questões PIB
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Introdução à Economia
1º/2009
1
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LLLLLLLLIIIIIIIISSSSSSSSTTTTTTTTAAAAAAAA DDDDDDDDEEEEEEEE EEEEEEEEXXXXXXXXEEEEEEEERRRRRRRRCCCCCCCCÍÍÍÍÍÍÍÍCCCCCCCCIIIIIIIIOOOOOOOOSSSSSSSS
(Unidade 3)
Conceitos importantes:
1) Definição de produto
2) Fluxo circular da renda
3) As três óticas de mensuração: as óticas da
produção, da renda e da despesa
4) As diversas medidas do produto: interno/nacional,
bruto/líquido, a custo de fatores/a preços de mercado
5) Comparações internacionais
DEFINIÇÃO DE PRODUTO
Produto interno bruto: valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em uma unidade
territorial em um determinado período de tempo.
1. Leia atentamente os trechos da reportagem abaixo acerca da atividade econômica informal, publicada no jornal
Correio Braziliense no segundo semestre de 2005:
Nova participação no PIB
A mudança na base de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) (...) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) deverá resultar num aprimoramento das estimativas sobre a economia informal. (...) o instituto terá
condições de estimar com maior precisão o tamanho da chamada economia “subterrânea”, ou a que não está
legalizada, é subdeclarada, não está atualizada ou simplesmente não responde a pesquisas. (...) A expectativa do
IBGE é que ela [a nova metodologia] seja publicada e adotada em 2006.
Com base no excerto, responda: quais das seguintes atividades não são em geral incluídas no cômputo do
PIB?
a. ( ) Trabalho doméstico das donas de casa.
b. ( ) Venda de drogas ilegais.
c. ( ) Venda de produtos intermediários.
d. ( ) Aulas de Introdução à Economia.
e. ( ) O valor do dia de serviço em que um trabalhador
faltar.
a) Em geral, não é incluído, pela dificuldade de apuração, embora seja parte da atividade produtiva da
sociedade.
3a
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b) Não é computada, tanto em razão da impossibilidade estatística quanto ao fato de não ser estritamente
um serviço produtivo, na medida em que não contribui para o bem-estar da sociedade.
c) Não, pois haveria dupla contagem (conforme será detalhado adiante, o valor dos produtos
intermediários é incluído no valor dos produtos finais).
d) Sim, pois é um serviço produtivo como qualquer outro.
e) Na medida em que o trabalhador tem o valor associado à sua ausência descontado em seu salário, esse
valor não será registrado, do ponto de vista da renda; na medida em que a falta do trabalhador se reflete
negativamente na produção, o valor também não será computado na medida feita pela ótica da produção (as
óticas de medida do produto serão apresentadas na próxima seção).
2. Quais dos itens abaixo deveriam ser excluídos do cálculo do PIB de 2006?
a) Um automóvel Fiat fabricado em 2006 no estado de São Paulo.
b) Um corte de cabelo feito no segundo trimestre de 2006.
c) Um relatório encomendado a uma empresa de consultoria no último trimestre de 2006.
d) Uma casa construída em 2003 e comprada em 2006.
a) Incluído, pois o automóvel é parte do fluxo de bens e serviços finais produzidos, cuja avaliação é o
objeto de cálculo do PIB.
b) Incluído, assim como todos os serviços finais.
c) Incluído (Obs.: quando um serviço é insumo regular de outra atividade produtiva, ele é considerado um
bem intermediário, sendo excluído do cálculo do PIB para evitar dupla contagem; no caso, isso não está
especificado).
d) Excluído. A construção da casa foi resultado da atividade produtiva do ano de 2003; em 2006, houve
apenas transferência de propriedade.
3. Leia atentamente o trecho da reportagem abaixo, publicada no caderno Economia do jornal O Estado de S. Paulo
em 12/4/2005, e responda à questão:
Exportação pode ter efeito positivo sobre o PIB
‘Elas [as exportações brasileiras] contribuem (...) para um crescimento maior’ (...) as importações também
pesam no crescimento do PIB, mas com efeito contrário.
A venda, no Brasil, de um automóvel inteiramente produzido no Japão poderia de alguma forma afetar o PIB
brasileiro? Como?
Quando se trata de Contabilidade Nacional, trata-se de eventos já consumados, isto é, de ocorrências
passadas. Sob o ponto de vista da contabilidade, portanto, a venda do automóvel poderá afetar o PIB
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brasileiro desde que envolva serviços de comercialização, de financiamento, entre outros, realizados no
Brasil.
A reportagem, contudo, alude a declarações feitas por um diretor do Banco Central a respeito de
perspectivas de crescimento do PIB, ou seja, trata-se de eventos ainda não consumados. Sendo assim,
embora não seja válido em termos contábeis, seu raciocínio é correto na medida em que assume o
crescimento das importações como fator contribuinte para uma eventual retração da produção interna, já que
haveria competição entre os bens importados e os bens produzidos no Brasil. No caso, a competição se daria
entre as indústrias automobilísticas japonesas e brasileiras.
4. Explique em que consistem e dê exemplos de pagamentos de transferências por parte do Governo. Por que elas
não são incluídas no cálculo do PIB?
Transferências são pagamentos realizados que não têm como contrapartida um serviço prestado (Ex.:
donativos, pensões e aposentadorias, entre outros). Exatamente por não refletirem uma atividade produtiva,
as transferências não são incluídas no cálculo do PIB.
ÓTICAS DE MENSURAÇÃO E MEDIDAS DO PRODUTO
5. Com relação ao ciclo da atividade econômica (ou fluxo circular da renda), assinale a alternativa correta.
a. ( ) O processo dá origem apenas a um fluxo monetário, traduzido nas remunerações feitas aos recursos utilizados.
b. ( ) O processo dá origem a um único fluxo econômico: o da produção (ou o fluxo real).
c. ( ) O processo gera dois fluxos interdependentes: o da renda (relativo ao pagamentos dos fatores empregados) e o
da produção (relativo ao fornecimento de bens e serviços às unidades familiares).
Letra c. O fluxo circular da renda contempla dois tipos de tomadores de decisões, que interagem no
mercado: empresas e famílias. As empresas produzem bens e serviços utilizando como insumos capital, terra
e trabalho (os fatores de produção). As famílias, por sua vez, são proprietárias dos fatores de produção e
consomem os bens e serviços produzidos pelas empresas. Assim, existe um fluxo de produção e outro de
renda, já que há o pagamento pelos fatores como contrapartida de seu uso.
6. Mostre com um exemplo numérico como o produto pode ser medido de pelo menos três maneiras diferentes, mas
equivalentes: pelo valor de bens finais ou pela soma de valores adicionados (ambos correspondentes à ótica da
produção / do produto), ou pela soma das rendas recebidas (ótica da renda).
Inicialmente, o cálculo do PIB será feito pela ótica da produção. Suponha uma economia que produza
somente um bem final, angu, e que possua três setores produtivos, dedicados à produção de milho, de fubá e
de angu. Os bens que não são finais – milho e fubá – são os chamados bens intermediários (destinados a se
transformarem em outros bens). Todo o milho é comprado pelos produtores de fubá, e todo o fubá é vendido
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para os produtores de angu (a produção de milho não exige compra de insumos). Não há transações externas
(a economia é fechada). Os valores relativos à produção no ano t são os seguintes:
Milho ...................... 50 unidades monetárias
Fubá ....................... 100 u.m.
Angu ....................... 200 u.m.
Por definição, o PIB é igual à produção de angu, 200 u.m. Equivalentemente, pode-se chegar a esse
valor somando-se os valores adicionados em cada setor (os valores da produção menos os valores gastos na
compra de insumos):
50 - 0 = 50 (milho) + 100 – 50 = 50 (fubá) + 200 – 100 = 100 (angu)
Esquematicamente, tem-se:
Milho Fubá Angu
Insumos 0 50 100
Valor Adicionado 50 50 100 PIBVA = 50 + 50 + 100 =
200 Valor Bruto da
Produção 50 100 200 PIBbem final = 200
Considere-se, agora, a ótica da renda. Tem-se que o valor adicionado corresponde ao rendimento dos
proprietários dos fatores de produção (sob a forma de salários, lucros, juros, comissões, etc.) utilizados em
cada setor da economia. Logo, conclui-se que a soma de todos os rendimentos pagos nos três setores será
também igual a 200 u.m. Poder-se-iam, dessa forma, discriminar os rendimentos pagos em cada setor e
exprimir o PIB como o total de salários, de lucros, de juros, de aluguéis, de comissões, etc.
É importante ter em mente, contudo, que as três formas apresentadas não consistem integralmente nas
três óticas de medida do produto, quais sejam: a da produção (ou do produto), a da renda e a do dispêndio
(ou da despesa, que será detalhada a seguir).
7. Observe atentamente o quadro contido na reportagem abaixo, de Nilson Brandão Junior, publicada no jornal O
Estado de S. Paulo em 1/4/2004:
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cai para 15º no mundo
Os valores das contas nacionais foram informados pelo IBGE (...) o instituto apresentou os números relativos a
2003 (...)
Divisão por demanda (em R$ bilhões)
Consumo das famílias 862,44
Consumo do governo 291,92
Investimentos 273,32
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Exportação 255,38
Importação -198,80
A mensuração do produto pela ótica da despesa tem como base os componentes da demanda agregada (ou
demanda global) apresentados pelo quadro da reportagem. Dispondo dessas informações, explique a identidade
contábil Produto = Renda = Despesa.
A igualdade Produto = Renda foi explicada no exercício anterior, por meio da equivalência entre as
óticas de mensuração do PIB. A igualdade Produto = Dispêndio (em que se baseia a ótica da despesa de
mensuração do PIB) decorre do fato de que, tal como definidas pela Contabilidade Nacional, as grandezas que
definem o Dispêndio/Despesa Global (consumo privado, investimento privado, gastos do governo e
exportações líquidas – exportações - importações) necessariamente exaurem o produto. Assim, a soma
algébrica das cinco parcelas que compõem a despesa global é necessariamente igual ao total de bens e
serviços finais (Obs.: os eventuais excessos de produção, isto é, a acumulação de estoques, são
contabilizadas como parte do investimento privado). Portanto, segundo a ótica da despesa, o produto Y é
definido como:
Y = C + I + G + (X – M)
8. Explique em que consiste o problema da dupla contagem na mensuração do produto. Como ele pode ser evitado?
Ocorre dupla contagem quando se somam os valores brutos da produção de todos os setores da
economia. No exemplo da questão anterior, a soma 50 + 100 + 200 = 350 envolveria dupla contagem, pois o
valor do milho (50) já está incluído no valor do fubá (100), e o valor deste compõe o valor do angu (200). O
problema de cálculo pode ser evitado somando-se apenas os valores adicionados em cada setor ou,
alternativamente, considerando-se somente o valor do angu (200), ou a soma do valor dos rendimentos
pagos em cada etapa produtiva.
9. Em termos de informações fornecidas, qual é o significado das três maneiras de calcular a mesma grandeza: a
produção1?
Quando se utilizam óticas diferentes para obter a mesma medida de produto (PIB, PNL, PIL etc),
obrigatoriamente se atinge o mesmo resultado para todas as verificações. A razão por que isso ocorre é a
seguinte: como indica o termo ótica, tenta-se observa (alcançar) um mesmo fato (resultado) sob distintos
pontos de vista. Analisar o produto pelo valor dos bens finais ou pela soma dos valores adicionados, por
exemplo, fornece informações pouco detalhadas sobre ele. Assim, se por ocasião de alguma pesquisa
econômica e estatística, for necessário obter informações acerca do modo como esse valor foi alcançado ou
distribuído, podem-se utilizar as óticas da renda e da despesa. A utilização da ótica da renda permitiria
1 Informações detalhadas acerca das três óticas de mensuração do produto em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2003/contasnacionais2003.pdf.
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verificar, por exemplo, a contribuição (em reais) dos salários para o valor do produto. A utilização da ótica da
despesa evidenciaria, por exemplo, a porcentagem de participação que os gastos do governo têm na
composição do PIB.
10. A lista a seguir apresenta valores relativos a um conjunto de transações econômicas realizadas ao longo do ano
passado. Classifique os valores que compõem o cálculo do PIB pelo valor de produção de bens finais (P), pela ótica
da renda (R), e os que não compõem nenhuma dessas das duas formas de cômputo do produto (X).
a. ( ) Valor correspondente à importação de 100.000 CDs de grupos de rock.
b. ( ) Valor de 10 geladeiras usadas doadas para uma fundação beneficente.
c. ( ) Valor de pagamentos de aluguéis de casas de praia em Búzios.
d. ( ) Valor da venda de materiais usados na construção de um prédio de apartamentos.
e . ( ) Valor do pagamento por uma publicação de anúncio de uma lavanderia nas Páginas Amarelas (suponha que
a publicidade é um insumo regular da lavanderia).
f. ( ) Valor de venda de linhas telefônicas utilizadas em residências.
g. ( ) Valor de salários pagos a instrutores de ginástica de uma academia.
h. ( ) Valor de venda de pneus a famílias por lojas especializadas.
a) X. O valor de bens não produzidos no país não compõe o cálculo do produto pela ótica da produção (as
importações compõem o cálculo do produto pela ótica da despesa, porém como uma dedução).
b) X. Não houve produção, somente transferência de propriedade.
c) R. Os aluguéis são uma forma de renda.
d) X. Trata-se de bens intermediários, não de bens finais.
e) X. Não é um serviço final, mas uma parte do custo de execução de um serviço final, a lavagem de
roupas.
f) P. Trata-se de um serviço final.
g) R. Quaisquer salários são incluídos na medida do produto pela ótica da renda.
h) P. Trata-se de bens finais, na medida em que são consumidos por essas famílias.
11. Como motivação, leia atentamente o trecho do artigo abaixo, de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia
do jornal O Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
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Confusão em torno do PIB
Como o “I” do PIB indica, este mede a produção de bens e serviços realizada internamente a um país, ou seja,
dentro das suas fronteiras geográficas, mesmo se realizada por fatores de produção de outras nacionalidades, como o
capital estrangeiro ou trabalhadores imigrantes.
Quais as diferenças existentes entre as diversas medidas do produto, ou seja, entre as medidas originadas de sua
qualificação em interno/nacional, bruto/líquido, a preços de mercado/a custo de fatores?
O Produto Interno inclui (e o Produto Nacional exclui) a parcela do valor da produção remetida ao
exterior sob a forma de renda de fatores de produção residentes fora do país (deduzidas as rendas de mesma
natureza recebidas do resto do mundo). O Produto Bruto inclui (e o Produto Líquido exclui) a parte da
produção destinada a simplesmente repor o desgaste sofrido pelos bens de capital existentes (processo a
que se denomina depreciação). O Produto a Preços de Mercado é aquele que reflete o dispêndio do
consumidor final, incluindo, por isso, os impostos indiretos e excluindo os subsídios (ambos repassados ao
preço final dos bens); o produto a Custo de Fatores, por refletir o custo do produtor, exclui aqueles e inclui
estes. Pode-se compor a seguinte tabela de conversão:
(Obs.: os subsídios podem ser considerados impostos negativos, contribuições do governo para reduzir o
preço de mercado de algum bem – como um alimento básico – por interesse social.)
Ex.: ao resolver um exercício em que se deve transformar o PNB a preços de mercado em PIL a custo
de fatores, basta transformar, etapa a etapa, o produto nacional em interno, o produto bruto em líquido e o
produto a preços de mercado em produto a custo de fatores.
12. Imaginemos uma economia composta de três setores: um setor que produz trigo, um setor que transforma todo o
trigo produzido em farinha, e um setor que transforma toda a farinha em pizzas. O quadro abaixo apresenta os valores
referentes a cada um dos setores. Essa economia não tem governo e não mantém relações com o resto do mundo.
Setor produtor de trigo Setor produtor de farinha Setor produtor de pizzas
Matéria-prima (custo) 300 Matéria-prima (custo) 500
Lucros do produtor 200 Lucros do moinho 100 Lucros do forno 100
Salários 100 Salários 100 Salários 100
Medida A Transformação Medida B
Bruto - depreciação Líquido
Interno - renda líquida enviada ao exterior (RLEEx) Nacional
Preços de Mercado - impostos indiretos + mais subsídios Custo de Fatores
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a) Calcule o valor adicionado à produção da economia nos setores de trigo, de farinha e de pizzas.
b) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados).
c) Calcule o PIB da economia pela ótica da produção (valor dos bens finais)
d) Calcule o PIB da economia pela ótica da renda.
e) Por que é impossível determinar o Produto Interno Líquido da economia no período considerado?
a) Setor produtor de trigo:
custo dos insumos = 0
valor adicionado = produção bruta – custo de insumos = 300
Setor produtor de farinha:
custo da matéria-prima = 300
valor adicionado = produção bruta - custo da matéria-prima = 500 – 300 = 200
Setor produtor de pizza:
custo da matéria-prima = 500
valor adicionado = produção bruta - custo da matéria-prima = 700 - 500 = 200
b) PIB = valor adicionado (trigo) + valor adicionado (farinha) + valor adicionado (pizza) = 300 + 200 + 200
= 700.
c) O único bem final são as pizzas.
PIB = valor da produção de pizzas = 500 + 100 + 100 = 700
d) PIB = somatório das remunerações nos três setores de atividade = (lucros do produtor de trigo +
salários pagos por ele) + (lucros do produtor de farinha + salários pagos por ele) + (lucros do produtor de
pizzas + salários pagos por ele) = (200 + 100) + (100 + 100) + (100 + 100) = 300 + 200 + 200 = 700.
e) Porque não existem informações sobre os gastos advindos da depreciação do estoque de capital
envolvido na produção.
13. PROVÃO (2001 – nº 9)
Em uma economia são conhecidos os valores, para determinado ano, dos agregados macroeconômicos abaixo
listados:
Consumo do setor privado: C
Investimento do setor privado: I
Poupança do setor privado: S
Gasto total do setor público: G
Exportações de bens e serviços não fatores: X
Importações de bens e serviços não fatores: M
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Renda líquida enviada ao exterior: RL
O Produto Interno Bruto dessa economia a preços de mercado no ano em questão é dado pela soma algébrica:
(A) C + S + X – M + RL.
(B) C + I + S + X – M.
(C) C + I + G + X – M.
(D) C + G + X + M + RL.
Letra C. Essa é a definição de PIB pela ótica da despesa. Cabe aqui uma observação: quando o produto
for medido pela ótica do dispêndio, obrigatoriamente o valor é obtido a preços de mercado, porque, como são
discriminados os gastos realizados na economia, os valores envolvidos são os que chegam ao consumidor
final.
14. Considere as seguintes informações sobre a economia de Atlântida e calcule os seguintes agregados
macroeconômicos:
Atlântida (2005)
(Valores em US$ bilhões)
Consumo privado 1.500
Gastos do governo 500
Exportações de mercadorias 1.000
Salários 1.000
Lucros líquidos 3.000
Importações de mercadorias 500
Lucros e juros pagos ao exterior 600
Royalties recebidos do exterior por empresas brasileiras 100
Investimento bruto* 2.000
Depreciação 300
Impostos indiretos líquidos de subsídios 200
* Inclui variações de estoques.
a) PIB a custo de fatores pela ótica da renda.
b) PIB a preços de mercado pela ótica da renda.
c) PIB a preços de mercado pela ótica da despesa.
d) PNB a preços de mercado.
a) Pela ótica da renda, somam-se Salários, Lucros e, por se tratar do Produto Bruto, o valor da
Depreciação: (Obs.: a depreciação é uma exceção da igualdade entre valor adicionado e renda, pois ela
corresponde exatamente a valores adicionados não-pagos, não gerando, renda).
PIBcf = 1.000 + 3.000 + 300 = 4.300
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b) Para transformar o PIB a custo de fatores para o PIB a preços de mercado, soma-se ao primeiro o valor
dos Impostos indiretos líquidos de subsídios:
PIBpm = 4.300 + 200 = 4.500
c) Pela ótica da despesa, PIB = Consumo privado + Investimento + Gastos do Governo + (Exportações de
mercadorias - Importações de mercadorias):
PIBpm = 1.500 + 2.000 + 500 + 1.000 - 500 = 4.500.
d) PNB = PIB - Renda líquida enviada ao exterior (rendimentos de fatores de produção residentes ou
sediados no estrangeiro, deduzidos os rendimentos recebidos do estrangeiro por fatores de produção
residentes ou sediados no país). No caso, Lucros e juros pagos ao exterior - Royalties recebidos:
PNB = 4.500 - (600 - 100) = 4.000
15. Os dados seguintes se referem a Vinholândia, um país fictício onde há três empresas: uma produz uvas, uma
produz garrafas e uma produz vinho. Toda a produção de uvas e de garrafas é comprada pela fábrica de vinho. A
produtora de uvas não apresenta consumo intermediário, ou seja, não compra insumos (matérias-primas), e a
produtora de garrafas compra seus insumos de outro país. Com base no quadro:
Vinholândia (2005)
(Em unidades monetárias)
Item
Prod. de uvas
Prod. de garrafas
Prod. de vinho
Insumos
___
200
3000
Salários
400
600
1000
Lucros
900
900
1200
Valor da produção
1300
1700
5200
a) Calcule o Produto Interno Bruto (PIB) de Vinholândia pela ótica da produção (soma dos valores adicionados).
b) Mostre como se pode chegar ao mesmo valor pela ótica da renda.
c) As empresas produtoras de garrafas e de vinhos reservam, cada uma, 200 unidades monetárias por ano para
despesas referentes à depreciação de seus equipamentos. Com base nessa informação, calcule o Produto Interno
Líquido de Vinholândia.
d) A empresa produtora de garrafas tem sócios em outros países e, por conseguinte, remete metade dos seus
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lucros (depois de deduzidos os gastos com depreciação) para o exterior. Com base nessa informação, calcule o
Produto Nacional Líquido de Vinholândia.
a) Valor adicionado = VA = valor da produção - valor dos insumos
Uvas: VA = 1.300 - 0 = 1.300
Garrafas: VA = 1.700 - 200 = 1.500
Vinho: VA = 5.200 - 3.000 = 2.200
PIB = 1.300 + 1.500 + 2.200 = 5.000
b) Segundo essa ótica, o PIB é calculado como o somatório de todas as rendas geradas na economia:
Total de salários = 400 + 600 + 100 = 2.000 Total de lucros = 900 + 900 + 1.200 = 3.000
PIB = 2.000 + 3.000 = 5.000
c) Produto Interno Líquido = Produto Interno Bruto - Depreciação:
PIL = 5.000 - (200 + 200) = 5.000 - 400 = 4.600
d) Produto Nacional Líquido = Produto Interno Líquido - RLEEx
Renda líquida enviada ao exterior = ½(900 - 200) = ½(700) = 350
PNL = 4.600 - 350 = 4.250
16. Uma empresa Beta, situada em Atlântida, produziu 1.000 unidades do produto A no ano de 2005. Para tanto, a
empresa Beta consumiu R$ 6.000 de insumos produzidos por outras empresas e pagou R$ 9.000 em salários aos
trabalhadores. As famílias de Atlântida não compraram o bem A, mas 800 unidades foram vendidas a empresas locais
ao preço total de R$ 20.000. Entre as 800, 700 unidades foram utilizadas na produção das empresas locais. Com
base nos dados, calcule os seguintes valores:
a) O valor bruto da produção de Beta.
b) O valor adicionado ao PIB de Atlântida por Beta.
c) A renda bruta gerada na produção de A.
d) A remuneração dos fatores envolvidos na produção de A.
e) O valor dos bens intermediários e finais produzido por Beta.
f) Entre os valores calculados no item anterior, quais serão incluídos no cômputo do PIB de Atlântida? Justifique
sua resposta.
Este exercício inclui um elemento que tem muita importância prática na mensuração do PIB: a variação de
estoques. Nem tudo o que é produzido em um determinado ano é utilizado nesse período, ou seja, ao fim do
ano, há estoques de mercadorias nas empresas. Assim, além de bens finais (aqueles que foram vendidos no
período como bens de consumo ou como bens de capital) e de bens intermediários (aqueles que foram
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vendidos a empresas e usados como matéria-prima na produção de outros bens), deve-se considerar ainda a
variação de estoques. O valor dos bens que foram adicionados aos estoques deve ser computado no produto,
pois isso faz parte do esforço produtivo da sociedade no ano considerado; simetricamente, a redução de
estoques também deve ser considerada (com sinal negativo).
a) A empresa Beta produziu 1.000 unidades e vendeu 800 delas a R$ 20.000. Portanto, o preço unitário de A
é R$ 25,00 (R$ 20.000/800 = R$ 25,00). O valor bruto da produção da empresa Beta, incluindo as 800 unidades
vendidas e as 200 unidades estocadas, corresponde a R$ 25.000 (1.000 x R$ 25,00 = R$ 25.000).
b) Valor adicionado ao PIB de Atlântida pela empresa Beta = Valor bruto da produção - Valor da compra de
insumos:
VA = R$ 25.000 - R$ 6.000 = R$ 19.000
c) A renda bruta gerada na produção de A equivale ao valor adicionado calculado no item anterior:
Renda bruta = VA = R$ 19.000
d) A renda gerada na produção de A (equivalente ao valor adicionado em sua produção) é paga aos fatores
de produção envolvidos no processo. Como R$ 9.000 foram pagos como salários e o valor adicionado é de R$
19.000, restam R$ 10.000, correspondentes às remunerações dos demais fatores envolvidos (tais como lucros
dos empresários, juros pagos, aluguéis etc).
e) Das 1.000 unidades produzidas por Beta, 700 foram compradas por outras empresas e usadas na
produção de outros bens, caracterizando-se, portanto, como bens intermediários:
700 x R$25 = R$ 17.500
Beta não produziu bens finais. As demais 300 unidades produzidas pela empresa, correspondem a variação
(positiva) de estoques, seja na própria empresa Beta (as 200 unidades não vendidas), seja em outras
empresas (as 100 unidades vendidas a outras empresas mas não utilizadas por estas). O valor da variação de
estoques é:
300 x R$25 = R$ 7.500
f) Apenas os R$ 7.500 correspondentes à variação de estoques, serão incluídos no cômputo do PIB, pois
esses bens, como explicado acima, são parte do produto. O valor dos bens intermediários já estará incluído
no valor da produção das empresas que os compraram de Beta.
17. ANPEC (2002 – nº 1)
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras:
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A) Renda Pessoal Disponível é aquela que sobra para a pessoa depois de descontados os impostos diretos e a
poupança.
Falso, pois a Renda Disponível consiste na Renda Pessoal excluídos os impostos diretos sobre as
famílias.
B) Em uma economia fechada, o Produto Interno Bruto coincide com o Produto Nacional Bruto.
Verdadeiro, pois em uma economia fechada não existe qualquer tipo de fluxo de bens/serviços, de
renda ou de capital com o exterior. Logo, como não há Renda Líquida Enviada ao Exterior, a forma de
mensuração Bruto não se diferencia da forma Nacional.
C) O consumo e o PIB são variáveis de fluxo.
Verdadeiro. Variáveis de fluxo correspondem às atividades econômicas contínuas, ininterruptas,
devendo ser medidas em um determinado período de tempo. Outros exemplos são a renda, a poupança, o
investimento, as exportações etc. Em contraposição, existem as variáveis de estoque, medidas em um
instante determinado do tempo, como a população, o capital, a dívida, a riqueza etc. Entre esses dois tipos de
variáveis há a seguinte relação: todo estoque é alimentado por um fluxo. Assim, a diferença entre o valor do
estoque em dois momentos oferece o valor do fluxo que o alimenta no período em questão.
18. (Analista do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão / 2002) Com relação ao processo de mensuração
do produto agregado, é correto afirmar que:
a) as importações, por serem consideradas componentes da oferta agregada, entram no cálculo do produto
agregado.
b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando um determinado bem final é computado duas
vezes no produto agregado.
c) o valor do produto agregado é considerado uma “variável estoque”.
d) no valor do produto agregado, não são consideradas as atividades econômicas do governo, cujos valores são
computados separadamente.
Letra a. Vale ressaltar, contudo, que as importações compõe o cálculo do PIB como uma dedução, isto
é, assumindo valor negativo. Isso ocorre porque a oferta global de bens e serviços é composta tanto por bens
produzidos internamente quanto por bens importados, de maneira que parte da despesa relaciona-se a bens
do segundo tipo. Como não se trata, portanto, de produção interna, essa parcela deve ser deduzida do cálculo
do PIB.
19. PROVÃO (2000 – nº 5)
Em uma economia, se a renda recebida do exterior é maior que a renda enviada ao exterior, então, a preços de
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mercado, o que acontece com o Produto Nacional Bruto (PNB), o Produto Interno Bruto (PIB), o Produto Nacional
Líquido (PNL) e o Produto Interno Líquido (PIL)?
(A) PNB > PNL.
(B) PNB < PNL.
(C) PIB > PNB.
(D) PIB < PNB.
(E) PIL > PIB.
Letra D. Trata-se de considerar a Renda Líquida Enviada ao Exterior, que diferencia o PNB do PIB. Como
a renda recebida é maior do que a enviada, ou seja, como a RLEEx é negativa, pode-se concluir somente que
o PNB > PIB.
20. INSTITUTO RIO BRANCO (2003 – nº 28)
A análise macroeconômica — incluindo-se aí a mensuração dos grandes agregados — é fundamental à compreensão
do funcionamento das economias de mercado. Acerca desse assunto, julgue a afirmativa subseqüente.
“A eventual contratação de engenheiros ingleses e venezuelanos para trabalhar na recuperação da indústria
petrolífera no Iraque expandiria o produto interno bruto (PIB) iraquiano, porém não alteraria a renda nacional bruta
desse país”.
Afirmativa correta. O PIB sofreria expansão porque a contratação se refletiria em aumento da produção
interna (não importando se ela é decorrente da atuação de nacionais ou de estrangeiros). A Renda Nacional
Bruta (equivalente ao Produto Nacional Bruto, pela equivalência das óticas de mensuração), por sua vez, não
se alteraria, porque é uma variável associada unicamente à produção feita por nacionais do Iraque, por
iraquianos.
21. INSTITUTO RIO BRANCO (2008)
A tabela a seguir apresenta dados em unidades monetárias (u. m.) do país Alfa em determinado ano.
natureza valor (em u.m.)
gastos das famílias 250
gastos correntes do governo 100
poupança bruta doméstica 120
variação dos estoques 10
As transações do país Alfa com o resto do mundo nesse mesmo ano são mostradas na tabela seguinte.
natureza valor (em u.m.)
exportações de bens e serviços 20
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importações de bens e serviços 40
remessas financeiras de emigrantes a
seus familiares residentes no país Alfa
5
pagamentos de salários a não-
residentes por empresas do país Alfa
10
Com base nessa situação hipotética, julgue (C ou E) os itens que se seguem.
A) As poupanças dos residentes no país Alfa foram capazes de financiar todo o investimento realizado por esse país
no ano considerado.
B) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi superior à Renda Interna Bruta desse país.
C) No ano considerado, a Renda Nacional de Alfa foi inferior à Renda Disponível Bruta desse país.
D) O Produto Interno Bruto (PIB) de Alfa, no ano considerado, foi igual a 475 u. m.
a) Errado b) Errado c) Errado d) Certo
COMPARAÇÕES INTERNACIONAIS
22. Leia atentamente mais um trecho do artigo de Roberto Macedo, publicado no caderno Economia do jornal O
Estado de S. Paulo em 7/4/2005:
Confusão em torno do PIB
(...) a RNB [PNB] mede a renda nacional, e desconta do PIB de um país o que vazou como rendimentos
remetidos a outros, adicionando o que ingressou como renda vinda de fora. (...) É certo que hoje somos um país
fornecedor de imigrantes, mas o rendimento que enviam ao Brasil está longe de compensar o que sai como
rendimentos de capitais.
No Brasil, utiliza-se mais comumente o PIB como medida da atividade produtiva. Em alguns países, como nos
Estados Unidos, usa-se mais constantemente o PNB. Qual é a explicação para esse fato.
Em países como o Brasil, os rendimentos enviados ao exterior são maiores do que os recebidos de
outros países. Resulta que os rendimentos líquidos enviados ao exterior são um número positivo, e o PIB é
maior do que o PNB. Em países como os Estados Unidos ocorre o contrário (rendimentos enviados -
rendimentos recebidos são um número negativo), sendo o PNB maior do que o PIB. Como a medida mais
abrangente costuma ser mais amplamente usada, fala-se mais em PIB no Brasil, enquanto, nos EUA, utiliza-se
mais freqüentemente o PNB como medida da atividade econômica.
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23. Um estudante deve fazer um estudo comparando a situação econômica de alguns países. Obteve, então, os
dados do quadro a seguir (relativo ao ano de 2003), contido na reportagem de Nilson Brandão Junior publicada no
jornal O Estado de S. Paulo em 1/4/2004:
PIB soma R$ 1,5 trilhão e cai para 15º no mundo
O PIB de cada país (em U$ bilhões)
Estados Unidos 10.857 Espanha 819
Japão 4.291 México 612
Alemanha 2.386 Coréia 521
Reino Unido 1.752 Índia 510
França 1.732 Austrália 508
Itália 1.459 Holanda 505
China 1.381 Brasil 493
Canadá 851 Rússia 419
Com base nas informações, o estudante afirmou que o Reino Unido havia tido um desempenho econômico superior
ao da França. Afirmou ainda que o primeiro país possuía economia mais desenvolvida. Você considera corretas as
conclusões do estudante? Justifique sua resposta.
Os dados não são adequados para servir de base às conclusões mencionadas. A diferença entre os
valores é muito pequena, principalmente quando se levam em conta os problemas envolvidos na comparação
internacional de dados de Contabilidade Nacional, tais como: qual é a taxa de câmbio mais indicada para
converter os números de cada país para uma moeda comum? A taxa de câmbio em vigor em cada país reflete
corretamente o poder de compra das duas moedas? Nos dois países, a proporção da produção contemplada
pelo mercado é aproximadamente a mesma? Ambos os sistemas estatísticos têm o mesmo grau de
eficiência? Ao considerar esse tipo de questões, pode-se afirmar que a comparação entre os dois valores
acima não autorizaria qualquer conclusão definitiva sobre o nível relativo de desenvolvimento ou de
desempenho econômico dos dois países.