Qualidade Do Ar Interior - Material Particulado (PMx)

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    NDICE

    1. INTRODUO....................................................................................................... 2

    2. QUALIDADE DO AR INTERIOR....................................................................... 3

    3. MATERIAL PARTICULADO.............................................................................. 4

    3.1. Slica ..................................................................................................................... 5

    3.1.1. Efeitos na sade .............................................................................................. 6

    3.1.2. Formas de evitar a exposio ......................................................................... 9

    4. VALORES LIMITE E CRITRIOS DE CONFORMIDADE......................... 10

    5. EXPOSIO AO MATERIAL PARTICULADO............................................ 10

    6. MTODOS DE MEDIO E EQUIPAMENTOS............................................ 11

    6.1. Mtodo gravimtrico......................................................................................... 12

    6.2. Disperso ptica................................................................................................ 12

    6.3. Ressonncia piezoelctrica............................................................................... 13

    7. USO DO COMPOSTO COMO INDICADOR DE QUALIDADE DO ARINTERIOR.................................................................................................................... 13

    8. CASO PRTICO.................................................................................................. 14

    9. CONCLUSO....................................................................................................... 16

    10. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................ 18

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    1. INTRODUO

    As preocupaes associadas aos efeitos da qualidade do ar na sade pblica tm

    geralmente em conta a poluio atmosfrica, no exterior dos edifcios. No entanto, aspessoas passam a maior parte dos seus dias em ambientes interiores: nas suas casas, em

    transportes, nos locais de trabalho, em zonas comerciais e de lazer no interior de

    edifcios, etc. Nesses espaos interiores, o desenvolvimento de microrganismos, o uso

    de produtos de limpeza, a existncia de materiais e equipamentos poluentes, a prpria

    ocupao humana e a deficiente ventilao e renovao do ar, so alguns dos

    contributos para que tanto o nmero de poluentes como a sua concentrao sejam, em

    geral, muito mais elevados do que no ar exterior (APA, 2013).A qualidade do ar interior (QAI) tem-se tornado um tema ambiental de grande

    relevncia. O nmero de queixas relacionadas tem crescido nos ltimos anos com o

    aumento da densidade de edifcios, o crescente uso de materiais sintticos, e as medidas

    de conservao da energia que reduzem a quantidade de ar exterior fornecido. Os

    equipamentos dos edifcios modernos (por exemplo, fotocopiadoras, impressoras laser,

    computadores), produtos de limpeza, e a poluio do ar exterior, tambm podem

    aumentar os nveis de contaminao do ar interior (APA, 2009).

    Em indstrias extractivas, so muitos os factores que poluem o meio ambiente, o

    ambiente de trabalho e inviabilizam a qualidade do ar, afectando os trabalhadores

    directamente expostos a esses componentes, bem como a populao que reside nas

    proximidades dessas indstrias.

    A exposio ocupacional matria particulada pode ter consequncias bastante

    graves na sade dos trabalhadores expostos a esses compostos. Este facto, em espaos

    confinados, reflecte-se de forma ainda mais danosa, uma vez que o ar no renovado

    como em ambientes exteriores e os trabalhadores esto diariamente expostos a estes

    compostos, inalando-os.

    Um desses compostos a slica, que pode atingir dimenses to pequenas que

    atingem a fraco respiratria, causando danos irreversveis a nvel pulmonar, ou at

    mesmo a morte prematura.

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    2. QUALIDADE DO AR INTERIOR

    Actualmente, existe uma crescente preocupao com a qualidade do ar interior, bem

    como os problemas que esta pode acarretar para a sade humana, visto que as pessoaspassam a maior parte dos seus dias em ambientes interiores, como foi mencionado

    anteriormente. De acordo com o Plano Nacional de Aco Ambiente e Sade (PNAAS,

    2007), a qualidade do ar interior afecta a sade tanto em habitaes como em locais de

    trabalho, dado que a populao passa cerca de 80 % do seu tempo no interior de

    edifcios, o que torna estes espaos importantes fontes de riscos potenciais.

    Existem fontes de poluio interior que libertam gases ou partculas no ar, sendo essa

    a principal causa de problemas de qualidade do ar interior em espaos confinados. Umaventilao inadequada ou inexistente pode aumentar os nveis de poluentes interiores,

    pois no permite uma correcta renovao de ar para diluir as emisses de fontes

    internas. tambm importante referir que os elevados nveis de humidade e temperatura

    tambm podem aumentar as concentraes de alguns poluentes. A matria particulada

    um dos principais poluentes em espaos confinados, no que diz respeito a efeitos na

    sade humana, as partculas de menor dimenso so inalveis e penetram no sistema

    respiratrio, o que potncia o agravamento de doenas respiratrias e cardiovasculares,

    alteraes da resposta do sistema imunitrio a materiais estranhos, destruio de tecidos

    pulmonares, cancro e morte prematura.

    Determinadas indstrias emitem elevadas quantidades de poluentes atmosfricos

    como so os caso da indstria mineira, extractiva e cermica. Os trabalhadores destas

    indstrias esto sujeitos inalao de diversos poluentes, nomeadamente do material

    particulado, como a slica, que pode provocar doenas ocupacionais respiratrias

    irreversveis. Estas doenas so adquiridas no local de trabalho, e podem ser pela

    inalao de partculas orgnicas, inorgnicas e sintticas, vapores, gases ou agentes

    infecciosos.

    Deste modo, de extrema importncia que seja realizada a monitorizao da

    qualidade do ar interior em diversos locais confinando onde a populao passa a maior

    parte do seu tempo, nomeadamente nos seus locais de trabalho. Esta monitorizao

    torna-se indispensvel em locais de trabalho onde existe elevada probabilidade dos

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    trabalhadores contrarem doenas ocupacionais devido exposio a elevadas

    quantidades de poluentes atmosfricos.

    3.

    MATERIAL PARTICULADO

    A exposio a material particulado (PM) provavelmente o factor com mais

    relevncia no que diz respeito a efeitos na sade humana em ambientes urbanos. Apesar

    de se ter notado um decrscimo da concentrao de PM, desde que existem processos de

    monitorizao, uma percentagem significativa das populaes residentes em reas

    urbanas esto expostas a nveis de concentrao que excedem os valores limite impostos

    pela legislao em vigor na Unio Europeia.As partculas so classificadas na legislao (Decreto-Lei n. 102/2010, de 23 de

    Setembro), quanto ao tamanho, ou dimetro aerodinmico, uma vez que esta

    caracterstica est associada com o local de deposio nas vias respiratrias e

    consequentes efeitos na sade (WHO, 2003). Classificam-se em PM10, PM2,5 e PM1,0,

    respectivamente partculas de dimetro aerodinmico inferior a 10 m, 2,5 m ou 1 m,

    ou ainda em fraco grosseira, fina ou ultrafina, sendo que a correspondncia com o

    dimetro aerodinmico no directa. A fraco grosseira constituda pelas partculas

    com um dimetro aerodinmico superior a 2,5 m (o que inclui a fraco das PM10entre

    10 m e 2,5 m).

    A gama de tamanhos das partculas preocupantes para a sade humana de 0,1 a 10

    m. As partculas inferiores a 0,1 m so geralmente inaladas, enquanto as partculas

    superiores a 10 m so filtradas pelo nariz. As partculas pequenas que chegam regio

    torcica, so responsveis pela maioria dos efeitos adversos na sade, e foram

    desenvolvidas normas para estas partculas de tamanho 10 m, tambm genericamente

    conhecidas por PM10.

    As partculas ou aerossis, so definidas como a matria slida ou lquida em

    suspenso no ar, com um dimetro aerodinmico entre 0,005 e 100 m (PMx). Poeiras,

    fumo e organismos como vrus, gros de plen, bactrias e esporos de fungos,

    constituem a matria particulada slida, ao passo que as substncias no estado vapor,

    constituem a matria particulada lquida.

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    As partculas presentes em espaos confinados podem ser provenientes em geral de

    fontes interiores e exteriores. As partculas provenientes de fontes exteriores entram

    para dentro do edifcio por infiltrao natural e pelas entradas de ar exterior. O prprio

    sistema de ventilao mecnico pode ser uma fonte de partculas como os aditivosusados na fase da humidificao, desinfectantes, os inibidores de crescimento biolgico,

    os materiais isolantes empregues nas tubagens e condutas, etc.

    O ASHRAE Standard 62-1989 adoptou o valor limite da U.S. Environmental

    Protection Agency que de 50 g/m3para a exposio anual por pessoa, e de 150 g/m3

    para a exposio de 24 horas.

    Nos edifcios de servios a concentrao mdia de partculas encontrada em

    ambientes de no fumadores de 10 g/m3

    , enquanto nas reas de fumadores pode irdos 30 aos 100 g/m3 (APA, 2009).

    Nveis excessivos de partculas podem causar reaces alrgicas, tais como olhos

    secos, irritaes de nariz e pele, tosse, espirros e dificuldades respiratrias. Os efeitos da

    exposio s partculas do fumo do tabaco vo desde as dores de cabea a irritaes de

    curta durao nos olhos, nariz e garganta, s doenas do foro respiratrias e cardaco,

    sobretudo nos grupos alvo mais sensveis, como as crianas e os idosos.

    3.1. Slica

    O dixido de silcio (SiO2), dos minerais mais abundantes na crusta terrestre e dos

    materiais particulados com mais implicaes na sade humana em contexto ocupacional

    e em espaos confinados. Os seus compostos (silicatos), constituem em peso 60% do

    peso da crusta terrestre, e podem ser de origem mineral (biognica) e sinttica.

    A slica pode surgir sob duas formas, slica amorfa (opala) ou slica cristalina (por

    exemplo, quartzo, tridimite, cristobalite, etc.).

    A slica cristalina, tambm conhecida como slica livre, refere-se a um grupo mineral

    no qual a slica assume uma estrutura organizada tridimensional, de modo regular,

    uniforme e repetitivo, bastante comum e utilizada nas indstrias (Telo, 2008).

    A exposio slica, que afecta a qualidade do ar em espaos confinados

    encontrada maioritariamente nas indstrias:

    Mineiras:

    Em operaes de lavra por explosivos e na minerao contnua;

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    Operaes de perfurao, corte e retirada de minrios;

    Operaes de transporte, britagem, moagem, peneiramento e ensacamento de

    minrios.

    Cermica e do vidro:

    Em operaes de manuseio de matrias-primas e preparao de massa;

    Rebarbao, furao, torneamento, esmerilhamento e lixamento de pegas

    secas;

    Esmaltao;

    Na preparao de formas refractrias, britarem, peneiramento e carga de fornos

    no corte de tijolos refractrios.

    Construo Civil:

    Na demolio;

    Em escavaes;

    Construo de tneis;

    Limpeza de edifcios;

    Obras de saneamento;

    Em acabamentos de edifcios.

    Fabricao de beto

    Fabricao de produtos de fibrocimento

    Joalharia e lapidao de minerais

    Dentistas e Odontologistas.

    3.1.1.Efeitos na sade

    O efeito das partculas na sade humana depende, no s da sua composio qumica

    mas tambm da sua dimenso. Assim, para a avaliao do risco associado exposiodos trabalhadores a poeiras de slica cristalina necessrio ter em conta a composio,

    neste caso o teor em slica das partculas, a sua concentrao no ar inalado, dimenso e

    o tempo de exposio (CTCV, 2012).

    O ar, ao ser inspirado contm tambm parte das poeiras que se encontram em

    suspenso. Aquelas que devido sua dimenso sedimentam e no so arrastadas pela

    inspirao so as partculas no inalveis, enquanto as que entram nas vias respiratrias

    so chamadas poeiras inalveis. Estas, em funo do seu tamanho, vo ficando

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    depositadas ao longo das vias respiratrias e apenas as de menor dimenso penetram at

    ao final do sistema respiratrio, ou seja, at aos alvolos pulmonares (Figura 1).

    A associao entre a exposio a slica cristalina e a silicose j conhecida h

    bastante tempo. A relao causa efeito est estabelecida, sendo a silicose uma doena

    profissional reconhecida na legislao nacional e europeia.

    A silicose uma doena causada pela acumulao de partculas de slica cristalina

    nos alvolos pulmonares que causa cicatrizes nos tecidos limitando a capacidade de

    troca de oxignio entre o ar e o sangue. Os sintomas referidos so tosse, dispneia

    (dificuldade em respirar, falta de ar), expectorao. Actualmente so descritos trs

    tipos de silicose:

    Figura 1Efeito do material particulado (PM) no sistema respiratrio, dependendo da sua dimenso. Fonte: CTCV, 2012

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    Silicose crnica: a forma mais comum e resulta em alteraes fibrticas nos

    pulmes aps 10-30 anos de exposio. Nas radiografias aparecem como opacidades

    arredondadas, predominantemente nas zonas superior e intermdia dos pulmes.

    Os sintomas respiratrios ou a reduo da funo respiratria podem no serobservados a no ser em fumadores ou quando haja uma doena coexistente. Estas

    leses podem danificar os brnquios e os vasos sanguneos e causar alteraes

    importantes na estrutura e funo dos pulmes. A doena resulta numa fibrose macia

    progressiva, com a qual o paciente desenvolve sintomas respiratrios progressivos

    devido reduo do volume dos pulmes, distoro dos brnquios e enfisema

    pulmonar bolhoso. O sintoma principal a dificuldade respiratria, a qual progressiva,

    tornando-se incapacitante e podendo resultar em insuficincia respiratria (CTCV,2012).

    Silicose acelerada ou sub-aguda: resulta da inalao de concentraes muito

    elevadas de slica durante um perodo entre 5 a 10 anos. Apesar de se desenvolver de

    forma semelhante silicose simples, o tempo entre o incio da exposio e o

    aparecimento da doena mais curto e a progresso para a forma mais complicada

    mais rpida.

    Silicose aguda: resulta de exposies intensas durante um perodo de tempo curto,

    entre 7 meses a 5 anos. Os espaos areos enchem-se de material proteico (fludos e

    clulas). Os sintomas incluem tosse, perda de peso e fadiga, podendo progredir

    rapidamente para insuficincia respiratria num perodo de alguns meses e, poucos

    meses aps, para a morte (CTCV, 2012).

    Existem diversas variveis que explicam variaes na forma como a doena aparece

    e evolui:

    Tipo de slica cristalina: no evidente diferena significativa entre a toxicidade

    das formas polimrficas quartzo, cristobalite e tridimite as mais comuns na indstria

    cermica (em particular as duas primeiras);

    Presena de outros minerais: a presena de alumino-silicatos em conjunto com

    quartzo reduz os efeitos txicos deste. Contudo, o efeito protector destes minerais no

    permanente e, ao longo do tempo de permanncia das poeiras no pulmo, comeam a

    ser visveis os efeitos patognicos do quartzo;

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    Tamanho, nmero de partculas e superfcie especfica: o conhecimento actual

    sugere que, independentemente do tipo de poeira, a rea total das partculas um factor

    determinante dos efeitos. A superfcie total das partculas depende do seu tamanho,

    quanto menor a sua dimenso, maior a rea das mesma quantidade em massa.

    Para silicticos (portadores de slica no sistema respiratrio), o risco de contrair

    cancro do pulmo duas vezes maior do que na restante populao. A exposio

    ocupacional slica cristalina torna tambm o trabalhador susceptvel de desenvolver

    tuberculose pulmonar.

    Foram ainda identificados casos de doenas auto-imunes em trabalhadores expostos

    a slica cristalina, nomeadamente, artrite reumatide, esclerodermia, lpus e esclerosesistmica progressiva (National Institute for Occupational Safety and Health, 2002). A

    exposio a doses elevadas de slica cristalina , tambm, associada a doenas renais

    no malignas mas no to evidente como causa de cancro dos rins (McDonald, et al.,

    2005).

    3.1.2.Formas de evitar a exposio

    A exposio ocupacional slica pode ser evitada, tomando as seguintes medidas:

    Apostar na formao e sensibilizao dos trabalhadores face a esta problemtica,

    mostrando-lhes as consequncias na exposio directa slica;

    Organizar os postos de trabalho, e quando possvel fazer rotao de funes;

    Utilizao de Equipamentos de Proteco Individual (EPI) adequados, tais como

    mscaras, para proteger as vias respiratrias;

    Utilizao de proteces colectivas;

    Evitar a exposio prolongada em funes que exijam a exposio directa

    slica;

    No fumar, comer ou beber no local de trabalho;

    Tentar identificar e eliminar o risco.

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    4. VALORES LIMITE E CRITRIOS DE CONFORMIDADE

    De modo a monitorizar os nveis de emisso e as concentraes mximas dos

    diversos poluentes atmosfricos, crucial que sejam cumpridos os valores limiteimpostos pela legislao bem como os critrios de conformidade impostos. Como foi

    referido, o material particulado classificado quanto ao tamanho, ou dimetro

    aerodinmico no Decreto-Lei n. 102/2010, de 23 de Setembro. Este material classifica-

    se em PM10, PM2,5 e PM1,0, ou seja, estas so partculas que apresentam dimetro

    aerodinmico inferior a 10 m, 2,5 m ou 1 m.

    As concentraes mximas de referncia (MR) de poluentes no interior de

    edifcios esto descritas na Nota Tcnica NT-SCE-02 da Agncia Portuguesa doAmbiente (APA) referente s metodologias para auditorias peridicas de QAI em

    edifcios de servios existentes no mbito do RSECE (Regulamento dos Sistemas

    Energticos de Climatizao em Edifcios). De acordo com este documento que tem por

    base o Decreto-Lei n. 79/2006, de 4 Abril, a concentrao mxima de referncia para

    partculas suspensas no ar (PM10) no interior de edifcios de 0,15 mg/m3.

    O valor limite imposto pela legislao vigente deve ser respeitado de modo a

    garantir a segurana e a sade pblica, visto que a matria particulada facilmente

    inalvel, tendo a capacidade de se alojar nos pulmes podendo provocar ou agravar

    doenas respiratrias nas pessoas que frequentam habitualmente os espaos confinados

    onde as concentraes deste poluente so mais elevadas.

    5. EXPOSIO AO MATERIAL PARTICULADO

    O material particulado consiste numa suspenso slida, lquida ou constituda pelas

    duas fases de partculas na atmosfera, por esta razo as partculas so tambm

    designadas por aerossis atmosfricos. A matria particulada e o ozono so os dois

    poluentes mais preocupantes relativamente aos efeitos que podem ter na sade humana

    (EC, 2005). A exposio a longo prazo a elevadas concentraes deste poluente est

    associada a uma reduo na capacidade respiratria, aumento de doenas pulmonares

    obstrutivas crnicas e reduo na esperana mdia de vida devido a mortalidade cardio-

    respiratria e provavelmente cancro do pulmo (OMS, 2004)

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    O nvel de sade de uma comunidade influenciado pelo meio em que a mesma est

    inserida e pelas caractersticas da populao que a compe, podendo facilitar o

    aparecimento de problemas de sade que afectem de uma forma geral os seus

    elementos. Estima-se que actualmente a exposio matria particulada reduza aesperana mdia de vida da populao europeia em 8 meses (EC, 2005).

    O efeito destes agentes causadores de doena depende da sua natureza, tamanho,

    intensidade e durao da exposio, da presena de outras patologias concomitantes. O

    material particulado pode provocar doenas a nvel respiratrio, nomeadamente

    pneumonias, bronquites, asma, doenas neoplsicas e silicose no caso de exposio a

    ambientes com elevadas concentraes de slica durante um extenso perodo de tempo.

    A silicose uma pneumoconiose e refere-se a uma doena pulmonar intersticial efibronodular difusa. Esta doena ocupacional bastante frequente em trabalhadores da

    indstria mineira, pois estes passam longos perodos de tempo em espaos confinados

    onde esto expostos, atravs da inalao, a altas concentraes de poeiras que contm

    partculas de slica. De acordo com a OMS, estimado que a silicose seja uma das

    pneumoconioses com maior prevalncia actualmente.

    Assim sendo, necessrio que seja feita uma correta monitorizao das

    concentraes destes poluentes em espaos interiores, nomeadamente em locais de

    trabalho onde os trabalhadores estejam expostos diariamente a elevadas concentraes,

    como o caso da explorao mineira. A monitorizao das concentraes destes

    poluentes e a implementao de medidas preventivas podem salvaguardar a sade dos

    trabalhadores deste tipo de indstria.

    6. MTODOS DE MEDIO E EQUIPAMENTOS

    Os principais mtodos de medio baseiam-se nos mtodos gravimtricos e nos

    mtodos pticos. Existem outros princpios de funcionamento, como a ressonncia

    piezoelctrica, a micro balana de oscilao por inrcia, ou o mtodo por radiao

    (APA, 2009). Estes mtodos vo ao encontro do que est exposto na Nota Tcnica NT-

    SCE-02 da Agncia Portuguesa do Ambiente (APA), Anexo III Mtodos de

    Monitorizao.

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    6.1. Mtodo gravimtrico

    No mtodo gravimtrico, utiliza-se uma bomba de amostragem para fazer passar uma

    quantidade mensurvel de ar atravs de um filtro que se encontra dentro de uma cassete.

    As partculas recolhidas so depositados num filtro de 37 mm de dimetro, ou numfiltro rectangular e a diferena de peso do filtro seco antes e depois da amostragem 36

    Qualidade do Ar em Espaos Interiores. Para amostradores de baixo volume devem

    utilizar-se filtros de 37 mm de dimetro, de quartzo, teflon, ou de vibra de vidro, e uma

    bomba de amostragem capaz de amostrar um caudal mnimo de 16 L/min durante um

    perodo de 24 horas As partculas podem posteriormente ser examinadas ao microscpio

    para identificar, se esto presentes partculas ou fibras.

    Para se separar as partculas em fraces inferiores a 10 m, pode-se usar um cicloneou um impactor de cascata, recolhendo as partculas em filtros por tamanhos de

    grandeza.

    Os mtodos gravimtricos para a determinao da concentrao de partculas no ar,

    so os mtodos disponveis mais simples e de menor custo; no entanto necessrio,

    uma balana analtica para a pesagem dos filtros at casa das 0,01 mg, e estritos

    procedimentos de controlo e acondicionamento dos filtros antes e aps as pesagens.

    Devem ser utilizados amostradores de grande volume, no caso de se pretenderem obter

    concentraes da ordem do limite de deteco de 5 g/m3.

    6.2. Disperso ptica

    O mtodo da disperso ptica, consiste na amostragem de ar atravs de uma entrada

    seleccionada (ex., PM10, PM2,5), para uma clula ptica, onde a presena das partculas

    resulta na disperso de luz. A quantidade de luz dispersa est relacionada com o nmero

    de partculas. Podem-se medir nveis de 0,001-200 mg/m3, dependendo do princpio de

    funcionamento do sistema de medio, e do perodo de amostragem. As medies esto

    indirectamente relacionadas com as concentraes em massa, sendo usado um factor

    para converter o nmero de partculas em peso. Alguns instrumentos permitem

    determinar a contagem de partculas e a concentrao por gama de tamanho. Estes

    instrumentos do resultados de leitura directa e so utilizados para a comparao de

    locais no exterior e interior.

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    6.3. Ressonncia piezoelctrica

    Nos monitores piezoelctricos o ar passa atravs de uma entrada de tamanho

    seleccionada ex., PM10, e as partculas so precipitadas electroestaticamente sobe um

    sensor de cristal de quartzo. As partculas recolhidas alteram a frequncia de oscilaodo cristal, e estas alteraes esto relacionadas com a massa de partculas recolhidas.

    Estes instrumentos tm uma gama de medio da ordem de 0,005 a 20 mg/m 3. Os

    monitores piezoelctricos permitem obter concentraes em massa em tempo real.

    Um instrumento muito utilizado para a medio da concentrao de partculas no ar,

    e que se baseia neste princpio, conhecido por Tapered Element Oscillating

    Microbalance (TEOM).

    7. USO DO COMPOSTO COMO INDICADOR DE QUALIDADE DO AR

    INTERIOR

    considerada como poluente, qualquer substncia presente no ar que pela sua

    concentrao possa torn-lo imprprio ou nocivo para a sade, prejudicando o bem-

    estar da populao. Posto isto, o nvel de poluio do ar medido pela quantidade de

    substncias poluentes que nele podem estar presentes.

    A medio da qualidade do ar restrita a um nmero de poluentes, definidos em

    funo da sua importncia, ocorrncia frequente, efeitos adversos que possam provocar

    e recursos disponveis, como tal, o grupo de poluentes que so utilizados

    universalmente como indicadores da qualidade do ar, so:

    Material Particulado (MP);

    Dixido de Enxofre (SO2);

    Monxido de Carbono (CO);

    Oxidantes FotoqumicosOzono (O3);

    Hidrocarbonetos (HC);

    xidos de Azoto (NOx).

    Deste modo, quando se pretende avaliar a qualidade do ar interior, necessrio

    proceder monitorizao atravs de medies da concentrao dos poluentes existentes

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    no ar desse espao confinado. No caso especfico do presente trabalho, a substncia

    poluente que iria servir de indicador da qualidade do ar interior seria o material

    particulado, ou seja, se nas medies forem detectadas concentraes superiores aos

    valores limite impostos por lei (0,15 mg/m3), ento possvel constatar que estamosperante uma fraca qualidade de ar interior.

    8. CASO PRTICO

    A silicose uma doena pulmonar ocupacional associada ao trabalho em

    indstrias mineiras, cermicas e pedreiras, sendo a pneumoconiose mais frequente a

    nvel mundial. Esta patologia diminui significativamente a qualidade de vida dosdoentes e apresenta uma elevada taxa de morbilidade.

    O presente caso prtico teve como principal objectivo estudar a realidade

    epidemiolgica dos doentes diagnosticados com silicose residentes no distrito da

    Guarda. Este estudo da autoria de Lus Miguel Andr Monteiro, para a Dissertao de

    Mestrado Integrado Clnica da Silicose: experincia recente do Hospital de Sousa

    Martins, pela Universidade da Beira Interior, no ano de 2008. Para a realizao deste

    estudo foi necessrio identificar doentes com silicose internados no Hospital de Sousa

    Martins, no perodo de tempo entre 1 de Janeiro de 2000 e 29 de Fevereiro de 2008,

    atravs do Grupo de Diagnstico Homogneo (GDH) 502. O GDH 502 corresponde

    Pneumoconiose devida a slicasou silicatos e encontra-se listado na nona verso da

    Classificao Estatstica Internacional de Doenas e Problemas Relacionados com a

    Sade (ICD-9), sendo esta a verso utilizada pelo Sistema Nacional de Sade (Normas,

    classificao e codificao em Informtica Mdica, 2005).

    Para selecionar a amostra, foi necessrio proceder filtrao da informao

    relevante constante nos respetivos processos clnicos dos pacientes. Os dados mais

    importantes retirados dos processos clnicos foram os seguintes:

    Sexo;

    Data de nascimento;

    Data de admisso;

    Dias de internamento;

    Diagnstico;

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    Concomitncia com outras patologias;

    Exames de diagnstico e resultados;

    Historial laboral;

    Hbitos tabgicos; Complicaes;

    Data de alta.

    A amostra do estudo foi constituda por 38 pacientes com o diagnstico de

    silicose, dos quais apenas 4 so do sexo feminino, o que por sua vez significa que quase

    90 % dos indivduos so do sexo masculino. Quanto aos grupos etrios, 63,2% dos

    indivduos tm idade superior a 65 anos e 36,8% tm idades inferiores. De todos ospacientes que constituem a amostra, foi possvel averiguar que a actividade profissional

    na indstria mineira e em pedreiras de granito constituem mais de 90% das profisses

    identificadas. Nos indivduos com menos de 65 anos, o factor de risco predominante a

    exposio ao granito.

    Em 73% do total dos pacientes, a silicose crnica constituiu a forma mais

    frequente de apresentao da doena e est associada actividade laboral em minas. O

    exame auxiliar de diagnstico mais frequentemente utilizado foi a radiografia Trax PA

    com a seguinte apresentao: padro micronodular bilateral com ndulos nos andares

    superiores e a complicao mais frequente a silicotuberculose, apresentada por 67%

    dos pacientes, seguida da neoplasia maligna do pulmo verificada em 20% dos

    pacientes.

    Com a realizao deste estudo foi possvel concluir que o perfil do doente

    silictico o seguinte: sexo masculino; idade superior a 65 anos; internado no Servio

    de Pneumologia (mdia 8 dias); exerceu profisso em minas ou pedreiras durante um

    longo perodo de tempo (mais de 10 anos), sendo a Silicotuberculose a principal

    complicao clnica associada a esta doena.

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    9. CONCLUSO

    A qualidade do ar interior tem um efeito directo na sade humana tanto em

    habitaes como em locais de trabalho, pois existem fontes de poluio interior quelibertam gases ou partculas no ar que, juntamente com uma inadequada ventilao,

    podem causar problemas de qualidade do ar interior em espaos confinados. Um dos

    poluentes que pode ser encontrado no ar interior o material particuladoque pode ser

    emitido atravs de variadas fontes de origem antropognica e natural, apresentando-se

    sob a forma de poeiras, fumos ou aerossis. Este considerado um dos poluentes

    atmosfricos mais graves para a sade pblica, pois as partculas tm dimenses

    bastante reduzidas que so facilmente inaladas, conseguindo evadir as defesas naturaisdo sistema respiratrio, alojando-se em profundidade nos pulmes. Um dos

    componentes dessas poeiras a slica, que afecta a qualidade do ar em espaos

    confinados e pode ser encontrada maioritariamente nas indstrias mineiras, cermicas,

    pedreiras, entre outras.

    O material particulado pode provocar doenas respiratrias, nomeadamente

    silicose no caso de exposio a ambientes com elevadas concentraes de slica durante

    um longo perodo de tempo, como o caso da indstria mineira. A silicose a doena

    pulmonar ocupacional mais frequente nos trabalhadores desta indstria, pois estes

    passam longos perodos de tempo em espaos confinados onde esto sujeitos inalao

    de elevadas concentraes de poeiras que contm partculas de slica que se alojam nos

    seus pulmes. Deste modo, foi analisado um estudo real com pacientes diagnosticados

    com silicose no Hospital de Sousa Martins no distrito da Guarda, que permitiu constatar

    que a maioria dos pacientes com este diagnstico do sexo masculino, com idade

    superior a 65 e exerceram funes na indstria mineira e em pedreiras durante mais de

    10 anos. Assim sendo, possvel constatar a correlao directa entre a exposio dos

    trabalhadores das minas a poeiras com elevadas concentraes de slica e o diagnstico

    da doena ocupacional, silicose.

    Assim sendo, para que se garanta uma boa qualidade do ar interior no s em

    habitaes, mas tambm em locais de trabalho, necessrio que seja realizada a

    monitorizao da qualidade do ar interior, de modo a constatar se esto a ser cumpridos

    os valores limite estabelecidos pelo Decreto-Lei n. 79/2006, de 4 Abril, que determina

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    uma concentrao mxima de referncia de 0,15 mg/m3para partculas suspensas no ar

    (PM10) no interior de edifcios. Esta monitorizao feita atravs de medies que

    podem ser realizadas com o mtodo gravimtrico, disperso ptica, ressonncia

    piezoelctrica, podendo tambm ser utilizados a micro balana de oscilao por inrcia,ou o mtodo por radiao.

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    10.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Interiores Um Guia Tcnico. Amadora. Disponvel em:www.apambiente.pt/_cms/view/page_doc.php?id=546

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    Centro Tecnolgico da Cermica e do VidroCTCV (2012) - Guia de Boas Prticas

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    Certificao Energtica e Ar Interior (2009) - NOTA TCNICA NT-SCE-02

    Metodologia para auditorias peridicas de QAI em edifcios de servios existentes no

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    Decreto-Lei 79/2006 de 4 de Abril, Ministrio das Obras Pblicas e

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    Decreto-Lei n. 102/2010 de 23 de Setembro, Ministrio do Ambiente e

    Ordenamento do Territrio.

    EC (2005) - Thematic Strategy on Air Pollution. Communication from the

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