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ReLeitura

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Instituto Nacional do LivroBibliotecas para a comunidade e não da comunidade

Isolamento na construção de seus planos

Gestões não-inovadoras + Gigantismo -> Cristalização das Políticas

OLIVEIRA, Zita. A biblioteca fora do tempo. ECA/USP, 1994

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Bibliotecas Alternativas – propostas, práticas ou teóricas, que visam alterar, modificar, transformar os trabalhos, as atividades, as posturas, as idéias das Bibliotecas Públicas tradicionais. OFAJ. Bibliografia comentada: Bibliotecas Públicas e Alternativas, 1993

Os movimentos sociais têm sido protagonistas de uma história que, no Brasil, cada vez mais ganha uma dimensão fundamental na compreensão do que acontece em termos de leitura. (...) Eles ganham em qualidade porque dependem de uma sintonia permanente com a população e se inspiram na articulação coletiva e independente de projetos movidos pela vontade de pessoas e pela ação e comprometimento de instituições assumidamente sociais. BANDEIRA, Carminha et al. Política de leitura: qualidade que não pode mais esperar. Olinda: Centro de Cultura Luiz Freire, 2000

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MACHADO, Elisa. Bibliotecas Comunitárias como prática social no Brasil. ECA/USP, 2008.

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+ 8800 espaços de leitura do Programa Arca das Letras (MDA)+/- 1200 bibliotecas em Pontos de Cultura (MinC)

10.000 Bibliotecas Comunitárias no Brasil(100 – Levantamento Inicial em São Paulo)

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[Dados dos Pontos de Leitura, premiados em 2008]

• empréstimo de Livros / contação de histórias: 82%• oficinas de Literatura / produção textual: 57%

• 44% tem autore(a)s mas apenas 23% produzem obras

[Dificuldades Aferidas na rede dos Pontos de Leitura, premiados em 2008]

LABREA, Valéria. Cartografia da cadeia criativa do livro: subsídios para uma política pública. UNESCO, 2011

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‘Gênese na Educação Popular’

Movimento de Cultura Popular [dec. 60] - Praças de Cultura

Deveriam desenvolver na comunidade a compreensão do binômio diversão-educação e enfatizar o papel de leitura como divertimento. [...] Às bibliotecas caberia educar o gosto estético, iniciar quanto ao emprego de livros de referência, orientar em relação à elaboração de resumos, condensações, compilações e fichas, estimular o desenvolvimento da vocação de escritores, valorizando, sobretudo, a literatura infanto-juvenil. No concernente aos adultos,as Bibliotecas pretendiam vir a ser centros de audiência sobre temas educativos.

ROSAS, Paulo. O movimento de cultura popular – MCP. In.: XXXII Reunião Anual da SBPC, 1980

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Biblioteca Popular da Campanha de Pé no Chão se Aprende a Ler, Natal/RN, 1962

‘Projeto Multidimensional de Superar o Desenvolvimento’ - MCP, MEB, CPC etc

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MORADORES CANSADOS DE ESPERAR: A EDUCACAO COMUNITARIA EM RECIFE

Brasil: + 7.000 Escolas Comunitárias / + 70.000 alunos (Rio de Janeiro, Belém, São Luís, Recife) [CEDI, 1989]

CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE. Escolarização básica nas camadas populares da Região Metropolitana do Recife. Olinda: CCFL, 1993

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‘PRINCÍPIOS’

ESCOLAS COMUNITÁRIAS

OFICINAS DE LEITURA – Aprendendo a Gostar de Ler (CCLF / UFPE)

1) O principio da organização das camadas populares em luta pelos direitos mais elementares da cidadania (no caso, a luta pelo acesso a escolarização);

2) O principio da unidade na diversidade, que também pode ser considerado como principio da convivência democrática ou do respeito as diferenças;

3) O principio da autonomia da gestão;4) O principio da relação com a cultura popular, abrangendo seus múltiplos aspectos

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PROGRAMA MANUEL BANDEIRA DE FORMACAO DE LEITORES(Gerência de Biblioteca & Formação de Leitores)

Instituição das ‘Professoras de Biblioteca’

Equipe Interdisciplinar de Mediadores de Leitura

Revitalização de Bibliotecas Escolares – lugar de convívio e desenvolvimento da expressão

Formação Continuada – Parcerias com a Universidade

Doação de Obras ‘Personalizada’

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Programa Prazer em Ler

PPL: programa capaz de mobilizar o voluntariado

Auxiliar o ‘dominio da leitura’ (‘Contribuir na Formacao de Leitores’)

Desenvolver o gosto da leitura por meio de acoes continuadas e sustentaveis, atuando de forma estrategica na articulacao com distintos agentes envolvidos na area.

• Perspectiva da leitura como processo de construcao de significados;• Perspectiva da leitura literaria;

• Perspectiva Social da Leitura, como processo de construcao da cidadania.

4 EIXOS: Gestao, Espaco, Acervo & Mediacao[2 em implantacao: Comunicacao & Incidencia em Politicas Publicas]

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Releitura: nascimento em 2008cerca de 4500 pessoas atendidas

Composta originalmente por 4 bibliotecas, expandiu-se para 7, e hoje conta com 11 membros

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DO INSTITUTO PERÓ JABOATÃO DOS GUARARAPES

Formação Complementar dos Mediadores

Grupos Focais por Faixas Etárias

Baú da Leitura (BC nas Escolas)

‘Que Chita Bacana’ (Premio VivaLeitura)

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DA CRECHE LAR MEIMEI OLINDA

Fonoaudiólogo para Acompanhamento Leitor

Amplo Trabalho com Cordel

Integração com Projeto Pedagógico da Creche

Espaço amplamente decorado

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA OS BRAVISTASOLINDA

Customização do Ambiente(Parede ‘Espalmada’)

Atividades ao Ar Livre (Festivais de Leitura)

Ênfase em Poesia

‘4 Cantos do Conto’

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA MULTICULTURAL NASCEDOUROOLINDA / RECIFE

Matadouro / Nascedouro [Refinaria Cultural]

‘A partir da cultura o bairro pode nascer de novo’ (Gabriel Santana)

Administração por Colegiado

Trabalhos com Música & Poesia

‘Folhetins Poéticos’

Anuncicletas

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BIBLIOTECA COMUNITÁRIA CEPOMARECIFE

Arte Popular como Atividade Lúdica – Escrever / Ler / Pintar

Maracatu Nação Ere

Malas de Leitura & Rodas de Leitura – atividades externas

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BIBLIOTECA POPULAR DO COQUERECIFE

Resgate de Memórias, realizada com as mães da comunidade

Dia da Beleza – ‘todo mundo bonitinho’

Encontros Temáticos / Urso Leitor

Malas de Leitura

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BIBLIOTECA POPULAR CARANGUEJO TABAIARESRECIFE

Atividades Publicas com Ampla Divulgação – ‘Semana do Conto’

Ambiente de Partilha no Planejamento de Atividades

Vinculo Formal com Escola [Programa Mais Educação – MEC]

Parcerias Internacionais (Nantes, Franca) & Nacionais

(ETAPAS, SEBRAE, FCAP, PMBFL..)

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BC Amigos da Leitura & Livroteca Brincante do Pina

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Sistematização Parcial: Demandas da Releitura

Necessidade de reconhecimento quanto aos públicos (e ao ‘não-público’) das bibliotecas, e de suas demandas;

Estímulo a divulgação de material produzido pela Releitura e suas componentes;

Fortalecimento da infra-estrutura tecnológica e capacitações específicas em ferramentas estratégicas, do ponto de vista técnico e pedagógico;

Estruturação de um sistema para catalogação facilitada dos materiais, visando o uso dos acervos em rede; [OPAC BIBLIVRE]

Criação de um canal favorecendo a relação e troca de experiências sobre a sustentabilidade de projetos comunitários de leitura.

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Perspectivas para a Releitura

Estudo Sistematizado de Comunidades (Informações Históricas; Demográficas; Geográficas; Educativas; Socio-econômicas; Culturais e Informacionais; Políticas & Legais)

VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Bibliotecas públicas e mudança social: a contribuição do desenvolvimento de coleções. ECA/USP, 1990.

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Perspectivas para a Releitura [acompanhamento de indicadores urbanos]

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2013: Gestão Coletiva da Rede

GT de Incidência Política – Fábio (Amigos da Leitura) e Rogério (Multicultural Nascedouro)GT de Formação – Rodrigo (Peró) e Flávia (Lar Meimei)GT de Eventos e Mobilização –Betânia (BP Coque), Reginaldo (Caranguejo Tabaiares) e Selma (Os Bravistas-Shekiná)GT de Comunicação – Flávio (Amigos da Leitura), Isamar (Cepoma) e Sulamita (Assessora de Comunicação)GT de Gestão Compartilhada – Flávio e Isamar

Reativação do Fórum Pernambucano em Defesa das Bibliotecas, do Livro e da Leitura

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O papel do educador não é, pois, chegar ao nível dos movimentos sociais com teorias a priori para explicar as práticas que ali ocorrem, mas sim

descobrir os elementos teóricos que brotam da prática. FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização – leitura do mundo /

leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1990

Inscrever a leitura no contexto das necessidades das pessoas é postulá-la em dois âmbitos: no da sobrevivência imediata, da defesa dos direitos, da possibilidade de participação consciente nos destinos de sua comunidade

e no futuro do pensamento, do pensamento divergente e reflexivo, do pensamento que busca significações.

CASTRILLON, Silvia. O Direito de Ler e Escrever. SP: Pulo do Gato, 2011

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Conclusão

Carentes de um órgão ou associação que lhes dê representatividade enquanto um grupo além da realidade local, as Bibliotecas Comunitárias devem ter como uma de suas ações o estabelecimento contínuo de alianças que não comprometam sua autonomia, mas que permitam seu desenvolvimento, fortalecendo seus esforços em prol da leitura nos meios populares, entendida efetivamente como um direito social a ser conquistado.

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REFERÊNCIAS (algumas)

ALMEIDA JUNIOR, Oswaldo Francisco de. Bibliografia comentada: Bibliotecas Públicas e Alternativas. In. : Rev. Bras. Bibliotecon. e Doc., São Paulo, v. 26, n. 1/2, 1993, p. 115-127. BANDEIRA, Carmen Lúcia Bezerra. A leitura e o direito à educação de qualidade: lições das Oficinas de Leitura. In. [Observatório da Educação e da Juventude]. Políticas e práticas de leitura no Brasil. São Paulo: Ação Educativa, 2003BANDEIRA, Carmen Lúcia Bezerra; ROSA, Ester Calland de Sousa; BRANDÃO, Maria Solange (org.). Programa Manuel Bandeira de Formação dos Leitores: uma política de leitura na Rede Municipal de Ensino do Recife. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2009BANDEIRA, Carmen Lúcia; JOSEFA, Delma; CALLAND, Ester; FERNANDEZ, Cida (coords.); PEREIRA, Luzete (cons.). Política de Leitura: qualidade que não pode mais esperar (ou qualidade cansada de esperar?). Olinda: CCFL, 2000BANDEIRA, Carmen Lúcia Bezerra. (Depoimento). In. Colóquio sobre a política de formação de profissionais da educação no estado de Pernambuco. São Paulo: Ação Educativa, 1998 (Série Debates, 6)BANDEIRA, Carmen Lúcia Bezerra. O movimento das Escolas Comunitárias de Olinda / Recife. In. GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (org.). Educação de Jovens e Adultos – teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez Educativa, Instituto Paulo Freire, 1995.CASTRILLON, Silvia. O Direito de Ler e Escrever. São Paulo: Ed. Pulo do gato, 2011.CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE. Escolarização básica nas camadas populares da Região Metropolitana do Recife. Olinda: CCFL, 1993CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE.Uma Estratégia de Sobrevivência Escolar na Região Metropolitana do Recife. Olinda: CCFL, 1994CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE. Oficinas de Leitura Aprendendo a Gostar de Ler: Fundamentos e Sistematização do Método. Olinda: CCLF, 1994.FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo. Alfabetização – leitura do mundo / leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1990.GOÉS, Moacyr de. De pé no chão também se aprende a ler (1961 – 1964) – uma escola democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.INSTITUTO C&A. Prazer em Ler: 3 anos. Barueri: Instituto C&A, 2009.LABREA, Valéria Viana. Cartografia da cadeia Criativa do Livro: subsídios para uma política pública. Brasília: DLLL / MinC; UNESCO, dez./2011MACHADO, Elisa Campos. Bibliotecas Comunitárias como prática social no Brasil. Tese de Doutorado. ECA/USP, 2008.OLIVEIRA, Zita Catarina Prates de. A Biblioteca ‘fora do tempo’: políticas governamentais de Bibliotecas Públicas no Brasil, 1937-1989. 1994. Tese (Doutorado em Ciência da Comunicação), ECA/USP, 1994.PREFEITURA DO RECIFE – SECRETARIA DE CULTURA. Plano Municipal de Cultura do Recife 2009 – 2019. Recife: Prefeitura..., 2008.ROSAS, Paulo. O movimento de cultura popular – MCP. In.: XXXII Reunião Anual da SBPC, 1980. (mimeo.)SPOSITO, Marília Pontes; RIBEIRO, Vera Masagão. Escolas Comunitárias: contribuição para o debate de novas políticas educacionais. São Pulo: CEDI – Centro Ecumênico de Documentação e Informação, 1989.VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Bibliotecas públicas e mudança social: a contribuição do desenvolvimento de coleções. Tese de Doutorado em Ciências da Comunicação, ECA/USP, 1990.

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palavra-mundoOlha, escuta!

Antes de tudo a palavra foi vozPerceba que há bocas em luta e nós

Estando entre estantes não estamos sósA luta cá dentro foi começada lá fora

Humanos conflitos ressoam nos escritosE a hora de agir é agora

Escuta, olha!

Transformar o que existe será sempre o moteDos que vislumbram nas letras outro norte

Reescrevendo memóriasDesdizendo estórias

Reinventando tradiçõesMassacrando essa traição

Do não saber escutar ou olhar

o outroà margem

do Ler

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