Clipping

21/07/2011

É público Além de dinheiro da prefeitura, Itaquerão terá R$ 50 mi do governo de SP para abrir a próxima Copa

BERNARDO ITRI

DO PAINEL FC

RODRIGO MATTOS

DE SÃO PAULO

O custo do Itaquerão para se tornar o estádio da abertura da Copa-2014 aumentou. E será o poder público quem pagará a conta extra. No dia em que a Prefeitura de São Paulo oficializou R$ 420 milhões para a arena em incentivos fiscais, o governo do Estado admitiu que viabilizará mais R$ 50 milhões em estruturas e arquibancadas provisórias para a arena. A Odebrecht, que construirá o estádio, estima que esse gasto será ainda maior e pode atingir R$ 70 milhões. De qualquer jeito, elevase o orçamento do estádio, que era de R$ 820 milhões, segundo divulgaram a própria empreiteira e o Corinthians. “Quando fomos apresentar as garantias financeiras à Fifa, nem o Corinthians nem a Odebrecht se comprometeram a pagar o aluguel. O governo do Estado, então, se comprometeu, por causa do prazo curto, a viabilizar isso”, afirmouEmanuel Fernandes, chefe do comitê paulista para a próxima Copa. Segundo Fernandes, o governo não necessariamente irá pagar pelas estruturas provisórias. Poderá arrumar parceiros para isso. “Trata-se do evento. Não é um investimento para o Corinthians”, frisou Fernandes. Carlos Armando Paschoal, diretor da Odebrecht Participações, relata que o aluguel dessas estruturas está fora dos R$ 820 milhões. “Esse preço é para o estádio do Corinthians, de 48 mil lugares. Para ele ter condições de receber a abertura da Copa, o que é desejo da sociedade paulista, eu acho, o governo vai alugar as estruturas provisórias. Isso custa entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões”, declarou Paschoal. Segundo o diretor, a Odebrecht está auxiliando o governo do Estado a realizar a licitação para as estruturas. O valor extra com 20 mil assentos, estruturas para imprensa e área para recepção de chefes de Estado, eleva a capacidade para 68 mil pessoas. Depois da Copa, as instalações serão retiradas. Procurado pela Folha, o clube rebateu as informações passadas por governo e Odebrecht. Disse que o estádio a ser entregue estará apto para receber a abertura da Copa ao custo de R$ 820 milhões. O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, chegou a dizer ontem que o estádio do clube será o único da Copa a ter dinheiro privado. O aluguel de estruturas provisórias não será a única entrada de dinheiro público no Itaquerão para o Mundial. O poder público já paga mais da metade do custo do estádio de Itaquera. Em evento aberto, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou ontem a concessão de CIDs (Certifi cados de Incentivo ao Desenvolvimento), no valor de R$ 420 milhões, para as obras.

São títulos que permitem a quem construir a arena o abatimento de impostos, como IPTU e ISS. A Odebrecht negociará esses papéis para pagar a obra do Itaquerão.

Receita da arena terá destino compulsório para pagar obras DO PAINEL FC DE SÃO PAULO O contrato entre Corinthians e Odebrecht vai prever que rendas do estádio de Itaquera serão usadas obrigatoriamente para pagar a construção. As receitas nem passarão pelos cofres do clube. Foi o que informou a empreiteira à Folha. A diretoria corintiana admitiu que as receitas da arena são as garantias para a quitação da dívida da obra. O estádio está orçado hoje em R$ 820 milhões. Mas há divergência entre Odebrecht e Corinthians em relação à destinação da renda que sobra após a quitação das parcelas da obra. O contrato não foi assinado. A empreiteira quer fazê-lo na próxima semana, e o clube não tem pressa. Entre as rendas, estão bilheteria dos jogos, camarotes e direitos sobre o nome. “O fundo será detentor do terreno, de direitos e receitas do empreendimento”, disse o diretor da Odebrecht Participações em São Paulo, Carlos Armando Paschoal. Nesse fundo, os recursos vão prioritariamente para o banco repassador (a ser definido). Isso porque a entidade financeira pegará o empréstimo de R$ 400 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as obras e terá de quitar a dívida. Os pagamentos começam três anos após o acordo com o BNDES. A partir daí, o empréstimo será pago em dez anos, com juros de 11% ao ano, incluindo comissão. “Temos certeza de que vamos ganhar R$ 120 milhões. Dá para pagar R$ 45 milhões de parcela por ano e sobra para o clube”, declarou o diretor de marketing corintiano, Luis Paulo Rosenberg. Mas, segundo a Odebrecht, se houver lucro após o pagamento da dívida, não irá diretamente para o Corinthians, e sim para o fundo. “A direção do fundo pode destinar o dinheiro para o Corinthians se houver um acúmulo significativo [de recursos]”, afirmou Paschoal. A diretoria do clube discorda: disse que a renda extra vai direto para seus cofres. Pela versão da Odebrecht, o banco privado será o sócio principal, a empreiteira, a segunda, e o clube, cotista “subordinado”, disse Paschoal. O resto da arena será pago pelos incentivos fiscais da prefeitura, que somam R$ 420 milhões. Esses também não passam pelo clube. E o Corinthians pode ter de pagar direto parte das obras iniciais de R$ 30 milhões. O valor está incluído no total. Se o fundo não for criado até agosto, o clube terá de quitar uma parcela disso. (BI E RM)

Cidade gasta R$ 38 mil com festa de estádio “Vim para ser papagaio de pirata mesmo”, disse o vereador Agnaldo Timóteo (PR) no evento de assinatura dos CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) para o Itaquerão. A festa serviu de palco para políticos e custou cerca de R$ 38 mil para a prefeitura paulistana. Os gastos incluíram painéis, tendas, ventiladores que borrifavam água, TVs e um palco para as autoridades.

Foram ao evento o prefeito Gilberto Kassab, o governador paulista, Geraldo Alckmin, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., secretários municipais e estaduais e em torno de 20 vereadores paulistanos. Discursos exaltavam a atuação do governo na viabilização do estádio diante de um público formado por moradores da zona leste. Houve aplausos e choro quando Kassab assinou o incentivo fiscal ao estádio. Em seu discurso, Silva Jr. citou a maioria dos vereadores presentes. Um deles foi esquecido e se levantou para pedir para ter seu nome lembrado. (BI E RM)

Rádio e TVRádio e TVRádio e TVRádio e TV

SãoSãoSãoSão PauloPauloPauloPaulo éééé oooo quartoquartoquartoquarto maiormaiormaiormaior aglomeradoaglomeradoaglomeradoaglomerado urbanourbanourbanourbano dodododo mundomundomundomundo eeee concentraconcentraconcentraconcentra aaaa maiormaiormaiormaior

economiaeconomiaeconomiaeconomia brasileirabrasileirabrasileirabrasileira http://www2.boxnet.com.br/pmsp/Visualizacao/RadioTv.aspx?IdClipping=16915209&IdE

mpresaMesa=&TipoClipping=A

AcessibilidadeAcessibilidadeAcessibilidadeAcessibilidade paraparaparapara asasasas pessoaspessoaspessoaspessoas comcomcomcom dificuldadedificuldadedificuldadedificuldade dededede locomoçãolocomoçãolocomoçãolocomoção éééé tematematematema dededede debatedebatedebatedebate emememem SPSPSPSP http://www2.boxnet.com.br/pmsp/Visualizacao/RadioTv.aspx?IdClipping=16915609&IdE

mpresaMesa=&TipoClipping=A