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Reabilitar para a Autonomia Funcional A Reabilitação é um processo global, dinâmico e contínuo orientado para a recuperação física e psicológica da pessoa portadora de deficiência, desvantagem, incapacidade tendo em vista a sua reintegração social, tornando-se importante no tratamento das patologias respiratórias restritivas. Pretende-se deste modo, aprofundar o conhecimento sobre patologias respiratórias restritivas, reflectir sobre a importância da reabilitação funcional respiratória e motora e demonstrar através de um estudo de caso, o impacto na qualidade de vida. Apresentação da doente Nome: C.M.R.N. Idade: 50 anos Sexo: Feminino Raça: Caucasiana Profissão: Médica Antecedentes pessoais Asma, Dislipidémia Hérnia do hiato, Esofagite péptica Pancreatite, Derrame pericárdico Regurgitação da tricúspide minor Mastectomia radical esquerda em 1997 (QT,RT) Anexectomia em 1997 Mastectomia radical direita em 2010 (QT) História actual Utente internada a 25/07/2012 em contexto de amigdalite estreptocócica e abcesso parafaringeo, em que desenvolveu uma fasceíte necrosante do membro superior direito tendo sido submetida a fasciotomia descompressiva a 27/07/2012. Posteriormente despultou um empiema torácico esquerdo e derrame pericárdico pelo que foi sujeita a descorticação pulmonar esquerda a 26/08/2012 e a pericardiocentese a 06/09/2012. Nota: Biópsia e liquído pleural negativos para células neoplásicas. AVALIAÇÃO INICIAL - 04/09/2012 Programa de Reabilitação Departamento do Tórax Pneumologia I AVALIAÇÃO INICIAL - 04/09/2012 Escala de Glasgow =15 Escala de Borg modificada= 5 ;Escala de Barthel = 5 Escala de Lower:MS = 5; MI = 4 Escala de Ashworth: MS= 0; MI= 0 Amplitudes articulares MS Dto: Cotovelo-flexão 30º, Supinação 90º Aporte de oxigénio: máscara de venturi a 5l/min AP: MV diminuído na língula e ausente no lobo inferior esquerdo Gasimetria: pH =7.43; po 2 =117.4; pco 2 =45.6; hco 3 :29.7; sat:98,9 Reabilitação Funcional Cardio-Respiratória Reabilitação Funcional Motora Posição de descanso e de relaxamento Consciencialização da dissociação dos tempos respiratórios Reeducação abdomino-diafragmática, com ênfase inspiratório Reeducação costal global e selectiva do hemitoráx esquerdo Mobilizações activas livres e resistidas em todos os segmentos articulares dos membros inferiores e membro superior direito Exercícios terapêuticos no leito: oscilação pélvica e ponte Autores : Correia, João; Correia, Sónia; Felgueiras, João; Saraiva, Bruno; Gonçalves, Vitória. Inspirometria de incentivo Treino de marcha com controlo da respiração Treino de subir e descer escadas ESMOND, Glenda – Enfermagem nas doenças respiratórias. Lusociência, 2005, ISBN: 972-8383-91-6. ; HEITOR, Maria Clara [et al.] – Reeducação Funcional Respiratória. Lisboa, 2ª edição, 1988, Boehringer Ingelheim. HESBEEN, Walter – A reabilitação: criar novos caminhos. Loures, Lusociência, 2003, ISBN 972-8383-43-6.; LEITE, Valéria; FARO, Ana Cristina M. – O Cuidar do Enfermeiro especialista em reabilitação físico-motora – Relato de Experiência Profissional. São Paulo, USP, 2005. Treino de equilíbrio estático e dinâmico Transferências cama/cadeirão Treino de marcha Cicloergómetro 10 min/dia AVALIAÇÃO FINAL - 03/10/2012 Escala de Glasgow = 15 Escala de Borg Modificada= 0,5 ;Escala de Barthel = 19 Escala de Lower: MS=5; MI=5 Escala de Ashworth: MS=0; MI=0 Amplitudes articulares MS Dto: Cotovelo-flexão 90º, supinação 160º Sem aporte de oxigénio AP: MV diminuído no lobo inferior esquerdo Gasimetria: pH =7.45; po 2 =98.94; pco 2 =38.7; hco 3 =26.6; sat:96,9 REABILITAÇÃO Maior autonomia nas AVD Maior independência funcional MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA E FAMÍLIA

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Page 1: Reabilitar para a Autonomia Funcional - _Premio... · PDF fileda reabilitação funcional respiratória e motora e demonstrar através de um estudo de caso, ... Escala de Glasgow

Reabilitar para a Autonomia FuncionalA Reabilitação é um processo global, dinâmico e contínuo orientado para a recuperação física e psicológica da pessoa

portadora de deficiência, desvantagem, incapacidade tendo em vista a sua reintegração social, tornando-se importante no tratamento das patologias respiratórias restritivas.

Pretende-se deste modo, aprofundar o conhecimento sobre patologias respiratórias restritivas, reflectir sobre a importância da reabilitação funcional respiratória e motora e demonstrar através de um estudo de caso, o impacto na qualidade de vida.

Apresentação da doente

Nome: C.M.R.N.

Idade: 50 anos

Sexo: Feminino

Raça: Caucasiana

Profissão: Médica

Antecedentes pessoais

Asma, Dislipidémia

Hérnia do hiato, Esofagite péptica

Pancreatite, Derrame pericárdico

Regurgitação da tricúspide minor

Mastectomia radical esquerda em 1997 (QT,RT)

Anexectomia em 1997

Mastectomia radical direita em 2010 (QT)

História actual

Utente internada a 25/07/2012 em contexto deamigdalite estreptocócica e abcessoparafaringeo, em que desenvolveu uma fasceítenecrosante do membro superior direito tendosido submetida a fasciotomia descompressiva a27/07/2012. Posteriormente despultou umempiema torácico esquerdo e derramepericárdico pelo que foi sujeita a descorticaçãopulmonar esquerda a 26/08/2012 e apericardiocentese a 06/09/2012.

Nota: Biópsia e liquído pleural negativos paracélulas neoplásicas.

AVALIAÇÃO INICIAL - 04/09/2012

Programa de Reabilitação

Departamento do Tórax

Pneumologia I

AVALIAÇÃO INICIAL - 04/09/2012

Escala de Glasgow =15

Escala de Borg modificada= 5 ;Escala de Barthel = 5

Escala de Lower:MS = 5; MI = 4

Escala de Ashworth: MS= 0; MI= 0

Amplitudes articulares MS Dto: Cotovelo-flexão 30º, Supinação 90º

Aporte de oxigénio: máscara de venturi a 5l/min

AP: MV diminuído na língula e ausente no lobo inferior esquerdo

Gasimetria: pH =7.43; po2=117.4; pco2=45.6; hco3:29.7; sat:98,9

Reabilitação Funcional Cardio-Respiratória Reabilitação Funcional MotoraPosição de descanso e de relaxamento

Consciencialização da dissociação dos tempos respiratórios

Reeducação abdomino-diafragmática, com ênfase inspiratório

Reeducação costal global e selectiva do hemitoráx esquerdo

Mobilizações activas livres e

resistidas em todos os segmentos

articulares dos membros inferiores e

membro superior direito

Exercícios terapêuticos no leito: oscilação pélvica e ponte

Autores: Correia, João; Correia, Sónia;Felgueiras, João; Saraiva, Bruno;

Gonçalves, Vitória.

Inspirometria de incentivo

Treino de marcha com controlo da

respiração

Treino de subir e descer escadas

ESMOND, Glenda – Enfermagem nas doenças respiratórias. Lusociência, 2005, ISBN: 972-8383-91-6. ;HEITOR, Maria Clara [et al.] – Reeducação Funcional Respiratória. Lisboa, 2ª edição, 1988, Boehringer Ingelheim.HESBEEN, Walter – A reabilitação: criar novos caminhos. Loures, Lusociência, 2003, ISBN 972-8383-43-6.;LEITE, Valéria; FARO, Ana Cristina M. – O Cuidar do Enfermeiro especialista em reabilitação físico-motora – Relato de Experiência Profissional. São Paulo, USP, 2005.

Treino de equilíbrio estático e dinâmico

Transferências cama/cadeirão

Treino de marcha

Cicloergómetro 10 min/dia

AVALIAÇÃO FINAL - 03/10/2012

Escala de Glasgow = 15

Escala de Borg Modificada= 0,5 ;Escala de Barthel = 19

Escala de Lower: MS=5; MI=5

Escala de Ashworth: MS=0; MI=0

Amplitudes articulares MS Dto: Cotovelo-flexão 90º, supinação 160º

Sem aporte de oxigénio

AP: MV diminuído no lobo inferior esquerdo

Gasimetria: pH =7.45; po2=98.94; pco2=38.7; hco3=26.6; sat:96,9

REABILITAÇÃOMaior autonomia nas AVD

Maior independência funcional

MELHORIA

DA QUALIDADE DE VIDA

DA PESSOA E

FAMÍLIA