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Recalque (ELS) e carga última (ELU) de Fundações Diretas Prof. Mauricio Abramento Revisão (2017): Waldemar Hachich

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Recalque (ELS) e carga última (ELU) de Fundações Diretas

Prof. Mauricio Abramento

Revisão (2017): Waldemar Hachich

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Avaliação da Tensão Admissível

� Tensão admissível deve

� garantir segurança contra ruptura (� =�ú���)

� 2,0 < F < 3,0 (de maneira geral em fundações)

� garantir recalques aceitáveis

� Avaliação exige� determinação de �ú� = ���� determinação de recalques diferenciais

� Avaliação alternativa: correlações (principalmente, mas não exclusivamente, com ���)

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Recalques de Fundações Diretas

� Recalques regidos pelas tensões

� aplicadas: cargas externas

� pré-existentes: peso próprio, pré-adensamento, etc.

� Importam sempre tensões efetivas ⇔oscilações do N.A. também têm efeito nos recalques

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Cargas externas

qB

2 a 2,5B σz=I.q

0,9

0,5

0,1

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Mecanismos de recalque

� Aumento de tensões efetivas causando pequenas variações volumétricas

� ∆� ou ∆� pequeno

� deformações devidas principalmente a pequenos ajustes de posição relativa dos grãos

� recalques imediatos ou rápidos

� modelos da Teoria da Elasticidade

� solos arenosos e argilas sobreadensadas

� Aumento de tensões efetivas causando grandes variações volumétricas

� ∆� ou ∆� grande

� deformações devidas principalmente a grandes ajustes de posição relativa dos grãos

� recalques por adensamento, demorados

� modelos das Teorias de Adensamento

� argilas muito moles a médias, saturadas

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Tipos de recalques (definidos pelos mecanismos)

� Imediatos

� Por adensamento

� Secundários: argilas orgânicas com IP elevado

� Um ou mais podem ocorrer em determinado perfil de subsolo

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Prova de carga: dificuldades� Representatividade

��, �

�� �

Solo mole

� Velocidade de carregamento

�, �

?

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Recalques

a) uniformes b) rotação contante (= ∆��� ) c) distorção variável (= ∆�

�� )

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Solos especiais(exigem modelos especiais)

� Solos colapsíveis� Carregamento + ∆w ⇒ instabilidade da estrutura do solo

� Exemplo: argila porosa da Av. Paulista

� Solos expansivos� ∆w ⇒ aumento significativo de volume, devido a argilo-minerais expansivos (esmectitas, motmorilonitas), podendo inclusive elevar edificações neles apoiadas

� Exemplo: regiões do Vale do Paraíba

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� Definições:

� tensão de ruptura (antigamente, capacidade de carga) = = resistência (tensão) última = �����

� ruptura clássica: deslocamento incessante sem acréscimo de carga

Carga última: introdução

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� Observação de modelos ⇒ três tipos de ruptura (Vésic, 1963 e 1975)� Ruptura Geral

� Ruptura Local

� Ruptura por Puncionamento

� Tipos dependem de: � compressibilidade do solo (compacidade das areias, consistência das argilas)

� profundidade e largura da sapata

� condições de carregamento

Tipos de Rupturas

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GeralSuperfície de ruptura bem definida, em geral com pico, ruptura brusca, colapso da estruturaELU típico

LocalSuperfície definida progressivamente, carga sempre crescendo com recalques, mas em ritmo decrescente ELS antes de ELU

PuncionamentoNão se detectam as superfícies de ruptura, recalque acentuado, em geral sem tombamento (“corte”, como uma faca)Evitar com largura mínima.

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Determinação da carga última

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Teorização (modelos)

Observação de

estruturas

Perfil do subsolo

• Provas de carga (vide coleção 6 de PEF3305)

• Formulações teóricas

• Formulações semi-empíricas

• Correlações

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Fórmulas Didáticas de Terzaghi

� Placa Circular

B=2R2R 2R

2R

qruptObservação / ensaio

σ∗3

σ∗1σ3

σ1

Hipóteses: a) ε3 ≅ 2 ε*1 (intuição + observação)b) σ3 ≅ 2 σ*1 (elasticidade linear)c) Resistência é função do solo e do tipo de solicitação

ε∗1ε3

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Resistência

Na verdade, na plasticidade perfeita demonstra-se que σrupt < 6 su

����� = � (2 #$ − 1)

σ∗1 σ3≅2 σ∗1 σ1=σrupt= qrupt≅ 6 suσ∗3=0

su

Solicitação não drenada (Tresca)_

Solicitação drenada (Mohr-Coulomb)

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Análise Limite

� Teorema do limite inferior

� Observar o aumento do limite inferior com o refinamento:

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σrupt= qrupt≥ q0+5,09 su

k = su

q0

p0 = q0

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Análise Limite

� Teorema do limite superior

� Observar a redução do limite superior com o refinamento

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k = su

σrupt= qrupt ≤ q0+5,18 su

q0

p0 = q0

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Convergência para a solução exata da Teoria da Plasticidade

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Nk = Nc

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Equilíbrio limite usual

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k = su

q0

q0

Qf = Qrupt

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� Hipóteses:� Solo rígido-plástico

� Solo homogêneo, semi-infinito, contínuo, isotrópico

� Estudo bidimensional (sapata corrida)

� Solo genérico (c e φ)

� Despreza-se a resistência ao cisalhamento (mas não o peso) do solo acima da cota de apoio da sapata

Fórmula Generalizada Terzaghi

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Fórmula Generalizada Terzaghi

q0 = γ D

B

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σrupt=

sc c Nc

+

sq q0 Nq

+

sγ 0,5 γ B Nγ

parcela de resistência devida a:

intercepto de coesão (ou resistência não drenada, caso em que c = su)

sobrecarga lateral (q0=γ D)

atrito na superfície de ruptura

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Fórmula Generalizada Terzaghi

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Fatores de forma

sc 1,3 1,3 1+0,3 B/L

sq 1,0 1,0 1,0

sγ 0,8 0,6 1-0,2 B/L

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Fatores de Capacidade de Carga

Linhas cheias: ruptura geralLinha tracejadas: ruptura local

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Influência da dimensão B

Dimensão B da sapata (para D=0)

� Solicitação não drenadaσrupt= su Nc (não depende das dimensões)

� Solicitação drenadaσrupt= 0,5 γ B Nγ (tensão diretamente proporcional a B)

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Sobrecarga q0 = γ D

Sempre aumenta σrupt= q0 Nq

� Solicitação não drenada: Nq=1,0 (pouco importante)

� Solicitação drenada: Nq>1,0 (mais importante)

Influência da sobrecarga

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Influência do NA

Tendo em mente que:��� = )*+ * + )��� � + )-0,5�� -

� γ = γsub para tudo que estiver submerso� Solicitação drenada: redução substancial de

σrupt� Solicitação não drenada: altera �� se NA acima da cota de apoio, mas altera pouco (Nq=1,0)

� Capilaridade, sucção (efeito transitório)