QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO COM A REALIDADE! Mostra Interativa Nacional da PNH -II...

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QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO COM A QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO COM A REALIDADE! REALIDADE! Mostra Interativa Nacional da PNH -II Seminário Estadual de Humanização; -III Mostra Estadual de Saúde da Família; -I Mostra de Experiências Bem Sucedidas no SUS/RN. Autores: Macêdo, D.S ; Oliveira, C.O.P.; Leite, R.C.B.; Campero, P.K.N.; Pinto, S.B.R. Orientadores : Rocha, NSPD; Souza, LMF. Introdução Introdução A violência doméstica contra crianças e adolescentes é uma realidade inegável, sendo responsável por altas taxas de morbimortalidade, e considerada um grave problema de saúde pública. Mesmo diante das inúmeras tentativas legislativas de amparo à infância, a realidade apresenta lacunas não preenchidas no que diz respeito ao abandono infantil. É essencial o entendimento de que a privação de laços afetivos durante a infância interfere no desenvolvimento saudável da criança, podendo afetar suas relações com o outro e com o meio que a cerca. O princípio que deve nortear a ação dos que trabalham com crianças em situação de abrigo deverá ser sempre o de garantir à criança as condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento, e referendadas pelo Estatuto da Criança e Adolescente. OBJETIVO OBJETIVO O objetivo deste estudo consistiu em identificar o perfil institucional e de crianças abrigadas na casa de passagem II, com idade de 6 a 12 anos, analisando sua relação de vínculo com a instituição e com seus familiares, considerando que a rede de apoio social representa um importante aspecto na resiliência destas crianças e no seu cuidado integral. METODOLOGIA Baseada na revisão bibliográfica, análise documental e aplicação de questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas dirigidas às crianças abrigadas sobre o perfil e opinião das mesmas e, aos profissionais e gerentes, sobre o perfil estrutural da casa. As crianças também CONCLUSÃO Sair do ambiente de confinamento hospitalar, cenário hegemônico da formação médica, e confrontar com uma realidade complexa e totalmente distinta, é algo indescritível para os estudantes. A formação de pré-conceitos é sempre alterada quando se opta por vivenciar. As crianças abrigadas na casa de passagem, não por vontade, mas por necessidade, são crianças que possuem sonhos, amam e desejam vínculos, cuidados, amparo, e família.(presentes nos relatos e desenhos). Essa privação de laços afetivos durante a infância acaba por interferir no sistema imunológico, e desenvolvimento integral da criança, comprovado na prática. REFERÊNCIAS Figura 01: Desenhos realizados pelas crianças da casa de passagem II Figura 02: Imagem do dia da aplicação do questionário Fonte: Macêdo, 2009.

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Page 1: QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO COM A REALIDADE! Mostra Interativa Nacional da PNH -II Seminário Estadual de Humanização; -III Mostra Estadual de Saúde.

QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO QUEBRA DE PRECONCEITOS: O CONFRONTO COM A REALIDADE!COM A REALIDADE!

Mostra Interativa Nacional da PNH-II Seminário Estadual de Humanização;

-III Mostra Estadual de Saúde da Família;-I Mostra de Experiências Bem Sucedidas no SUS/RN.

Autores: Macêdo, D.S; Oliveira, C.O.P.; Leite, R.C.B.; Campero, P.K.N.; Pinto, S.B.R.Orientadores: Rocha, NSPD; Souza, LMF.

IntroduçãoIntroduçãoA violência doméstica contra crianças e adolescentes é uma realidade

inegável, sendo responsável por altas taxas de morbimortalidade, e

considerada um grave problema de saúde pública. Mesmo diante das

inúmeras tentativas legislativas de amparo à infância, a realidade

apresenta lacunas não preenchidas no que diz respeito ao abandono

infantil. É essencial o entendimento de que a privação de laços afetivos

durante a infância interfere no desenvolvimento saudável da criança,

podendo afetar suas relações com o outro e com o meio que a cerca. O

princípio que deve nortear a ação dos que trabalham com crianças em

situação de abrigo deverá ser sempre o de garantir à criança as condições

necessárias para o seu pleno desenvolvimento, e referendadas pelo

Estatuto da Criança e Adolescente.

OBJETIVOOBJETIVOO objetivo deste estudo consistiu em identificar o perfil institucional e de

crianças abrigadas na casa de passagem II, com idade de 6 a 12 anos,

analisando sua relação de vínculo com a instituição e com seus familiares,

considerando que a rede de apoio social representa um importante

aspecto na resiliência destas crianças e no seu cuidado integral.

METODOLOGIABaseada na revisão bibliográfica, análise documental e aplicação de

questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas dirigidas às

crianças abrigadas sobre o perfil e opinião das mesmas e, aos profissionais

e gerentes, sobre o perfil estrutural da casa. As crianças também foram

solicitadas a realizarem um desenho com tema livre. que será

posteriormente analisado por psicólogos.

RESULTADOSAs crianças foram receptivas em relação às perguntas e todas realizaram a

tarefa do desenho. Em sua maioria são crianças do sexo masculino, em

média com 09 anos de idade, morando há três meses na casa. A falta de

amparo familiar foi a principal causa do abrigo. Demonstraram satisfação

com o abrigo, ao mesmo tempo houve relatos de fugas e reclamações,

que podem revelar carência afetiva em relação a vínculos familiares,

quando da afirmação que a maior expectativa delas é a de voltar ao

convívio familiar.

CONCLUSÃOSair do ambiente de confinamento hospitalar, cenário hegemônico da

formação médica, e confrontar com uma realidade complexa e

totalmente distinta, é algo indescritível para os estudantes. A formação

de pré-conceitos é sempre alterada quando se opta por vivenciar. As

crianças abrigadas na casa de passagem, não por vontade, mas por

necessidade, são crianças que possuem sonhos, amam e desejam

vínculos, cuidados, amparo, e família.(presentes nos relatos e

desenhos). Essa privação de laços afetivos durante a infância acaba por

interferir no sistema imunológico, e desenvolvimento integral da

criança, comprovado na prática.

REFERÊNCIASALEXANDRE, Diuvani Tomazoni ; VIEIRA, Mauro Luís. Relação de apego entre crianças institucionalizadas que vivem em situação de abrigo. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 2, p. 207-217, mai./ago. 2004. CAMPOS, Denise. Criança Institucionalizada:aspecto motor. SAÚDE REV., Piracicaba, 7(15): 65-66, 2005. ZEM-MASCARENHAS, Silvia Helena; DUPAS, Giselle. Conhecendo a experiência de crianças institucionalizadas. Rev Esc Enferm USP 2001; 35(4): 413-9.

Figura 01: Desenhos realizados pelas crianças da casa de passagem II

Figura 02: Imagem do dia da aplicação do questionárioFonte: Macêdo, 2009.