PUC – Junho/ OBJETIVO -...

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OBJETIVO PUC – Junho/2010 26 IMPORTANTE: Nas próximas páginas, você encontrará as questões dissertativas e deverá fazer uso do CADERNO DE QUESTÕES para respondê-las. Fique atento ao local destinado à resposta de cada questão. Ao final da prova, entregue este caderno para o fiscal da sala. Em hipótese alguma saia da sala com ele. Continue o trabalho. O presidente Juscelino Kubitschek, por ocasião de sua primeira visita ao local em que se ergueria a nova capital do Brasil. PLANALTO CENTRAL, 02/10/1956 Foto: Jean Manzon

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OBJETIVOPUC – Junho/2010 26

IMPORTANTE:

Nas próximas páginas, você encontrará as questõesdissertativas e deverá fazer uso do CADERNO DEQUESTÕES para respondê-las.

Fique atento ao local destinado à resposta de cadaquestão. Ao final da prova, entregue este caderno para ofiscal da sala.

Em hipótese alguma saia da sala com ele. Continue otrabalho.

O presidente Juscelino Kubitschek, por ocasião de suaprimeira visita ao local em que se ergueria a nova capitaldo Brasil.

PLANALTO CENTRAL, 02/10/1956

Foto: Jean Manzon

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Resolução

1)A concentração de íons nitrato é 45 mg/L.Cálculo da quantidade de matéria de íons nitrato em1 litro de solução:62 g de NO–

3 –––––– 1 mol45 . 10–3 g de NO–

3 –––––– x

x = = 7,25 . 10–4 mol

Cálculo da quantidade de matéria de íons nitrato em60 milhões de m3:7,25 . 10–4 mol –––––––––– 10–3 m3

y –––––––––– 60 . 106m3

y =

y = 4,35 . 107 mol

A quantidade de matéria de íons nitrato em 60 milhõesde m3 do lago é 4,35. 107 mol.

2)A equação química da decomposição da matériaorgânica é:

C6H10O5 + 6 O2 ⎯⎯→ 6 CO2 + 5 H2O

Cálculo da quantidade em mg de matéria orgânicarepresentada por C6H10O5 em 1 litro de água:

1 mol de C6H10O5 ––––––––– 6 mol de O2↓ ↓

162 g de C6H10O5 ––––––––– 6 . 32 g de O2x ––––––––– 64 mg de O2

x = mg = 54 mg de C6H10O5

Assim, a concentração de matéria orgânica no lago é54 mg/L.

3)O lado Paranoá, entre 1970 e 1990, estava no estadodenominado Eutrófico, porque apresentava um teorde nitrato equivalente a 45 mg/L.

4)O fenômeno é denominado “Floração das Águas”.O lançamento de esgotos domésticos no lago Paranoáprovocou a decomposição aeróbica da matériaorgânica, fato que resultou no aumento do teor denitratos e fosfatos, nutrientes que promovem umgrande aumento da quantidade de algas. O aumento

da DBO ocorre por causa da proliferação de micro-orga nismos aeróbicos, o que provoca a diminuição dataxa de O2 disponível na água do lago e inviabiliza apresença de peixes. Consequentemente, ocorreu oaumento na população de micro-organismosanaeróbicos, cuja atividade fermentativa liberasubstâncias que provocaram os odores desagradáveis.

45 . 10–3 mol––––––––––––

62

7,25 . 10–4 . 60 . 106––––––––––––––––––

10–3

162 . 64––––––––

6 . 32

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ResoluçãoA ideia de se transferir a capital brasileira do Rio deJaneiro para o interior do País remonta à época daIndependência, atendendo a motivos estratégicos(vulnerabilidade do Rio a possíveis ataques externos).O projeto foi mantido pelos governos republicanos,

ganhando força na Constituição de 1946, que definiuo território do futuro Distrito Federal: um retânguloinserido no sul do estado de Goiás. Mas suaconcretização caberia ao presidente JuscelinoKubitsckek (1956 - 61).

A construção de Brasília foi o 31.° item do célebre“Plano de Metas” elaborado por JK para definir osobjetivos de seu governo. Classificada pelo própriopresidente como sua “meta-síntese”, tornar-se-ia osímbolo mais visível dos “50 anos de progresso em 5de governo” apregoados pelo estadista mineiro.Dentro dessa perspectiva, o ambicioso projeto dourbanista Lúcio Costa e o arrojo arquitetônico deOscar Niemeyer deram à jovem capital o visualrepresentativo do futuro grandioso que se esperavapara o Brasil.

Juscelino imprimiu um ritmo acelerado às obrasporque pretendia concluí-las antes do término de seumandato. Assim, a inauguração de Brasília, marcadapor grandes festejos, ocorreu em 21 de abril de 1960 –data escolhida pelo mineiro JK por estar ligada àmemória de outro herói mineiro, Tiradentes. Naquelaocasião, porém, inúmeros edifícios governamentaisainda não estavam finalizados. Esse fato, aliado àresistência de muitos burocratas em deixar o Rio deJaneiro (a “bela capi”), fez com que a transferência detoda a administração federal para a “nova capi”(“nova capital”) somente se completasse nos primeirosanos do regime militar.

A mudança da capital brasileira para o PlanaltoCentral não deve ser considerada apenas umarealização pessoal de JK, nem mesmo a materializaçãode um projeto muito antigo, pois outros fatorescontribuíram para sua execução. Entre eles, nãopodem deixar de ser citados pelo menos dois: oeconômico, voltado para a criação de um polo dedesenvolvimento no Centro-Oeste; outro político, nosentido de reduzir – ou mesmo eliminar – as pressõessociais e militares que vinham se avolumando nosúltimos anos.

Brasília triunfou sobre todas as críticas e objeçõesque lhe foram feitas, consolidando-se como o centropolítico-administrativo do País e também comometrópole regional. Aliás, os próprios presidentes doregime militar, embora politicamente adversos aJuscelino Kubitschek (cassado pelo marechal CasteloBranco), deram continuidade ao projeto brasiliense,no que foram imitados pelos governantes daredemocratização. Entretanto, é curioso lembrar quealguns dos chefes de Estado que por lá passaram nãose adaptaram ao Palácio da Alvorada, concebido porNeimeyer como residência do presidente daRepública: João Goulart e João Figueiredo preferiram

morar na Granja do Torto, que também conta com apreferência do presidente Lula; por outro ladoFernando Collor e Itamar Franco continuaram aresidir em suas moradias particulares.

Uma crítica recorrente feita à Brasília de hoje éque ela se transformou em uma “ilha da fantasia” , naqual os dirigentes vivem alheios à realidade brasileirae cujos índices socioeconômicos (excluídas as cidades-satélites) alcançam patamares artificiais, infladospelas peculiaridades político-administrativas dacidade.

A região constituída pelo complexo formado pelachamada Região do Entorno de Brasília evidencia oscontrastes socioeconômicos que se verificam norestante do País: a confrontação entre a riqueza e apobreza. A região do Plano Piloto, onde se encontra ocerne do poder político nacional desfruta de condiçõesde vida comparáveis aos países de MundoDesenvolvido. A população absoluta é pequena, adensidade demográfica é baixa – como fica claro nomapa e tabela de densidades demográficas – e osindicadores sociais, tais como o IDH, apresentamníveis compatíveis ao Primeiro Mundo (como os daAlemanha), assim também como os índices decriminalidade que se apresentam baixos. Nacomparação com alguns índices de outras áreasurbanas, a situação do Plano Piloto é melhor até doque cidades como São Paulo, capital, ou Paris naFrança.

Já a situação das cidades do chamado Entorno (oque inclui a área do Distrito Federal e também demunicípios dos Estados de Goiás e Minas Gerais)remete aos quadros vividos em locais de sofridasituação social, não só do Brasil, mas também daÁfrica, ou América Latina. Os indicadores sociais sãosofríveis, tais como baixos IDH, elevada taxa deassassinatos, exíguo número de leitos hospitalares,quase que total ausência de saneamento básico. Osproblemas estendem-se não apenas nas áreas urbanas,mas também nas regiões rurais, com conflitos de terra.Quanto à distribuição populacional, o mapa indicaque as densidades demográficas das cidades-satélitesdo Distrito Federal chegam a alcançar índicespróximos de 16 mil hab/km². Considerando-se que ascondições de vida podem-se tornar precárias à medidaque aumentam as densidades demográficas, é de sesupor que a situação das cidades-satélites estejam numponto de limite, sabendo-se ainda que a infra-estrutura dessas cidades é a mais precária possível.

A rosa dos ventos, sugerida pelo texto, apontaironicamente para as contradições sociais de um Paísainda marcado pelos privilégios de uma minoria e aironia se agrava quando se considera que se trata da

capital administrativa do País, palco de cenaspolíticas, incapazes de concretizar soluções para asmazelas sociais.

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Comentário à proposta de Redação

Com base nos textos apresentados pela BancaExaminadora, bem como nos demais que compõem asoutras questões desta prova, solicitou-se que ocandidato escrevesse um texto dissertativo-argumentativo sobre a imagem que o país tem hoje deBrasília, construída ao longo desses 50 anos dehistória.

Para desenvolver seu texto, o candidato deveriavaler-se tanto do conhecimento de História eGeografia quanto de suas próprias impressões sobrea capital do país.

Caberia, pois, lembrar os desafios que surgiramquando da idéia, proposta pelo então presidenteJuscelino Kubtschek, de construir uma cidade quesimbolizasse sua política de valorização do espaçobrasileiro, expandindo, por conseguinte, a indústria –tudo isso a partir do deserto. Dessa forma, Brasília,pela singularidade e ousadia, veio a integrar a seletalista das cidades consideradas Patrimônio Cultural daHumanidade.

No que diz respeito à imagem que os brasileirostêm de Brasília, caberia mencionar a maneirapejorativa como a cidade é descrita pelos cidadãos,desapontados que estão com a corrupção que ali seteria originado e ganhado o país. Seria oportuno,ainda, lembrar que, diferentemente do sonhoacalentado por JK, a cidade vem abrigando, nasúltimas décadas, várias cidades-satélite, que retratamcondições de pobreza que certamente não constavamdos projetos arquitetônicos de construção de umacidade-modelo.

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ResoluçãoA)

No triângulo OMB, retângulo em M, temos

OM2 + MB2 = OB2 ⇔

⇔ 152 + MB2 = 452 ⇔ MB = 30��2A área do círculo da base da cúpula é, em m2,

π . MB2 ≅ 3 . 1800 = 5400.

O número de pessoas que poderiam estar concen -

tradas na base da cúpula do Museu é

= 7200.

B) Se a cúpula fosse um hemisfério de 90 m de diâ -metro, o volume do ar dentro do Museu, des -prezada a espessura das paredes, seria de

. . π . (45)3 = . 3 . (45)3 = 182 250 m3

C)a) Posição A: equilíbrio instável

O equilíbrio é dito instável quando o corpoafastado ligeiramente da posição de equilíbrio nãomais retorna a esta posição.

b) Posição B: equilíbrio indiferenteEm qualquer posição do plano horizontal, aenergia potencial gravitacional da esfera é amesma e ela permanece em equilíbrio.

c) Posição C: equilíbrio estávelA esfera afastada ligeiramente da posição deequilíbrio tende a retornar a esta posição, quecorresponde à de energia potencial mínima.

d) Admitindo-se que não haja variação de energiacinética do elevador com seu conteúdo e não seconsiderando forças dissipativas, temos:Teorema da energia cinética:τtotal = ΔEcinτmotor + τP = ΔEcinτmotor – mgH = 0τmotor = mgH τmotor = 1200 . 10 . 100 (J)

τmotor = 1,2 . 106 J

5400–––––0,75

1––2

4––3

2––3

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