Questionário de Periodontia

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UNIVERSIDADE TIRADENTES ODONTOLOGIA ANTÔNIO JOSÉ SILVA DOS SANTOS QUESTIONÁRIO DE PERIODONTIA Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Periodontia, ministrada pelo Prof. Eleonora de Oliveira Bandolin Martins.

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Page 1: Questionário de Periodontia

UNIVERSIDADE TIRADENTESODONTOLOGIA

ANTÔNIO JOSÉ SILVA DOS SANTOS

QUESTIONÁRIO DE PERIODONTIA

Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina

, ministrada pelo Prof.

Aracaju

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Questionário de Periodontia extraído do livro “Instrumentação em Periodontia Contemporânea”

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO DO CAPÍTULO 1 (PÁGINA 06):

1º) O que é postura equilibrada de referência?

É definida como a postura do clínico que está preparado para desempenhar atos de grande precisão com grande controle e com uma quantidade mínima de esforço e desgaste físico do operador. Espera-se que o operador chegue a essa postura quando vários elementos ergonômicos como: cabeça, ombros, braços, antebraços, pulsos, mãos, costas, quadris, coxas, pernas e pés encontrem-se numa conjectura em que não haja incômodo, esforço físico em demasia e tensão muscular.

2º) Onde é o ponto de controle ótimo?

Sistematicamente é localizado onde o clínico possa efetuar uma tarefa com máximo de controle e precisão sem assim comprometer seu estado de postura equilibrada de referência. Devendo corresponder em outras palavras, a altura da cavidade oral do paciente.

3º) Como se determinam esses pontos?

Segundo o livro-texto “Instrumentação em Periodontia Contemporânea” pode-se chegar a esse ponto utilizando-se de uma atividade simples e fácil. O operador estando em sua posição (postura) equilibrada de referência faz um movimento com seus dedos (polegares e indicadores) das duas mãos, trazendo-os para sua frente mimetizando a ação de se colocar um fio numa agulha qualquer. É aconselhado que esse momento o mesmo esteja de olhos fechados. Quando encontrar um ponto no espaço a sua frente onde se sinta bem para efetuar a ação de colocar um fio numa agulha, assuma-o e mantenha-o. Vale lembrar que esse ponto pode sofrer mudanças quando a pessoa abrir os olhos como inclinar a cabeça para baixo. Tende-se evitar movimentos que resultem no comprometimento da postura equilibrada de referência.

4º) Alguém pode lhe dizer qual é a sua postura equilibrada de referência?

Não. A postura equilibrada de referência é resultado da autoderivação proprioceptiva, dessa forma, cada pessoa define a postura e posições mais confortáveis para ela mesma.

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO DO CAPÍTULO 2 (PÁGINA 20):

1º) Como o paciente deve ser posicionado para que o clínico mantenha sua postura equilibrada durante a instrumentação?

O paciente deverá se encontrar em posição supina, como tronco paralelo ao solo.

2º) Quais são as cinco variáveis de posicionamento que podem ser ajustadas para ajudar a manter a postura equilibrada?

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V1 (Clínico) – refere-se ao deslocamento do clinico em torno da cabeça do paciente para assim ter acesso a várias áreas da cavidade bucal. As posições são designadas de acordo com as horas de um relógio, onde que a posição de referência ou inicial é a de 12h.

V2 (Inclinação da cabeça do paciente) – refere-se à inclinação da cabeça do paciente no plano ântero-posterior para melhor acesso do operador clínico. Essa inclinação é associada com o arco e/ou qual superfície será a trabalhada. A posição de referência, ou inicial, é chamada de N (neutra) e corresponde à colocação da cabeça do paciente de modo que o plano oclusal maxilar esteja aproximadamente perpendicular ao solo. As possíveis faixas de inclinação da cabeça do paciente são: Neutra (N); Anterior (A) e Posterior (P). V3 (Rotação da cabeça do paciente) – refere-se ao movimento de rotação da cabeça do paciente para direita ou esquerda para melhor visualização do arco ou área desejada. O ponto de referência é definido como N(neutro) e corresponde a posição da cabeça do paciente para frente, não virada para direita ou esquerda. Existem além da posição N, mais 4 posições possíveis da cabeça: R1 (levemente para direita); R2 (extrema direita); L1 (levemente esquerda) e L2 (extrema esquerda).

Abertura Intrabucal – refere-se à máxima abertura da boca para alcançar a maior parte das áreas da cavidade oral. Em determinadas situações, como para visualizar a bochecha ou algum dente posterior, será aconselhado que o paciente feche um pouco a boca.

Altura do Suporte do Paciente – refere-se à altura da cadeira ou suporte do paciente que é regulável e é definida antes de iniciar cada procedimento ou exercício.

3º) Qual a faixa de posições no relógio que permitem um canhoto trabalhe na postura equilibrada? E um destro?

Canhoto: Entre 02h00 e 11h30 (sentido anti-horário) Destro: Entre 10h00 e 12h30 (sentido horário)

4º) O paciente deve ficar com abertura intrabucal máxima para acesso a todas as áreas da boca?

Não. Para se acessar, por exemplo, a superfície vestibular ou da bochecha, de um dente posterior, a tarefa será mais bem conduzida se o paciente fechar um pouco a boca. 5º) Como o clínico determina a altura correta da cadeira do paciente?

Uma vez que o paciente esteja na posição supina, a altura da cadeira deve ser ajustada para que a boca do paciente esteja na altura do ponto de controle ótimo do clínico, como determinado no exercício do capítulo 1, próximo ao nível do coração do operador. 6º) Como a disposição dos instrumentos na bandeja pode causar distorção indevida do pulso?

Se os instrumentos não estiverem no lado dominante e colocado de forma avulsa, vertical e sem ordem lógica, o pulso do clinico poderá sofrer distorções para se conseguir alcançar os objetos na bandeja.

7º) Por que a localização da bandeja de instrumentos, do refletor e dos pedais é importante?

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Para prevenir a ativação acidental dos equipamentos ou movimento da posição da cadeira, o que poderia ser perigoso, mas ainda permitiria a ativação intencional com um mínimo de esforço do operador. Dessa forma, recomenda-se que os pedais de controle da cadeira ou dos instrumentos rotatórios devem ficar fora da área de movimentação normal dos pés. O refletor de luz deve estar numa altura que evite que o clínico ou paciente esbarrem acidentalmente nele.

Questionário Extra

1º) O que é biossegurança?

Biossegurança pode ser definido como um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Quando aplicado a Odontologia, entende-se como mecanismo ativo que viabiliza a minimização das infecções entre paciente e cirurgião dentista/equipe de saúde e paciente com paciente. Vale lembrar que a atividade odontológica está inserida em ambiente bastante contaminado, seguir as normas e as diretrizes trazem a segurança e confiança que o trabalho ali realizado trará resultados benéficos para a vida do paciente.

2º) O que é ergonomia?

A Ergonomia, como ciência, é um conjunto de saberes multidisciplinares aplicado na organização da atividade laborativa e nos elementos que compõem o posto de trabalho, com o objetivo de se estabelecer um ambiente seguro, saudável e confortável, prevenindo agravos à saúde e contribuindo para a eficiência produtiva de uma determinada profissão ou ato em geral. Dentro desse contexto, a Ergonomia aplicada à Odontologia tem como finalidade obter meios e sistemas para diminuir o estresse físico e cognitivo, prevenir as doenças ocupacionais relacionadas à prática odontológica, buscando uma produtividade mais expressiva, com melhor qualidade e maior conforto, tanto para o profissional quanto para o paciente em si.

3º) O que é desinfecção e como se faz no atendimento clínico odontológico?

É processo de destruição da maioria dos microrganismos em forma vegetativa (exceção dos esporos), mediante a aplicação de agentes químicos e/ou físicos. A desinfecção é utilizada somente para objetos inanimados. Este processo deve definir a potência de desinfecção, de acordo com o artigo a ser tratado. Block, 2001 classifica a desinfecção como sendo de baixo, médio e alto nível. Em ambiente odontológico pode –se efetuar com auxílio de desinfetantes que também tem função esterilizante (aumento de concentração e tempo). Deve-se proceder sempre com a utilização de todos os equipamentos de proteção individual (EPI’S) e em ambiente seguro e aconselhado previamente.

Médio nível

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Álcool a 70%: Fricção, em três etapas intercaladas pelo tempo de secagem natural, totalizando 10 minutos. Possui um espectro Tuberculicida, bactericida, fungicida e viruscida; não é esporicida. Tem como vantagem: fácil aplicação, ação rápida, compatível com artigos metálicos, superfícies e tubetes de anestésicos. Muito embora, seja Volátil, inativado por matéria orgânica, inflamável, opacifica acrílico, resseca plásticos e pode danificar o cimento das lentes dos equipamentos ópticos; deve ser armazenado em áreas ventiladas.

Hipoclorito de sódio a 1%: Age por imersão, durante 30 minutos. Superfícies com matéria orgânica, aplicar por 2 a 5 minutos e proceder à limpeza. Age em bactérias, fungos, vírus, e esporos. É compatível no uso de Ação rápida indicado para superfícies e artigos não metálicos e materiais termossensíveis, mas é instável, corrosivo, inativado na presença de matéria orgânica.

Alto nível Glutaraldeído a 2%: a solução química deve permanecer junto com o material infectado em imersão pelo tempo mínimo de 30 minutos para ocorrer a desinfecção. Age em fungos, bactérias, vírus, micobactérias e em esporos. Tem como vantagem: não é corrosiva, ação rápida e atividade germicida mesmo em presença de matéria orgânica. Muito embora, seja irritante para pele e mucosas, vida útil diminuída quando diluído (efetivo por 14 a 28 dias, dependendo da formulação).

Acido peracético de 0,001 a 0,2%: a solução química deve permanecer junto com o material infectado em imersão pelo tempo mínimo de 10 minutos para ocorrer a desinfecção. Age em fungos, bactérias, vírus e em esporos. Tem como vantagem: não formar resíduos tóxicos, efetivo na presença de matéria orgânica, rápida ação em baixa temperatura. Muito embora, instável quando diluído e corrosivo para alguns tipos de metais, ação que pode ser reduzida pela modificação do pH.

4º) O que é esterilização e como se faz no atendimento clínico odontológico?

Processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos. Considera-se artigo esterilizado quando a probabilidade de sobrevivência dos microorganismos que o contaminam for menor que 1:1000000.

Na Odontologia, os processos de esterilização indicados são:a) Físicos: utilizando-se o vapor saturado sob pressão (autoclave) e calor seco (estufa).b) Químicos: utilizando-se soluções de glutaraldeído a 2% e de ácido peracé-tico a 0,2%.

Calor Úmido (Autoclaves)

Vapor saturado sobre pressão é realizado em autoclave, onde os microorganismos são destruídos pela ação combinada da temperatura, pressão e umidade, que promove a termocoagulação e a desnaturação das proteínas da estrutura genética celular. Recomenda-se: temperatura entre 121° C a 127° C (1 atm pressão) por 15 a 30 minutos e 132° C a 134° C (2 atm pressão) por quatro a sete minutos de esterilização.Atualmente, existem três tipos de autoclave disponíveis no mercado: •Gravitacional: o ar é removido por gravidade, sendo que o ar frio, mais denso, tende a sair por um ralo colocado na parte inferior da câmara, quando o vapor é admitido. No Brasil, as

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autoclaves destinadas à Odontologia funcionam, em quase sua totalidade, pela forma de deslocamento por gravidade;

•Pré-vácuo: o ar é removido com o uso de bombas de vácuo, podendo ser um único pulso (alto vácuo) ou seguido injeções e retiradas rápidas de vapor (pulsos de pressurização).

•Ciclo flash: recomendado para esterilização apenas em situações de uso imediato do artigo seja acidentalmente contaminado durante um procedimento ou na ausência de artigo de reposição.

Calor Seco (Estufas)

Já a forma de calor seco consiste na produção de calor gerado por resistências elétricas. A temperatura dentro da câmara não é uniforme devido à diferença de densidade entre o ar frio e quente. Por meio da movimentação do ar no interior da câmara ocorre a circulação do ar aquecido, elevando a temperatura. A esterilização pelo calor seco requer altas temperaturas e longo tempo de exposição em virtude da lenta propagação de calor. Portanto este agente esterilizante só deve ser utilizado quando o contato direto do material com vapor sob pressão é indesejável ou inadequado. Somando-se o fato que em meio anidro, os microrganismos adquirem acentuada resistência ao calor. É recomendada por organismos nacionais e internacionais apenas para óleos e pós na área médica e para alguns tipos de brocas e alicates ortodônticos na Odontologia (CDC 2003).

Glutaraldeído a 2%

Sua ação germicida se dá pela alquilação de grupos sulfidril, hidroxil, carboxil e amino, grupos de componentes celulares, alterando o RNA, DNA e as sínteses protéicas. Após a realização da limpeza e secagem do artigo, este deve ser imerso totalmente na solução de glutaraldeído a 2%, em recipiente de plástico e com tampa, por 10 horas. O profissional deve fazer uso de EPIs durante a manipulação, tais como avental, luvas de borracha (butílica/viton), óculos e máscaras próprias para vapores orgânicos. O enxágüe final deve ser rigoroso, em água estéril, e a secagem, com compressas esterilizadas, é obrigatória, devendo o artigo ser utilizado imediatamente. É recomendado que o manuseio desta solução seja realizado em ambiente com boa ventilação.

Acido peracético a 0,2%

O ácido peracético a 0,2% promove desnaturação de proteínas, alteração na permeabilidade da parede celular, oxidação de ligações sulfidril e sulfúricas em proteínas, enzimas e outros componentes básicos. Deve-se salientar que a esterilização química deve ser utilizada somente nas situações em que não há outro recurso disponível.

Recomenda-se que toda atividade de esterilização siga esses passos fundamentais: