REBOLOS
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REBOLOS
DIMENSÕES E CLASSIFICAÇÕES
Os materiais abrasivos dos rebolos. Como reconhecer e como usar
Os rebolos podem ser de ÓXIDO DE ALUMINIO ou de CARBONETO DE SILICIO. Os rebolos de ÓXIDO DE ALUMÍNIO (vendidos no Brasil com os nomes de “ALOXITE”, “ALUNDUN”, ‘ORUNDIT” e “RECORDIT”), são menos duros mas resistem melhor aos golpes e impactos, por serem mais tenazes. Os rebolos de CARBONETO DE SILÍCIO (fabricados no Brasil com os nomes de “CARBORUNDUN”, “CRYSTOLON”, “SILICIT”, “CARBORECORD”) são mais duros, mas suportam menos os golpes, impactos e choques. Por isto são empregados para desbastar materiais de baixa resistência à tração ou quebradiços, enquanto os rebolos de óxido de alumínio são usados em materiais de maior tenacidade, ou seja, de maior resistência à tração, donde a seguinte regra:
Material quebradiço ou de baixa resistência à tração. Empregar rebolos
de carboneto de silício.
Material pouco quebradiço ou de alta resistência à tração (tenaz).
Empregar rebolos de óxido de alumínio.
O que acontece quando isto não é observado? Os rebolos de carboneto de siício, quando empregados em materiais de alta tenacidade ou alta resistência à tração, desgastam-se rapidamente porque a granulação se fragmenta e se parte com facilidade. Por outro lado, quando se empregam os rebolos de óxido de alumínio em materiais de baixa resistência à tração, eles se embotam rapidamente, isto é, perdem o corte ou se emplastam.
Tabela 1
QUE REBOLOS DEVE-SE ESCOLHER?
Rebolos de Óxido de Alumínio Marca “Aloxite”, “Alundum”, “Corundit”, “Recordit”
Rebolos de Carboneto de Silicio Marca “Carborundum”, “Crystolon”, Silicit”, “Carborecord”
Empregar em materiais de alta tenacidade (menos quebradiços)
Empregar em material de baixa tenacidade (mais quebradiço)
Aços carbono Aços ligas tenazes Ferro forjado recozido Bronze tenaz Aços rápidos
Metal duro (Widia) Ferro cinzento Ferro fundido em coquilhas Ferro cementado Bronze fundido
Ferro maleável Ferro forjado
Latão, Cobre Alumínio Mánnore, Granito, Vidro Pedra, Concreto Borracha, Couro
ATENÇÃO: Para afiação de ferramentas de metal duro (Widia) empregar rebolos de Carboneto de Silício Verde G C ou 39C (Norton). Além da
orientação da tabela, ao se fazer uso de um rebolo deve-se observar: 1— O material a ser trabalhado, se duro ou mole. 2 — A operação a ser executada, de desbaste ou acabamento, retificação, etc. Assim:
Para trabalhos grosseiros, desbaste e rebarba, usar rebolo de granulação grossa.
Para trabalhos finos, acabamento, afiação, usar rebolos de granulação fina,
Em rebolos de liga vitrificada (V) usar baixa velocidade. (Até 32 m/seg.)
Em rebolos de liga resinóide (B) usar velocidades maiores. (Até 47’m/seg.) para desbaste.
ESPAÇAMENTO OU POROSIDADE DOS REBOLOS Ë dado por uma classificação que vai de 1 a 15. Os números mais baixos para os rebolos mais fechados, e os números mais altos para os rebolos mais abertos. (Ver figura 236). Rebolos de estrutura mais espaçada — maior obstrução e maior saída do cavaco, mas menor duração (dependendo da dureza) e acabamento mais grosseiro
Os rebolos de ESPAÇAMENTO MAIS ABERTO são mais indicados para os trabalhos de DESBASTE, para os materiais que se ALTERAM facilmente com o CALOR, os que soltam CAVACOS GRANDES, ou os que tenham muita SUPERFÍCIE de CONTATO.
Os rebolos ‘de ESPAÇAMENTO MAIS FECHADO são mais indicados para os trabalhos de ACABAMENTO.
O que se deve saber sobre a velocidade dos rebolos
Material mole — maior velocidade do rebolo
Material duro — menor velocidade do rebàlo
Rebolo de liga vetrificada — baixa velocidade.
(Até 32 m/seg.)
Rebolo de liga resinóide — Alta velocidade.
(Até 47 m/seg.)
A influencia da velocidade sobreo rebolo
Aumentando-se a velocidade de um rebolo, ele se comporta como mais duro. A diminuição da velocidade de um rebolo faz com que ele se comporte como mais mole.
Influência da velocidade da peça: Aumentando se a velocidade da peça, o rebolo se comporta como mais mole. Inversamente, quando a velocidade da peça diminui, o rebolo se comporta como mais duro.
O que se deve entender pela classificação de dureza de um rebolo
A dureza de um rebôlo corresponde ao modo em que os grãos do material abrasivo estio ligados entre si, e não propriamente à dureza do material em si. Quando a granulação de um rebolo solta-se ou se destaca facilmente dizemos que o rebolo é mole. Quando estes grãos não se soltam facilmente dizemos que o rebolo é duro. Quando o material que se vai trabalhar tem a tendência de emplastar ou de cobrir o rebolo, deve-se usar rebolo que solte. grãos, isto é, rebolo mole. Um rebolo mole desgasta-se mais depressa do que um rebolo duro, mas em compensação não sofre o emplastamento.
Tabela 2VELOCIDADE DOS REBOLOS
MATERIAL Desbaste Acabamento Retificaçfo Interna
Alumínio 18a21 18a21 . 48
Bronze, Latio,
Cobre 18a20 18a21 42
Feno fundido 15a18. 15a18 36
Aços, ligas 9 9a12 24a30
Açotemperado 12 15a18 24a32
Açonotemperado 9a12 12a15 18a24
Ferramentas e cha P
S 22 32
Superf. ciíndr. 27 32
Superf. planas 20 32
Superf. internas 10 32
Operações de des basta
com rebolo
de liga vitrificada 25 32
Operação de des basta
com rebolo
resinólde 35 47
Rebolos de corte 50 80
Disco de comando
devílvulas 10 25
Tabela 03 MARCAS DE REBOLOS
MARCAS EQUIVALENTES DE REBOLOS DE CARBONETO DE SILÍCIO
Fabricantes, marças e simbolos
Fabricantes Marca Nor-
mal
Fria- vel Verde
Tenaz Semi-
friavel
Mistura de Silicio
Carborundum do Brasil Carborundum C GC TC WC
BC
Carborundum (USA)
Carborundum C GC TC SC RC
WC BC
Norton Meyer do Brasil Crystolon 37C 39C
Rebolos Brasil Silicit C CG
Sivat Brasil Carborecord C GC
Sterling (USA)
Sterbon C GC C C SC
Electrit (1checos- lováquia) Carborundum C C extra
Cincinati (USA)
— 6C 5C 7C
Marcas alemãs .
Siliziumcarbird Schwarz Siliunskarbird Grun
SCN SCg
Tabela 04 REBOLOS RECOMENDADOS PARA ESMERILHAR
METAL DURO
Operação Abrasivo Granulação Dureza
Porosidade
Liga
A mão desbastar
CSi ou diamante
60 100
H 1 3 3
6 —
Vitrificada
Resina
Acabar‘CSi ou diamante
100 100
H 1 J J 5Vitrificada
Resina
A máquina desbastar CS i 60 G H 1 5-6 Vitriíïcada
Acabai CSI 80a 100 HIJ 5-6 Vitrilïcada
Superfície desbastar a seco CS 1 60 G H 1 6 Vitrificada
Acabar a seco CS 1 100 G H 5 Vitrificada
Desbastar úmido diamante 100 3 Resina
Acabar a úmido diamante 220 3 Resina
Poliiítento comum diamante 220-3 20 111 Resina
Fino diamante 400-500 H 1 Resina
No emprego dos rebolos observe: Existe uma especificaçâo de rebolo para cada serviço e material. O rebolo desgasta-se rapidamente? Há erro de abrasivo ou de dureza? A velocidade de um rebolo modifica a dureza do rebolo no trabalho?
Tabela 05MARCAS EQUIVALENTES DE REBOLOS DE
ÓXIDO DE ALUMINIO
Marcas, Fabricantes e Simbolos
Fabricante Marca Branco Nor
mal
Mis
tura
Alu
Mistura
Alum. Carb Tenaz
Semi friavel
Carburundum do Brasil
Aloxite AA A DA C3A
Carburundum(USA) Aloxite AA A DA
EA
HA
C3A
C4A
TA
WA
GA
SA
Norton Meyer do Brasil
Alundun 32A
38ª
A
19ª
AC
AIC A2C
A3C
44ª 57A
Rebolos Brasil Corundit AA A DA
Sivatt (Brasil) Recordit 199
AA A
Sterling (USA) Sterlit WA A ZA
EA
JA HA KA
PA
Electrit (Tchecoslovaquia)
Electrit AA A
Marcas Alemãs Normal
Korund
Helbedel korund
-
-
NK
HK
Edelkorund
EK
Cincinati (USA) Cincinati 9A A 97A CA 1A 2A
RETIFICAÇÃO
Retificação externa — o rebolo e a peça devem girar no mesmo sentido. O diâmetro do rebolo deve ser maior do
que o da peça.
Retificação interna — o rebolo e a peça devem girar em sentido inverso.
A velocidade de rotação do rebolo, tanto na retificaço interna como externa, deve ser maior do que o da peça. Retificação plana — Para um sentido determinado de rotaço do rebolo, o avanço da peça pode ser da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda.
RETIFICAÇÃO DO REBOLO POR DIAMANTE
1— Evitar vibrações. 2— Inclinar o eixo do porta.diamante: Grão muito fino 45°— Grão médio 200 Grão fino 30°—Grosso 150. 3— Evitar choques. O diamante deve penetrar levemente. 4— Diminuir a velocidade do rebolo ao mínimo.
A tenção: O rebolo deve ter proteçâo para evitar que fa(scas atinjam o rosto e os olhos do operador. Não existindo proteção, o operador deve usar óculos de proteção. Nunca ponha a mão em um rebolo em movimento.
Tabela 102 RECOMENDAÇÔES PARA O USO DOS REBOLOS REBOLOS RETOS FACE A, USO
GERAL (Cortesia da Carborundum do Brasil)
Para aço e ferro maleavel P/ ferro fund. Latão, bronze , aluminio
P/ metal duro (Widia)
Material Abrasivo
Granulação
Dureza
Porosidade
Liga
Oxido de Aluminio
16, 24, 36, 46, 60, 80, 100
De M a R
n.º 6
Vitrificada
Carboneto de Silicio
De 16 a 60
O a R
n.º 4
Vitrificada
Carboneto de Silicio Verde
60, 80, 100, 120, 200
J
n.º 5
Vitrificada
Tabela 103
Retificação de superfície plana Retificaçãocilíndrica
Rebolo reto plano:
Aço carbono D A 4618 V
Aço temperado AA 46117 V
Rebolo anel ou segmento
Aço carbono D A 36 H 8 V
Rebolos retos e rebaixados de 1 lado ou 2 lados:
Ferro fundido C 363 4V
Aço doceA46N6V
Aço temperado D A 60 D 6 V
Meta lMoneIA6OJV
Tabela 104
RETIFICAÇÃO INTERNA
Rebolos retos e rebaixados de 1 lado
Ferro fundido e aluminio
Aço temperado
Aço doce
C 46 K4 V
DA 60 K8 V
A 46 L6 V
Os Rebolos de Diamante natural são indicados pela letra D
Os Rebolos de Diamante Sinteticos indicados pelas letras SD
Os Rebolos de Diamante Sinteticos SD tem rendimento 50% superior
Os Rebolos de Diamante Sinteticosrevestidos ASD te, 80% de rendimento sobre os de diamante natural
Os Rebolos de Diamante Sinteticos revestidos não trincam, não soltam fora, e seguram os outros componentes
Tipos de Rebolos diamantados
Tipo de Diamante Usado Indicação Aplicação
Natural D
Sintético com revesti- mento de cobre
SD Trabalho a seco
Sintético com revesti- mento de níquel
ASD Trabalhô refrigerado
Sintético com revesti- mento de níquel
ASDCTrabalho dificilmente sem
refrigeração
Indicações de rebolos diamantados:
Primeiro se faz a indicação referente ao tipo de rebolo e suas medidas
Exemplo
Depois ve as indicações referentes a qualidade
(1) – Sob Encomenda (2) – Nas normas nacionais usa-se h ou H
As letras de indicação de dureza e os nºs de granulação são semelhantes ás usadas pelos rebolos comuns
Adotar
Refrigeração a adotar:
Rebolos metálicos, 1/3 de querosene, 2/3 de agua
Rebolos resinóides (quando refrigerados), usar oleo soluvel