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Recomendações para a elaboração do conteúdo Agência de ... · 5.4 Dicionário de termos...
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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Informática Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Recomendações para a elaboração do conteúdo Agência de Informação Embrapa
Roberto Vicente Cobbe Clóvis Guimarães Filho Raul Colvara Rosinha Milena Ambrosio Telles Denise Werneck de Paiva Mayara Rosa Carneiro Adriana Delfino dos Santos
Setembro, 2007 .
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Sumário 1 Apresentação 2 Introdução
2.1 Objetivo 2.2 Providências para a inclusão de conteúdos 2.3 A Equipe Editorial (EEA) e seu papel 2.4 Capacidade de resposta da Agência segundo o perfil do usuário
3 Diferentes Árvores ou grupos de conteúdo
3.1 Árvore hiperbólica
3.2 Estruturação lógica das Árvores relativas a cadeias produtivas.
3.2.1 Guias para padronização dos conteúdos das Árvores do conhecimento.
3.3 Variantes para atender situações específicas e regionalizadas.
3.4 Cálculo do custo operacional de produção e análise de rentabilidade do empreendimento.
4 Tratamento do conteúdo
4.1 Por que se preocupar com o tratamento do conteúdo? 4.2 Responsabilidade pelo conteúdo das Árvores
4.3 Tratamento da informação sob o enfoque da qualidade da mensagem 4.3.1 Os públicos 4.3.2 A forma
4.4 Detalhes do tratamento da mensagem 4.4.1 Códigos 4.5 Recomendações para a elaboração de figuras 4.5.1 Formatos de arquivos gráficos 4.5.2 Exemplos de situações relativas a figuras 4.6 Recomendações para preparar arquivos gráficos 4.6.1 Tamanho de arquivo 4.6.2 Modo de cores para web 4.6.3 Recomendações para digitalização e tratamento de fotografias 4.7 Conteúdo informativo 4.7.1 Informação Simplicidade vocabular e sintática Relevância Concisão e objetividade Redundância Organização lógica e visual das informações Coerência terminológica 4.9 Autoria 4.10 Referências 5 Outros Aspectos 5.1 Controvérsias científicas 5.2 Amplitude de fontes 5.3 Abrangência e regionalização das recomendações 5.4 Dicionário de termos técnicos 6 Anexos
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1 Apresentação
A Agência de Informação Embrapa é um sistema web que possibilita a organização, o tratamento,
o armazenamento, a divulgação e o acesso à informação tecnológica e ao conhecimento gerados
pela Embrapa e outras instituições de pesquisa. Essas informações estão organizadas numa es-
trutura ramificada em forma de árvore, denominada Árvore do Conhecimento, na qual o conheci-
mento é organizado de forma hierárquica.
A Agência contém, portanto, o conjunto de todas as Árvores do Conhecimento desenvolvidas pe-
las Unidades Descentralizadas da Embrapa, sobre produtos e temas do negócio agrícola. Nos
primeiros níveis desta hierarquia, estão os conhecimentos mais genéricos e, nos níveis mais pro-
fundos, os mais específicos. Cada item da Árvore é denominado "nó" e são definidos a partir da
subdivisão sucessiva do conteúdo (“subnós”).
As Árvores do Conhecimento contêm informações validadas sobre todas as etapas da cadeia pro-
dutiva dos produtos (cultivo e criação) e sobre os temas diversos. Além dessas informações, a
Agência de Informação Embrapa possibilita ao usuário o acesso a recursos de informação (arti-
gos, livros, arquivos de imagem e som, planilhas eletrônicas etc.) na íntegra.
As primeiras aproximações das Árvores do Conhecimento foram objeto de uma revisão que con-
tou com a participação intelectual de um grupo de profissionais de diferentes áreas, da qual resul-
tou o conjunto de recomendações apresentadas neste documento.
Este trabalho complementa uma série de guias já disponibilizados pelas equipes coordenadoras
da Agência (Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Informática Agropecuária), e estabelece
alguns princípios a serem seguidos pelas Unidades da Embrapa no preparo do conteúdo que lhes
corresponde na Agência. Além disso, define padrões para a estruturação de Árvores do Conheci-
mento, a redação dos textos e outros procedimentos recomendáveis à edição e à publicação de
conteúdos na Agência de Informação Embrapa, para que sejam de mais fácil leitura e assimilação.
Entendemos, porém, que, além da dinâmica da Embrapa, a sociedade do conhecimento pode e
deve colaborar com críticas, correções e reformulações absolutamente necessárias à permanente
atualização deste documento.
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2 Introdução
A edição destas Recomendações tem por objetivo reunir e oferecer elementos normativos que
facilitem o preparo, a redação e a edição de textos destinados às Árvores do Conhecimento a
serem incluídas na Agência de Informação Embrapa.
Sua necessidade decorre da amplitude de fontes de dados, nas diversas Unidades da Embrapa, e
do tratamento a que devem ser submetidos por diferentes técnicos, antes de serem colocados à
disposição dos públicos a que se destinam. Além disso, também ressalta o objetivo de fornecer
um produto que se mantenha dentro de uma linha editorial homogênea, aprovada pela direção da
Empresa.
Apesar de existirem outras iniciativas de normatização das publicações da Embrapa (especial-
mente o Manual de Editoração e o Manual de Padronização da Embrapa na Internet, cujas nor-
mas devem continuar a ser respeitadas), este trabalho enfoca principalmente o conteúdo da in-
formação a ser inserida na Agência de Informação Embrapa, nos seus aspectos ligados à co-
municação, compreendendo a organização e a forma do conteúdo.
Assim, este documento busca destacar a importância do relato de fatos e informações técnicas –
e a maneira de fazê-lo – que venham a ser uma ferramenta prática de trabalho aos usuários das
Árvores do Conhecimento da Agência.
Para isso, ressalta-se inúmeras vezes ao longo do texto o objetivo de “comunicar” ao usuário não
só a disponibilidade de conhecimento na Agência de Informação Embrapa, como também sua
utilidade e aplicabilidade nas diversas situações da agropecuária brasileira. Com essa premissa
em mente, os textos dos nós da Árvore deverão ser de fácil entendimento pelo público-alvo, sem
necessidade de recorrer a dicionários ou outras obras que permitam “descobrir” o que está escrito.
Além disso, a Agência faz a indicação e permite o acesso a recursos de informação (RI) quando
se tratar de complementar o conhecimento ou de fornecer dados específicos.
As informações tecnológicas de produção ou de caráter temático e ambiental contidas na Agência
têm caráter institucional. Elas devem representar a síntese e o consenso das equipes de autores
das Unidades de Pesquisa da Embrapa sobre os diferentes assuntos e sobre a tecnologia de pro-
dução das diferentes espécies vegetais e animais no Brasil, respeitando os princípios de Boas
Práticas Agropecuárias (BPA) e de Produção de Alimentos Seguros (PAS).
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A linguagem a ser adotada deverá ser objetiva, clara e concisa, apresentando as informações ne-
cessárias e, quando oportuno, orientação para busca de informações complementares em outras
fontes.
2.1 Objetivo
Oferecer orientações à Equipe Editorial da Agência (EEA) sobre os princípios e técnicas
para apresentação de informações científicas e tecnológicas objetivas, organizadas e trata-
das, de interesse prático, sobre o processo produtivo agropecuário e demais atividades nas
cadeias do agronegócio brasileiro, além de temas relacionados com o meio-ambiente e, em
alguns aspectos, com o conhecimento científico básico.
2.2 Providências para a inclusão de conteúdos
Para poder incluir seus conteúdos na Agência de Informação Embrapa, uma Unidade deve provi-
denciar o seguinte:
a) Consultar a Embrapa Informação Tecnológica sobre o tema/produto da Árvore1.
b) Nomear um Editor Técnico para a construção da Árvore do Conhecimento.
c) Constituir a Equipe Editorial da Agência (EEA), composta pelo Editor Técnico e, no
mínimo, um especialista na área de domínio do produto ou tema (pesquisador ou técnico
de nível superior), um bibliotecário, um profissional de comunicação e um profissional de
apoio administrativo (Anexo 1).
d) Deverá também ser constituída uma equipe de autores, responsável pela elabora-
ção da informação básica, a ser inserida em cada nó e subnó da Árvore correspondente.
e) Prover uma infra-estrutura de informática e de comunicação para a realização dos
trabalhos na Agência (ver Manual do usuário do Gestor – Módulo 1).
f) Treinar os membros da EEA na metodologia de organização da informação e no
sistema Gestor de Conteúdo da Agência – versão 2, realizado pelas Unidades Coordena-
doras – Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Informática Agropecuária.
1 Atualmente, existe um projeto corporativo no Macroprograma 5, que prevê a construção de diversas Árvores em seus planos de ação, coordenados por diversas unidades. As Unidades que não entraram nesse projeto podem propor outros temas; porém, deve-se verificar a existência de possíveis parcerias em Árvores que já estão sendo contruídas.
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2.3 A equipe editorial (EEA) e seu papel
A EEA terá a função de elaborar o conteúdo da Árvore e assessorar o Comitê Local de Publica-
ções no referente à supervisão e à aprovação desse conteúdo para a construção da Árvore na
Agência.
A elaboração dos conteúdos a serem inseridos na Agência requer a existência de um Editor Téc-
nico, responsável pela síntese, uniformização de linguagem e edição do conteúdo, usando textos
e ilustrações criados pela equipe de autores – pesquisadores ou técnicos – bem como figuras, re-
lacionados com os processos de produção vegetal ou animal ou com os demais temas trabalha-
dos pela UD. Esta equipe é escolhida e designada formalmente para participar do trabalho, no
âmbito de cada UD detentora do mandato de pesquisa sobre a espécie ou o tema considerado.
Essas equipes poderão incorporar autores – pesquisadores ou técnicos – de outras UDs com
competência no tema ou produto.
O Editor Técnico de uma Árvore do Conhecimento não deve ser um mero “juntador” de conteúdos
criados por diferentes autores. Ele é um elemento que:
• Coordena o enquadramento do conhecimento do produto ou tema nas Árvores do
Conhecimento correspondentes.
• Discute o conteúdo e orienta a equipe de autores sobre a forma de apresentação
dos textos.
• Promove, com a ajuda do profissional de comunicação, a síntese e a uniformização
de linguagem e outros aspectos do conteúdo, garantindo a obediência às normas
deste documento.
• Solicita o fornecimento, a substituição ou o tratamento digitalizado de figuras para
aprimorar a qualidade do conteúdo.
• Procura, como editor, assegurar um conjunto harmônico, sintético e relevante de o-
rientações que são, em última análise, a palavra oficial da Embrapa sobre os sis-
temas de produção agropecuária.
• Submete o resultado do trabalho ao Comitê Local de Publicações e ao Comitê
Local de Propriedade Intelectual conforme regras estabelecidas na Unidade.
Ele deve ser um profissional das ciências agrárias, experiente em redação, com a necessária vi-
são sistêmica do processo produtivo da espécie considerada ou do tema, e deve ter uma boa ca-
pacidade de síntese. Ele trabalhará em estreita cooperação com a Equipe de autores e o produto
final de seu trabalho representará o consenso da equipe.
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A elaboração dos conteúdos de uma Árvore do Conhecimento deve ser, assim, uma ação com-
partilhada entre todos os membros da equipe, inclusive o Editor Técnico.
A Agência não representa uma mera agregação de “artigos”. O conteúdo de cada Árvore é um
todo coerente e com forma de organização e redação segundo um critério genérico que, mais do
que representar a posição de cada grupo de autores e colaboradores, especialistas, representa a
palavra da instituição sobre os assuntos incluídos em sua missão.
A fim de assegurar a qualidade final do conteúdo, seria conveniente que o mesmo fosse submeti-
do à análise de um comitê revisor formado de três especialistas de notório saber no tema, não-
pertencentes aos quadros da UD, para que façam suas observações com o objetivo de colaborar
com o conteúdo de um ponto de vista externo. Esse parecer seria submetido à Equipe Editorial
(EEA) da Agência na UD.
2.4 Capacidade de resposta da Agência segundo o perfil do usuário
É óbvio que a capacidade da Agência de Informação Embrapa terá um limite de oferecimento de
combinações tecnológicas que atendam aos diferentes perfis de usuários. Ao se aproximar desse
limite é que se torna mais importante o papel do profissional Engenheiro Agrônomo, Zootecnista,
Médico Veterinário ou de outra área das ciências agrárias, pela sua capacidade de ajustar as in-
formações obtidas através da Agência às diferentes exigências, auxiliando os produtores e outros
grupos interessados na montagem de pacotes que atendam especificamente a cada situação.
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3 Diferentes Árvores ou grupos de conteúdo
As Árvores do Conhecimento da Agência de Informação Embrapa têm como princípio básico a
estruturação hierárquica do conteúdo a ser organizado, partindo-se do nível mais genérico para o
mais específico. Cada item dessa hieraquia é chamado ‘nó’ e/ou ‘subnó’ e a eles podem estar as-
sociados recursos de informação (RI) que complementem a informação dada em cada um deles
(Figura 1). A Árvore do Conhecimento é, portanto, uma rede de nós que se multiplicam, numa es-
trutura lógica.
Figura 1. Ilustração da estrutura hierárquica do conhecimento.
3.1 Árvore hiperbólica
As Árvores do Conhecimento podem ser consultadas por meio da navegação gráfica, chamada
hiperbólica. Sua arquitetura é uma hipérbole em que o centro indica o produto ou tema da Árvore
(tronco). Dele partem eixos radiais em direção aos primeiros nós, e destes, novos eixos, novos
nós ou subnós, ampliando o conhecimento sobre o assunto básico. A navegação gráfica (Figura
2) permite:
• Minimizar a navegação na internet.
• Facilitar ao usuário o acesso a informações contidas em um determinado sítio.
Outra vantagem da representação hiperbólica é que ela pode ser utilizada como mapa do site e
como ferramenta de navegação. Quando se clica em um nó, abre-se uma nova janela do navega-
dor (navegação por hipertexto), apresentando o conteúdo da Árvore, vinculado àquele nó ou sub-
nó. Os nós contêm as informações, na forma de texto e ilustrações, necessárias à compreensão
da mensagem pelo usuário.
Esta técnica de visualização fornece uma visão geral da estrutura do site, mostra ao visitante sua
localização corrente, em relação ao panorama geral.
..
9
Figura 2. Navegação hiperbólica.
3.2 Estruturação lógica das Árvores do Conhecimento
A experiência até agora adquirida com o acompanhamento das Unidades na organização das in-
formações sobre determinada cadeia produtiva ou área temática nos garantiu, além de uma ampla
visão dos assuntos a serem organizados de forma hierárquica, a possibilidade de vislumbramos
como eles poderão ser interligados de modo a evitar duplicação de informação e perda de padro-
nização editorial, que prejudicariam a consulta pelo usuário final da Agência de Informação Em-
brapa.
Por isso, vêm-se desenvolvendo, com a ajuda de cada Unidade envolvida no Projeto, modelos
capazes de suprir a necessidade de organização de determinado assunto, sem causar problemas
como os supracitados. É importante ressaltar que a equipe coordenadora da Agência de Informa-
ção Embrapa iniciou essa atividade de acompanhamento editorial das Árvores da Agência de In-
formação com alguns modelos básicos, para as Árvores de cultivo, que foram sendo adaptados à
medida que todas as Unidades da Empresa começaram a vislumbrar quais conteúdos poderiam
ser organizados.
Hoje, após o contato com as Unidades e diversas experiências de oficinas com equipes para re-
flexão de como cada tema poderia ser organizado hieraquicamente, já temos uma visão ampla
dos conteúdos que comporão a Agência e de como eles poderão se interligar quando isso se tor-
nar necessário. Percebemos também que essa necessidade surgirá principalmente nas Árvores
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Temáticas, já que as Árvores de Produtos (cultivo ou criação) possuem modelos mais estáveis e
previsíveis.
Foram estabelecidos, inicialmente, esquemas básicos e guias para as Árvores de Produtos (culti-
vo e criação), apresentados a seguir, com a indicação dos nós básicos e subnós, com respectiva
descrição dos itens essenciais que deverão ser relatados e seu conteúdo. O modelo mais aplicado
até o momento foi o das cadeias produtivas vegetais. As cadeias produtivas animais estão sendo
organizadas e, com o acompanhamento da equipe coordenadora da Agência, terão, em breve,
mais orientações.
No caso das árvores temáticas, a(s) Unidade(s) interessada(s) em construí-las deverão fazer a
proposta da estrutura lógica à Embrapa Informação Tecnológica, que avaliará o conteúdo dará
sugestões, se necessário. Isso já ocorreu no caso da Árvore do Bioma Cerrado, publicada em ju-
lho de 2006. Essa Árvore foi a primeira experiência na organização do conhecimento sobre de-
terminado bioma, e poderá servir de modelo para as demais de seu estilo. Outras Árvores de te-
mas básicos já foram ou estão sendo desenvolvidas, como a Árvore Agricultura e Meio Ambiente
e Agricultura Orgânica. Vale lembrar que essas Árvores devem tratar do conteúdo específico do
tema escolhido e, quando necessário, fazer ligações com as Árvores de Produto.
3.2.1 Guias para padronização dos conteúdos das Árvores do Conhecimento de produtos
Há os “nós básicos” que, no caso das cadeias produtivas, correspondem aos diferentes conjuntos
de conhecimentos relevantes sobre essas cadeias, que são:
• Pré-produção:
Questões como aspectos sócio-econômicos, características das espécies e relações com o
ambiente e outros.
• Produção:
Conceitos e tecnologias relativas ao manejo das criações ou dos cultivos.
• Pós-produção:
Os aspectos de “Pós-produção”, como as questões relativas ao manuseio, processamento
e comercialização.
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Detalhamento do conteúdo dos nós – cadeias produtivas vegetais Nós: Pré-produção, Produção e Pós-produção, respectivamente
Su
bn
óC
on
teú
do
s d
os
Su
bn
ós
Características das
espécies e relações
com o ambiente
Socioeconomia
Equipamentos
Importância socioeconômica
Políticas e legislação
Estatísticas da produção
Relações com o clima
Mercado
Características das espécies
Relações com o solo
Zoneamento agropecuário
Cultivares
Com
entários sobre a importância econôm
ica e social da espécie, em com
paração com outras, no
abastecimento nacional e na exportação, envolvimento de mão de obra na produção; importância na
alimentação; regiões e populações afetadas, tipos de produtores envolvidos; outros dados e comentários
dessa natureza.
Inform
ações sobre políticas governamentais, legislação e regulam
entos que afetam
o processo produtivo
da espécie em questão (exem
plo: lei de sementes).
Quadros estatísticos e com
entários sobre: com
parativos das produções em nível mundial - posição do
Brasil. Evolução da produção e rendimento no Brasil nos últimos dez anos; estatísticas de
agroindustrialização. Papel na agricultura fam
iliar, quando for o caso. Exportação/Importação.
Tabelas, análise mercadológica sucinta e com
entários sobre projeções futuras.
Conceitos e descrições de natureza teórica consideradas im
portantes para embasamento de
recomendações práticas.
Influência da luz (inclusive fotoperiodism
o), da tem
peratura (inclusive term
operiodism
o), dos ventos, do
regime hídrico e sua influência sobre as plantas e a variabilidade regional (latitude e longitude).
Relações entre as espécies vegetais e o solo (tipos genéricos de solo: arenosos, argilosos, textura média).
Indicam-se as condições ideais de clima e solo para o cultivo. Em seguida, com base nos parâmetros
climáticos e de solo, apresentam
-se as zonas mais apropriadas para o cultivo da espécie (na forma de
tabelas e mapas) indicam-se as zonas (agregados e municípios) hom
ogêneas que melhor se prestam
ao
cultivo em questão, em
ordem
decrescente de aptidão. Essa inform
ação já foi produzida para os principais
cultivos e zonas, inclusive na forma de m
apas, e está publicada em
com
o o
e nos
das secretarias estaduais de agricultura, devendo os autores com
patibilizar as inform
ações geradas na
Unidade com
esses
, aproveitando mediante o que já foi produzido e catalogando os
com
o recursos de inform
ação.
sites
site
s
sites
site
s
agri
tem
po
Descrição das principais recom
endadas, em forma de tabela, com
foro das características diferenciais e
relevantes, indicando em
que situação adotar cada cultivar, descrevendo suas virtudes principais
(precocidade, resistência a doenças e pragas, resistência a adversidades clim
áticas, rendimento, qualidade
si produto etc).Usar imagens de boa qualidade.
Inform
ações sobre insumos e equipam
entos espécicos para o cultivo em
análise. Os textos da Embrapa
não deverão recomendar marcas ou fabricantes. Quando for necessária referência que implique na
menção de m
arcas, rem
eter o usuário, através de links, a associações representativas de fabricantes ou
Insumos
Detalhamento do conteúdo dos nós – cadeias produtivas animais Nós: Pré-produção e Produção, respectivamente
3.3 Variantes para atender situações específicas e regionalizadas
Uma espécie pode ser produzida segundo diferentes sistemas, que se diferenciam basicamente
pela escala de produção, pela intensidade de capital ou mão-de-obra (agricultura familiar, peque-
na, média ou grande produção), pelo uso ou não de insumos químicos (agricultura convencional
ou orgânica) ou de tratores (agricultura motorizada ou não), pela adoção de determinadas tecno-
logias conservacionistas de plantio (plantio direto ou convencional), pela época de produção (plan-
tio das águas, da seca, safrinha etc.), cultivo irrigado ou de sequeiro etc., e por outras característi-
cas menos importantes. Também poderá se diferenciar pelo objetivo da produção como no caso
animal – produção leiteira, produção de carne, avicultura de corte, avicultura para produção de
ovos, reprodutores etc.
Essas modalidades terão um diferencial no sistema de produção, conforme a região em que se
realiza, requerendo as necessárias ressalvas na apresentação dos sistemas de manejo. Para is-
so, as árvores referentes a cultivos ou criações devem apresentar um subnó referente a essa
questão, conforme consta nos modelos apresentados anteriormente.
3.4 Transposição de Sistema de Produção em Árvore do Conhecimento
Outra recomendação que tem sido dada às UDs é a transposição do conteúdo de Sistemas de
Produção para a estrutura da Árvore do Conhecimento. As UDs que desenvolveram Sistemas de
Produção têm cerca de 70% do conteúdo dos nós da Árvore do Conhecimento já disponibilizado
em meio eletrônico (no caso dos SPs online). Porém, deve-se atentar para os aspectos do trata-
mento do conteúdo e da (re)distribuição deste nos nós da Árvore, detalhados no Anexo 2 – Orien-
tações para a transformação de um SP em Árvore: exemplo de um exercício real –, que ilustra a
experiência do exercício feito pelas Unidades Supervisoras com o Sistema de Produção do Milho.
A partir daí, foram descritas as etapas operacionais para tal transposição, constantes do Anexo 3.
Outro aspecto a ser considerado é a existência de vários Sistemas de Produção sobre um mesmo
produto, como é o caso da banana, que possui sete publicações neste formato, cada uma tratan-
do do cultivo em uma região. As equipes coordenadoras da Agência na Embrapa Informação Tec-
nológica e Embrapa Informática Agropecuária estão desenvolvendo, a partir da experiência de
oficinas com equipes editoriais, outros estudos de caso que poderão auxiliar as Unidades quepos-
suem Sistemas de Produção online a analisar, adaptar e complementar seus conteúdos para as
Árvores do Conheciemento da Agência.
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3.5 Cálculo do custo operacional de produção e análise da rentabilidade do empre-
endimento.
A decisão de efetuar um determinado cultivo ou criação, em determinado local, deve sempre ser
precedida da estimativa de custo e rentabilidade.
Foi criada uma planilha para servir como modelo baseada na tecnologia recomendada na árvore
do milho (ver protótipo da árvore do milho no endereço:
http://agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia18/AG01/Abertura.html), que pode e deve ser adaptada a ca-
da situação específica. É de elaboração simples sendo um elemento fundamental para as estima-
tivas do custo operacional de produção. O próprio produtor pode elaborar uma planilha apropriada
ao seu caso, usando o modelo como base. O custo de cada componente é calculado, pesquisan-
do-se o preço unitário dos fatores na época do plantio, multiplicando-se pela quantidade usada do
fator. Por ex.: Adubo 8-12-16 a R$ 2,00/ kg x 300 kg= R$ 600,00 por hectare.
A receita com o cultivo é calculada a partir da produtividade esperada, por hectare, multiplicada
pelo preço estimado de venda na época da comercialização do produto podendo, inclusive, serem
feitas estimativas com diferentes previsões de preço.
Outros índices econômicos poderão ser calculados para permitir melhor apreciação da viabilidade
do empreendimento como: taxa interna de retorno, valor presente líquido, benefício/custo, ponto
de nivelamento e tempo de recuperação dos investimentos.
A tabela referente a coeficientes técnicos para o cálculo do custo de produção deve ser preparada
no programa Excel, conforme modelo incorporado à Árvore do milho. O preço dos fatores será
inserido pelo usuário e a tabela calculará automaticamente o custo de cada operação/insumo a
ser aplicado. De posse dos subtotais relativos a cada componente de custo e das estimativas de
produtividade e preço futuro do produto, a tabela fornecerá as estimativas de rentabilidade do em-
preendimento.
No caso das cadeias produtivas animais, outro modelo de planilha deverá ser construído, tendo
em conta as peculiaridades de cada espécie a ser criada, obedecendo, no entanto, a mesma idéia
básica.
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4 Tratamento do conteúdo
4.1 Por que se preocupar com o tratamento do conteúdo?
A decisão estratégica de abrir uma ampla vitrine digital para o Brasil e para o mundo na Internet
representa, em princípio e potencialmente, um importante passo da Embrapa para alavancar seu
esforço de transferência de tecnologia e para melhor cumprir sua missão de gerar e difundir infor-
mações para o agronegócio e para a agricultura familiar.
Entretanto, essa mesma mídia, tão moderna e empolgante, requer dedicação da EEA para que a
quantidade e o tratamento dos conteúdos tão amplamente disponibilizados cause uma boa im-
pressão e efetivamente comunique informações relevantes, oportunas, objetivas e inteligíveis a
todos os públicos visados, com a qualidade que corresponda à boa imagem que a Embrapa pos-
sui como instituição, para que possa ser comparada favoravelmente a outros sítios do mesmo por-
te sem se comprometer.
Ao levantarmos essa questão, estamos penetrando no território da teoria e da metodologia da
comunicação, que podem nos auxiliar no equacionamento da solução dos novos problemas que
são propostos por esse advento do “admirável mundo novo” da comunicação digital na Embrapa.
Sob o enfoque da qualidade, devem nos preocupar algumas questões importantes relativas ao
conteúdo das Agências, quais sejam:
• As mensagens estão sendo apresentadas em português correto?
• As mensagens são inteligíveis aos diferentes públicos que queremos alcançar?
• Usam os recursos possíveis para melhor comunicação com os públicos visados, como vo-
cabulário acessível, forma gramatical simplificada, objetividade e concisão, e usam os re-
cursos gráficos audiovisuais e eletrônicos que a mídia permite?
• Os conteúdos estão corretos conceitual e metodologicamente e consideram as alternativas
tecnológicas mais atualizadas? .
• A apresentação do sítio é agradável e convidativa à navegação?
• Está havendo adequado balanceamento entre texto e ilustrações/ fotografias/ recursos ele-
trônicos como animação, recursos de interatividade?
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O enfoque de qualidade deve nortear toda e qualquer atividade das organizações, principal-
mente aquelas que correspondem aos produtos e serviços oferecidos aos usuários. Cabem então
comentários mais detalhados sob esse enfoque.
Qualidade gramatical – toda e qualquer mensagem que é publicada, a exemplo do que se faz no
caso de livros e de outras mídias, deve obrigatoriamente ser submetida à revisão ortográfica e
gramatical. Se isso não for feito, é cem por cento seguro que haverá uma série de defeitos lingüís-
ticos que serão objeto de crítica pelo público. Por isso, é necessário contar, em cada Unidade,
com um revisor dedicado à Agência.
Qualidade comunicacional – um texto absolutamente correto do ponto de vista gramatical não é
necessariamente um texto eficaz na comunicação das idéias que se quer transmitir a um público
determinado. Para resolver essa questão, existem os especialistas em comunicação, no caso, a-
queles com especialização ou a necessária experiência em comunicação rural, uma vez que se
supõe que o público rural seja o público preferencial da Agência de Informação Embrapa. Os con-
teúdos científicos e tecnológicos –agropecuários, florestais e ambientais – requerem, além dos
textos, o uso de múltiplos recursos de comunicação, incluindo a imagem em suas diferentes for-
mas (desenhos, fotografias, diagramas, fluxogramas etc.). Aliás, existe uma tendência equivocada
do pesquisador científico e tecnológico de adotar o modelo da redação técnico-científica, excessi-
vamente discursiva e complexa, na elaboração de mensagens para públicos mais amplos, e com
isso tornar-se ininteligível para esses públicos.
Outros detalhes sobre este aspecto serão apresentados mais adiante, nos itens sobre tratamento
da informação.
Qualidade técnica e metodológica das informações – toda e qualquer obra, quando elaborada
por um indivíduo ou um pequeno grupo, tende a apresentar falhas decorrentes das imperfeições
humanas e dos enfoques às vezes limitados e tendenciosos de cada grupo ou especialidade. Por
isso, a exemplo do que se faz em revistas especializadas, qualquer conteúdo elaborado por de-
terminada equipe deve ser submetido à revisão de pares, de preferência mais experimentados e
qualificados, para que sejam detectados pontos passíveis de reparo. Além disso, espera-se que a
Agência, para que cumpra seu papel de orientar produtores e técnicos de campo no seu afã pro-
dutivo, apresente essa informação de forma sistêmica, o que exige a adequação dos conteúdos
produzidos sob o enfoque reducionista, que é próprio da metodologia de pesquisa de cada espe-
cialidade científica. Isso é papel para Equipes de autores sob a coordenação de Editores Técni-
cos e de um eventual Comitê Revisor indicado pela Unidade.
Qualidade gráfica – o desenho de sítio da web é hoje uma especialidade que combina os conhe-
cimentos de desenho gráfico com os da informática. O desenho gráfico das páginas da Agência
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deve ser feito com apoio de um ou vários desses especialistas, a fim de que apresente o conteúdo
de forma agradável e de fácil compreensão e apreensão.
4.2 Responsabilidade pelo conteúdo das Árvores
Cada Unidade encarregada da elaboração dos conteúdos das Árvores de Conhecimento será
responsável pelos vários aspectos de qualidade da informação científica, devendo estruturar-se
para efetuar as necessárias revisões, visando à assegurar a boa imagem institucional da própria
Unidade e da Embrapa perante o público. A Embrapa Informação Tecnológica efetuará auditorias
quantitativas e qualitativas, com vistas a detectar eventuais problemas e apoiar as Unidades no
processo de aperfeiçoamento no aspecto editorial.
Conclui-se, portanto, que o lançamento da Agência de Informação Embrapa impõe novas exigên-
cias para a comunicação e cria novas demandas profissionais que, pela magnitude da tarefa, re-
querem equipes técnicas e de comunicação especificamente dedicadas a esse projeto, para que a
Agência atenda adequadamente à expectativa que naturalmente está gerando e sirva como um
excelente instrumento no cumprimento da missão social da Embrapa.
4.3 Tratamento da informação sob o enfoque da qualidade da mensagem
A informação disponível nas UDs pode ser tratada de diferentes maneiras, considerados o público
e o objetivo que se pretende atingir. Cada situação exige um tratamento específico, para que al-
cance os objetivos a que se propõe.
4.3.1 Os públicos
A questão do público está diretamente ligada à natureza da linguagem utilizada, seja ela verbal ou
visual. A linguagem de qualquer mídia deve atender à capacidade de decodificação do público a
quem se destinam as mensagens.
Os textos da Agência são criados por pesquisadores que, sabidamente, utilizam um vocabulário
peculiar às respectivas disciplinas (fitopatologia, entomologia, genética etc.) e ao processo cientí-
fico. Esse vocabulário natural do pesquisador é entendido apenas por pessoas com formação pro-
fissional e que tenham, além disso, boas noções dessas disciplinas.
23
Essa situação é natural e razoável, pois corresponde à primeira etapa do processo de comunica-
ção dos resultados da pesquisa agronômica, zootécnica, florestal, de alimentos e outras relacio-
nadas.
Na seqüência dos procedimentos, a tarefa de conduzir os múltiplos processos de tradução e a-
daptação dessa linguagem aos níveis dos diferentes públicos, cabe a profissionais especializados
(não necessariamente pesquisadores).
Sendo assim, os públicos preferenciais da Agência são os seguintes:
• Profissionais de nível superior e médio, relacionados com o agronegócio.
• Estudantes das escolas correspondentes.
• Produtores rurais e outros agentes das cadeias produtivas
.
Também no caso deste documento, estes públicos devem ser o alvo das mensagens. Eles, no
caso dos dois primeiros, manterão contatos com os produtores, orientando-os. Serão, por assim
dizer, multiplicadores que, com base nas informações oferecidas pela Embrapa, “traduzirão” as
mesmas para que os produtores possam adotá-las. Esses profissionais desempenham essa fun-
ção, prestando assessoramento individual ou coletivo a produtores, elaborando cartilhas, instru-
ções técnicas e vídeos, ou treinamentos a grupos de produtores. Este é um aspecto importante a
considerar.
Entretanto, embora representem o público preferencial, não são o público exclusivo. Isso significa
que o conteúdo da Agência será acessado por um público heterogêneo, fato que deve ser consi-
derado quando da elaboração dos conteúdos.
4.3.2 A forma
O outro ponto a considerar é a mídia que vai ser utilizada pela Agência para disseminar as infor-
mações: a Internet. Neste caso, outros cuidados merecem ser observados, dadas as condições de
exposição do público-alvo a esse meio de comunicação.
Como princípios fundamentais, devem ser consideradas as peculiaridades do uso dos websites.
Esses princípios são baseados em estudos realizados sobre o assunto, que nortearão a adapta-
ção da informação básica para a forma mais eficaz. São eles:
• Os usuários não acessam um sítio como quem lê um livro.
24
• Eles não têm ânimo para ler longos textos e digressões teóricas sobre os assuntos.
• A informação deve ser apresentada de forma atraente, ilustrada, objetiva e sucinta.
• Ela deve estar organizada para facilitar o acesso do usuário ao que lhe interessa.
• A informação técnica ou científica vai competir, pela atenção do leitor, com outras matérias
veiculadas na Internet.
• Os sistemas de produção devem ser apresentados da maneira mais completa possível,
complementando-se as informações não disponíveis nas UDs com informações comple-
mentares oriundas de outras fontes.
A necessidade de leitura de longos textos, a ausência de imagens, a prolixidade, a falta de objeti-
vidade e relevância, bem como a redundância de informações, causam fadiga e conseqüente re-
jeição por parte dos usuários.
Além disso, é importante considerar que hoje há uma disputa crescente pelo interesse dos “nave-
gadores” da Internet. Apenas a existência de uma boa mensagem não é suficiente para captar e
manter sua atenção e induzi-los à consulta. É fundamental uma apresentação atraente e outras
técnicas para levá-los a consultar o sítio.
Ainda nesse particular, é importante ressalvar que, antes mesmo da Internet, o estilo adequado
para a divulgação da informação tecnológica, pela sua natureza e objetivo, não é o estilo discursi-
vo ou literário e sim a apresentação da forma mais sucinta, organizada, objetiva e ilustrada possí-
vel, principalmente quando se trata de números (dimensões, quantidades, intervalos de tempo),
características visuais como cores, formatos, desenho de máquinas inteiras ou peças, esquemas
operativos, leiautes e outros aspectos típicos da tecnologia.
Parte tão importante quanto as que já foram referidas é a elaboração da mensagem de forma
simples, breve e eficaz. Neste aspecto, vários fatores contribuem para que ela cumpra sua mis-
são: modificar os conhecimentos de uma pessoa “quanto ao seu modo de sentir, pensar e atuar”.
A teoria informa que o cérebro humano tem uma capacidade limitada de processamento de estí-
mulos. Quando estes se apresentam além dessa capacidade, seu entendimento fica comprometi-
do. Por esta e por outras razões correlatas, é necessário “comprimir” as mensagens até o ponto
que a simplificação não prejudique o seu entendimento. Daí a necessidade de se apresentar tex-
tos e ilustrações nas formas mais simples e concisas possíveis.
25
Outro ponto que merece menção é o planejamento da redação do texto. É imprescindível definir o
público, definir o conteúdo da mensagem, definir o que se pretende com o texto, definir o estilo de
redação. E, além de tudo, escrever fácil para ser entendido.
4.4 Detalhes do tratamento da mensagem
Neste aspecto, é importante considerar:
• Códigos;
• Figuras;
• Conteúdo informativo;
• Estrutura lógica do conhecimento disponibilizado.
4.4.1 Códigos
O ser humano comunica-se por meio de códigos que são conjuntos de símbolos cujo significado
deve ser de entendimento comum entre os seres que se comunicam. Há diferentes tipos de códi-
gos entre os quais destacam-se a linguagem e o correspondente vocabulário, símbolos figurativos
ou visuais como os sinais de trânsito ou símbolos de veneno, inflamável e outros da mesma natu-
reza, as fórmulas químicas e outros.
Vocabulário, símbolos e fórmulas:
Os textos dos “nós” da Árvore devem ser redigidos em linguagem técnica, porém deixando de la-
do expressões ininteligíveis a um público não-familiarizado. Isso inclui, em alguns casos extremos,
parte do próprio público profissional (Engenheiros Agrônomos etc.) que não seja altamente espe-
cializado nas disciplinas da pesquisa (como fitopatologia, entomologia, melhoramento genético e
outras). O uso de uma terminologia excessivamente especializada limita o público capaz de deco-
dificar satisfatoriamente o conteúdo das mensagens da Agência. Mesmo àqueles iniciados profis-
sionalmente no “metier” agropecuário, como os profissionais referenciados anteriormente sob o
título “público preferencial”, terão dificuldades.
Numa recente publicação sobre produção de frutas, encontrou-se o seguinte parágrafo:
A doença é causada por (nome científico) da classe Deuteromycetes, ordem Moniliales, fa-
mília Moniliaceace. Nenhum telemorfo é conhecido para essa espécie. O micélio é hialino,
septado, desenvolvendo haustórios no interior das células epidérmicas do hospedeiro. O
26
conídio mede 14- a 19 - x 28- a 18-, é hialino e granular, em forma de barril e se forma
em cadeias de três a cinco ou mais esporos. As hifas medem 4,5- a 6,5- de diâmetro, pro-
duzindo conidióforos alongados de 100- x 10-.
Será que este palavreado é inteligível (e interessa) a pessoas não ligadas à fitopatologia? Consi-
derando o público-alvo da Agência, é desaconselhado esse tipo de redação.
Recente pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, vinculado ao IBOPE, indicou que
apenas 26% da população brasileira com mais de 15 anos têm domínio pleno das habilidades de
leitura e escrita. A mesma pesquisa indicou que apenas 23% dos brasileiros têm capacidade de
realizar cálculos simples necessários à vida cotidiana, quanto mais utilizar fórmulas. Cinqüenta por
cento dos brasileiros são caracterizados como analfabetos funcionais plenos.
Em vista disso, não se espera que a massa do público produtor rural tenha condições de entender
as mensagens elaboradas com uso do vocabulário dos pesquisadores. Colocar tais mensagens
no nível de um público mais amplo e heterogêneo exigiria que os textos fossem traduzidos (rees-
critos) com uso de uma linguagem mais coloquial, com auxílio de redatores, o que seria uma tare-
fa muito grande, considerada a quantidade de temas/produtos com os quais a Embrapa trabalha.
Entretanto, o esforço das equipes de autores e dos editores técnicos poderá contribuir muito em
tornar as mensagens acessíveis a um público mais amplo.
Mencione-se, na mesma linha de raciocínio, o problema do analfabetismo visual, ou seja, o des-
conhecimento de grande parte do público sobre o significado de símbolos pictóricos convencionais
como, por exemplo, o tradicional símbolo de veneno.
Por isso, em comunicação, a simplicidade sintática, vocabular e visual, é a regra de ouro. O grau
de complexidade vocabular, visual e conceitual tem que estar ajustado ao segmento menos instru-
ído do público previsto. Deve-se, pois, usar o vocabulário mais simples possível, evitando expres-
sões próprias de um público mais sofisticado, construindo as frases de maneira direta e clara, pa-
ra que a mensagem seja inteligível para os públicos que consultarão a Agência.
Nessa linha de raciocínio, damos, a seguir, alguns exemplos de palavras ou expressões que po-
dem ser utilizadas em lugar de outras mais complicadas:
- chuva em vez de precipitação pluviométrica;
- raízes em vez de sistema radicular;
- condições de clima e solo em vez de condições edafoclimáticas;
- nascer ou brotar em vez de germinar;
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- número de crias nascidas em vez de prolificidade.
É necessário ter cuidado com conceitos técnicos (como fenômeno meteorológico e equilíbrio iôni-
co, por exemplo), com palavras abstratas (como processo, conceito), estrangeiras (como site, link,
workshop), abreviaturas (como ha = hectare, cm3= centímetro cúbico, ppm = partes por milhão) e
imprecisas (como punhado, bastante, suficiente).
Fórmulas são outra fonte de mal entendidos. Só devem ser usadas quando absolutamente neces-
sárias.
Em caso de não existir um sinônimo coloquial, ou quando for preciso “educar” os interlocutores
sobre o significado de determinadas expressões, usar o termo técnico, mas explicar seu significa-
do em seguida.
Mesmo no caso de expressões de uso geral na comunicação, é possível simplificar para tornar a
leitura mais fluente usando, por exemplo:
- fazer em vez de executar;
- mudar em vez de transformar;
- uso em vez de utilização;
- corpo humano em vez de organismo humano.
Ilustrações
As figuras compreendem fotos, desenhos, tabelas, gráficos, fluxogramas, plantas, croquis, pers-
pectivas e assemelhados. Quando bem escolhidas e bem produzidas, devem ser usadas ampla-
mente. Vale aqui relembrar o que foi dito anteriormente sobre a capacidade limitada do cérebro
humano para processar estímulos. Às vezes uma fotografia que tenta mostrar muita coisa torna-se
muito complexa, quando o que se quer enfatizar é apenas um detalhe da mesma.
O uso de figuras é muito importante para transmitir as idéias e para esclarecer detalhes. É neces-
sário, porém, estabelecer adequado equilíbrio entre texto e figuras, tanto para a distribuição no
leiaute da página quanto por questões de tamanhos de arquivos e, conseqüentemente, pelo tem-
po de carregamento das páginas. Nem sempre o dito popular “uma imagem vale mais do que mil
palavras” é verdadeiro, quando a figura não é de boa qualidade. Muitas vezes, a figura mostra
uma coisa e o texto diz outra. Isso causa confusão ao receptor. O uso de figuras pressupõe a utili-
zação de legendas explicativas das mesmas.
28
Os modelos a seguir objetivam auxiliar quanto à forma visual de apresentação de figuras.
4.5 Recomendações para a elaboração de figuras
4.5.1 Formatos de arquivos gráficos
Os diversos formatos de arquivos gráficos, especialmente utilizados na web – GIF e JPEG – nor-
malmente são em bitmap, ou seja, são criados em programa vetor como “Free Hand”, “Ilustrador”,
“Corel Draw”, e depois abertos em “Photoshop”para fazer a varredura, transformando-os em bit-
map (imagens digitalizadas).
A) Formato de arquivo GIF:
Vantagens: O formato de arquivo GIF é compactado, tornando o arquivo menor – em ta-
manho de arquivo, não em dimensões. Exemplo: imagem de 2x2 polegadas em formato TIF pode
ter 900 kb, enquanto em formato GIF pode ser de 5 kb. Permite a transparência, deixando a cor
de fundo de uma página aparecer através da imagem, diferente do arquivo em JPEG, que não
tem qualquer área transparente. O formato GIF é indicado para animações.
Onde usar: Como esses arquivos são compactados, devem ser usados em imagens com
grandes áreas de cor sólida e plana, tais como gráficos, desenhos ou ilustrações simples.
B) Formato de arquivo JPEG:
Vantagens: O formato de arquivo JPEG também é compactado, no entanto, é diferente dos
arquivos GIF, pois o esquema de compactação tem “perda”, o que significa que dados são de fato
removidos da imagem gráfica para diminuir o tamanho do arquivo. Porém, não se percebe uma
diferença significativa na qualidade, quando comparado ao original.
Onde usar: Esse formato é melhor utilizado em fotografias ou em imagens que tenham
mudanças sutis de cor, profundidade, efeitos de iluminação ou outras graduações de cor ou tona-
lidade.
4.5.2 Exemplos de situações relativas a figuras
Sempre que se deseja comunicar sobre características que têm a ver com visualização, como co-
res, procedimentos complexos, como poda de plantas, enxertia, fluxos, plantas-baixas de instala-
ções, detalhes de máquinas etc., é imprescindível o auxílio de figuras para facilitar o entendimento
das idéias correspondentes.
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• Descrição de máquinas (Anexo 4) • Planta baixa de instalações (Anexo 5) • Perspectiva de instalações (Anexo 6) • Poda de fruteiras (Anexo 7) • Enxertia (Anexo 8) • Fluxograma (Anexo 9)
Particularmente, quando a questão é comunicar sobre características visuais de seres vivos, as
fotografias são essenciais. Como, por exemplo:
• Exterior de raças animais (Anexo 10) • Morfologia de cultivares (Anexo 11) • Deficiências minerais em plantas (Anexo 12) • Sintomas de doenças (Anexo 13) • Identificação de pragas (Anexo 14)
Selecionar fotografias de boa qualidade, com especial cuidado para focalização, composição do
quadro, proximidade do objeto, limitação de cada imagem a um objeto, organização dos elemen-
tos, limpeza do local, postura e apresentação das pessoas envolvidas (com uniformes de trabalho,
calçados e equipamentos apropriados, inclusive de segurança), mostrando como se executa cada
passo do procedimento ou processo.
Todas as imagens devem ser elaboradas com qualidade profissional. Não é concebível que uma
instituição com o prestígio e a importância da Embrapa publique informações sem observar princí-
pios de qualidade requeridos para uma atraente e eficaz comunicação.
4.6 Recomendações para preparar arquivos gráficos
4.6.1Tamanho de arquivo
O tamanho de arquivo coletivo de um web site, que é enriquecido com as imagens, os arquivos de
som, as animações e as páginas de texto, pode ser uma fração do tamanho que o arquivo teria se
as mesmas informações e imagens estivessem sendo preparadas para a mídia impressa.
É importante lembrar que o principal objetivo para páginas na web é ter um equilíbrio razoável en-
tre o interesse visual e o tempo de carregamento da página. Os tamanhos de arquivos na web de-
vem ser pequenos e, para isso, é necessário em planejamento cuidadoso de forma a evitar pági-
nas lentas de carregar.
30
Para a mídia impressa, utiliza-se uma resolução de imagens de, no mínimo, 300 dpi (dots per in-
ch/pontos por polegada). Para a web, recomenda-se 72 dpi. Dessa forma, os arquivos de imagem
para a web ficam menores, mas a resolução não afetará a forma da imagem exibida na tela do
monitor, já que este só pode exibir a 72 ou 96 pixels por polegada.
4.6.2 Modo de cores para web
As imagens criadas para a web devem ser salvas no modo RGB. O RGB (Red, Green & Blue) não
é um modelo de cor refletivo como o CMYK (utilizado para a mídia impressa), pois a cor vem dire-
to da fonte de luz (monitor) para os olhos, sem a interferência de qualquer objeto.
A) Valores RGB
No modo RGB, cada cor tem um valor, também chamado de intensidade, que varia de 0 a 255.
As combinações desses valores produzem as várias cores.
B) Estética da cor para web
Os esquemas de cores utilizados para a web podem ser limitados ou ilimitados desde que o exa-
gero da cor não torne o design uma confusão visual. Usar uma paleta de cores limitadas não im-
pede o uso de fotografias cheias de cores. Uma importante consideração ao trabalhar com cores é
o contraste. Em tabelas ou gráficos, o texto deve sempre fazer um bom contraste entre a cor da
letra e a do fundo, pois dependendo da combinação, ficará difícil de ler o texto. Outro fator que
prejudica a leitura é a utilização de todas as letras em maiúsculas, pois as letras têm a mesma
forma retangular.
Para a Agência de Informação Embrapa, recomenda-se a consulta ao Manual de Padronização da
Embrapa na Internet para a padronização de tabelas, gráficos e outras ilustrações.
4.6.3 Algumas recomendações para digitalização e tratamento de fotografias
Recomenda-se escanear fotografias originais, em cromo ou cópias positivas em papel. Usar foto-
grafias de impressos gráficos ou impressa a laser (ou jato de tinta) como original não é recomen-
dado, pois as retículas que compõem esses impressos, quando escaneadas e transcodificadas
para arquivos web, formam uma mancha irregular, prejudicando a qualidade da imagem.
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É importante lembrar que, se uma fotografia original não tiver condições de qualidade de digitali-
zação e disponibilização na web, ficará pior ainda por causa da baixa resolução dos arquivos.
O profissional encarregado de tratar fotografias digitalizadas com o objetivo de corrigir imperfei-
ções do arquivo original (escaneadas ou originadas de máquina digital) deve se atentar para equi-
librar ou modificar as cores da fotografia, para não distorcer a informação. Isso é recomendado
para fotografias referentes a doenças, pragas, ou mesmo a cultivares/criações, que exigem a fide-
lidade da informação visual. Sempre que possível, [e recomendado] consultar o autor do conteúdo
informativo, para obter orientações quanto ao tratamento da fotografia.
Ao digitalizar, deve-se seguir as seguintes orientações:
• Dimensione fisicamente no escaner a imagem (em pixels) para dimensões finais que quei-
ra na web.
• Fotografia digitalizada em programa de edição de imagem pode ser dimensionada um
pouco maior para que depois possa ser reduzida, ajustando ao tamanho final.
• Escolha uma resolução de digitalização que esteja embutida no escaner.
• Sempre salvar imagens digitalizadas no escaner em formato de arquivo TIFF – formato i-
deal para digitalização. Porém, caso seja digitalizada em programa de edição de imagem,
salvar como arquivo do programa, para depois mudar para GIF ou JPEG. O programa
mais sofisticado e popular para a manipulação de fotografias é o Adobe Photoshop utiliza-
do no PC.
4.7 Conteúdo informativo
Nesse aspecto, são importantes as seguintes características:
• Informação;
• Simplicidade sintática e vocabular;
• Relevância;
• Concisão e Objetividade;
• Organização lógica e visual;
• Coerência terminológica.
4.7.1 Informação
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É interessante lembrar o conceito de informação, destacando sua principal característica, que é a
de provocar uma mudança nos conhecimentos e habilidades do receptor. Fatos e conhecimentos
já sabidos pelo interlocutor não são considerados informação. Informação é algo que acrescenta
novidades aos conhecimentos do público.
Simplicidade vocabular e sintática
Muitas vezes usam-se símbolos (palavras e outros) que um determinado interlocutor não conse-
gue decodificar – ou conceitos que estão acima de seu nível intelectual – pressupondo-se que
houve a transmissão de informações. Na realidade elas se perdem, porque o interlocutor não
consegue decodificar a mensagem ou faz uma decodificação ou interpretação equivocada.
A complexidade sintática e vocabular faz com que uma parte do público desista de tentar entender
uma mensagem, pois ele a considera de muito difícil compreensão.
Essa fuga é um fenômeno típico na Internet e já há estudos que constataram isso de maneira ca-
bal.
Relevância
O terceiro aspecto é a questão da relevância da informação – o quanto ela será útil ao público a
que se destina. No caso da comunicação técnico-científica, esse problema é particularmente im-
portante porque o pesquisador tem uma tendência de apresentar detalhes de interesse apenas
acadêmico, como fundamentos científicos, dedução de fórmulas e até detalhes históricos do pro-
cesso de pesquisa. Entretanto, estes não interessam a quem procura respostas práticas sobre
procedimentos relativos a um sistema de produção, incluídos aí os Engenheiros Agrônomos e Zo-
otecnistas, que trabalham no campo.
Assim, por exemplo, há determinados conceitos e conteúdos que cabem em um tratado teórico
sobre o assunto, mas só atrapalham ou são inúteis em uma mensagem dirigida a quem está bus-
cando know-how tecnológico.
É o caso da Agência de Informação Embrapa, cujo objetivo é apresentar a “tecnologia” recomen-
dada pela instituição. Nessa situação, por exemplo, descrever verbalmente detalhes morfológicos
de uma espécie determinada é um exercício de pouca relevância no contexto da Agência.
Em primeiro lugar porque o que é importante neste aspecto, inclusive em nível profissional, é a-
preendido visualmente. Em segundo lugar, porque a descrição detalhada desses elementos so-
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mente interessa a pesquisadores de melhoramento e fisiologia, por exemplo. Ou a estudantes de
matérias que exigem prova de conhecimentos desses detalhes. Os termos técnicos utilizados,
normalmente, nessas descrições são desconhecidos da maioria dos leitores. Por outro lado, gran-
de parte das pessoas que buscam informação num site sobre tecnologia de produção já é capaz
de identificar aquela espécie, a não ser quando se trata de uma espécie exótica. Em qualquer si-
tuação, bastam algumas boas fotografias mostrando os diferentes componentes morfológicos e o
porte da planta.
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São apresentados, a seguir, alguns exemplos não recomendados, desse tipo:
FLOR (de determinada espécie)
As flores estão agrupadas em inflorescências do tipo rácimo axilar (no hábito de crescimento
indeterminado) e rácimo terminal (no hábito determinado), compostas de três partes princi-
pais: um eixo composto de pedúnculo e ráquis, as brácteas e os botões florais agrupados
em complexos axilares inseridos no ráquis. A flor possui simetria bilateral e é uma típica flor
papilonácea; cálice gamossépalo e campanulado e corola composta de cinco pétalas, uma
mais externa e maior denominada estandarte etc. etc.
A descrição de fenômenos fisiológicos, como a fotossíntese ou o processo de absorção da ener-
gia solar pelas folhas das plantas, é detalhe científico. Cabe num compêndio de botânica, mas é
de interesse marginal num sítio que deve enfocar aspectos tecnológicos. A seguir, um trecho que
exemplifica esse tipo de problema.
A taxa fotossintética de uma cultura depende não somente da distribuição da radiação solar
nas diferentes camadas de folhas como também do total absorvido em cada camada. O total
de radiação solar que é interceptado e eventualmente absorvido por uma camada de folhas
está diretamente relacionado como o ângulo foliar, declinação solar, distribuição espectral da
radiação e estruturação das folhas.
Outro caso importante é na apresentação de informações sobre cultivares. Quando alguém envol-
vido no processo de produção agropecuária procura informação sobre cultivares, ele naturalmente
procura conhecer as cultivares disponíveis comercialmente, suas características e vantagens
comparativas e em que situação elas devem ser preferidas em relação a outras e, não menos im-
portante, onde ele poderá obter as sementes ou mudas correspondentes.
Diante disso, a descrição detalhada do histórico do processo de pesquisa e desenvolvimento des-
sas cultivares possui utilidade muito limitada, principalmente quando são omitidas totalmente as
informações mencionadas no parágrafo anterior, como no exemplo a seguir:
A cultivar X é resultante do cruzamento entre as cultivares y e z. O cruzamento foi feito no
Instituto A e as seleções no Centro B. As gerações F2 e F4 foram conduzidas pelo método
de população, sendo feita a seleção de plantas individuais em F5 e as avaliações das res-
pectivas progênies em F6. As melhores progênies foram testadas quanto ao rendimento e a
doenças, com ocorrência natural em campo, selecionando, assim, a linhagem (código)º. Es-
35
sa linhagem foi registrada no Banco Ativo de Germoplasma do Centro B como (código) e in-
troduzida no Estado C pelo Instituto D, através dos Ensaios Preliminares de Rendimento, na
safra dos anos ..... Destacou-se no grupo comercial e foi promovida aos Ensaios Estaduais
em 1985, permanecendo até 1989, sendo avaliada em diversos ambientes e épocas de se-
meadura (águas, secas e inverno).
Isso foi tudo que se informou sobre a cultivar X. Pergunta-se: a que produtor, ou profissional de
campo, que não seja melhorista da espécie em questão, interessa esse histórico? Onde estão as
informações sobre as condições em que se recomenda essa cultivar? Para quais épocas de se-
meadura? Qual seu rendimento comparativo? Qual a sua resistência a doenças? Onde obter se-
mentes?
Outro detalhe não menos importante é a necessidade de limitar a descrição aos itens que real-
mente podem interessar ao usuário não pesquisador, que são principalmente os aspectos agro-
nômicos e mercadológicos, como o zoneamento, o rendimento, a resistência a doenças e pragas,
o desempenho da cultivar nos diferentes mercados etc. Essas características devem ser mencio-
nadas de maneira consistente em cada uma das cultivares descritas, para permitir comparações.
Dentro de um determinado sistema de produção, descrever o que é o zoneamento agropecuário e
sua importância, de maneira genérica, e não informar qual o zoneamento agropecuário para a es-
pécie considerada é o que se costuma chamar de “um tiro na água”. O profissional deseja saber
se pode ou deve recomendar ao agricultor plantar a espécie considerada, em determinado local
(município, pelo menos), com determinadas características de clima e solo, quando plantar e qual
cultivar escolher. Caso contrário, não obtém a informação que é relevante para ele e para outros,
em situações similares.
Em um texto com informações sobre determinado cultivo, disponibilizado na web, depois de 40
linhas explicando sobre as vantagens genéricas do processo de zoneamento agroclimático foram
dedicadas oito linhas para dizer:
Com a definição do zoneamento agroclimático, pode-se citar que a espécie X poderá ser semeada
com boa probabilidade de sucesso, em janeiro e fevereiro, em algumas áreas dos Estados de Goiás,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia. Entretanto, para semeaduras realizadas após 15 de feve-
reiro, o risco climático é bastante acentuado, exceto em algumas localidades do Estado do Mato
Grosso, o qual apresenta uma distribuição pluvial bastante regular.
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Pergunta-se: quais as áreas de GO, MS, MG e BA? E os outros Estados produtores? Outros re-
gimes pluviais? Enquanto isso, o sítio www.agritempo.gov.br, sobre o qual nem se faz menção no
texto em análise, indica o zoneamento, em nível municipal, para muitos cultivos.
Concisão e Objetividade
A concisão é uma qualidade da mensagem que está intimamente relacionada com a objetividade
e requer o uso do mínimo possível de palavras para transmitir idéias de maneira clara.
A obediência ao princípio da objetividade implica evitar os chamados “floreios ou rodeios” e ir dire-
tamente ao ponto que interessa. É não se deter em comentários óbvios. É ter a capacidade de
identificar o que realmente é “informação” para um público determinado.
Exemplos:
Forma prolixa:
Tenha presente que é imprescindível ser muito cuidadoso com os formicidas, que são produtos quí-
micos muito venenosos.
Forma concisa:
Cuidado com os formicidas porque são muito venenosos.
Forma prolixa:
O pinho – espécie florestal que o homem usa há milhares de anos, não só constitui matéria prima pa-
ra toda classe de construções, o mesmo podendo dizer-se de suas aplicações para a fabricação de
móveis, senão também se converteu no símbolo universal do cooperativismo.
Forma concisa:
O pinho é usado há muitos anos, para fazer casas e móveis. Em todo o mundo, a figura de dois pi-
nheiros simboliza o cooperativismo.
Redundância A redundância ou repetição de idéias numa determinada mensagem é um recurso didático impor-
tante para fixação de idéias, quando se está ensinando pessoas de conhecimento primário. Entre-
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tanto, para um público mais sofisticado intelectualmente, a redundância não é funcional na maioria
das situações.
Existe outro tipo de redundância que costuma ocorrer, no caso de informações sobre sistemas de
produção e que, na web, pode facilmente ser evitado. Trata-se da redundância de recomendações
idênticas, relativas a diferentes espécies, de determinados conceitos genéricos relacionados com
a tecnologia seja agronômica, zootécnica ou florestal. Informações genéricas podem ser armaze-
nadas em determinado sítio da Agência e recuperadas, por meio de links, sem necessidade de
repeti-las a cada vez que se quer mencioná-las em relação a um sistema tecnológico.
Exemplo de tópicos com diferentes níveis de generalidade são as Boas Práticas Ambientais (con-
servação do solo, da água, proteção da fauna silvestre, evitar a contaminação do ambiente por
pesticidas), que são genéricas para todos os sistemas (animais ou vegetais). Outros conceitos são
genéricos para vegetais (análise de solo, calagem, técnicas de preparo do solo, princípios básicos
de MIP, cálculos relacionados com irrigação etc.) ou animais (pastagens, instalações, higiene ge-
ral, técnicas de vacinação etc.). Não é necessário repeti-los em cada sistema.
No caso da Agência de Informação Embrapa, as equipes coordenadoras planejam construir,
quando oportuno, uma Árvore do Conhecimento relativa a “Operações Agrícolas Básicas” e outra
relativa a “Operações Zootécnicas Básicas”, para onde devem ser transferidos esses conceitos e
tecnologias.
Organização lógica e visual das informações
As informações devem ser apresentadas segundo uma estrutura lógica, subdividida em tópicos
que permitam a fácil localização e apreensão do conteúdo procurado. As imagens (de boa quali-
dade), utilizadas na proporção. A questão da estrutura e ordenamento lógico não parece ser tão
óbvia assim na medida em que informações sobre determinado cultivo foram apresentadas com a
fase de colheita em primeiro lugar e a semeadura por último.
4.8 Coerência terminológica
Quando, por exemplo, diversas pessoas ou grupos de pessoas escrevem sobre os mesmos tópi-
cos em Sistemas de Produção de diferentes espécies, é preciso padronizar o significado dos títu-
los (nomes de “nós” e “subnós”) para que os conteúdos sejam coerentes. O capítulo III deste do-
cumento possui modelos e exemplos que visam à normatizar tais conteúdos de nós e subnós, a-
tendendo a essa preocupação.
38
4.9 Autoria
O conteúdo textual das diferentes árvores pode ser dividido em dois tipos: textos introdutórios (nós
introdutórios) e textos substantivos (nós substantivos). Os textos introdutórios são aqueles que
vão encaminhando o internauta, ao longo da estrutura lógica das árvores, até os nós da árvore ou
itens do hipertexto que contém informação substantiva a ser consultada.
As introduções de cada nó básico serão redigidas pelos Editores Técnicos em consulta com a
Equipe de autores. As introduções dos subnós introdutórios serão criadas pelo grupo autor dos
subnós subseqüentes.
Alerta-se aos Editores Técnicos a inconveniência dos subnós com pouco texto, um parágrafo,
por exemplo. Exemplos de Árvores publicadas na Agência onde se apresentam subnós com três
linhas de texto e três autores, devem ser evitados. Nesses casos, esses textos deverão ser incor-
porados como subtítulos em outros subnós pertinentes e que apresentem conteúdo mais extenso.
4.10 Referências
As informações apresentadas nas Árvores já foram objeto de publicação anterior pela mídia técni-
co-científica. Podem, portanto, ser consideradas de amplo domínio profissional e livres para reco-
mendações de natureza técnico-profissional, sem necessidade de citação de fontes. De qualquer
forma, a responsabilidade pelo conteúdo será da Equipe de autores da UD, mencionada em ca-
da subnó substantivo, composta por técnicos ou pesquisadores perfeitamente habilitados a apre-
sentar as recomendações. Por isso e pelo fato de representarem uma síntese de informações ci-
entíficas e tecnologias, e não uma coleção de artigos acadêmicos, as Árvores do conhecimento
não comportam a citação de fontes ao longo do texto e nem indicação de referências citadas ou
consultadas ao final de cada conjunto, na forma clássica dos tratados e outras publicações aca-
dêmicas.
Entretanto, ao final de cada subnó de conteúdo substantivo, haverá uma área chamada Informa-
ções Complementares, que serão indicadas para consulta pelos usuários para detalhamento ou
aprofundamento dos conhecimentos. Essa área enriquece e diferencia a Agência de Informação,
fornecendo recursos para os diversos tipos de usuários que venham a acessar o sítio. A ferramen-
ta utilizada para construir a Árvore do Conhecimento permite a catalogação de recursos de vários
formatos, tais como textos, vídeos, softwares, planilhas, imagens, som etc.
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5 Outros aspectos
Alguns outros aspectos merecem comentários neste documento, pois são relevantes para a boa
qualidade do conteúdo da Agência. Tais aspectos incluem a questão das controvérsias científicas,
a amplitude de fontes, a abrangência geográfica e a regionalização das informações.
5.1 Controvérsias científicas
A apresentação de posições divergentes de pesquisadores sobre um mesmo assunto é muito im-
portante numa discussão ou num artigo de caráter científico. Entretanto, confunde o profissional
ou usuário que busca orientações tecnológicas (como devo proceder para orientar um cultivo aqui
e agora?).
Ex: as situações onde se apresenta a conclusão a que chegou o pesquisador A que divergem da
conclusão do pesquisador B.
5.2 Amplitude de fontes
Um centro de pesquisa da Embrapa não é a única fonte de informações sobre um determinado
sistema tecnológico. Existem outras Unidades da própria Embrapa, OEPAs, ONGs, instituições
estrangeiras e o conhecimento tradicional dos produtores sobre o assunto, que podem enriquecer
muito o conteúdo da Agência. Esse princípio deve ser observado quando da elaboração dos con-
teúdos das Árvores do Conhecimento.
5.3 Abrangência e regionalização das recomendações
Considerando a abrangência nacional da Embrapa e a abrangência nacional dos Centros de Pro-
duto, é imprescindível que se apresentem os sistemas de produção para diferentes regiões agroe-
cológicas, inclusive combinando informações de diferentes Unidades de pesquisa e de outras fon-
tes.
5.4 Dicionário de termos técnicos
Termos técnicos que não podem ser substituídos por expressões coloquiais em uso entre os pro-
dutores e sua explicação em termos inteligíveis ao público em geral, serão definidos no Dicioná-
rio de Termos Técnicos Agropecuários, Florestais e Ambientais, que será um serviço da A-
gência acessível diretamente do interior de árvores específicas.