A velhice assume uma identidade própria, onde os idosos se encontram colectivamente

identificados como um grupo etário com direito a prestações financeiras, de certo modo

como contrapartida à perda do estatuto do mesmo activo, dependentes financeiramente

da sociedade e representando um sub-capital humano.

É hoje um facto aceite por quase todos os países do mundo ocidental a

necessidade de implementar uma política económica, social e familiar que possa trazer

equilíbrios aos “arranjos” sociais em crise.

Fomentar medidas que voltem a três ou mais gerações, é permitir que crianças e

adolescentes encontrem referências aos valores universais na fase de construção da

personalidade e da modelação do carácter.

17 Fonte: Fernandes, Purificação (2002); A depressão no Idoso”( 2ª ed), Lisboa: Quarteto Editora, p.51-53

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 41 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Outro factor a considerar é a criação de condições para manter os idosos em

actividade, mesmo sendo reformados. Este aspecto coloca-nos perante uma das mais

complexas situações da actualidade que se traduz pela crescente diminuição da relação

entre o número de trabalhadores e dos dependentes. Esta constatação implica que se

reveja a possibilidade de utilização dos chamados “reformados” em áreas para que

tenham apetência e competência.

Desenvolver esforços no sentido de prolongar a vida humana, então oferecer as

condições adequadas aos idosos para viver com bem-estar, é um importante desafio que

se coloca a toda a sociedade.

A visão preconceituosa e negativa que prevalece na nossa sociedade, está

constantemente a ser reforçada. As expectativas negativas que esta situação engendra,

relegam o grupo dos idosos para um grupo social problemático. Envelhecer torna-se,

por si só, um problema. A forma como a sociedade considera a velhice afecta o juízo

que os idosos fazem de si mesmos.

A atitude social negativa impede as pessoas idosas de apreciarem e assumirem

os valores positivos da velhice. A integração social dos idosos é o caminho para lhes

reduzir a dependência, preservar a auto-confiança e contribuir de forma positiva para

prosperidade da mesma.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 42 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.2.2. Indicadores

No que concerne ao problema levantado pelos parceiros em reunião da

Comissão Social da Freguesia de Moscavide, e que se referem: Falta de

Acompanhamento do Idoso a nível Psicológico (Solidão e Isolamento) e Falta de

Valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliário, foram analisados vários

indicadores, nomeadamente:

Dados Estatísticos (Censos 2001);

Análise de Questionários sobre os Tempos Livres, realizados no Gabinete de

Apoio ao Idoso;

Análise do Estudo realizado no gabinete de Apoio ao Idoso: “A importância do

suporte social18 na qualidade de vida19 do idoso- Contexto Urbano vs Contexto

Rural”

DADOS ESTATÍSTICOS:

• População residente na freguesia com mais de 65 anos em 1991-2592 indivíduos

17,9 %20

• População residente na freguesia com mais de 65 anos em 2001-3312 indivíduos

27, 2%21

• A freguesia de Moscavide (2001) tem a mais elevada percentagem de idosos de

todo o Concelho de Loures

18 House (1981), definiu suporte social como integrando um conjunto de relações interpessoais que envolvem as preocupações emocionais do indivíduo, a ajuda, o acesso a informação e o seu reconhecimento pelos outros. Dunst e Trivette (1990), afirma que existem duas fontes de suporte social: suporte social formal, constituído por uma rede, que inclui hospitais e serviços de saúde e o suporte social informal que inclui os amigos, a família, os vizinhos, no fundo todos os que fornecem ou podem fornecer suporte no dia-a-dia, tanto em acontecimentoss normais como extraordinários. 19 A Organização Mundial de Saúde define qualidade de vida como a percepção que o indivíduo tem da sua posição na vida, contexto cultural e no sistema de valores em que se integra, tendo em conta os seus objectivos, expectativas e preocupações. 20 Fonte INE 21 Fonte INE

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 43 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

População Residente com mais de 65 anos na Freguesia de Moscavide

Total Homens Mulheres

+65 65-74 +75 +65 65-74 +75 +65 65-74 +75

Moscavide 3.312 2.046 1.266 1.331 862 469 1981 1.184 797

Fonte: DIG, 2001

Tabela: Índice De Envelhecimento Do Concelho (%)

Freguesias Índice em 1991 (%) Índice em 2001 (%)

Apelação 51.33 47.91

Bobadela 46.75 121.90

Bucelas 82.69 131.70

Camarate 33.48 74.05

Fanhões 68.20 115.98

Frielas 32.51 45.13

Loures 57.28 75.94

Lousa 104.40 137.14

Moscavide 181.13 326.63

Portela 28.91 88.32

Prior Velho 48.08 56.41

Sacavém 67.20 91.21

Sta. Iria Azóia 40.02 83.07

Sto. Antão do Tojal 61.32 121.47

Sto. António dos Cavaleiros 22.78 43.04

S. João da Talha 21.63 61.92

S. Julião do Tojal 58.82 107.73

Unhos 23.32 49.31

Concelho de Loures 41.30 90.8

Fonte: DIG, 2001

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 44 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico: Índice de Envelhecimento, entre 1991-2001, Freguesia de Moscavide (%)22

Moscavide

18

27

0

5

10

15

20

25

30

% Idosos 1991 % Idosos 2001

Moscavide

Fonte: INE

Famílias Com Idosos No Concelho De Loures, Nomeadamente Na Freguesia De

Moscavide (Nº)

Gráfico: Famílias com 1 pessoa com mais de 65 anos-Masculino

Famílias com 1 pessoa com mais de 65 anos-Masculino14 52

55

85

24

9

95

36

1403943

99

85

32

52

4723 40

ApelaçãoBobadelaBucelasCamarateFanhõesFrielasLouresLousaMoscavidePortelaPrior VelhoSacavémSta. Iria AzóiaS. Antão do TojalS. Ant. CavaleirosS. João da TalhaS. Julião do TojalUnhos

Fonte: INE, 2001 22 Nota: Em relação a todas as freguesias do concelho de Loures, Moscavide foi aquela que durante a década de 1991 e 2001 maior aumento do número do número de idosos. Proporcionalmente o número de Activos diminui nesta década.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 45 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico: Famílias com 1 pessoa com mais de 65 anos- Feminino

Famílias com 1 pessoa com mais de 65 anos-Feminino

60 161132

286

8735

393

89

658130

144

340

210

103

203108 65 128

ApelaçãoBobadelaBucelasCamarateFanhõesFrielasLouresLousaMoscavidePortelaPrior VelhoSacavémSta. Iria AzóiaS. Antão do TojalS. Ant. CavaleirosS. João da TalhaS. Julião do TojalUnhos

Fonte: INE, 2001

Gráfico: Famílias com 2 pessoas, ambas ou uma delas com mais de 65 anos

Família com 2 pessoas, ambas ou 1 delas com mais de 65 anos

155 381272

653

14963

837

191

1099459196

731

668

220

515

462168 290

ApelaçãoBobadelaBucelasCamarateFanhõesFrielasLouresLousaMoscavidePortelaPrior VelhoSacavémSta. Iria AzóiaS. Antão do TojalS. Ant. CavaleirosS. João da TalhaS. Julião do TojalUnhos

Fonte: INE, 2001

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 46 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico: Total de Idosos p/ freguesia

Total de Idosos p/freguesia

229 594459

1024

260107

1325

316

1897628383

1170

963

355

770

617256 458

ApelaçãoBobadelaBucelasCamarateFanhõesFrielasLouresLousaMoscavidePortelaPrior VelhoSacavémSta. Iria AzóiaS. Antão do TojalS. Ant. CavaleirosS. João da TalhaS. Julião do TojalUnhos

Fonte: INE, 2001

Tabela: Equipamentos Para A Terceira Idade Na Freguesia De Moscavide

Nome da Instituição Valência Nº de Idosos Horário

Centro de Dia -Almoço 25

CURPIM Centro de Dia-Convívio 150

14h00-18h00

Centro de Dia 60 8h30-18h30

Centro de Convívio 67 7h30-19h30

Centro Social e Paroquial

de Moscavide

Apoio Domiciliário 35 8h30-17h00

Gabinete Médico

Gabinete de Enfermagem

Gabinete de Apoio ao Idoso

Consulta Pé Diabético

Centro de Dia Social e

Comunitário da Junta de

Freg. Moscavide

Apoio Jurídico

Estão

registados

1024 *

utentes

8h00-17h00

Associação Vida Abundante

Apoio Domiciliário

16

7h30-19h30

Sta. Casa da Misericórdia

Apoio Domiciliário

22

9h00-17h00

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 47 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

*Nota: Relativamente ao centro de Dia Social e Comunitário da Junta de Freguesia de Moscavide, e de

acordo com as respectivas valências, registam-se:

-Média de Atendimento do Gabinete Médico: 52 utentes/mês

-Média de Atendimento do Gabinete de Enfermagem: 128 utentes/mês

-Média de Atendimento do Gabinete de Apoio ao Idoso: 6 utentes/mês

-Média de Atendimento da Consulta de Pé Diabético: 58 utentes/mês

Outros serviços destinados a apoiarem a população idosa da freguesia de

Moscavide:

• PSP Moscavide- Gabinete de Atendimento ao Idoso

• Junta de Freguesia de Moscavide- Oficina do Reformado

ANÁLISE DO ESTUDO:

A importância do suporte social23 na qualidade de vida24 do idoso –

Contexto Urbano vs Contexto Rural”25

Objectivo do Estudo: O presente estudo, teve como objectivo conhecer a qualidade de

vida dos idosos, a importância do suporte social na qualidade de vida e a influência do

contexto de residência nestes dois aspectos da vida nesta faixa etária.

Metodologia: Aplicação de três questionários26. Posteriormente foi utilizado o

programa estatístico, SSPS.

23 House (1981), definiu suporte social como integrando um conjunto de relações interpessoais que envolvem as preocupações emocionais do indivíduo, a ajuda, o acesso a informação e o seu reconhecimento pelos outros. Dunst e Trivette (1990), afirma que existem duas fontes de suporte social: suporte social formal, constituído por uma rede, que inclui hospitais e serviços de saúde e o suporte social informal que inclui os amigos, a família, os vizinhos, no fundo todos os que fornecem ou podem fornecer suporte no dia-a-dia, tanto em acontecimentos normais como extraordinários. 24 A Organização Mundial de Saúde define qualidade de vida como a percepção que o indivíduo tem da sua posição na vida, contexto cultural e no sistema de valores em que se integra, tendo em conta os seus objectivos, expectativas e preocupações. 25 Investigação levada a efeito no Gabinete de Apoio ao Idoso, do Centro de Dia Social e Comunitário da Junta de Freguesia de Moscavide, pela Dra. Catarina Santos, Psicóloga Clínica 26 Questionários Utilizados: um de caracterização da população, outro para avaliar a qualidade de vida, o MOS-Short-Form General Health Survey e um terceiro para avaliar o suporte social, o SSQ6.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 48 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Amostra:

Constituída por 80 indivíduos com idades superiores a sesenta e cinco anos, sendo 50%

do sexo feminino e 50% do sexo masculino, distribuídos por 2 grupos:

-40 idosos residentes no Baixo Alentejo (Baleizão); 20 sexo masculino e 20 do

sexo feminino

-40 idosos residentes em Moscavide, sendo vinte do sexo masculino e vinte do

sexo feminino

Análise:

A Variável Estado Civil, mostra que em ambos os grupos a maioria dos idosos

está casada (52.5%), no entanto de forma muito próxima, com uma percentagem

de 35.25 (na amostra total) encontram-se os idosos viúvos.

A variável Número de Filhos, a maioria dos idosos dos dois grupos têm dois

filhos (38, 75%) e vinte por cento dos idosos tem apenas um filho, no entanto há

que salientar que uma percentagem significativa (18,75%) não tem filhos.

A variável Distância Sentida da Residência dos Filhos, a maioria dos idosos

considera que os filhos estão perto, embora uma percentagem considerável

(38,75%), considera que os filhos estão a uma distância média.

No que se refere à variável da Residência Actual, encontraram-se diferenças

significativas nos dois grupos, sendo que no Grupo de Moscavide a percentagem

de idosos a residir em casa alugada é bastante significativa (42,5%) quando

comparada com o Grupo de Baleizão (1.5%).

Na variável Com Quem Vive, a maioria dos idosos vive com o Cônjuge

(41,25%) acrescidos dos que vivem com o cônjuge e filho ou filhos e neto (s)

(17,5%). No entanto, há que ter em conta que existe uma percentagem dos

idosos residem sós, o que no caso do Grupo de Moscavide representa 40%.

Relativamente à variável Habilitações Literárias, na sua maioria os idosos que

compõem a amostra total detêm o ensino básico completo. É importante referir

que muitas idosas de Moscavide, durante a entrevista referiram ter concluído o

ensino básico, já em adultas por questões relacionadas com a profissão.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 49 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Na variável da Profissão, existem diferenças evidentes, o Grupo de Baleizão, na

sua maioria trabalhou na agricultura (75.0%), no Grupo de Moscavide a maioria

dos idosos trabalhou na Indústria (40%) sendo estes valores ainda associados à

área dos serviços- Sector Terciário (32.5%). Neste caso é importante salientar

que as diferenças encontram-se intimamente ligadas com a localização

geográfica.

Relativamente à variável da Situação Económica, a distribuição é igual em

ambos os grupos, destacando-se que a maioria dos idosos considera ter uma

situação económica razoável, no entanto existe uma percentagem de 37.5% que

consideram ter uma situação económica precária.

Na variável Doença, os dois grepos encontram se muito próximos. Uma larga

maioria dos idosos (83.75%) afirma ter alguma doença, sendo as patologias mais

destacadas: Hipertensão arterial (HTA), Diabetes, Cataratas, Problemas

Respiratórios (asma, bronquite), Problemas cardíacos e Doenças dos Osssos

(reumatismos, artroses e coluna)

A variável Medicação, diz-nos que relativamente à medicação, embora na sua

maioria os idosos que compõem a amostra total na altura da recolha estivessem

a tomar medicação, destaca-se que no Grupo 1 (Baleizão) a percentagem de

idosos que não toma medicação (32.5%) é bastante superior à população do

Grupo 2 (Moscavide) que não toma medicação (12,5%). Há um factor a

destacar, é que para além das medicações tomadas para uma doença específica a

maioria dos idosos tomava ainda medicação para as dores. É importante referir

que os idosos do grupo 2 (Baleizão) afirmam que só vão ao médico quando

“estiverem muito doentes” e que “as dores do dia a dia vão-se aguentando”.

Igualmente o acesso à medicação é condicionado por factores económicos (os

valores remuneratórios ligados à reforma agrícola pleo trabalho agrícola são

muito mais baixos).

Os idosos residentes em Moscavide apresentam redes de suporte social mais

vastas, têm portanto uma melhor percepção do suporte social de que dispõem;

Relativamente à dimensão Qualidade de Vida-Funcionalidade, verifica-se que os

idosos residentes em Moscavide referem que os seus problemas de saúde t~em

influenciado menos os seus desempenhos de tarefas

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 50 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Na dimensão Qualidade de Vida- Percepção de Saúde, os idosos residentes em

Moscavide sentem que a sua saúde é melhor;

Na dimensão Qualidade de Vida-Dor, os idosos de Moscavide recorrem mais a

analgésicos para suportar as dores, muitos tomam este tipo de medicação como

tratamento preventivo;

Em relação à dimensão Qualidade de Vida-Funcionamento Físico, os idosos em

Moscavide apresentam um melhor funcionamento físico.

Na dimensão Qualidade de Vida-Funcionamento Social, verifica-se que os

idosos de Moscavide se diferenciam pela positiva

Na dimensão Qualidade de Vida e Saúde mental, os idosos de Moscavide

apresentam indicadores de uma melhor saúde mental;

Em relação á dimensão Qualidade de Vida-Total da Escala, verifica-se que os

idosos de Moscavide apresentam melhores índices de Qualidade de Vida.

ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS:

Ocupação dos Tempos Livres (Gabinete de Apoio ao Idoso)

Objectivo:

-Analisar como os idosos de Moscavide ocupam os seus Tempos livres;

-Analisar que actividades preferem;

-Analisar a sua participação nos ventos culturais de Moscavide

-Analisar como passam os seus fins de semana

Metodologia: Análise de um questionário sobre Ocupação de Tempos Livres

Amostra: 30 utentes (reformados e residentes na freguesia de Moscavide) do Centro de

Dia Social e Comunitário da Junta de Freguesia de Moscavide, com idades superiores

aos 55 anos, selecção aleatória de processos.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 51 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Análise:

Média de Idades: 71.33 anos

Total de Questionários respondidos pelo sexo Masculino: 07

Total de Questionários respondidos pelo sexo Masculino: 23

Gráfico: Estado Civil:

14

12

21 1

0

2

4

6

8

10

12

14

casados viúvos Divorciados Separados União de Facto

Gráfico: Número de Filhos:

11

16

3

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Com 1 filho Com mais de 1 filho Sem filhos

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 52 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Gráfico:Residência

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Habitação Própria Arrendado Não respondeu

a

Gráfico: Ocupação de Tempos Livres

2

10

61

1

2

3

7

Gosta de ler

Gosta de passear

Gosta de ver televisão

Gosta de jogos de grupo

Gosta de JogosindividuaisGosta de música

Outros Gostos

Não responderam

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 53 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Gráfico: Fins de Semana

0

2

4

6

8

10

Série1 9 4 1 3 2 2 9

Moscavide Casa Excursões Com os filhos

Fora de Moscavide

Passear Não respondera

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IV.2.3.Conclusão

A qualidade de vida é um conceito multidimensional que engloba os domínios da saúde

física, social e psicológica do indivíduo, que tem sido variavelmente descrita como

abrangendo capacidades de adaptação ao stress, a presença de redes sociais e de apoio e

integração social, satisfação com a vida, auto-estima e forma física.

- A qualidade de vida da terceira idade relaciona-se com a apreciação subjectiva que o

indivíduo estabelece em relação ao grau em que se encontram satisfeitas as suas

necessidades, sendo que estas englobam aspectos como a realização pessoal, o estado de

saúde, a vida social e familiar, a habitação, o nível de rendimentos, entre outras.

-É determinante proporcionar a mudança de comportamentos e atitudes para com os

idosos, quer na ajuda que pode prestar no sentido de uma melhor adaptação ao

“estatuto” de idoso, potenciando um envelhecimento integrado e uma melhor qualidade

de vida. Igualmente a criação de equipas multidisciplinares para explorar e intervir

nas problemáticas da Terceira Idade a nível comunitário e equipamentos que dêem

resposta às principais solicitações desta população.

- É também necessário realizarem-se uma série de alterações necessárias na nossa

sociedade, nomeadamente a nível comunitário, para que estes indivíduos sejam

valorizados quer pela sua experiência de vida, quer pelo que ainda nos podem oferecer,

tento em termos pessoais como nos aspectos colectivos. Daí a importância em alargar

contextos em que actualmente se inserem os nossos idosos, de forma a potenciar as

opções e se encontrar uma adequação ao papel do idoso na sociedade, que represente

uma continuidade em vez de ruptura.

-Os vários indicadores e estudos apresentados remetem-nos para a necessidade de

diferentes intervenções nos diferentes contextos, nomeadamente no que se refere à

exploração e intervenção a nível das redes de suporte.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 55 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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IV.3. Área Temática 3: Espaços Verdes ; Estacionamento e Limpeza Urbana IV.3.1.Enquadramento Teórico

As autarquias tentam desenvolver em parceria com as instituições locais e da

administração central um conjunto de projectos e programas que visam a qualificação

do ambiente físico (qualidade da água, do ar, saneamento básico, recolha e tratamento

de resíduos, espaços verdes, etc), a melhoria das condições de habitação, a construção

de equipamentos culturais, desportivos, de educação, de saúde, entre outros, com o

objectivo de promoverem a criação de ambientes que conduzem à saúde e bem estar das

pessoas.

É nestes princípios que se desenvolve a Rede Portuguesa das Cidades Saudáveis,

à qual Loures pretendeu ascender. Em Outubro de 1997, foi formalmente constituída a

Associação de Municípios Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis, reunindo um total de

9 Municípios, a saber: Amadora, Cartaxo, Coimbra, Leiria, Lisboa, Loures, Oeiras,

Seixal e Viana do Castelo.

A principal linha de orientação deste projecto, deseja uma alteração qualitativa

em todas as áreas promotoras de saúde, coordenando e desenvolvendo sinergias,

optimizando soluções e consolidando parcerias, de modo a permitir a operacionalização

de todos os meios disponíveis para que o Concelho de Loures ascenda à Qualidades

Saudável. O Projecto Loures Saudável é o instrumento que permitirá efectivar, em

parceria com a comunidade, a melhoria do estado de saúde da população do Concelho

de Loures27.

27 Os comportamentos saudáveis de uma população são estimulados através de todas as políticas e acções que têm como finalidade atingir as qualidades que a OMS definiu como necessárias para uma Cidade Saudável: - um ambiente físico de alta qualidade, limpo e seguro; um ecossistema que seja estável no presente e que se mantenha a longo prazo; uma comunidade forte, com apoio mútuo e sem exploração; um alto nível de participação e controle por parte do público sobre as decisões que afectam as suas vidas, saúde e bem estar; a satisfação de necessidade básicas (para a alimentação, água, abrigo, rendimentos, segurança e trabalho) para todas as pessoas da cidade; acesso a uma variedade maior de experiências e recursos, com a possibilidade de uma maior variedade de contactos, interacções e comunicação; uma economia municipal diversa, vital e inovadora; o encorajamento de conexões com o passado, com herança culturais e biológicas dos habitantes da cidade e de outros grupos e indivíduos; uma forma compatível e que aumente as características precedentes; um nível ideal de saúde pública adequada e serviços de saúde

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Assim, deve ser dentro destes princípios que devemos abordar os problemas de

Espaços Verdes ; Estacionamento e Limpeza Urbana, contudo, além das políticas de

parceria entre a Câmara Municipal de Loures e a freguesia de Moscavide com o

objectivo de melhorar a qualidade de vida dos habitantes de Moscavide, é preciso

analisar as especificidades e características de Moscavide e também os recursos de que

se dispõe, ou seja, este capítulo apresenta uma recolha de recursos existentes e de

algumas medidas.

acessíveis a todos; um nível alto de saúde; nível alto de educação; um nível satisfatório de igualdade de oportunidades, na sua vertente mais alargada, entre os cidadãos.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 57 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

IV.3.2. Indicadores:

Área Total: 1 Km2 (2001)

Densidade Populacional: 11 888.4 hab/Km2

População Residente: 12 184 indivíduos (2001)

Nº de Edifícios: 944

De acordo com a Tipologia de áreas Urbanas, Moscavide é descrita como Área

Predominantemente Urbana28, ou seja, Moscavide é considerada uma

Freguesia Urbana, porque possui densidade populacional superior a 500

hab/km2

Moscavide, como é possível verificar pelo gráfico (em baixo), tem uma das mais

pequenas áreas verdes do Concelho de Loures (2001): 3450 m2

IV.3.3. Análise das Áreas Temáticas

IV.3.3.1. Espaços Verdes

Espaços Verdes e Recreativos existentes na Freguesia de Moscavide:

Jardim Público de Moscavide com Parque Infantil;

Azinhaga Jogo da Bola (espaço requalificado em 2005)- espaço ajardinado, com

parque infantil e de convívio, permite andar de bicicleta.

Praceta José Gouveia (requalificação 2005)- espaço com lago, ajardinado e

parque infantil e de convívio.

Nota: Na futura Quinta dos Candeeiros estão também projectadas várias áreas de lazer

(parque infantil) e espaços verdes.

28 A tipologia de áreas urbanas, para fins estatísticos, é o resultado de um trabalho conjunto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pela Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU). A 158ª Deliberação do Conselho Superior de Estatística, publicada no Diário da República, IIª Série de 11 de Setembro de 1998 aprovou a referida tipologia bem como a aplicação da mesma às freguesias do Continente. A 185ª Deliberação do Conselho Superior de Estatística, publicada no Diário da República, II ª Série de 17 de Abril de 2000 aprovou a aplicação da mesma tipologia às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. A tipologia é compostapor três níveis, dos quais dois são urbanos:Áreas Predominantemente Urbanas (APU); Áreas Mediamente Urbanas (AMU); Áreas Predominantemente Rurais (APR).

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 58 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Tabela : Área Verde Existente no Concelho, por freguesia (2001)29

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000

Prior Velho

Lousa

Unhos

Moscavide

Fanhões

Frielas

S. Julião Tojal

Bucelas

Sta.Iria Azoia

Camarate

S.João da Talha

Sacavém

Apelação

Bobadela

S.Ant. cavaleiros

Portela

Sto. Antão do Tojal

Loures

Análise:

Relativamente a esta matéria, é preciso pensarmos que o ritmo da vida moderna

e o desenvolvimento das áreas urbanas têm produzido, ao nível do estilo de vida das

crianças profundas alterações, que se manifestam também ao nível da “Brincadeira”. A

falta de espaços verdes, a insegurança, a poluição, a falta de tempo dos pais e a vivência

em ambientes fechados, são alguns dos factores determinantes na alteração dos tipos e

momentos da “Brincadeira. Reforça-se, assim, mais uma vez, a ideia de um dos

capítulos (Infância e Juventude), que nos mostra que muitas escolas da freguesia

recorrem a espaços verdes da freguesia, na medida em que as instalações não permitem

ter nem têm esses espaços para que as crianças brinquem livremente.

Mas não só para as crianças, também os idosos, precisam de espaços para

caminhar, passear, conviver. Os idosos queixam se da solidão, por isso precisam de ter

29 Fonte: DOM/CML

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 59 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

relações harmoniosas com outros indivíduos e não deverá ser dentro de casa que as

conseguirá ter. Sabemos que a inactividade, a alteração do estatuto e perda de prestígio,

a passividade, porque não tem compromissos, leva a que os idosos se sintam cada vez

mais dependentes e vulneráveis.

Em ambos os casos, a criação de mais espaços verdes, beneficia a Freguesia, o

Concelho, mas acima de tudo beneficia os seus habitantes, a existência destes espaços

favorece a saúde, a aprendizagem (nas crianças), as relações sociais, combate a solidão

e o isolamento.

É certo que a criação de espaços verdes, não é o único caminho a tomar na

resolução destes problemas, mas é um caminho, caminho este que deve ser tomado

pelas autarquias, na criação de parques infantis e espaços verdes que proporcionem

ambientes saudáveis, apelativos e seguros e que no caso dos habitantes de Moscavide,

lhes permita descontrair do frenesim diário que é viver numa freguesia

predominantemente urbana, com tudo o que este conceito acarreta (poluição, ruído,

stress, insegurança, etc).

IV.3.3.2.Estacionamento Análise: Outro dos problemas levantados pela Comissão Social da Freguesia de Moscavide: a

dificuldade de estacionamento em Moscavide, e que influencia em muito a qualidade

de vida de todos os habitantes de Moscavide, nomeadamente ao nível da mobilidade e

circulação de pessoas e bens.

Zonas de Estacionamento Pago na Freguesia de Moscavide:

Avenida de Moscavide (do nº1 ao nº74)- Zona 301

Toda a vila de Moscavide à excepção da Zona 301 (cosntituída pelo troço

da Avenida de Moscavide entre o nº1 e o nº74)- Zona 311

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 60 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Zona 311

Zona 301 Inquérito30 realizado em Moscavide, pela Loures Parque foi possível apurar: SÍNTESE DAS CONCLUSÕES

N.º de Inquéritos recebidos: 691

N.º de pessoas adultas registadas a partir das respostas obtidas : 1531

N.º de viaturas: 897

SÍNTESE DAS CONCLUSÕES (cont.)

Utilização diária: 67%

Utilização semanal: 21%

Outra: 5%

Não respondem ao grau de utilização: 7%

N.º de viaturas abandonadas: 172

N.º da viaturas para venda: 147

Reformados: 17% das pessoas abrangidas nos Inquéritos respondidos

30 O Inquérito realizado em Moscavide foi algo condicionado por algumas dificuldades encontradas na sua execução por parte dos CTT; posteriormente apuraram-se os seus resultados e realizou-se uma reunião em 29.01.01 às 21.30 entre a Administração da Loures Parque e membros das Assembleia e Junta de Freguesia de Moscavide.À reunião solicitada pela Loures Parque compareceram os Presidentes dos dois Órgãos bem como alguns dos eleitos, pertencentes a todas as forças políticas.Foram apresentadas, pelos 3 administradores da Loures Parque, uma cópia do Relatório Final , uma Síntese e quadros resumo das conclusões do Inquérito à população de Moscavide realizado durante o mês de Dezembro de 2000.

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Intenção de compra de lugar em estacionamento subterrâneo junto ao Mercado

Sim: 29%

Não: 58%

Não respondem: 13%

Intenção de aluguer de lugar em estacionamento subterrâneo junto ao Mercado

Sim: 26%

Quanto (média): 5.803$00

(Não respondem (preço): 8%)

Não: 60%

Não respondem: 14%

Eventual Intenção de outros em pagarem estacionamento subterrâneo tarifado

junto ao Mercado

Sim: 66%

Não: 34%

Não respondem: 226

Dificuldades de estacionamento na rua

Não respondem: 32

Grande dificuldade em estacionar durante o dia: 78%

Grande dificuldade em estacionar de noite: 88%

Falta de marcação de lugares: 34%

Outra: 20%

Dificuldades de estacionamento na vila

Não respondem: 132

Grande dificuldade em estacionar durante o dia: 81%

Grande dificuldade em estacionar de noite: 90%

Falta de marcação de lugares: 27%

Outra: 18%

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 62 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Sugestões na rua

Não respondem: 94

Introduzir sistema tarifado, gratuito para residentes: 77%

Retirar as viaturas abandonadas ou para venda: 74%

Outras sugestões: 28%

Sugestões na vila

Não respondem: 65

Introduzir sistema tarifado ( gratuito para residentes): 83%

Introduzir sistema tarifado (gratuito para residentes) em apenas algumas

ruas de Moscavide: 14%

Introduzir sistema tarifado (gratuito para residentes) na maior parte das

ruas de Moscavide: 12%

Introduzir sistema tarifado (gratuito para residentes) em toda a vila de

Moscavide: 58%

Não introduzir sistema tarifado (gratuito para residentes) em toda a vila de

Moscavide: 11%

Retirar as viaturas abandonadas ou para venda: 77%

Reforçar a actuação da PSP para cumprimento da sinalização: 38%

Outras sugestões: 20%

PSP pode contribuir para melhoria da situação?

Sim: 53%

Não: 47%

Não respondem: 199

Deveria ser introduzido regulamento de cargas e descargas?

Sim: 54%

Não: 46%

Moscavide, sofre do mesmo mal que a maioria das cidades europeias, demasiado

tráfego, desordenamento urbano, poluição sonora e do ar e uma grande densidade

populacional para uma área geográfica de 1km2.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 63 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Diariamente vários cidadãos enfrentam filas intermináveis, demasiadas horas a

conduzir, stress, ansiedade, problemas em estacionar, mais o custo que isso acarreta.

Não é apenas um problemas de estacionamento que deve ser abordado, mas sim um

problema de qualidade de vida, não só dos cidadãos residentes, mas também dos

cidadãos que trabalham em Moscavide.

No caso da Freguesia de Moscavide, e de acordo com o inquérito realizado,

pudemos verificar que a maioria das pessoas (81%) tem grandes dificuldades em

estacionar durante o dia, mas este número aumenta à noite (90%); 53% dos inquiridos

considera que a PSP pode contribuir para a melhoria desta situação, e relativamente à

introdução de um regulamento de cargas e descargas, os valores dos inquiridos são

ténues, ou seja, 54% acha que sim, mas 46% acha que não.

Neste sentido, todos consideram que é preciso melhorar a mobilidade urbana,

contribuir para a consciencialização de todos os cidadãos relativamente aos efeitos

negativos que a actual tendência da mobilidade urbana gera no ambiente e na qualidade

de vida, assim deverá repensar-se nos benefícios que uma maior mobilidade urbana

pode trazer (várias melhorias, ao nível da saúde, ambiente, acessibilidades, economia) e

partir destas melhorias para uma Gestão da Mobilidade na Freguesia de Moscavide,

uma gestão que envolva parcerias de trabalho (autarquias/PSP/empresas/instituições) e

juntas reflictam em soluções.

IV.3.3.3. Limpeza Urbana31

A Divisão Limpeza Urbana do Departamento do Ambiente da Câmara

Municipal de Loures coordena as actividades de limpeza dos espaços públicos no

Concelho de Loures, em estreita cooperação com as 18 Juntas de Freguesia, com base

no enquadramento definido pelo Protocolo de Delegação de Competências da Câmara

Municipal para as Juntas de Freguesia.

31 Site da Câmara Municipal de Loures: www.cm-loures.pt

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Organização da Limpeza Urbana

A limpeza urbana está descentralizada nas 18 Juntas de Freguesia, que são responsáveis

pela limpeza manual dos espaços públicos.

A limpeza mecânica do Concelho está centralizada na Câmara Municipal.

Limpeza Manual

Trabalham diariamente na manutenção da limpeza dos espaços públicos do Concelho de

Loures 280 cantoneiros de limpeza (270 estão destacados nas Juntas de Freguesia e 10

constituem a Brigada Móvel da CMLoures).

Nas freguesias, são os encarregados de brigada dos serviços de limpeza que coordenam

a limpeza urbana e as equipas de cantoneiros.

Os utensílios utilizados diariamente na varredura manual são: vassouras, pás ancinhos,

sachos, ecotenazes, carrinhos de limpeza.

Limpeza Mecânica

A varredura mecânica do Concelho é periódica e está organizada em 4 tipos de circuitos

diferentes, num total de 43 circuitos implementados. Os circuitos de varredura

mecânica, encontram-se devidamente cartografados e digitalizados.

A frequência destes circuitos depende da sua tipologia, estando planeado que os

circuitos sejam bissemanais, semanais, ou quinzenais.

Relativamente à lavagem mecânica, é de referir que a sua periodicidade depende dos

núcleos urbanos em questão. A frequência é, em média, quinzenal.

A CMLoures possui quatro aspiradores de resíduos sólidos, utilizados para operações

pontuais de limpeza: folhas secas, resíduos de festas, limpeza de passeios e bermas...

Estes aspiradores são utilizados em algumas freguesias do concelho que apresentam

condições para a sua operação.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 65 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Mobiliário Urbano de Apoio à Limpeza de Espaços Públicos

Dispensadores

No concelho de Loures existem cerca de 130 dispensadores de sacos para remoção de

dejectos de canídeos, distribuídos pelas 18 freguesias.

Papeleiras

Existem nas ruas do concelho de Loures cerca de 3000 papeleiras, que servem para

depositar pequenas quantidades de lixo. Também têm uma chapa metálica onde se

podem apagar os cigarros, funcionando como um cinzeiro para deposição de beatas

previamente apagadas.

Educação Ambiental32

Círculo Mágico -Trata-se de um programa de apoio a iniciativas da comunidade escolar

que promovam a preservação do meio ambiente. Com o objectivo de despertar e

mobilizar este público para a importância das questões ecológicas, o programa tem

diversas actividades associadas, como são exemplos os “raids ambientais”, o jogo

“Cavaleiros do Círculo Mágico”, a campanha “Ajude o Ambrósio a manter a rua

limpinha”, entre outros.

Centro de Educação Ambiental –Centro onde são realizadas inúmeras actividades

como as “Oficinas do Ambiente” e as “Conversas com Ambiente”, entre outras, que têm

percorrido aquele espaço, levando miúdos e graúdos a tomar consciência da importância

das questões ambientais e dos seus “pequenos gestos”.

Mas se os meios logísticos e humanos à disposição da população são vitais para

a eficiência do processo de remoção de resíduos, as acções individuais de cada cidadão

não têm importância menor. Por isso, nunca é de mais repetir que só com a participação

de todos, de uma forma cívica e consentânea, só assim é possível melhorar

substantivamente a qualidade de vida e dos espaços públicos que utilizamos.

32 Site da Câmara Municipal de Loures: www.cm-loures.pt

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

V. Conclusão

Prioridades para um Desenvolvimento Social da Freguesia de Moscavide Na sequência do que foi já referido, esta Diagnóstico Social, deverá ter um

carácter de continuidade e de actualização constante, este trabalho reflecte uma

realidade que está em constante dinâmica e mudança, e por isso mesmo, deverá ser

adaptado às mudanças e às principais necessidades que se impõem.

Para a realização destas propostas e prioridades, foi essencialmente tido em

conta os vários indicadores apresentados e os estudos realizados na freguesia, e que

retratam a população nela existente.

Este documento não é estanque, mas sim aberto a novos contributos e propostas,

devendo ser mais um elemento orientador e que deve estar na base do desenvolvimento

de dinâmicas de Intervenção multidisciplinar.

Prioridades:

A implementação de respostas sociais que obedeçam a critérios de rigor,

racionalidade e qualidade, apoiando de forma afectiva as famílias; favorecendo

uma melhor conciliação entre a vida familiar e profissional e um melhor apoio a

situações de exclusão e vulnerabilidade social;

Reforçar a qualidade dos serviços prestados pelas instituições sociais, apostando

na sua inovação, qualidade e diversificação e na formação contínua dos seus

recursos humanos;

Desenvolver serviços de atendimento social, desencadeadores de iniciativas

integradas e participadas, promotoras das competências locais, individuais e

institucionais;

Construção de uma cultura organizacional, privilegiando actuações

mulidisciplinares e parcerias sólidas, apoiadas numa maior qualificação e

diversificação dos recursos humanos;

Desenvolver redes de voluntariado social, designadamente a partir das pessoas

idosas, rentabilizando os seus sabres;

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 67 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Apoiar a constituição de grupos de auto-ajuda, para apoio de situações

problemáticas: viuvez, doença (Alzheimer), problemas depressivos, entre outras.

Avaliar as potencialidades e constrangimentos das instituições locais e apoiá-las

na sua inovação e adequação.

Assegurar uma melhor cobertura de respostas sociais, aumentá-la e reforçar as

existentes, nomeadamente ao nível do apoio domiciliário, ocupação de tempos

livres, entre outras;

Melhorar as respostas ao nível da limpeza e higiene urbana de acordo com as

necessidades das populações;

Reforçar e desenvolver, coordenando sinergias, optimizando soluções e

consolidando parcerias, de modo a operacionalizar soluções nas áreas do

Estacionamento e Tráfego e Limpeza e Higiene Urbana;

Criar mais espaços verdes, parques infantis, em que estes se assumem como

local de criatividade, de convívio entre diferentes idades, de contacto e

descoberta da natureza e ao mesmo tempo um local seguro e de referência na

comunidade;

Desenvolver campanhas de sensibilização para as populações, e sensibiliza-las

para as várias problemáticas da freguesia, de modo a que todos os cidadãos

possam participar e ajudar, a participação da comunidade local pode tornar

possível a alteração de pequenos hábitos, promovendo a responsabilidade

partilhada.

Reforçar as acções promotoras de educação ambiental;

Construção de circuitos de comunicação entre as entidades locais, autarquia,

instituições sociais, grupos desportivos, PSP, Centro de Saúde, Segurança

Social, entre outras de forma a ajustar as respostas de acordo com as

necessidades, evitando a duplicidade de respostas, melhorando o atendimento e

solicitações dos cidadãos e aumentando as respostas.

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 68 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

VI.BIBLIOGRAFIA

• A Importância do Suporte Social na Qualidade de Vida do Idoso- Contexto

Urbano Vs Contexto Rural (Monografia)- Catarina Santos, Universidade

Independente, Novembro de 2003.

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Europeia anti-pobreza (Outubro. 2004)

• American Psyquiatric Association (1996). DSM-IV-Manual de Diagnóstico e

Estatística das Perturbações MentaisI, 4ª Edição. Lisboa: Climpepsi Editores.

• Barreto, J. (1984); Envelhecimento e Saúde Mental;Porto: FMP

• Barreto, J. (1988). Aspectos Psicológicos do Envelhecimento.Psicologia VI (2)

Porto: FMP

• Bennet, P. & Murphy,S. (1999). Psicologia e Promoção da Saúde. Lisboa:

Climepsi Editores

• Bize, R.P., Vallier, C. (1985).Uma Vida Nova: a terceira idade, Verbo,

Lisboa/São Paulo.

• Caldeira, C. (1978).Socioterapia na Velhice.Lisboa: Ciba-Geigy

• Câmara Municipal de Loures (1996). Jovens de Hoje e de Aqui. Loures:

Departamento Sócio-Cultural, Cadernos Estudos Locais

• Carta de Equipamentos para Idosos, Dezembro de 1997- Câmara Municipal de

Loures

• Censos 2001, INE

• Dinis, J.A. (1995).O Envelhecimento em Portugal. Strasburgo: Parlamento

Europeu

• Divisão de Informação Georeferenciada, Câmara Municipal de Loures

• Estudo Sócio-Económico do Concelho de Loures, Maio 2001

• Fernandes, Purificação (2002); A depressão no Idoso”( 2ª ed), Lisboa: Quarteto

Editora, p.27-29;

• Fontaine, R (2000). Psicologia do Envelhecimento.Lisboa: Climepsi Editores

• II Plano Nacional contra a Violência Doméstica 2003-2006

• II Plano Nacional para a Igualdade 2003-2006

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 69 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

• Livro Verde – Igualdade e combate à discriminação na União Europeia

alargada, Comissão das Comunidades Europeias (Maio. 2004)

• Loures, Câmara Municipal: “Carta Educativa 2005”

• Manual Europeu para as Autoridades Locais, Instituto do Ambiente, Junho de

2005-Amadora

• Martins, Margarida Alves (1998). X Colóquio de Psicologia e Educação –

Educação Pré-Escolar: Modelos, Investigação e Práticas Educativas. Lisboa:

Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

• Ministério da Educação (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-

Escolar. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento de Educação Básica.

• Moniz Pereira, N. (1986). Compreender melhor os idosos.Lisboa. FITI

• Nogueira, L.A (1996).Atutudes em Relação à Velhice.Lisboa: I.N.E

• Objectivos e Estratégias das Políticas de Educação/Formação no âmbito do

Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, 2000-2006

• Paul, M.C. (1992) Satisfação de Vida em Idosos. Psychologica VIII

• Plano de Actividades para 2005 do Conselho Nacional de Educação

• Plano Nacional de Saúde 2004-2010

• Programa de Estabilidade e Crescimento

• Programa do XVII Governo Constitucional

• Relatório necessidades Educativas Especiais – Lisboa, Março de 2005

• Relatórios 2003 e 2004 da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

• Sprinthall, Norman A. & Sprinthall, Richard C.(1993). Psicologia Educacional.

Lisboa: McGrawHill

• Vayer, Pierre & Roncin, Charles (1998). Psicologia Actual e Desenvolvimento

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• Vitimação e Segurança entre os Jovens do Concelho de Loures – Novembro

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• Vitimação e Segurança no Concelho de Loures – Dezembro 2004

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 70 – Comissão Social Freguesia de Moscavide

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Comissão Social da Freguesia de Moscavide

Internet:

WWW.redecidadessaudaveis.com.pt WWW.ine.pt www.jf-moscavide.pt www.cm-loures.pt

Setembro 2005 Diagnóstico Social - 71 – Comissão Social Freguesia de Moscavide