Questoes Sobre Satre

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39. O mundo atual é uma realidade multiforme e complexa que tem inspirado muitos filósofos a debruçar-se sobre as questões que são colocadas às sociedades, com variedade de posições e criatividade, num leque de opções que pode assim definir-se: A) Apesar de sua importância as questões ambientais não têm captado a atenção dos filósofos. B) Em questões políticas a grande maioria dos filósofos atuais defende os regimes fortes e as ditaduras. C) A globalização contribuiu para dar ao pensamento oriental, nomeadamente às doutrinas tradicionais indianas e chinesas, ascendência dominante sobre a filosofia ocidental. D) No que se refere à Bioética todos os problemas morais devem ser decididos pelas ciências médicas sem recurso à filosofia. E) As grandes "escolas" ou tendências doutrinárias do século XX, como neo-escolástica, existencialismo, e marxismo cederam lugar a outras tendências e teorias, mas não desapareceram. 31. Em sua obra o Existencialismo é um humanismo, Sartre defende as principais teses do seu pensamento filosófico pautado no existencialismo. Segundo ele, pode-se afirmar que em termos de concepção antropológica o ser humano está condenado a ser livre, fazer escolhas, e, portanto, escolher seu próprio destino por uma razão básica, que se contrapõe à filosofia tradicional. Tal razão básica para o existencialismo implica em: A) Conceber que toda pessoa tem uma essência a realizar desde quando nasce; B) Que a existência precede à essência e, por isso o ser humano não está pré-determinado a nada; C) Aceitar que o projeto de vida é definido pelo contexto social; D) Que o ser humano não pode mudar seu destino; E) Compreender a vida humana em sua finitude enquanto ser para a morte. 34. O existencialismo foi uma corrente de pensamento que fez do homem efetivamente existente o centro e o núcleo das questões filosóficas, e o ponto de partida para a Ontologia; um dos seus mais conhecidos

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Page 1: Questoes Sobre Satre

39. O mundo atual é uma realidade multiforme e complexa que tem inspirado muitos

filósofos a debruçar-se sobre as questões que são colocadas às sociedades, com

variedade de posições e criatividade, num leque de opções que pode assim definir-se: 

A) Apesar de sua importância as questões ambientais não têm captado a atenção dos

filósofos. 

B) Em questões políticas a grande maioria dos filósofos atuais defende os regimes fortes e as

ditaduras. 

C) A globalização contribuiu para dar ao pensamento oriental, nomeadamente às doutrinas

tradicionais indianas e chinesas, ascendência dominante sobre a filosofia ocidental. 

D) No que se refere à Bioética todos os problemas morais devem ser decididos pelas ciências

médicas sem recurso à filosofia. 

E) As grandes "escolas" ou tendências doutrinárias do século XX, como neo-escolástica,

existencialismo, e marxismo cederam lugar a outras tendências e teorias, mas não

desapareceram. 

31. Em sua obra o Existencialismo é um humanismo, Sartre defende as principais teses

do seu pensamento filosófico pautado no existencialismo. Segundo ele, pode-se afirmar

que em termos de concepção antropológica o ser humano está condenado a ser livre,

fazer escolhas, e, portanto, escolher seu próprio destino por uma razão básica, que se

contrapõe à filosofia tradicional. Tal razão básica para o existencialismo implica em: 

A) Conceber que toda pessoa tem uma essência a realizar desde quando nasce; 

B) Que a existência precede à essência e, por isso o ser humano não está pré-determinado a

nada; 

C) Aceitar que o projeto de vida é definido pelo contexto social; 

D) Que o ser humano não pode mudar seu destino; 

E) Compreender a vida humana em sua finitude enquanto ser para a morte.

34. O existencialismo foi uma corrente de pensamento que fez do homem efetivamente

existente o centro e o núcleo das questões filosóficas, e o ponto de partida para a

Ontologia; um dos seus mais conhecidos criadores e pensadores, o francês Jean Paul

Sartre, 

A) Rejeita toda e qualquer dependência da filosofia de Heidegger. 

B) Não aceita a metodologia fenomenológica e prefere um discurso filosófico mais próximo do

dramático. 

C) Considera que a existência de Deus é a garantia da plena liberdade humana. 

D) Define o ser humano como um ser em projeto, inacabado, que se completa nas suas

relações de solidariedade com os outros. 

E) Argumenta que a essência do ser para si é sua própria existência. 

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Questão 25

No exame que faz nos primeiros parágrafos de “Ser e Tempo”, Heidegger estabelece as

bases da ontologia fundamental. Nessa investigação, o autor mostra que:

A) os modos tradicionais de se perguntar pelo ser revelam que a questão ontológica é clara e

está bem colocada.

B) perguntar-se pelo ser é determinar as condições de possibilidade das próprias ontologias

que derivam das ciências ônticas.

C) o primado objetivo-científico da questão do ser implica definir os conceitos fundamentais

relativos aos objetos das ciências ônticas.

D) na analítica existencial do ser-aí, deve-se procurar a ontologia fundamental de onde todas

as demais podem se originar.

Questão 27

“Há dois tipos de existencialistas: os primeiros são cristãos, e entre eles eu colocaria

Jaspers e Gabriel Marcel, de confissão católica; e, de outro lado, os existencialistas

ateus, entre os quais é preciso colocar Heidegger e também os existencialistas

franceses, e eu próprio. O que eles têm em comum é simplesmente o fato de que

consideram que a existência precede a essência, ou, se quiser que é preciso partir da

subjetividade. (...) O existencialismo ateu que eu represento é mais coerente.”

(SARTRE, O existencialismo é um humanismo).

Partindo da citação acima, o “existencialismo ateu” defendido por Sartre é “mais

coerente” por que:

A) não precisa conciliar a precedência da existência sobre a essência com a concepção de

Deus criador.

B) pode se desfazer do pressuposto kantiano de Deus como causa final do mundo e das ações

humanas.

C) afirma a natureza humana, pois cada homem é um exemplo particular do conceito universal

de homem.

D) concebe que a essência precede a existência, mesmo considerando insustentáveis

quaisquer provas.

1)(UFU 1/1999) Segundo Jean Paul Sartre, filósofo existencialista contemporâneo, liberdade é

I- escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo.

II- aceitar o que a existência determina como caminho para a vida do homem.

III- sempre uma decisão livre, por mais que se julgue estar sob o poder de forças externas.

IV- estarmos condenados a ela, pois é a liberdade que define a humanidade dos humanos.

Assinale

A) se apenas I e IV estiverem corretas.

B) se apenas II e III estiverem corretas.

C) se apenas I, II e IV estiverem corretas.

D) se apenas III e IV estiverem corretas.

E) se apenas I, III e IV estiverem corretas.

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2) (UFU -09/2002) Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida:

A) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo, instaurando leis e

normas necessárias para os indivíduos.

B) circunstâncias que nos determinam e nos impedem de fazer escolhas de outro modo.

C) conformação às situações que encontramos no mundo e que nos determinam.

D) escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. “Estamos

condenados à liberdade”, segundo o autor.

3) (UFU- 2004)O nada, impensado para Parmênides, encontrou em Sartre valor

ontológico, pois o nada é o ponto de partida da existência humana, uma vez que não há

nenhuma anterioridade à existência, nem mesmo uma essência. Esta tese apareceu no

livro O Ser e o Nada. Tal afirmação encontra-se também em outro livro, O

existencialismo é um humanismo, no qual está escrito: “Porém, se realmente a

existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o

primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse do que ele é, de

submetê-lo à responsabilidade total de sua existência.”SARTRE, J.P. O existencialismo é

um humanismo. Trad. de Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 6.

Coleção. Os Pensadores.. A responsabilidade para Sartre diz respeito

A) ao indivíduo para consigo mesmo, já que o existencialismo é dominado pelo conceito de

subjetividade que restringe o sujeito da ação à sua esfera interior, circunscrita pelas suas

representações arbitrárias, que exclui o outro; toda escolha humana é a escolha por si próprio.

B) ao vínculo entre o indivíduo e a humanidade, já que para o existencialista, cada um é

responsável por todos os homens, pois, criando o homem que cada um quer ser, estaremos

sempre escolhendo o bem e nada pode ser bom para um, que não possa ser para todos.

C) à imagem de homem que pré-existe e é anterior ao sujeito da ação. É uma imagem tal qual

se julga que todos devam ser, de modo que o existencialismo, em virtude da sua origem

protestante com Kierkegaard, renova a moral asceta do cristianismo, que exige a anulação do

eu.

D) ao partido político que tem a primazia na condução do processo de edificação da nova

imagem de homem comprometido com a revolução e que faz de cada um aquilo que deverá

ser, tal como ficou célebre no mote existencialista: o que importa é o resultado daquilo que nos

fizeram.

4) (UFU- 2ª fase janeiro de 2000) "Eu não podia admitir que a gente recebesse o ser de

fora, que ele se conservasse por inércia, nem que os movimentos da alma fossem os

efeitos de movimentos anteriores (...). Diziam-me amiúde: o passado nos impele; mas eu

estava convencido de que o futuro me puxava". (Sartre - As palavras)

O que significa, segundo Sartre, dizer que "O importante não é o que fazem do homem,

mas o que ele faz do que fizeram dele"?

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5) (UFU- 2ª Fase Junho de 2003) “Gostaria de defender, aqui, o existencialismo de uma

série de críticas que lhe foram feitas”, assim começa Sartre o seu opúsculo O

existencialismo é um humanismo.

Quais foram as principais críticas dirigidas ao existencialismo sartreano?

Que o existencialismo obscurece o lado luminoso da vida e destaca sordidez humana. Uma vez

admitida à repugnância humana, o ser humano estaria descompromissado da solidariedade e

ação social estagnada. Já os católicos acusam o existencialismo de deixar o homem em um

estado de gratuidade, onde tudo é permitido, pois se não existe Deus não há como condenar

uns aos outros.