Radiologia digital

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ GERÊNCIA DE ENSINO DE NÍVEL SUPERIOR CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA ANDRESSA LORENA FRANCISCO GILGLAYDSON JOYCE CAROLINE RALPH ANDRÉ VALÉRIA MONTEIRO INCIDÊNCIAS ESPECIAIS DE CRÂNIO E FACE

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Descrição dos vários aspectos da radiologia digital

Transcript of Radiologia digital

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

GERÊNCIA DE ENSINO DE NÍVEL SUPERIOR

CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

ANDRESSA LORENA

FRANCISCO GILGLAYDSON

JOYCE CAROLINE

RALPH ANDRÉ

VALÉRIA MONTEIRO

INCIDÊNCIAS ESPECIAIS DE CRÂNIO E FACE

Teresina - PI

Dezembro / 2014

ANDRESSA LORENA

FRANCISCO GILGLAYDSON

JOYCE CAROLINE

RALPH ANDRÉ

VALÉRIA MONTEIRO

INCIDÊNCIAS ESPECIAIS DE CRÂNIO E FACE

Trabalho Acadêmico do Curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí como requisito avaliativo da disciplina de Exames Radiológicos I sob a orientação do Prof.º Ednaldo Júnior.

Teresina – PI

Dezembro / 2014

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO................................................................................................04

2.DESENVOLVIMENTO................................................................................... 06

2.1.Descrição das Principais Planos da cabeça

2.2,Principais Linhas da Cabeça

2.3.Pontos de Referência

2.4.Considerações de posicionamento do paciente

2.5.Dispositivos Auxiliares de Posicionamento

2.6.Proteção do paciente

2.7.Incidências Especiais de Crânio e Face:

3.CONCLUSÃO.................................................................................................26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 27

1. INTRODUÇÃO

Na interpretação de qualquer imagem radiológica, sendo ela adquirida

em qualquer método,o bom entendimento do profissional realizador é essencial

para manter um padrão na qualidade de aquisição destas imagens.

A cabeça está localizada na extremidade superior do corpo humano,

unida ao tórax pelo pescoço. Didaticamente, pode ser dividida em duas

regiões: póstero-superior,denominada crânio,e ântero-inferior,denominada face

(BIASOLI, 2006).

A cabeça óssea pertence a parte axial do esqueleto, que corresponde

também a coluna vertebral e tronco.

Vários planos e linhas imaginárias podem ser traçados na cabeça, com o

objetivo de facilitar a localização de estruturas anatômicas e o posicionamento

do paciente para o exame radiográfico.Os principais planos da cabeça são:

Sagital Mediano,Frontal,Biauricular,Infra-Orbitomeatal e Orbitomeatal.No que

se refere às linhas imaginárias podemos citar: Glabelomeatal,Orbitomeatal,

Infra-Orbitomeatal,Acantomeatal,Mentomeatal e Linha Glabeloalveolar

(BIASOLI, 2006; BOTRANGER, 2006).

O crânio, ou esqueleto ósseo da cabeça, situa-se na extremidade

superior da coluna vertebral e é dividido em dois grupos principais de ossos: o

crânio propriamente dita, que consiste em 8 ossos craniais, e 14 ossos faciais.

O crânio circunda e protege o encéfalo, e a porção anterior e inferior ao cérebro

é denominado esqueleto facial ou ossos da face (BOTRANGER, 2006).

O Crânio tradicionalmente pode ser dividido em um teto denominado

calota craniana, abóbada craniana ou calvária, composta pelos ossos: frontal

(1), parietais (2), parte do occipital (1) e parte dos temporais (2), e um soalho

denominado base do crânio, composto pelos ossos: etmóide (1), esfenóide (1),

parte do occipital (1) e parte dos temporais (2) (BIASOLI, 2006).

A radiografia do crânio exige um bom entendimento de toda a anatomia

relacionada. A anatomia do crânio é muito complexa e extensa e exige um

estudo cuidadoso e detalhado. Incidências básicas ou padronizadas são

aquelas incidências comumente feitas nos pacientes comuns que conseguem

cooperar na realização do procedimento, o que no crânio referem se as

incidências em PA e Perfil.

A face é composta por 14 ossos: vômer(1),maxilas(2),nasais(2),

lacrimais(2),palatinos(2),zigomáticos(2),conchas nasais inferiores(2) e

mandíbula(1).Os 14 ossos faciais contribuem para o formato da face de uma

pessoa. Além disso, as cavidades das órbitas, nariz e boca são em grande

parte constituídas pelos ossos da face. Dos 14 ossos que constituem o

esqueleto facial apenas dois são ossos únicos. Os 12 restantes consistem em

seis pares de ossos, com ossos semelhantes de cada lado da face (BIASOLI,

2006; BOTRANGER, 2006).

O exame do esqueleto facial geralmente é solicitado pelo médico como

exame radiográfico (ou raios X) dos ossos da face, ou exame radiográfico (ou

raios X) da face (BIASOLI, 2006).

Tradicionalmente, o crânio tem sido uma das regiões em que há uma

maior dificuldade de se radiografar. Tal realidade está relacionada ao formato e

a estrutura do crânio como um todo. Além de que em algumas situações as

estruturas cranianas densas se sobrepõem sobre os delicados ossos faciais

nas ditas incidências de rotina sendo necessário realizar angulações de RC ou

ainda posições da cabeça.

Portanto visando ampliar a gama de conhecimentos a cerca das

incidências radiográficas de crânio e face realizou-se este trabalho. O objetivo

principal é descrever rotinas especiais, que auxiliam na visualização de

determinadas estruturas na cabeça (crânio e face).

2. DESENVOLVIMENTO

A radiografia do crânio ou face exige um amplo conhecimento a cerca da

anatomia e as relações entre estruturas que constituem estas áreas. Portanto é

necessário um amplo conhecimento do tecnólogo em radiologia ao realizar

estas radiografias. Imagens radiográficas não superpostas de vários aspectos

do crânio e dos ossos da face são difíceis de serem obtidas devido à forma e

às estruturas do crânio como um todo.

Os conhecimentos a cerca não só da anatomia mais também no que se

refere a posicionamento e aos parâmetros técnicos a serem utilizados na

obtenção de radiografias de crânio e face de qualidade devem ser possuídos

pelo profissional de técnicas radiográficas. Estes conhecimentos passam pelo:

2.1. Descrição das Principais Planos da cabeça

Os principais planos da cabeça são:

Plano sagital: Todos os planos verticais com orientação paralela à sutura

sagital do crânio que, na posição em pé, estendem-se de ventral para dorsal.

O plano sagital mediano (= plano mediano) divide o corpo em duas metades

iguais.

Plano frontal: (= plano coronal): Todos os planos com trajeto paralelo à

testa ou à sutura coronal do crânio que, na posição em pé, atravessam o

corpo.

Plano biauricular: plano frontal (coronal) mediano que passa pelos poros

acústicos externos dividindo a cabeça nas partes anterior e posterior.

Plano Infra-Orbitomeatal: Também conhecido com plano horizontal

alemão, plano antropológico, ou plano de Frankfurt. É um plano horizontal

perpendicular aos planos frontal (coronal) e sagital, que vai da borda inferior

das órbitas ao teto dos poros acústicos externos, dividindo a cabeça em

partes superior e inferior.

Plano orbitomeatal ou plano meatorbitária: Também denominado plano

horizontal americano, é um plano que vai dos poros acústicos externos às

bordas externas das órbitas. Forma um ângulo aproximado de 12º com o

plano infra-orbitomeatal (plano horizontal alemão).

Figura 1. Principais Planos da cabeça em vista frontal e lateral

FONTE: BIASOLI, 2006.

2.2. Principais Linhas da Cabeça

Certas linhas de posicionamento são importantes na radiografia do

crânio e da face. Essas linhas são formadas pela conexão de certos marcos

anteriores com o ponto médio do meato acústico (auditivo) externo (MAE). O

MAE é a abertura do canal externo da orelha. O ponto central dessa abertura é

denominado ponto auricular.

A mais superior dessas linhas de posicionamento é a linha

glabelomeatal (LGM), refere-se a uma linha entre a glabela e o MAE.

A linha orbitomeatal(LOM) é uma linha de posicionamento

frequentemente usada, localizada entre o canto externo (margem orbitária

lateral média) e o MAE.

A linha infra-orbitomeatal(LlOM) é formada pela conexão da metade da

margem infra-orbitária ao MAE. Existe uma diferença média de 7° a 8° entre os

ângulos das linhas orbitomeatal e infra-orbitomeatal. Há também uma diferença

aproximada de 7° a 8° no ângulo entre as linhas orbitomeatal e glabelomeatal.

Conhecer as diferenças de angulação entre essas três linhas ajuda nos ajustes

de posicionamento para incidências específicas dos ossos cranianos e faciais.

As linhas acantomeatal(LAM) e mentomeatal(LMM) são importantes

na radiografia dos ossos da face.Essas linhas são formadas pela conexão do

acântion com o ponto mentoniano, respectivamente, com o MAE.

A linha da junção dos lábios com o MAE, chamada de linha

labiomeatal (LLM). A linha glabeloalveolar (LGA) conecta a glabela a um ponto

na região anterior do processo alveolar da maxila; essa linha é usada para

posicionamento em uma incidência tangencial dos ossos nasais.

Figura 2.Linhas de Posicionamento

FONTE: BOTRANGER, 2006.

2.3. Pontos de Referência

São uteis para a identificação de estruturas anatômicas, facilitando a

realização do exame radiográfico. Os principais são:

Glabela é a área triangular lisa, ligeiramente elevada, situada entre as

sobrancelhas (um pouco acima delas e da ponte nasal).

Násio é a depressão na ponte do nariz. Anatomicamente, o násio é a

junção dos dois ossos nasais e do osso frontal.

Acântion é o ponto da linha média na junção do lábio superior com o

septo nasal. Esse é o ponto no qual o nariz encontra com o lábio superior.

Ângulo ou gônio refere-se ao ângulo posterior inferior de cada lado da

mandíbula.

Mento refere-se a área triangular ou plana que se projeta para frente.

Trago é a cartilagem anterior da orelha externa.

Figura 3. Pontos Anatômicos de Referência.

FONTE: SANTARITA, 2010. Disponível em:<

http://www.lucianosantarita.pro.br/Arquivos/Notas_aula_esqueleto_axial_2010.

pdf >.Acessado dia 08 de dez de 2014.

2.4. Considerações de posicionamento do paciente:

As incidências do crânio podem ser obtidas com o paciente em

decúbito ou de pé, dependendo da condição do paciente. Imagens na posição

ortostática podem ser obtidas com o uso de uma mesa padrão de raios X na

posição vertical ou um Bucky vertical. A posição ortostática permite que o

paciente seja rápida e facilmente posicionado e faz com que um feixe

horizontal possa ser usado. Um feixe horizontal é necessário para visualizar

quaisquer níveis hidroaéreos existentes nas cavidades cranianas ou nos seios.

A movimentação do paciente quase sempre resulta em uma imagem

insatisfatória. Durante a radiografia de crânio, a cabeça do paciente tem de ser

colocada nas posições precisas e mantida imóvel por tempo suficiente para

obter uma exposição. Sempre lembrar que um paciente está preso ao crânio

que está sendo manipulado. Todo esforço deve ser feito para deixar o corpo do

paciente o mais confortável possível (BOTRANGER, 2006).

No que se refere às radiografias da face incluem se raios x da face ou

dos ossos da face.

Ao realizar o posicionamento para as incidências dos ossos da face, a

posição ereta é a preferida. Essa posição pode ser realizada com uma mesa

ereta ou um Bucky vertical. Frequentemente a movimentação de todo o corpo

do paciente na posição ereta tem por finalidade para ajustar os vários planos e

linhas de posicionamento e também auxiliar no posicionamento dos níveis

líquidos nos seios ou outras cavidades cranianas que possam indicar

condições patológicas cranianas são visíveis na posição ereta com um feixe

horizontal.

Pacientes traumatizados geralmente são radiografados em uma

posição deitada (em decúbito dorsal). A maioria das incidências de ossos da

face pode ser obtida sem mover o paciente, compensando-se os ângulos do

RC e/ou os alinhamentos dos filmes para imagem parcial do RC

(BOTRANGER, 2006).

2.5.Dispositivos Auxiliares de Posicionamento

Vários tipos de dispositivos podem ser usados para facilitar a determina-

ção de ângulos precisos necessários para o posicionamento exato dos ossos

da face ou do crânio. Um exemplo comum desses auxílios de posicionamento é

um cartão com bordas retas cortadas em um ângulo específico para

posicionamento preciso do crânio.

O cartão de bordas com ângulo de 90° é mostrado para determinar que

a linha orbitomeatal foi colocada perpendicularmente ao plano do filme com o

abaixamento suficiente do queixo, ou com a colocação de um suporte sob a

região posterior da cabeça se o queixo não puder ser abaixado

suficientemente. O queixo pode ser elevado ou abaixado para alterar a linha

perpendicular de referência a ser usada em relação ao raio central.

Existem outros tipos de dispositivos ajustáveis podem ser usados para

determinar graus variados do ângulo no posicionamento do crânio. Um

exemplo é o verificador angular que indica o número de graus a partir da

horizontal.

Figura 4. Dispositivos auxiliares de posicionamento

FONTE: BOTRANGER, 2006.

2.6. Proteção do paciente

Visando uma proteção mais eficiente ao paciente deve se evitar

repetições desnecessárias e realizar uma boa colimação. Recomenda-se a

utilização de equipamentos de proteção individual.

2.7. Incidências Especiais de Crânio e Face:

As incidências especiais referem-se aquelas realizadas para verificar a

existências de certas condições patológicas ou ainda visualizar determinadas

estruturas da região em estudo não bem focalizadas nas ditas incidências

básicas. As incidências especiais aqui abordadas são descritas incluindo desde

fatores técnicos até a colimação a ser utilizada.

INCIDÊNCIA AP AXIAL: Método de Towne

Patologia Demonstrada: Fraturas cranianas (deslocamento medial e lateral),

processos neoplásicos e doença de Paget.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 24 x 30 cm, em sentido longitudinal.

Grade móvel ou estacionária

Limite de 70-80 kVp

Posição do Paciente: Tirar todos os objetos de metal, plástico ou outros

objetos removíveis da cabeça do paciente. Fazer a radiografia com o paciente

na posição ortostática ou em decúbito dorsal.

Posição da Parte:

Abaixar o queixo, trazendo a LOM perpendicular ao filme. Para

pacientes incapazes de flexionar o pescoço a essa extensão, alinhar a LlOM

perpendicular ao filme.

Alinhar o plano mediossagital ao RC e à linha média do porta-filme ou da

mesa/superfície do Bucky.

Assegurar-se de que não haja rotação e/ou inclinação da cabeça.

Garantir que o vértice do crânio esteja no campo dos raios-X.

Raio Central:Angular o RC a 30°

caudal em relação a LOM, ou 37°

caudal em relação a LlOM ;DFoFi

mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colimar nas margens externas do crânio.

Prender a respiração.

Critérios Radiográficos:

Estruturas Mostradas:Osso occipital, pirâmides petrosas

e forame magno são mostrados com o dorso da sela e

clinóides posteriores visualizados na sombra do forame

magno.

INCIDÊNCIA SUBMENTOVÉRTICE (SMV)

Patologia Demonstrada: Patologia óssea avançada das estruturas internas do

osso temporal (base do crânio, fratura da base do crânio).

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), em sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70-80 kVp

Posição do Paciente:

Tirar todos os objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da

cabeça do paciente. Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática

ou em decúbito dorsal.

A posição ortostática, que é mais fácil para o paciente, pode ser feita com uma

mesa ereta ou um Bucky vertical.

Posição da Parte:

Elevar o queixo do paciente, hiperestendendo o pescoço se possível até que a

linha infra-orbitomeatal (LIAM) esteja paralela ao filme Apoiar a cabeça do

paciente pelo vértice.

Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média do porta- filme

ou mesa/superfície de Bucky, evitando

rotação e/ou inclinação.

Raio Central

O RC é perpendicular à linha infra-

orbitomeatal.

Centralizar a 3/4 de polegada (2 cm) anterior ao nível das MÃES (a meio

caminho entre os ângulos da mandíbula).

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colimar nas margens externas do crânio.

Prender a respiração.

Critérios Radiográficos:

Estruturas Mostradas: Forame oval e espinhal,

mandíbula, seio esfenoidal e células etmoidais

posteriores, processos mastóides, cristas petrosas, palato duro, forame magno

e osso occipital.

INCIDÊNCIA AP AXIAL: SELA TURCA

Patologia Demonstrada: Adenomas hipofisários podem alterar a morfologia

da sela turca.

Fatores Técnicos:

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 80 +/- 5 kVp

Posição do Paciente: Tirar todos os objetos de metal, plástico ou outros

objetos removíveis da cabeça do paciente. Fazer a radiografia com o paciente

na posição ortostática ou no decúbito dorsal.

Posição da Parte

Apoiar a parte posterior do crânio do paciente contra a mesa/superfície do

Bucky. Flexionar o pescoço para trazer a LlOM perpendicularmente ao filme.

Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média do porta filme

ou da mesa/superfície do Bucky.

Raio Central

Angular o RC 37° caudal à LOM se o dorso

da sela e os processos clinóides posteriores

forem o interesse principal.

Angular o RC 30° caudal se os processos

clinóides anteriores forem o interesse principal.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Fazer a colimação para um campo cerca de 4 polegadas

quadradas (10 cm).Prender a respiração

durante a exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Dorso da sela,

processos clinóides anteriores e posteriores

(dependendo da angulação do RC), forame

magno, cristas petrosas e osso occipital.

LATERAL DE SELA TURCA:

Patologia Demonstrada: Adenomas hipofisários podem alterar a morfologia

da sela turca.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), um sentido transversal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70-80 kVp

Posição do Paciente: Tirar todos os objetos de metal, plástico ou outros

objetos removíveis da cabeça do paciente. Fazer a radiografia com o paciente

na posição ortostática ou deitada semipronada (posição de Sim).

Posição da Parte

Situar a cabeça do paciente em uma posição lateral verdadeira; posicionar o

paciente obliquamente conforme necessário para dar-lhe conforto.

Alinhar a linha interpupilar perpendicularmente à mesa/superfície do Bucky.

Alinhar o plano mediossagital paralelamente à mesa/superfície do Bucky.

Situar a linha infra-orbitomeatal

perpendicularmente à borda anterior do

filme.

Raio Central:

Alinhar o RC perpendicularmente ao filme.

Centralizar num ponto 3/4 de polegada (2 em) anterior e 3/4 de polegada (2

em) superior ao meato acústico externo (MAE).

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação:Fazer a colimação para um campo com tamanho de

aproximadamente 4 polegadas quadradas (10 cm). Prender a respiração

durante a exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Sela turca, processos

clinóides anteriores e posteriores, dorso da

sela e clivus.

INCIDÊNCIA TANGENCIAL (AXIAL) SÚPERO – INFERIOR: OSSOS

NASAIS

Patologia Demonstrada

Fraturas dos ossos nasais (deslocamento médio-lateral)

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), sentido transversal

Faixa de 50 a 60 kVp

Posição do Paciente O paciente é sentado ereto em uma cadeira no final da

mesa ou em decúbito ventral sobre a mesa.

Posição da Parte

Estenda e repouse o queixo sobre o filme. Coloque apoio angulado sob

o filme, como mostrado, para que ele fique perpendicular a LGA (linha glabelo-

alveolar).

Alinhe o plano mediossagital

perpendicular ao RC e à linha média do

filme.

Raio Central

Centre o RC para o násio e angule

conforme necessário para se assegurar

de que ele esteja paralelo a LGA. (O RC deve apenas roçar a glabela e os

dentes frontais superiores anteriores.).

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colime em todos os lados para os ossos nasais.Prender a

respiração durante a exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Incidência tangencial dos

ossos médionasais e nasais distais (com pouca

superposição da glabela ou da crista alveolar) e

dos tecidos moles nasais.

POSIÇÃO LATERAL: OSSOS NASAIS

Patologia Demonstrada: Fraturas do osso nasal são mostradas. Ambos os

lados podem ser examinados para comparação, com o lado mais próximo ao

filme mostrado.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas)

Faixa de 50 a 60 kVp

Posição do Paciente Tire todo metal, plástico e outros objetos removíveis da

cabeça. A posição do paciente é em decúbito ventral ou de pé.

Posição da Parte

Repouse o aspecto lateral da cabeça contra a superfície da mesa/Bucky

vertical, com o lado de interesse mais próximo do filme.

Ajuste a cabeça em uma posição lateral verdadeira e coloque o corpo em

posição oblíqua da forma que for necessária para o conforto do paciente

(colocando um bloco de esponja sob o queixo se necessário).

Alinhe o plano mediossagital em paralelo com uma superfície de mesa/Bucky

vertical. Alinhe a linha interpupilar perpendicular à superfície da mesa/Bucky

vertical. Posicione a linha infra-orbitomeatal perpendicular à borda frontal do

filme.

Raio Central

Alinhe o RC perpendicular ao filme.

Centre o RC para 1/2 polegada (1,25

cm) inferior ao násio.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colime em todos os lados 2 polegadas (5 cm) do osso

nasal.Prender a respiração durante a

exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Ossos nasais com

as estruturas nasais de tecidos moles, a

sutura frontonasal e a espinha nasal

anterior.

.

LATERAL DE SEIOS DA FACE

Patologia Demonstrada:Fraturas e processos neoplásicos/inflamatórios dos

ossos faciais, órbitas e mandíbula são mostrados.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70 a 80 kVp

Posição do Paciente Tire todo metal, plástico e outros objetos removíveis da

cabeça. A posição do paciente é de pé ou em decúbito ventral.

Posição da Parte:

Repouse o aspecto lateral da cabeça contra a superfície da mesa ou do Bucky

vertical, com o lado de interesse mais próximo ao filme.

Ajuste a cabeça em uma posição lateral verdadeira e o corpo em posição

oblíqua da forma que for necessária para o conforto do paciente.

Alinhe o plano mediossagital paralelo ao filme.

Alinhe a linha interpupilar perpendicular ao

filme.

Ajuste o queixo para trazer a linha infra-

orbitomeatal perpendicular à borda frontal do

filme.

Raio Central

Alinhe o RC perpendicular ao filme.

Centre o RC no zigoma, a meio caminho entre o canto externo e o MAE.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colime em todos os lados para uma

faixa dentro de 1 polegada (2,5 cm) dos ossos da

face. Prender a respiração.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Ossos faciais

superpostos, asas maiores do esfenóide, tetos das órbitas, sela turca, zigoma e

mandíbula.

PARIETO ORBITAL:METODO DE RHESEE

Patologia Demonstrada

Alterações ósseas do forame óptico são mostradas.Ambos os lados são

geralmente obtidos para comparação.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas)

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70 a 80 kVp

Posição do Paciente Tire todo metal, plástico e outros objetos removíveis da

cabeça. A posição do paciente é de pé ou em decúbito dorsal.

Posição da Parte

Como uma referência inicial, posicione o queixo, a bochecha e o nariz do

paciente contra a superfície da mesa/Bucky

vertical.

Ajuste a cabeça conforme necessário, de

maneira que o plano mediossagital forme um

ângulo de 53° com o filme.

Posicione a linha acantiomeatal perpendicular

ao plano do filme.

Raio Central

Alinhe o RC perpendicular ao filme, centrado na órbita voltada para baixo.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colime em todos os lados para produzir um tamanho de campo de

aproximadamente 4 polegadas (10 cm) em cada lado.Prender a respiração

durante a exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Secção transversal de cada canal óptico e uma visão

não-distorcida do forame óptico.

INCIDÊNCIA OBLÍQUA AXIAL LATERAL: MASTÓIDES-- Método de Law Modificado

Patologia Demonstrada

Essa incidência demonstra patologias ósseas avançadas dos processos mastóides.

Ambos os lados geralmente são examinados para comparação.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Posição do Paciente:Tirar todos os metais, plásticos e outros objetos

removíveis da cabeça. Posicionar o paciente ereto ou pronado. Prenda cada

aurícula à frente para evitar sobreposição do mastóide.

Posição da Parte

Colocar a face lateral da cabeça

contra a superfície da mesa/Bucky

vertical, com o lado de interesse

mais perto do filme; para o conforto

do paciente é necessário que o

corpo fique oblíquo.

Alinhar o plano mediossagital com a superfície da mesa/Bucky vertical.

A partir da posição lateral, rodar a face 15° em relação ao filme. Previna-se

contra inclinação mantendo a linha interpupilar perpendicular à superfície da

mesa/Bucky vertical.

Ajustar o queixo para trazer a LIAM perpendicular à margem anterior do filme.

Raio Central

Angular o RC 15° caudal.

Centralizar o RC para sair na ponta do

mastóide inferior e para entrar 2,5 cm (1

polegada) posterior e superior ao MAE

superior.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colimar para produzir um tamanho de campo quadrado de

aproximadamente 10 cm (4 polegadas). Interromper a respiração durante a

exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Perspectiva lateral das células aéreas mastóides e

labirintos ósseos mais próximos do filme.

.

PROJEÇÃO OBLÍQUA AXIAL LATERAL

– PERFIL POSTERIOR: MASTÓIDES---

Método de Stenvers

Patologia Demonstrada : patologias

avançadas do osso temporal

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70-80 kVp

Posição do Paciente: Determinar a morfologia

do crânio para o grau de rotação. Tirar todos os

metais, plásticos e outros objetos removíveis

da cabeça. Posicionar o paciente ereto ou

pronado.

Posição da Parte

Ajustar o queixo para trazer a lIOM perpendicular ao filme.

Rodar a cabeça 45° (mesocefálico) com o lado de interesse para baixo.

(Avaliar a morfologia do crânio para determinar o grau de rotação exigido.)

Alinhar a região inferior do mastóide ao

RC e para a linha central do filme.

Raio Central

Angular o RC 12° cranialmente,

centralizado para entrar cerca de 7 a 10

cm (3 a 4 polegadas) posterior e 1,25 cm (1/2 polegada) inferior ao MAE do

lado de cima, para sair pelo processo mastóide do lado de baixo.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colimar para produzir um tamanho de campo quadrado de

aproximadamente 10 cm (4 polegadas). Interromper a respiração durante a

exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Pirâmide petrosa em perfil, o labirinto ósseo, a

cavidade timpânica, o canal auditivo interno e as células aéreas mastóides

(com a ponta mastóide) evidenciados no osso occipital no lado examinado.

INCIDÊNCIA AXIAL LATERAL: MASTÓIDES-- Método de Schüller

Patologia Demonstrada

São demonstradas patologias ósseas avançadas do processo mastóide.

Fatores Técnicos

Tamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas), em sentido longitudinal

Grade móvel ou estacionária

Faixa de 70-80 kVp

Posição do Paciente Tirar todos os metais, plásticos e outros objetos

removíveis da cabeça. Colocar o paciente em semidecúbito ventral, posição

ortostática ou em decúbito.

Posição da Parte

Fixar cada orelha na frente para prevenir

sobreposição do mastóide. Colocar o

lado lateral da cabeça contra a superfície

da mesa/Bucky vertical com o lado de

interesse mais perto do filme.

Ajustar a cabeça em uma posição lateral verdadeira, com o corpo oblíquo se

necessário para o conforto do paciente.

Alinhar a linha interpupilar perpendicular ao filme.

Alinhar o plano mediossagital paralelo ao filme.

Posicionar a linha infra-orbitomeatal perpendicular à margem anterior do filme.

Raio Central

Angular o RC 25° a 30° caudalmente, centralizado para sair na parte inferior da

ponta do mastóide, entrando aproximadamente 4 cm (1 1/2 polegada) superior

e posterior ao MAE do lado superior.

DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Colimação Colimar para produzir um tamanho de campo quadrado de

aproximadamente 1O cm (4 polegadas).Interromper a respiração durante a

exposição.

Critérios Radiográficos

Estruturas Mostradas: Perspectiva lateral das células aéreas mastóides e

labirintos ósseos no lado mais perto do filme. Côndilo da mandíbula e ATM

visualizados anteriores às células mastóides de interesse.

3.CONCLUSÃO

Tradicionalmente, o crânio tem sido uma das regiões em que há uma

maior dificuldade de se radiografar. Tal realidade está relacionada ao formato e

a estrutura do crânio como um todo. Além de que em algumas situações as

estruturas cranianas densas se sobrepõem sobre os delicados ossos faciais

nas ditas incidências de rotina sendo necessário realizar angulações de RC ou

ainda posições da cabeça.

As incidências especiais de crânio e face constituem um dos

mecanismos de diagnóstico de certas condições patológicas bem como a

avaliação de estruturas não tão bem visualizadas nas incidências básicas.

Portanto ao realizar procedimentos radiográficos o tecnólogo deve

possuir conhecimentos tanto de fatores técnicos quanto anatômicos.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIASOLI JUNIOR, Antônio Mendes. Técnicas radiográficas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006.

BONTRAGER, K.; LAMPIGNANO, J. P. Tratamento e posicionamento radiográfico e anatomia associada. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2006.

NOBREGA, Almir Inácio. Tecnologia Radiológica E Diagnóstico Por Imagem.3ª ed. São Caetano do Sul: Difusora Editora,2003