Racios de Gestão

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RÁCIOS DE GESTÃO MÉTODO BÁSICO PARA ANALISAR A INFORMAÇÃO FINANCEIRA ANA ISABEL FERNANDES CRAVEIRO Aluna Nº (20101077) RESUMO: O método dos rácios como técnica utilizada para a análise financeira consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do balanço e da demonstração de resultados, ou ainda entre outras grandezas económico-financeiras. Na enorme massa de informação contabilística, o analista financeiro efectua uma selecção e realiza os necessários ajustamentos de entre os diferentes elementos disponíveis, com o objectivo de calcular os indicadores financeiros que evidenciam as características económicas e financeiras da organização a estudar. É óbvio que os rácios não são uma “bola de cristal”, mas simplesmente um instrumento de apoio para sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar o desempenho económico-financeiro das organizações e a sua evolução no tempo. Numa altura em que a técnica dos rácios se vulgariza e se utiliza com frequência para quase todos os fins, convém alertar que este instrumento tem algumas limitações, devendo pois ser usado com prudência, sob pena de se tirarem conclusões no mínimo com pouco significado, senão mesmo incorrectas.[3] INSTITUT0 POLITÉCNICO DE COIMBRA INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL JUNHO DE 2006-06-04 1

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RÁCIOS DE GESTÃO

MÉTODO BÁSICO PARA ANALISAR A INFORMAÇÃO FINANCEIRA

ANA ISABEL FERNANDES CRAVEIRO

Aluna Nº (20101077)

RESUMO: O método dos rácios como técnica utilizada para a análise financeira consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do balanço e da demonstração de resultados, ou ainda entre outras grandezas económico-financeiras. Na enorme massa de informação contabilística, o analista financeiro efectua uma selecção e realiza os necessários ajustamentos de entre os diferentes elementos disponíveis, com o objectivo de calcular os indicadores financeiros que evidenciam as características económicas e financeiras da organização a estudar. É óbvio que os rácios não são uma “bola de cristal”, mas simplesmente um instrumento de apoio para sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar o desempenho económico-financeiro das organizações e a sua evolução no tempo. Numa altura em que a técnica dos rácios se vulgariza e se utiliza com frequência para quase todos os fins, convém alertar que este instrumento tem algumas limitações, devendo pois ser usado com prudência, sob pena de se tirarem conclusões no mínimo com pouco significado, senão mesmo incorrectas.[3]

INSTITUT0 POLITÉCNICO DE COIMBRA

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

JUNHO DE 2006-06-04

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ÍNDICE: Pág. s

1. O MÉTODO DOS RÁCIOS .................................................................................... 5 2. TIPOS DE RÁCIOS

2.1 Rácios Financeiros ....................................................................................... 6 2.2 Rácios Económicos ...................................................................................... 6 2.3 Rácios Económicos – Financeiros .............................................................. 6 2.4 Rácios de Funcionamento ........................................................................... 6 2.5 Rácios Técnicos ............................................................................................ 6

3. DEFINIÇÃO DE ALGUNS TIPOS DE RÁCIOS

3.1 Rácios de alavanca financeira 3.1.1 Rácio de endividamento ........................................................... 7

3.1.2 Debt to Equity Ratio ................................................................ 7 3.1.3 Peso do endividamento a longo prazo ..................................... 8 3.1.4 Estrutura do endividamento ..................................................... 8 3.1.5 Cobertura dos encargos financeiros ......................................... 8 3.1.6 Cobertura do serviço da dívida ................................................ 8 3.1.7 Rácio do período de recuperação da dívida ............................. 9 3.1.8 Rácios da variabilidade dos resultados operacionais ............... 9 3.1.9 A estrutura Financeira .............................................................. 9 3.1.10 Solvabilidade ........................................................................... 9 3.1.11 Autonomia Financeira ........................................................... 10

3.2 Rácios de Liquidez 3.2.1 Liquidez geral ......................................................................... 10 3.2.2 Liquidez reduzida (Quick Ratio ou Acid Test) ....................... 11 3.2.3 Liquidez imediata ................................................................... 12

3.3 Rácios de Rendibilidade 3.3.1 Rendibilidade comercial ...........................................................12

3.3.2 Rendibilidade financeira ...........................................................13 3.3.3 Rendibilidade económica ......................................................... 14

3.4 Rácios de funcionamento

3.4.1 Rotação do activo .................................................................... 14 3.4.2 Rotação das existências ........................................................... 15 3.4.3 Prazo médio de recebimentos .................................................. 15 3.4.4 Prazo médio de pagamentos .................................................... 15

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3.5 Rácios baseados no mercado 3.5.1 Price Earnings Ratio (PER) ...................................................... 16 3.5.2 Rendimento em dividendos ...................................................... 16

3.6 Rácio de produtividade ........................................................................ 16 3.7 Rácio de economicidade ....................................................................... 17

4. LIMITAÇÕES DOS RÁCIOS ............................................................................... 17

5. COMENTÁRIO FINAL ......................................................................................... 19

6. BIBLIOGRAFIA

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1. O MÉTODO DOS RÁCIOS

Ao longo dos anos, uma grande variedade de técnicas de análise foram desenvolvidas para determinar a estabilidade financeira das várias empresas. A análise financeira a partir do método dos rácios, consiste fundamentalmente no estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações financeiras. Ao estabelecer a relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação bastante mais expressiva do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor absoluto. A análise dos rácios permite aos empresários medir quais as fraquezas e as forças financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas.

Quando são analisadas as questões financeiras de uma empresa, facilmente se constata o enorme volume de informação disponível para análise. Por esta razão muitos analistas recorrem aos rácios para os ajudar na tarefa como instrumentos de apoio para sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar o desempenho económico-financeiro das empresas e a sua evolução no tempo. Este é um método da preferência dos bancos e empresas especializadas na venda de informações de índole comercial e financeira.

No entanto, a análise financeira através dos rácios só tem sentido se tiver alguma base de comparação. Os gestores podem utilizar como padrão os orçamentos, que são no fundo documentos que reflectem os objectivos da empresa. É evidente que o analista externo, ao não ter acesso a estes elementos, terá de procurar outras fontes. Uma forma muito corrente de análise é a comparação com o histórico, concluindo-se assim se a evolução tem sido favorável ou desfavorável. Uma outra fonte de informação importante é constituída pelas centrais de balanços (BPA, BPSM, Dun & Bradstreet e Banco de Portugal). Os relatórios de contas das empresas concorrentes incluem, normalmente, para além dos dados financeiros, referências qualitativas à forma de gestão e ao alcance dos objectivos representando outra fonte possível de informação. Note-se que uma alternativa a esta fonte é constituída pelos apêndices do Diário da República, III Série, publicados em Julho e Novembro de cada ano, no qual as Sociedades Anónimas e Empresas Públicas são obrigadas a inserir os seus balanços, demonstração de resultados e anexos ao balanço. Esta é uma fonte extremamente importante porque permite comparações com os concorrentes mais próximos, no domínio da estratégia e consequente desempenho operacional e financeiro. (adaptado de [3])

É fundamental ter consciência, de que a análise dos rácios não revelará tudo o que é necessário saber acerca da performance financeira do negócio. Eles apenas fornecem uma boa descrição, mas têm as suas limitações, pois uma vez que se baseiam na performance passada da empresa não dão indicações algumas sobre a performance actual e futura.

Não existe nenhum padrão internacional para os rácios económico-financeiros, pelo que vale muito mais um pouco de reflexão e de bom senso do que a aplicação cega das fórmulas.

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2. TIPOS DE RÁCIOS

Podem-se construir inúmeros rácios, mas a sua utilização vai depender sobretudo dos objectivos da análise financeira, isto é, da natureza dos fenómenos que se pretendem revelar ou medir e das fontes de informação que se vão utilizar. 2.1 Rácios Financeiros

Os Rácios Financeiros são aqueles que apreciam os aspectos que se relacionam exclusivamente com aspectos financeiros, tais como a estrutura financeira, a capacidade de endividamento, a solvabilidade, etc. [3]

2.2 Rácios Económicos

Os Rácios Económicos pretendem revelar aspectos de situação económica como a estrutura dos custos, a estrutura dos proveitos, as margens, a capacidade de autofinanciamento, etc. [3]

2.3 Rácios Económicos – Financeiros Os Rácios Económicos – Financeiros pretendem, como facilmente se deduz,

apreender os aspectos económico-financeiros, como sejam a rendibilidade dos capitais, as rotações dos diferentes elementos de activo, etc. [3]

2.4 Rácios de Funcionamento Os Rácios de Funcionamento ajudam a explicar os impactos financeiros da

gestão ao nível do ciclo de exploração. São os rácios dos prazos médios de recebimento e pagamento, da duração média das existências em armazém, etc. [3]

2.5 Rácios Técnicos Os Rácios Técnicos procuram revelar aspectos relacionados com a produção e as

actividades em geral, expressando-se normalmente em unidades físicas, ou comparando unidades económico-financeiras com unidades físicas. Estuda-se com eles o rendimento do equipamento, a produtividade da mão-de-obra, etc. [3]

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3. DEFINIÇÃO DE ALGUNS TIPOS DE RÁCIOS

Os rácios são as estrelas-guia da gestão, são eles que fornecem os alvos e os padrões para conduzir os gestores às estratégicas mais benéficas de longo prazo bem como à tomada eficaz de decisões de curto prazo.

Embora exista uma multiplicidade de indicadores, uma miríade de termos e

relações financeiras, a abordagem adoptada no presente trabalho visa apenas os rácios que parecem ser vitais a este curso.

3.1 Rácios de alavanca financeira

São rácios muito utilizados para análise de crédito identificando por isso as dívidas que a empresa contraiu e as implicações que as mesmas têm na exploração. São indicadores importantes para as análises de concessão de empréstimos junto de entidades financeiras de crédito, reflectindo o risco que se corre ao se conceder crédito adicional. [3]

3.1.1 Rácio de endividamento Os indicadores de endividamento, constituem uma forma de obter indicações

sobre o grau de intensidade de recurso a capitais alheios (dívida) no financiamento de uma empresa, apurando a extensão com que a empresa utiliza capital alheio no financiamento das suas actividades. [3]

Capitais Alheios

(incluindo locação financeira) Endividamento =

Capitais Totais (incluindo locação financeira)

( Equação 1)

3.1.2 Debt to Equity Ratio

Uma outra forma de medir o endividamento é através do famoso Debt to equity Ratio, rácio muito utilizado pelos americanos: [3]

Capitais Alheios

(incluindo locação financeira) Debt to Equity Ratio = Capitais Próprios

( Equação 2)

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3.1.3 Peso do endividamento a longo prazo

O Peso do Endividamento a longo prazo, resulta quando se entra em consideração com apenas as dívidas a médio e longo prazo em vez de dívidas totais:[3]

Capitais Alheios de Longo Prazo

( Equação 3)

3.1.4 Estrutura do endividamento

Não interessa apenas conhecer o grau de endividamento mas também como este se estrutura. Se o endividamento é, em determinada empresa, sobretudo de curto prazo trará, certamente, maiores pressões à tesouraria do que se esse endividamento fosse sobretudo de longo prazo. Para essa análise considera-se o rácio de estrutura do endividamento [3]:

( Equação 4)

3.1.5 Cobertura dos encargos financeiros

O rácio Cobertura dos Encargos Financeiros (Times Interest Earned) mede o grau com que os resultados antes de encargos financeiros e amortizações cobrem os encargos financeiros [3]:

( Equação 5)

3.1.6 Cobertura do serviço da dívida

A Cobertura do serviço da dívida, resulta do facto de se acrescentar outros fluxos compulsivos tais como reembolsos da dívida ao tratar a cobertura dos encargos financeiros[3]:

( Equação 6)

(incluindo locação financeira) Peso do Endividamento a Longo Prazo =

Capitais Totais (incluindo locação financeira)

Capitais Alheios de Curto Prazo (incluindo locação financeira)

Estrutura do Endividamento = Capitais Alheios (incluindo locação financeira)

Resultados antes dos Encargos Financeiros +

Amortizações Cobertura dos Encargos Financeiros =

Encargos Financeiros

Resultados antes dos Encargos Financeiros +

Amortizações Cobertura do Serviço da Dívida =

Serviço da Dívida

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3.1.7 Rácio do período de recuperação da dívida

O rácio Período de Recuperação da dívida é utilizado quando o analista de crédito prefere analisar a capacidade de cobertura da dívida em termos mais prospectivos do que históricos. Assim, como estimativa do número de anos em que a empresa é capaz de pagar as suas dívidas, admitindo tudo constante, constrói o seguinte rácio[3]:

Empréstimos em Dívida Período de Recuperação da Dívida = Autofinanciamento

( Equação 7)

3.1.8 Rácios da variabilidade dos resultados operacionais

O rácio da variabilidade dos resultados operacionais é muito útil para análise de risco. Se os rácios de cobertura (dos encargos financeiros e o serviço da dívida) indicam que esta é reduzida, então será conveniente analisar a variabilidade dos resultados operacionais, como forma de análise de risco: [3]

Resultados Operacionais (Ano t) – Resultados Operacionais (Ano t-1)

Variabilidade dos Result. Operac. = Média dos Resultados Operacionais

( Equação 8)

3.1.9 A estrutura Financeira

A estrutura financeira indica a relação existente entre o Passivo e o Capital Próprio, ou a capacidade de a empresa fazer face aos seus compromissos exclusivamente com o capital próprio. Assim, poderá representar-se este rácio, como:

Passivo Estrutura Financeira =

Capital Próprio

( Equação 9) 3.1.10 Solvabilidade

É a capacidade da empresa para solver os seus compromissos a médio e longo

prazo, isto é, a capacidade de pagar as dívidas. Traduz a posição de independência da empresa face aos credores.

Activo Total Líquido Solvabilidade = Passivo Total

(Equação 10)

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Quanto maior for o rácio, maior será a segurança dos credores em recuperar os

seus créditos, em caso de liquidação ou dissolução da empresa. A solvabilidade total mostra a percentagem do património que é financiada pelos proprietários.

3.1.11 Autonomia Financeira

Este rácio analisa a parcela dos activos que é financiada por capital próprio. Traduz a capacidade da empresa de financiar o activo através dos capitais próprios sem ter de recorrer a empréstimos.

Total do Capital Próprio Autonomia Financeira = Total do Activo

(Equação 11)

A capacidade esgota-se quando o rácio é igual à unidade, ou seja quando o passivo a médio e longo prazo iguala os capitais próprios.

3.2 Rácios de Liquidez

Os rácios de liquidez dão ideia da capacidade da empresa para satisfazer os seus compromissos de curto prazo.

A necessidade de uma empresa possuir liquidez é uma restrição da sua gestão financeira e mesmo da sua sobrevivência. Na sua actividade diária, um certo número de dívidas são exigíveis a muito curto prazo e convém que a sociedade esteja à altura de fazer face a estes compromissos. [4]

Os rácios financeiros de curto prazo indicam a liquidez da empresa, ou seja, a facilidade com que a empresa pode dispor de fundos (dinheiro em caixa ou depósitos) para fazer face aos seus compromissos imediatos, ou, por outras palavras, traduz a facilidade com que a empresa pode transformar créditos em dinheiro É uma medida de saúde financeira de curto prazo.

Credores de curto prazo, como fornecedores, preocupam-se com o rácio

corrente, pois essa é uma medida da capacidade da empresa pagar suas contas.

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3.2.1- Liquidez geral

Revela-nos a capacidade que a empresa tem de solver as suas obrigações correntes. É um teste de solvência a curto prazo. Deve ser, pelo menos igual a um, para que se verifique um equilíbrio financeiro mínimo.

Activo Circulante Liquidez Geral = Passivo Circulante

( ou Dívidas a curto prazo) (Equação 12)

A liquidez geral é uma representação do fundo de maneio e tem grande

importância para os credores. O fundo de maneio é muitas vezes apresentado como a “almofada de segurança” da empresa quando os credores reclamam os reembolsos das dívidas de curto prazo.

O fundo de maneio é o excedente do activo circulante em relação às dívidas a

curto prazo. É constituído pela parte do activo circulante que não é financiada pelos débitos a curto prazo, mas pelos capitais permanentes (débitos a médio e longo prazo e capitais próprios). Uma empresa tem liquidez quando o seu fundo de maneio é suficiente para permitir fazer face aos riscos resultantes da lentidão com que valores activos se transformam em dinheiro. Se isso não acontecer pode provocar desequilíbrios na tesouraria. [2]

O Fundo de Maneio pode-se exprimir matematicamente, como:

Fundo de Maneio =Activo circulante - Dívidas a curto prazo (Equação 13)

Do exposto anteriormente, é possível relacionar a Liquidez Geral com o Fundo

de Maneio. Assim:

SE a liquidez geral for superior à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o Activo Circulante é superior às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um Fundo de Maneio positivo. Esta situação, origina uma certa margem de segurança que tem o seu custo.

SE a liquidez geral for igual à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o

Activo Circulante é igual às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um Fundo de Maneio nulo. Esta situação é instável.

SE a liquidez geral for inferior à unidade, então pela Equação XII conclui-se que o

Activo Circulante é inferior às Dívidas a Curto Prazo conduzindo desta forma a um Fundo de Maneio negativo.

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3.2.2 Liquidez reduzida (Quick Ratio ou Acid Test)

A liquidez reduzida é uma medida mais severa da posição líquida da empresa. Dá a ideia clara da capacidade da empresa para, sem grandes riscos, ser capaz de solver os seus compromissos de curto prazo.

É utilizado com a mesma finalidade do anterior, mas admite dificuldades de possível falência pelo que se considera que as existências não poderão ser transformadas de imediato em dinheiro, ou pelo menos que essa conversão será sempre abaixo do custo de inventário. [3]

Activo Circulante - Existências Liquidez Reduzida =Passivo Circulante

(Equação 14) 3.2.3 Liquidez imediata

Um terceiro indicador de liquidez é aquele que restringe ainda mais o conceito de activos líquidos, cingindo-os às disponibilidades e aplicações financeiras de curto prazo de uma empresa. É utilizada pelos analistas que pretendem conhecer o grau de cobertura dos passivos circulantes por disponibilidades. [3] Depósitos Bancários + Caixa + Títulos

Negociáveis Liquidez Imediata =

Passivo Circulante

(Equação 15)

O rácio de liquidez imediata não tem qualquer racionalidade, pois uma gestão financeira adequada deve minimizar o volume de disponibilidades, diminuindo dessa forma as necessidades e financiamento.

3.3 Rácios de Rendibilidade

Numa empresa, a rendibilidade toma três dimensões distintas segundo os objectivos da análise: rendibilidade comercial, rendibilidade económica e rendibilidade financeira.

Os rácios de rendibilidade, tal como o nome indica medem a rendibilidade de uma empresa na sua operação, indicando o grau de eficiência com que a empresa utilizou os recursos à sua disposição.

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3.3.1 Rendibilidade comercial

Está estreitamente relacionada com a política de preços da empresa e a margem bruta que esta reserva sobre o preço de custo das mercadorias vendidas.

Assim, considera-se o rácio, Rendibilidade das vendas para analisar a relação

entre os resultados e as vendas. Consoante o tipo de numerador assim se tem uma noção de rendibilidade das vendas diferente:

A Rendibilidade operacional das vendas é independente da política financeira adoptada pela empresa (antes de encargos financeiros) e a incidência fiscal resultante da sua política de investimento (dotações às amortizações), dependendo evidentemente, do sector de actividade em causa e do grau de integração vertical do ciclo de produção. [3]

Resultado Operacional Rend. Operac. das Vendas =

Vendas

(Equação 16)

Rendibilidade líquida das vendas, obtém-se a partir da margem líquida obtida pela empresa após a dedução de todos os encargos:

Resultado Líquido Rend. Líquida. das Vendas = Vendas

(Equação 17)

Este rácio dá-nos o lucro (prejuízo) obtido por cada unidade vendida, revelando

assim a eficiência do negócio.

3.3.2 Rendibilidade financeira

A rendibilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este rácio pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta entregue aos accionistas. Um bom número traz êxito ao negócio, tornando fácil atrair novos fundos que permitirão à empresa crescer, havendo condições favoráveis de mercado, e isso, por sua vez, conduz a maiores proveitos. Tudo isso leva a um valor elevado e a um crescimento contínuo da riqueza dos proprietários. [3]

Resultados Líquidos Rend. do Capital Próprio =

Capital Próprio

(Equação 18)

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Prefere-se muitas vezes levar em conta o conjunto dos fundos activos que

tenham, ou não sofrido o peso do imposto. Daí resulta o interesse pelo seguinte rácio:

Capacidade de Autofinanciamento Rend. do Capital Próprio =

Capital Próprio

(Equação 19)

Em resumo, o rácio da rentabilidade dos capitais próprios de uma empresa baseia-se num numerador que não corresponde ao "rendimento" auferido pelo seu proprietário e num denominador que não traduz o valor da sua riqueza inicial. O interesse do conceito residirá, deste modo, apenas (e mais uma vez) em ser um mero "indiciador" da situação da empresa, sobretudo quando inserido no contexto de valores comparáveis para outras empresas do mesmo sector.

3.3.3 Rendibilidade económica

Caso se queira analisar a rendibilidade, separadamente das decisões financeiras, tem de se recorrer ao rácio Rendibilidade do Activo, que é um rácio de avaliação do desempenho dos capitais totais investidos na empresa, independentemente da sua origem (próprios ou alheios):

(%)

(Equação 20)

Resultados antes de Encargos Financeiros Rend. do Activo = Activo

A rendibilidade do investimento total permite avaliar a eficácia da aplicação de

capital na operação. Este é o melhor indicador para comparações entre empresas. Pode ainda ser comparado com o custo do capital alheio, podendo concluir-se se o endividamento pesa favorável ou desfavoravelmente na rendibilidade dos capitais próprios. [3]

3.4 Rácios de funcionamento

Os rácios de funcionamento servem para analisar a eficiência das decisões na gestão dos recursos aplicados, explicitando a forma como a empresa está a utilizar os recursos de que dispõe. Os rácios de funcionamento apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento. Devem utilizar-se os valores médios de balanço de forma a não serem afectados pelos valores acidentais em determinada data do balanço. Dado que as condições de funcionamento são significativamente diferentes de sector para sector, estes rácios só têm sentido se comparados dentro do mesmo sector e entre empresas com características tecnológicas e de mercado semelhantes.[3]

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3.4.1- Rotação do activo

A rotação do activo é o rácio que indica o grau de utilização dos activos. Um rácio muito levado pode significar que a empresa está a trabalhar perto do limite da capacidade. O inverso pode significar a subutilização de recursos: [3]

Vendas Rotação do Activo =

Activo médio

(Equação 21) 3.4.2- Rotação das existências

A rotação das existências evidencia os efeitos da gestão ao nível dos armazéns:

(Equação 22)

Vendas Rotação das Existências = Existências médias

Este rácio, traduz a eficiência com que a empresa gere os armazéns e as

existências. Um rácio elevado é encarado como indicador da eficiência. Porém, uma rotação demasiadamente alta pode significar que a empresa está a perder vendas devido à falta de existências. Mas também pode significar rupturas frequentes de stocks. Estes rácios devem ser utilizados com cautela e com conhecimento das decisões correntes de gestão do período em análise. [3]

3.4.3 Prazo médio de recebimentos

É o rácio que mede a velocidade com que os clientes costumam pagar as suas dívidas.

Saldo médio de Clientes*365 Prazo médio de Recebimentos = Vendas

(Equação 23)

Um rácio alto é, em termos financeiros, desfavorável, mostrando por vezes

ineficiência do departamento de cobrança ou falta de poder negocial da empresa perante os seus clientes. [3]

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3.4.4 Prazo médio de pagamentos

É o rácio que mede a velocidade com que a empresa costuma pagar as suas dívidas aos fornecedores.

Saldo médio de Fornecedores*365 Prazo médio de Pagamentos =

Compras

(Equação 24)

Quanto mais baixo o rácio, menor o grau de financiamento que os fornecedores fazem à exploração. Pode também revelar falta de poder negocial da empresa perante os seus fornecedores. Mas será de referir que um valor muito elevado pode identificar dificuldades da empresa em satisfazer as suas obrigações. [3]

3.5 Rácios baseados no mercado São rácios fundamentais para todos os investidores e credores da empresa,

combinando dados contabilísticos e da bolsa de valores. [3]

3.1.12 Price Earnings Ratio(PER)

Representa a relação entre o preço de cotação e os resultados por acção.

% Preço de Cotação PER= Resultados por Acção

(Equação 25)

Admitindo que os resultados se manteriam constantes este rácio representaria o

período de recuperação do capital do investidor que comprasse uma acção aquele preço com uma política de distribuição de dividendos a 100%, considerando que no mercado não à expectativas de evolução.

3.1.13 Rendimento em dividendos

O rendimento do accionista divide-se em duas componentes: Dividendos e Mais Valias. O Rendimento em dividendos é:

(Equação 26)

Dividendo por Acção Rendimento em Dividendos = Preço de Cotação

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3.2 Rácio de produtividade

Desde sempre, e na perspectiva de satisfazer as necessidades da colectividade, o Homem tem sido obrigado a resolver o problema da produção pelo que recorre a recursos financeiros, materiais e humanos. Da necessidade de controlar a produção (output) com os factores de produção (input) surge o conceito de produtividade. Esta é definida como a aptidão para produzir, ou seja a aptidão para adicionar o valor aos factores adquiridos no exterior, ou obter rendimento da combinação de vários factores produtivos. A sua medida corresponde ao quociente: [2]

Produção Produtividade = Factores Produtivos Utilizados

(Equação 27)

3.3 Rácio de economicidade

Enquanto a produtividade tem em vista o aspecto técnico da produção, isto é, combinações óptimas com economia de meios, a economicidade visa atingir níveis previamente fixados:

(Equação 28)

Resultados Efectivos Economicidade = Resultados Previstos

4. LIMITAÇÕES DOS RÁCIOS Numa altura em que a técnica dos rácios se vulgariza e se utiliza com frequência para quase todos os fins, convém alertar que este instrumento tem algumas limitações, devendo pois ser usado com prudência, sob pena de se tirarem conclusões no mínimo com pouco significado, senão mesmo incorrectas.

A utilização de rácios deverá sempre simultânea com uma correcta consciencialização dos pressupostos inerentes à sua construção, o que infelizmente nem sempre é realizado por muitos analistas e responsáveis das empresas. Para efectuar uma análise financeira com base no Método dos Rácios, é necessário ter em conta algumas das suas limitações:

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1- As comparações no tempo são geralmente mais significativas do que os valores considerados isoladamente. Um determinado valor alto ou baixo pode ser consequência de se ter verificado nessa altura algum evento pontual. A tendência evidenciada pela comparação em vários momentos sucessivos é geralmente mais expressiva.

2- Em regra geral, em termos de comparações de rácios, as conclusões são mais

significativas quando se confrontam empresas de dimensões similares e pertencentes ao mesmo sector de actividade.

3- Quando o valor da rubrica correspondente ao denominador do rácio está

próximo de zero, o rácio obtido é muito elevado e pode levar a conclusões distorcidas. Se o valor de base é zero, o indicador deixa mesmo de ter qualquer significado.

4- É importante considerar sempre o risco quando se analisa o potencial de um

negócio. Um rendimento mais elevado não é necessariamente melhor quando existe desproporção no grau de risco entre as empresas comparadas.

5- Os rácios financeiros reflectem o passado e não necessariamente o presente ou o

futuro. A análise de rácios baseada em dados publicados e a sua comparação com a empresa assenta na pesquisa de conhecimento sobre o passado. O analista interessado no futuro não deve pressupor que as conclusões sobre o passado reflectem necessariamente a situação actual ou futura. Deve nesse caso procurar obter os dados de plano da respectiva empresa. [3]

6- A contabilidade é feita aos custos históricos, pelo que a inflação verificada na economia afecta diferentemente as empresas. Além disso, a comparação entre diferentes períodos também é afectada

7- Os rácios financeiros estão em grande parte dependentes da fiabilidade da informação constante das demonstrações financeiras. Se esta informação não for apropriada, os resultados da análise provavelmente serão incorrectos.

8- Os rácios financeiros estão dependentes dos critérios de contabilização

utilizados pela empresa. Embora as contas das empresas se baseiem na aplicação dos princípios contabilísticos geralmente aceites, os critérios utilizados podem variar. A comparação de rácios entre empresas do mesmo sector, ou com médias do sector, pode ser falseada pelas diferenças das práticas contabilísticas das empresas. Apesar da normalização existem algumas liberdades em termos de critérios de amortização, provisão e valorização das existências, bem como de considerações de custo ou investimento, sobretudo nos intangíveis.

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9- Os rácios tratam apenas dados quantitativos. Os métodos quantitativos, apenas fundamentados numa análise contabilística e financeira da vida passada da empresa, não são suficientes para apreciar correctamente a respectiva situação e muito menos para se poder inferir com total segurança as suas potencialidades. Com efeito, os elementos contabilísticos a maior parte das vezes não têm em conta outros factores importantes na vida de uma empresa como é, nomeadamente, o seu potencial humano e técnico. [1]

10- Não existe uma definição normalizada a nível nacional e muito menos internacional de cada rácio. Assim, dois analistas podem calcular um mesmo rácio para a mesma empresa com valores diferentes. Tudo depende, das reclassificações que cada um faça e da forma como cada um constrói esse rácio.

11- O apuramento de um valor para um rácio individualizado não diz nada ao

analista. O rácio mais adequado (ideal) para uma empresa específica está dependente do estado da economia em que se insere, da indústria em que trabalha e da estratégia seguida pela gestão. Conclusões do tipo “o valor deste rácio é bom e o daquele é mau” são completamente infundadas. O rácio tem de ser analisado no seu contexto.

5. COMENTÁRIO FINAL

Para que o analista possa realizar um juízo sobre a situação económico-financeira de uma empresa, torna-se necessário recorrer a um conjunto de indicadores. Embora estes possam assumir diversas formas, os mais populares são sem dúvida aqueles que assumem a forma de rácios.

Um rácio mais não é do que o quociente entre duas grandezas geralmente

extraídas directamente da informação contabilística de uma empresa. Frequentemente bastarão para alguns analistas mais experientes a observação de um pequeno conjunto de rácios para que possa formar um juízo, ainda que preliminar e sujeito a legitimação futura com informação mais aprofundada, sobre a condição financeira de uma empresa.

Entende-se normalmente que a informação sob a forma de rácios possui

diversas vantagens relativamente às grandezas contabilísticas analisadas isoladamente em valor absoluto; tornando mais significativa a informação de conjunto proporcionada e facilitando comparações, que poderão ter lugar para a mesma empresa ao longo de um certo período temporal (análise de séries temporais) ou entre diferentes empresas. Mas em termos genéricos, cumpre salientar que os rácios financeiros são apenas um instrumento de análise que pode e deve ser complementado por outros. Deste modo, a tomada de decisões importantes com base em apenas alguns indicadores tornar-se-á sempre perigosa, mesmo para analistas experientes. Deveremos ter sempre consciência,

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por conseguinte, que a análise de indicadores, mais do que conclusões, traz-nos apenas alguns indícios que um analista deverá procurar confirmar através do recurso a outras técnicas e fontes de informação complementares

6. BIBLIOGRAFIA [1]- Revista Dirigir; nº 65/66; p.50 [2]- Revista Dirigir; nº 12; p. 63 [3]- NEVES, João Carvalho das; Análise Financeira: métodos e técnicas; texto Editora; 6ªedição; ISBN 972-47-0008-9 [4]-SOLNIK, Bruno; Gestão Financeira, Publicações Europa-América1998, ISBN 972-1-04040-1; p. 50-68 Sites consultados:

www.alvimrocha.com

www.apdt.org

www.artsoft.pt

www.dnbracios.pt

www.eden.dei.uc.pt

www.egi.uc.pt

www.finbolsa.com

www.geocities.com

www.iapmei.com

www.iscte.pt

www.jorgefarinha.com

www.neotec.gov.pt

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