Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
Click here to load reader
-
Upload
jose-nunes-da-silva-jr -
Category
Education
-
view
72.490 -
download
90
Transcript of Reações de Substituição Nucleofílica e de Eliminação
DQOI - UFCProf. Nunes
Reações de Substituição Nucleofílica em Carbonos Saturados
Prof. Dr. José Nunes da Silva Jr.
Universidade Federal do CearáCentro de CiênciasDepartamento de Química Orgânica e InorgânicaQuímica Orgânica II
1 Atualizado em abr/2017
https://www.youtube.com/watch?v=kNI4JCsGx7M
DQOI - UFCProf. Nunes
Reações de Substituição Nucleofílica envolver a troca de um grupo funcionalpor outro:
Em cada reação de substituição, existe um eletrófilo, um nucleófilo e umgrupo abandonador.
nucleófilo
Nu R X: + R Nu + X-
grupo abandonadorheterólise
Substituição NucleofílicaSubstituição Nucleofílica
2
DQOI - UFCProf. Nunes
Um grupo abandonador exerce duas funções importantes:
1) Retira densidade eletrônica por efeito indutivo, tornando o átomocarbono adjacente eletrofílico. Isto pode ser visualizado através dosmapas de potencial eletrostático dos haletos de alquila.
2) Pode estabilizar qualquer carga negativa que se desenvolve comoresultado da saída do grupo do substrato.
Substituição NucleofílicaSubstituição Nucleofílica
3carga estabilizada
DQOI - UFCProf. Nunes
Os nucleófilos mais freqüentes encontrados em transformações de gruposfuncionais são ânions, os quais são usados na forma de sais com seuscontra-íons (metais, M) mais comuns: Li+, Na+, K+.
MOCR (carboxilato, RCO-)MOR (alcóxido, RO-)MSH (hidrogeno sulfeto, HS-)MCN (cianeto, -C≡N)MN3 (azoteto, N3
-)
A porção aniônica dos sais substitui o halogênio nos haletos de alquila.
NucleófilosNucleófilos
4
O O
DQOI - UFCProf. Nunes
1) Mecanismo Concertado: ataque nucleofílico sobre o carbono eletrofílicopromove a quebra da ligação entre o carbono o grupo abandonador
2) Mecanismo em duas etapas (a): Grupo abandonador sai, gera um carbocátionque é atacado pelo nucleófilo.
3) Mecanismo em duas etapas (b): Ocorreria a adição do nucleófilo composterior saída do grupo abandonador. Impossível, pois implicaria naformação de um carbono com 5 ligações.
Possíveis Mecanismos de SubstituiçãoPossíveis Mecanismos de Substituição
5
ataquenucleofílico
saída dogrupo
abandonador
saída dogrupo
abandonadorataque nucleofílico
Carbono teria 5 ligações
DQOI - UFCProf. Nunes
Durante a década de 1930, Sir Christopher Ingold e Edward D.Hughes (University College, Londres) investigaram as reaçõesde substituição para elucidarem o seu mecanismo.
Com base em dados cinéticos e observações estereoquímicas,Ingold e Hughes
� propuseram um mecanismo concertado paramuitas das reações de substituição queinvestigaram.
Mecanismos SN2Mecanismos SN2
6
ataquenucleofílico
saída dogrupo
abandonador
DQOI - UFCProf. Nunes
Dados cinéticos:
V = K [substato] [nucleófilo]
Mecanismos SN2Mecanismos SN2
7
H3C Br + HO- H3C OH Br -+
experimento [CH3Br] [OH-] Velocidade inicial
01 0,001 1,0 4,8 x 10-7
02 0,002 1,0 9,8 x 10-7
03 0,001 2,0 9,8 x 10-7
04 0,002 2,0 19,6 x 10-7
A variação da velocidade mostrou-se diretamente proporcional à variaçãodas concentrações dos reagentes, definindo uma ordem 1 para cadareagente e ordem geral 2 para a lei de velocidade para a reação.
Substituição
Nucleofílica
Bimolecular
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismos SN2Mecanismos SN2
8
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismos SN2 - Diagrama de EnergiaMecanismos SN2 - Diagrama de Energia
9
DQOI - UFCProf. Nunes
A estereoespecificidade das reações foi outra evidencial crucional quelevou os pesquisadores a proporem o mecanismo concertado.
� Quando a posição α é um centro de quiralidade, observa-se umainversão de configuração no produto, em relação ao reagente.
A inversão de configuração significa que o nucleófilo só pode atacar a partirdo lado de trás (lado oposto ao do grupo de saída), e nunca a partir do ladoda frente.
10
ataque por trás
ataque pela frente
α
Estereoquímica de Reações SN2Estereoquímica de Reações SN2
DQOI - UFCProf. Nunes
1) Os pares de elétrons livres do grupo abandonador criam uma região dealta densidade eletrônica que efetivamente bloqueia o lado da frente dosubstrato.
2) A Teoria do Orbital Molecular fornece uma resposta mais sofisticada.Lembre-se que os orbitais moleculares estão associados com amolécula inteira. De acordo com a TOM, a densidade de elétrons flui doHOMO do nucleófilo para o LUMO do eletrófilo.
Estereoquímica de Reações SN2Estereoquímica de Reações SN2
ataque por trás
ataque pela frente
11
nodo
DQOI - UFCProf. Nunes
Se um nucleófilo ataca o brometo de metila a partir do lado da frente, onucleófilo vai encontrar um nodo e, como resultado, não haverá ligação apartir da sobreposição entre o HOMO do nucleófilo e o LUMO do eletrófilo.
Em contraste, o ataque nucleófilo pelo lado de trás
� permite a sobreposição eficiente entre o HOMO do nucleófilo eo LUMO do eletrófilo.
Estereoquímica de Reações SN2Estereoquímica de Reações SN2
ataque por trás
ataque pela frente
12
nodo
DQOI - UFCProf. Nunes
O resultado estereoquímico observado para um mecanismo SN2 (inversãode configuração) é consistente com um mecanismo concertado.
� O ataque nucleófilo (pelo lado de trás) com perda simultânea dogrupo abandonador.
� Isso faz com que o centro de quiralidade se comportecomo um guarda-chuva invertido pelo vento:
13
Estereoquímica de Reações SN2Estereoquímica de Reações SN2
DQOI - UFCProf. Nunes
14
Estereoquímica de Reações SN2Estereoquímica de Reações SN2
DQOI - UFCProf. Nunes
Em reações SN2, Ingold e Hughes também verificou que:
� a velocidade era sensível à natureza do haleto de alquila.
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
15
Reatividaderelativa
Maisreativo
Menosreativo
Lento demaispara medir
Metil Primário Secundário Terciário
DQOI - UFCProf. Nunes
Para compreender a natureza dos efeitos estéricos que governam asreações SN2, devemos explorar o estado de transição da reação.
Lembre-se que um estado de transição é representado por um máximo deenergia em um diagrama de energia.
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
16
DQOI - UFCProf. Nunes
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
17
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação
“quanto maior a energia do estado de
transição (Ea), mais lenta será a
velocidade da reação.”
Com isto em mente, poderemos explorar o efeito do impedimento estérico sobre a
diminuição da velocidade da reação.
DQOI - UFCProf. Nunes
Observe com atenção o estado de transição.
O nucleófilo (N≡C-) está no processo de formação de um ligação com osubstrato, e o grupo abandonador quebrando sua ligação com o substrato.
Note que há uma carga parcial negativa em ambos os lados do estado detransição.
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
18
DQOI - UFCProf. Nunes
Se os átomos de hidrogênio forem substituídos por grupos alquila,interações estéricas gerarão um estado de transição de maior em energia,aumentando a Ea para a reação e, consequentemente, diminuindo avelocidade da reação.
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
19
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação
EnergiaLivre (G)
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação Coordenada da reação
NC-
NC-
NC-
DQOI - UFCProf. Nunes
O impedimento estérico na posição β também pode diminui a velocidade dareação. Por exemplo, considere a estrutura de brometo de neopentila.
Ele é um haleto de alquila primário, mas tem três grupos metila ligados aocarbono β. Estes grupos metila proporcionarão impedimento estéricofazendo com que a energia do estado de transição seja muito elevada, e avelocidade da reação muito lenta.
A velocidade de reação de um substrato neopentilo é semelhante à taxa deum substrato terciário em reações SN2. é Um exemplo de um haleto dealquilo primária que, essencialmente, não sofre uma reação SN2.
Estrutura do Substrato – SN2Estrutura do Substrato – SN2
20
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo – SN1Mecanismo – SN1
21
O segundo mecanismo possível para uma reação de substituição é ummecanismo multi-etapas em que há
1) a perda do grupo abandonador, para formar um intermediáriocarbocátion,
2) seguido por ataque nucleofílico ao carbocátion intermediário.
saída dogrupo
abandonadorataque nucleofílico
carbocátionintermediário
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo – SN1Mecanismo – SN1
22
Muitas reações parecem seguir este mecanismo. Mais uma vez, existemvárias evidências que suportam este mecanismo nesses casos.
Evidências cinéticas: Muitas reações de substituição não exibem umacinética de segunda ordem. Considere o seguinte exemplo:
Nestas reações, a concentração do nucleófilo é completamente irrelevante.
V = K [haleto de alquila]
Substituição
Nucleofílica
Unimolecular
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo – SN1Mecanismo – SN1
23
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo – SN1Mecanismo – SN1
24
V = K [haleto de alquila]
Etapa determinanteda velocidade da reação
A velodicade da reação SN1 é afetada apenas por fatores que afetam a velocidade de saída do grupo abandonador.
O aumento da concentração de nucleófilo não possui nenhum impacto sobre a velocidade da etapa lenta.
Portanto, a reação SN1 é consistente com um mecanismo multi-etapa, no qual a primeiro etapa é a determinante da velocidade.
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo – SN1 – Diagrama de EnergiaMecanismo – SN1 – Diagrama de Energia
25
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – EstereoquímicaMecanismo SN1 – Estereoquímica
26
Lembre-se que as reações SN2 ocorrem com inversão de configuração:
Em contraste, as reações SN1 envolve a formação de um intermediáriocarbocátion, que pode, então, ser atacado por ambos os lados pelonucleófilo, que provoca tanto a inversão de configuração como a retençãode configuração nos produtos.
inversão daconfiguração
50%
retenção daconfiguração
50%
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – EstereoquímicaMecanismo SN1 – Estereoquímica
27
Na prática, no entanto, as reações SN1 raramente produzem quantidadesexatamente iguais de produtos de inversão e de retenção de configuração.
Geralmente, há uma ligeira preferência para o produto de inversão.
A explicação aceita envolve a formação depares de íons.
Quando o grupo abandonador sai, ele ficamuito perto do carbocátion, formando umpar iônico.
Se o ataque nucleofílico ao carbocátionocorrer enquanto ele ainda estiverparticipando do par iônico, o grupo quesaiu bloqueará o ataque do nucleófilo poraquela trajetória.
Como resultado, o nucleófilo vai atacarmais vezes pelo lado oposto ao grupo desaída, levando a uma ligeira preferênciapor inversão sobre o de retenção.
grupo abando-
nador
grupo abando-nador
par iônico
Produto de retenção
<50%
Produto de inversão
>50%
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – EstereoquímicaMecanismo SN1 – Estereoquímica
28
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – EstereoquímicaMecanismo SN1 – Estereoquímica
29
Desenhe o produto da seguinte reação SN1.
Produto de retenção
<50%
Produto de inversão
>50%
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Estrutura do SubstratoMecanismo SN1 – Estrutura do Substrato
30
A velocidade de uma reação SN1 é
� altamente dependente da natureza do substrato,
� mas a tendência é o inverso da tendência que vimos parareações SN2.
� Em reações SN1, substratos terciários reagem mais rapidamente,que os substratos de metila, e os haletos de alquila primáriossão, na sua maioria, não reativos.
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Estrutura do SubstratoMecanismo SN1 – Estrutura do Substrato
31
Em reações SN2, o impedimento estérico era o problema porque o nucleófiloestava atacando diretamente o substrato.
Em contraste, em reações SN1, o nucleófilo não ataca o substratodiretamente.
� Em vez disso, o grupo abandonador sai primeiro, resultando naformação de um carbocátion. Esta etapa é a etapa determinanteda velocidade da reação .
Uma vez que o carbocátion é formado, ele é capturado rapidamente pelonucleófilo.
A velocidade da reação é de apenas dependente da rapidez com que o grupoabandonador forma o carbocátion.
� O fator dominante torna-se agora a estabilidade carbocátion.
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Estrutura do SubstratoMecanismo SN1 – Estrutura do Substrato
32
� O fator dominante torna-se agora a estabilidade carbocátion.
Lembre-se que os carbocátions são estabilizadas por grupos alquilavizinhos.
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Estrutura do SubstratoMecanismo SN1 – Estrutura do Substrato
33
Portanto, a formação de uma carbocátion terciário terá um Ea menor do quea formação de uma carbocátion secundário.
A maior Ea associada à formação de uma carbocátion secundário pode serexplicado pelo postulado de Hammond.
� o estado de transição para a formação de um carbocátionterciário terá energia próxima à do próprio carbocátion terciário.Portanto, a formação de uma carbocátion terciário envolverá umaEa menor.
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação
EnergiaLivre (G)
Coordenada da reação
substrato 2o substrato 3o
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Transferência de Próton no InícioMecanismo SN1 – Transferência de Próton no Início
34
Antes das duas etapas fundamentais de um mecanismo SN1,
� uma transferência de próton será necessária sempre o grupo desaída for um grupo OH.
� O íon hidróxido é um grupo de saída ruim e não vai sairá por si só.
� Será necessário protonar a hidroxila antes. Desta, o grupo abandonadorserá uma molécula de água muito mais estável que o íon hidróxido.
Grupo abandonador
ruim
Grupo abandonador
excelente
DQOI - UFCProf. Nunes
35
Ataquenucleofílico
Saída dogrupo
abandonador
Transferênciado próton
Mecanismo SN1 – Transferência de Próton no InícioMecanismo SN1 – Transferência de Próton no Início
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Transferência de Próton no FinalMecanismo SN1 – Transferência de Próton no Final
36
Após as duas etapas principais de um mecanismo SN1, uma transferênciade próton será necessária sempre que o nucleófilo for neutro (não carregadonegativamente).
Ataquenucleofílico
Saída dogrupo
abandonador Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Transferência de Próton no FinalMecanismo SN1 – Transferência de Próton no Final
37
Sempre que o nucleófilo que ataca for neutro, uma transferência de prótonserá necessária, no final do mecanismo.
Abaixo está mais um exemplo. As reações como esta, em que os solventesatuam como nucleófilo, são chamados de reações de solvólise.
Ataquenucleofílico
Saída dogrupo
abandonador Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Rearranjo do CarbocátionMecanismo SN1 – Rearranjo do Carbocátion
38
Rearranjodo
carbocátion
Saída dogrupo
abandonador Carbocátion2o
Carbocátion3o
Ataquenucleofílico
Transferênciado próton
Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN1 – Rearranjo do CarbocátionMecanismo SN1 – Rearranjo do Carbocátion
39
Rearranjodo
carbocátion
Saída dogrupo
abandonador
Ataquenucleofílico
Transferênciado próton
Transferênciado próton
EnergiaLivre
(G)
Coordenada da reação
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN2 – Transferência de Próton no InícioMecanismo SN2 – Transferência de Próton no Início
40
Uma transferência de próton também é necessária no início de um processoSN2, se o grupo de saída for uma hidroxila.
AtaqueNucleofílico
e
Saída dogrupo
abandonador
Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN2 – Transferência de Próton no InícioMecanismo SN2 – Transferência de Próton no Início
41
Uma transferência de próton também é necessária no início de um processoSN2, se o grupo de saída for uma hidroxila.
AtaqueNucleofílico
e
Saída dogrupo
abandonador
Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Mecanismo SN2 – Transferência de Próton no FinalMecanismo SN2 – Transferência de Próton no Final
42
Uma transferência de próton vai ocorrer no final de um processo SN2 se onucleófilo for neutro. Por exemplo, considere a seguinte reação de solvólise:
AtaqueNucleofílico
e
Saída dogrupo
abandonador
Transferênciado próton
DQOI - UFCProf. Nunes
Qual Mecanismo Predomina?Qual Mecanismo Predomina?
43
A fim de desenhar os produtos de uma reação de substituição específica,
� é preciso primeiro identificar o mecanismo da reação
� como sendo SN1 ou SN2.
� Se a substituição estiver ocorrendo em um centro de quiralidade,então temos de saber se ocorreu
� inversão de configuração (SN2) ou� racemização (SN1).
� Se o substrato é susceptível a rearranjo de carbocátion, então temosde saber
� se ocorreu rearranjo (SN1) ou� se rearranjo não é possível (SN2).
DQOI - UFCProf. Nunes
Qual Mecanismo Predomina?Qual Mecanismo Predomina?
44
Quatro fatores têm um impacto sobre se uma reação particular irá ocorreratravés de um mecanismo SN2 ou um SN1:
1) o substrato,2) o grupo de saída,3) o nucleófilo, e4) o solvente
Devemos aprender a olhar para todos os quatro fatores, um a um, paradeterminar se os fatores favorecem o mecanismo SN1 ou SN2.
DQOI - UFCProf. Nunes
Qual Mecanismo Predomina? O SubstratoQual Mecanismo Predomina? O Substrato
45
A identidade do substrato é o fator mais importante na distinção entre SN2 eSN1.
� SN2 > substrato influencia no impedimento estereoquímico no estado detransição,
� SN1 > substrato influencia na estabilidade do carbocátion.
Para resumir:� metila e substratos primários favorecem SN2.� substratos terciárias favorecem SN1.� substratos secundários e alílicos e benzílicos podem reagir por
meio de qualquer um dos mecanismos.� substratos vinílicos e arila não reagem através de qualquer
mecanismo.
velocidade velocidade
substrato substrato
DQOI - UFCProf. Nunes
Lembre-se que a velocidade de um processo SN2
� é dependente da concentração de nucleófilo.� é dependente da força do nucleófilo.
Em contraste, um processo SN1 a velocidade da reação
� não é afetada pela concentração ou força do nucleófilo� porque o nucleófilo não participa da etapa determinante
da velocidade e da reação.
Qual Mecanismo Predomina? O NucleófiloQual Mecanismo Predomina? O Nucleófilo
46
DQOI - UFCProf. Nunes
Em resumo, o nucleófilo tem o seguinte efeito sobre a concorrência entre osSN2 e SN1:
� Um nucleófilo forte favorece SN2.� Um nucleófilo fraco desfavorece SN2 (e, assim, permite que
SN1 compita com sucesso)
Portanto, devemos aprender a identificar nucleófilos fortes e fracos.
Qual Mecanismo Predomina? O NucleófiloQual Mecanismo Predomina? O Nucleófilo
47
Fortes Fracos
DQOI - UFCProf. Nunes
Ambos os mecanismos SN1 e SN2 são sensíveis à identidade do grupoabandonador.
Se o grupo abandonador é ruim, então
� nenhum mecanismo pode operar, mas reações SN1 sãogeralmente mais sensíveis ao grupo abandonador do que asreações SN2.
� Por quê?
� Recorde-se que a etapa determinante da velocidade deum processo SN1 é a saída do grupo abandonador, paraformar uma carbocátion e um grupo de saída.
Qual Mecanismo Predomina? O Grupo AbandonadorQual Mecanismo Predomina? O Grupo Abandonador
48
DQOI - UFCProf. Nunes
Nós já vimos que a velocidade desta etapa é muito sensível
� à estabilidade do carbocátion,� mas também é sensível à estabilidade do grupo de saída.
O grupo de saída deve ser altamente estabilizado,
� para que um processo SN1 seja eficaz.
Qual Mecanismo Predomina? O Grupo AbandonadorQual Mecanismo Predomina? O Grupo Abandonador
49
DQOI - UFCProf. Nunes
O que determina a estabilidade de um grupo abandonador?
Como regra geral,� bons grupos abandondores são bases conjugadas de
ácidos fortes. Por exemplo, iodeto (I-) é uma baseconjugada de um muito ácido forte (HI).
Qual Mecanismo Predomina? O Grupo AbandonadorQual Mecanismo Predomina? O Grupo Abandonador
50
ácido forte base conjugada(fraca)
DQOI - UFCProf. Nunes
51
ácido pka base conjugada
ácido+ forte
ácido+ fraco
base + estável
base- estável
Bonsgrupos
abandonadores
Ruinsgrupos
abandonadores
DQOI - UFCProf. Nunes
Os grupos abandonadores mais utilizados são
� os halogenetos e� os íon sulfonato.
Qual Mecanismo Predomina? O Grupo AbandonadorQual Mecanismo Predomina? O Grupo Abandonador
52
haletos Íons sulfonato
Iodeto brometo cloreto tosilato mesilato triflato
DQOI - UFCProf. Nunes
As reações de substituição nucleofílica ocorrem em soluções homogêneas apartir de solventes
� capazes de solubilizar tanto o haleto de alquila comoo sal do nucleófilo.
As misturas de solventes (EtOH+H2O) podem, frequentemente,� dissolver quantidade suficiente de ambos.
Muitos sais, bem como a maioria dos haletos de alquila,� são solúveis em DMSO (dimetil sulfóxido).
Os solventes orgânicos solubilizam os haletos de alquila,� mas não solubilizam os sais iônicos (nucleófilos).
53
O SolventeO Solvente
DQOI - UFCProf. Nunes
A escolha de solvente pode ter um efeito profundo� sobre as velocidades de reações SN2 e SN1.
Os solventes polares podem ser classificados como� próticos (conter pelo menos um átomo de hidrogênio ligados
diretamente a um átomo eletronegativo) e
� apróticos (não contêm átomos de hidrogênio ligadosdiretamente a um átomo eletronegativo).
Estes dois diferentes tipos de solventes� têm efeitos diferentes sobre as velocidades de processos SN1 e SN2.
54
O SolventeO Solvente
DQOI - UFCProf. Nunes
Os solventes polares podem ser classificados como
� próticos (contêm pelo menos um átomo de hidrogênio ligadodiretamente a um átomo eletronegativo) e
� apróticos (não contêm átomos de hidrogênio ligadosdiretamente a um átomo eletronegativo).
55
O SolventeO Solvente
DMSO (dimetil sulfóxido)
DMF (dimetilformamida)
acetonitrila
HMPA(hexametilfosforamida)
DQOI - UFCProf. Nunes
Solventes Próticos:
� estabilizam cátions e ânions.� cátions são estabilizadas por pares de elétrons livres do
solvente,� ânions são estabilizados por ligação-H com o solvente.
Como resultado, os ânions e cátions estão rodeados por um invólucro desolvente.
56
O SolventeO Solvente
DQOI - UFCProf. Nunes
Solventes Apróticos:
� estabilizam somente cátions.� cátions são estabilizadas por pares de elétrons livres do
solvente,� ânions não são estabilizados pelo solvente.
Como resultado, nucleófilos são mais elevados em energia quando colocadoem um solvente aprótico polar.
57
O SolventeO Solvente
DQOI - UFCProf. Nunes
Solventes Próticos favorecem SN1,
� intermediários polares e estados de transição:
Solventes Apróticos favorecem SN2,
� aumentando a energia do nucleófilo,� resultando em uma Ea menor.
58
O SolventeO Solvente