Que o colorido do verão que se BENTO GONÇALVES | 8 DE...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | 8 DE DEZEMBRO DE 2015 | EDIÇÃO 174 Que o colorido do verão que se inicia perdure em 2016, iluminando e acrescentando ganhos, tanto materiais como espirituais!

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Que o colorido do verão que se inicia perdure em 2016, iluminando

e acrescentando ganhos, tanto materiais como espirituais!

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Rogério GavaQue 2016 seja horizonte. Sereno como a aurora, prenhe de paz e luz. Que os sonhos desfeitos ressurjam, mesmo que diferentes, mas ainda belos.Que a sombra que cobre o sol do homem se dissipe. E que saibamos preser-var a quietude. Que a rapidez não nos devore. Que consigamos demorar. Que 2016 transborde de bons momentos.E que deixe boas saudades.

Paulo CapoaniCultivemos o pensamento positivo para um ano promissor. A mente possui um poder extraordinário, e através da motivação e da fé em Deus alcançaremos nossos objetivos. A busca pelo aprimoramento das atividades e do aperfeiçoamento técnico aos vitivinicultores agrega conhecimentos para superação de desafios e para obter uma matéria-prima melhor, ofertando um produto final ao consumidor com maior qualidade, A propriedade rural é uma empresa familiar em que o produto é de grande competitividade no mercado, diante disto, é necessário buscar novos meios para investimento, uso de tecnologias, assim contribuindo para o aumento da produtividade e geração de renda, mantendo o jovem no meio rural com mais sustentabilidade e melhor qualidade de vida. Manter sempre o espírito coletivo na busca de soluções para superar os desafios encontrados no meio rural. Que cada um possa celebrar na companhia da família ou das pessoas que ama! Boas Festas!

Reunimos um time de colunistas para escrever sobre o que eles esperam de 2016. Da uva, principal produto da região, à cultura, do estar junto à criatividade, da contemporaneidade ao positivismo. Estamos focados em um ano novo melhor.

Dicas para 2016

Janete NodariAcreditar! Celebrar! Amar!Vai dar tudo certo, se não der a gente inventa!Para 2016, seremos melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo.Feliz 2016!

Kátia BortoliniAme mais, durma mais, pratique exercícios físicos, respire e se alimente com mais qualidade. O que se leva dessa vida é o bem que se faz aos outros e, consequentemente, a nós mesmos. Para fazermos essa dife-rença, precisamos estar de bem com a vida. Somos seres únicos e, ao mesmo tempo, vinculados a todos, status quo que nos transforma em seres ressonantes, tanto para sentimentos positivos como para negativos. Vamos procurar agir em concordância com o bem. A energia do amor, em suas várias formas de manifesta-ção, é inesgotável. Vamos experimentar beber dessa fonte?

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Lucas de Lucca2016 será ano eleitoral, o Museu do Imigrante será con-cluído, o Fundo Municipal de Cultura tem previsão para R$1.000.000,00 e os lançamentos literários prometem revolucionar a forma como o bento-gonçalvense aprecia as obras produzidas em sua terra. Um conselho necessá-rio é: aproveite cada chance, elas já escassas prometem se tornar ainda mais valiosas com o passar dos dias.

Aldacir PancottoSe levarmos por base oque aconteceu na agricultura durante este ano de 2015, e os reflexos para 2016, com certeza não serão tão animadores.Todos nós enfrentamos dias ou momentos difíceis e faz parte da vida. A forma como a gente age durante estes momentos é que faz a diferença.É fácil deixar que os pensamentos negativos tomem controle da nossa mente e criem cenários catastróficos a partir de aconteci-mentos menos agradáveis como foi este ano com um clima tão adverso.A vida ausente de problemas seria vazia. Desde que nascemos a vida é construída na presença de dificuldades e problemas.Para sobrevivermos todos nós temos que ter uma profissão. Na agricultura não é diferente. Tem produtores que amam e têm pai-xão pelo que fazem, mesmo com um clima não muito favorável como o deste ano não desanimam e conseguem colher bons fru-tos. Podem ir mal nesta safra, mas podem recuperar na próxima. Para o ano de 2016, um desejo que todo o produtor tenha orgulho de ser agricultor, que os pomares possam estar carregados de frutas e que a colheita seja a maior satisfação.

Thompsson Benhur DidoneApesar de todos os percalços, somos de fé, e sobretudo, de muito trabalho. Somos teimosos e não desistimos. Se no ano de 2015 te-remos uma safra menor, que seja de qualidade superior. Se assim não for, não iremos desistir. Vamos ter fé e esperança. Sempre foi assim e continuamos firme e fortes, mantendo nossas famílias e sempre tendo confiança num futuro. A todos agricultores, agricul-toras e suas famílias um FELIZ NATAL, PRÓSPERO ANO NOVO e a certeza que estaremos juntos em 2016.

André PellizzariOlá! Quando convidado para falar algo sobre 2016, pensei no que falar que fizesse sentido para todos. Falo, então, que viver a fotografia (ou viver em qualquer área) todos os dias, todos os momentos, seja em 2016 ou em qualquer tempo, é aceitar que sim, pode e será um ano ótimo, in-dependente de crise neste ou naquele setor, independente se maior em um ou em outro, mas o que de fato dependerá será da sua ousadia, criatividade e conhecimento de si mesmo.Como? Se não soubermos definitivamente o quanto podemos ousar, criar e crer em nosso próprio conhecimento, de nada adiantará a economia estar de vento em popa!Então, diante dos fatos, adiante um excelente 2016!

Ernani CousandierFeliz 2016!A crise econômica não me amedronta. Já somos íntimos. O pior é a crise moral, que vai do flanelinha ao dono da Gerdau. Eu sou honestíssimo, fiz gato da tv a cabo e jogo no bicho até hoje, por isso posso falar, amo meu país e sei que o dólar do vizinho é sem-pre mais verde. Sonego meus impostos como qualquer cidadão de bem (um amigo me ensinou, disse que aprendeu tudo no curso de direito). Que as luzes do amanhã se projetem sobre o Brasil e que meus amigos realizem tudo o que desejam. E que os golpistas morram tentando. Ah! Me pediram para falar sobre minha área. Bem, o que dizer sobre um ano com eleições municipais? Desejo que o novo secretário de cultura esteja em sintonia com a con-temporaneidade. Sou contra a vanguarda do atraso. Hic...saúde!

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Por Lucas de Lucca

Quem anda pelas calçadas das principais ruas de Bento Gonçalves pode se deparar com desenhos de co-rações ou com mensagem de cunho social, entre elas, a frase “Não fica quietinha”. Ao todo, são 23 grafites, entre vários passeios públicos, feitos pelo publicitário Gustavo Rigon, mais conhecido por Gus. “A ideia da intervenção urbana da frase é conscientizar mulheres vítimas de vio-lência sobre o direito à denúncia, com segurança garan-

Lucas de Lucca

Intervenções urbanas em calçadas por mais amor e menos violência

tida pela lei federal Maria da Penha. Já, os corações foram grafitados para alegrar as pessoas que andam tristes, cabisbaixas”, explica ele. Rigon começou a de-senhar essas intervenções nas calçadas, à noite, no último mês de setembro. “Cuidava para grafitar em espaços públicos e em tapumes, mas, mesmo assim, me sentia um marginal. Então percebi que seria me-lhor grafitar de dia, porque as pessoas veriam minha vontade de deixar a cidade mais bonita”.

Monstros ou criaturas em lixeiras públicas

No último dia 3 de dezembro, ele fez mais uma intervenção urbana, dessa vez sobre a AIDS, no centro de Bento Gonçalves. O publici-tário fixou um lambe com os dizeres “Essa é a quantidade de comprimi-dos que um portador de AIDS em estado avançado pode tomar por dia. Abuse do amor e da prevenção”, junto a um pote com comprimidos.

Ele salienta que a cola usada na aplicação de lambes é solúvel em água. “Gostaria de fazer interven-ções também em lixeiras públicas. Há uma cor padrão para orgânico e outra para reciclável. Queria mexer com essa comunicação, fazendo al-guns monstros ou criaturas. Ficariam mais bonitas,” acredita o publicitário.Publicitário Gustavo Rigon

Lucas de Lucca

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 14 | Nº 174 | DEZEMBRO 2015 | JANEIRO 2016 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Que venha 2016!

Páginas 6 e 7

Página 12

Populares personificam Papai Noel alegrando crianças e idosos

Caderno Mosaico

Um milhão para projetosculturais em 2016

A história de uma das figuras folclóricas mais conhecidas de Bento Gonçalves

2015, que está chegando ao fim,

foi um bom ano; 2016 vai ser melhor

ainda! Enlouquecemos? Só que não!

Essas palavras foram ditas pelos pa-

pais-noéis voluntários. Gente movida à

solidariedade, à esperança. Gente que

faz, que acredita, que vai lá e entrega

um doce a uma criança e espera em

retribuição um sorriso. Desejamos que

você sorria, ao ler as mensagens de um

2016 melhor.

Confira ainda a reportagem espe-

cial que conta a história de um perso-

nagem que já faz parte do cotidiano e

do folclore da cidade. Nem uma pessoa

comum, nem um famoso, um ser hu-

mano. E muito mais: reportagens capri-

chadas na edição única de dezembro.

Voltaremos em fevereiro de 2016

com novidades.

Boas Festas!

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[email protected]

Página Dois2 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor e

não traduzem, necessariamente, a opinião

do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de

interesse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

resumidamente.

Editor de Fotografia: André Pellizzari

Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ernani Cousandier, Paulo Capoani, Paulo Wünsch, Rodrigo De Marco, Rogério Gava, Thompsson Didoné

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS

Fone: (54) 3454.2018 / 3451.2500

E-mails: [email protected] [email protected]

Site: www.integracaodaserra.com.br Filiado à ADJORI.

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Lucas de LuccaÁrea Comercial: Moacyr Rigatti e Sinval Gatto Jr.Administrativo: Aline Festa

EXPE

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NTE

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 19hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

LOCAIS DE ORAÇÃO

Apoio:

AssociaçãoServos de Maria

22anos

COOPERATIVA HABITACIONAL AMIGOS DO VALECNPJ: 07.332.078/0001-52

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Convocamos os cooperativados sócios titulares da Cooperativa Habitacional Amigos do Vale Ltda, para a Assembleia Geral Extraordinária, que se realizará no dia 28 de dezembro, às 19 horas, com a presença da maioria absoluta dos sócios, ou meia hora depois, com a presença de qualquer número de associados, na residência da presi-dente, localizada na Linha Ferdinando Ferronatto, nº 170, bairro Centro, na cidade de Santa Tereza/RS.

ORDEM DO DIA:1- Análise e aprovação das contas, e fechamento do balanço financeiro até 30/10/2015;2 - Extinção da Cooperativa e, por consequência, a baixa do seu CNPJ;3 - Assuntos de interesse geral.

Santa Tereza, 12 de novembro de 2015.

Terreno medindo 330,50 m² com casa de alvenaria 2 pisos (80m²)Localização: Rua Irmã Maria Ester Picini, 122, Centro, Santa Tereza

Valor a consultar

Interessados contatar Vilson (54) 9627. 5605

VENDE-SE EM SANTA TEREZA

Para sugestões, informações, reclamações e recolhimento de móveis ve-lhos e eletrodomésticos, telefone para o Fala Cidadão 0800 979 6866 ou Secretaria Municipal do Meio Ambiente 3055 7190.

REDUZIR O CONSUMO

REUTILIZAR SEMPRE QUE POSSÍVEL

RECICLAR SEPARANDO OS RESÍDUOS NA ORIGEM

PRATIQUE A COLETA SELETIVA

A política de enganar a si próprio

Q ue termine 2015, o ano que confirmou a urgência na mu-dança da forma de exercer

“a arte da política” no Brasil. Na esfera estadual, ainda é cedo para analisar, mas na municipal e federal, as condu-ções não estão sendo de acordo com os anseios populares. Na federal, é es-cândalo atrás de escândalo. Na muni-cipal, a administração está deixando a desejar em relação ao arrecadado e ao investido. É público e notório que Bento Gonçalves tem uma bela de uma arrecadação. O orçamento do município para 2016 é R$ 435 mi-lhões. Culpar a dívida deixada pela administração anterior serviu como alegação para os dois primeiros anos de mandato. Ressaltar a conclusão de obras iniciadas pela administração anterior também não servem de con-solo, uma vez que essa é apenas mais uma obrigação de gestores públicos. Em tempo: antigamente, muitos polí-ticos tinham a cara-de-pau de deixar inacabadas obras de antecessores de outros partidos. Era dinheiro público, leia-se, nosso, arrecadado em cima

da labuta de todos, virando escom-bros. Ainda não se anime pensan-do que nem tudo está perdido. Eles não ficaram mais conscientes. O que mudou foi a lei, prevendo severas penalidades para essas más gestões. A gente entende que as máquinas administrativas têm várias facetas, a começar pelos recursos humanos. Também se sabe que não é fácil lidar com pessoas, muitas sujeitas a mu-danças de atitudes ao lidar com re-cursos públicos, com o dinheiro que não é da Kátia, da Maria, do Luis... mas de centenas, milhares ou milhões “to-dos iguais”! Mas, quem se candidata a cargo público executivo, deve saber que vai ter que administrar funcioná-rios, dinheiro “com cara” de anônimo, interesses obscuros e aduladores de plantão... aí que entra a pior parte. A maioria dos seres humanos detesta ser contrariado, prefere a política de enganar a si próprio. Penso que a pior mentira é que a gente conta para a gente mesmo, mas, essa é a forma que penso. Sou apenas mais uma en-tre várias, “todas iguais”. No ano que

vem temos eleições municipais. Que bom. Vamos repensar Bento.

Sobre a esfera federal, se for para melhorar o desempenho da econo-mia, que caia a presidente Dilma. Se não, que fique! Maquiavélica? O fim justificando os meios? Sim!!! Esse é exemplo dado por muitos integrantes da classe política brasileira. Gostando dessa máxima antiga? Não!! Quero, a exemplo de muitos, mudanças na for-ma de fazer política nesse país, que é abundante, tanto em recursos natu-rais como em pessoas trabalhadoras e criativas.

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8 de dezembro de 2015 | Jornal Integração da Serra Despoluição visual 3

Estabelecimentos comerciais do centro em adequação àlei municipal que dispõe sobre publicidade e propaganda

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riPor Janete Nodari

Está sendo concluída, em ruas do centro da cidade, a primeira etapa de adequação da lei municipal nº 5871, de 24 de novembro de 2014, que dis-põe sobre publicidade e propaganda ao ar livre no perímetro urbano de Bento Gonçalves. Esse primeiro es-tágio abrange 65 estabelecimentos comerciais do quadrilátero central, representado pelas ruas Júlio de Cas-tilhos, General Osório, Treze de Maio e pelas avenidas Marechal Floriano e Marechal Deodoro. Foram notifica-dos 126 estabelecimentos comerciais do último mês de abril até o início deste mês de dezembro. O prazo para adaptação à lei é de 90 dias a partir do recebimento da notificação.

Linguagem únicaConforme a arquiteta e urbanista

Márcia Urbim Bica, responsável pela aprovação dos projetos das fachadas da Secretaria De Desenvolvimento Econômico de Bento Gonçalves, o objetivo é adequar a veiculação de publicidade à paisagem urbana, bus-cando uma linguagem única. “O com-prometimento com a despoluição visual, a valorização do ambiente na-tural e construído e a identificação do município no cenário turístico são as-pectos que estão sendo observados”, salienta ela. Márcia ressalta que os comerciantes estão cientes da neces-sidade da mudança desde novembro de 2014, quando foi promulgada a lei 5871. “Nessa primeira fase, na retira-da de placas foram constatadas de-teriorizações nos prédios, até então escondidas por placas publicitárias,” ressalta. Marcia acrescenta ainda que existe colaboração no sentido de re-vitalizar não só a fachada, mas toda a

edificação. “A partir de 2016 a lei se estende aos demais bairros. As indús-trias também terão que se adequar,“ enfatiza ainda ela.

O secretário municipal de De-senvolvimento Econômico, Silvio Bertolini Pasin, adianta que agora a cumprimento da lei será exigido nos demais bairros, “sempre pensando numa revitalização da cidade”. Ele acrescenta que a renovação é tanto para os moradores como para os tu-ristas. “Queremos mostrar que temos uma história presente nos detalhes e na arquitetura, Um exemplo é o pré-dio nº 248, situado na avenida Mare-chal Deodoro, que sediou por vários, anos o Conselho Municipal (Câmara de Vereadores). A placa publicitária quando retirada deixou à mostra ins-crições em alto relevo”, salienta ele. Pasin lembra que Bento Gonçalves é o terceiro polo indutor de turismo do

Estado do Rio Grande do Sul. “Esta-mos recebendo gente de todo mun-do para visitar os Caminhos de Pedra e o Vale dos Vinhedos. Então, por que não trazer essas pessoas para o centro também e mostrar que temos uma história construída? “ questiona.

Prédios do PatrimônioNos prédios do patrimônio tom-

bados, inventariados e de interesse patrimonial de Bento é permitido um painel por unidade autônoma térrea podendo ser paralelo e/ou per-pendicular à fachada. Os projetos de restauração devem ser feitos pelos proprietários dos estabelecimentos e submetidos à aprovação junto ao Conselho Municipal de Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural. Infor-mações técnicas da lei no site www.bentogoncalves.rs.gov.br/Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

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Entidades4 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Laudir Miguel Piccoli assumiu a presidência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gon-çalves (CIC/BG) no último dia 9 de de-zembro, em evento que reuniu mais de 300 pessoas, entre associados, autoridades e imprensa, em posse festiva no Clube Ipiranga. Eleito em Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 26 de novembro, o empresá-rio presidirá a entidade no biênio 2016/2017. Piccoli foi o 1º vice-pre-sidente para Assuntos de Comércio na última gestão, presidida por Leo-nardo Giordani. Além disso, presidiu a ExpoBento 2015, ocorrida em junho deste ano.

Mérito EmpresarialA noite também foi especial para

Sérgio Dalla Costa, Francisco Ale-xandre Faggion Filho e Artur Zorzi, empresários e associados do CIC/BG,

Laudir Miguel Piccoli assumiu presidência do CIC/BG

homenageados com o Mérito Em-presarial 2014/2015 nas categorias, Indústria, Comércio e Serviços. Os empresários foram eleitos por indi-

cação de associados da entidade que utilizaram critérios como empreen-dedorismo, criatividade, inovação e participação.

Nova sedeO evento foi mar-

cado ainda pela apre-sentação do projeto do Centro de Eventos e Serviços que abrigará as sedes do CIC/BG, do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) e da Associação das In-dústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs). Dentro de um prazo de 36 meses as entidades estarão na sede própria, localizada no prolongamento da

rua Domingos Rubechini, no bairro Fenavinho, num espaço de 5,2 mil metros quadrados de área constru-ída. O investimento previsto é R$ 10.645 milhões.

Jeferson Soldi

Nova Diretoria do CIC/BG

Movelsul Brasil marca suas 20 edições com ações para a comunidadeDesde 1977, a Movelsul Brasil

ampara o fortalecimento da indústria moveleira de Bento Gonçalves, tendo sempre presente que, em torno de uma indústria e de sua produção, se desenvolve a sociedade. Para as co-memorações de 20 edições da feira, o Sindmóveis cria ações que envol-vem a comunidade local e reforçam a mensagem de que em Bento Gon-çalves está o principal polo moveleiro do país.

Com o projeto Somos Móveis, o Sindmóveis desenvolverá três gran-des ações que são um convite à refle-xão sobre a importância que a indús-tria moveleira tem para o município e como os frutos desse setor romperam fronteiras e chegaram a todo o mun-

do. Além de um portal de memórias da feira na internet e de um evento itinerante de janeiro a março, período que antecede a feira, a Movelsul Brasil quer deixar um legado para comuni-dade sob a perspectiva do design.

Esse legado é a revitalização dos brinquedos da praça Achyles Minca-rone, no bairro São Bento. Para viabili-zar a ação, o Sindmóveis convidou os estúdios Bria Design, Eduardo Nun-cio, Intervento Design, Studio Marta Manente, Projeto 3 e UNT Design a criarem novas peças para o parqui-nho. O projeto segue as normas vi-gentes de fabricação e conta com o suporte de um arquiteto responsável. A fabricação dos brinquedos ficará a cargo do Sindmóveis e a instalação

conta com apoio das Se-cretarias Municipais do Meio Ambiente e Turis-mo. Um evento de inau-guração será realizado em janeiro, marcando o início das comemora-ções das 20 edições de Movelsul Brasil.

Na web, a história da Movelsul Brasil será con-tada em formato de li-nha do tempo com todo o material captado nos bancos de imagens do Sindmóveis. Esse arquivo será transformado em uma rede social colaborativa e infor-mativa.

A comunidade será convidada a

compartilhar todas as ações com a #SomosMóveis. A 20ª edição da Mo-velsul Brasil ocorre de 14 a 18 de mar-ço de 2016, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Divulgação

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Empresas & Cia 58 de dezembro de 2015 | Jornal Integração da Serra

O Hotel Villa Michelon, no Vale dos Vinhedos, pro-porciona aos hóspedes vá-rias opções ao ar livre. Entre elas, pesca no lago, localiza-do a poucos metros do ho-tel, com várias espécies de peixes. O hotel fornece as varas de pesca e iscas. “Pro-porcionamos as opções de o cliente saborear o peixe no hotel ou levar para casa”, ex-plica o diretor-geral do Ho-tel Villa Michelon, Moysés Luiz Michelon.

Outras atrações ao ar li-vre também são oferecidas aos visitantes, entre elas tri-lha ecológica de 600 e 1.200 metros, minifazenda com ovelhas, cavalo, coelhos, patos, perus e pavões, qua-dras esportivas, pista de ca-minhada, visita ao parreiral modelo e ao Memorial do Vinho. O hotel oferece ainda spa e piscina aquecida.

De acordo com Miche-lon, a intenção é que os hós-pedes se sintam à vontade. “Temos opções para todas as idades e gostos. Todas sem custos adicionais”, sa-lienta ele.

Atendimento impecável, em es-paços acolhedores, com pratos da gastronomia regional preparados a capricho, acompanhados por pão recém-saído do forno. Assim é o Can-ta Maria, Restaurante e Armazém. O tradicional estabelecimento, situado próximo à Pipa Pórtico, acesso Sul a Bento Gonçalves, atende, concomi-tantemente, turistas e eventos sociais e corporativos, em locais diferencia-dos. O destinado a eventos tem capa-cidade para 140 pessoas.

Segundo o sócio-gerente, Emi-

Restaurante Canta Maria disponibilizaespaço diferenciado para eventos

liano Castaman, o espaço tem sido bastante procurado para formaturas, casamentos, batizados e reuniões corporativas, entre outros eventos. Entre os atrativos do Canta Maria para eventos salienta o ambiente cli-matizado e decorado, a ótima locali-zação, com estacionamento amplo e seguro e a gastronomia oferecida pela casa, com variadas sugestões de cardápios. Para utilização deste espaço, ele sugere consulta e reserva antecipada. Mais informações pelos fones (54) 3453 1099 e 9975 2573.

Canta Maria conta com ambientes para eventos sociais e corporativos

Pesca no lago garantida parahóspedes do Villa Michelon

Divulgação

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Natal Solidário6 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Por Janete Nodari

O comerciante Vilson Paese, 62 anos, morador do bairro Juventu-de, para o Natal 2015, transformou a casa no “quartel-general do Papai Noel”. O lugar também recebeu uma decoração natalina e um presépio caprichado, confeccionado pelo pri-mo dele, Zeca Paese. Mas, é para as creches e escola do bairro Conceição que o comerciante vai se dirigir, nos dias 18, 19 e 21 de dezembro, onde fará a entrega de 363 presentes. “No início deste ano, surgiu a ideia de promover um evento de Natal, com distribuição de presentes em frente à minha casa. Depois, decidi me vestir de Papai Noel e entregar presentes e doces para as crianças de creches e da escola Imaculada Conceição,” diz Paese. Ele ressalta que foram confec-cionados centenas de saquinhos de

Populares personificam o Papai“Temos que retribuir o bem que se recebe”

tecido TNT para acondicionar as balas e brinquedos que serão distribuídos. “Sempre fui ajudado, agora chegou a vez de eu ajudar quem precisa”, mo-tiva-se. Ainda conforme ele, o bem recebido deve ser retribuído.

Paese comprou e também ga-

nhou brinquedos de amigos e vizi-nhos. “Ainda faltam alguns, preci-samos de carrinhos e jogos”, diz. Ele salienta já ter combinado com a di-reção das escolas que os brinquedos maiores ficarão nos estabelecimen-tos para que todas as crianças pos-

sam brincar. “Vou surpreender a guri-zada com brinquedos, roupas, doces, pipoca e também material escolar”.

Esse Papai Noel, além de gene-roso, é muito organizado. Em cada presente, consta a idade da criança e os brinquedos adequados a cada faixa etária. Para isso, ele contou com ajuda da irmã Berenice e das amigas Lucina e Maristela.

Para colaborar com doações entrar em contato com Vilson: (54) 3451-14-66 ou (54) 9179.1443.

Os irmãos Berenice e Vilson transformaram a casa no quartel-general do Papai Noel

Fotos: Janete Nodari

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Natal Solidário 78 de dezembro de 2015 | Jornal Integração da Serra

A família Nunes, residente em Bento Gonçalves, faz questão de viver o espírito natalino com emoção e so-lidariedade. Há 30 anos, o vendedor Almir de Souza Nunes e a dona-de--casa Neiva Andreolla Nunes, visitam asilos e creches em bairros da cidade distribuindo doces na véspera de Na-tal. Nos últimos anos, a filha Raquel, o filho Felipe, a nora Bruna e o neto Ar-thur, de 7 anos, têm acompanhado o casal. No próximo dia 19, eles irão vi-sitar os bairros Botafogo, Santa Marta, Santa Rita, Verona, Pomarosa, Centro e Ouro Verde, entre outros, entregan-do balas e pirulitos para crianças.

Nunes salienta que personifica o bom velhinho vestindo fantasia confeccionada pela irmã dele, Ivani-ze, com barba de pelego de ovelha. Ele afirma que, a reação da maioria das crianças é de alegria. “Elas fazem pedidos e prometem se comportar,“ acrescenta. Nesses trinta anos que “encarna” o Papai Noel diz que a en-

Noel alegrando crianças e idososSolidariedade e emoção com a família Noel

trega de um rádio para uma criança especial, em cadeira de rodas, foi o que mais marcou a sua história.

Nunes ressalta que a visita ao Lar do Ancião também é emocionante. “Os moradores adoram um carinhoso

abraço”, enfatiza. “Estamos ansiosos para a chegada do dia da distribui-ção. Sabemos que a alegria das crian-ças vai novamente nos contagiar. Esperamos que contagie a todos“, pontua ele.

Quem quiser colaborar com ba-las e pirulitos para a distribuição no dia 19, deve entregar os dona-tivos na Borracharia Pit Stop, loca-lizada na Rua Vitório Carraro, 51, bairro Botafogo.

Família Nunes se une para alegrar o Natal das crianças Papai e mamãe Noel

Fotos: Arquivo Pessoal

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Natal8 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Pe. Gilmar Paulo MarchesiniPároco Cristo Rei, Bento Gonçalves

“Eu vos anuncio uma grande alegria” (Lc 2,10). Estamos nos preparando para o Natal. Esse tempo que antecede ao Natal é chamado Advento, que significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. Esse tempo, celebrado no misté-rio da fé e que recorda o nascimento de Jesus Cristo, é o tempo da vigilân-cia carregada de esperança. No Natal, a igreja recorda o Jesus histórico que nasceu em Belém e vive a alegre presença da vinda de Jesus glorioso, salva-dor, presente na vida das pessoas, das comunidades e das famílias. Natal é o tempo em que a eternidade invade a humanidade para sempre, pelas mãos de uma frágil, migrante e pobre criança, chamada Jesus. A encarnação de Jesus, ao armar a tenda no meio da humanidade (Jo 1, 14) é a fecundação da esperança da vida para todos. No nascimento de Jesus, renasce toda hu-manidade.

Cada vez que celebramos o Deus criança, nascido na manjedoura de Be-lém é um convite para abrir o coração para o novo, buscando a renovação interior, espiritual e relacional a partir das coisas de Deus. O Natal nos ajuda a pesar a vida e a discernir o que vale a pena ser vivido. Natal é tempo de superar, recomeçar, buscar e sonhar novos caminhos, guiados pela estrela de Belém. O Natal nos faz novas criaturas. O Natal nos convida a acolher a gra-tuidade e a ternura de Deus, que se manifesta na mais absoluta simplicidade e humildade. No mesmo sentido, é um chamado para abrir as portas aos nossos irmãos, no amor, serviço e solidariedade em vista do Reino de Deus.

Por isso, nesse Natal, vamos semear a Palavra de Jesus, feita carne, em todos os espaços, relações, encontros e atitudes. Assim, a vida de cada um vai brilhar sempre mais, iluminada pela infinita bondade de Deus que nos deu o filho amado para nos salvar, libertar e ensinar a amar.

Desejamos a todos um Feliz Natal. “Na esperança contra toda esperança” (Rm 4, 18) que o Cristo de Belém renasça em todos os corações também. Feliz Ano Novo, carregado de alegrias, saúde, bem- estar, felicidade, sucesso e sempre com muita amizade, ternura e fraternidade.

Natal: Jesus vempara nos salvar

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8 de dezembro de 2015 | Jornal Integração da Serra

JaneteNodari

[email protected]

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Social

Natal CuruminOs integrantes do Projeto

Esperança Pelotão Curumin par-ticipam do Natal Curumin, jun-to a convidados e amigos, no próximo dia 17 de dezembro, às 12h15, no 6º Batalhão de Comu-nicações, em Bento Gonçalves. Agradecemos o convite.

Kátia Bortolini

E o dia foi perfeito para Edilson Velho e Luana Souza

Em noite de aniversário, Susana Giordani e família

Gabriela Valenti e Samuel Pacheco em dia de casamento

Formandos e familiares da primeira turma do Técnico em Contabilidade do Colégio Aparecida em confraternização anual

Diretoria da ExpoBento 2016, que tem à frente Rafael Fantin, no lançamento da feira no último dia 30 de novembro

Jeferson Soldi

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

André Pellizzari Fotografia

Boas Festas!

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Saúde10 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Cuidado com o cansaço exagerado

AlexandrePressi

Médico Pneumologistae Especialista em Sono

Rua 13 de Maio, 581 - Salas 114/115 - Centro - Bento Gonçalves - Fone 54 3055.3050 | www.alexandrepressi.com.br

o bate-papo com os ami-gos, na hora do intervalo com os colegas e até mes-mo na fila do banco, esse

assunto aparece de forma recor-rente: a queixa pelo cansaço. Es-pecialmente agora, com o fim do ano se aproximando, as pessoas são enfáticas em afirmar que es-tão exaustas, esgotadas e exauri-das. Muitas vezes essa sensação é consequência de uma rotina cada vez mais frenética e pode ser amenizada com a mudança de al-guns hábitos. Mas cuidado: can-saço excessivo pode indicar que algo não vai bem com a saúde. E o fato de dormir mal tem relação direta com essa condição.

As doenças do sono geralmen-te vêm acompanhadas de sintomas como sensação de fadiga permanen-te, além de distúrbios de memória e de concentração, ansiedade, depres-são, irritabilidade, baixo rendimento profissional, prejuízo do convívio so-cial e aumento de risco de acidentes de trabalho ou com veículos. O fato de dormir mal, que origina esse cená-rio, pode ser consequência de vários distúrbios do sono, tais como a sín-drome das pernas inquietas, a movi-mentação periódica de membros, o transtorno de insônia, a presença de roncos com ou sem apneia. Nessa si-tuação, a pessoa fica mais de dez se-gundos sem respirar durante o sono, geralmente de forma não consciente ocasionando redução no oxigênio ce-rebral e vários microdespertares im-possibilitando o cérebro de perma-necer nos estágios mais profundos e relaxantes, gerando, assim, um sono não reparador.

Existe tratamento para a apneia do sono, permitindo à pessoa recu-

perar muito sua qualidade de vida. O primeiro passo é identificar a ocor-rência dessa doença, o que é facil-mente detectável com a realização de um exame chamado polissono-grafia. Esse procedimento informa ao médico especialista o que acontece com o organismo da pessoa duran-te o sono, oferecendo os elementos necessários para elaboração do diag-nóstico e definição das alternativas de tratamento.

Se esse quadro parece familiar a você, fique atento. Experimente, inicialmente, avaliar como está sua higiene do sono, ou seja, verifique se está cumprindo algumas recomenda-ções importantes como manter um horário definido de sono com, pelo menos, seis horas de duração num ambiente escuro e silencioso para o repouso, evitar atividades físicas três horas antes de dormir, bem como a ingestão de bebida alcoólica, cafe-ína e grandes refeições. Persistindo os sintomas do cansaço excessivo e da fadiga permanente, procure um

especialista para identificar como está a qualidade do seu sono – essa pode ser uma das causas da indis-posição e deve ser tratada antes que traga prejuízos mais sérios a sua saúde.

A clínica Dr. Alexandre Pressi é especializada em pneumologia (diagnóstico e tratamento de do-enças respiratórias) e medicina do sono (investigação e tratamen-to dos distúrbios relacionados ao sono). Com a credibilidade de quem atua no segmento, há mais de 20 anos, é referência no segmen-to médico pelos serviços de consul-tas e exames disponibilizados para crianças, adultos e idosos. Os aten-dimentos são realizados na rua 13 de Maio, 581 - Salas 114, 115, em Bento Gonçalves, para pacientes particulares também conveniados com Tacchimed, Unimed e diversos sindicatos. Agende sua consulta pelo fone (54) 3055-3050. Mais in-formações pelo site www.alexan-drepressi.com.br.

No último dia 4 de dezembro, a Justiça Federal de Bento Gonçalves deferiu liminar a ação movida por um idoso, morador do município, em fase terminal de câncer, para o direito a uso da fosfoetanolamina sintética. A sentença, inédita na cidade, garan-tiu ao idoso o fornecimento da medi-cação, sintetizada por uma equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP). Se-gundo seus defensores, o fosfoetano-lamina tem poder de fazer tumores regredirem.

O advogado Rodrigo Gomes, de Porto Alegre, defende a causa do idoso de Bento Gonçalves e mais de cem similares de doentes residentes em vários municípios do Estado. En-tre essas também figura a do próprio pai, que segundo ele, com o uso da medicação ganhou mais qualidade de vida na luta contra a doença. “A

Pílula do Câncer

Justiça Federal de Bento deferiu primeiraliminar para o uso da fosfoetanolamina

droga tem mostrado excelente resul-tado na amenização da dor enfrenta-da por pacientes paliativos, tratados em casa, substituindo, para muitos, o uso da morfina”.

Sem efeitos colateraisA fosfoetanolamina sintética é

um marcador que ajuda a deixar a célula cancerosa mais visível para o combate do siste-ma imunológico. A pílula, que tem sido chamada de “fosfo” não tem efeitos co-laterais. O médico Dr. Renato Mene-guelo, integrante da equipe da USP que elaborou a substância, ressal-ta que a sociedade

deve continuar pressionando para o término da pesquisa.

“Os detentores da patente não querem dinheiro, mas que o medica-mento seja distribuído gratuitamen-te pelos órgãos públicos e um preço justo, até porque hoje seu custo é baixo, em torno de R$ 0,10 por pílu-

la. Uma sessão de Quimioterapia tem um custo aproximado de R$ 2.000”, salienta ele.

O deputado estadual Marlon San-tos, que faz um trabalho voluntário na cidade de Cachoeira do Sul, todos os sábados, onde é procurado por milhares de pessoas do Brasil e até do exterior, pela sua condição me-diúnica de cura, é outro defensor da legalização do uso da pílula. “Certa-mente teremos uma grande redução de custos no estado do Rio Grande do Sul para o tratamento do câncer”, enfatiza ele.

O Deputado afirma que a medi-cação é uma grande descoberta para a saúde da humanidade. “Tem milha-res de pessoas que já foram curadas no Brasil e no exterior, e que teriam que se manifestar para juntar dados para a parte final da pesquisa. Nas re-des sociais, temos uma infinidade de depoimentos”, ressalta.

Divulgação

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Agricultura8 de dezembro de 2015 | Jornal Integração da Serra 11

s danos causados na agricultura pelos excessos de chuvas neste ano são imensuráveis. Na viticultura, o fungo que mais criou pâni-co, gastos, prejuízo e perdas, em 2015, e com certeza para o próxi-mo ano, foi a peronóspora, conhecido como míldio ou mufa.

O míldio ou mufa é a principal doença fúngica da parte aérea da vi-deira. O fungo afeta todas as partes verdes da planta, sendo o período mais crítico antes da floração e o início da frutificação. Quando a doença causa desfolha precoce da planta, além da perda da produção no ano, ocorre enfraquecimento da planta pela redução de suas reservas, com-prometendo a safra futura.

Os esporos (as sementes) que permanecem no inverno são a sobre-vivência do fungo na brotação da safra seguinte, produzindo os focos primários da doença nas folhas mais próximas do solo. A partir destes focos, desenvolvem-se ciclos sucessivos do fungo durante o período ve-getativo da planta.

Os sintomas do aparecimento do fungo são percebidos inicialmente por uma mancha verde-clara conhecida por mancha de óleo. Em clima favorável surgirão, na parte inferior da folha, manchas esbranquiçadas que são a frutificação do fungo. As manchas de óleo evoluem para necro-ses de coloração castanho-avermelhada, as quais podem ocupar toda a folha, causando a queda da mesma. Quando o ataque ocorre nos cachi-nhos, os mesmos secam. Quando os grãos são mais desenvolvidos, a in-fecção só ocorre pelo pedicelo (cabinho), não aparecendo assim o fungo na superfície das bagas. Neste caso, o fungo se desenvolve no interior da baga, ficando com um sintoma conhecido como grão preto.

As condições favoráveis que contribuem para o aumento do teor de água no solo, no ar e na superfície da planta, favorecem o desenvolvi-mento do fungo. Portanto, a chuva em excesso foi o principal fator de dano à maioria dos produtores de uvas da região. A temperatura ideal para o desenvolvimento do fungo ocorre entre 22°C a 25°C, e a umidade relativa do ar acima de 95%.

Estratégias preventivas para o controle do míldio são importantes como: escolha de áreas com boa drenagem, adubação equilibrada, evi-tando o excesso de nitrogênio, realização de poda verde para melhorar a insolação e o arejamento para diminuir o período de água livre na planta. Nem todas estas medidas são suficientes para controle eficaz da doença em condições favoráveis, sendo necessária a utilização do controle quí-mico. Uma das razões da necessidade do uso de fungicidas para o contro-le do míldio é a capacidade do fungo causar grandes danos, em um curto espaço de tempo, como foi este ano, tornando-se os fungicidas os mais importantes meios de controle em locais com alta pressão de doença. O sucesso do controle químico depende do conhecimento do organismo, da escolha e da dose do produto, do momento da aplicação e da quali-dade da aplicação.

Quanto ao modo de ação dos fungicidas registrados para o controle do míldio da videira, pode ser classificado em três categorias:

l Contato: agem preventivamente, garantindo proteção contra a in-fecção onde o fungicida está presente. A duração do efeito dos fungici-das de contato é de sete a 10 dias, dependendo das condições climáticas. Caso ocorram chuvas após a aplicação é necessário repetir o tratamento. Neste grupo temos a tradicional calda bordalesa (verdarame), composto de sulfato de cobre e cal hidratada ou cal virgem e água. Possui compro-vada eficiência sobre diversas doenças fúngicas, principalmente a mufa das videiras.

l Penetração: o produto ativo penetra localmente nos tecidos do ór-gão atingido, mas não é levado pela seiva para as outras partes da planta, não oferecendo proteção aos tecidos que crescem após a aplicação.

l Sistêmico: o produto circula pelos vasos condutores da planta, che-gando também nas partes não atingidas pelo produto durante a aplica-ção. Tem efeito curativo.

(Dados - EMBRAPA)

“Algumas doenças graves que vemos hoje na região, como o cân-cer, são o resultado dos agrotóxicos usados nas décadas de 70 e 80. O mal do produto tóxico pode ter um efeito agudo, a curto, médio ou longo pra-zo”. A afirmação é da doutora Neice Muller Xavier, que pesquisou na re-gião, em 2005, o uso de roupas de proteção (EPIs) por parte dos viticul-tores. Na ocasião, diz ela, pelos me-nos 94% dos entrevistados afirmaram usar sempre. “Mas, em avaliação por questionário, a maioria apresentava sintomas na saúde relacionados aos agrotóxicos. Buscando entender es-tes resultados, verifiquei que muitos agricultores usam a mesma roupa du-rante vários dias sem lavá-las, o que aumenta a chance de contaminação”, acrescenta. Neice acentua que a ves-timenta de proteção é impermeável. Complementa que não pode ser re-tirado o forro interno dela. “A roupa tem que cobrir completamente o cor-po, inclusive protegendo os olhos, e nunca deve ser lavada junto da roupa da família. Depois, o lugar onde ela foi lavada, como a lavadora de rou-pas, por exemplo, deve ser higieniza-do antes que novas roupas possam ser colocadas lá”, explica.

A médica observa que muitos viticultores usam as roupas de prote-

Aldacir H.Pancotto

Técnico AgrícolaEMATER/RS-ASCAR

Santa Tereza

Peronósporaou mufaafeta videiras

Uso adequado de roupas de proteção éfundamental na aplicação de agrotóxicos

Defensivos usados em videiras podem causar doenças graves

Kátia Bortolini

ção apenas na entrada da aplicação. “Eles esquecem de usar na reentrada, na colheita e nas outras ocasiões em que têm contato com o agrotóxico. O produto tóxico pode acarretar danos à saúde. O câncer, por exemplo, se manifesta mais tarde”, alerta.

“No geral, as pessoas deveriam comprar produtos orgânicos ou ter sua própria horta para suprir algu-mas necessidades”, comenta a dou-tora. “Certa vez, uma cozinheira me disse que tinha alergia a tomates. Constatamos que a alergia não era ao tomate, mas aos resíduos químicos presentes nos cultivados com agro-tóxicos”. “Não entendo como o Go-verno Federal mantém incentivos fis-cais para indústrias multimilionárias que fabricam agrotóxicos e não faz o mesmo com a produção orgânica. A prioridade seria produzir alimentos seguros”, critica ela.

Em Bento Gonçalves, ocorrem feiras ecológicas às terças-feiras na praça matriz São Roque, das 10h às 13h, e na rua Félix da Cunha (ao lado da Praça Centenário) das 13h45min às 18h30min, às sextas na rua Fernan-des Vieira (entre as ruas Olavo Bilac e Visconde de São Gabriel), das 14h às 18h30 e no sábado, das 6h às 10h30, na rua Barão do Rio Branco (junto à Feira Livre do Produtor Rural).

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Gente12 Jornal Integração da Serra | 8 de dezembro de 2015

Por Lucas de Lucca

“Ele gasta um par de sapatos a cada dois meses”, conta Ivani Casa-granda, mãe de Sidinei Casagranda, 39, conhecido por muitos em Bento Gonçalves como “Sidi Loco”, por an-dar pelas ruas da cidade, à noite, se dispondo a atuar como flanelinha, ou como cantor de rock, se convidando para intervenções em bares ou festas. Recentemente, Sidi animou a galera por mais de hora interpretando um cantor de músicas de rock dos anos 80, no palco do Susfa, em evento pro-movido pela Rádio Oi FM. O vídeo com essa apresentação, entre outros, está no Youtube.

Sidi começou a sair com quinze anos, adotando a rotina que segue até hoje. “Ele diz que é cantor e gui-tarrista. Todos os dias, antes de sair, afirma que vai tocar em shows, a maioria deles diz ser fora da cidade”, relata Ivani. Sidi sai de casa, no bairro Vila Nova II, por volta das 17 horas e volta de madrugada. “Quando che-ga, bota o pijama, come e vai para a cama. Acorda quase meio-dia. Levan-ta, almoça e volta para o quarto dele, onde fica até as quatro da tarde. De-pois, toma banho e sai. Ele é vaidoso, gosta de andar arrumado. Dentro do possível, procuro vestir ele bem. Mas já aconteceu de ele sair com roupas boas e voltar com outras, em piores condições. Só não quer cortar o ca-belo, diz que a banda não deixa”, re-lata a mãe.

Ela acrescenta que Sidi nunca foi agressivo, “mas nem amarrado fica em casa à noite”. “Um dia tranquei toda a casa e ele conseguiu escapar por uma janela”. Durante a semana, ele sai de casa em direção ao centro da cidade, onde visita a mãe, que tra-balha, à tarde, em serviços gerais na Loja Benoit e a Musictália, para con-versar com o proprietário Alencar Pertile, que presenteou Sidi com um violão. Pertile posta vídeos no Youtu-be, mostrando o amigo em situações variadas. À noite, Sidi circula pela ci-dade em torno de bares e eventos.

Declarações do SidiSobre as apresentações, Sidinei descreveu um pouco de seus últimos espetáculos. “To-

camos no Borgo, ontem, e também em Carlos Barbosa. Mas eu só canto e vou embora, né cara. Vou fazer o que lá? Ver os bêbados cantarem? Pego minha estrada e vou embora” afirma ele. “Vou gravar um DVD, em dezembro, na Casa das Artes. Mas, lá, é particular. Não pode ir ninguém assistir”. Sidi diz que as mulheres elogiam suas apresentações. “Eu peço uns pilinhas, mas elas não dão. A gente não ganha nada pelos shows. Eu toco de graça. Pobre não sabe onde cair morto. Não tem como me pagar. Aí, eu toco de graça. Eles sem-pre pedem mais uma música quando digo que vou embora” conta. Sidi parece desgostoso com seu grupo atual. “Eu vou sair da banda. Não quero mais tocar. Quero viajar por aí. Vou passar o ano novo em Capão da Canoa”, afirma ele. “Tenho muitos amigos e todos me que-rem bem”, complementa Sidi.

Sidinei Casagranda, o “Sidi Loco”

Biografia de uma das figuras folclóricasmais conhecidas de Bento Gonçalves

História de vidaIvani ressalta que ele não sabe

ler, nem escrever. Também não sabe olhar as horas e contar dinheiro. Acrescenta que até os 15 anos Sidi tinha convulsões, causadas por dis-ritmia cerebral. Atribui a deficiência ao parto, ocorrido em 18 de outubro de 1976, no Hospital Santa Terezinha, de Erechim. “Ele pesava quatro quilos e foi retirado a fórceps. Ficou 24 dias entre a vida e a morte no hospital em Erechim, mais 17 em outro hospital, em Passo Fundo. No décimo quinto dia teve sua primeira convulsão”. Na ocasião, Ivani foi avisada pelos mé-dicos que ele sobreviveria, mas teria sequelas.

A família se mudou para Bento

Gonçalves em busca de oportunida-des de emprego quando Sidi tinha sete meses. Ele entrou na Escola Mu-nicipal de 1º e 2º Graus Alfredo Aveli-ne com oito anos, em 1984, mas ficou por menos de quatro meses, quan-do foi transferido para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que frequentou por nove anos. Através da APAE, foi trabalhar numa mecânica e no Corpo de Bom-beiros, mas não deu certo porque, segundo Ivani, ele mexia em tudo, não parava quieto. “Ele é um bom fi-lho. Quando xingo, escuta e abaixa a cabeça. Não importa o que eu diga”, afirma. Apenas uma vez Sidi deixou a mãe preocupada com seu paradei-ro. “Ele ficou cinco dias fora de casa. Estava em Pinto Bandeira colhendo

pêssegos”, conta ela.Sidinei é o segundo filho de Ivani

e Agenor. Ele tem um irmão e duas irmãs. Os pais de Sidi se separaram após 24 anos de convivência. “Ele be-bia muito, era mulherengo e me mal-tratava”, diz Ivani. Agenor faleceu em 2000, vítima de um acidente de carro. “O pai dele nunca deu atenção para os filhos. Ele saia na sexta e voltava no domingo à noite. Nunca foi um pai de verdade. Eu fui pai e mãe para os meus filhos. Quando ele faleceu, Sidi ficou muito mal. Às vezes, ele me pede se o pai vai voltar”, conta Ivani.

Acidente e surraEm 2008, Sidi sofreu um acidente

de carro. Ele estava no banco do caro-na, quando o motorista que o levava para casa bateu em um poste. Sidi não usava cinto. Seu rosto foi atingi-do pelos cacos do para-brisa, deixan-do uma marca que tem até hoje no lado esquerdo da face. O condutor pagou pelo atendimento, remédios e demais custos do tratamento. Ain-da segundo a mãe, Sidi é saudável. “Ele nunca reclama de nada. Come de tudo um pouco. O que tiver na frente ele junta em um sanduíche e manda pra dentro”, conta. Sidi afirma também ter uma fazenda de gado em Erechim. Na fazenda criaria centenas de cabeças de boi e outros animais de corte. A história foi contada tam-bém em um dos vídeos disponíveis no Youtube.

Sidi levou uma surra, cinco me-ses atrás, na qual perdeu os dentes da frente. “Meu outro filho me avisou que o Sidi estava machucado. Limpei os machucados e fiz curativos. Ele disse que tinha caído. É bem dele. Pode apanhar que fica quieto. Chorei muito nesse dia”, desabafa Ivani. “Eu gostaria de mandar arrumar os den-tes dele, mas não tenho como pagar. Acho que quando eu morrer a situ-ação vai ficar muito pior. Não vai ter ninguém pra cuidar dele. Ele é muito bagunceiro, os irmãos não têm paci-ência. Eu gostaria de poder ficar só em casa pra cuidar dele, mas preciso trabalhar”, complementa a mãe.

Fotos: Kátia Bortolini

Sidi e a mãe Ivani: “ele é um bom filho”

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Caderno de Cultura e ArteNº 29 | Dez 2015 | Jan 2016

Páginas 6 e 7

banalidadedo mal

A

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2 | Mosaico | 8 de dezembro de 2015

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

A Filha de Einstein

osto muito de biografias. Elas nos dão a rara oportunidade de conhecer a vida “assim como ela é”. De perceber que os homens e mulheres históricos, as grandes personalidades, também

tiveram seus momentos pouco louváveis. Que sofre-ram, passaram por dificuldades e se angustiaram. E que também viveram seus dias de conquistas e felici-dade. Que fizeram coisas boas e outras nem tanto. Er-raram e acertaram. Assim como todos nós.

A fantástica biografia de Einstein, escrita por Walter Isaacson, é um exemplo disso. Nela, quase não acredi-tamos em saber que o maior físico de todos os tempos reprovou em física na faculdade. Isso mesmo, Einstein tirou a nota mínima em Física Prática e teve que repetir a matéria. E, ao final do curso, se formou em penúltimo lugar. No rol de dissabores do famoso cientista consta ainda ter tido a primeira tese de doutorado rejeitada e a extrema dificuldade em conseguir emprego como pro-fessor.

O que mais assombra na história de Einstein, no entanto, é a maneira como ele rejeitou cruelmente a primeira filha. Fruto de seu relacionamento com Mileva Maric – que viria a tornar-se sua esposa –, a criança nasceu quando os dois ainda namoravam. Mileva deu a luz à pequena Lieserl na casa dos pais, longe de Eins-tein. Ele sequer foi visitá-las. A frieza e o lado obscuro de Einstein, em todo esse episódio, espantam.

Durante toda a vida, Einstein jamais reconheceu a filha publicamente, nem em seus círculos mais íntimos. Ao que se sabe, não falou dela nem para a própria mãe, irmãs ou amigos. É provável que nunca a tenha segura-do nos braços. Após o nascimento, a criança foi deixa-da com parentes. Mileva e Einstein acabaram casando, mas não buscaram a menina para viver com eles. Um

filho ilegítimo, fora do casamento, no início de 1900, era uma afronta social, e o fato poderia atrapalhar os pla-nos do casal.

Jamais se soube, até hoje, que destino a menina teve. Até onde os fatos deixam ver, parece que a crian-ça acabou sendo destinada à adoção. O mundo só veio saber de toda essa história oitenta anos depois, quando, em 1986, pesquisadores descobriram um lote de cartas perdidas do cientista até então escondidas no cofre de um banco na Califórnia. Especula-se que a menina tenha sido criada por uma amiga da mãe, ten-do vivido até os anos 90. Mas jamais surgiram provas concretas a respeito.

Einstein teria ainda outros dois filhos com Mileva, Hans Albert e Eduard. Esse, passou a maior parte da vida internado, devido à esquizofrenia. O casal, mais tarde, se divorciaria, em uma separação conturbada. Einstein se envolvera com uma prima em primeiro grau, Elsa, que viria a tornar-se sua segunda mulher. A guarda dos garotos acabou ficando com a mãe, que foi morar com os filhos em Zurique, enquanto Einstein permane-ceu em Berlim. A separação das crianças foi um duro golpe para o cientista.

A dificuldade de Einstein em se relacionar foi inver-samente proporcional a sua genialidade. Ele, na verda-de, jamais conseguiu ser o que se definiria por um bom pai ou marido. A vida familiar e seus afazeres o aborre-ciam. Teve inúmeros casos extraconjugais ao longo de dois casamentos.

Ao mesmo tempo, foi um dos cientistas mais bri-lhantes e humildes que o mundo já conheceu. Uma vida contraditória e complexa. Um mosaico conturbado que andou em paralelo com as grandes descobertas cien-tíficas que fez.

InvestimentosVárias famílias da comunidade 40 da Leopoldina, Vale dos Vi-

nhedos, com recursos do lucro de festas e do bar do salão co-munitário, e também “tirando do próprio bolso” providenciaram o calçamento do entorno da Igreja Nossa Senhora da Glória. A obra, representada por 444 metros quadrados de calçamento e coloca-ção de floreiras, foi inaugurada no último dia 14 de novembro. A primeira etapa, de 252 metros quadrados, foi finalizada em agosto deste ano, às vésperas da festa da padroeira Nossa Senhora da Glória.

A iniciativa partiu da equipe administrativa do salão, formada por Odacir Giordani, Domingos Carraro e Ary Picollotto. “Nós tam-bém colocamos a “mão na massa”, nossas esposas ajudaram a espalhar a brita,” salienta Giordani. Ele acrescenta que as obras foram retomadas no dia 20 de outubro. Foram mais 192 metros quadrados. “Nosso objetivo era calçar até a entrada do cemitério da localidade para o Dia dos Finados e conseguimos”, ressalta. Ele adianta que em breve a comunidade vai investir na aquisição de bancos para serem colocados no local.

A atual igreja, localizada no lote 37, foi construída em 1965. O terreno para a construção foi doado pelo casal Martin e Elma Longhi Giordani. O salão da comunidade está no terreno doado por Miguel Carraro.

A primeira Igreja data de 1887A primeira igreja da Glória foi construída no lote 35,

em 1887, doado por Arcangelo Baldissarelli. A torre do sino foi abençoada no dia 18 de agosto de 1894. “A primeira missa foi rezada pelo Padre João Menegot-to. A Capela Nossa Senhora da Glória ou “Madonna dell´Assunta” é fruto da fé, dedicação e trabalho do imigrante italiano“, lembra o presidente do Circolo Tren-tino de Bento Gonçalves, Sandro Giordani. “Os mora-dores mais antigos contam que, em 1965, na tentativa de transportar a imagem da santa para a nova igreja, o caminhão se desligou e não ligou mais. Dizem que era um sinal de que a santa queria ficar ali,” recorda.

Ações comunitárias em intervenções do patrimônio

Fotos: Divulgação

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Programe-se Mosaico | 8 de dezembro de 2015 | 3

A redação leu

50 MÁQUINAS QUE MUDARAM O RUMO DA HISTÓRIA

Autor: Eric ChalinePáginas: 224Editora: SextanteAno: 2014

Repr

oduç

ão

Belíssimo e ricamente ilus-trado, o livro apresenta os in-ventos mais emblemáticos e importantes dos últimos dois séculos, mostrando de que forma eles literalmente muda-ram a civilização.

Do tear mecânico ao tele-fone celular, a história das má-quinas que revolucionaram o mundo humano é apresentada de forma clara e extremamen-te convidativa. São inventos como o computador e o robô industrial, que transformaram nossa relação com o trabalho, o televisor e o walkman, que ampliaram nossas possibilida-des de lazer, ou ainda nos le-varam a explorar o universo de

maneiras inimagináveis, como é o caso do telescópio Hub-ble, do microscópio eletrônico e do foguete espacial.

O livro esmiúça a criação de inovações que simplifica-ram nossa vida, e que tam-bém nos permitiram conhecer ainda melhor nossas origens. Em suas 50 descrições, a obra explica o contexto histórico em que as máquinas foram criadas e mostra como cada uma delas foi capaz de alar-gar nossos horizontes, definir nossa cultura e transformar a forma como vivemos. Uma leitura instrutiva e prazerosa, ideal para colocar na mala das férias.

140 anos da Imigração ItalianaO quê - 2ª edição do Raízes de Bento GonçalvesQuando - 18 de Dezembro, às 19h30minOnde - Praça Rui Lorenzi, em frente à Igreja Cristo ReiRealização: Famiglia Trentina di Santo AntãoApoio: Entidades e coros dedicados à cultura da imigração italiana de Bento Gonçalves.Informações: Ineri Delci Copat, (54) 3451.2702, (54) 9137.1001

Natal 1O quê - Espetáculo Anjos de NatalQuando - Dias 20 (domingo), 23 (quarta), 25 (sexta), 26 (sábado), 28 (segunda), 30 (quarta) Onde - Sacadas do Dall’Onder Grande Hotel, 21hRealização: Instituto Tarcísio Michelon e Rede de Hotéis Dall’OnderContato: (54) 3455.3553Gratuito

Natal 2O quê - 18ª edição no Natal BorbulhanteQuando - até 23 de dezembroOnde - praça Loureiro da Silva, Garibaldi

ExposiçãoO quê - Exposição da artista Therezinha SabbiQuando - até o dia 30 de dezembro Horário de visitação: de segunda a sex-ta, das 9h às 20hOnde - Sesc Bento Gonçalves

CongressoO quê - 65 º Congresso do Movimento TradicionalistaQuando - 08 a 10 de janeiro de 2016Onde - ABCTG

VindimaO quê - Bento em VindimaQuando - 14 de janeiro a 13 de março de 2016Onde - Bento Gonçalves

SolenidadeO quê - Passagem de Comando do 6º Batalhão de Comunicações do Coronel Alexander Eduardo Vicente Ferreira para o Tenente-Coronel Lucio Mauro Villote Moreira GuerraQuando - 15 de janeiro de 2016, 11hOnde - 6º Batalhão de Comunicações, São Roque

MostraO quê - Mostra Artística SóarteOnde - Fundação Casa das ArtesPeríodo - Até 31 de janeiro de 2016Horário - 8h às 11h45min e das 13h30min às 17h45minEntrada gratuita

FeiraO quê - Movelsul BrasilQuando - 14 a 18 de março de 2016Onde - Parque de Eventos de Bento Gonçalves

O músico Giovani Sztormovski, 26 anos, natural de Bento Gonçalves, com bacharelado em violão pela Universidade Federal de San-ta Maria (UFSM), há cerca de um ano, vem se apresentando ao ar livre em Bento Gonçalves, de onde tira parte de seu sustento através de doações. Sztormovski se apresenta em horá-rios variados na Via del Vino, centro da cidade, e, às vezes, em frente ao shopping L’América, no bairro São Bento e na praça das Rosas, na Cidade Alta. “Dependendo do tempo, eu toco todos os dias. Bento tem muito espaço para os artistas”, diz ele. As apresentações nas ruas são conciliadas com idas a Porto Alegre, para uma pós na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em música popular, e com aulas de violão que ministra na Fundação Casa das Artes. Sztormovski saiu de Bento com 17 anos para estudar em Santa Maria, retornando para a cidade em 2014. “Comecei vendo outros tocan-do nas ruas de Santa Maria. Não me era familiar. Experimentei e acabei gostando. A rua é dife-rente dos shows fechados. Tenho liberdade de horário e mais contato com as pessoas. Num restaurante ou evento, normalmente, o público não para pra me ver tocar”, conta o violonista.

Depois de se formar, o violonista viajou cer-ca de quatro anos pelo Brasil se sustentando com o dinheiro ganho com apresentações nas ruas. Ele morou um ano em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. Passou também por Brasília, pelo estado da Amazônia e pela capital catari-nense, Florianópolis. “Alguns apreciadores dão notas altas. Já recebi notas de R$100,00, no Rio de Janeiro. Nessas andanças, toquei com mú-sicos de várias vertentes. Os que mais me mar-

Giovani Sztormovski deixa os dias mais musicais nas ruas da cidade

Violonista, formado pela UFSM, tira parte de seu sustento com apresentações ao ar livre

caram foram os sambistas do Rio. Lá, peguei o ritmo da bossa nova e do samba”, conta ele. O repertório, segundo ele, se amplia conforme o gosto da plateia local. “O público de Bento, as-sim como de outras regiões do Brasil, tem gos-tos específicos por algumas músicas regionais”, explica. “A música serve pra mostrar o lado mais livre do ser humano. A arte está aí para libertar as pessoas. Seu valor é inestimável”, afirma o violonista que, em 2016, completará 10 anos de apresentações nas ruas.

Divulgação

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4 | Mosaico | 8 de dezembro de 2015

O Fundo Municipal de Cultu-ra (FMC) encerra 2015 com cerca de R$ 300 mil em caixa, com pre-visão de entrada de mais R$ 700 mil para 2016. A informação é da presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), Patrí-cia Regina Da Rold De Costa. “É muito importante que os artistas entrem com projetos. Precisamos usar esse dinheiro, do contrário ele voltará para a prefeitura”, sa-lienta ela. O edital para inscrições de projetos para o próximo ano

Um milhão para gastar com projetos culturais em 2016abre em fevereiro. O teto máximo para financiamento de projetos pelo FMC é R$ 30 mil, podendo ser contratado um projetista para ajudar na parte burocrática. “É ne-cessário muita atenção no edital, porque muitos projetos não pas-sam por falta de documentação”, ressalta Patrícia, destacando que os projetos não podem ser feitos com intuito de benefício monetário, e sim, fomento à cultura.

O Fundo Municipal de Cultura foi instituído, em 2010, pelo então

secretário Juliano Volpato, com o objetivo de financiar projetos de ar-tistas de Bento Gonçalves fomen-tando as artes no cenário local. Os recursos, por força de lei, são provenientes de impostos munici-pais. A verba é administrada pelo CMPC, que por sua vez é compos-to por representantes da socieda-de cultural e ocupantes de cargos públicos municipais.

Cada um dos segmentos pode possuir um representante titular e um suplente. O número de inte-

grantes do conselho é equivalen-te, ou seja, para cada participan-te da cultura há um do serviço público.

Segundo o secretário Flávio de Siqueira, de 2013 até agora, o FMC já financiou 54 projetos, re-passando R$ 1.181.188,43 para artes cênicas, audiovisual, músi-ca, artes visuais, artes plásticas, artesanato, literatura, leitura, pa-trimônio histórico artístico e cul-tural, folclore, culturas populares e tradicionais.

Movie Arte adquire salas de cinema do Shopping Bento

INFORME PUBLICITÁRIO

Empresa brinda município com estreia mundial de Star Wars no dia 17 deste mês

Por Lucas de Lucca

A empresa Movie Arte Cinemas, pro-prietária das duas salas de cinema do shopping L’América, no último mês de no-vembro adquiriu as três salas de cinema no Shopping Bento. A proprietária Roberta Gorniski diz que as reformas da primeira sala do Shopping Bento, com previsão de entrega para janeiro de 2016, fará a popu-lação ter orgulho de frequentar as sessões. “A expansão da rede em Bento é um gran-de passo, porque possibilita a exibição de mais filmes. A Movie Arte Cinemas vem se empenhando em tornar o público bento--gonçalvense assíduo, com promoções e estreias de grandes filmes, como o novo

FãsA fotógrafa Cibelli Cristina Habermann, 21 e o namo-

rado dela, o engenheiro mecânico Matheus Roosevelt Muraro, 23, fãs de Star Wars, esperam ansiosos pela es-treia no município. Muraro teve o primeiro contato com a franquia Star Wars com 10 anos de idade. Já Cibelli cres-ceu imersa na cultura de Star Wars, uma vez que seu pai é um grande fã do universo cinematográfico. Nenhum dos dois pode ir a cinemas em outros municípios por ocasião do último lançamento, em 2005. Agora, aguar-dam ansiosos pelo lançamento do sétimo episódio em Bento Gonçalves. “Tem que assistir na estreia porque se-não vamos levar algum spoiler da internet”, diz o casal.

Os produtos da marca, além do cinema, abrangem diversas mídias. Star Wars está presente nos videoga-mes, em livros, quadrinhos, mangás, action figures, brin-quedos, animações, vestuário, acessórios, utensílios e cama, mesa e banho. Antes mesmo da estreia, segundo a revista Isto É, Star Wars: o despertar da força já faturou 50 milhões de dólares nas vendas da pré-estreia.

O tema Star Wars tomou conta da publicidade de grandes empresas. Pelas prateleiras de supermercados, lojas de brinquedos e de vestuários, já é possível en-contrar produtos preparando os fãs para o novo longa--metragem. Os dois personagens que mais aparecem são o Darth Vader e Kylo Ren.

Star WarsO filme que será lançado pela Movie Arte Cinemas é o sétimo da

franquia. Os episódios IV, V e VI foram lançados, respectivamente, em 1977, 1980 e 1983. Já os episódios I, II e III tiveram suas estreias nos anos de 1999, 2002 e 2005. As obras foram idealizadas por George Lucas, o antigo dono da Lucas Films, hoje propriedade da Disney. Uma legião de fãs acompanha os filmes, séries animadas, jogos e produtos literários do universo fantástico da saga. Os três primei-ros filmes são chamados de Trilogia Original.

O personagem mais icônico dos seis filmes é Anakin Skywalker (Jake Lloyd, ep I, e Hayden Christensen, ep II e III), também co-

nhecido como Darth Vader (James Earl Jones, voz, e David Prowse). Do episódio I ao III, o filme acompa-nha o crescimento do protagonista e antagonista. Os

três filmes da trilogia original mostram ele como um sith, uma espécie de cavaleiro “mau”, o lado negro da força.

Os trailers de “O Despertar da Força”, mostram Kylo Ren (Adam Driver) como antagonista e os protagonistas são Ray, Finn e Poe Dameron.

Matheus e Cibelli aguardam ansiosos a estreia de Star Wars

Lucas de Lucca

Star Wars, aguardado pelos fãs. O público que antes ia aos cinemas de Caxias do Sul, hoje conta com a mesma qualidade na sua própria cidade”, afirma Roberta. A estreia de Star Wars: o despertar da força, nas sa-las do L’América, será no próximo dia 17, em sessões às 13h30min e às 21 horas.

As reformas que estão ocorrendo, em primeiro momento, numa sala do Shopping Bento englobam paredes e parte elétrica. Além disso, serão trocadas as poltronas e a tela. Também será instalado projetor digi-tal 3D, a exemplo dos existentes na filial do shopping L’América. “Queremos propor-cionar o que há de melhor para os nossos clientes de Bento Gonçalves. Vocês mere-cem um cinema exemplo”, diz Roberta.

Movie Arte Cinemas | Fone: 54 3454.1334 | www.movieartecinemas.com.br

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Mosaico | 8 de dezembro de 2015 | 5

Por Lucas de Lucca

As obras da última etapa do restauro do Museu do Imigrante estão sendo postadas numa pági-na do facebook, com atualizações semanais, como se o próprio prédio relatasse o que está acontecendo. Em uma das postagens mais re-centes, o “museu” mostrou que la-drilhos datados do início do século passado estavam cobertos por tinta e estruturas. O prédio que sedia o museu foi interditado em 2009. Em 2014, após processo licitatório, ini-ciou a primeira etapa das obras, com a retirada e a recuperação das aberturas de madeira. A previ-são inicial de término era dezembro deste ano. Agora, segundo a Ex-pressão Engenharia e Construções, vencedora do projeto licitatório da etapa, a obra será entregue em me-ados de abril de 2016. O restauro está sendo feito com R$ 750 mil arrecadados pela Fundação Casa das Artes através da Lei Rouanet,

O ser humano vem a este mundo condu-zido por forças universais que independem de sua vontade. Assim ele cresce e se desenvol-ve entre forças antagônicas, influenciado por fatores externos, mas tendo também que tirar suas próprias conclusões que, somadas à sua índole, o levam de livre arbítrio a praticar as suas ações. Permeado algures por dúvi-das e incertezas pode chegar um momento em que se defronta com indagações sobre o enigma existencial.

Lançado numa realidade por vezes hostil a que se obriga a enfrentar, o ser aos poucos vai percebendo os duros embates da vida, cabendo-lhe sempre evitar de cair em estado negativo, o que exige vigilância constante e o torna, se for perspicaz, apto a entender uma das premissas fundamentais da vida que é: “ou você domina as circunstâncias ou acaba-rá vítima delas.”

Em sua peregrinação numa jornada em que a todo o momento está sujeito a cair e a

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

A noite negra

Antonio Carlos KoffMédico, Cientista, Filósofo e Humanista

ter que se levantar, prossegue o ser humano nesse caminho que não tem volta e que segue um só rumo: “para a frente”.

Mas chegará um momento em que irá se deparar com um vácuo e a sensação de estar sozinho e de ter sido abandonado por tudo e por todos. Não terá condições naquela hora de discernir que tudo é uma unidade e que os seres estão permanentemente interligados.

É quando tudo lhe parece negro e vazio e ele não consegue vislumbrar mais perspectiva nenhuma pela frente, tendo a sensação frus-trante e enganosa de que nada valeu a pena e todo o seu esforço foi em vão.

Essa provação é inevitável e o ser terá um dia que passar por ela, porém a noite negra é sempre o prenúncio da iluminação que se aproxima, mas o que algumas vezes acontece é que, naquela hora, o ente está conturbado demais para perceber a suave voz do Senhor que mansamente lhe sussurra: “Não temas, EU SOU contigo.”

Museu do Imigrante em última etapa de restauroEvolução das obras está sendo postada semanalmente em página do facebook

História do MuseuSegundo o histórico, o prédio

foi construído pelo Estado em 1912, para sediar a Estação de Sericultu-ra, com bichos da seda produzindo tecido. Em 1917, o prédio passou a ser denominado de Escola Agrícola e Zootécnica, com a realização de todos os processos da seda. Nos anos 20, a escola foi fechada e o prédio repassado para a prefeitu-ra. Em 1929, a Sociedade Amigos Planalto alugou o prédio para usar como anexo do Hotel de Veraneio Planalto. Oito anos depois, em

com pessoas físicas e jurídicas do município.

“O prédio será entregue na sua forma mais original possível. Ver esse museu fechado por tanto tempo é uma vergonha e nós, da atual administração da Fundação Casa das Artes, temos que resol-ver a questão”, diz o presidente da Fundação Casa das Artes de Ben-to Gonçalves, Jovino Nolasco de Souza. Ele acrescenta que os tijo-los e esquadrias, entre outros ma-teriais, estão sendo numerados e catalogados para as reproduções. A única diferença entre as originais e as novas, segundo a arquiteta e urbanista Cristiane Bertoco, é o tipo

de madeira. “Para diferenciar uma peça antiga de uma recém-monta-da é usada outra qualidade de ma-deira que muda um pouco o tom”, explica ela. Cristiane comenta que, em reformas anteriores, portas ha-viam sido tapadas e novas tinham sido feitas no lugar. “Durante a obra estas portas não originais foram fe-chadas e as antigas reabertas ou mantidas”, complementa.

1937, a prefeitura vendeu o prédio para a Sociedade Amigos Planal-to. Entre os anos de 1948 a 1952 o Estado retomou a posse do prédio. Ainda em 1952, o Estado doou o prédio para a prefeitura, que voltou a vender a edificação para o Hotel Planalto.

Um incêndio em 1953 destruiu parte do prédio original. Sete anos depois, a Sociedade Planalto ven-deu o prédio para a prefeitura, que passou a usá-lo como escritório, armazém, hospedaria e residência. Em 1974, através de lei do Executi-vo aprovada pelo Legislativo, foi de-cretado que o imóvel serviria para preservar a memória coletiva e pa-trimônio cultural da cidade. Em 21 de maio de 1974, foi aberto ao pú-blico o museu de Bento Gonçalves. O museu ficou vinculado ao poder público até 1987, quando passou a ser mantido pela Casa das Artes. Apenas em 2005, o prédio recebeu o nome de Museu do Imigrante, como é conhecido hoje.

Divulgação

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ReflexãoPor Paulo R. Wünsch

Professor

6 | Mosaico | 8 de dezembro de 2015

do malA banalidade

crise dos valores civilizatórios da modernidade manifestou--se de maneira abrangente, densa e grave neste ano. Al-

guns fatos recentes indicam essa crise, entre eles, pode-se citar a ameaça à paz pela globalização do terrorismo e ex-pansão dos conflitos bélicos pelas cha-madas razões geopolíticas e religiosas. Além disso, houve o aumento da xe-nofobia diante da crise humanitária em razão da crescente onda de refugiados e de imigrantes. Também destaca-se a crise ambiental devido à destruição da natureza causada pela lógica econômica do lucro, bem como a defesa do retor-no a regimes políticos ditatoriais e apoio a ações que ameaçam os princípios do Estado Democrático de Direito. Houve, ainda, o aumento do individualismo, na medida em que as pessoas colocam seus interesses acima dos interesses coleti-vos. Igualmente cresceu a demonstração à homofobia em detrimento ao direito ao amor.

Estes fatos fazem parte dos noticiá-rios diários, o que indica a gravidade da

crise dos valores civilizatórios prometidos pela valorização da racionalidade humana surgida com o capitalismo. A promessa da garantia dos direitos fundamentais não se efetivou, afinal o direito à vida encontra-se ameaçado pelo terrorismo, pelas guerras, pela criminalidade, pelos desastres am-bientais e pela pobreza. A igualdade, ou seja, que todos têm os mesmos direitos e devem ser tratados da mesma maneira, ocorre apenas de forma protocolar pois, na realidade concreta, isso não se efeti-vou diante da exclusão social e da into-lerância. A liberdade de manifestação e de ir e vir é impedida pela repressão, pela legislação e pelo aumento dos muros e das barreiras entre países. A fraternida-de, enquanto expressão da solidariedade, encontra-se enfraquecida diante do pre-domínio do individualismo.

O não cumprimento das promessas civilizatórias, assim como muitas outras, ocorre sem que haja um questionamento das causas originárias dessa degradação dos direitos. Apenas para exemplificar isso: em nosso país muitas pessoas defen-dem a redução da maioridade penal ou

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ReflexãoMosaico | 8 de dezembro de 2015 | 7

aumento de medidas punitivas como forma de combate à cri-minalidade, porém, não procuram verificar qual a origem da criminalidade e, assim, sugerem medidas que não enfrentam o conjunto das suas causas.

A partir do exposto, pode-se dizer que na sociedade atual há um predomínio da “banalidade do mal”1, uma vez que as pessoas se limitam a reproduzir ideias e ações de acordo com um determinado status social, sem fazer uma reflexão e ques-tionamento da realidade. Certamente que, para isso, colabora

o fato de predominar a falta de um pensamento crítico. Por-tanto, há carência de uma análise que dê conta de uma

realidade complexa, permeada por contradições e em constante transformação.

Essa “banalidade do mal” contribui para que seja negada a possibilidade de a outra pessoa

ser sujeito de direitos, assim como o de ques-tionar as ideias que predominam na socieda-de. Ao assim proceder, impede-se uma rela-ção fraterna entre as pessoas, tornando as relações sociais cada vez mais opressivas e intolerantes. Talvez aqueles que assim pro-cedam não percebam que a anulação do direito do outro significa uma regressão e um distanciamento dos valores civiliza-tórios, atingindo a todos.

Assim, é profundamente triste e aterrador, do ponto de vista humani-tário, o que algumas pessoas são ca-pazes de fazer e dizer para o outro. Simplesmente seguem as tendências dominantes, sem considerar uma

opção ética e responsável, baseada nos valores civilizatórios do res-

peito às diferenças.Isso permite entender as

inúmeras situações em que há uma perversão dos va-lores civilizatórios em meio

1 Conceito desenvolvido pela filósofa Hannah Arent na sua obra Eichmann em Jerusalém, a qual busca demonstrar que o vazio de pensamento crítico permite a instalação da banalidade do mal, torná-lo comum.

2 Conceito desenvolvido pelos filósofos Max Horkheimer e Theodor Adorno para destacar o processo de dominação da cultura pela lógica do capital, na obra O iluminismo como mistificação das massas no ensaio Dialética do Esclarecimento.

a uma sociedade marcada por profundas desigualdades sociais, étnicas e regionais. Uma das formas de revelação dessa negação civilizatória é a estigmatização de manei-ra inadequada de quem defende a paz, considerado in-gênuo. Quem advoga os direitos humanos é classificado como defensor de bandidos, quem defende a natureza é tido como um radical contrário ao progresso, quem luta contra o racismo e a xenofobia é tratado como inimigo da nação ou da sociedade, quem afirma o direito ao amor, de ser contrário à natureza humana de gênero.

Certamente, a massificação da cultura contribui para a construção e fortalecimento desse senso comum, atra-vés da “indústria cultural”2, que provoca uma manipula-ção das pessoas na medida em que elas absorvem mensa-gens presentes no entretenimento e, sem que percebam, adotam determinado comportamento. Nesse sentido, a opinião pública é uma reprodução da opinião de grupos econômicos publicada em meios de comunicação de mas-sa, representando os interesses de uma minoria, uma vez que se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque aceitam ideias e cumprem ordens sem questionar. Assim, a “indústria cultural” fomenta a “banalidade do mal”, ou seja, a crise dos valores civiliza-tórios evidenciados na prática do mal que não acontece por atitude deliberadamente maligna, mas pelo processo de manipulação.

É preciso reativar o debate e o diálogo em detrimento das agressões verbais e físicas. É necessário fortalecer a alteridade, isto é, as relações de interação e dependência com o outro, reconhecer que somente existo a partir do contato com os outros.

Nesse sentido é indispensável que as pessoas tenham a capacidade de se colocar no lugar do outro, estabelecer uma relação baseada no diálogo e valorização das dife-renças existentes. Portanto, para superar a crise civiliza-tória é necessário superar a “banalidade do mal”, o que implica construir uma sociedade fundada efetivamente no humanismo.

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APOLLO 0Ernani Cousandier

e Jorge Marini