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QUINTA CIRCULAR Porto Velho, 16 de Outubro de 2016

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QUINTA CIRCULAR

Porto Velho, 16 de Outubro de 2016

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IV Semana Acadêmica de Arqueologia da UNIR “Arqueologia e comunidades tradicionais”

06 a 11 de novembro de 2016 Porto Velho – Rondônia

APRESENTAÇÃO

A Comissão Organizadora da III SAB Norte divulga, através desta Quinta Circular, os

nomes de mais 3 conferencistas confirmados, o título de mais um livro a ser lançado durante

a reunião, a Programação Geral do evento e outras informações úteis para os participantes.

Lembramos a todas e a todos que a divulgação de novidades pode ser acompanhada

em tempo real através da nossa página nas redes sociais: fb.me/sabnorte2016.

QUEM VIRÁ?

CONFERENCISTAS CONFIRMADOS

Com grande alegria divulgamos os nomes de mais 3 conferencistas confirmados para

o evento!. Assim sendo, a SAB Norte 2016 contará com 6 conferências de 1 hora, nas quais

renomados pesquisadores abordarão variados temas relacionados a Arqueologia Amazônica.

A Comissão Organizadora informa que as conferências serão ministradas em

português ou em espanhol.

Dra. Carla Jaimes Betancourt

Doutora em Estudos de Antropologia e Arqueologia

Americana pela Universidade de Bonn, Alemanha, e

licenciada em Arqueologia pela Universidad Mayor de San

Andrés, Bolívia. É codiretora do “Proyecto Arqueológico

Boliviano-Alemán en Mojos” do Instituto Alemão de

Arqueologia desde 2004. Suas pesquisas focam o estudo da

cerâmica pré-colonial da Amazônia boliviana e equatoriana. Depois de concluir o doutorado

obteve bolsas de pesquisa (2010-2014) para estudar complexos cerâmicos do rio

Iténez/Guaporé. Foi professora convidada na Pontifícia Universidade Católica de Quito –

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Equador (2013) e na Universidad Mayor de San Andrés (2015). Também foi consultora do

Museu Nacional de Etnografia e Folclore (MUSEF), em La Paz - Bolívia, para análise da arte

plumária e publicação do catálogo “El poder de las plumas” (2015). Atualmente ocupa o

cargo de professora e pesquisadora no Departamento de Antropologia das Américas da

Universidade de Bonn – Alemanha. É autora de livros e vários artigos sobre Arqueologia

Amazônica.

Dr. Nigel Smith

É professor emérito na Universidade da Flórida, em

Gainesville. Obteve o doutoramento (PhD) em Geografia na

Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1976 sob a

orientação do professor brasileiro Hilgard O’Reilly Sternberg.

Lecionou no Departamento de Geografia da Universidade da

Flórida por 33 anos (1981-2014); foi pesquisador no

Worldwatch Institute em Washington, DC (1980-81) e trabalhou como pesquisador no

Departamento de Ecologia do INPA, em Manaus (1976-1980). É colaborador da Guggenheim

Foundation (1986) e da Linnean Society of London (1991). Suas pesquisas são voltadas à

conservação e manejo de recursos naturais, sistemas agro florestais, etnobotânica e matas

antropogênicas na Amazônia. Tem feito pesquisas de campo em vários países (Brasil, Peru,

Bolívia e Venezuela) da Bacia Amazônica desde 1970. Em 2012 ganhou bolsa da instituição

Fulbright para pesquisar e ministrar palestras na Universidade de São Paulo e em instituições

no estado do Amazonas durante 4 meses. Em 2013 ganhou outra bolsa Fulbright (Specialist

Roster Program) para ministrar uma conferência magistral no Terceiro Encontro de

Arqueologia Amazônica (III EIAA) em Quito e trabalhar durante 2 semanas no Equador dando

palestras e visitando os rios Napo e alto Pastaza. É autor de vários livros e artigos publicados

no Brasil e no exterior.

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Dr. Ondemar Dias

Em 1961 ingressou no Instituto de Arqueologia Brasileira

(IAB), já com intuito de formar-se arqueólogo. No ano

seguinte graduou-se em História pela Universidade do

Brasil e teve suas primeiras experiências de campo em

sambaquis paranaenses, região na qual obteve

especialização em Pré História pela Universidade Federal

do Paraná. Atuou pelo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA) desde seu

início, em 1964, sendo responsável pelas pesquisas nos estados do Rio de Janeiro e Minas

Gerais. Em 1976 concluiu o mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de

Janeiro. Também na década de 1970 atuou no Programa Nacional de Pesquisas

Arqueológicas da Bacia Amazônica (PRONAPABA), junto a Eurico Miller e Celso Perota, sob a

coordenação de Mário Simões. Nesse contexto, inicialmente atuou no estado do Acre, onde

ao todo quase 70 sítios arqueológicos foram identificados. A partir da década de 1980 estes

pesquisadores voltaram-se à região entre os rios Purus e Juruá, no Amazonas. Em uma

extensa faixa dessas áreas, seus trabalhos permanecem sendo as principais referências de

pesquisa. Em 1981 compôs a primeira diretoria da Sociedade de Arqueologia Brasileira

(SAB), como vice-presidente. Dois anos mais tarde, em reunião da Sociedade realizada em

Belo Horizonte, foi responsável por formar uma comissão destinada a discutir a

regulamentação da profissão de arqueólogo, assunto ainda ativamente debatido.

Atualmente é Pesquisador principal do IAB, no qual atua também como Professor e

Coordenador. Além disso, atua como Professor palestrante do Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Pesquisador do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também coordena e orienta diversos

projetos arqueológicos entre a região Amazônica e o estado do Rio de Janeiro. É autor de

dezenas de artigos científicos e capítulos de livros.

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O QUE ACONTECERÁ?

ALGUMAS DAS ATIVIDADES QUE OCORRERÃO DURANTE O EVENTO

Exibição de filmes documentários seguida de mesa de debate

Mesa de Debate

Após a exibição dos filmes (acima), cujas sinopses foram divulgadas na Quarta Circular, uma

mesa de discussão será composta para debater com a plateia as questões abordadas e/ou

instigadas pelos documentários.

Mediador

Francisco Kelvim Nobre da Silva (Acadêmico do curso de Arqueologia da Fundação

Universidade Federal de Rondônia)

Participantes convidados

Francisco Ocelio da Silva Muniz (Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB)

Juliana Rossato Santi (Departamento de Arqueologia – Universidade Federal de Rondônia)

Luis Fernando Novoa Garzon (Departamento de Ciências Sociais – Universidade Federal de

Rondônia)

Miguel Viveiros de Castro (Diretor de Mundurukânia: na beira da História)

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Lançamento de livros

MAGALHÃES, Marcos Pereira (Org.).

Amazônia Antropogênica. Belém: Museu

Paraense Emílio Goeldi, 2016. 429 p.: il. (7

capítulos, 17 coautores).

Ao longo dos últimos vinte anos, a

arqueologia da Amazônia passou por uma

revolução conceitual e metodológica que

mudou tanto a visão científica quanto a imaginação popular sobre esta região diversa,

complexa e vasta. Hoje sabemos que a Amazônia não foi um “falso paraíso” que limitava o

desenvolvimento das sociedades indígenas antigas. Entre o “Stonehenge” da Amazônia no

Amapá, a “terra preta de índio” da Amazônia oriental, as estradas, represas e outras obras

de terra no Alto Xingu, vastos conjuntos de agricultura elevada na costa das Guianas e os

misteriosos “geoglifos” do Acre, cada investida de pesquisa sobre o passado das terras

baixas das Américas revela novos e inéditos detalhes sobre as artes, as formas de

organização social e os legados na paisagem dos povos amazônicos pretéritos.

No entanto, no momento atual existe um grande e caloroso debate científico sobre o grau

dos impactos destes povos sobre a biodiversidade e as paisagens da Amazônia. Alguns

biólogos e conservacionistas tradicionais veem a Amazônia como uma formação ecológica

que existe a milhões de anos, com uma presença humana nativa relativamente recente e

pequena e, portanto, com mínimo grau de impacto sobre processos ecológicos de grande

escala, até a chegada da modernidade. Por outro lado, a visão de “ecologia histórica”

enxerga a Amazônia como uma vasta paisagem antrópica, onde grupos indígenas desde os

caçadores-coletores até as grandes e complexas sociedades da época de colonização

exerceriam um efeito estruturante na biodiversidade e na formação e domesticação de

paisagens. Uma visão mais arqueológica da região reconhece uma grande diversidade de

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formações sociais na Amazônia antiga, com graus diferentes de impacto sobre a

biodiversidade e a paisagem em diferentes regiões e momentos históricos.

Na região da serra de Carajás, no sudeste do Pará, cujos sítios arqueológicos alcançam

milhares de anos antes do presente, os processos de domesticação da paisagem vêm

indicando que antes da antropização generalizada da Amazônia houve uma antropogênese.

O conjunto de pesquisa empírica e elaboração teórica desenvolvidas em Carajás apresenta,

ao lado de conclusões analisadas e divulgadas no meio cientifico, um corpo de hipóteses e

conceitos que esta sendo aplicado para testar, confirmar e conhecer como a Amazônia

antropogênica foi iniciada e se desenvolveu.

Esta pesquisa transcende as disciplinas tradicionais, tratando da influência humana sobre a

seleção e distribuição de espécies vegetais usadas e manejadas por populações nativas

desde milhares de anos atrás. Contando com dados arqueológicos, pedológicos e botânicos

da região de Carajás, as pesquisas mostram que a antropização da Amazônia teria se

consolidado, no mínimo há 9000 anos, por populações que não praticavam sequer uma

economia agrícola intensiva. A ideia mestra do livro é que elementos importantes da flora

amazônica foram distribuídos e manejados por populações humanas bastante antigas. Essa

ação tornou-se fundamental para a fixação humana na região, levando a construção de

florestas antropogênicas. Ao apontar um início - ou seja, uma antropogênese - este

argumento passa a ser a principal contribuição das pesquisas em desenvolvimento.

Nesta visão, a história humana da Amazônia assume outro aspecto, que vai além de sua

antiguidade, originalidade, ou grau de complexidade social. Ao entender paisagem, história e

sociedade como um conjunto integrado, entendemos a dimensão da tragédia ecológica

atual - uma riqueza genética e socioambiental fabulosa que está sendo destruída,

desmembrada ou simplesmente esquecida - mas também enxergamos possibilidades para

sua preservação e uso racional: tanto a antropogênese como o Antropoceno, afinal,

dependem de nós.

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PROGRAMAÇÃO GERAL

Atenção: esta programação pode sofrer alterações sem prévio aviso.

06/11 DOMINGO

07/11 SEGUNDA-FEIRA

08/11 TERÇA-FEIRA

09/11 QUARTA-FEIRA

10/11 QUINTA-FEIRA

11/11 SEXTA-FEIRA

8h

Mesa de CA Mesa de CA MC/OF Mesa de CA Mesa de CA

MC/OF GT Acervos

10h Coffee Break Coffee Break Coffee Break Coffee Break Coffee Break 10h30 Simpósio Simpósio Simpósio Simpósio GT Acervos

12h Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

Tempo livre 14h Mesa de CA Mesa de CA Mesa de CA Mesa de CA

16h Credenciamento

Conferência 2 Cristiana Barreto

Conferência 3 Carla J. Betancourt

Conferência 4 Ondemar Dias

Conferência 5 Nigel Smith

Conferência 6 José R. Oliver

17h Tempo livre (deslocamento)

Lançamento de livros

Exibição dos documentários

“Mundurukânia” e “Jirau e Santo Antônio: relatos de uma guerra

amazônica”

Mesa de debate

GT Profissão arqueólogo

Assembleia SAB Norte (resultado eleições)

Sessão de encerramento 18h Sessão solene de

abertura Abertura exposição

“Memórias do rio, paisagens do

Madeira” 19h Conferência 1 Marcia Bezerra

Atividade cultural 20h Atividade cultural Atividade cultural

Local da Exposição: Museu Palácio da Memória Rondoniense (Palácio Getúlio Vargas)

Locais dos Minicursos/Oficinas e atividades culturais: Campus José Ribeiro Filho da UNIR e Mercado Cultural (vide Programação Detalhada)

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ATENÇÃO AO RELÓGIO!

O fuso horário oficial do estado de Rondônia é GTM: -04:00. Assim sendo,

normalmente em PVH os relógios estão com 1 hora a menos que o horário oficial de Brasília.

Contudo, em função do horário brasileiro de verão, em vigor desde o dia 15 de

outubro, esta diferença subiu para 2 horas a menos!. Desta forma, solicitamos atenção aos

participantes oriundos dos estados nos quais vigora o horário de verão.

AGUARDAMOS VOCÊS EM PVH!

A COMISSÃO ORGANIZADORA

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ma. Bruna Cigaran da Rocha (UFOPA)

Me. Eduardo Kazuo Tamanaha (IDSM)

Ma. Elisangela Regina de Oliveira (UNIR)

Dra. Helena Pinto Lima (MPEG)

Ma. Irislane Pereira de Moraes (UNIFAP)

Dra. Juliana Rossato Santi (UNIR)

Ma. Márjorie do Nascimento Lima

(Arqueotrop)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Dr. Andreas Kneip (UFT)

Dra. Anne Rapp Py-Daniel (UFOPA)

Me. Carlos Augusto Zimpel Neto (UNIR)

Dr. Claide de Paula Moraes (UFOPA)

Dra. Cristiana Barreto (MPEG/USP)

Dra. Denise Pahl Schaan (UFPA)

Dr. Diogo Costa (UFPA)

Dra. Dirse Clara Kern (MPEG)

Dra. Edithe Pereira (MPEG)

Dr. Eduardo Góes Neves (USP)

Dr. Fernando Ozório de Almeida (UFS)

Me. João Darcy de Moura Saldanha (IEPA)

Dra. Jucilene Amorim Costa ( UNIFAP)

Me. Leandro Matthews Cascon (USP)

Dra. Marcia Bezerra (UFPA)

Dra. Mariana Cabral ( UFMG)

Dra. Maura Imazio da Silveira (MPEG)

Dra. Myrtle Shock (UFOPA)

Dra. Sandra Nami Amenomori (MPF/DF)