QUARTEL DO COMANDO GERAL

DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA

ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA

CRONOGRAMA DE TEMAS PARA INSTRUÇÕES DE UM BATALHÃO

LAILLA MICHELLE DE OLIVEIRA FERNANDES

JOÃO PESSOA-PB

2016

LAILLA MICHELLE DE OLIVEIRA FERNANDES

CRONOGRAMA DE TEMAS PARA INSTRUÇÕES DE UM BATALHÃO

Artigo apresentado à Câmara Técnica Educacional em Pesquisa Científica da Corporação, como requisito para obtenção do Título de Engenheiro de Segurança contra Incêndio e Pânico na Academia de Bombeiro Militar Aristarcho Pessoa.

Orientador (a): TC QOBM KATTY SABRINA DO

NASCIMENTO SILVA

JOÃO PESSOA-PB

2016

QUARTEL DO COMANDO GERAL

DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA

ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA

Artigo intitulado “CRONOGRAMA DE TEMAS PARA INSTRUÇÕES DE UM

BATALHÃO” de autoria de LAILLA MICHELLE DE OLIVEIRA FERNANDES avaliada

pela banca constituída dos seguintes professores:

Aprovada em: 29 de Novembro de 2016.

_______________________________________________________________

Professora Tenente Coronel Katty Sabrina do Nascimento Silva – Orientadora

________________________________________________________________

Professora Capitã Sandra Queiroz – Examinadora

________________________________________________________________

Professora Dra. Rosângela Guimarães De Oliveira – Examinadora

JOÃO PESSOA-PB

2016

Primeiramente ao meu Senhor e Deus.

Aos meus Familiares e Amigos.

À minha Corporação.

Aos meus sonhos e a concretização de cada um deles.

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiro ao Senhor, meu Deus, que até aqui me sustentou e

n’Ele a minha fé subsiste. Quero agradecer aos meus genitores, que tão piamente

acreditaram em mim desde o nascimento. Aos meus familiares, que me deram apoio

e recurso para que se tornasse possível chegar à concretização de um sonho.

Agradeço também aos meus líderes, que constantemente olham pela minha vida.

Agradeço aos meus amigos e namorado, pelo apoio, incentivo e compreensão nas

ausências. Por último, mas não menos importante aos meus colegas de turma que

vivenciou comigo essa empreitada de três longos anos e os quais acreditam na

mesma missão que eu: “VIDAS ALHEIAS, RIQUEZAS SALVAR!”.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

(2 TIMOTEO 4:7)

RESUMO

A unidade operacional tem como atividade principal o atendimento pré-hospitalar, que consiste em um atendimento emergencial, em um ambiente extra-hospitalar. A pesquisa tem objetivo sugerir um cronograma de temas de instruções para o Batalhão de Atendimento Pré-Hospitalar (BAPH), localizado na cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e analítica que visa levantar todas as ocorrências atendidas pelo referido batalhão no ano de 2015 e após verificar as ocorrências de maior frequência sugerir um cronograma de atividades pelo referido batalhão. Os dados foram analisados através do programa Excel, sendo registradas as frequências de maiores ocorrências atendidas pelo BAPH. Observa-se que as ocorrências de maiores frequências se referem a acidente automobilista, acidente de moto e caso clinico, respectivamente, 29,49%, 9,47%, 13,30% e por isso foi proposto temas que abordassem o dia a dia das guarnições. Conclui-se que o batalhão necessita de treinamento diário com a temática voltada inclusive a acidente de transito já que essa a cada dia vem crescendo na Paraíba nos últimos anos.

Palavras-chave: Batalhão; Atendimento Pré-hospitalar; Ocorrência.

ABSTRACT

The operation is primarily engaged in the pre-hospital care, which consists of an emergency service, in a non-hospital environment. The research has aimed to suggest a schedule of instruction for subjects Care Pre Hospital Battalion (BAPH), located in the city of João Pessoa, state of Paraíba. This is an exploratory, descriptive and analytical research that aims to raise all events attended by that battalion in 2015 and after checking the most frequent occurrences suggest a schedule of activities by that battalion. Data were analyzed using the Excel program, and recorded the frequency of major events attended by BAPH. It notes that occurrences of higher frequencies refer to motorist accident, motorcycle accident and clinical case, respectively, 29.49%, 9.47%, 13.30% and it was proposed themes that addressed the day day garrisons. We conclude that the battalion needs daily training with the theme focused including car accident as this every day is growing in Paraiba in recent years. Keywords: Battalion; Prehospital Care; Occurrence.

INTRODUÇÃO

O corpo de bombeiro militar do estado da Paraíba foi criado através do

Decreto Estadual n°844, de 09 de junho de 1917, e tem por missão proteger e salvar

vidas e bens da sociedade paraibana. BAPH quer dizer Batalhão de Atendimento

pré-hospitalar conforme o site do corpo de bombeiro militar da Paraíba nos traz.

Esse, inaugurado no dia 3 de setembro de 2000, na cidade de João Pessoa, o

Grupo de Atendimento Pré-Hospitalar – GAPH, tendo seu funcionando em uma

instalação física dentro do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto

Lucena, às margens da BR 230, km 17. O GAPH tinha na ocasião, subordinação ao

Batalhão de Busca e Salvamento – BBS, que na época possuía sede no mais

populoso bairro da capital paraibana, Mangabeira (atual 1BBM). Mudou sua

nomenclatura em 2007, após a emancipação do Corpo de Bombeiros Militar do

Estado da Paraíba – CBMPB, passando a ser denominado CRAPH – Companhia

Regional de Atendimento Pré-Hospitalar, mantendo essa nomenclatura até 2013,

quando passou a ser denominado Batalhão de Atendimento Pré-Hospitalar – BAPH.

A atual comandante é a TC BM Katty Sabrina do Nascimento Silva conforme o site

do corpo de bombeiro militar do estado da Paraíba.

Ocorrências Atendidas Pelo BAPH

De acordo com a portaria 2048, a descrição do serviço se encaixa no

atendimento pré-hospitalar móvel, que procura chegar precocemente à vítima. Uma

das competências/atribuições discorridas na portaria encontra-se: análise da

demanda. De acordo com o site “Global Care” e define atendimento pré-hospitalar

como sendo o atendimento prestado por equipe de saúde especializada em

situações de urgência e emergência, em eventos ocorridos fora do hospital (extra-

hospitalares) realizado nas vítimas de trauma, mal súbito (emergências

cardiológicas, neurológicas, respiratórias) e distúrbios psiquiátricos.

Atendimento pré-hospitalar de acordo com o professor Marcelo Bragança dos

Reis, do instituto brasileiro de medicina de reabilitação, são as medidas iniciais e

imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer

pessoa (treinada) para garantir a vida, proporcionar o bem-estar e evitar

agravamento das lesões existentes, aplicadas imediatamente ao acidentado,

enquanto se aguarda assistência médica. Deve limitar-se a providências mínimas,

que não prejudiquem a vítima e a coloquem em situação de não sucumbir à asfixia,

hemorragia ou choque. Tais medidas se resumem em: retirar a vítima do local;

mantê-la em posição adequada, de preferência em decúbito dorsal; identificar as

lesões; adotar medidas de urgência; e transportar o paciente, se houver condições

para isso.

A área de atendimento pré-hospitalar tem sofrido grande sobrecarga e os

serviços de urgência e emergências, e já é considerada a área mais problemática do

Sistema de saúde devido ao crescente número de acidentes e da violência urbana.

As viaturas do Batalhão funcionam como espécie de porta-de-entrada, visto que

acolhe pacientes com quadros percebidos como urgência.

De acordo com o ponto 1.2.5 da portaria 2048, os bombeiros militares atuam

na identificação de situações de risco e comando das ações de proteção ambiental e

fazem o resgate de vitimas de locais ou situações que impossibilitam acesso da

equipe de saúde.

As ocorrências atendidas são: acidentes de Trânsito, empalamento, apoio,

acidentes de Moto, transporte, óbito, arma de fogo, arma banca, afogamento, casos

clínicos, queda de altura, queda da própria altura, ponto base, agressão física, QTA/

recusa/ trote, queda de bicicleta, emergência obstétrica, queimaduras, intoxicação,

emergência psiquiátrica, cortes e ferimentos e acidentes de trabalho.

Acidentes de trânsito podem envolver automóveis, motos e pessoas. Uma das

naturezas do acidente é a colisão em que um veículo em movimento sofre o impacto

de outro também em movimento. Outra natureza é o abalroamento, e choque

quando os impactos de um veiculam contra qualquer objeto fixo ou móvel. Outras

naturezas são o: tombamento e capotamento; existem também o atropelamento de

pedestres, e atropelamento de animal. Todas essas naturezas expostas pela Policia

Rodoviária.

David Szpilman (2014) define empalamento como perfuração na qual o objeto

penetrante está parcialmente exteriorizado.

O portal da educação defende que os acidentes envolvendo as motocicletas

são em sua maioria graves, pois mesmo o condutor usando todos os equipamentos

de segurança, o impacto gerado lança o motociclista ao ponto fixo em que é

arremessado em carros, postes, caminhão, chão etc. Além disto, diversas vezes

após a colisão e com a rapidez do acidente a vítima pode ser arremessada para

debaixo dos veículos, sendo atropeladas.

Diante dos dados do ministério da saúde, como menciona o site

primeirossocorros, as quedas representam 1/3 dos acidentes domésticos no Brasil,

superam até os acidentes de transporte.

De acordo com a sociedade brasileira de dermatologia (SBD), queimadura é a

lesão na pele provocada na maioria das vezes pelo calor, porém que pode também

ser provocada pelo frio, pela eletricidade, por certos produtos químicos, por

radiações e até fricções. A SBD informa que a pele pode ser destruída parcialmente

ou totalmente, atingindo pelos e até músculos ossos. Com isso, existem 3 graus de

queimaduras e a sociedade brasileira de dermatologia os descreve como o 1º sendo

aquele que atinge a camada mais superficial da pele, a epiderme, e se traduz como

uma lesão vermelha, quente e dolorosa. Como exemplo é citada a queimadura solar.

Já a de 2º grau é superficial e gera bolhas e muita dor; sendo profunda e menos

dolorosa, a base da bolha é branca e seca. Pode gerar repercussões sistêmicas e

causar cicatrizes. A queimadura de 3º grau é indolor, acomete todas as camadas da

pele, podendo chegar até aos ossos e gerar sérias deformidades.

Engasgo é engolir um objeto, ou se engasgar com algum pedaço de alimento

são acidentes que ocorrem com certa frequência, o site da Universidade Federal

Fluminense continua afirmando que à primeira vista, pode parecer um incidente sem

muita gravidade, mas se a vítima não for socorrida da maneira correta, as

consequências podem ser graves.

Importância do Planejamento dos Treinamentos e Instruções

O Corpo de Bombeiro é considerado uma força auxiliar do Exercito Brasileiro.

Na separata nº25/2016 dessa força armada, a primeira atribuição elaborar o

cronograma do subgrupo com metas, prazos e responsabilidades. Tiramos daí a

importância de se estabelecer algo concreto.

Os bombeiros diariamente se submetem a situações de intenso estresse e

que requer tamanha precisão, para isso o constante aperfeiçoamento é uma

característica. Diante de estatísticas, a organização de treinamentos voltados para

aquelas ocorrências mais constantes levará a um aumento na eficiência das ações

executadas no atendimento pré-hospitalar.

Chiavenato (1996) afirma que o treinamento é um dos meios de se aumentar

a eficácia organizacional, continua: Proporciona resultados positivos como o

aumento da eficiência individual, e conclui dizendo que determina o sucesso das

operações.

De acordo com o Pre-Hospital Trauma Life Support, traduzindo seria:

Atendimento pré-hospitalar ao trauma – PHTLS (2012) deve-se oferecer aos

pacientes o que há de melhor, o que inclui atenção, conferência prévia de material,

suprimentos completos, e conhecimento atualizado. Para isso, é necessário a leitura

e o treinamento.

O levantamento dos dados levará o Batalhão de Atendimento pré-hospitalar a

ter instruções que atualizará todo seu efetivo operacional ao final dos anos.

O ministério da saúde promoveu uma portaria, a portaria 2048 que preza pelo

resgate do processo de capacitação e educação continuada para o desenvolvimento

dos serviços, pois considerou a necessidade de estimular a criação de estruturas

capazes de problematizar a realidade dos serviços e estabelecer o nexo entre

trabalho e educação.

De acordo com a portaria 2048 o Ministério da saúde tem feito grandes

esforços para implantar um processo de aperfeiçoamento do atendimento às

urgências e emergências no País.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e analítico, com abordagem

quantitativa, levando em consideração os dados coletados através de consulta a

banco de dados estatísticos do Batalhão de Atendimento Pré-Hospitalar do ano de

2015, na cidade de João Pessoa. Todas as ocorrências desse período foram

incluídas no estudo. Os dados foram coletados mediante autorização da

comandante do Batalhão de Atendimento pré-Hospitalar e recepção de autorização

do comitê de ética ao qual foi submetido pela Plataforma Brasil.

O estudo foi descritivo quando ao descrever o objeto estudado, tem como

objetivo, a descrição das características de determinados dados, e o

estabelecimento de relações entre variáveis. Estas podem ir além da simples

identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a

natureza dessa relação, geralmente assumem a forma de levantamento de dados

(GIL, 2008).

Foi trabalhada a pesquisa analítica que pode acontecer a partir dos

desdobramentos ocorridos durante a pesquisa partindo de uma reformulação do

roteiro provisório para o estabelecimento do plano definitivo. Esse estudo analisou

de forma concreta os achados coletados, diante de quantitativos e indicadores

pesquisados (SEVERINO, 2007).

Foi utilizada a abordagem quantitativa, que segue um modelo de pesquisa

fundamentada na pretensão do acesso racional. Esse conhecimento dos fenômenos

limita-se à relação de causa e efeito dentro dos resultados numéricos, matemáticos

e estatísticos (GIL, 2008).

A análise de dados deu-se através do programa Excel, sendo feita a

descrição de todos os atendimentos realizados no ano de 2015, além de uma

análise comparativa entre os dois períodos de atendimentos. Os resultados foram

elencados em gráficos e tabelas, sendo elencada a frequência dos atendimentos

durante o período do estudo. Diante desses resultados foi realizada uma proposta

de treinamento para o referido Batalhão.

A coleta foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, o

qual o projeto foi submetido, e assim foi feito o comunicado prévio dos horários para

arrecadação dos dados. Para coleta de dados foram utilizados os preceitos da

resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Após a aprovação do

comitê foram iniciadas as coletas. Foram incluídos termos de responsabilidade do

pesquisador principal e do pesquisador responsável termo de anuência e a

solicitação de autorização para pesquisa de banco de dados.

Os riscos do estudo, por não se tratar de pesquisa direta com seres humanos,

se configura na exposição dos dados de forma ilícita, o que não é de interesse dos

pesquisadores, porém é considerado um risco que deverá ser minimizado se o

acontecer através de indenização.

Quanto aos benefícios, diante do proposto em nossos objetivos, devolver ao

batalhão e à comunidade os resultados, poderá levar subsídios para a melhora no

serviço. Organizar temas de instruções para que no decorrer do ano haja

treinamento e instruções que trazem as novidades sobre os procedimentos a se

realizarem em ocorrências.

Apresentamos dados concretos de maneira a dar conhecimento ao espaço

pesquisado bem como a comunidade em geral, os resultados obtidos na pesquisa, o

conhecimento dos dados indicadores, além da importância que estes resultados

podem trazer para o bem comum da população no sentido de melhorar a assistência

e cuidado à população, e com os nossos resultados será sistematizado um

planejamento de instruções visando o aperfeiçoamento do serviço prestado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O BAPH no ano de 2015 atendeu 4435 ocorrências no total, sendo as de

maiores frequências as de acidente de trânsito, seguido pelo acidente de moto e

caso clínico, que somam respectivamente: 29,49%, 15,85% e 15, 30% de acordo

com a Tabela 01.

Tabela 01: Tabela referente a todas as ocorrências do ano de 2015 atendidas pelo BAPH no ano de 2016. João Pessoa, Paraíba.

TIPO DE OCORRÊNCIA JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL %

ACIDENTE DE TRÂNSITO

73 97 112 91 126 85 91 122 113 149 107 142 1308 29,49%

POLITRAUMATIZADO 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 4 0,09%

EMPALAMENTO 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2 0,05%

APOIO 11 11 2 6 8 8 13 15 15 8 12 12 121 2,73%

ACIDENTE DE MOTO 36 62 41 42 39 28 27 46 28 71 420 9,47%

TRANSPORTE 43 33 57 64 53 58 48 58 72 87 61 69 703 15,85%

ÓBITO 1 1 1 0 1 2 1 4 2 1 1 0 15 0,34%

ARMA DE FOGO 3 0 2 9 10 4 1 2 11 7 4 2 55 1,24%

ARMA BRANCA 3 1 3 2 2 6 4 2 2 2 4 0 31 0,70%

AFOGAMENTO 1 2 0 2 1 0 2 0 0 0 0 0 8 0,18%

CASO CLÍNICO 52 41 49 55 52 34 55 42 49 51 62 48 590 13,30%

QUEDA DE ALTURA 23 14 32 23 14 13 20 14 20 10 25 22 230 5,19% QUEDA DA PRÓPRIA ALTURA

15 21 19 18 24 19 25 27 16 28 15 16 243 5,48%

PONTO BASE 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 1 1 6 0,14%

AGRESSÃO FÍSICA 2 2 7 4 8 6 2 3 8 6 7 11 66 1,49%

QTA/RECUSA/TROTE 28 36 23 16 17 39 52 41 40 50 37 47 426 9,61% QUEDA DE BICICLETA

4 3 7 1 5 3 2 2 1 1 7 4 40 0,90%

EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA

5 7 6 7 6 5 4 4 7 4 5 6 66 1,49%

QUEIMADURA 0 1 1 1 5 0 0 2 1 0 1 1 13 0,29%

INTOXICAÇÃO 3 0 1 1 3 1 0 4 3 1 0 0 17 0,38% EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA

1 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 0 5 0,11%

CORTES E FERIMENTOS

0 1 2 0 0 0 2 0 0 0 1 1 7 0,16%

TENTATIVA DE SUICÍDIO

2 1 1 4 1 0 0 0 2 1 0 2 14 0,32%

TENTATIVA DE HOMICÍDIO

0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,02%

OUTROS ATENDIMENTOS

6 5 6 2 2 1 0 2 4 0 0 0 28 0,63%

CHOQUE ELÉTRICO 1 0 0 1 2 0 0 1 0 0 0 0 5 0,11% ACIDENTE DE TRABALHO

2 1 6 0 0 0 2 0 0 0 0 0 11 0,25%

SOMA MENSAL 316 340 380 349 384 315 352 346 367 452 378 456 4435 100,00%

% MÊS ANO 7,13% 7,67% 8,57% 7,87% 8,66% 7,10% 7,94% 7,80% 8,28% 10,19% 8,52% 10,28% 100,00%

Fonte: Banco de dados BAPH.

Observa-se que ao somar os acidentes de trânsito com os de motos chega-se

a um percentual de aproximadamente 50% das ocorrências atendidas pelo BAPH.

Esses resultados podem ser justificados pelo crescente número de acidentes de

trânsito que vem ocorrendo nos últimos anos na Paraíba, como podemos observar

nos dados cedidos pelo Ministério da saúde:

Quadro 01: Quadro referente ao número de mortos em acidentes de trânsito nos anos de 2004 a 2014. João Pessoa, Paraíba.

.

Fonte: DATASUS

Acidente de trânsitos é de longe pioneiro nas ocorrências atendias pelo

referido Batalhão, a Policia Rodoviária destrincha esses acidentes em várias

naturezas sendo elas: colisão, abalroamento, tombamento e capotamento;

atropelamento de pedestres, e atropelamento de animal. Por neles estarem inclusas

tantas naturezas fica sendo elas como a de maior incidência.

O acidente de moto, que também é um acidente de trânsito fica após apenas

dos casos clínicos (ocorrências propriamente ditas) em termos de número e segundo

o Ministério da Saúde, os acidentes com motos são responsáveis por um aumento de

115% no número de internações em hospitais públicos.

Em 2012, segundo o site noticiasuol, a Paraíba apresenta 2,77 óbitos por 100

mil habitantes. Em 2014, A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou que 372

mil pessoas morrem afogadas todos os anos no mundo. E o Brasil aparece como

terceiro país com o maior número de mortes por afogamento, ficando atrás do

Japão e da Rússia. E apesar dos números nos levarem a considerar a ocorrência

“afogamento” como constante, a realidade atendida pelo Batalhão de

Atendimento Pré-Hospitalar não essa, pois esse tipo representa apenas 0,18%

anual dos atendimentos.

Diante do gráfico 01 abaixo exposto, é possível concluir que a taxa de

porcentagem dos meses varia entre 7,10% (mês de Junho) e 10,28% (mês de

Dezembro), o que mostra valores aproximados.

Gráfico 01: Gráfico referente ao percentual de ocorrências dos meses em relação ao ano, no caso 2015. Paraíba.

Fonte: Banco de dados BAPH.

Com as tabelas analisadas é possível observar que as ocorrências mais

frequentes em um mês, é comum em todos os meses. Situação semelhante ocorre

comas menos frequentes.

Gráfico 02: Gráfico referente ao percentual de ocorrências dos meses em

relação ao ano, no caso 2015. Paraíba

Fonte: Banco de dados BAPH.

Considerando os de maior frequência acima de 9%, temos: Acidente de

trânsito, Acidente de moto, Transporte, Caso Clinico, QTA/Recusa/Trote.

Considerando os de média frequência àquelas que variam de 1% a 8,99%, e

obtemos: apoio arma de fogo, queda de altura, queda da própria altura, agressão

física, emergência obstétrica.

Classificando como de menor frequência as ocorrências abaixo de 1% anual,

temos: politraumatizado, empalamento, óbito, arma branca, afogamento, ponto base,

agressão física, queda de bicicleta, queimadura, intoxicação, emergência

psiquiátrica, cortes e ferimentos, tentativa de suicídio, tentativa de homicídio, outros

atendimentos, choque elétrico, acidentes de trabalho.

Com os dados expostos pode-se fechar o cronograma anual divididos em

trimestre. Algumas ocorrências serão descartadas após serem explicadas, são elas:

apoio, ponto base, Qta/Recusa/Trote, transporte, outros atendimentos e Apoio:

apenas auxilia uma viatura ou ambulância já no local. Ponto Base: Muito utilizada

em eventos de uma cidade, tem como objetivo está perto do local de grande vulto

para rápido atendimento. Locais determinados para ponto base é considerado com

mais chance de haver ocorrência, visto o grande número de pessoas concentradas.

Qta/recusa/Trote: O Auto Resgate – AR (Viatura do BAPH) apenas vai ao local e

identifica que não há ocorrência. Transporte: As viaturas apenas transportam

pessoas impossibilitadas de andarem em transportes públicos, seja por alguma

enfermidade, anomalia, ou obesidade por exemplo. Outros atendimentos: Os temas

que aqui poderiam ser analisados serão abordados nas outras ocorrências.

Sendo assim, analisaremos as ocorrências de maior frequência que são elas:

Acidente de trânsito, Acidente de moto, Transporte, Caso Clinico,

QTA/Recusa/Trote. Sendo descartadas as de “Transporte” e “QTA/Recusa/Trote”,

temos os primeiros temas, os primeiros três trimestres são eles: acidente de trânsito,

acidente de moto e caso clínico.

Continuando, vamos levar em consideração as de maior frequência, são elas:

apoio, arma de fogo, queda de altura, queda da própria altura, agressão física,

emergência obstétrica. Excluiremos o Apoio, e uniremos a “Queda de Altura” com a

“Queda da Própria Altura”. Ficando assim estabelecido: arma de fogo, queda de

altura + queda da própria altura, agressão física, e emergência obstétrica. Arma de

fogo fica sendo o segundo tema do primeiro trimestre; queda de altura + queda da

própria altura o primeiro tema do quarto trimestre; agressão física sendo o segundo

tema do segundo trimestre, e emergências obstétricas como sendo o segundo tema

do terceiro trimestre.

Logo em seguida analisaremos as de menor frequência: politraumatizado,

empalamento, óbito, arma branca, afogamento, ponto base, agressão física, queda

de bicicleta, queimadura, intoxicação, emergência psiquiátrica, cortes e ferimentos,

Tentativa de suicídio, tentativa de homicídio, outros atendimentos, choque elétrico,

acidentes de trabalho. Excluiremos “Ponto Base” e “Outros atendimentos” conforme

já explicado.

E o cronograma ficará assim:

Sugere-se que o cronograma seja executado utilizando as aulas

semipresenciais visto que a corporação já possui um sistema de ensino de

educação a distância e presenciais utilizando-se as principais praticas do conteúdo

proposto. Outro ponto a ser observado é que os assuntos a serem abordados estão

em consonância à lei 2048 do Ministério da Saúde, a qual estabelece cargas

horarias e assuntos pré-definidos, buscando capacitar os integrantes da corporação

de maneira continuada dentro da realidade dos serviços, estabelecendo uma ligação

entre o trabalho e a educação.

TRIMESTRE/

TEMA

1º

TRIMESTRE

2º

TRIMESTRE

3º

TRIMESTRE

4º

TRIMESTRE

T

E

M

A

S

ACIDENTES DE

TRÂNSITO

ACIDENTES DE

MOTO

CASO CLÍNICO

QUEDA DE ALTUR E DA

PRÓPRIA ALTURA

ARMA DE FOGO

ÓBITO

EMERGÊNCIAS

OBSTÉTRICAS

POLITRAUMATIZADO

EMPALAMENTO

QUEDA DE

BICICLETA

ARMA BRANCA

AFOGAMENTO

AGRESSÃO

FISICA

CORTES E

FERIMENTOS

QUEIMADURA

INTOXICAÇÃO

EMERGÊNCIA

PSCIQUIATRICA

ACIDENTES DE

TRABALHO

TENTATIVA DE

SUICIDIO

TENTATIVA DE

HOMICIDIO

CHOQUE

ELÉTRICO

Nesta perspectiva acredita-se que esse cronograma seja eficiente para a

corporação já que corrobora com o pensamento de Chiavenato (1996) quando ele

retrata a necessidade que os bombeiros possuem de sempre estar em

aperfeiçoamento e esses treinamentos devem estar sem em acordo coma estatística

buscando um treinamento voltado para aquelas ocorrências mais constante, o que

irá refletir em um atendimento eficaz e eficiente, de forma que atenderá a população

com maior qualidade.

Observando o planejamento estratégico de outras corporações a exemplo de

Brasília, Alagoas e Exército, verifica-se que um dos eixos importantes é a

capacitação, fato esse que corrobora com nossa pesquisa já que estamos sugerindo

uma proposta de capacitação para nossos militares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um importante ponto dessa pesquisa que podemos destacar dar-se pelo fato

de o cronograma de atividades serem planejado mediante o levantamento das

ocorrências especificamente atendidas pelo Batalhão de Atendimento Pré-Hospitalar

de maior frequência. Fazendo com que os militares sejam treinados de forma

especifica a atender a sua demanda de serviço tornando-se dessa forma um serviço

mais especializado. Nessa perspectiva, espera-se que o serviço de atendimento pré-

hospitalar alcance a excelência no atendimento a população.

O constante aperfeiçoamento é característica básica dos homens que correm

contra o tempo para salvar vidas. A vasta gama de atividades e treinamentos que

forjam um bombeiro militar devem se fazer presentes no cotidiano das guarnições.

Isto refletirá em aumento na eficiência e autoconfiança das ações executadas

durante uma ocorrência.

Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas abrangendo outras

unidades operacionais objetivando comparar e traçar um perfil das ocorrências

atendidas em todo o estado da Paraíba além de propor uma padronização de

treinamento para assim padronizar o atendimento em todo estado.

REFERÊNCIAS

Autor Desconhecido. Disponível em: <http://primeirossocorros.net.br/quedas-primeiros-socorros>. Acesso em 6 nov. 2016.

Autor Desconhecido. Disponível em: <http://www.uff.br/psienf/engasgo.pdf>. Acesso em 6 nov. 2016.

Autor Desconhecido. Disponível em: <http://www.mtesporte.com.br/conteudo/id-486542/afogamentos___estudo_vai_identificar_areasde_risco_nos_rios_de_mato_grosso>. Acesso em 11 nov. 2016

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APÊNDICES

APÊNDICE A

SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA BANCO DE DADOS

ANEXOS

ANEXO A

TERMO DE ANUÊNCIA

ANEXO B

COMPROVANTE DE ENVIO DO PROJETO