Re Vista Comunica r 59

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Ano XIII – Número 59 – Outubro/Dezembro de 2013 Revista Comunicar: do impresso ao eletrônico SUS 25 anos, como a Fonoaudiologia está inserida na saúde pública

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revista de Fonoaudiologia

Transcript of Re Vista Comunica r 59

  • Ano XIII Nmero 59 Outubro/Dezembro de 2013

    Revista Comunicar: do impresso ao eletrnico

    SUS 25 anos, como a

    Fonoaudiologia est inserida na sade pblica

  • 2sumrio

    As matrias da revista Comunicar so de responsabilidade de seus respectivos Conselhos, conforme listado acima.

    CFFa

    4 Fonoaudiologia: 25 anos contribuindo para o avano do SUS

    6 Conselho Federal de Fonoaudiologia 30 anos de histria

    7 Revista Comunicar mais moderna e sustentvel

    CREFONO 1

    8 Representantes Municipais: pelo crescimento da Fonoaudiologia no interior do RJ

    10 Pesquisa define quem , onde est e quais as expectativas do fonoaudilogo do Rio de Janeiro

    CREFONO 2

    12 Uso da tecnologia digital na Fonoaudiologia

    14 Sade auditiva em discusso no estado de So Paulo

    15 I Frum Brasileiro de Direitos Humanos e Sade Mental

    CREFONO 3

    16 Reflexes e prticas sobre Fonoaudiologia escolar

    18 O uso do Mtodo dos Dedinhos como auxiliar no desenvolvimento morfossinttico da criana com Sndrome de Down

    CREFONO 4

    20 Veja como montar um sindicato ou associao de Fonoaudiologia no seu estado ou municpio

    22 Teste da linguinha vira lei no estado da Paraba

    CREFONO 5

    24 Aula inaugural da primeira turma de Fonoaudiologia da UnB conta com a presena do CREFONO 5

    25 Implementao de ncleo ajudar no sistema de educao e ensino de Palmas ainda este ano

    27 Intercambio entre USP Bauru e UniNorte Manaus

    CREFONO 6

    28 Processamento auditivo entra no rol dos procedimentos cobertos por planos de sade

    30 CREFONO 6 leva Reunio Aberta aos quatro cantos do Regional

    31 Esprito Santo ganha Dia Estadual da Voz

    CREFONO 7

    32 CREFONO 7 promove o 1 Seminrio de Fonoaudiologia e Alfabetizao

    33 Pioneirismo Gacho: Frum dos Conselhos do RS se torna Sociedade Jurdica

    34 Inteligncia emocional e o sucesso profissional

    CREFONO 8

    36 Trabalho de fonoaudiloga premiado em Congresso de Cirurgia Baritrica

    37 Como o CREFONO 8 ensina a Fonoaudiologia

  • Ao completar 30 anos, novas tecnologias impem desafios ao CFFa

    Essa edio da Revista Comunicar j est marcada na histria da co-municao do Conselho Federal de Fonoaudiologia, pois alm de tratar de as-suntos como os 25 anos do SUS e dos 30 anos de criao do CFFa, tambm marca o incio de um novo modelo de gesto de comunicao. Um gerenciamento atento s novas tecnologias da informao e preocupao mundial com a sustentabi-lidade do planeta.

    A partir de 2014, a Revista Comunicar passa a ser distribuda no formato digital, isso vai corresponder preservao de 180 rvores a cada edio da publicao. Alm de colaborar com a preservao do meio ambiente, isso vai resultar em consi-dervel economia financeira e adaptao s novas formas de se fazer jornalismo.

    importante lembrar que a revista no vai acabar, no isso. A Fonoaudio-logia vai continuar divulgando as prin-cipais notcias da profisso, mas agora a Revista Comunicar vai chegar casa dos leitores por meio da tela do computador e dos dispositivos mveis. a era digital que bate a nossa porta, e no vamos ficar alheios s novas tecnologias.

    Como se trata de uma edio mais que especial, trazemos tambm o registro dos 30 anos do Conselho Federal de Fo-noaudiologia, relembrando os primeiros

    anos de criao do Conselho, a luta pela regulamentao da profisso, as conquis-tas da categoria e os novos desafios que se apresentam.

    Ao mesmo tempo que o CFFa faz aniversrio, o Sistema nico de Sade marca seus 25 anos. Em uma campanha no apenas comemorativa, mas tambm a favor da sade pblica. Trazemos uma matria com a anlise da Fonoaudiologia sobre os avanos obtidos para a popula-o e destacamos o trabalho do controle social na luta por melhores condies de assistncia sade.

    Os Conselhos Regionais tambm trazem a cobertura dos ltimos eventos, estudos e acontecimentos da Fonoau-diologia em todo pas. Boa leitura, e at a prxima edio, mas dessa vez adotando prticas sustentveis e aumentando nos-so conhecimento tecnolgico.

    Bianca QueirogaPresidente do CFFa

    editorial

    A revista Comunicar agora pode estar no seu smartphone. Para acessar o contedo, seu aparelho precisa ter cmera fotogrfica, acesso internet e um aplicativo para decifrar o QR code. Com todos esses requisitos, basta aproximar a cmera da figura ao lado e esperar que o aplicativo leia o smbolo. Pronto! Voc poder guardar as edies da revista. Comunicar e compartilhar com quem quiser.

    CFFa

    4 Fonoaudiologia: 25 anos contribuindo para o avano do SUS

    6 Conselho Federal de Fonoaudiologia 30 anos de histria

    7 Revista Comunicar mais moderna e sustentvel

    CREFONO 1

    8 Representantes Municipais: pelo crescimento da Fonoaudiologia no interior do RJ

    10 Pesquisa define quem , onde est e quais as expectativas do fonoaudilogo do Rio de Janeiro

    CREFONO 2

    12 Uso da tecnologia digital na Fonoaudiologia

    14 Sade auditiva em discusso no estado de So Paulo

    15 I Frum Brasileiro de Direitos Humanos e Sade Mental

    CREFONO 3

    16 Reflexes e prticas sobre Fonoaudiologia escolar

    18 O uso do Mtodo dos Dedinhos como auxiliar no desenvolvimento morfossinttico da criana com Sndrome de Down

    CREFONO 4

    20 Veja como montar um sindicato ou associao de Fonoaudiologia no seu estado ou municpio

    22 Teste da linguinha vira lei no estado da Paraba

    CREFONO 5

    24 Aula inaugural da primeira turma de Fonoaudiologia da UnB conta com a presena do CREFONO 5

    25 Implementao de ncleo ajudar no sistema de educao e ensino de Palmas ainda este ano

    27 Intercambio entre USP Bauru e UniNorte Manaus

    CREFONO 6

    28 Processamento auditivo entra no rol dos procedimentos cobertos por planos de sade

    30 CREFONO 6 leva Reunio Aberta aos quatro cantos do Regional

    31 Esprito Santo ganha Dia Estadual da Voz

    CREFONO 7

    32 CREFONO 7 promove o 1 Seminrio de Fonoaudiologia e Alfabetizao

    33 Pioneirismo Gacho: Frum dos Conselhos do RS se torna Sociedade Jurdica

    34 Inteligncia emocional e o sucesso profissional

    CREFONO 8

    36 Trabalho de fonoaudiloga premiado em Congresso de Cirurgia Baritrica

    37 Como o CREFONO 8 ensina a Fonoaudiologia

    SISTEmA DE CONSElhOS FEDERAl E REgIONAIS DE FONOAUDIOlOgIA

    CFFA 11 COlEgIADOgesto Abril 2013 a Abril de 2016

    Presidente: Bianca Arruda manchester de Queiroga Vice-Presidente: maria Cecilia de moura

    Diretora-Secretria: Solange Pazini Diretor-Tesoureiro: Jaime luiz Zorzi

    Assessora da Comisso de DivulgaoSuzana Campos mTB 4390527

    CONSElhOS REgIONAISgesto Abril 2013 a Abril de 2016

    CRFA 1 REgIOPresidente: lucia ProvenzanoVice-Presidente: mnica Karl

    Diretora-Secretria: Katia SantanaDiretora-Tesoureira: Vanessa Jurelevicius

    CRFA 2 REgIOPresidente: Thelma Regina da Silva Costa

    Vice-Presidente: Sandra m Freitas murat P. SantosDiretora-Secretria: monica Petit madrid

    Diretora-Tesoureira: Silvia Tavares de Oliveira

    CRFA 3 REgIOPresidente: Francisco Pletsch

    Vice-Presidente: Josiane BorgesDiretora-Secretria: Jozlia Duarte B. P. Ribas

    Diretor-Tesoureiro: Celso g. dos Santos Jnior

    CRFA 4 REgIOPresidente: Sandra m Alencastro de OliveiraVice-Presidente: Silvia Damasceno BenevidesDiretora-Secretria: mercia m Quintino Silva

    Diretora-Tesoureira: Viviany Andrea meireles Alves

    CRFA 5 REgIOPresidente: Silvia maria Ramos

    Vice-Presidente: Viviane Castro de ArajoDiretora-Secretria: Caroline Silveira DamascenoDiretora-Tesoureira: Eliana Sousa da C. marques

    CRFA. 6 REgIOPresidente: Rafaela linhares Taboaba gorza

    Vice-Presidente: Paula garibaldi SantosDiretora-Secretria: Thas moura Abreu e Silva

    Diretora-Tesoureira: Joana Isabel D. de C. Penayo

    CRFA. 7 REgIOPresidente: marlene Canarim DanesiVice-Presidente: luciana Kael de S

    Diretora-Secretria: Ndia m lopes de lima e SilvaDiretora-Tesoureira Daniela Zimmer

    CRFA. 8 REgIOPresidente: Charleston Teixeira Palmeira

    Vice-Presidente: Ana m da Costa dos S. ReisDiretora-Secretria: Fernanda mnica de O. Sampaio

    Diretora-Tesoureira: lia m Brasil de S. Barroso

    REVISTA COmUNICAR PRODUO EDITORIAl

    SAUS Quadra 5 Bloco N lote 2 Edifcio OAB 10. andar Asa Sul Braslia/DF CEP 70070-913

    Tel.: (61) 3208 1155 Fax: (61) 3208 1100www.icomunicacao.com.br

    Jornalista Responsvel Suzana Campos mTB 4390527/PREdio Suzana Campos

    Projeto grfico Ana helena meloFoto da capa Suzana Campos

    Reviso e diagramo i-Comunicao

    ImPRESSOPlural Editora e grfica ltda.

    TIRAgEm45.000 exemplares

    PARA ANUNCIARTel. (0 ** 61) 3322-3332

    E-mail: [email protected] entrar em contato com a revista Comunicar:

    SRTVS Qd. 701, Ed. Palcio do Rdio II Bl. E, Salas 624/630 Tel. (0 ** 61) 3322-3332

    3321-5081/3321-7258 Fax (0 ** 61) 3321-3946e-mail: [email protected]

    Site: www.fonoaudiologia.org.br3

    Arquivo CFFa

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    CFFa

    Fonoaudiologia: 25 anos contribuindo para o avano do SUS

    Balano desses 25 anos mostra avanos diretos populao e aponta entraves que precisam ser resolvidos para pleno funcionamento do Sistema nico de Sade

    Arquivo CFFa

    Suzana Campos

    Reprter

    Desde que foi criado a partir da Constituio de 1988, a Unio, Estados e municpios oferecem de forma integrada o maior sistema de atendimento de sade pblica do mundo, estamos falando do Sistema

    nico de Sade (SUS). Um balano re-alista desses 25 anos mostra avanos inimaginveis que merecem o reco-nhecimento da sociedade e das insti-tuies ligadas sade, e ao mesmo tempo coloca em discusso deficin-cias oramentrias e estruturais que precisam ser revistas.

    Em um pas de grandes dimen-ses continentais e com grandes dis-

    paridades econmicas e sociais, as-segurar a 200 milhes de brasileiros o direito sade de forma integral, igualitria e gratuita tarefa rdua. Por esta razo, ainda no podemos falar de um sistema perfeito, mas te-mos boas razes para comemorar o 25 aniversrio do SUS.

    Entre as conquistas desses 25 anos de histria, podemos destacar, por exemplo, o Programa de Sade da Famlia, o de Tratamento gratuito de hIV/AIDS, reduo ao tabagismo, polticas voltadas sade de crian-as, adolescentes e jovens, sade da mulher, sade da pessoa idosa, entre tantos outros.

    Em entrevista revista Comu-nicar, a conselheira federal Denise Torreo, que tambm a represen-tante da Fonoaudiologia no Conse-lho Nacional de Sade (CNS), faz um balano positivo desses 25 anos e j de incio sentencia: O SUS deve ser defendido como poltica de Estado, e no de governo. O SUS no um pro-grama transitrio, uma conquista do cidado, e precisa ser entendido como direito universal adquirido e, portanto, cotidianamente defendido por todos, inclusive por aquelas pes-

    Manifestantes reivindicam urgncia na anlise do PLP n 321/2013, que requer 10% da receita bruta da Unio para a sade pblica, projeto tem apoio da Fonoaudiologia

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    CFFa

    Lanada em abril de 2013, a cartilha pode ser baixada pelo site do CFFa

    Arquivo CFFa

    soas que tem a falsa impresso que no precisam do SUS, considera.

    Na mesma linha de raciocnio, a presidente do CNS, maria Socorro de Souza, explica que todos os brasileiros so diretamente atendidos pelo Sis-tema, pois o SUS no s assistncia mdico hospitalar. Basta olhar a co-bertura de vacinas oferecidas, os aten-dimentos de urgncia e emergncia do Samu, distribuio de medicamen-tos, at a quebra de patentes de rem-dios e monitoramento da qualidade da gua so coberturas oferecidas pelo Sistema nico, enumera.

    Ainda assim, o SUS enfrenta s-rios problemas oramentrios, e o financiamento governamental s ofertas de plano de sade privados tem sido alvo de crticas ao governo. Diante dessa realidade, maria Socor-ro alerta que preciso que o legis-lativo analise com urgncia o PlP n 321/2013, que tem o apoio da Fono-audiologia e que requer a destinao de 10% da receita bruta da Unio para a sade pblica. Foi unssono o grito por sade vindo das manifesta-es populares de 2013 e ns temos ainda o respaldo de mais de dois mi-lhes de assinaturas. Essa tramitao precisa ocorrer em carter de urgn-cia e o governo precisa estar atento a todo esse movimento, sentencia a presidente do CNS.

    FonoaUdiologia no SUSA capilaridade da Fonoaudiolo-

    gia no SUS tambm tem vrios desa-fios a serem vencidos, principalmen-te no que se refere Ateno Bsica. Conforme anlise da presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Bianca Queiroga, a insero do fono-audilogo nas equipes multidiscipli-nares dos programas que compem esse nvel de ateno sade ainda

    um ponto de luta da categoria. na ateno bsica que o pa-

    ciente, se verificada a necessidade, encaminhado para servios de maior complexidade. a porta de entrada do sistema, local em que muitas vezes um problema de alta complexidade prevenido. Por isso a necessidade de mais valorizao e estruturao a par-tir dos municpios, aponta.

    O reconhecimento da necessi-dade do trabalho do Fonoaudilogo, desde a ateno bsica especializa-da, cresceu juntamente com SUS. Ago-ra, como aponta a presidente do CFFa, preciso consolidar essa parceria em mais contrataes de fonoaudilogos para atuarem nos programas de sade e valorizarem cada vez mais os cargos de gesto exercidos por eles.

    PolticaS PBlicaSAlm de polticas pblicas con-

    quistadas pela categoria, a exemplo do Teste da Orelhinha, regulamen-tado pela lei n 12.303/2010, outras prescindem do trabalho do Fonoau-dilogo em um atendimento multi-profissional de qualidade, so eles: Ncleos de Apoio Sade da Fam-lia (Nasf); Programa Sade na Escola (PSE); Servio de Ateno Domiciliar (SAD); Centro de Ateno Psicosso-cial (CAPs); Centro Especializado em Reabilitao (CER); Centro de Re-ferncia em Sade do Trabalhador (Cerests). Temos ainda mais exem-plos: Programas de Ateno Inte-gral Sade da Criana, Sade de Adolescentes e Jovens, Programa de Sade do Idoso, Rede de Cuidados Pessoa com Deficincia, Poltica de Sade do Trabalhador e da Tra-balhadora, Poltica de Sade mental, Programa de Sade Bucal, Diretrizes Brasileiras da Triagem Auditiva Neo-natal no mbito do SUS entre outros.

    Ampliar, destinar recursos e ope-racionalizar essas polticas pblicas ainda so entraves a serem vencidos para o pleno funcionamento do SUS. Para isso o Sistema de Conselhos Fe-deral e Regionais de Fonoaudiologia reeditou uma cartilha com as Con-tribuies da Fonoaudiologia para o avano SUS, que est disponvel no portal do CFFa, menu Imprensa> guias e manuais.

    Outra recente publicao editada que vem de encontro aos referenciais que norteiam o SUS o folder Fono-audiologia em suas mos, uma forma encontrada pelo CFFa para incentivar o profissional a se apropriar de espa-os que exeram o Controle Social como os conselhos de sade e edu-cao em suas trs esferas de atuao.

    h muitos frutos para se come-morar nesses 25 anos do Sistema nico de Sade, mas h muito mais a se conquistar para que o iderio so-bre o qual o SUS foi criado seja defini-tivamente honrado: um atendimento de sade que garanta Universalida-de, Integralidade e Equidade.

  • CFFa

    Conselho Federal de Fonoaudiologia 30 anos de histriaSuzana Campos

    Reprter

    Aos nove dias do ms de maro do ano de mil no-vecentos e oitenta e trs, perante o Excelentssimo Senhor ministro do Trabalho, Doutor murillo macdo, compareceram para a so-lenidade de posse nos cargos para que foram designados pela portaria gm 3017, de 02 de maro de 1983, pginas 3.462/63, os senhores mem-bros do Conselho Federal de Fono-audiologia, criado pela lei 6965, de 09 de dezembro de 1981[...]

    h 30 anos foi redigida a primeira ata de posse dos membros efetivos do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa). Esta histria tem vrios cap-tulos e resumir os 30 anos de atuao dos mais de 37 mil fonoaudilogos re-gistrados no Sistema de Conselhos de Fonoaudiologia, seria quase imposs-vel, mas no podemos deixar de regis-trar essa data to importante.

    Os primeiros anos que se segui-ram criao do CFFa foram marca-dos pela organizao e estruturao do Conselho e pelo intenso trabalho de reconhecimento dos fonoaudi-logos que requeriam o registro profissional. Alm da conquista de espao e regulamentao da pro-fisso, lembro que esse era um tra-balho exaustivo, recorda Neyla lara Arroyo mouro, membro do 1 cole-

    giado do CFFa, referindo-se con-cesso de registros.

    A dedicao profisso e o orgu-lho de lutar e contribuir pela Fonoau-diologia fez com que Neyla, aps 30 anos de criao do CFFa, esteja pre-sente novamente no atual colegiado como conselheira titular do CFFa. Ela conta, entre as lembranas dos anti-gos endereos da sede do Conselho, que a regulamentao da profisso, com a instalao do Conselho Federal em 1983, definiu no s as formas de registro, mas tambm as condies de formao e as reas de atuao do fo-noaudilogo, hoje compreendidas em sete especialidades: Audiologia; Disfa-gia; Fonoaudiologia Educacional; lin-guagem; motricidade Orofacial; Voz e Sade Coletiva.

    hoje, 30 anos depois, ao recordar um pouco da construo e consoli-dao da Fonoaudiologia, enquanto profisso, possvel compreender as atuais frentes de trabalho do Conse-lho. E, por mais que o tempo passe, a construo se modifica e se ajus-ta, pois novos desafios vo se apre-sentando. Vejo isso no dia a dia. a constncia do tempo e a consolida-o enquanto categoria profissional, completa Neyla mouro.

    A presidente do atual colegiado do CFFa, Bianca Queiroga, acompa-nhou uma boa parte dessa histria de perto e testemunha da luta pelo reconhecimento da profisso. hoje somos reconhecidos como uma im-

    portante rea da cincia da sade, mas para alcanar esse patamar foram mui-tos anos de trabalho e estudo que nos antecederam e possibilitam hoje con-tar com um Conselho estruturado e atuante, relata e continua enumeran-do algumas competncias da entida-de: Temos a preocupao com a for-mao profissional, com a defesa dos direitos da categoria e tambm com a qualidade do atendimento oferecido populao, resume.

    Ao longo de todo esse tempo a insero profissional se modificou. A profisso ganhou espao, ampliou sua atuao e teve seu reconhecimento no SUS. hoje a Fonoaudiologia est inserida em vrias polticas pblicas de sade e educao e ainda luta pela im-plementao de outros espaos.

    A categoria tambm conquis-tou assento no Conselho Nacional de Sade na representao de en-tidades de profissionais de sade, assim como nos Conselhos muni-cipais e Estaduais de Sade. Con-quistou tambm a sano da lei Federal n 12.303, de 2 de agosto de 2010, conhecida como lei do Teste da Orelhinha. Atualmente, acompa-nha a tramitao de projetos de lei como por exemplo: Sade Vocal do Professor, Sade Auditiva e o Pl das 30 horas para a Fonoaudiologia, que se apresentam como desafios para a construo dos prximos anos de histria e lutas do Conselho Federal de Fonoaudiologia.

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  • CFFa

    Revista comunicar mais moderna e sustentvelSuzana Campos

    Reprter

    Aps 13 anos levando ao Fo-noaudilogo os principais acontecimentos sobre a Fonoaudiologia no Brasil, a Revista Comunicar se despede, nesta edi-o, das pginas impressas para assumir de fato seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e com as novas tecnologias de in-formao, migrando das pginas de papel para as telas dos computado-res e dispositivos dos mveis.

    A presidente da Comisso de Divulgao do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Ana Cristina mon-tenegro, tranquiliza os leitores da Revista Comunicar dizendo que a publicao no vai deixar de existir. Apenas passa a ser 100% digital e continua reunindo as informaes de todos os Conselho Regionais, mas agora de forma mais gil, inte-rativa e customizada, adianta.

    h algum tempo o assunto vem sendo discutido com o Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, e chegou o mo-mento de aperfeioar esse canal de comunicao, com economia nos recursos financeiros e adoo de uma prtica sustentvel com ga-nhos ao meio ambiente. Ao darmos efetividade a esse processo, a Re-vista Comunicar continua cada vez

    mais precisa na forma de levar infor-mao entre a categoria e tambm levando a Fonoaudiologia para os olhos da sociedade, anuncia Bianca Queiroga, presidente do CFFa.

    A tradicional Revista Comuni-car passar a ser desenvolvida para o acesso em todas as plataformas digitais, como computadores e dis-positivos mveis. Para isso cabe-r ao leitor acessar o site do CFFa, www.fonoaudiologia.org.br, baixar o aplicativo e aproveitar os recursos de interao com fotos, vdeos e hi-pertextualidade.

    No ocorrer, nessa migrao, nenhuma alterao na linha edito-rial da Revista. O Sistema de Conse-lhos continua com produo aut-noma e independente de notcias e com a mesma periodicidade. A migrao do impresso para o digi-tal uma tendncia do jornalismo e da era digital que vivemos. Assim, o Sistema de Conselhos Federal e Re-gionais de Fonoaudiologia no vai ficar aqum dessa transformao, uma vez que a forma, o contedo e os recursos disponveis j modi-ficaram a comunicao do Sistema de Conselhos com os profissionais e com a sociedade.

    Redes Sociais Com a nova for-matao da Revista Comunicar, as re-des sociais do CFFa contam com um novo gerenciamento e mais um ca-nal interativo. Alm do site oficial, fan page no twitter e canal no YouTube,

    j est no ar a pgina oficial do Con-selho Federal de Fonoaudiologia no Facebook. Agora, a rede social mais visitada pelos internautas brasileiros conta com as principais informaes da profisso atualizadas e com maior interatividade.

    O CFFa vai se aproximar cada vez mais dos fonoaudilogos, estu-dantes e entidades da sade de for-ma que cada usurio possa acom-panhar as publicaes pelo canal que melhor se adaptar sua rotina. Alm de conferir transparncia e publicidade s aes do Conselho, estar disponvel para o dilogo nas redes sociais aproxima o CFFa dos profissionais, assinala a conselheira federal Viviane Fontes, membro da Comisso de Divulgao do CFFa.

    Siga-nos em nossos canais e encontre as principais notcias, pu-blicaes, cobertura de eventos, pesquisas de opinio e novidades que o Conselho Federal prepara diariamente para voc:

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  • 88

    Rose Maria

    Assessora de Comunicao

    Uma das diretrizes aponta-das pela pesquisa Perfil do Fonoaudilogo do Rio de Ja-neiro (leia matria nas pginas 10 e 11) investir na interiorizao do fonoaudilogo. Ao mesmo tempo, recuperar o processo de eleio para representantes municipais, tornando efetiva e eficaz a atuao desses profissionais em prol da Fo-noaudiologia, uma das metas do 10 Colegiado do CREFONO 1. Isso porque, alm de estimular a atua-o profissional nos municpios do interior, o Conselho Regional da 1 Regio vem se esforando para tra-balhar junto aos municpios, valori-zando a importncia do fonoaudi-logo nas diversas reas de atuao, e para intensificar as parcerias entre as diversas Secretarias municipais e a Fonoaudiologia para a divulgao das campanhas realizadas pelo CRE-FONO 1 e o Sistema de Conselhos.

    Assim, sob coordenao da Co-misso de Interiorizao, o Conselho da 1 Regio promoveu eleio dire-ta para Representante municipal do CREFONO 1 no interior do estado do Rio de Janeiro e cidades limtrofes. A eleio foi conduzida por uma Co-misso instituda para gerir o proces-

    Representantes Municipais: pelo crescimento da Fonoaudiologia no interior do RJ

    so eleitoral, que iniciou-se em 27 de junho. As inscries de candidaturas e divulgao dos nomes dos candi-datos aconteceram em agosto. Os vo-tos, por correspondncia, na modali-dade carta simples, foram recebidos at 20 de setembro. Diferentemente da eleio para o Colegiado do CRE-FONO 1, o voto para Representante municipal no foi obrigatrio e a au-sncia de votao no acarretou mul-ta. Em 30 de setembro foram divulga-

    dos os nomes dos eleitos e a posse se deu em 14 de outubro.

    As novas Representantes so Deusimar Sinestro de lima (CRFa 1 7476), em Angra dos Reis; Adriana l-zia Jardim da Silva (CRFa 1 13802), em Bom Jesus do Itabapoana; Ana Elsia dos Santos gonalves (CRFa 1 12341), em Itagua; Camile moura Palma da Silva (CRFa 1 11190), em mag; Juliana Belo de mendona (CRFa 1 9838), em Niteri; Cntia Bo-

    CREFONO 1

    Da esquerda para a direita: a presidente da Comisso de Interiorizao, Alexandra Bezerra, Camile Moura (Mag), Mrcia Flix (So Gonalo), Cntia Botelho (Queimados), conselheira Andra Michaela (CRFa 1 8182), Juliana Belo (Niteri), Ana Elsia Gonalves (Itagua), a diretora-secretria Ktia Santana (CRFa 1 5399) e a presidente Lucia Provenzano

    RJ

    Divulgaao CREFONO 1

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    telho de Oliveira (CRFa 1 11613), em Queimados; e mrcia Cristina Flix da Silva (CRFa 1 5690), em So gona-lo. Os municpios integram diferentes regies, como Costa Verde, Noroeste Fluminense, Baixada Fluminense e Regio metropolitana.

    Os novos representantes mu-nicipais vm beneficiar a classe e a Fonoaudiologia nos municpios do interior e Regio metropolitana, alm de ampliar o campo de ao do Con-selho, que busca democratizar sua atuao, afirmou Alexandra Bezerra (CRFa 1 6626), presidente da Comis-so de Interiorizao. J lucia Proven-zano (CRFa 1 1700), que deu as boas vindas ao grupo no dia da posse, lem-brou que h muito trabalho pela fren-te e que fundamental que as aes sejam realizadas em parceria e unio. Tudo em prol de uma coletividade, que o conjunto de profissionais e, tambm, a populao, completou a presidente do CREFONO 1.

    mrcia Flix, Representante municipal eleita em So gonalo, informou que seu municpio tem 1 milho e 100 mil habitantes e h muito o que contribuir para melho-rar o atendimento em sade para essa populao, principalmente com a expanso da Fonoaudiologia. Camile moura, de mag, completou: Venho buscar ajuda e ajudar meu municpio, porque em mag a fila de espera em Fonoaudiologia no servi-o pblico leva de 1 a 2 anos.

    Deusimar de lima, que tomou posse em 30 de outubro, admitiu que Angra dos Reis est muito de-sassistida em Fonoaudiologia e que como as profissionais que l atuam no moram na cidade, no h um envolvimento maior com as necessi-dades do municpio. meu objetivo trabalhar para integrar esses profis-

    CREFONO 1

    sionais, unir para fortalecer e buscar-mos avanar, assinalou.

    A conselheira Rosangela men-dona (CRFa 1 2811), membro da Comisso de Interiorizao e de As-suntos Parlamentares, solicitou que todas as representantes busquem se inteirar sobre a participao da Fono-audiologia nos Conselhos municipais de Educao e Sade em sua regio e informou que o CREFONO 1 mem-bro efetivo do Conselho Estadual de Sade. Precisamos criar razes tam-

    bm em outros locais, completou a presidente lucia Provenzano.

    A representante municipal Ana Elsia dos Santos gonalves sabe bem da importncia de seu papel para a comunidade de Itagua. Tanto que seu esforo foi reconhecido pelo poder pblico local: Ana Elsia foi agraciada em 5 de novembro com uma moo de Elogios, na Cmara municipal de Itagua, numa indicao do vereador Abeilard goulart de Souza Filho, pelos relevantes servios prestados.

    Divulgaao CREFONO 1

    Divulgaao CREFONO 1

    Deusimar de Lima tomou posse como representante municipal de Angra dos Reis no final de outubro

    A representante municipal Ana Elsia Gonalves e o pai de uma paciente, na entrega da moo pela Cmara de Vereadores de Itagua

    RJ

  • CREFONO 1

    Rose Maria

    Assessora de Imprensa

    Qual o perfil do fonoaudilogo que atua no Rio de Janeiro? Uma pesquisa para o mes-trado da Universidade Veiga de Al-meida, com a participao direta dos orientadores do estudo, entre eles a fonoaudiloga monica de Britto Pe-reira (CRFa 1 539 6), coordenadora do mestrado em Fonoaudiologia da UVA, se prope a responder a essa pergunta e a delinear diretrizes para futuras aes que possam fortalecer e valorizar a Fonoaudiologia.

    Pesquisa define quem , onde est e quais as expectativas do fonoaudilogo do Rio de Janeiro

    Comunicar: Uma pesquisa que acaba de ser aprovada pelo Mes-trado da UVA traa o perfil socio-econmico do fonoaudilogo no estado do Rio de Janeiro. Quem so os autores?

    Monica de Britto Pereira: Os autores so Bruna mota Rodrigues (CRFa 1 10029, aluna do mestra-do), o neurologista John Van Borsel e monica de Britto Pereira (ambos professores do mestrado e orienta-dores do projeto).

    Comunicar: Este trabalho teve a parceria do CREFONO 1? Como?

    Monica: Na verdade, o trabalho

    foi solicitado a mim pelo CREFONO 1, atravs da ento conselheira Isabel mannarino (CRFa 1 4983). A partir da, montamos um questionrio ele-trnico e todos os fonoaudilogos listados para receber o Dialogando, o informativo eletrnico do Con-selho Regional, foram convidados a participar da pesquisa. No total, 544 fonoaudilogos inscritos no CRFa 1 Regio, cadastrados para o recebimento do informativo, parti-ciparam do estudo. O questionrio em formato eletrnico e disponibi-lizado na pgina do CREFONO 1 na internet era composto dos dados de identificao do fonoaudilogo e 26 perguntas, abordando aspectos como formao continuada, rea de atuao, condies de trabalho e expectativas do fonoaudilogo em relao profisso, entre outros. Comunicar: Entre os objetivos da pesquisa esto conhecer o perfil socioeconmico do fonoaudilo-go por regio do estado do Rio de Janeiro e desenhar a situao de trabalho desses profissionais, fomentando o debate sobre o trabalho em Fonoaudiologia no estado. Isso foi possvel? Quais as principais concluses?

    Monica: Com base na anlise descritiva e estatstica dos resulta-dos, foi possvel traar um perfil do fonoaudilogo no estado do Rio de Janeiro.

    RJ

    A fonoaudiloga Monica de Britto Pereira sugere incentivo para atuao no interior do estado como uma das aes para melhorar o atendimento em Fonoaudiologia no Rio de Janeiro

    Divulgaao CREFONO 1

    1010

  • CREFONO 1

    A categoria formada, em sua maioria, por pessoas do sexo femini-no, tem uma mdia de idade de 37 a 46 anos e com grande concentrao na Regio metropolitana. Audiolo-gia a rea de especializao mais procurada e Fonoaudiologia Educa-cional a rea de atuao mais citada.

    Distribuio geogrfica de fonoaudilogos no estado

    do rio de Janeiro

    regies frequncia Percentual vlido

    Metropolitana 452 83,1

    Costa Verde 08 1,5

    Mdio Paraba 20 3,7

    Centro Sul Fluminense 02 0,4

    Serrana 19 3,5

    Norte Fluminense 18 3,3

    Noroeste Fluminense 13 2,4

    Baixadas Litorneas 12 2,2

    total 544 100,0

    Uma parcela significativa dos profissionais atua na rea como au-tnomo e apenas uma minoria tm at 30 anos de servio. A carga hor-ria de trabalho semanal de 24 a 40 horas, dividida em mais de um lugar e a renda mensal gira em torno de R$ 1.000,00 e R$ 2.500,00.

    A maioria dos fonoaudilogos encontra-se razoavelmente satisfeita com a profisso e ao mesmo tempo v com otimismo seu futuro. O profis-sional que recebe maior remunerao mostrou-se mais satisfeito. Em relao rea de atuao, os que trabalham em sade coletiva so os menos satis-

    feitos e os que atuam em motricidade Orofacial, os mais satisfeitos.

    tipo de Vnculo

    empregatciofrequncia Percentual Vlido

    Privado 8 1,5

    Autnomo ou Contratado 41 7,9

    Filantrpico 5 1,0

    Pblico Municipal 52 10,0

    Pblico Estadual 15 2,9

    Pblico Federal 22 4,2

    Autnomo 145 27,9

    Assalariado 67 12,9

    Proprietrio 20 3,8

    Trabalho voluntrio 34 6,5

    Contrato temporrio 32 6,2

    Liberal sem contrato 64 12,3

    Outro 15 2,9

    total 520 100,0

    Com base nos resultados da pes-quisa, acredita-se que o CREFONO 1 poderia investir em aes que esti-mulem a formao continuada dos fonoaudilogos, haja visto a relao desta varivel com o aumento da renda mensal e da satisfao do pro-fissional. Outras aes tambm pode-riam ser voltadas para o estmulo das outras reas de atuao, diferentes da Audiologia e da Fonoaudiologia Edu-cacional. Alm destas, campanhas que estimulem o fonoaudilogo a atuar no interior do estado tambm poderiam resultar em benefcios mtuos, tanto para os fonoaudilogos, quanto para a

    sua clientela. Outras questes relati-vas multiempregabilidade, dificul-dade de credenciamento em conv-nios de sade e grande variao na renda provavelmente levam a um baixo grau de satisfao do fonoau-dilogo do Rio de Janeiro com a sua profisso.

    Comunicar: Quais diretrizes de aes a curto, mdio e longo pra-zos o trabalho aponta, de forma a melhorar a atuao fonoaudiol-gica no estado?

    Monica: Investir na formao continuada, uma vez que constata-mos que esta varivel est diretamen-te ligada ao aumento da renda. Isso poderia colaborar na reduo da mul-tiempregabilidade. Outro aspecto importante seria o de investir na inte-riorizao do fonoaudilogo, ou seja, estimul-lo a trabalhar no interior do estado, aonde temos carncia de profissionais. Precisamos tambm de mais empregos fixos e batalhar para o aumento dos rendimentos da classe.

    Comunicar: Quais atores devem trabalhar em parceria para mudar ou aprimorar o cenrio da Fono-audiologia hoje no Rio de Janeiro?

    Monica: O Conselho Regional junto com os fonoaudilogos do Rio de Janeiro, mobilizando as autorida-des competentes.

    Comunicar: Voc diria que o trabalho define o cenrio atual como bom?

    Monica: Acredito que poderia ser melhor. Por exemplo, no que se refere renda, a situao no sa-tisfatria, uma vez que o fonoaudi-logo precisa ter vrios empregos para conseguir se manter. Isso gera stress e impede que haja tempo para investir na formao continuada.

    RJ

    1111

  • CREFONO 2

    Silmara Rondon Melo

    CRFa 2 17316

    A tecnologia digital est atual-mente inserida no cotidiano das pessoas, por meio do uso de celulares, computadores e vdeo games, para as mais diversas finalidades. Nesse sentido, tem au-mentado o nmero de iniciativas

    Uso da tecnologia digital na Fonoaudiologia

    que abordem o uso de diferentes objetos educacionais mediados por tecnologia digital, nos diferentes n-veis da educao.

    Dentre estes, encontram-se os jogos computacionais. No que se refere formao do profissional da sade, estudos mostram que obje-tos e ambientes educacionais que ofeream alternativas para o desen-volvimento do raciocnio norteado

    para a resoluo de problemas, con-siderando os conhecimentos pr-vios do estudante e sua arquitetura cognitiva, so mais apropriados, pois podem reduzir a demanda cog-nitiva para a memria operacional na formalizao dos novos conhe-cimentos e facilitar a aprendizagem.

    Esses jogos devem conter ca-ractersticas relacionadas contex-tualizao e resoluo de proble-

    Jogos eletrnicos precisam ser explorados de forma coordenada

    Sxc.hu

    SP

    1212

  • CREFONO 2

    SoBRE o aUtoRSilmara Rondon Melo: Doutoranda em Cincias pela Faculdade de medicina da Universidade de So Paulo (FmUSP). Fonoaudilogado Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de medicina da Universidade de So Paulo desenvolveu seu mestrado com base na tecnologia digital. No intuito de verificar a aprendizagem e reteno de conhecimentos em curto e longo prazo, estudou dois mtodos de aprendizagem aplicados a alunos de Fonoaudiologia durante uma disciplina formal de Anatomofisiologia do Sistema miofuncional Orofacial: mtodo interativo (por meio de jogo computacional em formato de quiz contendo figuras pertinentes ao tema) e mtodo tradicional (resumos de aulas tericas associados s figuras pertinentes ao tema). Este estudo foi publicado em peridico arbitrado internacional e encontra-se disponvel nas bases de dados.

    mas, oferecendo ao indivduo diferentes possibilidades de estratgias para alcanar os objetivos preestabelecidos. A capacida-de de resoluo de problemas uma ha-bilidade fundamental para a atuao do fonoaudilogo tanto para a realizao do diagnstico como para o planejamento e a execuo de procedimentos especficos de reabilitao.

    Outra questo a ser cuidadosamente considerada est relacionada ao nmero crescente de aplicativos e jogos compu-tacionais desenvolvidos para fins tera-puticos. Essa nova demanda exige maior conhecimento tcnico-cientfico do fono-audilogo, para que possa avaliar a con-fiabilidade dos contedos e estratgias propostas selecionar as melhores propos-tas, bem como realizar a aplicao mais adequada a cada contexto e patologia a ser tratada.

    O fonoaudilogo que desde sua for-mao inicial adquire competncias para avaliar e utilizar jogos computacionais para fins teraputicos pode tambm pas-sar a desenvolver propostas de criao de novos jogos para sua prtica clnica. Desse modo, entende-se que os jogos educacio-nais computacionais podem ser ferramen-tas importantes e complementares aos mtodos tradicionais de ensino, proporcio-nando uma melhor formao ao fonoaudi-logo e novas possibilidades de atuao profissional diante de novas demandas ge-radas no mercado de trabalho.

    Em geral, a potencial utilizao de jogos computacionais como um recurso complementar para a aprendizagem dos estudantes ainda no tem sido muito ex-plorada no ensino em Cincias da Sade. Por se tratar de uma proposta inovadora, muito desafios precisam ser enfrentados, sobretudo no que se refere ao desenvolvi-mento e aplicao de um tipo de objeto de aprendizagem cuja utilizao ainda distante da realidade e do dia a dia do edu-cador, sobretudo no Ensino Superior.

    SP

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    1313

  • CREFONO 2

    Cibele Siqueira

    CRFa 2 6198

    No dia 19/07/2013 o Conselho Regional de Fonoaudiologia 2 Regio promoveu o II F-rum de Sade Auditiva que reuniu representantes das Secretarias de Sade do Estado e municpio de So Paulo, dos Servios de Sade Audi-tiva e das empresas de aparelhos auditivos, com o objetivo de possi-bilitar discusses entre os diversos

    Sade auditiva em discusso no estado de So Paulo

    atores envolvidos nas polticas atu-ais do ministrio da Sade, relacio-nadas pessoa com deficincia au-ditiva, e elencar questes polmicas e conflitantes, a serem encaminha-das aos gestores que esto frente da implementao das mesmas, nas vrias esferas de governo.

    Na abertura oficial, a Fga. Sandra murat, vice-presidente do 2 Regio, ex-ps os objetivos do evento, com base nas polticas pblicas conceituao, contextualizao, formulao e instru-mentos que as compem. O Frum

    contemplou duas mesas redondas, Polticas Atuais do ministrio da Sade para pessoa com deficincia auditiva e Viver sem limite na Deficincia Audi-tiva sob a tica da gesto. Foi tambm uma oportunidade da Comisso de Orientao e Fiscalizao apresentar as aes que vem realizando desde 2005 junto aos Servios de Sade Auditiva do Estado de So Paulo, tendo como objetivo orientar e fiscalizar o exerccio profissional, visando contribuir para uma assistncia fonoaudiolgica quali-ficada aos deficientes auditivos.

    Os presentes puderam conhecer a realidade dos servios de sade auditi-va no Estado, a partir de palestra pro-ferida pela Dra. Andra Cintra lopes, presidente da Comisso de Sade do Regional, que apresentou o Panora-ma dos Servios de Sade Auditiva do Estado de So Paulo, cujos principais problemas constatados foram: no re-alizao da Triagem Auditiva Neonatal Universal, ou realizada somente em Re-cm Nascidos de risco; falta de equipes multiprofissionais; filas de espera e no realizao de terapia fonoaudiolgica.

    A comisso organizadora avaliou positivamente o evento, por reunir 65% dos servios do Estado, possibili-tar espao para ampla interveno da plateia, em que foram elencados os questionamentos e dvidas sobre Pol-tica atual do ministrio e publicao do novo instrutivo, alm de gerar um do-cumento do Frum, para aes junto ao ministrio da Sade.

    Evento reuniu representantes das Secretarias de Sade do Estado e da cidade de So Paulo

    Divulgao CREFONO 2

    SP

    1414

  • Divulgao CREFONO 2

    CREFONO 2

    i Frum Brasileiro de Direitos Humanos e Sade Mental

    SP

    Elaine Herrero

    CRFa 2 1198

    O Conselho Regional de Fonoau-diologia 2 Regio esteve pre-sente no I Frum de Direitos hu-manos e Sade mental, realizado de 5 a 7 de setembro em So Paulo. O Frum tem abrangncia Nacional e foi realizado pela Associao Brasileira de Sade mental ABRASmE com o apoio de inmeras enti-dades, movimentos sociais e instituies. A presidente Thelma Costa participou da mesa de abertura e uma das conselheiras acompanhou a execuo dos trabalhos. Segundo o presidente da ABRASmE, Dr. Paulo Amarante, o objetivo debater com diferentes atores as questes referentes aos Direitos humanos e a Sade mental em suas implicaes transversais com os temas Populao de Rua, Poltica Nacio-nal sobre Crack e outras drogas, Reforma Psiquitrica, Rede de Ateno Psicosso-cial, Polticas de Encarceramento, Sade e Violncia em relao a Juventude Negra, Cultura, Economia Solidria, Democra-tizao da Comunicao, movimentos Sociais, entre outros. Os trabalhos foram divididos em eixos de discusso dos Di-reitos humanos em relao a: Cidade; SUS; Reforma Psiquitrica; Judicializao; Economia Solidria; Contemporaneidade. A Fonoaudiologia contribuiu com pou-cos trabalhos apresentados nas rodas de conversa, mas consideramos importante que nossa participao seja incentivada. O prximo Frum ocorrer em 2015.

    Conselho Regional projeta maior participao da categoria para prximo evento que acontece em 2015

    1515

  • CREFONO 3

    Erika Almeida de Campos

    CRFa 5822 /PR

    A coletnea Atuao da Fono-audiologia na escola: refle-xes e prticas, organizado pelas fonoaudilogas Ana Paula Za-boroski e Jima Pinheiro de Oliveira, aborda o temrio que permeia os avanos da atuao fonoaudiolgi-ca no ambiente escolar. O enfoque da obra volta-se para os conceitos de promoo de sade e de educa-o inclusiva como base das prticas atuais da Fonoaudiologia educa-cional, utilizando como estratgia principal a formao continuada de educadores.

    O reconhecimento recente (2010) dessa rea como especiali-dade, sem dvida, fortaleceu e va-lorizou a contribuio da Fonoau-diologia em ambiente escolar e, por sua vez, contribuiu tambm para pensarmos sobre nossas prticas, no sentido de tentar avanar, em rela-o a essa atuao.

    No podemos esquecer, no en-tanto, que nossa profisso come-ou nessa instituio e, por mais estranho que parea , exatamente, nesse ambiente que, ainda hoje, es-tamos precisando repensar nossas aes. Portanto, as prticas clnicas realizadas na escola, desde o come-o da profisso, no podem ser jus-tificadas pelo comeo de uma atua-

    Reflexes e prticas sobre Fonoaudiologia Escolar

    o em ambiente clnico. Tendo em vista essas ponderaes, as discus-ses que abordamos em nosso livro esto vinculadas, fundamentalmen-te, a uma questo: a Fonoaudiologia modificou, efetivamente, sua ma-neira de atuar no ambiente escolar?

    Contudo, o fato de propormos essa reflexo, no nos isenta de pr-ticas que ainda exigem crescimento, pois os limites impostos para essa atuao vo muito alm daqueles relacionados nossa formao e ad-quiridos ao longo de nossas experi-ncias.

    Dentro desse panorama, nos-sa coletnea, em cada captulo, traz discusses diversificadas para a reflexo e atuao no re-ferido contexto. Discorre sobre o projeto poltico pedaggico enquanto instrumento de in-cluso escolar traz um pano-rama geral do percurso da Fo-noaudiologia na escola, em relao atuao com alu-nos surdos; h relatos sobre o trabalho com sistemas de comunicao suple-mentar e alternativa que favorecem o acesso ao currculo escolar e s di-ferentes habilidades co-municativas dos alunos com alteraes neuros-sensriomotoras e sem a possibilidade de uti-lizar a linguagem oral.

    PR | SC

    16

  • CREFONO 3

    Jima Pinheiro de oliveira Fonoaudiloga. Ps-Doutoranda em Educao pela Universidade Estadual Paulista Jlio de mesquita Filho (UNESP), Campus de marlia/SP e Universidade do minho (Portugal) apoio do CNPq. Doutora em Educao pela Universidade Estadual Paulista Jlio de mesquita Filho (UNESP), Campus de marlia/SP. Docente do Departamento de Fonoaudiologia e dos Programas de Ps graduao em Educao (mestrado) e em Desenvolvimento Comunitrio (mestrado), da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO), Campus de Irati/PR.

    ana Paula Zaboroski oleinikFonoaudiloga. mestranda em Educao pelo Programa de Ps-graduao em Educao da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO). Especialista em Fonoaudiologia Educacional pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa). graduada pelo Centro Universitrio de maring (CESUmAR). Fonoaudiloga da Secretaria municipal de Educao e de Sade de Rio Azul/PR. Fonoaudiloga clnica do consultrio mdico Cirurgia e Diagnstico em Otorrinolaringologia de Irati/PR (CDOI). Atuou como docente colaboradora do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Campus de Irati/PR.

    A obra tambm apresenta dis-cusses voltadas para as estratgias fonoaudiolgicas que podem auxi-liar a formao continuada de pro-fessores. Dentre estas, h relatos das expectativas e das experincias pe-daggicas de professores que parti-cipam de uma proposta de atuao fonoaudiolgica escolar e relatos de dois trabalhos realizados em forma-tos de minicursos e grupos de dis-

    cusso. A coletnea apresenta, ain-da, um trabalho de

    elaborao de materiais did-

    ticos para o seg-mento do Ensino Fundamental e as implicaes do

    ponto de vista da prtica do profes-sor referente utilizao desse ma-terial. Por fim, expe a elaborao de dois instrumentos, a partir de traba-lhos interdisciplinares em ambiente escolar (profissionais da sade e da educao), a fim de favorecer o pro-cesso de ensino e aprendizagem.

    h muito tempo, profissionais das reas da sade e da educao discutem sobre a necessidade de uma concepo diferenciada da abordagem fonoaudiolgica em ambiente escolar. Desta forma, essa obra permite um dilogo com a prtica de diversos atores envolvi-dos e presentes neste nicho, refle-tindo sobre os diferentes eixos de trabalhos educacionais interdisci-

    plinares. As reflexes realizadas e encontradas em cada captulo in-dicam, ao leitor, propostas de atu-ao que no se contrapem uma outra, mas parecem convergir em aes que se respeitam, em indivi-dualidades de seus autores: cada um, a seu modo, com e por meio de suas prticas e experincias.

    Ressalta-se que, esse livro no es-gotou os assuntos e as possibilidades de prticas interdisciplinares nesse contexto, mas pode possibilitar no-vos debates, novos interlocutores e, principalmente, novas prticas pro-fissionais, capazes de instigarem a discusso, cada vez mais polmica, sobre a atuao do fonoaudilogo em ambiente escolar.

    PR | SC

    Arquivo pessoal

    Arquivo pessoal

    17

  • CREFONO 3PR | SC

    o uso do Mtodo dos dedinhos como auxiliar no desenvolvimento morfossinttico da criana com Sndrome de Down

    Erika Almeida de Campos

    CRFa 5822 /PR

    A Sndrome de Down carac-terizada pela trissomia do cromossomo 21. Os indiv-duos apresentam diversas caracte-rsticas como baixa estatura, hipo-tonia generalizada, fentipo facial caracterstico e um atraso cognitivo significante que como consequn-cia tambm ocasiona atrasos no de-senvolvimento da linguagem.

    Este atraso fica evidente quan-do comparado a crianas com de-senvolvimento tpico.

    Apesar da criana com Sndro-me de Down seguir o mesmo per-curso observado no desenvolvimen-to de uma criana tpica, o mesmo ocorre de maneira mais atrasada, com fases mais prolongadas.

    Este apontador tambm ocor-re no desenvolvimento da lingua-gem desta criana com SD. A gran-de maioria comea a falar por volta dos 3 anos e 6 meses de idade, sen-do que algumas iniciam este pro-cesso aos 5 anos de idade.

    Sendo assim, pela aquisio le-xical ocorrer de forma mais lenta, a comunicao gestual usada por um perodo de tempo maior.

    Na linguagem, alm do atraso, estas crianas apresentam uma di-minuio do contedo lxico e sin-ttico, alm da qualidade de produ-

    o oral dos fonemas estar alterada ou omitida.

    Isto pode ser explicado pelo fato deste atraso cognitivo provo-car alteraes na ateno e na me-mria auditiva de curto prazo, e isto interfere diretamente na sua linguagem expressiva e receptiva, pois a criana com SD ter dificul-dades de lembrar a sequncia das palavras, nmero de slabas, como tambm da ordem de elementos morfossintticos e o uso dos mes-mos na frase.

    A principal caracterstica sint-tica uma frase realizada de ma-neira telegrfica, ou seja, com dimi-nuio e na maioria das vezes com omisso de elementos de conexo.

    A extenso mdia da frase apresenta na maior parte das vezes o uso de substantivos e verbos.

    Complementos adverbiais (ad-vrbios), nominais (adjetivos) e ele-mentos de ligao na frase (prepo-sies e conjunes), pronomes e artigos na maioria das vezes esto diminudos ou omitidos.

    Com a extenso de frase redu-zida, a compreenso pelo interlo-cutor, fica muito prejudicada, ge-rando frustraes nesta criana em no ser compreendida, ou fingirem que entendem o que ela falou.

    Este comportamento faz com que esta criana com SD v dimi-nuindo o prazer de se comunicar, de contar histrias e seu desenvol-

    vimento sinttico e narrativo fica mais prejudicado.

    Devido s limitaes em seu desenvolvimento sinttico a crian-a com SD diminui a integrao de suas habilidades cognitivas e lin-gusticas envolvidas para a compre-enso da relao de eventos, bem como a expresso verbal simult-neamente.

    mas como promover uma me-lhora no uso de complementos ad-verbiais, nominais elementos de li-gao na frase, enfim de inmeros elementos de conexo, to impor-tantes para melhor desenvolvimen-to e compreenso sinttica?

    Sabemos que diferente da me-mria auditiva a curto prazo, o in-divduo com SD apresenta uma me-lhor resposta se for estimulado com materiais visuais, a memria visuo-espacial de curto prazo que tem por funo processar informaes relativas s propriedades espaciais e visuais est menos prejudicada.

    Este indivduo com SD proces-sa e memoriza melhor tais infor-maes quando esta via utilizada juntamente memria auditiva.

    Vrios estudos apontam que indivduos com SD, ao serem apre-sentados a histrias com suporte de figuras, apresentavam um de-sempenho de memria e complexi-dade sinttica melhores compara-dos queles sem este suporte.

    A literatura mostra que os ges-

    1818

  • PR | SCCREFONO 3

    tos desempenham papel impor-tante no desenvolvimento da lin-guagem oral, fornecendo criana recursos cognitivos extras para no-vas palavras e enunciados.

    Os gestos so definidos como aes produzidas para fins de co-municao, geralmente realizados usando-se dedos, mos e braos, mas podendo tambm incluir mo-vimentos faciais e corporais.

    Eles podem ser divididos em duas categorias: diticos e repre-sentativos.

    Os diticos seriam aqueles utiliza-dos para estabelecer um referencial, indicando um objeto ou um evento, portanto sua interpretao depende do contexto onde realizado.

    Os gestos representativos apre-sentam um contedo semntico es-pecfico, fazendo referncias obje-tos, aes entre outros.

    As evidncias tm mostrado que os gestos funcionam no ape-nas como elemento de transio entre aes motoras e a linguagem oral, mas tambm como facilitador do processo de produo de fala.

    Ao trabalhar com crianas com SD, desenvolvi o mtodo dos Dedi-nhos, no qual tem por objetivo pro-mover o desenvolvimento e maior uso de elementos morfossintticos nas frases de indivduos com Sn-drome de Down ou com atraso de linguagem oral atravs de uma esti-mulao multissensorial visuoau-ditiva (gestos, fotos e fala).

    O mtodo dos Dedinhos usa-do juntamente a figuras, fotos ou com programas especficos como o Boardmaker e seleciona os prin-cipais elementos morfossintticos presentes no desenvolvimento ini-cial da linguagem oral da criana.

    ElEMEntoS SElEcionadoS PaRa o Mtodo doS dEdinhoS FoRaM:

    artigos Classe de palavras que sempre se refere a substantivos. Ele acrescenta ao substantivo uma ideia que pode ser definida (O, A, OS, AS) ou indefinidas (Um, UmA, UNS, UmAS).

    Preposies Classe de palavras que liga duas palavras entre si. No mtodo dos Dedinhos demonstra-do preposies: NO, NA, COm, EST.

    conjunes Palavras que ligam as oraes. No mtodo dos Dedinhos demonstrado as conjunes: E, PARA.

    Verbos Palavras que indicam uma ao. No mtodo dos Dedinhos demonstrado o verbo ser, na forma do presente do indicativo: .

    VEJa algUnS ExEMPloS doS gEStoS E do USo:

    BiBliogRaFia:ACREDOlO, lP; gOODWYN, S. How to talk with your baby before your baby can talk. mcgraw hill Professional, 2009. 194p.AlmEIDA, F. C. F, lImONgI, S. C. O. O papel dos gestos no desenvolvimento da linguagem oral de crianas com desenvolvimento tpico e crianas com sndrome de down. Rev. soc. bras. Fonoaudi-ol. vol. 15 no. 3 So Paulo 2010.IVERSON J, ThAI D. Communicative transitions: theres more to the hands than meet the eyes. In: Wetherby Am, Warren SF, Reichie J, editors. Transitions in prelinguistic communication. Bal-timore: Paul h. Brookes; 1998.lImONgI, S.C.O; ANDRADE,RV; SIlVA mUN-hOZ, lF. Plano Teraputico Fonoaudiolgico para desenvolvimento da morfossintaxe na criana com Sndrome de Down. In:____Planos Terapu-ticos Fonoaudiolgicos (PTFs) /Pr Fono ( orga-nizadora). Barueri, SP, 2012. Cap. 27,p. 201 208mUSTACChI, Z ( Org.). Guia do beb com Sn-drome de Down. So Paulo: Associao maisl, 2008. 112p.OZAlISKAN S, gOlDIN mEADOW S. Do par-ents lead their children by the hand? J Child lang .2005; 32(3): 481 505.OZAlISKAN S, gOlDIN mEADOW S. When gesture speech combinations do and not index linguistic change. lang Cong Process. 2009; 24 ( 2 ):190.

    1919

  • CREFONO 4AL | BA | PB | PE | SE

    Maurcio Jr.

    Reprter

    Com frequncia a caixa de men-sagem dos departamentos do Conselho Regional de Fonoau-diologia 4 Regio recebe demandas de fonoaudilogos com crticas a cer-ca da atuao do CREFONO 4 na defe-sa da profisso. Reivindicam, nos mais variados assuntos, uma participao mais eficaz do Conselho.

    Apesar desses assuntos j terem sido tratados em diversas reportagens feitas pelos meios de comunicao do Sistema de Conselhos Federal e Regio-nais de Fonoaudiologia, o CREFONO 4 decidiu criar um passo a passo para orientar os fonoaudilogos a monta-rem um sindicato da profisso em seu respectivo estado e/ou cidade.

    QUal a FinalidadE dE UM Sindicato?Um sindicato tem legitimidade

    para pleitear individual ou coletiva-mente os direitos trabalhistas da cate-goria a qual representa. Funciona como uma entidade representativa de classe, diferentemente de um conselho pro-fissional, que tem a obrigao apenas de fiscalizar o exerccio legal e tico da profisso, explica o assessor jurdico do CREFONO 4, Ricardo Toscano.

    REPRESEntaES EM noSSa JURidioRecentemente, o CREFONO 4

    Veja como montar um sindicato ou associao de Fonoaudiologia no seu estado ou municpio

    realizou um levantamento que ve-rificou a existncia de um rgo sindical em tramitao-o Sindicato dos Fonoaudilogos de Pernambu-co (Sinfope), que j possui estatuto social e CNPJ, mas ainda no obteve a carta sindical junto ao ministrio do Trabalho e Emprego, encontran-do-se a obteno da mesma em tra-mitao. A Associao Sergipana de Fonoaudiologia (Fonos), apesar de juridicamente estar em atividade, encontra-se sem atuao h um ano.

    dVidaS FREQUEntESComunicar: Ganho abaixo do piso salarial de Fonoaudiologia. O que o Sindicato pode fazer comigo?

    Ricardo Toscano: O sindicato poderia, atravs de Acordo Coleti-vo ou Conveno Coletiva, fixar um piso salarial mnimo em favor de to-dos os profissionais. Com isso, todas as empresas da rea naquela cidade ou estado teriam que cumprir.

    Comunicar: Trabalho 40 horas por semana e ganho menos do que outro fonoaudilogo que trabalha menos horas. Como um Sindicato poderia interceder em meu favor?

    Ricardo: O Sindicato, na quali-dade de associao, teria competn-cia jurdica para interpor uma ao trabalhista contra essa empresa para corrigir tal ilegalidade. importante deixar claro que, se o funcionrio que recebe maisfor mais antigo, essa diferena poderia ser justificada.

    Comunicar: Passei em um concur-so e ainda no fui chamada. Estou desesperada porque a validade do certame est acabando. O que devo fazer?

    Ricardo: Voc, assim como os de-mais aprovados, podem entrar com uma representao junto ao minist-rio Pblico do seu estado, ou interpor, atravs de advogado de sua confian-a, um mandato de segurana, a fim de que a instituio que promoveu o concurso cumpra com a convocao da quantidade de candidatos previs-tos no edital.

    Comunicar: No meu estado no te-mos Sindicato. A quem devo recor-rer para saber a tabela de honor-rios entre outras dvidas?

    Ricardo: Como aqui na 4 Re-gio ainda no possumos um Sindi-cato, orientamos os fonoaudilogos a tomarem como parmetro as tabe-las e deliberaes do Sindicato dos Fonoaudilogos do Estado do Cea-r (Sindfono), contudo, lembramos que os valores de l no se aplicam nos demais estados, servem apenas como consulta.

    coMo aBRiR UM Sindicato1) Deve-se reunir 1/3 dos mem-

    bros que integrem a categoria profis-sional, atravs de Assembleia geral de Fundao da entidade, que ser con-vocada com antecedncia mnima de 10 (dez) dias em jornal de grande cir-culao e no Dirio Oficial do Estado.

    2020

  • AL | BA | PB | PE | SECREFONO 4

    Ressalta-se que devem ser guarda-das as publicaes e registrada a ata da Assembleia no Cartrio no Cart-rio de Ttulos e Documentos.

    2) Nesta assembleia dever ser aprovado o Estatuto Social.

    3) Na mesma assembleia tam-bm deve ser eleita a diretoria, e na ata deve fazer constar expressamen-te: as candidaturas, a apurao de vo-tos e seu resultado, a posse da direto-ria e a indicao dos eleitos e funo para a qual foi cada qual eleito, que deve estar em comunho com o Es-tatuto Social, rigorosamente.

    4) Uma vez aprovado o Esta-tuto Associativo deve-se registrar o mesmo no Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas.

    5) Providenciar o cadastra-mento fiscal-tributrio, abrindo-se o CNPJ junto Receita Federal.

    6) Solicitar o Registro Sindical junto ao ministrio do Trabalho e Emprego, atravs do requerimento gerado pelo sistema do TEm, assi-nado pelo representante legal da entidade, acompanhado dos docu-mentos acima descritos, bem como do recolhimento da guia de Reco-lhimento da Unio gRU expedido pelo prprio site, e do comprovante de endereo em nome da entidade.

    cUStoS PaRa aBERtURa dE UM SindicatoQuem for abrir um sindicato de

    Fonoaudiologia dever arcar com algumas taxas como publicao do edital de convocao em um jornal de grande circulao no seu estado ou cidade; arquivamento das atas nos cartrios competentes; alm de outras taxas junto ao rgos pbli-cos reguladores.

    QUanto tEMPo dEMoRa PaRa aBRiR UM Sindicato?O tempo mdio para que todo

    processo seja concludo e o Sindi-cato formalizado dura em torno de seis meses, se todos os rgos com-petentes trabalharem corretamente. importante, tambm, que todos os documentos, atas estejam corretos.

    diFEREna EntRE EntidadESConselho de Fiscalizao Pro-

    fissional So autarquias federais que prestam contas ao Tribunal de Contas da Unio, dotadas de funo normativa, ou seja, define atos e nor-mas que devem conduzir o exerccio profissional, fazendo cumprir as dis-posies legais. Tem como objetivo regulamentar, orientar e fiscalizar a profisso. Tambm atuam como

    Tribunal, pois julgam procedimentos ticos e administrativos.

    Associaes Auxiliam os profis-sionais e/ou estudantes com atividades visando o aperfeioamento curricular como palestras, cursos, simpsios, con-gressos, encontros, bem como outros eventos de cunho cientficos.

    Sociedades Assemelham-se s Associaes enfatizando os aspec-tos sociais, culturais e cientficos da profisso. So entidades filantrpicas sem fins lucrativos. Devem promover eventos cientficos e culturais como palestras, jornadas e congressos. Per-mitem a troca de experincias e o aprimoramento de novas tcnicas e mtodos entre os profissionais.

    Sindicatos lutam pela melho-ria das condies de trabalhos da ca-tegoria, remunerao, jornada de tra-balho, relaes com os empregados, defendem a classe visando o cum-primento das garantias trabalhistas listadas na Consolidao das leis Tra-balhistas (ClT). Uma das funes es-peciais dos Sindicatos negociar, sen-do obrigatria sua participao nas negociaes coletivas. Para consultar os endereos dos Sindicatos e Asso-ciaes de Fonoaudilogos de todo Brasil entre no site do CREFONO 4: www.crefono4.org.br.

    2121

  • Maurcio Jnior

    Assessor de Comunicao

    A Paraba se tornou o segun-do estado do Brasil a ter homologado uma lei que torna obrigatria a realizao gra-tuita em recm-nascido do Teste da linguinha em todos os hospitais e maternidades. O Projeto de lei n 1.403/2013, de autoria do deputado Jutay meneses (PRB/PB), foi sancio-nado pelo governador da Paraba no ltimo dia 24 de julho deste ano. At ento, apenas o estado do mato grosso do Sul e as cidades de Brotas, Rio Claro, Birigui, Sorocaba, minei-

    ros do Tiet e lins, no estado de So Paulo, Alfenas/mg e Osrio/RS ha-viam aprovado uma lei semelhante a essa do estado da Paraba.

    O protocolo de avaliao do fr-nulo lingual, idealizado pela fonoau-diloga paulista Roberta martinelli, tem como principal objetivo detec-tar as limitaes dos movimentos da lngua causadas pelo frnulo lingual que podem comprometer as fun-es de sugar, deglutir, mastigar e falar. O procedimento rpido e no causa dor alguma ao beb. Primeiro, o fonoaudilogo eleva a lngua do beb para verificar as caractersticas anatmicas do frnulo lingual. Em seguida, introduz o dedo na boca

    do beb para verificar o movimen-to da lngua durante a suco; logo depois observa o beb sendo ama-mentado.

    O caminho at a homologao da lei durou apenas trs meses. A ideia surgiu com o lanamento da Campanha Nacional de conscien-tizao da importncia do teste da linguinha num trabalho conjunto da fonoaudiloga Roberta martinelli, com a Sociedade Brasileira de Fono-audiologia, Associao Brasileira de motricidade Orofacial e Conselho Federal de Fonoaudiologia, envol-vendo polticos de toda natureza. Aps conversas com as mais diver-sas representaes de classes do nosso estado, buscamos consolidar uma redao favorvel categoria de nosso Estado e apresentamos ao deputado, comentou o fonoaudi-logo giorvan nderson dos Santos Alves, idealizador de todo esse pro-cesso na Paraba.

    Enquanto a lei tramitava na As-sembleia legislativa da Paraba, os fonoaudilogos envolvidos nesse processo comearam a mobilizar os servios locais na busca da sensi-bilizao da populao e de profis-sionais locais para a importncia do teste. A lei foi aprovada em 24 de

    CREFONO 4AL | BA | PB | PE | SE

    teste da linguinha vira lei no estado da Paraba

    Divulgao CREFONO 4

    Estado se tornou o segundo do Brasil a ter homologado uma lei que torna obrigatria a realizao gratuita em recm-nascido do teste da linguinha em todos os hospitais e maternidades

    O caminho at a homologao da lei durou trs meses, o prximo passo agora ser a cobrana e fiscalizao

    2222

  • julho de 2013 e aps 90 dias grande parte das maternidades pblicas do estado j est realizando o Teste da linguinha em suas rotinas de proce-dimento, comemorou giorvan, que tambm conselheiro do CREFONO 4 na Paraba.

    Durante as comemoraes da Semana mundial de Aleitamento materno 2013, os fonoaudilogos da Paraba realizaram diversas aes a respeito do Programa de Implanta-o do Teste da linguinha no Estado da Paraba. O evento iniciou com um treinamento do Teste realizado pela prpria criadora, Roberta marti-nelli. Conseguimos reunir mais de 80 profissionais, onde a grande maioria atua em neonatologia. No ltimo dia do evento, o CREFONO 4 realizou um Frum onde o Pl foi discutido com os presentes, explicou a fono-audiloga da maternidade Cndida Vargas, na Paraba, manuela leito.

    O prximo passo a partir de ago-ra ser a cobrana e a fiscalizao para que exista o teste em todas as maternidades do estado da Paraba, conforme prev a lei. Diante da re-percusso, ainda estamos estudan-do de que forma realizaremos uma grande campanha de conscientiza-o. A boa notcia que o Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia sinalizou que pre-tende abraar a campanha do Teste da linguinha para o prximo ano em todo territrio nacional. Ficare-mos na torcida, finalizou giorvan nderson.

    PREMiaoO sucesso da campanha de im-

    plementao do Teste da linguinha na Paraba foi tanta que o resultado no poderia ter sido outro. Durante o 21 Congresso Brasileiro de Fono-

    audiologia, realizado em Porto de galinhas, litoral sul de Pernambu-co, a campanha paraibana foi eleita pelo Departamento de motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia como a melhor campanha de Aleitamento materno de 2013.

    EStUdoSPor ser recente, poucos fono-

    audilogos realizaram pesquisas tcnicas a respeito da funcionalida-de do Teste da linguinha do Brasil. Pensando em contribuir para mos-trar a importncia desse teste, os fo-noaudilogos das maternidades da Paraba devem anunciar at o final do ano a primeira pesquisa sobre o tema, levando em consideraes dos protocolos realizados naquele estado desde a implantao da lei.

    Em 2011, uma pesquisa realiza-da pela fonoaudiloga Roberta mar-tinelli com 100 bebs, em Brotas/SP, constatou que 15% apresentavam alterao no frnulo lingual. Uma outra pesquisa, da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, de 2002, constatou que cerca de 16% dos bebs que apresentaram pro-blemas durante a amamentao tinham a lngua presa naquele pas.

    PRoJEto FEdERalA Sociedade Brasileira de Fono-

    audiologia, com o apoio do Conse-lho Federal de Fonoaudiologia, tem se reunido com os deputados Ono-fre Agostini (PSD/SC) e Ricardo Izar (PSD/SP), autores do projeto de lei sobre o assunto, para discutir sobre o Pl para a implantao do teste da linguinha em todo o territrio na-cional, assim como j so realizados os testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho.

    AL | BA | PB | PE | SECREFONO 4

    VEJa coMo PlEitEaR a iMPlEMEntao da lEi do tEStE da lingUinha no SEU EStado oU na SUa cidadE: Criao de uma proposta

    mostrando a importncia do Teste da Linguinha nas maternidades: esse processo muito importante. Nele deve conter todas as informaes sobre a importncia do teste e o seu objetivo.

    Agendar reunio com o deputado e/ou vereador: depois que a justificativa estiver pronta hora de entrar em contato com um deputado ou vereador e apresentar a proposta.

    Acompanhar tramitao do PL: seguindo o regimento interno das Cmaras municipais e/ou Assembleias legislativas, todo projeto de lei deve percorrer algumas comisses antes de ir ao plenrio para votao. interessante que o fonoaudilogo acompanhe essa tramitao, converse com os vereadores e deputados membros dessas comisses.

    Votao do projeto: depois de tramitar pelas comisses, o relator do Pl emite um parecer e encaminha para votao no plenrio. A maioria dos membros votantes dessas casas legislativas precisam votar a favor da criao da lei.

    Homologao pelo prefeito ou governador: aps a aprovao pelos vereadores e/ou deputados, o prefeito ou governador pode sancionar ou vetar a lei.

    Implantao: depois da publicao no Dirio Oficial do estado e/ou municpio a lei tem 90 dias para entrar em vigor. interessante fiscalizar essa implantao e cobrar dos rgos responsveis o cumprimento da lei.

    2323

  • CREFONO 5AC | AP | AM | DF | GO | PA | RO | RR | TO

    aula inaugural da primeira turma de Fonoaudiologia da UnB conta com a presena do CREFONO 5

    Katiuscia Pessoni

    Reprter

    O auditrio da Faculdade UnB Ceilndia (FCE) foi tomado por futuros fonoaudilo-gos no dia 9 de outubro deste ano. O campus realizou a aula inaugural do curso de Fonoaudiologia, que agora se soma s 170 graduaes oferecidas pela Universidade de Braslia (UnB). Os 35 alunos da pri-meira turma participaram da ativi-dade, que reuniu representantes dos Conselhos Federal e Regional

    Professoras do novo curso de Fonoaudiologia da UnB Aveliny Lima Gregio e Letcia Celeste celebram e contam um pouco sobre como ser essa nova graduao na Universidade

    de Fonoaudiologia e da Associao Profissional dos Fonoaudilogos do Distrito Federal.

    Esse o primeiro curso de Fo-noaudiologia oferecido por uma instituio pblica da regio de atuao do Conselho Regional de Fonoaudiologia 5 Regio. Para a professora de Fonoaudiologia da UnB, Aveliny lima gregio, este curso de extrema necessidade para universidade, e a sociedade em geral, e ir contribuir bastante tanto na prtica, quanto na parte acadmica perante aqueles que j fazem a graduao ou que preten-

    dem seguir a carreira. A UnB uma universidade pblica, figurando en-tre as dez melhores no ranking da Folha de 2013. Esse no poderia ser um cenrio mais favorvel para o incio do curso de Fonoaudiologia que foi elaborado para atender trs grandes eixos: ensino, pesquisa e extenso, declara Aveliny.

    De acordo com a professora, no que diz respeito ao ensino, os estu-dantes realizaro vivncias e pr-ticas junto comunidade, promo-vendo a sade fonoaudiolgica da populao. Com relao pesquisa, esperada a produo de conheci-mento, de novas tcnicas e tecnolo-gias para o benefcio da comunida-de. Por fim, a extenso tem em sua natureza a relao direta entre uni-versidade e sociedade. O curso de Fonoaudiologia j est planejando aes e cursos de extenso universi-tria, conta ela.

    Em relao ao corpo docente, a professora revela que este ainda est sendo formado, mas que j con-ta com um time de grandes profis-sionais. Para Aveliny, a aula inaugu-ral do curso superou as expectativas. No primeiro dia estiveram presentes o decano de graduao da Faculda-de mrio luiz Rabelo, a diretora da FCE Diana lcia moura e a coorde-nadora do curso Tatiana lavich.

    Em uma mesa redonda os con-vidados: diretor-tesoureiro do Con-

    Divulgao CREFONO 5

    2424

  • AC | AP | AM | DF | GO | PA | RO | RR | TO CREFONO 5

    selho Federal de Fonoaudiologia, Jaime Zorzi; conselheira do CRFa 5 Regio, Jane Quintanilha, diretora da Sociedade Brasileira de Fonoau-diologia (SBFa), maria lcia Torres e a presidente da Associao Profissio-nal dos Fonoaudilogos do Distrito Federal (APFDF), Talita Freitas leite debateram o tema: Conhecendo a Fonoaudiologia: rgos e entidades representativas de classe.

    A professora Aveliny enfatiza a importncia do CRFa 5 Regio junto ao curso. um privilgio ter a sede do conselho perto de ns. Por isso, esperamos construir parcerias que engrandeam a profisso, j que to-dos trabalhamos para isso, comenta e revela como a criao do campus foi planeja para atender s necessi-dades do curso. O curso j estava

    Katiuscia Pessoni

    Reprter

    A experincia da equipe mul-tiprofissional da gerncia de Diversidade e Incluso e atu-al gesto da Secretaria municipal de Educao de Palmas (Semed), apre-sentou um artigo na Universidade de Braslia, sobre os desafios a serem en-frentados na implantao do Ncleo de Atendimento Educacional multi-profissional (NAEm), em Palmas (TO).

    O trabalho mostrou a busca de uma relao interdisciplinar entre a Fo-noaudiologia e a Psicologia, sempre na busca de contemplar o objetivo destas duas cincias assessoras da educao

    implementao de ncleo ajudar no sistema de educao e ensino de Palmas ainda este ano

    e imprescindveis dentro do processo ensino aprendizagem.

    Por reconhecer a necessidade dos profissionais em concentrar conheci-mentos especfico, a Semed permite que haja entre os multiprofissionais uma discusso interdisciplinar para incentivar o dilogo entre as diversas profisses envolvidas no apoio ao pro-cesso pedaggico. Diante de seu com-promisso com a educao de qualida-de, o rgo prope a criao do NAEm, oferecendo atendimentos especializa-dos, e no clnicos, em Servio Social, Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia e Psicopedagogia.

    Conforme a coordenadora do n-cleo e fonoaudiloga, Renata Collic-chio Federighi Costa, o principal obje-

    tivo do ncleo que os atendimentos no sigam o modelo clnico, mas efe-tivem a interveno a partir de uma viso pedaggica que ajude a elucidar as dificuldades do processo de ensino. Tudo isso com acompanhamento e orientao educacional aos professo-res, equipe gestora e famlia.

    A coordenadora ressalta ainda que para a Fonoaudiologia, esse um servio de grande relevncia, pois se-ro contemplados aspectos preven-tivos voltados promoo, aprimo-ramento e preveno de alteraes relacionadas linguagem (oral e escri-ta) e voz, visando favorecer e otimizar o processo de ensino e aprendizagem, bem como caracterizar o perfil da co-munidade escolar, e assim efetivar

    previsto na elaborao do projeto do Campus Ceilndia, que apresenta uma proposta diferenciada, contan-do com laboratrios multiprofissio-nais e multidisciplinares. Alm disso, os alunos do curso de Fonoaudiolo-gia tero oportunidade de realizar prticas e estgios na rede de sade e educao do Distrito Federal, alm do hospital Universitrio de Braslia (hUB), constata.

    PaRa o FUtURoO primeiro vestibular realiza-

    do em junho/julho normalmente menos concorrido para todos os cursos. A expectativa para o vesti-bular de 2014 que as vagas sejam mais concorridas. Nessa edio, to-das as 35 vagas foram preenchidas na primeira chamada e isso nos ale-

    grou bastante, pois nos mostra que o centro-oeste estava esperando por esse curso, esclarece a tambm professora do corpo docente do curso de Fonoaudiologia da Unb, letcia Celeste. Quanto ao prximo vestibular, sero mantidos as nor-mas da Universidade, assim como o nmero de vagas em 35, segundo a professora.

    Ela ainda ressalta que existe um dficit de fonoaudilogos em todo o Brasil, mas que em algumas regies esse problema se agrava um pouco mais. Esse dficit existe em todo o Pas, especialmente no norte e centro-oeste. A localizao da universidade estratgica de forma a atender a carncia de pro-fissionais fonoaudilogos nessas regies, admite.

    2525

  • CREFONO 5AC | AP | AM | DF | GO | PA | RO | RR | TO

    uma ao eficaz com as demais reas na unidades educacionais de Palmas.

    A especialista em psicologia esco-lar e educacional e mestre em Cincias do Ambiente, leny meire Correa moli-nari Carrasco concorda com a fonaou-dloga Renata Costa que os verdadei-ros desafios na implantao do NAEm esto relacionados em evitar o modelo mdico. Este ncleo dever ir ao en-contro de um modelo de ensino que busque identificar as habilidades dos estudantes e no os seus defeitos, j que o planejamento pedaggico s efetivo desta forma, enfatiza molinari.

    Segundo as autoras do artigo, os benefcios a mdio e longo prazo sero como um suporte aos professores, e tambm vai contribuir para o avano das questes pedaggicas. O NAEm funciona como um suporte ao profes-sor, aos pais e instituio escolar. Des-ta forma, os efeitos sero vistos mais a longo prazo, destaca a psicloga.

    Quanto s reais necessidades para a criao de um Ncleo como o proposto, as autoras so categricas e afirmam que o interesse da gesto, a

    disponibilidade de recursos humanos e financeiros so os principais fatores envolvidos.

    Em relao aos profissionais que atuariam na rea, as autoras explicam que neste momento seriam assisten-te social, fonoaudilogos, psiclogos, psicopedagoga e pedagoga que j es-to envolvidos com a educao. Feliz-mente todos tm especializao volta-da para esta rea do conhecimento. No entanto, quando houver possibilidade para a realizao de um concurso, seria interessante que fossem profissionais relacionados a rea educacional como fonoaudilogo, psiclogo escolar, as-sistente social escolar, psicopedagogo e pedagogo, esclarece.

    No que se refere a contribuio do ncleo nas classes sociais diversas, a psicloga conta que o NAEm no pos-sui o objetivo de medir e diagnosticar, mas sim avaliar os limites e as poten-cialidades dos estudantes. Neste con-texto, os profissionais do Ncleo rea-lizaro avaliao, pois possibilita um intercmbio de informaes entre as reas de educao, sade, assistncia

    social e outras que se fizerem neces-srias promoo e ateno ao de-senvolvimento global do educando, professor e famlia, explica.

    MtodoS E atiVidadES cURRicUlaRESQuanto ao pblico alvo, o ncleo

    atender os estudantes matriculados nas unidades de educao municipal de Palma. O NAEm atender educan-dos do sistema municipal de ensino de Palmas. Professores, orientadores, supervisores e diretores das unidades de ensino desta municipalidade, pais ou responsveis dos educando.

    As atividades seguiro os seguin-tes procedimentos: levantamento de demanda, avaliao das necessidades e planejamento de interveno. Na prtica, o levantamento de demanda e a avaliao das necessidades ocorrero de segunda a quinta feira e o planeja-mento de interveno e sua execuo na sexta feira. A equipe multiprofis-sional atuar na perspectiva do mode-lo da teoria da problematizao, para discutir as demandas recebidas e reali-zar as devidas intervenes.

    QUEStionRioS acadMicoSAs autoras explicam que outros fa-

    tores a serem implementados sero os questionrios que pretendem aplicar nas redes de ensino. Os questionrios tm o objetivo de conhecer o perfil do pblico alvo que chega instituio para organizar o acesso aos servios do ncleo para realizar acompanha-mento e orientao em uma aborda-gem educacional nas reas de Fono-audiologia, Servio Social, Psicologia, Psicopedagogia e Pedagogia aos pro-fessores, orientadores, supervisores e diretores. Segundo a previso das autoras, apenas questo de tempos para que o projeto saia do papel.

    Coordenadora do Ncleo e Fonoaudiloga Renata Federighi e a Psicloga Leny Molinari Carrasco

    Divulgao CREFONO 5

    2626

  • AC | AP | AM | DF | GO | PA | RO | RR | TO CREFONO 5

    Katiuscia Pessoni

    Reprter

    As tecnologias da informao e da comunicao tm pro-vocado grandes mudanas na educao, acendendo novos mo-delos de difuso de conhecimento e aprendizagem em prol da formao acadmica do fonoaudilogo. A co-nectividade que a internet e as redes desenvolveram nestes ltimos anos permitiu o avano e trouxe melho-res formas de ensinar e aprender.

    Com o auxlio da tecnologia, acadmicos e professores do Centro Universitrio do Norte (UniNorte), de manaus (Am), puderam acompa-nhar a XX Jornada Fonoaudiolgica de Bauru. Segundo a coordenadora do evento, a Fonoaudiloga Nicolle Carvalho SantAna, os mecanismos que levam na interao entre tec-nologia da informao e da comu-nicao andam alinhados e otimi-zam as metodologias empregadas no ensino superior. Um apontador desta prtica o crescimento dos cursos de Educao a Distncia (EaD) e sua receptividade no meio acadmico, admite.

    A fonoaudiloga considera a in-ternet uma importante ferramenta para formao acadmica. A inter-net um meio de difuso de conhe-

    intercmbio entre USP Bauru e Uninorte Manaus contribuem na evoluo tecnolgica do curso de Fonoaudiologia

    cimento e interao, que possibilita a troca de experincias, informaes e, em outros parmetros, contribui para a formao de alunos de gra-duao, afirma.

    Nicolle ainda explica que com o aumento da acessibilidade rede, o acadmico de Fonoaudio-logia ampliou sua oportunidade de formao e capacitao, refle-tindo na populao que ser be-neficiada por profissionais qualifi-cados e atualizados.

    Essa importncia aumenta quando se leva em considerao a localizao geogrfica dos estudan-tes. Para regies mais distantes dos grandes centros de ensino do Pas, a internet permite a ampliao dos meios de acesso ao conhecimento e a possibilidade de formao conti-nuada, esclarece Nicolle.

    coMPEtncia PRoFiSSionalOs profissionais que fazem com

    que esses projetos se concretizem so trabalhadores formados na rea da comunicao com conhecimento em tecnologia da informao. O ce-nrio atual exige profissionais cada vez mais qualificados.

    Nos grandes centros de ensino do Pas, a teleducao j uma pr-tica sedimentada, sustentada por pesquisas cientficas, extenses e atividades extracurriculares. Com

    conceito e experincia na rea, o Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de So Pau-lo (FOB/USP), se destaca no meio cientfico com pesquisas e ativida-des que envolvem a teleducao e o ensino a distncia.

    O convite para transmisso do evento via internet foi feito pela Profa. Dra. gidre Berretin Flix, docente do curso de Fonoaudio-logia da FOB/USP e que neste ano deu nome ao evento.

    A experincia proporcionou aos alunos do UniNorte/laureate a oportunidade de aprimoramento e atualizao, alm da aquisio de novos conhecimentos das prticas fonoaudiolgicas e ampliao das expectativas e perspectivas profis-sionais. Essa experincia proporcio-nou aos alunos do UniNorte/laurea-te a oportunidade de ampliao das perspectivas, com acesso a novas formas de aprendizado e aquisio de conhecimento, refora Nicolle.

    Para a fonoaudiloga ser de imensa valia e satisfao que parce-rias futuras, como aconteceu entre os alunos do UniNorte e o evento XX Jornada Fonaudiolgica de Bau-ru, se perpetue nos prximos anos, para que os alunos de sua regio possam aprender com as experin-cias de outras partes do Pas.

    2727

  • CREFONO 6ES | MG | MS | MT

    Processamento auditivo entra no rol dos procedimentos cobertos por planos de sade

    Morguefile

    Isadora Dantas

    Assessora de Comunicao

    O exame que avalia as habilida-des especficas do ser huma-no necessrias para a inter-pretao dos sons que escuta, entrou no rol de procedimento de cobertu-ras obrigatrias pelos planos de sa-de. Embora a Resoluo Normativa (RN) n 262 da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), rgo que

    regulamenta os planos de sade, seja de 2011, o Processamento Audi-tivo Central tem sua cobertura obri-gatria, de fato, a partir de janeiro de 2012, data em que tal RN passou a vigorar.

    Apesar de datar de mais de um ano, alguns dos maiores planos de sa-

    de do pas inseriram o exa-me na sua lista de cober-turas recentemente. Segundo Rafaela lopez (CRFa 6 2659), fonoaudiloga

    2828

  • ES | MG | MS | MTCREFONO 6

    A fonoaudiloga Rafela Lopez realiza o exame no paciente infantil

    Processamento auditivo em paciente adulto

    responsvel pelo exame em uma conceituada clnica da capital mi-neira, alguns dos planos de sade

    conveniados da clnica j cobriam o exame mesmo antes Nor-

    mativa da ANS: Alguns dos maiores planos de sade

    conveniados da clnica, j contemplavam o exame mesmo antes de sua obrigatorieda-de. Aps a insero, os planos tiveram um tempo para se ade-quar e os pacientes que necessitavam da realizao do exame,

    o faziam de forma par-ticular e depois pediam

    o reembolso aos con-vnios, pontua Rafaela,

    que esclarece ainda que tal procedimento tem par-

    ticularidades de acordo com o plano de sade e que este

    reembolso s possvel aos exa-mes realizados aps o vigor da RN.

    Em Belo horizonte (mg), a m-dia dos valores cobrados em clnicas

    particulares especializadas para a realizao do Processamento Au-ditivo Central, est em torno de R$ 300

    o que para a fonoau-diloga representa uma

    maior dificuldade em sua re-alizao: muitas mes deixavam

    de realizar o exame nos seus filhos devido ao alto custo do mesmo, o que pode comprometer um diag-nstico corretor e incio imediato de uma terapia adequada, acarretando problemas mais graves em sua vida escolar, uma vez que a maior procura pelo exame de crianas nesta fase, opina a profissional.

    De acordo com a administrao da clnica, antes da incluso do Processa-mento Auditivo Central na cobertura dos planos de sade, eram realizado, em mdia, 12 exames por ms, aps tal incluso, este nmero dobrou. Quanto ao pedido do exame, Rafaela pontua

    que vale ressaltar, que para o exame ser coberto pela maior parte dos planos de sade necessrio que sua prescri-o seja realizada pelo mdico, o que definido como critrio pelos prprios planos de sade. Para mais informa-es: www.ans.gov.br.

    Divulgao CREFONO 6

    Divulgao CREFONO 6

    2929

  • CREFONO 6ES | MG | MS | MT

    Isadora Dantas

    Assessora de Comunicao

    O Brasil possui uma extenso territorial de cerca de 9 mi-lhes de km2, aproximada-mente 23% disso a rea ocupada pela 6 regio e seus quatro estados, minas gerais, mato grosso, mato gros-so do Sul e Esprito Santo. De acordo com a Diretoria do Regional, levar o CREFONO 6, fisicamente, aos quatro estados, no uma tarefa to simples de ser executada, mas o 6 Colegia-do, pensando em utilizar a tecnologia e com base nos estudos de seu setor de Comunicao Social, que observou um crescimento na interao dos pro-fissionais virtualmente com o CREFO-NO 6 por meio de redes sociais e site, decidiu promover um encontro com seus fonoaudilogos de forma virtual.

    As chamadas Reunies Abertas tem por objetivo esclarecer as dvidas dos fonoaudilogos no que se refere s suas atuaes profissionais no tocante s leis, resolues, pareceres e tudo o que permeia a legitimidade de sua atu-ao. Os temas escolhidos, inicialmen-te Audiologia Ocupacional e Fonoau-diologia Educacional, foram extrados conforme a demanda observada pela Comisso de Fiscalizao e Orientao (COF). Segundo Rafaela gorza (CRFa 6 3827) presidente da COF e tambm

    cREFono 6 leva Reunio Aberta aos quatro cantos do Regional

    do CREFONO 6, esta atividade funda-mental para sanar as dvidas e conhe-cer a realidade profissional de todo o Regional, nas palavras da presidente.

    Para Paula garibaldi (CRFa 6 3790) presidente da Comisso de Di-vulgao, o acesso a todo o Regional difcil devida sua extenso e tam-bm tornaria a ao muito onerosa para a realidade oramentria do r-go: Ao longo de seus 15 anos, o CRE-FONO 6 realizou diversos eventos que contriburam, e muito, para a atuao profissional, mas nunca conseguimos integrar to amplamente os quatro estados, possibilitando a participao de todos os interessados de tal forma quanto estas Reunies Abertas. O que se deve, tambm, aos avanos tecno-lgicos, pontua a conselheira.

    Dvidas referentes s resolues que normatizam as reas discutidas elucidaram as reunies e contriburam para que o CREFONO 6 possa estudar a realidade da atuao em cada estado da 6 Regio. Do tema Audiologia Ocu-pacional, as dvidas foram as mais di-versas, de preo a se cobrar por um pro-cedimento at questes mais tcnicas, que a presidente do CREFONO 6 escla-receu no incio da transmisso no se-rem de competncia legal dos Conse-lhos de Classe. Com base na demanda por questes trabalhistas, levantada na primeira Reunio, a segunda, sobre o tema Fonoaudiologia Educacional,

    contou com a participao e apoio do Sindicato dos Fonoaudilogos de minas gerais (Sinfemg) que pode elevar as dis-cusses no nvel trabalhista e agregar co-nhecimento reunio.

    As Reunies Abertas tm em m-dia 1h30 de durao e so transmitidas online por meio de uma plataforma simi-lar ao site de compartilhamento de vde-os YouTube, no sendo necessrio por parte do fonoaudilogo a instalao de nenhuma software para acesso ou maio-res conhecimentos tecnolgicos para tal. O link para acesso ao contedo ao vi-vo disponibilizado sempre 1h antes do incio da reunio no site do CREFONO 6. Fonoaudilogos residentes em Belo horizonte que tenham interesse em par-ticipar de forma presencial, tambm tem a opo. O vdeo das discusses realiza-das durante as reunies so disponibi-lizados na ntegra pelo CREFONO 6 em seu canal no YouTube: www.youtube.com/CREFONO 6.

    At o fechamento desta edio, o CREFONO 6 realizou duas Reuni-es Abertas sobre os temas citados acima, tendo em vista mais uma pa-ra o ano de 2013. Juntas, as duas re-alizadas somaram 300 participantes online, que contriburam com pergun-tas via chat. Alm dos fonoaudilogos da jurisdio, profissionais de outros Regionais tambm participaram con-tribuindo com excelentes perguntas para discusso.

    3030

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    Isadora