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Recepção, mediação e midiatização
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Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Disciplina: Teoria das Culturas Midiáticas Audiovisuais
Professor: Cláudio Paiva
Aluno: Ian Costa Cavalcanti
Resumo:
Recepção, mediação e midiatização - conexões entre teorias europeias e latino-americanas de
Laan Mendes Barros. In. Mattos M.A.; Janotti Junior, J.; Jacks, N. (Orgs.). Mediação &
Midiatização. Salvador/Brasília, EDUFBA, 2012.
O autor aponta com este artigo as evidentes e complementares aproximações de
teorias comunicaionais e filosóficas acerca da midiatização e mediação entre correntes
europeias e latino-americanas, sobretudo no tocante à Hermenêutica de Paul Ricoeur, os
estudos culturais e as teorias da mediação de Martín-Barbero. O principal elo de ligação entre
as correntes se faz pela quebra de teorias pragmáticas como a da Agulha Hipodérmica,
trazendo apontamentos da mensagem como processo de absorção difusa por atravessar a
saliente barreira da cultura, variante decisiva pelo contexto sociocultural do indivíduo.
Conforme a defesa deste elemento cultural como película mediadora da mensagem, existe a
defesa da sociedade midiatizada e o apontamento da ferramenta comunicacional como
dimensão social e contemporânea da esfera pública, e que a junção destas partes, a midiação
e midiatização são a chave para estudo analítico das práticas sociais atuais. A este respeito, a
relação proposta pela Hermenêutica de Rioueur levanta questões acerca da recepção e
transmissão, evidenciando o fator de circulação internacional (ou internacionalizada) no
aspecto da prática e relação social e, por assim dizer, da tentativa de agendamento e
reprodução da mensagem para (super)estruturação da cultura.
Exemplificação
Dadas as teorias defendidas pelos autores e a sintética relação proposta por Barros, a
concepção da sociedade midiatizada que tem em sua cultura o principal filtro da formação do
conceito da mensagem recebida, assim como da tentativa de estruturação ou
superestruturação da cultura (midiática), podemos verificar como exemplo o "sonho
americano". O ideal de vitória econômica e vida perfeita em uma casa de subúrbio defendida
há tempos pelos meios massivos da indústria americana de entretenimento, durante muito
tempo foi concebida como incontestável principalmente se falamos da América Latina, em seu
contexto colonial de repressão do século XX, em que o ideário americano era defendido e não
contestável, principalmente pelo filtro opositivo imprimido pelas ditaduras. Fato é que com a
"abertura" dos meios de comunicação e de opinião, este modelo de vida vem sendo
contestado, inclusive pelos próprios americanos, fruto de repressão, hipocrisia e política
internacional armamentista, que há muito existe e difere do ideal pacífico, mas que vem
recebendo críticas do seu principal veículo de propaganda, o entretenimento, em séries como
American Dad, Os Simpsons e Family Guy, mas também à repulsa de filmes que exacerbem o
ufanismo esdadunidense.