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ABNT/CB-002 PROJETO ABNT PN 002:123.09-XXX MAIO 2019 NÃO TEM VALOR NORMATIVO 1/23 Taipa: requisitos, execução, controle e métodos de ensaios Rammed Earth: requirements, execution, control and test methods Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor. A ABNT NBR XXXX foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela Comissão de Estudo de Construções com Terra (CE-002:123.009). O seu Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX. O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope Introdução (ir complementando...) Arquitetura e construção com terra é o termo empregado para designar toda edificação em que a terra é o principal material construtivo. No Brasil, ao longo de toda sua história, os sistemas construtivos com terra mais usados são adobe, taipa de mão ou pau a pique e taipa de pilão. O uso de cada sistema está diretamente ligado ao tipo de terra (solo) disponível e à cultura construtiva de cada região. A taipa ou conhecida também como taipa de pilão é um sistema construtivo em que a terra, por meio de compactação em formas, edifica elementos construtivos. Para alcançar a melhor qualidade e durabilidade da taipa é preciso analisar as características físicas e químicas do solo, pois elas determinam a necessidade de uma estabilização granular, mecânica e/ou química.

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Taipa: requisitos, execução, controle e métodos de ensaios

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR XXXX foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela Comissão de Estudo de Construções com Terra (CE-002:123.009). O seu Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

Introdução (ir complementando...)

Arquitetura e construção com terra é o termo empregado para designar toda edificação em que a terra é o principal material construtivo. No Brasil, ao longo de toda sua história, os sistemas construtivos com terra mais usados são adobe, taipa de mão ou pau a pique e taipa de pilão. O uso de cada sistema está diretamente ligado ao tipo de terra (solo) disponível e à cultura construtiva de cada região.

A taipa ou conhecida também como taipa de pilão é um sistema construtivo em que a terra, por meio de compactação em formas, edifica elementos construtivos. Para alcançar a melhor qualidade e durabilidade da taipa é preciso analisar as características físicas e químicas do solo, pois elas determinam a necessidade de uma estabilização granular, mecânica e/ou química.

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1 Escopo

Esta Norma estabelece as condições gerais que devem ser cumpridas na execução e controle de obras com taipa estrutural e de vedação.

Esta Norma estabelece os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos mínimos exigíveis para a aceitação da taipa estrutural e de vedação.

Esta Norma prescreve o método de inspeção da taipa e de ensaios para determinação dos parâmetros de engenharia relacionados.

Esta Norma não se aplica a: paredes submetidas ao carregamento predominantemente horizontal como muros de arrimo e parede de contenções; elementos de fundação e elementos estruturais tais como pilar e viga.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação dessa norma. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes desssa norma (incluindo emendas).

ABNT NBR 6457, Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização – Método de ensaio

ABNT NBR 6459, Solo – Determinação do limite de liquidez – Método de ensaio

ABNT NBR 7180, Solo – Determinação do limite de plasticidade – Método de ensaio

ABNT NBR 7181, Solo – Análise granulométrica – Método de ensaio

ABNT NBR 7182, Solo - Ensaio de compactação

ABNT NBR 9813, Solo - Determinação da massa específica aparente in situ, com emprego de cilindro de cravação

ABNT NBR 15900-1, Água para amassamento do concreto – Parte 1: Requisitos

ABNT NBR 15812-1, Alvenaria estrutural – blocos cerâmicos – Parte 1: Projeto

ABNT NBR 16097, Solo — Determinação do teor de umidade — Métodos expeditos de ensaio

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3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1 Taipa técnica construtiva de parede por compactação de terra umedecida, em camadas sucessivas, verticalmente, dentro de fôrmas removíveis, com o auxílio de compactador manual ou mecânico. Podem ser adicionados estabilizantes, em proporções tais que a terra permaneça como matriz e permita atender às exigências desta Norma.

3.2 Taipa estrutural Elemento laminar vertical de fechamento e de divisão da edificação, construído de taipa, capaz de suportar o peso próprio e as demais cargas atuantes na edificação, sejam acidentais ou permanentes.

3.3 Taipa de vedação Elemento laminar vertical de fechamento e de divisão da edificação, construído de taipa, sem função estrutural.

3.4 Terra Solo com características físicas e químicas apropriadas para a construção da taipa. 3.5 Estabilizante Material usado para melhorar o desempenho da taipa quanto aos parâmetros de engenharia relacionados nessa Norma. 3.6 Massa específica aparente seca Relação entre a massa seca da terra compactada e o volume total ocupado pela terra compactada. 3.7 Energia de compactação Trabalho realizado durante o processo de compactação da terra. 3.8 Prisma Corpo de prova de taipa, construído para realização de ensaios físico-mecânicos. 3.9 Junta vertical Detalhe construtivo na direção vertical para permitir movimentações da taipa.

3.10 Mistura Composição de terra e água ou de terra, água e estabilizante para a execução da taipa.

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3.11 Cinta Componente estrutural apoiado continuamente sobre as paredes, com a função de amarração e distribuição de cargas. 3.12 Coxim Componente estrutural horizontal, não contínuo, rígido, cuja função é distribuir cargas concentradas na parede. 3.13 Verga Componente estrutural colocado sobre os vãos das aberturas na parede com a função de transmissão de cargas verticais para os trechos de parede adjacentes à abertura. 3.14 Contraverga Componente estrutural colocado sob os vãos das aberturas de janelas na parede com a função de transmissão de cargas verticais para os trechos de parede adjacentes à abertura. 3.15 Esbeltez Razão entre a altura (h) e a espessura (e) da taipa. 3.16 Fôrma Conjunto composto por placas rígidas, elementos estruturais de suporte e peças complementares com a função de contenção da mistura durante o processo de compactação e de dar a forma final à taipa.

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4 Requisitos gerais 4.1 Materiais

4.1.1 Terra

A terra deve ser caracterizada de acordo com as normas ABNT NBR 6457, ABNT NBR 6459, ABNT NBR 7180, ABNT NBR 7181 e deve atender, preferencialmente, às seguintes características:

a) 100 % de material que passa na peneira com abertura de malha de 4,75 mm;

b) 10 % a 50 % de material que passa na peneira com abertura de malha 75 μm;

c) limite de liquidez menor ou igual a 45 %;

d) índice de plasticidade menor ou igual a 18 %;

e) a composição granulométrica da terra pode ser ajustada com adições de areia ou com a mistura de dois ou mais tipos de terra;

f) para as terras fora dos parâmetros indicados ou com presença de sais, pode-se utilizar estabilizantes conforme prescrito no item 4.1.2 nesta Norma;

g) não utilizar terra orgânica ou contendo matéria orgânica em decomposição ou com comportamento expansivo.

4.1.2 Estabilizante

É permitido o uso de estabilizantes desde que a terra permaneça como matriz e a taipa atenda aos requisitos físicos-mecânicos estabelecidos nessa Norma.

4.1.3 Água

Deve ser utilizada água que atenda à norma ABNT NBR 15900-1.

4.2 Mistura

4.2.1 Massa específica aparente seca

A mistura deve ser caracterizada pela determinação da curva de compactação, de acordo com a norma ABNT NBR 7182, para a energia normal de compactação e atender o requisito de massa especifica aparente seca maior ou igual a 1750 kg/m³.

4.2.2 Resistência

A mistura deve ser caracterizada de acordo com os Anexos A, B e C desta Norma e atender os seguintes requisitos:

a) resistência à compressão média igual ou maior que 1,5 MPa e valor individual não inferior a 1,3 MPa;

b) profundidade de erosão da superfície menor que 10 mm e profundidade de penetração de água menor que a 120 mm. Ao término deste ensaio, a superfície ensaiada não pode apresentar: padrões de fissuras

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do tipo irregular, padrões de fissuras em forma de estrelas, e perda de massa de geometria maior que 50 mm.

4.3 Taipa

4.3.1 Geometria

A espessura mínima da taipa estrutural ou de vedação é de 30 cm e sua esbeltez deve ser no máximo 10.

A taipa adicionada de estabilizantes pode ter espessura reduzida e esbeltez aumentada desde que permaneça atendendo os requisitos do item 4.2 desta Norma.

A taipa adicionada do estabilizante cimento deve ter a espessura mínima de 12 cm e esbeltez máxima de 23 para vedação ou com função estrutural.

A taipa deve ser inspecionada de acordo com o Anexo D desta Norma e satisfazer as seguintes tolerâncias geométricas:

a) a tolerância dimensional para a espessura da taipa em relação ao projeto é de ±5 mm para espessura menor ou igual a 13 cm e ±10 mm para as demais espessuras;

b) o valor efetivo do afastamento do prumo do pavimento térreo deve ser de, no máximo, 10 mm. Para os demais pavimentos, este afastamento deve ser cumulativo de, no máximo, 15 mm;

c) a tolerância para a posição do eixo da taipa térrea em relação ao projeto é de ± 20 mm. Para os demais pavimentos, esta tolerância deve ser sempre relativa ao eixo da taipa do primeiro pavimento.

4.3.2 Características físicas

A taipa deve ser inspecionada de acordo com o Anexo D desta Norma e satisfazer os seguintes requisitos:

a) não deve apresentar manchas por capilaridade de água;

b) não deve ocorrer desagregação ou arrancamento com área superior a 10% em relação à área total da taipa e com profundidade de falha da superfície maior que 3% da espessura da taipa;

c) não deve apresentar fissuras de retração com abertura maior que 3 mm, extensão superior a 75 mm e a somatória da quantidade das fissuras não deve ser mais que vinte por cada m² da taipa.

4.3.3 Aceitação da taipa

A taipa deve atender às exigências estabelecidas em 4.2.1, 4.2.2, 4.3.1 e 4.3.2 desta Norma para aceitação.

No caso da tolerância para a espessura, do afastamento do prumo, da desagregação e das fissuras de retração maiores que os requisitos estabelecidos nessa Norma, devem ser adotadas as seguintes ações corretivas:

a) revisar o projeto para determinar se a taipa, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, considerando os valores obtidos nos ensaios de caracterização física e mecânica desta Norma;

b) determinar as restrições de uso da taipa;

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c) providenciar o projeto de reforço;

d) decidir pela demolição parcial ou total.

5 Condições gerais 5.1 Mistura

A terra deve ser seca ao ar, destorroada e não deve apresentar matéria orgânica e/ou outros materiais.

A homogeneização da mistura pode ser manual ou mecânica. Caso utilize estabilizante, adicioná-lo a terra seca ou a água, se estiver no estado líquido, misturando os materiais até obter uma coloração uniforme.

Adicionar água gradativamente à mistura, homogeneizando os materiais, até atingir o teor de umidade de compactação correspondente a massa especifica aparente seca determinada no item 4.2.1 desta Norma.

5.2 Forma

A forma deve ser executada conforme sequência de montagem do projeto, sendo necessário nivelar, aprumar e alinhar o conjunto antes da compactação da mistura no seu interior.

As superfícies internas das formas devem estar limpas e preparadas com agente desmoldante a fim de garantir que não ocorra aderência da mistura à forma. O agente desmoldante deve ser adequado para que não deixe resíduos na superfície da taipa, não seja alterada as características físicas e químicas da mistura, e não degrade a superfície da forma.

5.2.1 Requisitos básicos

A forma deve ser projetada e construída de modo a ter:

a) resistência aos agentes que possa ser submetido durante o processo de execução da taipa, considerando: ações ambientais; carga de estrutura auxiliar; cargas de partes da taipa permanente a serem suportadas pela estrutura auxiliar até a desforma; efeitos dinâmicos produzidos pelo lançamento e compactação da mistura;

b) rigidez suficiente para assegurar a tolerância dimensional, o prumo e o alinhamento especificados no item 4.3.1 desta Norma e a integridade da taipa;

c) estanqueidade, durabilidade à abrasão da superfície e conformidade com a geometria da taipa que esta sendo moldada.

5.2.2 Projeto da forma

Os materiais utilizados na forma devem atender aos requisitos de 5.2.1 desta Norma e aos requisitos das normas específicas de cada material constituinte.

É obrigatória a realização do projeto de formas contemplando os seguintes elementos:

a) detalhamento geométrico e de posicionamento dos painéis;

b) detalhamento geométrico de peças auxiliares como painéis laterais e guias;

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c) detalhamento geométrico do travamento e escoramento;

d) sequência executiva de montagem e desmontagem.

5.3 Transporte, lançamento e compactação da mistura

O transporte, o lançamento e a compactação da mistura pode ser manual ou mecânica. Deve-se utilizar um ou mais tipos de compactador ou de equipamentos compatíveis conforme a necessidade de preenchimento de locais específicos no interior do sistema de formas.

Verificar visualmente o aspecto da mistura que deve manter sua umidade e homogeneidade desde a saída do local do seu preparo até o lançamento no sistema de formas.

O lançamento e a compactação da mistura não devem provocar deformações no sistema de formas durante o processo.

A mistura deve ser lançada em todo o comprimento do sistema de formas e espalhada até formar uma camada nivelada com altura máxima de 25 cm. Esta camada deve ser compactada, aplicando-se golpes de maneira contínua e distribuída por toda sua extensão, de modo a atingir a massa específica aparente seca determinada no item 4.2.1 desta Norma. Para o alcance dessa massa especifica aparente seca deve ser realizado o controle do grau de compactação conforme as prescrições do item 6.2 desta norma.

O tempo entre o início do preparo e compactação final da mistura não deve ultrapassar 30 minutos. Caso seja interrompida alguma parte deste processo, recomenda-se o cobrimento da mistura e da camada compactada com plástico para evitar a perda de umidade. Para as misturas de terra-estabilizante deve-se verificar a compatibilidade entre tempo e a eficiência do estabilizante.

Após o término da compactação de cada camada deve ser novamente verificado o prumo e o alinhamento do sistema de formas.

5.4 Desforma e cura da taipa

O sistema de formas pode ser desmontado logo após o término da compactação da mistura. Isso deve ser feito cuidadosamente para que não aconteçam danos à superfície da taipa.

A taipa desformada deve ser envolvida por lona plástica ou protegida contra as intempéries até a realização da inspeção; e posterior recebimento de uma proteção química ou mecânica caso especificado no projeto da edificação.

A cura deverá ocorrer somente na taipa que utilizou mistura de terra-estabilizante, devendo seguir as especificações do estabilizante adicionado.

Após a desforma, a taipa para o recebimento de demais cargas atuantes na edificação deverá estar seca ao toque e quando for estabilizada deve seguir as recomendações do estabilizante adicionado.

Em função do projeto, a taipa deve permitir que, após a desforma, contenham embutidos no seu interior todos os elementos previstos em projeto, tais como caixilhos e chapuzes de portas e janelas, peças de fixação de cobertura e de elementos estruturais.

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5.5 Juntas na taipa

Quando a compactação da mistura for interrompida por mais de doze horas deve-se executar umedecimento e escarificação da camada existente através de sulcos com profundidade e largura de aproximadamente 0,5 cm em toda largura e comprimento da camada, em direção inclinada à face da taipa.

Quando o comprimento da taipa exceder 3,5 m é recomendável a execução de junta vertical através de abertura de sulco na forma de V, na direção vertical e em ambas faces da taipa antes da cura ou seco ao toque, com profundidade de 10% da espessura da taipa, de cada lado.

5.6 Instalações elétricas e hidráulicas na taipa

Na taipa estrutural e de vedação pode-se realizar instalações elétricas e hidráulicas embutidas, dentro do limite de 1/3 da espessura da taipa, posicionando-se previamente as tubulações rígidas dentro do sistema de formas, para posterior compactação da mistura, conforme procedimentos apresentados no item 6.1 desta Norma.

Na taipa de vedação pode-se realizar as instalações elétricas e hidráulicas embutidas posteriormente, com a abertura de sulcos na taipa antes que comece a apresentar dificuldades para esta operação. Após o embutimento das instalações, realizar os procedimentos para fechamento e acabamento destas aberturas conforme prescrições no item 6.1 desta Norma.

5.7 Proteção da taipa

A base sobre a qual se apóia a taipa deve ser impermeabilizada, para que não ocorra ascensão de água por capilaridade. O entorno imediato da taipa deve apresentar sistema de drenagem apropriado.

As superfícies da taipa externa e interna (em áreas molhadas) devem ser protegidas das intempéries ou da exposição à água, por meio de proteção mecânica (beirais, rufos, revestimento cerâmico, dentre outros) ou proteção química (argamassa cimentícia, argamassa de terra estabilizada, hidrofugante, tintas, dentre outros).

O respaldo da taipa deve apresentar proteção mecânica (telhas, rufos dentre outros) para que não ocorra infiltração de água.

5.8 Aberturas e cargas localizadas na taipa

As cargas na taipa devem ser distribuídas por meio de elementos estruturais como coxim e cinta, que podem ser construídos com o material do elemento apoiado sobre ele (madeira, metal ou concreto). No caso da existência de laje de piso ou de cobertura, a cinta deve ser solidária a ela.

Nas aberturas devem ser executadas vergas ou outros elementos estruturais que as substituam, tais como arcos.

Caso a parte superior da abertura coincida com a face inferior da cinta, a cinta deve ser tratada como verga neste trecho.

Executar contravergas na parte inferior das aberturas de janelas.

As vergas e contravergas devem exceder a largura do vão em pelo menos 30 cm de cada lado e ser constituída de material estrutural (madeira, metal ou concreto armado). Para o cálculo de vergas e

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contravergas, adotar os procedimentos estabelecidos pela norma ABNT NBR 15812-1.

6 Execução da taipa 6.1 Procedimentos

Montar o sistema de formas sobre a base na qual se apoiará a taipa, conforme requisitos específicos estabelecidos no item 5.2 desta Norma.

Preparar a mistura para execução da taipa de acordo com o item 5.1 desta Norma, utilizando o teor de umidade de compactação correspondente a massa especifica aparente seca determinada no item 4.2.1 desta Norma.

Transportar, lançar e compactar a mistura no sistema de formas, seguindo as condições gerais estabelecidas no item 5.3 desta Norma, formando a primeira camada de mistura compactada.

Reiniciar o processo de transporte, lançamento e compactação da mistura, em camadas sucessivas verticalmente, até que que se atinja o nível de respaldo.

Desformar e curar a sucessão de camadas de mistura compactada conforme o item 5.4 desta Norma.

Realizar a inspeção da taipa conforme procedimentos do Anexo D desta Norma.

Após a inspeção da taipa devem ser preenchidos vazios e acabada a superfície com uma mistura plástica de terra-água ou material compatível à taipa, nas seguintes situações:

a) desagregação, arrancamentos e fissuras na superfície da taipa que se enquadrem e sejam admissíveis segundo os requisitos desta Norma;

b) aberturas e orifícios de até 5 cm de diâmetro com espaçamento vertical mínimo de 30 cm e espaçamento horizontal mínimo de 60 cm, utilizados para trabalhos temporários, como travamento;

c) sulcos abertos para as instalações elétricas e hidráulicas na taipa de vedação.

6.2 Controle

Durante a execução da taipa, deve-se realizar o controle do grau de compactação a cada 3 m³ de mistura compactada ou a cada 4 horas de trabalho de compactação da mistura.

O controle do grau de compactação deve ser executado, em qualquer ponto da camada recém compactada, pela retirada de amostra de mistura compactada por meio da cravação de anel biselado com volume aproximado de 80 cm³. Após a cravação do anel, com o auxílio de espátula, escavar a área circunvizinha para cortar a terra por baixo do anel, a uma profundidade de no mínimo 2,0 cm abaixo da sua borda inferior. Remover o excesso de terra e rasar ambas as faces da amostra com auxílio de régua biselada.

Repetir esta operação caso verifique que a amostra encontra-se fissurada ou o anel não se encontre totalmente preenchido.

A massa do anel contendo a amostra de mistura compactada deve ser determinada imediatamente, com resolução de 1 g, de modo a evitar perda de umidade. Remover a mistura compactada do anel e do centro

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do mesmo tomar uma amostra para a determinação do teor de umidade in situ de acordo com a norma ABNT NBR 16097.

Calcular a massa especifica aparente seca in situ da mistura compactada de acordo com a norma ABNT NBR 9813.

O grau de compactação da taipa deve apresentar valores entre 95 a 105%. Caso não seja atingida esta especificação, modificar a energia de compactação e/ou teor de umidade de compactação da mistura.

O grau de compactação é determinado pela seguinte equação:

onde:

GC = grau de compactação (%);

γc = massa específica aparente seca in situ (g/cm³);

γs = massa específica aparente seca determinado no 4.2.1 desta Norma (g/cm³).

100´÷÷ø

öççè

æ=

scGCgg

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ANEXO A

Execução de prisma

(normativo)

A.1 Objetivo

Este anexo especifica o método de execução de prisma para a aplicação de ensaios de caracterização física e mecânica.

A.2 Procedimentos

Montar o sistema de formas conforme requisitos específicos estabelecidos no item 5.2 desta Norma para execução do prisma, com forma externa de um paralelepípedo retângulo com arestas vivas, conforme Figura A1, e com as seguintes dimensões mínimas: espessura (e) mínima de 12 cm; comprimento (c) e altura (h) iguais ao dobro da espessura.

Figura A1 – Prisma - espessura (e), comprimento (c) e a altura (h)

Preparar a mistura para execução dos prismas de acordo com o item 5.1 desta Norma, utilizando o teor de umidade de compactação correspondente a massa especifica aparente seca determinada no item 4.2.1.

Lançar e espalhar a mistura no sistema de forma, formando uma camada nivelada de altura máxima de 10 cm. Esta camada deve ser compactada com soquete manual ou mecânico, aplicando-se golpes de maneira contínua e distribuída por toda sua extensão, de modo a atingir a massa específica aparente seca determinada no item 4.2.1 desta Norma. Para o alcance dessa massa especifica aparente seca deve ser realizado o controle do grau de compactação de forma análoga as prescrições do item 6.2 dessa Norma para cada camada compactada do prisma.

Reiniciar o processo de lançamento e compactação da mistura, em camadas sucessivas verticalmente, até que se atinja a altura do prisma.

e ³ 12 cm c = h = 2e

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Desformar e curar o prisma conforme item 5.4 desta Norma, não sendo permitido apresentar trincas, fraturas ou outros defeitos que possam comprometer a sua resistência.

Realizar os ensaios descritos nos anexos B e C desta Norma, preparando uma amostra composta por quatro prismas, sendo três para a determinação da resistência à compressão e um para a determinação da erosão da superfície. A partir dos resultados obtidos, verificar se o prisma atende aos requisitos estabelecidos no item 4.2.2 desta Norma.

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ANEXO B

Determinação da resistência à compressão simples

(normativo)

B.1 Objetivo

Este anexo especifica o método de ensaio para a determinação da resistência à compressão simples do prisma.

B.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem e a instrumentação, necessárias à execução deste ensaio, são as seguintes:

a) instrumento de medida de comprimento (paquímetro, régua metálica ou trena), com sensibilidade mínima de 0,5 mm;

b) máquina de ensaios ("prensa") que satisfaça as seguintes condições:

b.1) ser provida de dispositivo que assegure a distribuição uniforme dos esforços no prisma;

b.2) ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, um dos quais articulado, que atue na face superior do prisma;

b.3) quando as dimensões dos pratos de apoio não forem suficientes para cobrir o prisma, uma placa de aço deve ser colocada entre os pratos e o prisma;

b.4) as superfícies planas e rígidas dos pratos e placas de apoio não devem apresentar desníveis superiores a 0,08 mm para cada 400 mm;

b.5) as placas monolíticas de aço devem ter espessura de no mínimo 25 mm;

b.6) atender os requisitos da ABNT NBR NM-ISO 7500-1;

b.7) ter instrumentos para permitir a leitura das cargas com aproximação de ± 2% da carga de ruptura;

b.8) ser capaz de transmitir a carga de modo progressivo e sem choques;

b.9) ter o dispositivo de medida de carga com um mínimo de inércia, de atritos e de jogos, de modo que tais fatores não influam sensivelmente nas indicações da prensa.

c) nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas, por meio da determinação do módulo de deformação, podem ser instaladas bases de extensômetros mecânicos nas duas faces maiores dos prismas, como mostrado esquematicamente na figura B.1.

d) alternativamente, a determinação do módulo de deformação pode ser feita com dois deflectômetros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na figura B.1. Neste caso, o tempo

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mínimo de permanência de cada carregamento deve ser de 3 minutos.

Figura B.1 – Esquema para o ensaio de determinação da resistência á compressão do prisma com a instrumentação para determinação do módulo de deformação deixar sinuosas linhas camadas e inserir capeamento

B.3 Amostra e preparação do prisma

De cada amostra, executada de acordo com o Anexo A desta Norma, devem ser preparados três prismas para a execução do ensaio de compressão simples.

Os prismas devem estar secos ao toque ou, quando for estabilizado, deve seguir as recomendações do respectivo estabilizante adicionado, quanto a idade adequada para execução deste ensaio.

Os prismas devem ser identificados e determinadas as dimensões das faces de trabalho com exatidão de 1 mm, e colocados em ambiente protegido que preserve suas características originais.

Os prismas devem ser capeados em toda face de aplicação da carga e de apoio, apresentando-se plano e uniforme no momento do ensaio. Para o capeamento, observar as seguintes instruções:

a) Executar o capeamento com pasta de cimento ou argamassa cimentícia, com resistência superior à resistência da taipa;

b) A superfície de capeamento deve estar nivelada,

c) A espessura do capeamento não deve ser superior a 3 mm.

B.4 Procedimentos para realização do ensaio

Os procedimentos para realização do ensaio são os seguintes:

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a) Colocar o prisma na máquina de ensaios de modo que seu centro de gravidade esteja no eixo de aplicação do carregamento, conforme Figura B.1;

b) Executar o ensaio de compressão simples, de forma que o carregamento seja contínuo, com velocidade constante e à razão de 50 kgf/s, até a ruptura do prisma. (talvez (0,30 + - 0,06) MPa/min pela seção transversal do prisma poder variar, mas talvez lento esse valor)

c) nos casos em que for necessário determinar o módulo de deformação, este deve ser calculado no intervalo correspondente à secante da curva de tensão x deformação, entre 5% e 40% da tensão de ruptura de um prisma ensaiado preliminarmente à compressão simples, conforme esquema apresentado na figura B.2;

Figura B.2 – Esquema para cálculo do módulo de deformação

B.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaios

B.5.1 Resistência à compressão do prisma

O valor individual de resistência à compressão de cada prisma (fcp) é calculada pela seguinte equação:

onde:

Frup é a força de ruptura, em N;

Arup é a área da seção de ruptura, em mm2;

fcp é a resistência à compressão do prisma, em MPa.

rup

rupcp A

Ff =

e

s

s40%

srup

s5%

e5% e40%

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O valor médio de resistência à compressão da amostra de prismas (fp) é a média aritmética dos valores individuais, em décimo de unidade, expresso em MPa.

B.5.2 Módulo de deformação do prisma

O módulo de deformação de cada prisma (Ecp) é calculado pela seguinte equação:

Ecp =

onde:

s40% é a tensão correspondente a 40% da tensão de ruptura prevista, em MPa

s5% é a tensão correspondente a 5% da tensão de ruptura prevista, em MPa

e40% é a deformação específica correspondente à tensão s40%

e5% é a deformação específica correspondente à tensão s5%

Ecp é o módulo de deformação do prisma, em MPa

O valor médio de módulo de deformação da amostra de prismas (Ep) é a média aritmética dos valores individuais, em décimo de unidade, expresso em MPa.

B.5.3 Relatório dos ensaios

Deve conter:

a) identificação do solicitante;

b) identificação da amostra e de todos os prismas;

c) data de recebimento e de preparo dos prismas;

d) data de realização e registro da forma de execução dos ensaios, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

e) descrição de eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

f) descrição dos tipos e respectivas proporções de estabilizantes;

g) resistências individuais e média dos prismas com verificação do atendimento aos requisitos do item 4.2.2 desta Norma.

h) quando realizados ensaios de determinação do módulo de deformação, apresentar os valores individuais e médios obtidos, além dos gráficos de carga x encurtamento ou tensão x deformação específica (nos casos de emprego de extensômetros);

i) referência à esta Norma.

( )( )%540%

%540%pE ee

ss--

=

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ANEXO C

Determinação da erosão da superfície do prisma

(normativo)

C.1 Objetivo

Este anexo especifica o método de ensaio para a determinação da erosão da superfície do prisma.

C.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem e instrumentação, necessárias à execução deste ensaio e ilustrada na Figura C.1, é a seguinte:

a) recipiente transparente com marcação de unidade de 100 ml e volume máximo de 500 ml;

b) material têxtil tipo feltro com largura aproximada de XX ou equipo macrogotas;

c) apoio no formato de paralelepípedo com a mesma espessura do prisma e dimensões de altura e comprimento iguais ou maiores que o prisma;

d) instrumento de medida de comprimento (paquímetro ou régua metálica), com sensibilidade mínima de 0,5 mm;

e) cronômetro digital com sensibilidade mínima de 1 segundo;

f) instrumento de medida de profundidade (paquímetro ou régua e haste metálica cilíndrica com diâmetro de 3 mm) com sensibilidade de 0,5 mm.

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Figura C.1 Esquema do ensaio para a determinação da erosão da superfície do prisma

C.3 Amostra e preparação do prisma

De cada amostra executada de acordo com o Anexo A desta Norma deve ser preparado um prisma para a execução de ensaio de erosão da superfície.

O prisma deve estar seco ao toque ou, quando for estabilizado, deve seguir as recomendações do respectivo estabilizante adicionado, quanto a idade adequada para execução deste ensaio.

O prisma deve ser identificado e determinada as dimensões das faces de trabalho com exatidão de 1 mm; não apresentar nenhum tipo de tratamento em suas superfícies, e colocado em ambiente protegido que preserve suas características originais.

C.4 Procedimentos para realização do ensaio

Os procedimentos para realização do ensaio são os seguintes: será revisto conforme definição de instrumentação

a) colocar o prisma inclinado sobre o apoio, conforme ilustrado na Figura C.1, de modo que o centro de gravidade de sua maior face de trabalho esteja no eixo de aplicação do gotejamento de água;

b) encher com 500 ml de água o recipiente, colocar o XX e posicionar este conjunto conforme ilustrado na Figura C.1.Manter o recipiente com água sempre acima do nível de 60 mm;

c) iniciar o ensaio de forma a permitir que 100 ml de água goteje a altura de 400 mm na face de trabalho inclinada, conforme Figura C.1. Cronometrar a duração do ensaio, sendo que o tempo necessário para o gotejamento 100 ml de água do recipiente seja o mínimo de 20 minutos até o máximo de 60 minutos. O gotejamento de água deve ser interrompido após 100 ml de água.

d) Imediatamente após o término do gotejamento de água medir a profundidade da erosão ocorrida na superfície do prisma com instrumento de medida de profundidade.

e) após esta medição, romper o prisma através do ponto onde a erosão é mais profunda e medir a profundidade de penetração de água na sua menor seção rompida.

C.5 Expressão dos resultados e relatório de ensaio

C.5.1 Profundidade de erosão da superfície do prisma

Os valores de profundidade de erosão da superfície e de penetração de água do prisma devem ser expressos em mm.

C.5.2 Relatório do ensaio

Deve conter:

a) identificação do solicitante, da amostra e do prisma

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b) data de recebimento e de preparo do prisma;

c) data de realização e registro da forma de execução do ensaio, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

d) descrição de eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

e) descrição dos tipos e respectivas proporções de estabilizantes;

f) profundidades de erosão e de penetração de água com verificação do atendimento aos requisitos do item 4.2.2 desta Norma;

g) ocorrências de padrões de rachaduras e perda de fragmentos;

h) referência à esta Norma.

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ANEXO D

Inspeção da taipa

(normativo)

D.1 Objetivo

Este anexo especifica o método de inspeção da taipa quanto aos requisitos de variação dimensional, prumo, alinhamento, absorção de água por capilaridade, falhas da superfície e fissuração.

D.2 Aparelhagem e instrumentação

A aparelhagem e instrumentação, necessárias à execução desta inspeção, é a seguinte:

a) instrumento de medida de comprimento (trena, régua metálica, régua digital ou laser), com sensibilidade mínima de 1 mm;

b) instrumento de medida de profundidade (paquímetro ou régua e haste metálica cilíndrica com diâmetro aproximadamente de 3,15 mm) com sensibilidade de 1 mm;

c) instrumento de medida de prumo (fio de prumo, régua digital ou laser) com sensibilidade mínima de 5 mm;

d) instrumento de medida da abertura e progresso da fissura (fissurômetro), com sensibilidade mínima de 0,1 mm.

D.3 Condições para inspeção

A taipa depois de executada e concluída conforme procedimentos do item 6.2 desta Norma deverá ser inspecionada nas seguintes condições:

a) estar seca ao toque ou quando for estabilizada deve seguir as recomendações do respectivo estabilizante quanto a idade adequada para a inspeção;

b) não ter nenhum tipo de tratamento como impermeabilização, pintura ou revestimento em suas superfícies.

D.4 Procedimentos para realização da inspeção e expressão de resultados

D.4.1 Variação dimensional, prumo e alinhamento

Para verificar a dimensão da espessura e do afastamento do prumo da taipa, e o desvio entre a posição do eixo da taipa em relação ao projeto devem ser executadas pelo menos três determinações em pontos distintos da face de trabalho, conforme figuras D.1, D.2 e D.3 por meio de instrumento de medida de comprimento e de prumo.

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Inserir estas figuras de como medir e onde medir nos pontos da taipa Fig 1espessura, fig 2prumo e fig 3 alinhamento

O valor médio da dimensão da espessura da taipa é a média das determinações individuais de espessura, em décimo de unidade, expressa em centímetro (cm).

O valor médio do afastamento do prumo da taipa é média das determinações individuais de prumo, em décimo de unidade, expressa em centímetro (cm). (Talvez eliminar devido ser verificado prumo na forma)

O valor médio do desvio entre a posição do eixo da taipa em relação ao projeto é a média das determinações individuais de alinhamento, em décimo de unidade, expressa em centímetro (cm).

D.4.2 Absorção de água por capilaridade

Verificar a existência de manchas provenientes da ascensão de água nas faces de trabalho da taipa.

O valor da área das manchas da taipa é a somatória das áreas de manchas encontradas nas faces de trabalho, em décimo de unidade, expressa em m².

D.4.3 Falhas da superfície

Verificar a existência de áreas arrancadas ou desagregadas nas faces de trabalho da taipa.

Medir as dimensões de cada área afetada por meio de instrumento de medida de comprimento.

Fazer uma malha de 5 cm x 5 cm com fita colante em cada área afetada e medir a profundidade da falha da superfície nas interseções desta malha por meio de instrumento de medida de profundidade conforme figura C4.

Inserir desenho Fig. D4 de como e onde medir na taipa

O valor da área total de falhas da superfície da taipa é a somatória das áreas individuais de falhas encontradas nas faces de trabalho da taipa, em décimo de unidade, expressa em m².

O valor crítico da profundidade das falhas da superfície da taipa é o maior valor encontrado durante a medição e deve ser expresso em mm.

D.4.4 Fissuras

Verificar a existência de fissuras nas faces de trabalho da taipa.

Medir cada abertura de fissura por meio de instrumento de medida de abertura de fissura e expressar em mm.

Medir a extensão de cada fissura por meio de instrumento de medida de comprimento e expressar em mm.

Realizar a somatória da quantidade das fissuras encontradas nas faces de trabalho da taipa e expressar esta somatória por m² de taipa inspecionada.

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D.4.5 Relatório da inspeção

Deve conter:

a) Identificação das taipas inspecionadas;

b) data de realização e registro da forma de execução da inspeção, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

c) descrição de eventos não previstos no decorrer da inspeção;

d) descrição dos tipos e respectivas proporções de estabilizantes;

e) variação dimensional de espessura, prumo, alinhamento horizontal, área de manchas por capilaridade, áreas e profundidade de falhas da superfície e mapeamento de fissuras. A partir destes resultados verificar o atendimento aos requisitos 4.3.1 e 4.3.2 desta Norma.

f) referência à esta Norma.