Quem são os doentes em Fibrilhação Auricular com indicação ... · H A S ² B L E D Stroke...

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25 de Outubro 6ª feira Quem são os doentes em Fibrilhação Auricular com indicação para anticoagulação oral António Pedro Machado Carlos Rabaçal 2014

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25 de Outubro – 6ª feira

Quem são os doentes em Fibrilhação

Auricular com indicação para

anticoagulação oral

António Pedro Machado

Carlos Rabaçal

2014

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CHA2DS

2 - VASc

Diabetes

Idade ≥ 75 anos

Hipertensão

Insuf. Cardíaca

AVC/AIT/Tromboembolismo

Idade 65-74 anos

Sexo Fem.

Doença Vascular

Score máximo=9

Score = 1 → Considerar anticoagulação Score ≥ 2 → Recomendada anticoagulação

Score de risco isquémico

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H A S – B L E D

Stroke (AVC)

Analysis• Função renal – 1 ponto

• Provas hepáticas – 1 ponto

Hypertension

Elderly > 65

Drugs -1

Alcool -1

Labil INR

Bleeding

Score ≥ 3 → Risco elevado

Score de risco Hemorrágico

Score máximo=9

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Avaliação do risco hemorrágico

Score HAS-BLED

HAS-BLED Característica clínica Pontuação

H Hipertensão 1

A Função renal e hepática anormal (1 ponto cada)

1 ou 2

S AVC 1

B Hemorragia 1

L INR lábil 1

E Idoso (idade > 65 anos) 1

D Fármacos ou álcool (1 ponto cada) 1 ou 2

Analysis

Stroke

Bleeding

Labil INR

Elderly

Drugs

Hypertension

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Fibrilhação Auricular

FA valvular

<65 anos, isolada

Calcular o risco de AVC CHA2DS2-VASc

0 1 ≥2

Anticoagulação oral

Calcular risco hemorrágico HAS-BLED

Ter em conta os valores e as preferências do doente

Novos ACO Antag. Vit K Sem terapêutica antitrombótica

Sim

Não

Sim

Não

European Heart Journal (2012) 33, 2719–2747

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BMJ 1998;317:703-13

Avaliar o risco hemorrágico nos doentes com indicação

para anticoagulação

Risco isquémico Risco hemorrágico

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Característica clínica

Definição

Hipertensão PAS > 160 mmHg

Função renal anormal Diálise crónica, transplante renal ou creatinina sérica ≥ 2.25 mg/dl

Função hepática anormal

Doença hepática crónica (ex: cirrose) ou alterações bioquímicas: • Bilirrubina> 2x limite superior normal associada • AST/ALT/Fosfatase alcalina > 3x limite superior do normal

Hemorragia Antecedentes hemorrágicos e/ou predisposição para hemorragia (ex: diátese hemorrágica, anemia, etc.)

INR lábil Dificuldade em manter o INR dentro do intervalo terapêutico

Fármacos ou álcool Consumo de anti-agregantes plaquetários, AINE ou abuso de bebidas alcoólicas

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Thromb Res 2006;117:493–9.452

INR

AVC isquémico

Hemorragia intracraniana

Varfarina - Intervalo terapêutico estreito

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XII

XI

IX

VIII VII

X

V

II

I

Coágulo de

Fibrina

Inibidores do Factor Xa

Rivaroxaban

Apixaban

Inibidores do Factor IIa

Dabigatran

Os novos anticoagulantes orais

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Novos anticoagulantes orais

AVC isquémico AVC hemorrágico

=↓ ↓ D150 NNT=134

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• Efeito previsível sem necessidade de monitorização

• Menos interacções medicamentosas e com os alimentos

• Semi-vida de eliminação mais previsível

• Melhor relação eficácia / segurança

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Vantagens dos novos anticoagulantes (nACOs) sobre os antagonistas da vitamina K na prevenção do trombo-embolismo em doentes com FA não valvular

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AVK para novo ACO INR <2.0 → imediato INR 2.0–2.5 → imediato ou no dia seguinte INR >2.5 → recalcular

HBPM para novo ACO Iniciar quando a nova dose seria administrada

Novo ACO para AVK

Fazer sobreposição até atingir INR dentro do intervalo terapêutico Monitorização periódico do INR como habitualmente

AAS ou clopidogrel para novo ACO

Imediato, excepto se estiver a fazer dupla antiagregação

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Switching entre regimes de anticoagulação

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Falha de uma toma

2xdia – fazer uma dose até 6 h após a toma em falta. Se impossível, omitir a toma e fazer a próxima dose conforme calendarizado.

1xdia – fazer uma dose até 12 h após a toma em falta. Se impossível, omitir a toma e fazer a próxima dose conforme calendarizado.

Duplicação da dose

2xdia – omitir a próxima dose e retomar o esquema posológico habitual dentro de 24 h.

1xdia – manter o regime habitual.

Incerteza sobre a toma do medicamento

2xdia – fazer a próxima toma como habitualmente

1xdia - fazer uma nova dose e continuar o regime habitual.

Overdose Internamento recomendado.

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Como lidar com erros na toma do novo ACO

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Fazer a intervenção com os níveis do anticoagulante “em vale”.

Considerar programar a intervenção para 18-24 h após a última toma e retomar

o tratamento 6 h depois (omitir uma dose se estiver a fazer um novo ACO 2xdia)

• Intervenções dentárias

• Extração de 1 a 3 dentes

• Cirurgia paradontal

• Incisão de abcesso

• Implante dentário

• Oftalmologia

• Cirurgia de cataratas ou glaucoma

• Endoscopia sem cirurgia

• Pequena cirurgia (e.g. drenagem de abcesso, dermatológica superficial)

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Intervenções que não necessitam necessariamente de suspensão do anticoagulante

Doentes que vão ser submetidos a cirurgia programada

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EHRA practical guide on the use of

new oral anticoagulants in patients with non-

valvular atrial fibrillation

Hein Heidbuchel1, M.D., Ph.D., Peter Verhamme1, M.D., Ph.D., Marco Alings2, M.D., Ph.D.,

Matthias Antz3, M.D., Werner Hacke4, M.D., Jonas Oldgren5, M.D., Ph.D.,

Peter Sinnaeve1, M.D., Ph.D., A. John Camm6, M.D., Paulus Kirchhof7, M.D., Ph.D.

1. Department of Cardiovascular Medicine, University Hospital Gasthuisberg, University of Leuven,

Leuven, Belgium; 2. Department of Cardiology, Amphia Ziekenhuis, Breda, Netherlands; 3. Department of Cardiology, Klinikum Oldenburg,

Oldenburg, Germany; 4. Department of Neurology, Ruprecht Karls Universität, Heidelberg, Germany; 5. Uppsala Clinical Research Center and

Dept of Medical Sciences, Uppsala University, Uppsala, Sweden; 6. Clinical Cardiology, St George’s University, London, United Kingdom;

7. University of Birmingham Centre for Cardiovascular Sciences, Birmingham, UK, and Department of Cardiology and Angiology,

University of Münster, Germany

www.escardio.org/EHRA

www.NOACforAF.eu