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UniSALESIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM Curso de Enfermagem AMANDA HELOISA DA CRUZ FIGUEIRA TOFANELLI ANALINE CRISTINA FERREIRA LIMA RASTREAMENTO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM MULHERES IDOSAS: aplicando Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage. LINS-SP 2018

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UniSALESIANO

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

Curso de Enfermagem

AMANDA HELOISA DA CRUZ FIGUEIRA TOFANELLI

ANALINE CRISTINA FERREIRA LIMA

RASTREAMENTO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM

MULHERES IDOSAS: aplicando Escala de

Depressão Geriátrica de Yesavage.

LINS-SP

2018

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AMANDA HELOISA DA CRUZ FIGUEIRA TOFANELLI

ANALINE CRISTINA FERREIRA LIMA

RASTREAMENTO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM MULHERES IDOSAS:

aplicando Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Banca Examinadora do Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, curso de

Enfermagem, sob a orientação da Profª

Ma.Helena Ayako Mukai e orientação técnica

da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS-SP

2018

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Tofanelli, Amanda Heloisa da Cruz Figueira, Lima, Analine Cristina Ferreira.

T575r Rastreamento de sintomas depressivos em mulheres idosas: aplicando

Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage. / Amanda Heloisa da Cruz

Figueira Tofaneli; Analine Cristina Ferreira Lima – Lins, 2018.

30p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Enfermagem, 2018. Orientadores: Helena Ayako Mukai, Jovira Maria Sarraceni

1. Idosos. 2. Depressão. 3. Atenção Primaria a Saúde. I.Título.

CDU 616-083

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AMANDA HELOISA DA CRUZ FIGUEIRA TOFANELLI

ANALINE CRISTINA FERREIRA LIMA

RASTREAMENTO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM MULHERES IDOSAS:

aplicando Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Aprovada em:13/ 12/ 2018

Banca Examinadora:

Profª Orientadora: Helena Ayako Mukai

Titulação: Mestra em Ciencias da Saúde pela Faculdade Medicina de Rio Preto

(FAMERP).

Assinatura:________________________________________________

1ºProf(a): Patricia Maria da Silva Crivelario

Titulação:Mestra em Enfermagem pela UNESP de Botucatu – SP

Assinatura:__________________________________

2ºProf(a): Fabiana Aparecida Monçao Fidélis

Titulação: Especialista em Administraçao Serviços de Saude

Assinatura:__________________________________

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Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha

vida, autor dе mеu destino, mеu guia, socorro presente nа hora dа

angústia, ао mеυ esposo Henrique pelos incentivos e paciência, aos

meus pais Valter e Silvia que sempre me apoiaram minha sogra Sandra

que tanto me ajudou e a minha companheira de TCC Analine que foi um

anjo que Deus colocou no meu caminho.

Amanda Tofanelli

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Obrigado, meu Deus, por abençoar o meu caminho durante esse

trabalho. A fé que tenho em ti alimentou meu foco, minha força e minha

disciplina. Sou grato pelas bênçãos que recaíram não só sobre mim,

mas também sobre todos os amigos e familiares.

Aos meus pais Valter e Silvia, obrigada pelo amor incondicional e pelo

exemplo de vida que me ensinaram valores importantes.

Agradeço ao meu marido Henrique, que ao longo desses meses me deu

não só força, mas apoio para vencer essa etapa da vida acadêmica.

Obrigada, meu amor, por suportar as crises de estresse e minha

ausência em diversos momentos.

Agradeço em especial a minha companheira de trabalho Analine, que

com muita paciência, dedicação conseguimos concluir essa etapa.

Amanda Tofanelli

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Dedico esta nova conquista a toda minha família, em especial, à

minha mãe, Ivanei Cristina Ferreira e meu pai Antônio Moreira

Lima, por todo apoio e força que me ofereceram ao longo destes

anos.

Аоs meus amigos que sempre estiveram presentes direta ou

indiretamente em todos os momentos de minha formação. Em

especial para a minha amiga Aiane Gama “In Memória” meu novo

anjo da guarda que por vontade de Deus não esteve aqui

fisicamente para me confortar nos momentos difíceis, para me

apoiar e me abraçar nos momentos que precisei, porém, esteve

comigo em pensamento e no coração em todos os momentos

compartilhando minhas alegrias e angústias no decorrer dessa

jornada tornando-se umas das minhas maiores inspirações para

realização deste trabalho, que onde estiver estará feliz por essa

minha nova conquista.

Dedico também aos meus avôs paternos Luzia Teixeira e

Francisco Moreira e maternos José Rodrigues e Sirlei de Lourdes,

“In Memória” que tanto amo que sempre se orgulharam da

profissão que escolhi seguir.

Analine Lima

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Agradeço primeiramente a Deus que me deu discernimento, paciência e

força para trilhar essa jornada e concluir este trabalho.

Agradeço a minha parceira de trabalho e colega de curso pelo suporte

para conquista desse Trabalho de Conclusão de Curso.

Agradeço também a minhas amigas Daneska Carmo e Rhuama

Pontes pela paciência, ajuda e por ter contribuído grandemente

sempre me apoiando e auxiliando em todas as barreiras cruzadas neste

trajeto para a realização deste projeto.

Analine Lima

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AGRADECIMENTO A MESTRA HELENA MUKAI

Agradecemos a nossa professora e orientadora mestra Helena Mukai.

Obrigada, mestra, por exigir de nós muito mais do que imaginávamos

ser capazes de fazer.

Manifestamos aqui nossa eterna gratidão por compartilhar sua sabedoria,

por sua reciprocidade no desenvlvimento do trabalho, sua paciência para suprir

todas nossas dúvidas e necessidades relacionadas ao âmbito científico.

Agradecemos grandemente por ter nos dedicado todo seu tempo e sua

experiência para conseguirmos hoje subir mais um degrau em nossas

carreiras.

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“Devemos ser a enfermagem que queremos ter”.

(Marislei Espíndula Brasileiro)

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RESUMO

Com o crescimento da população idosa, consequentemente houve o aumento das doenças crônicas e, entres elas, a depressão, que tem uma alta prevalência principalmente entre as mulheres que estão mais vulneráveis a essa patologia, e é subdiagnosticada por ser assemelhar ao envelhecimento. O objetivo da presente pesquisa foi identificar a prevalência da sintomatologia depressiva em mulheres idosas na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) “Dr. Péricles da Silva Pereira” do bairro Ribeiro na cidade de Lins-SP, aplicando instrumento Yesavage conhecido como Escala de Depressão Geriátrica – 15. Sendo um dos instrumentos mais utilizados para verificar a vulnerabilidade causada pela depressão, esta escala é um instrumento preconizado pelo Ministério da Saúde, mostrando-se de grande valor na detecção de depressão geriátrica em diferentes contextos clínicos e alcança importância cada vez maior na Atenção Básica (AB). Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem quantitativa realizado com 462 mulheres com idade entre 60 a 74 anos, e, por meio deste estudo, foi possível constatar a alta prevalência dos indícios depressivos nas idosas da área de abrangência da unidade estudada, sendo que 18% apresentaram predisposição e 61% indicativo para a doença. Conclui-se que há a necessidade de uma linha de cuidado visando à promoção e prevenção da saúde através de intervenções propostas para a enfermagem.

Palavras-chave: Idosos. Depressão. Atenção Primária de Saúde.

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ABSTRACT

The objective of this research was to identify the prevalence of depressive symptoms in elderly women in the area of Basic Health Unit (BHU) “Dr. Péricles da Silva Pereira” in the neighborhood on the city of Lins-SP, applying instrument known as scale of Yesavage Geriatric Depression – 15. Being one of the most used instruments to verify the vulnerability caused by the depression, this scale is an instrument established by the Ministry of health, is of great value in detection of geriatric depression in different contexts clinicians and achieves increasing importance in the basic attention (AB). This is an exploratory and descriptive research with quantitative approach and, by means of this study it was possible to note the high prevalence of depression in the elderly evidence of the area of the unit, and 18% presented predisposition and 61% call for the disease. It is concluded that there is a need for a careful line seeking promotion and prevention through proposed interventions for nursing.

Keywords: Elderly. Depression.Primary health attention.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Participação no estudo pelas idosas residentes na área de abrangência 36

Gráfico 2 - Percentuais da prevalência depressiva nas idosas – Lins - SP, 2018 ..... 39

Gráfico 3 - Percentuais de sintomatologia depressiva por estado civil – Lins – SP,

2018 .......................................................................................................................... 40

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Caracterização Sociodemográfica das participantes da pesquisa – Lins-

SP, 2018.................................................................................................................... 37

Tabela 2 – Classificações do índice de depressão em idosos –Lins – SP, 2018 ...... 39

Tabela 3 - Percentual de depressão por faixa etária, Lins-SP, 2018. ....................... 40

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AB ADT

Atenção Básica Antidepressivos Tricíclicos

BECK Beck Depression Inventory

CES-D Center for Epidemiological Studies – Depression

CID: Código Internacional de Doenças

EDG-15: Escala de Depressão Geriátrica

IBGE: IMAO:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Inibidores Monoaminooxidase

IRNs DSM:

Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina Manual Diagnóstico de Estatística de Transtorno Mental

OMS:

Organização Mundial da Saúde

PNSI:

Política Nacional de Saúde do Idoso

PSF:

Programa Saúde da Família

SPES:

Short Psychiatric Evaluat Schedule

SUS:

Sistema Único de Saúde

TCLE:

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TDM

Transtorno Depressivo Maior

TR:

Terapia de Reminiscência

UBS:

Unidade Básica de saúde

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15

CAPITULO I - POPULAÇÃO IDOSA ....................................................................... 17

1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ............................................................. 17

1.1 Programas de Atenção Integral à Saúde do Idoso.............................................. 20

CAPITULO II – DEPRESSÃO ................................................................................... 23

1 DEPRESSÃO ..................................................................................................... 23

1.1 Depressão em idosos ......................................................................................... 25

1.2 Tratamentos ........................................................................................................ 28

CAPITULO III - PESQUISA ...................................................................................... 31

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 31

2 ESCALAS DE DEPRESSÃO ............................................................................. 32

3 METODO ............................................................................................................ 34

4 TÉCNICA ............................................................................................................ 34

5 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA .............................................. 35

6 ANÁLISE ............................................................................................................ 36

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 36

8 PARECER FINAL ...............................................................................................

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 44

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47

APÊNDICES ............................................................................................................. 53

ANEXO .....................................................................................................................

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INTRODUÇÃO

O Brasil ganhou cerca de 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a

marca dos 30,2 milhões em 2017, sendo que as mulheres são maioria nesse grupo,

com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões

(44% do grupo). O envelhecimento da população é uma resposta à mudança de

alguns indicadores de saúde, em especial a queda da fecundidade e aumento da

expectativa de vida (IBGE, 2018). O ritmo de crescimento da população com 60 anos

de idade ou mais está à aumentar em velocidade acelerada e, essas alterações na

dinâmica populacionais são claras, inflexíveis e irreversíveis. Tais mudanças trazem

desafios que podem levar a sérios problemas sociais e econômicos.

De acordo com Magalhães (2016) a Organização Mundial de Saúde projeta

que até 2020 o grupo de idosos corresponderá a 15% da população brasileira. Em

2025, estima-se que a população idosa deverá ter aumentado até 15 vezes. Assim

como ocorre o crescimento da população idosa, consequentemente haverá o

aumento das doenças crônicas e psíquicas e, dentre tantas doenças e transtornos, a

depressão merece uma maior atenção. A depressão é um distúrbio que acomete a

população como um todo, especialmente o idoso, tendo uma alta prevalência e

estando associada, quando não tratada, à maior morbidade e mortalidade entre eles,

mostrando a necessidade de investigação e análise das ações de prevenção e

promoção à saúde.

O diagnóstico e o tratamento ainda se mostram deficientes, seus sintomas

muitas vezes são subdiagnosticados ou ignorados, portanto, a familiaridade dos

profissionais de saúde com as características das sintomatologias depressivas no

idoso é de grande importância na investigação. Segundo Kawakita (2012) a

depressão geriátrica é um quadro pouco reconhecido em unidades de atenção

primária, portanto, faz-se necessário pesquisá-la em todos os pacientes idosos por

meio de instrumentos de rastreamentos. As escalas de depressão vêm sendo muito

utilizadas na detecção de casos depressivos, sendo que um dos instrumentos mais

utilizados é a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage -15 uma escala criada

especificamente para a população idosa.

Acredita-se que, utilizando a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, é

possível detectar sintomas depressivos. De acordo com Nogueira (2014) a Escala de

Depressão Geriátrica (EDG-15) vem alcançando importância cada vez maior na

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Atenção Básica (AB), sendo um instrumento preconizado pelo Ministério da Saúde e

de grande valor na detecção de depressão geriátrica em diferentes contextos

clínicos. Paradela (2011) ressalta as vantagens que a GDS-15 possui, como a

pequena variação das respostas: sim/ não, diferente de outras que comportam

múltiplas opções e não necessitando de um profissional da área da saúde mental

para sua aplicação, podendo ser auto aplicadas ou por um entrevistador treinado.

Em concordância com Razzouk (2016) países em desenvolvimento como o

Brasil, a depressão não tem sido suficientemente estudada para fornecer os

elementos necessários ao desenvolvimento de políticas públicas, promoção e

prevenções adequadas a essa população. Tais impactos ocasionados pela

depressão, afeta também os familiares, o estado e a comunidade, demostrando o

quanto é importante estar atento ao idoso em relação aos problemas psiquiátricos,

pois a presença de comorbidades prejudica a qualidade de vida desses indivíduos e

de seu convívio com a sociedade.

O estudo objetivou-se em Identificar a prevalência de sintomas depressivos

utilizando a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage em idosas e assim

elaborar e propor intervenções de enfermagem para melhorar a qualidade de vida,

pois estudos sobre depressão em idosas demonstram a importância das

intervenções efetivas e a prevenção dos fatores de risco precoces.

Diante do contexto acima, chegamos a seguinte pergunta problema: Como se

configura a prevalência de sintomas depressivos entre idosos assistidos por uma

Unidade Básica de Saúde (UBS)? A presente pesquisa incluirá tres capítulos, onde

serão abordados: o envelhecimento populacional e as teorias nelas existentes,

assim como sobre os Programas de Atenção Integral à Saúde do Idoso disponíveis

no Brasil; a depressão e a depressão na população idosa e por fim o capitulo da

pesquisa com os dados e resultados colhidos durante o estudo.

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CAPITULO I

POPULAÇÃO IDOSA

Neste primeiro capitulo será abordado sobre o envelhecimento populacional e

as teorias nelas existentes, assim como sobre os Programas de Atenção Integral à

Saúde do Idoso disponíveis no Brasil.

1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Até poucos anos atrás o Brasil era considerado como um país de jovens, e o

envelhecimento era um caso específico de países desenvolvidos, porém, esse fator

vem alterando-se devido às grandes mudanças demográficas ocorridas no Brasil.

Nas regiões desenvolvidas esse transcurso já é parte da sua realidade, constituindo-

se uma sociedade mais inclusiva e mais adequada ao público idoso. Segundo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) o aumento da população

idosa é um fenômeno mundial e o Brasil ficará como o sexto país do mundo com o

maior número de idosos e, por esse motivo, o envelhecimento vem sendo cada vez

mais estudado e investigado.

Para estudar a questão do crescimento da população idosa, o Estatuto do

Idoso, Lei n.10.741/03 que determina a proteção e resguarda o exercício de todos os

seus direitos e a Política Nacional do Idoso, considera o individuo idoso no Brasil

pessoas com 60 anos ou mais de idade. (BRASIL, 2003). Projeções feitas pelo IBGE

afirmam que nos anos de 2030 e 2050 o público de idosos no Brasil irá ampliar

significativamente. De acordo com a mesma, o número de idosos já superará o de

crianças e adolescentes (menores de 15 anos de idade), em cerca de 4 milhões,

diferença essa que aumenta para 35,8 milhões em 2050 (64,1 milhões contra 28,3

milhões, respectivamente) e representarão 28.8% contra 13,1% de crianças e

adolescentes no total da população (IBGE, 2009).

Estudo realizado por Celade (2012) defende que as mudanças nas condições

de vida da população e os avanços da medicina no combate a enfermidades

reduziram mortalidades precoces e promoveram um aumento dos anos de vida.

Assim como os fatores biológicos, que refere à capacidade funcional comparada aos

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anos vividos, psicológico que avalia as capacidades de percepção, aprendizagem e

memória e social que visa o comportamento da pessoa ao meio social.

Do mesmo modo Celade (2012) alega que o envelhecimento não acontece da

mesma forma com todos os indivíduos, ou seja, não é uma regra geral, pois nem

todas as pessoas com sessenta anos ou mais vivem da mesma forma, cultural,

social e economicamente. Sendo que o envelhecimento pode ser primário ou

normal, identificado com as mudanças involuntárias, irreversíveis, progressivas e

universais, porém não patológicas; ou o envelhecimento secundário que

corresponde às mudanças causadas por doenças relacionadas à idade por fatores

extrínsecos e intrínsecos.

O aparecimento das doenças crônicas, graves ou degenerativas, a perda de

autonomia, a perda da capacidade sensorial, a ausência de independência em

atender as funções básicas do cotidiano, a perda de rendimento e o aumento na

dependência perante as famílias, a comunidade e o sistema de saúde, pode estar

relacionado ao envelhecimento. Segalla e Spinelli (2011) ressaltam que as

alterações do processo de envelhecimento podem afetar também o padrão de

alimentação do indivíduo, como: diminuição das papilas gustativas, com prejuízo do

paladar; redução do olfato e da visão; diminuição da secreção salivar e gástrica;

falha na mastigação pela ausência de dentes ou uso de próteses impróprias;

redução da motilidade intestinal e diminuição da sensibilidade à sede e o consumo

aumentado de medicamentos acaba por interferir.

Tais impactos ocasionados pelo envelhecimento não afetam somente o

individuo, mas também sua família, o estado e a comunidade; isto mostra que a

presença da família, bem como a relação com a sociedade é de extrema

importância, podendo assim contribuir na adaptação e com o bem estar desse

público. Segundo Figueiredo e Moser (2013) a falta de autonomia, de cooperação e

o aumento da responsabilidade diante os familiares, faz com que a família tome

providências necessárias, porém nem sempre cabível no momento de desespero,

angústia, medo. Somado à isso, a ausência de orientação e falta de apoio dos

setores públicos com a família, deixando-os com sentimento de abandono diante

dos cuidados a eles prestados.

Tratar essa autonomia e dependência no decorrer do processo de

envelhecimento é uma meta importante para os cidadãos e governantes de todos os

países, no que se refere ao aumento de custos aos serviços de saúde em atender,

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acolher e oferecer condições para manutenção dos cuidados para esses idosos e,

em particular aos dependentes. E assim, proporcionar condições para a família

realizar esses cuidados permitindo uma maior qualidade de vida, enfatizando o

quanto é fundamental investir em práticas de prevenção ao longo de todo o curso de

vida, para garantir a todos um envelhecimento digno e ativo.

De acordo com Miranda e Mendes (2016) para atender à demanda gerada

por esse envelhecimento, é preciso implantar mecanismos que fortaleçam o modelo

de atenção à saúde do idoso, investindo inclusive na força de trabalho e na

formação de profissionais que possuam habilidades para atuar na prevenção, no

cuidado e na atenção integral à saúde da população geriátrica. E com isso, cada vez

mais, entender o processo de envelhecimento, procurando alternativas para manter

seus cidadãos idosos social e economicamente integrados e independentes.

A política de desenvolvimento ativo, proposta pela Organização Mundial da Saúde foi criada com o propósito de oferecer um envelhecimento de forma saudável, é fundamental aumentar as oportunidades para que os indivíduos possam optar por um estilo de vida mais adequado, que inclui mudanças de hábitos alimentares e atividade física regular e, consequentemente, o controle da saúde física e psicológica. Assim, a definição de envelhecimento ativo é apresentada como a “otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas (DAWALIBI et al 2013, p.394).

Nota-se então que o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial

que trás grandes desafios à Saúde Pública, representa-se como desafio à medida

que implica em mudanças na comunidade, na família e no contexto dos serviços de

saúde. No entanto, não se trata apenas de um problema demográfico, mas

principalmente a um fenômeno mais complexo, que envolve aspectos socioculturais,

políticos e econômicos.

Ao contrário do que pensa, o envelhecimento pode estar ligado a um bom

nível de saúde e uma boa qualidade de vida, tratando- se de um processo natural de

todo o individuo. Não sendo apenas uma etapa da vida em que só há perdas e

aparecimento de doenças. As perdas fazem parte, contudo o envelhecimento não se

remete a isso, o envelhecer necessáriamente não está interligado diretamente às

perdas e ao adoecer.

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Programas de Atenção Integral à Saúde do Idoso 1.1

Com o crescimento da população idosa e, consequentemente o aumento das

doenças crônicas, a preocupação com a saúde e bem estar desses indivíduos

aumentaram, não apenas para a prevenção de doenças, mas sobretudo na

qualidade de vida, bem estar físico, funcional, psicológico, psíquico e social. Tais

preocupações fizeram com que se criassem políticas e ações de intervenções mais

amplas, em um nível de atenção primária à saúde direcionada aos idosos, com o

propósito de oferecer um envelhecimento digno e com melhor estado de saúde por

meio de uma linha de cuidados de atenção integral.

É importante considerar que as necessidades de saúde dos idosos requerem

uma atenção específica, pois pode evitar altos custos para o Sistema de Saúde e,

sobretudo, proporcionar melhores condições de saúde a essas pessoas. Segundo o

IBGE (BRASIL, 2012), os idosos consomem, per capita, 63 reais com gastos com

doenças e internações, valores estes que se elevam a 179 reais quando se trata de

idosos acima de 80 anos.

No Brasil, apesar de iniciativas do Governo Federal nos anos 70 em prol das pessoas idosas, apenas em 1994 foi instituída uma política nacional voltada para esse grupo. Nesse sentido, a Política Nacional do Idoso (PNI), regulamentada pelo Decreto n. 1948, de 03 de junho de 1996, assegura direitos sociais à pessoa idosa, ao criar condições para promover sua autonomia, sua integração e sua participação efetiva na sociedade e reafirmar seu direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS (FERNANDES; SOARES, 2012, p.1495) .

Com intuito de corresponder com efetividade e qualidade o recomendado pelo

Sistema Único de Saude (SUS), e pelas políticas na atenção integral às pessoas em

processo de envelhecimento e à população idosa, implementou-se, no Brasil, a

Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI). Tal política tem por objetivo permitir um

envelhecimento saudável, estabelecendo diretrizes essenciais que norteiam a

definição ou a redefinição dos programas, sendo elas: a promoção do

envelhecimento saudável; da capacidade funcional, a assistência às necessidades

de saúde dos idosos, a reabilitação da capacidade funcional comprometida, a

capacitação de recursos humanos, o apoio ao desenvolvimento de cuidados

informais e o apoio aos estudos e pesquisas. (BRASIL, 1999).

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A Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI) em 10 de Dezembro de 1999 foi promulgada, através da Portaria 13395/GM, a qual se fundamenta na concepção da atenção integral à saúde da população em processo de envelhecimento, em conformidade com o que determina a Lei Orgânica da Saúde 8080/90 e a Lei 8142/94 que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 1999).

No Brasil, o documento das diretrizes do Pacto pela Saúde, publicado por

meio da Portaria n.399/GM em fevereiro de 2006 (BRASIL, 2006), representou um

importante avanço, especialmente no que diz respeito à saúde dos idosos com suas

prioridades. Sendo que três dessas prioridades têm especial relevância com relação

ao planejamento de saúde para a pessoa idosa, com o objetivo de oferecer uma

atenção à saúde digna para os idosos brasileiros, que passam por um processo de

envelhecimento marcado por doenças e agravos que impõem sérias limitações na

vida cotidiana.

Nesse contexto, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa vem reafirmar

que a atenção primária deverá ser o meio de inserção inicial do idoso nos serviços

de saúde do SUS, ou seja, a porta de entrada para a integração inicial do idoso nos

serviços de saúde (ANDRADE et al., 2010). De acordo com o Ministério da Saúde

(BRASIL, 2014) a Atenção Básica tem como propósito facilitar o acesso e oferecer à

pessoa idosa a sua rede de suporte social, incluindo os familiares e cuidadores uma

atenção humanizada com orientação, acompanhamento e apoio domiciliar, sendo

definida como ações individuais e coletivas, voltadas à promoção da saúde,

prevenção de agravos, tratamentos, reabilitação e a manutenção da saúde.

De acordo com Brasil (2007) a Atenção Básica é orientada pelos princípios da

universalidade, da acessibilidade e da organização do cuidado, do vínculo e

continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade

e da participação social. A Estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da

Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS, pois trabalha com

práticas interdisciplinares desenvolvidas por equipes que se responsabilizam pela

saúde da população na perspectiva de uma atenção integral humanizada,

considerando a realidade local e valorizando as diferentes necessidades dos grupos

populacionais.

Segundo Brasil (2002) em 1993, o Ministério da Saúde reuniu coordenadores

com experiências em Atenção Primária à Saúde direcionada à comunidade e à

família, para discutirem a reorganização dos serviços básicos de saúde, ocasião em

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que foi proposto o Programa Saúde da Família (PSF), centrando sua

responsabilidade na equipe de saúde articulada ao Programa de Agente Comunitário

de Saúde, objetivando a promoção da saúde.

O Programa de Saúde da Família no seu contexto geral de ação possui um

direcionamento especial à saúde do idoso, baseia-se nos princípios básicos do SUS.

Além dos princípios gerais do SUS, a Estratégia Saúde da Família deve atuar no

território realizando cadastramento das famílias; realizando as atividades de acordo

com o planejamento e a programação tendo equipes capacitadas para a atenção ao

idoso, cumprindo, desta forma, a assistência domiciliar ao idoso prevista na PNSI.

Considerando a portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017 (BRASIL, 2017)

para garantir uma atenção integral ao idoso é fundamental promover uma interação

entre os idosos e os profissionais de saúde, através da escuta e acolhimento com

uma linha de cuidados, com foco no usuário, baseado nos seus direitos e em suas

necessidades, preferências e habilidades. Aumentando e facilitando o acesso em

todos os níveis de atenção, providos de condições essenciais e infraestrutura física

adequada e equipe multiprofissional com boa qualidade técnica para atender às

necessidades desses indivíduos.

Enfim, a função das políticas de saúde é contribuir para que as pessoas

alcancem idades avançadas com melhor estado de saúde possível, estimulando

também a família na responsabilização para com atenção à saúde do idoso,

inserindo-o no ambiente familiar e social proporcionando um envelhecimento ativo

através da prevenção e promoção da saúde visando sempre à qualidade de vida.

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CAPITULO II

DEPRESSÃO

Neste segundo capitulo será abordado sobre a depressão e depressão na

população idosa.

1 DEPRESSÃO

O conceito de depressão passou a ser entendida como um problema mental

após o fim das crenças e superstições. Até então ela era conhecida como melancolia

ou o desânimo do melancólico, considerada uma doença grave e sem cura e visto

como ausência de tudo que era sagrado. Segundo Sousa e Lacerda (2013), as

primeiras descrições de estados de alteração do humor podem ser encontradas nas

escrituras bíblicas e na mitologia.

Para Lima (2016) é impotante saber diferenciar tristeza de depressão, pois a

tristeza é um estado momentâneo que envolve perda, desilusões com curto tempo

de permanência, considerado saudável e bem avaliado pelo médico. Já a depressão

se caratcteriza por alterações psicopatológicas que podem se diferenciar em relaçáo

a sintomatologia, gravidade, curso e prognóstico. A depressão acontece em meio a

alguns fatores: os biológicos são aqueles que envolvem transtornos do humor com

desregulagens de neurotransmissores, os fatores genéticos apresentam-se como

uma herança genética, podendo ser citado o transtorno bipolar e, os fatores

psicossociais, incluem acontecimentos vitais e estresse ambiental.

Grecoleti e Scortegagna (2015) destaca que os transtornos depressivos são

caracterizados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental (DSM)

como presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações

somáticas e cognitivas. Segundo Mello et al. (2011) o Código Internacional de

Doenças (CID 10) classifica os quadros depressivos em quatro tipos, sendo eles:

episódio depressivo leve, episódio depressivo moderado, episódio depressivo grave

e transtorno depressivo recorrente e, cada um deles, possui os sintomas (somáticos

e psíquicos), bem como o tempo de duração e o número de sintomas presentes em

cada tipo para que possa ser diagnosticado com segurança. De acordo com CID 10

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(1997) os episodios depressivos são classificados por:

a) Episódio Depressivo Leve: há perda de interesse e fadigabilidade. Por

duas semanas o paciente apresenta-se progressivo em suas atividades

rotineiras, mas envolvem sintomas somáticos como dores vagas e

imprecisas (CID 10, 1997).

b) Episódio Depressivo Moderado: diversos sintomas presentes (quatro ou

mais) com permanência de cerca de duas semanas. Apresenta-se com

dificuldade em desenvolver atividades usuais tais como sociais,

domésticas e laborais. Além de outros sintomas somáticos como cólicas e

falta de ar (CID 10, 1997).

c) Episódio Depressivo Grave: o paciente fica angustiado ou agitado. Tem

perda da autoestima, sentimentos de inutilidade ou culpa; o suicídio é um

risco marcante; tem também a síndrome somática onde os sintomas estão

presentes em maior gravidade. O depressivo grave não consegue

desenvolver suas atividades diárias laborais, sociais e domésticas,

podendo apresentar sintomas psicóticos como retardo psicomotor,

alucinações e delírios. (CID 10, 1997)

d) Transtorno Depressivo Recorrente: há apresentação pelo paciente de

episódios recorrentes de depressão sem presença da mania, podem durar

em média seis meses. Ocorre a recuperação, mas pode ocorrer

depressão persistente na velhice (CID 10, 1997).

Em pacientes em que o transtorno não é diagnosticado ou é subtratado,

observa-se uma pior evolução. A avaliação dos sintomas depressivos, na verdade,

depende das várias categorias de sintomas, levando em conta: sintomas psíquicos,

fisiológicos e evidências comportamentais. De acordo com Thompson (2010), as

principais categorias de sintomas depressivos são:

a) Sintomas relacionados ao Humor – Inclui tristeza, perda de interesse e/ou

prazer, crises de choro, variação diurna do humor (esta última, às vezes,

classificada na categoria de sintomas vegetativos). Essa categoria de

sintomas é essencial para o diagnóstico de depressão.

b) Sintomas Vegetativos ou Somáticos – inclui alterações no sono (insônia

ou hipersonia), no apetite e no peso; há perda de libido, obstipação e

fadiga.

c) Sintomas Motores – inclui inibição ou retardo, agitação (mais em idosos),

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inquietação.

d) Sintomas Sociais – inclui apatia, isolamento, incapacitação para o

desempenho das tarefas cotidianas.

e) Sintomas Cognitivos – inclui desesperança, desamparo, idéias de culpa

(que podem chegar a delírios de culpa em depressões psicóticas) e de

suicídio, indecisão, perda de insight, isto é, do reconhecimento de que

está doente.

f) Sintomas ligados à Ansiedade – inclui ansiedade psíquica, somática e

fóbica (esta última em poucas escalas).

g) Sintomas geradores de Irritabilidade – inclui hostilidade, auto e

heterodirigida. A autoagressão associa-se com o risco de suicídio. Outros

autores consideram a irritabilidade na categoria de alteração do humor.

Com seus aspectos multifatoriais a preocupação atual com a depressão

se tornou muito grande, pois pesquisas mostram o tratamento e

diagnóstico correto da doença. De acordo com Lima (2016) cerca de 154

milhões de pessoas são afetadas mundialmente pela depressão, tornando

um problema de saúde publica. A Organização Mundial da Saúde (OMS)

considera a depressão como a quarta causa especifica de incapacitação

social, com a perspectiva de ser a segunda causa de incapacitação em

países desenvolvidos e a primeira em países em desenvolvimento,

aproximadamente no ano de 2020.

Segundo Jardim (2011) a prevalência de depressão em mulheres até os 70

anos é de 45%, e está associada à sobrecarga de responsabilidade e cuidados. No

homem a probabilidade chega a 27%, porém no homem passam despercebidos pelo

excesso de trabalho, uso de drogas e álcool e, em jovens com idade entre 20 e 40

anos, por conta de frustações, drogas etc. Tais resultados são graves, mostrando a

necessidade de pesquisas que ajudem em seu rápido diagnóstico ou ainda, na

promoção de saúde, contribuindo para a identificação associada à doença.

1.1 Depressão em idosos

Iser et al. (2015) ressalta que pesquisa populacional, realizada no Brasil,

mostra que cerca de 7,6% afirmaram ter diagnóstico prévio de depressão realizado

por médico ou profissional de saúde, sendo que muitos não realizavam

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acompanhamento e nem tratamentos. Estudos realizados sobre a depressão

mostram o alto nível de prevalência desse transtorno no público idoso, que nessa

faixa etária apresenta um pior prognóstico, pois muitas vezes seus sintomas são

vistos como decorrência natural do envelhecimento.

Grecoleti e Scortegagna (2015) ressalta que as alterações que podem

dificultar o diagnóstico e o tratamento da depressão ocorrido no envelhecimento são:

a presença de patologias crônicas, a diminuição da libido, o retardo psicomotor, a

perda da concentração e da memória e alterações do sono. No Brasil, estudos

conduzidos com a população idosa evidenciam que a prevalência da doença varia

entre 19% e 34% nas diferentes regiões do país (BORGES e DALMOLIN, 2012).

Segundo Cantão (2015) pesquisas demonstraram a ocorrência de 467 mortes e

cerca de 49.846 internações no ano de 2012 registradas pelo Sistema Único de

Saúde em decorrência dos transtornos do humor como a depressão.

Para o surgimento da depressão na população geriátrica existem três grandes

fatores determinantes, sendo elas biológicas, psicológicas e sociais. Já nas

populações adultas e jovens, a depressão aparece associada aos aspectos

emocionais, cognitivos como a negatividade e tristeza. De acordo com Mello et al.

(2011), ela é diagnosticada no idoso pelas seguintes alterações: falta de energia;

distúrbios do sono; alterações do humor e da motivação (volição); anorexia; perda de

peso; sintomas hipocondríacos; sintomas somáticos; agitação ou retardamento

psicomotor; prejuízos cognitivos; humor depressivo, tendência a enfatizar as

dificuldades e responder “não sei” às perguntas.

Um diagnóstico mais preciso de depressão em idosos não consegue se enquadrar nos episódios descritos no CID 10, pois esses foram estabelecidos para adultos jovens, sem levar em conta que os idosos tendem a expressar sintomas em forma de queixas físicas e ao mesmo tempo tem certa relutância em relatar sintomas psiquiátricos. Faz-se necessário considerar os sintomas depressivos e não necessariamente uma síndrome depressiva completa para diagnosticar a depressão em idosos (MELLO et al., 2011, p. 43).

Além da alta prevalência da sintomatologia depressiva na população idosa, é

importante destacar que as literaturas mostram a maior prevalência dessas doenças

acontecer com maior freqüência em mulheres, tendo como fatores na contribuição: a

idade avançada, biológicas, hormonais, aspectos sociais e emocionais, eventos

estressantes na vida, aposentadoria, dificuldades nas relações interpessoais,

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questões relativas à personalidade, aspectos familiares, perda e falta de vínculo,

baixa escolaridade, comorbidade, tabagismo e alcoolismo. Sendo que acomete mais

as mulheres separadas, divorciadas e viúvas, em comparação com solteiras e

casadas.

Estudos feitos por Borges e Dalmolin (2012) mostram que essa doença nas

mulheres idosas é muito marcante, identificando a prevalência de 68% e, em outros

estudos, chega a ser de 72,7% entre elas. Segundo Alvarenga; Oliveira e Faccenda

(2012), essa predominância no sexo feminino acontece por consequência do

aumento da mortalidade masculina, caracterizando a feminilização do

envelhecimento.

Em virtude desses fatos e da grande prevalência depressiva na população

geriátrica, princilpamente no gênero feminino, a depressão merece uma determinada

atenção, pois se trata de um conjunto multifatorial e tem como consequências a

perda de autonomia, a imagem negativa de si mesmo, como aquela pessoa que não

consegue ou não possui forças para fazer o que fazia anteriormente, agravamento

de quadros patológicos preexistentes, adesão reduzida aos tratamentos

terapêuticos, o aumento da utilização de medicamentos, aumento do risco ao

suicídio, redução à qualidade de vida e o aumento da utilização dos serviços de

saúde.

Considerando o difícil diagnóstico e o aumento na utilização do serviço de

saúde, torna-se importante o conhecimento das equipes de saúde aos indicativos

inerentes das sintomatologias depressivas, pois o despreparo e desconhecimento

dos profissionais quanto ao assunto acaba por interferir no atendimento e

acolhimento em relação à prevenção e promoção à saúde desses idosos. Segundo

Borges e Dalmolin (2012) é fundamental, portanto, que os profissionais de saúde

tenham familiaridade com as características da depressão no idoso e estejam

preparados para investigar a presença de sintomas depressivos por meio de

capacitações.

Todo profissional da saúde deverá estar apto a perceber sintomas de depressão e deverá encaminhar o paciente e a família para o tratamento com uma equipe especializada. O trabalho do profissional deverá conduzir o idoso de tal forma que esse possa retomar sua vida e conduzi-la normalmente dentro de suas capacidades e limitações; como também o trabalho terapêutico haverá de proporcionar apoio emocional ao idoso, reduzindo sua ansiedade e

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elevando sua confiança e autoestima. (MELLO et al., 2011, p. 44)

Normalmente os idosos deprimidos apresentam piora em seu estado geral, o

que mostra a importância do diagnóstico e do tratamento através da prevenção,

tornando responsabilidade das unidades de saúde oferecer um suporte no

acompanhamento médico e terapêutico para a melhora dessa doença e qualidade

de vida desses indivíduos. Portanto, a importância da problemática requer estudos

constantes, uma vez que os profissionais de saúde devem avaliar, encaminhar e

tratar os idosos que apresentam alteração de afeto. (MAGALHÃES et al., 2016).

Tratamentos 1.2

No decorrer dos anos, diversos estudos vêm sendo desenvolvidos buscando

tratamentos baseados em evidências para a depressão, como forma de facilitar a

resposta ao tratamento e prevenir recaídas. O tratamento para depressão deve ser

visto de uma forma globalizada, ou seja, levar em consideração o ser humano como

um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto o

tratamento deve abranger todos esses pontos e os métodos mais utilizados são a

psicoterapia e a terapia farmacológica.

Aguiar et al. (2011) ressaltam que o tratamento farmacológico é feito por meio

de antidepressivos que atuam nos neurotransmissores com objetivo de melhorar as

sintomatologias depressivas, pois na depressão ocorre a diminuição desses

neurotransmissores que são serotonina, dopamina e noradrenalina, substâncias

químicas responsáveis pela regulação do humor e de nossas respostas emocionais.

O tratamento antidepressivo passa por três fases: a aguda que é o inicio do

tratamento, quando aliviam os sintomas imediatos; a continuação que evita que o

paciente tenha uma recaída e preventiva ou manutenção que dura ate seis meses

após o termino do tratamento.

Segundo os mesmos autores, entre os antidepressivos mais utilizados para o

tratamento farmacológico estão os Inibidores Monoaminooxidase (IMAO),

Antidepressivos Tricíclicos (ADT), Inibidores de Recaptação de Serotonina e

Noradrenalina (IRNs) e os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina. O

Doxepina e Agomelatina são conhecidos como antidepressivos de terceira geração,

utilizados contra insônia em processos depressivos, além de diminuir os efeitos

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colaterais referentes à memória e disfunção sexual e agem em neurotransmissores

melhorando o humor e a qualidade do sono.

Conforme Aguiar et al. (2011) a psicoterapia é uma forma de tratamento

realizado por métodos e propósitos psicológicos, esse acompanhamento tem por

finalidade levar o paciente a reconhecer, analisar e compreender as causas que

geram os conflitos, procurando ajustar os pensamentos distorcidos que ele tem de si

e do mundo, ocasionando sua melhora. As intervenções psicoterápicas podem ser

de diferentes formatos, como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia

interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de

família.

De acordo com Cuijpers (2016) na literatura pode ser encontrada a respeito e

a eficácia da psicoterapia, seja individualmente, seja em combinação com

antidepressivos, em diferentes faixas etárias e ambientes de aplicação. A proposta

das psicoterapias é buscar uma melhora substancial em longo prazo e ensaios

clínicos demonstram a eficácia do tratamento da depressão leve e moderada.

Hamidianos et al. (2013) ressalta que até o momento os estudos deixam

claros que o tratamento farmacológico demonstra ser o principal tratamento para

episódios atuais de Transtorno Depressivo Maior (TDM), contudo sem evidências

suficientes de sua capacidade em proteger o paciente contra recaídas ou

reincidências.

Além dos dois tratamentos, há uma variedade de tratamentos que buscam a

melhora dos sintomas dos pacientes como a eletroconvulsiva e as alternativas

paliativas, dentre elas, a musicoterapia e atividades fisicas. De acordo com Aguiar et

al. (2011) a eletroconvulsiva é um método realizado por aplicação de uma corrente

elétrica com a finalidade de produzir no paciente um estado convulsivo, promovendo

um relaxamento muscular e aliviando as dores, sendo necessários de 5-20

exposições com duração de 1 minuto, com intervalos de 10 a 15 minutos entre cada

exposição, ultilizado apenas em paciente que corre o risco em cometer suicidio e

intolerante aos medicamentos.

O mesmo comenta sobre a musicoterapia para tratar a depressão, por meio

de diferentes ritmos e melodias, seja no ouvir, dançar ou simplesmente tocar um

instrumento; o som musical é capaz de oferecer ao paciente um relaxamento mental,

um alívio do stress, promovendo um bem estar geral que auxilia o paciente a livrar-

se de pensamentos negativos. Quanto aos intrumentos musicais para o idoso,

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ressalta a importância de ser de pequeno porte como chocalho ou clávia pra os

idosos se sentirem mais seguro ao manusear o instrumento.

A prática de atividade física também tem sido um forte aliado no combate dos

sintomas da depressão, como aeróbica, caminhada, corrida e natação, pois

aumentam o vigor e a sensação de bem estar, melhorando a qualidade do sono,

reconstruindo a autoimagem, melhorando a autoestima e conseqüentemente o

humor.

Considerando o grande número de estudos e publicações a respeito, parece

desafiadora a seleção de qual seria a técnica mais adequada para tratar a

depressão, porem estes são os mais usados no tratamento do idoso depressivo

segundo a literatura.

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CAPITULO III

PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

Tornou-se um desafio para a saúde, como consequência do envelhecimento

populacional, a prevenção e retardamento de doenças, a manutenção da saúde,

independência e mobilidade dos idosos, interferindo diretamente na qualidade de

vida desses indivíduos tanto no aspecto físico como mental. A depressão acredita-

se, seja o transtorno mental mais comum em idosos, tendo impacto negativo em

todos os aspectos da vida, afetando diretamente seu convívio social, relações

interpessoais e até mesmo no seu ambiente de trabalho.

Sendo assim, esta pesquisa possui por objetivo identificar a prevalência de

sintomas depressivos em mulheres idosas assistidas por uma Unidade Básica de

Saúde, utilizando a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, pois acredita-se

que utilizando este instrumento, é possível detectar sintomas depressivos. De acordo

com Barbosa et al. (2013) a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) tem sido uma

das escalas mais utilizadas para rastreamento de depressão entre idosos por suas

vantagens, além de ajudar no pré-diagnóstico da depressão, podendo ser usado

para acompanhamento da evolução dessa depressão e avaliando se o tratamento

está sendo eficaz para a melhora do paciente.

Considerando os fatores a serem identificados, a presente pesquisa se

justifica pela alta prevalência da depressão na população idosa, sendo mais

frequente em mulheres. Apesar de comum, a depressão é pouco diagnosticada,

principalmente em Unidades de Atenção Básica, visto que muitos idosos que a

frequentam e possuem ou está evidenciando um quadro depressivo, não sendo

notados pelos profissionais da saúde e nem tratados pela falta de conhecimentos,

treinamento e elaboração de um plano de cuidado específico para esse paciente.

Os serviços de saúde detém uma posição privilegiada no cuidado à pessoa

idosa, a alta prevalência de depressão neste público exige a atenção dos

profissionais e de gestores públicos da área da saúde, uma vez que essa doença

eleva a chance de incapacidade funcional nos idosos. Isto mostra a importância do

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reconhecimento das sintomatologias depressivas em nível primário de saúde, para

um melhor tratamento e aumento da qualidade de vida.

Realizar o rastreamento de idosos com sintomas depressivos na área de

abrangência de uma UBS, utilizando um instrumento específico já validado,

contribuirá na possibilidade de detectar a prevalência de idosos com quadros

depressivos, para possível implementação de medidas de intervenção de

enfermagem com intuito de prevenir, tratar e reabilitar idosos que possam estar em

quadros patológicos, seja em estágio inicial ou avançado.

2 ESCALAS DE DEPRESSÃO

A indicação ou diagnóstico do transtorno depressivo pode ser realizado de

várias maneiras, por meio de história clinica, avaliação do tempo da permanência

dos sintomas e sinais, exames entre outros, porém as que estão sendo mais

estudadas e citadas por sua eficácia são os instrumentos de rastreamentos de

depressão. Esses instrumentos são vistos como um recurso preciso e importante no

processo de investigação da depressão na população geriátrica. De acordo com

Barbosa et al. (2013) foram publicados diversos estudos abordando os principais

métodos de diagnóstico e entre eles estão os instrumentos de avaliação, também

conhecidos como rastreamentos de saúde mental: SPES (Short Psychiatric Evaluat

Schedule), Beck (BDI, Beck Depression Inventory), Center for Epidemiological

Studies – Depression (CES-D) a escala de depressão em geriatria (Geriatric

Depression Scale, EDG), entre outros.

A Beck (BDI, Beck Depression Inventory), é um instrumento composto por 21

itens, que aborda os componentes cognitivos, afetivos, comportamentais e

somáticos da depressão, comportando cada item quatro afirmações que variam

quanto a intensidades (0-3). A escala do Center for Epidemiological Studies –

Depression (CES-D) é uma escala que contém 20 itens sobre o humor, sintomas

somáticos, interação social e funcionamento psicomotor e suas respostas, são em

escala Likert. SPES (Short Psychiatric Evaluation Schedule) é uma escala de

rastreio que contem 15 questões objetivas e diretas, que explora o prazer da vida, a

dificuldade do cotidiano, a disposição das pessoas, os sentimentos de felicidade e

utilidade, a sensação de solidão, o sono e os sintomas físicos, como dor de cabeça,

dificuldade de andar, falta de ar e fraqueza.

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“Em relação às pesquisas brasileiras, que segue as tendências mundiais, a

Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale, EDG) apresenta- se

como um dos instrumentos mais utilizados para identificação de sintomas de

depressão.” (REBELO; PIRES; CARVALHO, 2013, p.493). Esse instrumento de

rastreamento depressivo foi criado especialmente para a população idosa levando

em consideração o alto índice da prevalência de depressão nesse publico, existindo

duas versões, sendo uma longa de 30 itens e outra reduzida em15 itens.

A escala original possui 30 itens e foi desenvolvida nos anos 1986 por Sheikh

e Yesavage especificamente para o rastreamento dos transtornos dos idosos, com

perguntas que evitam a esfera das queixas somáticas e sendo adaptada para o

Brasil e validada de acordo com os critérios do manual de diagnóstico de transtornos

mentais. A EDG com 15 itens (EDG-15) é uma versão curta da escala, recorrente à

versão original de Sheikh e Yesavage 1986, traduzida e adaptada na língua

portuguesa para a população geriátrica por Almeida & Almeida 1999 (BORGES;

DALMOLIN 2012). De fácil aplicação com perguntas objetivas de sim ou não, onde

se atribui 1 ponto para a resposta sim e 0 pontos para a resposta não. Os itens 1, 5,

7, 11 e 13 têm cotação inversa (1 ponto para a resposta não e 0 pontos para a

resposta sim). (MATHIAS et al., 2016 e APÓSTOLO et al., 2014).

Um instrumento para ser validado e considerado clinicamente confiável, vários

critérios devem ser levados em consideração na sua construção, validação e

normalização como, por exemplo, a metodologia utilizada, os objetivos gerais e

específicos desses instrumentos, o examinador e o modo de administração e suas

qualidades. Apóstolo et al. (2014) relata que a validação da GDS-15 sucedeu-se

através de um estudo com 195 idosos residentes em lares de terceira idade, Centros

Dia e de Centros de Saúde e o segundo numa amostra de 88 idosos internados em

Unidades de Cuidados Continuados, onde atingiram resultados satisfatórios na

aceitabilidade dos instrumentos, facilidade de compreensão dos enunciados e tempo

de aplicação, bem como boa consistência interna e validade de critério. A avaliação

da capacidade interna da escala através do coeficiente alfa de Cronbach revelou

índices de confiabilidade de 0,81 para a GDS-15.

De acordo com Barbosa et al. (2013) estudos realizados com a versão

reduzida de GDS-15 obteve como resultado, boa acurácia diagnóstica, com

sensibilidade de 81% e especificidade de 71% apresentado e, em outro estudo,

constatou-se que a EDG- 30 apresentou sensibilidade de 83% e especificidade de

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57%. No geral através de estudos e pesquisas, a versão em português da GDS-15

revelou propriedades que atestam a sua qualidade para avaliar perturbação

depressiva em idosos, além de favorecerseu uso em unidades primárias de saúde

por ser composta por perguntas fáceis de serem entendidas; ter pequena variação

nas possibilidades de resposta; ser auto aplicada ou aplicada por um entrevistador

treinado e ser inserida na rotina de atendimento de pacientes idosos, inclusive na

pré-consulta realizada.

3 METODO

Trata–se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa.

De acordo com Gil (2012) a pesquisa deste tipo tem como objetivo primordial a

descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem

ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas

está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. As pesquisas

descritivas são, juntamente com as exploratórias, as que habitualmente realizam os

pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática.

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do

UniSALESIANO Araçatuba-SP, Parecer: 2.887.831 (ANEXO A), sendo garantidos

aos entrevistados os aspectos éticos, conforme determina a resolução 466/12 e

510/16. As participantes receberam informações detalhadas acerca da pesquisa e

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – (APÊNDICE B).

Os envolvidos na pesquisa foram mulheres idosas com idade igual ou superior a 60

anos e inferior a 74 anos, da área de abrangência da UBS “Dr. Péricles da Silva

Pereira”, no bairro Ribeiro no município de Lins-SP, Brasil. A coleta de dados foi

realizada entre setembro e outubro de 2018, pelas alunas pesquisadoras. O

recrutamento das idosas foi realizada por meio de visitas domiciliares divididos por

micro áreas, a partir das informações fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde,

que forneceu os dados necessários de todas as idosas.

4 TÉCNICA

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35

Para a coleta de dados foram utilizados: Um formulário sociodemográfico

estruturado (APÊNDICE A) e um instrumento da versão reduzida da Escala de

Depressão Geriátrica (ANEXO A) sendo aplicadas pelas alunas, onde sucedeu-se a

realização das perguntas para as participantes. O formulario contemplava questões

mistas, relativas aos fatores sociodemográficos como tempo de permanência na

casa, lazeres, os laços familiares, condições gerais de saúde e a autopercepção de

saúde referida pelos idosos, classificando sua saúde no momento da pesquisa

como: excelente, boa, regular e ruim, assim como os meios utilizados para o

deslocamento, a higiene pessoal e dependência.

E a Escala de Depressão Geriátrica, um instrumento relativamente estável

para ser utilizado na detecção de casos de depressão no idoso e monitoramento da

gravidade dos seus sintomas com 15 questões objetivas de sim ou não, de forma

reduzida e simplificada referentes ao humor e ao estado de saúde. Conforme o

resultado, considerar o idoso com quadro normal ou indicativo de sintomas de

depressão leve, moderado ou grave, o ponto de corte varia, considerado de 0 a 5

estado normal, de 5 a 10 depressão moderada; e acima de 10 pontos depressão

grave.

5 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA

Esta pesquisa foi realizada na cidade de Lins, localizada no centro oeste

paulista na área de abrangência da UBS “Dr. Péricles da Silva Pereira”. A população

estudada correspondeu a 462 idosas e teve como risco o constrangimento ao

participante no momento da aplicação do instrumento e do formulário e, para

minimizar, foram utilizados locais reservados e utilização da ética durante todo o

processo através do sigilo profissional. O benefício oferecido é a detecção de

sintomas depressivos na população idosa para uma melhor assistência de

enfermagem a ser prestada.

Com relação aos critérios de inclusão, participaram idosas, que concordaram

em participar do estudo e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido, com idade entre 60 e 74 anos e não participaram idosas com quadro de

demência grave ou não estiveram aptas a responderem às questões. Após a

aprovação do Comitê de Ética, Parecer: 2.887.831, a pesquisa foi realizada por meio

de visita domiciliar após um levantamento nos registros da UBS do bairro do Ribeiro,

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de nomes e contatos dos idosos que atendiam aos critérios de participação.

6 ANÁLISE

A análise do rastreamento de sintomas depressivos por meio da aplicação da

Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, resultou na participaçao de 233

(50,54%) idosas de um total de 461. O gráfico 1 mostra, dentre o total da população

apta a participarem deste estudo, que foram excluídos 162 (35,14%) por não

estarem em casa na hora da pesquisa, mesmo após várias tentativas, 29 (6,30%)

que não aceitaram participar, 30 (6,50%) estavam saindo para o trabalho, 2 (0,44%)

excluídos por não atenderem o critério de inclusão e 5 (1,08%) faleceram.

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela 1 apresenta as características sociodemográficas da população

estudada, onde se verificou estado civil, escolaridade, com quem reside, religião,

percepção da saúde, renda, medicamentos, atividades físicas, como utiliza o tempo

livre e se tem algum tipo de preocupação relacionado à vida.

Em relação a escolaridade, 46% relataram ter frequentado a escola de 1 a 5

anos, 14% são analfabetas e somente 4% concluíram o ensino superior.

Predominaram os casados (57%) e os demais 43% não têm companheiros.

Em relação à moradia, 48% declararam morar com familiares e 36% moram

sozinhas. A grande maioria (81%) têm renda pessoal de até 1 salário mínimo.

Relativo à percepção da saúde, foi constatado que 75% das idosas consideraram o

50,54% 35,14%

6,51%

1,08% 0,43% 6,29%

Entrevistados Não Estavam em casa Trabalhando

Faleceram Incapaz de Responder Não Aceitaram participar

Gráfico 1- Participação no estudo pelas idosas residentes na área de abrangência da

UBS Ribeiro – Lins, 2018

Fonte: autoras, 2018.

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seu estado de saúde regular/boa, 58% das entrevistadas alegam possuir algum tipo

de doença, sendo a maior incidência de Diabetes, Hipertensão e Depressão e,

dentre os que alegam não possuir nenhum tipo de doença, somam 42%. Porém,

somente 19% das entrevistadas afirmaram não utilizarem nenhum tipo de

medicamentos. Não houve diferença significativa da prevalência entre as religiões

católica (42%) e evangélica (37%). Foi predominante a não realização de atividades

físicas (55%) e, dentre os que realizam, quase a totalidade preferem a caminhada

(91, 4%). Referente a ocupação do tempo, houve predomínio das atividades

domésticas (83%), não havendo tempo disponível para si ou pouco tempo para

atividades de lazer. As maiores preocupações das entrevistadas são referentes à

saúde (38%) e à família (32%), ficando a segurança e lazer em último lugar (4%).

Tabela 1 - Caracterização Sociodemográfica das participantes da pesquisa – Lins-SP, 2018 (continua)

VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS

Variável Quantidade % Faixa Etária

60-65 incompletos 78 33% 65-70 incompletos 100 43% 70-74 55 24%

Escolaridade

Analfabeto 32 14% 1-5 108 46% 6-8 32 14% 9-12 52 22% Superior 9 4%

Estado Civil

Solteiro 30 13% Casado 132 57% Viúvo 62 27% Separado/Divorciado 9 4%

Renda Mensal

até 1 Salário Mínimo 189 81% 1-3 Salários Mínimos 35 15% 3-6 Salários Mínimos 9 4%

Religião

Católico 99 42% Evangélico 87 37% Espírita 47 20%

Moradia

Sozinho 84 36% Familiares 112 48% Outros 37 16%

Atividades

Físicas

(conclusão)

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Sim 105 45% Caminhada 96

Dança 2

Hidroginástica 7

Não 128 55% Como utiliza o

Tempo

Ativ. Domésticas 194 83% Bate Papo 23 10% Atividades Manuais 6 3% Assiste TV 8 3% Leitura 2 1%

Preocupação

Saúde 89 38% Família 74 32% Dependência/Autonomia 61 26% Segurança/Lazer 9 4%

Percepção da Saúde

Muito Bom 30 13% Bom 74 32% Regula

r

101 43%

Ruim 28 12% Medicamentos

Utilizam Losartana, Captopril,

189 81%

Sinvastatina, Calcio, Insulina, Aradois,

Rivotril, Fluoxetina,

Loxapina, Propanolol, Besilapin e Atenolol.

Não Utilizam 44 19% Doenças

Diabetes e Hipertensão

60 26%

Osteoporose 21 9% Artrite 8 3% Glaucoma 5 2% Câncer 6 3% Nenhuma 99 42% Depressão 34 15%

Total 233

Fonte: autoras, 2018

Conforme a pontuação obtida pela escala GDS, 50 participantes não

apresentaram características depressivas sendo equivalente a 21%. Entretanto foi

identificado 41 (18%) idosas indicando uma possível predisposição para depressão

com a pontuação 5 e 113 (61%) indicando possível condição depressiva e, destes,

93 (48,5%) obtiveram pontuação entre 6 e 10 com indicativo de depressão

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moderada e 29 (12,5%) com pontuação superior a 11 pontos, indicando depressão

grave, de acordo com a escala. A depressão geriátrica estabelecida pela escala

GDS encontra-se exposta no Gráfico 2.

Gráfico 2 - Percentuais da prevalência depressiva nas idosas – Lins - SP, 2018

Fonte: autoras, 2018.

Tabela 2 – Classificações do índice de depressão em idosos –

Lins – SP, 2018 (continua) Caracterização da Depressão n %

Normal

Escore 0 pontos

3

1,29%

Escore 1 pontos 4 1,72%

Escore 2 pontos 1 0,43%

Escore 3 pontos 14 6,01%

Escore 4 pontos 28 12,02%

Predisposição

Escore 5 pontos

14

17,60%

Depressão Moderada

Escore 6 pontos

34

14,59%

Escore 7 pontos 32 13,73%

Escore 8 pontos 19 8,15%

Escore 9 pontos 19 8,15%

Escore 10 pontos 9 3,86%

Depressão grave

Escore 11 pontos

13

5,58%

Escore 12 pontos 8 3,43%

Escore 13 pontos 8 3,43%

Total 233 100,00%

Fonte: autoras, 2018

Dentre as idosas entrevistadas que não apresentaram indicativos de sintomas

21%

61%

18%

Normal

Indicativo deDepressão

Pré - Disposição

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depressivos, 29 (58%) encontravam-se na faixa etária de 60 aos 65 anos

incompletos, porém as idosas com predisposição para sintomas depressivos, 27

(65,9%) estavam nesta mesma faixa etária. Os sintomas depressivos moderados

foram prevalentes na faixa etária dos 65 aos 70 anos incompletos, 60 (63,10%) e,

para os sintomas graves, encontrado 29 pacientes e, destes, 20 (69%) encontravam-

se na faixa etária dos 70 aos 74 anos, como mostra a tabela 3.

Tabela 3 - Percentual de depressão por faixa etária, Lins-SP, 2018.

FAIXA ETÁRIA

60-65 incompl. 65-70 incompl. 70-74

n % N % N %

Normal 29 37,67% 19 20% 2 3,28%

Pré 27 35,06% 9 9,5% 5 8,20%

Moderado 29 24,67% 60 63,10% 34 55,74%

Grave 2 2,60% 7 7,4% 20 32,78%

Total 77 100% 95 100% 61 100%

Fonte: autoras, 2018

Na pesquisa as mulheres que apresentaram um maior risco para os sintomas

depressivos graves foram as viuvas e, para moderada, as idosas casadas, conforme

demonstra o grafico 3.

Em muitas literaturas é possivel encontrar resultados de autores que

0

Gráfico 3 - Percentuais de sintomatologia depressiva por estado civil – Lins – SP, 2018

Fonte: autoras, 2018

1

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ultilizaram o metodo de rastreamentos e observaram a alta prevalência dos sintomas

depressivos nesses indivíduos. Como Alvarenga, Oliveira e Faccenda (2012) que por

meio do mesmo instrumento analisou 503 indivíduos idosos, onde 69% das

mulheres apresentavam sintomas depressivos. Em dados de pesquisa realizados

pelo mesmo, constatado que, de 259 mulheres, 40,15% possuem depressão ou pré-

disposição para doença, enquanto que os homens de 245 apenas 16,32%.

Em estudos existentes direcionados para essa população, são

frequentemente realizados em homens e mulheres, porem mostram que o número

de mulheres com depressão e predisposição é superior ao número de homens.

Verifica-se este fenômeno entre mulheres durante a velhice, pelo fato de que elas

vivem, em média, mais do que os homens, tornando-as mais vulneraveis e

predispostas a uma maior incidência de doenças crônicas, entre elas, a depressão.

Quanto à idade, foi encontrada semelhança na pesquisa de Ferreira (2013),

que obteve um maior resultado nas idosas na faixa etária entre 60 e 70 anos, com a

de Fernandes, Nascimento e Costa (2010), que identificaram a prevalência dos

sintomas depressivos em 77% das mulheres com a idade entre 70 e 80 anos, e

Grecolti e Scortegagna (2015), que destacavam a prevalência no sexo feminino com

idade de 60 a 80 anos.

Usando desses estudos como referência, direcionamos a nossa pesquisa

para o gênero feminino, realizando o uso de um questionário sóciodemográfico

(APÊNDICE A), estruturado pelas autoras, e a Escala GDS como base para

avaliação dos indicativos depressivos, para a formulação dos dados em tabela e

gráfico. Foi observado, com o questionário, que o maior percentual das

entrevistadas, cerca de 43%, se concentravam na faixa etária dos 65 a 70 anos

incompletos e 46% possuíam escolaridade do 1º ao 5º ano.

Estes dados corroboram estudos realizados, em que foi constatado que o

analfabetismo e a baixa escolaridade associaram-se à maior detecção de depressão

(NOGUEIRA, 2014), assim como Silva et al. (2014), referiu que a escolaridade é um

fator de destaque, tendo em vista que quanto mais alto o nível escolar, menores são

os sintomas psicossomáticos, ou seja, há relação entre baixa escolaridade e elevado

número de idosos deprimidos. Assim como, há associação entre detecção de

depressão e renda pessoal abaixo de dois salários mínimos, descrito na literatura,

que aponta a baixa renda e a pobreza como fatores de risco para depressão.

A Escala GDS resultou em escore de 0 a 13 pontos, com o maior percentual

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em moderado (48,5%) e menor em grave (12,5%). Categorizando por idade, houve

um maior percentual de idosas para o indicativo depressivo moderado na faixa etária

de 65 a 70 anos incompletos, correspondendo a 63% das entrevistadas, divergindo

dos 7% com o indicativo depressivo grave.

Todavia, verifica-se uma associação significante entre os casos de depressão

nas mulheres viuvas e casadas, pois apresentam um maior indicativo aos sintomas

depressivos graves (8,5%) e moderados (24,4%) respectivamente. As observações

obtidas nessa pesquisa assemelham-se a diversos trabalhos que constataram esses

mesmos aspectos, como, por exemplo, Ferreira (2013) em suas pesquisas, onde

verificou que as mulheres casadas e viúvas apresentaram maiores porcentagens dos

sintomas depressivos.

Analisando os fatores emocionais, verificamos que as idosas com depressão

têm significativamente piores resultados em todas as medidas. A solidão, juntamente

com outros problemas físicos e mentais, dá origem a sentimentos depressivos.

Fatores como os aspectos sociais, escolaridade baixa, a falta de apoio familiar,

aposentadoria, relação intrapessoal, entres outros fatores, podem transfigurar risco

para o aparecimento da doença. Advém que foi observado a insatisfação das idosas

em relação a alguns fatos de suas vidas, pois, durante a pesquisa, relataram

sentirem-se sozinhas por conta da viuvez ou desamparadas pelos familiares (filhos e

esposos). Também pela condição socioeconômica, das doenças crônicas, a perda

de autonomia de algumas tarefas do dia-dia e a dependência de outros (familiares).

Observou-se, neste estudo, o quanto as mulheres estão vulneráveis a essa

patologia. Portanto, conhecer as características dessas idosas e as associações com

a depressão pode alertar e agregar conhecimentos para possibilitar melhor

aprofundamento acerca dos cuidados relacionados ao tratamento. O uso de

instrumentos como a Escala de Depressão para rastreamento de sintomas de

depressão em idosos são relevantes, pois permitem a detecção prévia da

depressão, possibilitando uma intervenção adequada, bem como a prevenção de

fatores de risco.

8 PARECER FINAL

Considerando a alta prevalência de sintomas depressivos nos idosos

estudados, reporta-se à necessidade dos órgãos competentes repensarem em

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estratégias eficazes que sejam capazes de alterar este quadro, proporcionando uma

melhor qualidade de vida e um envelhecer com mais dignidade e saúde. Os idosos

são indivíduos que merecem atenção redobrada, sendo um desafio para o sistema

de saúde desenvolver programas de suporte para uma assistência de qualidade aos

idosos.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Diante dos dados obtidos na pesquisa, se faz necessário uma proposta de

intervenção de enfermagem na área de abrangência dessa unidade, como a

implantação de uma linha de cuidado por meio de terapias psicoterapêuticas.

Enquanto estratégia de intervenção psicoterapêutica, a terapia de reminiscência tem

resultados positivos, como alcançar serenidade e sabedoria, expiar culpas e resolver

problemas, entre outros. A reminiscência tem vindo a ser utilizada em pessoas

idosas como técnica de intervenção para promover a autoaceitação e bem-estar e os

resultados sobre os seus benefícios apoiam a sua implementação na melhoria da

saúde mental desse paciente.

A Terapia de Reminiscência (TR) pode ser utilizada para estimular a

prevenção do surgimento de sintomatologia depressiva e a diminuir a sintomatologia

depressiva, além de outros beneficios como: adaptação a transições de vida,

promoção da autoestima e a auto percepção de saúde, satisfação de vida, auxilia no

processo de luto entres outros. Segundo Marques (2012) a terapia de reminiscência

baseia-se na recuperação das memórias que o sujeito possui sobre o seu passado,

ajudando a pessoa a fazer uma revisão cronológica da sua vida, analisando os

eventos mais marcantes. Consistindo num processo onde estas memórias são

significativamente acedidas para serem então revistas, repetidas, interpretadas e

muitas vezes partilhadas com outras pessoas, com o objetivo de promover a

adaptação ao momento de vida atual. Essa estratégia terapêutica foi proposta

inicialmente por Butler, em1963.

Muitos estudos documentam dados sobre a eficácia da terapia de

reminiscência, como uma técnica de grande potencial enquanto estratégia de

intervenção na depressão geriátrica, por meio de estudos de intervenção direta com

idosos. De acordo com Pinquart e Simon (2012) podem distinguir-se três formas de

aplicação de reminiscência como intervenção com pessoas idosas: reminiscência

simples, revisão de vida e terapia de revisão de vida. A reminiscência simples

estimula as funções sociais da reminiscência (comunicação, ensino, informação)

através da recuperação de acontecimentos autobiográficos positivos de forma não

estruturada. A revisão de vida implica uma descrição mais abrangente e avaliativa

dos principais acontecimentos autobiográficos do ciclo de vida, no sentido dos

mesmos serem integrados numa história de vida coerente. Por último, a terapia de

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revisão de vida reporta a sua aplicação a pessoas com problemas de saúde mental,

tais como a depressão, com o intuito de reduzir os efeitos potencialmente negativos

da reminiscência (reavivamento da amargura, tédio) aliviando a sintomatologia

depressiva.

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CONCLUSÃO

A depressão é uma condição que pode colocar em risco a vida do individuo

sendo uma enfermidade mental frequente em idosos. Além disso, é um estado

mental nem sempre diagnosticada, ocasionando ausência de uma linha de cuidado

estratégico para uma busca ativa na detecção precoce, tomada de decisão

preventiva e de encaminhamentos para confirmação desses diagnósticos.

Com relaçao aos resultados obtidos na pesquisa se torna preocupante o

numero de indicativo da sintomatologia depressiva nas mulheres estudadas da área

de abrangência da unidade do Ribeiro “Dr. Péricles da Silva Pereira”, o que justifica

a necessidade de pesquisas que auxiliem em seu rápido diagnóstico ou, ainda, na

promoção de saúde, contribuindo para a identificação precoce da doença. Também

é necessário que o profissional tenha uma visão ampla e integral sobre os idosos,

conhecendo melhor a sua população para assim, atuar com criatividade e senso

critico mediante uma pratica de intervenção humanizada, envolvendo uma ação

inter-relacionada de promoção de prevenção à reabilitação daqueles envolvidos.

Para ajudar nessa detecção recomendam-se os métodos existentes de

rastreio dos indicativos depressivos que podem ser usados tanto no âmbito clinico

quanto na atenção primária e secundária servindo de base para possível

confirmação do diagnóstico, como estratégia de fortalecimento de programas

preventivo e de controle da doença depressiva.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Questionário Sociodemográfico

Este questionário surge no âmbito da colheita de dados para o desenvolvimento do estudo de investigação, é dirigido ao idoso. Garante o anonimato Data da entrevista:______/_______/________ IDENTIFICAÇÃO DO IDOSO 01. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) 02. Idade : ____ 03. Estado civil: Solteiro ( ) Casado (a) / companheiro (a) ( ) Viúvo (a) ( ) Desquitado/ separado/ divorciado ( ) 04. Sabe ler e escrever? Sim ( ) Não ( ) 05. Escolaridade: _______________________________________ 06. Possui filhos? Sim ( ) Não ( ) Quantos__________ 07. Com quem reside? Sozinho ( ) Esposa/ marido/ companheiro (a) ( )

Filhos ( ) Outros (descreva) _______________________________________

08. Religião: Católica ( ) Espírita ( )

Evangélica ( ) Outra (descreva); ____________________________ 09. Faz tratamento de alguma doença? Sim ( ) Quais; __________________________________________ Não ( ) 10. O Senhor (a) faz uso de algum medicamento? Sim ( ) Quais; __________________________________________ Não ( ) 11. Como o Senhor (a) avalia a sua saúde? Muito boa ( ) Regular ( )

Boa ( ) Ruim ( )

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12. Pratica atividades físicas? Sim ( ) Não ( )

Se sim, quais? Caminhadas/corrida ( ) Hidroginástica ( ) Ginástica ( ) Dança ( ) Natação( )

Outra (descreva) _____________________________

13. Realiza atividade de vida diária? Sim ( ) Não ( )

14. Quais os meios de locomoção? Automóvel ( ) Motocicleta ( ) Bicicleta ( )

A pé ( ) Ônibus ( )

15. Como utiliza seu tempo? Não consegue fazer nada ( ) Realiza atividades domésticas ( ) Ouve rádio/ música ( ) Realiza trabalhos manuais ( ) Leitura de livros, revistas, jornais ( ) Assiste TV ( ) Viagens ( ) Bate-papo ( )

Outra (descreva):_________________________________

16. Possui alguma incapacidade? Sim ( ) Quais___________________________ Não ( ) Faz uso de: Cadeira de roda ( ) Andador ( ) Bengala ( ) Outros 17. Qual a sua principal preocupação hoje? Não tem preocupações ( ) Lazer( ) Saúde ( ) Independência/ autonomia ( )

Família ( ) Segurança ( ) Dinheiro ( ) Amigos ( ) Qualidade da alimentação ( )

Nada é importante ( ) O dia de amanhã (Futuro) ( ) Não sabe ( )

Religião ( ) Amor ( ) Outras (descreva);________________________________________________. 18. O Senhor (a) possui alguma renda? Sim ( ) Não ( ) 19. Qual a sua renda mensal, aproximadamente: Até 1 salário mínimo (até R$ 937). ( )

De 1 a 3 salários mínimos (de R$ R$ 937até R$ 2.811,00). ( )

De 3 a 6 salários mínimos (de R$ 2.811,00 até R$ 5.622,00). ( )

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APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa: Rastreamento de sintomas depressivos aplicando Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage: proposta de intervenção de Enfermagem para serviço de Atenção Básica de Saúde. A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: Acredita-se que com essa pesquisa podemos ajudar na identificação do estado depressivo nos idosos por meio da aplicação da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS) e assim proporcionar uma melhor qualidade de vida ao mesmo. Esse projeto tem como objetivo identificar a prevalência de sintomas depressivos através da utilização da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage e por fim propor intervenções de enfermagem a fim de minimizar a problemática. O (os) procedimento(s) de coleta de dados será da seguinte forma: Os dados serão coletados através da Escala de Depressão Geriátrica Yesavage, contendo 15 questões objetivas de sim ou não; o seu resultado será feito a partir das somas obtidas nas questões. DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo pode gerar algum tipo de desconforto quanto à quebra de procedimentos éticos que regem a profissão, como o sigilo profissional. O benefício oferecido é a detecção da depressão na população idosa para uma melhor assistência a ser prestada. GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e/ou outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s) pesquisador (es) irá(ão) tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados do questionário serão enviados para você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado (a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e deve ser assinada em duas vias, uma será fornecida a você e a outra ficará com o pesquisador (es) responsável(eis). Se houver mais de uma página, tanto o pesquisador quanto o participante deve rubricar todas as páginas. CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO: A participação no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado ressarcimento em caso de haver gastos com transporte, creche, alimentação, etc, tanto para você, quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No caso de você sofrer algum dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à assistência integral e gratuita. Poderá chamar as estudantes Analine Cristina Ferreira Lima, (14) 991877463 e Amanda Heloisa da Cruz Figueira Tofanelli em casos de duvidas ou problemas.

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DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO PARTICIPANTE

Eu,____________________________________________________fui

informado (a) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e

esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas

informações e ou retirar meu consentimento. Os responsáveis pela pesquisa acima,

certificaram-me de que todos os meus dados serão confidenciais. Em caso de

dúvidas poderei chamar o estudante Clariana Rodrigues da Silva, (14) 99139-7367 e

Simone Cristina da Silva Roque, (14) 99768-4751 o pesquisador responsável Helena

Ayako Mukai (14) 981313989 ou ainda entrar em contato com o Comitê de Ética em

Pesquisa do UniSALESIANO, localizado na Rodovia Teotônio Vilela, Bairro Alvorada

– Araçatuba-SP Fone:(18)3636-5252, 08:00 às 14:00. O Comitê de Ética em

Pesquisa (CEP) é um colegiado composto por pessoas voluntárias, com o objetivo

de defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e

dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões

éticos. O CEP – UniSALESIANO de Araçatuba é diretamente vinculado ao Centro

Universitário Católico Auxilium de Araçatuba-SP/Missão Salesiana de Mato Grosso.

Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

Assinatura do participante de pesquisa ou impressão dactiloscópica (se necessário).

Assinatura:_____________________________________________

Nome legível:_______________________________________________

Data _______/______/______

_____________________________________________

Assinatura do (a) pesquisador (a) responsável

Data _______/______/______

Im pr es s ã o a c t i l o sc ó p i ca

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ANEXO

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ANEXO A – Escala de depressão geriátria – GDS

Fonte: Almeida, Almeida 1999.

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ANEXO B – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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Fonte: Plataforma Brasil

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