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RECURSO HIDROMINERAL: BOAS PRÁTICAS PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUAS MINERAIS OU POTÁVEIS DE MESA 1

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RECURSO HIDROMINERAL: BOAS PRÁTICAS PARA CAPTAÇÃODE ÁGUAS MINERAIS OU POTÁVEIS DE MESA

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RESUMO

Especial atenção, com vistas a prevenir os diversos tipos de contaminações, devemmerecer as captações de águas subterrâneas, desde a fase de projeto, passando pela execuçãoe manutenção, principalmente quando destinadas ao envase como Águas Minerais ou Potáveisde Mesa ou utilização em estâncias hidrominerais.

As captações podem ocorrer por fontes ou poços. As primeiras recebem váriasclassificações, em função da geologia, vazão e características químicas. De acordo com o Códigode Águas Minerais, elas podem ser classificadas em função dos gases dissolvidos e temperatura.No que concerne aos fenômenos geológicos associados às suas origens, as fontes podem ser dedepressão, contato, falhamento e juntas ou fraturas. Os primeiros passos, quando se pretende oaproveitamento de uma fonte, são proceder-se estimativas da vazão e das característicasquímicas e físico-químicas da mesma. Se a finalidade do aproveitamento é o envase como ÁguaMineral ou Potável de Mesa ou em estância hidromineral, faz-se necessária Concessão doMinistério de Minas e Energia, que se obtém a partir de processo junto ao DNPM-DepartamentoNacional de Produção Mineral/MME. Ao longo do referido processo, é definida a forma deocorrência da fonte, correlacionando-a com a(s) unidade(s) geológica(s) e a aqüíferos do local.Para isto, é condição obrigatória o detalhamento da geologia de superfície e de subsuperfície,trabalhos esses que nem sempre são bem elaborados. Se não há informações sobre a geologiade subsuperfície, ou a geologia local encontra-se representada de modo deficiente, não se pode,com segurança, avaliar a vulnerabilidade do aqüífero que dá origem à fonte em estudo. Aconstrução da captação, etapa seguinte, requer a observância de precauções e normas técnicasespecíficas constantes da Portaria n° 222/97, do DNPM/MME, as quais estabelecemprocedimentos e especificam condições, materiais e equipamentos, no sentido de garantir que acaptação seja preservada da influência de águas superficiais e de solo e subsolo contaminadospor matéria orgânica e agentes contaminantes em geral.

Com relação à captação por poço, os aspectos construtivos aqui mencionadosdizem respeito tão somente aos procedimentos que devem ser tomados objetivando a prevençãode possíveis contaminações da água, seja por microrganismos, e/ou por mistura de águasindesejáveis entre aqüíferos. Evidentemente, as questões referentes ao custo de construção e àeficiência quanto à capacidade de produção de um poço também são importantíssimas, nãoobstante, não são o alvo deste trabalho. Desta forma, a maioria das considerações adianteaduzidas referem-se a projetos de poços que visam o aproveitamento das águas que se destinamao envase ou em estâncias hidrominerais, denominadas Águas Minerais ou Águas Potáveis deMesa, conforme preceituam os Arts. 1o e 2o do Código de Águas Minerais.

No que se refere à execução de poços, é condição fundamental que o técnicoresponsável pela mesma tenha bom conhecimento da hidrogeologia da área e fique atento adeterminados aspectos, como localização do poço, atentando para a possível necessidade dadrenagem/desvio de águas superficiais, escolha de cotas mais altas para localização do poço, emterrenos passíveis de inundação; perfil litológico do poço, muito importante para o projetoconstrutivo do poço; diâmetro de perfuração, de influência significativa no custo da obra;revestimento, cujo material deve ser especificado atentando para as profundidades e os diversosesforços a que será submetido; e a cimentação, uma das preocupações deste trabalho, em quese procura alertar para os aspectos da proteção sanitária e o isolamento (cimentação) entreaqüíferos, que devem ser bem observados na construção dos poços, a fim de evitar a mistura deáguas indesejáveis. Desse modo, é chamada atenção para a espessura da mesma, a qual quantomaior, ou seja, quanto mais espesso for o cilindro anelar, formado entre a parede do poço e odiâmetro externo do revestimento, certamente mais seguro o isolamento. Vale salientar queoutros fatores, como o tipo de material a ser empregado no espaço anelar, bem como a forma depreenchimento, etc., são também da maior importância.

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1. INTRODUÇÃOA utilização de águas subterrâneas no atendimento das necessidades de consumo

humano apresenta, a priori , em relação ao suprimento a partir de mananciais superficiais, avantagem de dispensar ou, pelo menos, simplificar os tratamentos de adeqüação ao consumo, istoporque, na maioria dos casos, as águas subterrâneas, em seu estado natural, apresentamcondições sanitárias satisfatórias para o consumo humano.

Não obstante, porém, a maior segurança proporcionada pelas mesmas, tornam-seimprescindíveis precauções no sentido de evitar contaminações, sejam sob os aspectosmicrobiológico, físico ou químico, notadamente no que concerne às Águas Minerais ou Potáveisde Mesa, as quais, quando destinadas ao envase, não podem sofrer quaisquer tratamentos.

Por outro lado, captações mal concebidas ou construídas, quer sejam fontes ou poços,podem ser causas de contaminação direta das águas subterrâneas a partir de águas superficiais,o que, no caso de poços, ocorreria através do espaço anelar entre o revestimento e as paredes domesmo, ou por águas impróprias de outros aqüíferos, o que se daria através de ruptura dorevestimento.

Especial atenção, pois, devem merecer as captações de águas subterrâneas, desde afase de projeto, passando pela execução e manutenção, principalmente quando destinadas aoenvase como Águas Minerais ou Potáveis de Mesa.

2. TIPOS DE CAPTAÇÃO

2.1. Captação por Fonte

Fonte, surgência ou nascente é definida como um ponto ou zona da superfície doterreno em que, de modo natural, flui na superfície uma quantidade apreciável de água,procedente de um aqüífero.

Muitos pesquisadores (Bryan, 1919; Meinzer, 1942; Health e Trainer, 1968; Tolman,1973, entre outros) sugeriram várias classificações para fontes, estabelecendo alguma correlaçãocaracterística. Por exemplo: quanto à geologia, quanto à vazão, quanto às característicasquímicas da água, etc.

No Brasil, em se tratando das Fontes de Água Mineral, com base no Art. 36 do Códigode Águas Minerais, as fontes poderão ser classificadas:

§ 1o – quanto aos gases:

I -Fontes radioativas:

a) -fracamente radioativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1litro por minuto (1 l/min) com um teor em radônio compreendido entre 5 e 10 unidades Mache, porlitro de gás espontâneo, a 20° C e 760 mm de Hg de pressão;

b) -radioativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 l/min. comum teor compreendido entre 10 e 50 unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20" C e 760mm de Hg de pressão;

c) -fortemente radioativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1l/min. com teor em radônio superior a 50 unidades Mache, por litro de gás espontãneo, a 20° C e760 mm de Hg de pressão;

II -Fontes toriativas, as que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa de 1 l/min.com um teor em torônio na emergência equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidadesMache por litro;

III -Fontes sulfurosas, as que possuírem na emergência desprendimento definido degás sulfídrico.

§ 2o - Quanto à temperatura:

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I - Fontes frias, quando sua temperatura for inferior a 25° C;

II - Fontes hipotermais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 25o e33oC.

III - Fontes mesotermais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 33" e36" C;

IV - Fontes isotermais, quando sua temperatura estiver compreendida entre 36° e38°C;

V - Fontes hipertermais, quando sua temperatura for superior a 38° C.

2.1.1 Tipos de Fonte

Não é objeto deste trabalho deter-se a nenhuma classificação em particular, noentanto, a seguir, serão mostrados os tipos de fontes mais representativas, que se correlacionamcom fenômenos geológicos.

2.1.1.1 Fontes de Depressão

Quando numa formação geológica de características homogêneas quanto aosparâmetros hidrogeológicos, o limite superior da zona saturada alcança a superfície do terreno(depressões ou vales), o sistema de fluxo forma fonte(s) na zona de descarga local.

2.1.1.2 Fontes de Contato

Quando unidades de formações geológicas permeáveis encobrem formações comcondutividade hidráulica muito baixa, não necessariamente impermeáveis, são formadas fontes.Nesses casos, geralmente o contato litológico é marcado por uma linha de fontes (fontes difusas) .A condição básica para que sejam formadas fontes é que exista uma diferença muito grande entreas condutividades hidráulicas, evitando, assim, transmissão de toda a água que é movimentadaatravés do horizonte superior.

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Têm-se, como exemplo, duas fontes, que afloram no contato das formações Exu(arenitos) e Santana (calcários, argilas, gipsita...), denominadas Fonte João Coelho e Fonte BomJesus; estão localizadas no balneário de Caldas, município de Barbalha, Estado do Ceará.

“A Fonte João Coelho apresenta, em média, uma vazão inferior (cerca de 70% dadescarga da Fonte Bom Jesus) e parece ser mais sensível às variações das precipitações,embora as duas sejam vizinhas e separadas por uma distância de apenas 2 metros”.

Em janeiro de 1991, a vazão medida da Fonte Bom Jesus foi da ordem de 125 m3/h,enquanto a Fonte João Coelho foi de 58 m3/h.

2.1.1.3 Fontes por Falhamento

Uma formação geológica impermeável ou com condutividade hidráulica muito baixapode se posicionar adjacente a uma formação aqüífera, dando origem a fonte(s).

2.1.1.4 Fontes de Juntas ou Fraturas

Juntas ou zonas de fraturas permeáveis, que interceptam a superfície do terreno, emrochas de baixa condutividade hidráulica.

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2.1.2 Procedimentos para Construção da Captação (Fontes)

O primeiro passo a ser tomado, após a localização da fonte (nascente, surgência), e,apesar de se encontrar na forma mais rudimentar, é conhecer a qualidade da água sob o aspectoquímico e sua vazão, embora esta última represente um dado pontual (a vazão varia com otempo). Essa análise química deve ser a mais completa possível e ser conclusiva com base naPortaria No 36, de 19/01/1990 (em vigor até o dia 02/01/2003). Ambas são informações de sumaimportância, com as quais, em função dos resultados, pode-se até tomar a decisão de nãoimplantar o projeto.

Ressalte-se, no entanto, que esses dados podem sofrer alterações após concluída aconstrução da captação em sua forma definitiva. Na fase rudimentar, não se recomenda a análisemicrobiológica da água, indispensável, porém, após construída, limpa e desinfectada a captação.

Se o objetivo do projeto é o aproveitamento da água para fins de engarrafamento comoMineral ou Potável de Mesa, ou em estância hidromineral, de posse dessas informações prévias(ou até antes, com o fim de inclusive obtê-las com assessoramento técnico), deve o interessadocontratar um técnico habilitado (Engenheiro de Minas ou Geólogo), com vistas à elaboração doRequerimento de Pesquisa Mineral (projeto de pesquisa), passo inicial do processo técnico e legaljunto ao DNPM/MME para obtenção da necessária Concessão de Lavra.

O segundo passo é conhecer a forma de como ocorre a fonte, correlacionando-a coma(s) unidade(s) geológica(s) e a aqüíferos do local. Para isto, é condição obrigatória odetalhamento da geologia de superfície e de subsuperfície, trabalhos esses que,lamentavelmente, na grande maioria das vezes, não são bem elaborados. Se não há informaçõessobre a geologia de subsuperfície, ou a litologia local encontra-se representada de mododeficiente, não se pode, com segurança, avaliar a vulnerabilidade do aqüífero que dá origem àfonte em estudo. É fundamental, ao menos, que fique bem definido o tipo de material que encobreo aqüífero da fonte e sua espessura média nas imediações. É obvio que o ideal seria ter-se oconhecimento de alguns parâmetros hidrogeológicos (área de recarga, área de trânsito, direção esentido de fluxo, gradiente hidráulico, velocidade, etc.).

Para que uma fonte seja bem captada, as principais precauções devem ser: evitar emsuas imediações a influência das águas superficiais, comumente contaminadas por matériaorgânica animal, e proceder a remoção do horizonte de solo orgânico, geralmente com pequenasespessuras e composto por areia, silte e argila em diferentes proporções, mas sempre contendoquantidade apreciável de matéria orgânica decomposta (vide fotos 1, 2).

A escavação pode continuar dependendo do tipo de fonte e principalmente do perfil dealteração típico do solo local (vide fotos 4 e 5).

Estando o(s) ponto(s) da(s) fonte(s) adequado(s), procede-se a construção da Caixa, aqual deve atender, no mínimo, às especificações técnicas constantes na Portaria No 222, de 28 dejulho de 1997 do Departamento Nacional de Produção Mineral – D.N.P.M., quais sejam:

A Caixa de Captação poderá ser construída em alvenaria, calafetada eimpermeabilizada. O revestimento interno e externo poderá ser em azulejos vitrificados brancos,

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É aconselhável portanto, que a caixa seja construída em aço inoxidável AISI 304 ou316 com acabamento sanitário e possua uma tampa em vidro transparente que permita ainspeção de todos os pontos internamente. Essa tampa deverá ser instalada em esquadrias dealumínio anodizado, ou aço inoxidável, e caixilhos revestidos com borracha atóxica, para completavedação sob pressão (vide fotos 3, 6, 7 e 8). Deverá ter ainda, além da tubulação de produção,um extravasor, dotado de válvula de pé e protegido por tela milimétrica, e tubulação com registro,no nível mais inferior para fins de limpeza.

No início da tubulação de produção, o mais próximo da caixa, deverá ser instalada umatorneira para a coleta de amostras d’água.

Quando na fonte houver bomba de recalque da água, esta, juntamente com o quadrode energia elétrica, deverão ser instalados fora do ambiente da caixa e separados daquele poruma parede divisória. O mesmo cuidado, construindo-se um corredor para inspeção (vide fotos 7,9,10 e 11).

As fotos a seguir, gentilmente cedidas pela Industrial Várzea Alegre de Águas MineraisLtda (Água Mineral Lustral), referem-se à captação de uma fonte de fratura, denominada Marina 1,localizada no município de Barra de Guabiraba – PE.

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2.2. Captação por Poços

Os aspectos construtivos aqui mencionados dizem respeito tão somente aosprocedimentos que devem ser tomados objetivando a prevenção de possíveis contaminações daágua, seja por microrganismos, e/ou por mistura de águas indesejáveis entre aqüíferos.Evidentemente, as questões referentes ao custo de construção e à eficiência quanto à capacidadede produção de um poço também são importantíssimas, não obstante, não são o alvo destetrabalho.

Desta forma, a maioria das considerações adiante aduzidas referem-se a projetos depoços que visam o aproveitamento das águas que se destinam ao envasamento ou em estânciashidrominerais, denominadas Águas Minerais ou Águas Potáveis de Mesa, conforme preceituam osArts. 1o e 2o do Código de Águas Minerais.

É condição fundamental que o técnico responsável pela execução do poço tenha bomconhecimento da hidrogeologia da área e fique atento aos seguintes aspectos:

• Localização do Poço

− Águas superficiais devem ser drenadas para longe do poço.

− Em locais passíveis de inundação, o poço deve ser locado na cota mais altapossível. Vide fotos 13 e 14.

− O local do poço deve ter uma área livre (raio mínimo de 10 metros), disponível paraconstuir a área de proteção à captação (área murada ou cercada com tela demalha resistente), conforme determina o item 4.3.5 da Portaria No 222, de 28/07/97do D.N.P.M./M.M.E..

• Perfil Litológico do Poço

Este perfil é muito importante para o projeto construtivo do poço, como também para oconhecimento da geologia da área. O mesmo é elaborado a partir das amostras coletadas porocasião da perfuração do poço. O intervalo da amostragem é função da precisão desejada, noentanto, é comum a amostragem a cada três metros. Nem sempre as amostras coletadaspermitem a confecção fidedigna do perfil litológico do poço, pelos seguintes motivos:

− No caso da perfuração pelo método rotativo, a lama (fluido de perfuração) podetrazer não só o material do fundo, mas também fragmentos resultantes dedesmoronamentos ocorridos nas partes superiores.

− A “lavagem” da lama para coleta da amostra deve ser feita por uma pessoa comhabilidade e experiência. A “lavagem” excessiva pode retirar a fração argilosa. Já oresíduo de lama em excesso pode mascarar a amostra.

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− No caso de “perda de circulação”, a adição de material na lama pode contaminaras amostras.

A lama de perfuração necessita de um tempo para se deslocar do fundo do poço até àsuperfície. Este tempo é conhecido como tempo de retorno. No momento em que o material écoletado em superfície, este não corresponde à profundidade em que se encontra a brocatriturando e/ou desagregando o material, e, sim, de um ponto mais acima.

Como os motivos acima citados, ocorrendo isoladamente ou agrupados, podemprejudicar sobremaneira a descrição e o correto posicionamento das formações geológicas, éimperativa a realização de uma Perfilagem Geofísica de Poço.

E mais, quando o poço objetivar o aproveitamento da água para o consumo humano,no mínimo, independentemente da profundidade, os órgãos fiscalizadores deveriam exigir apresença de um profissional legalmente habilitado e comprovada experiência, principalmente combom conhecimento da geologia da área e amostragem, para acompanhar “in loco” os trabalhosdurante a perfuração.

Os principais tipos de perfis geofísicos são:

Perfil de Raios Gama Convencional – R.G. – É um dos melhores indicadoreslitológicos, principalmente em rochas sedimentares.

Perfil de Temperatura – Caso dois aqüíferos estejam contribuindo para um mesmopoço, o perfil poderá identificá-los e permitir uma estimativa da contribuição relativa entre eles. Nocaso de rochas fraturadas, pode identificar as entradas d’ água.

Perfil de Resistência Elétrica – Pode ser utilizado, principalmente nas determinaçõesdas espessuras de aqüíferos, variações litológicas e, eventualmente, identificações de intervalosfraturados em rochas cristalinas.

Perfil de Resistividade Aparente, Perfil de Potencial Espontâneo (S.P.) etc.

O custo de uma perfilagem é da ordem de 10 a 15% do custo total do poço

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• Diâmetro de Perfuração

É de suma importância a escolha adequada do diâmetro de perfuração, porque esteafeta significativamente o custo da obra.

Como já mencionado anteriormente, o objetivo deste trabalho é priorizar, comsegurança, os aspectos da proteção sanitária e o isolamento (cimentação) entre aqüíferos, a fimde evitar a mistura de águas indesejáveis.

Sendo assim, no que concerne à cimentação, quanto mais espesso for o cilindroanelar, formado entre a parede do poço e o diâmetro externo do revestimento, certamente maisseguro o isolamento. Vale salientar que outros fatores como o tipo de material a ser empregado noespaço anelar, bem como a forma de preenchimento, etc., são importantes e serão tratados maisadiante.

Recomenda-se, portanto, que os órgãos fiscalizadores exijam, na construção dospoços, as seguintes espessuras das paredes, quando da cimentação:

Revestimento(polegada)

Espessura Mínima do Espaço Anelar(polegada)

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15 - 20 521 - 30 8

(Adaptado de Hidrogeologia – Conceitos e Aplicações, 1997)Obs: A espessura mínima deve ser medida com base no diâmetroexterno da bolsa do revestimento.

Verifica-se que os valores da tabela acima, representam diâmetros de perfurações nãomuito maiores, quando calculados pela seguinte fórmula, encontradas em manuais de fabricantes:

DP = 1,5 x DEB + 50 mm

Onde: DP = diâmetro de perfuração em mmDEB = diâmetro externo da bolsa em mm

• Revestimento

A escolha do tipo de material depende, principalmente, da qualidade da água, daprofundidade do poço, do diâmetro de perfuração, entre outros. Faz-se necessário considerar osesforços de compressão, flexão, flambagem, resistência química, temperatura etc. a que os tubosde revestimento serão submetidos.

No caso em questão, considerando que as Águas Minerais no Brasil, em quase suatotalidade, são explotadas de profundidades inferiores a 300 (trezentos) metros, os revestimentosfabricados em PVC aditivado, teoricamente, podem ser aplicados, desde que da linha do tiporeforçado.

O PVC aditivado é um material extremamente resistente à corrosão (água com: pH < 7;Oxigênio dissolvido > 2 ppm; ácido sulfúrico dissolvido ≅ 1 ppm; SDT > 1.000 ppm; Dióxido deCarbono dissolvido > 50 ppm e Cloretos dissolvidos > 500 ppm).

Desta forma, recomenda-se, quando do uso de PVC aditivado, que os órgãosfiscalizadores, independentemente da profundidade do poço, somente permitam a utilização dalinha do tipo reforçado.

As conexões sempre devem ser roscáveis e, para melhor estanqueidade, sempredeve-se utilizar anel de vedação e colocar silicone nas roscas.

Sobre revestimentos, a Portaria No 222 de 28/10/1997, do D.N.P.M./M.M.E.,estabelece, nos seguintes artigos:

4.2.1 Os tubos de revestimento, conexões, filtros, tubulações e bombas de recalquedeverão ser de material que preserve as características naturais da água. As tubulações(revestimento, coluna, filtros, etc.) deverão ser inteiramente de aço inoxidável, PVC geomecânico,

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atóxico, ou outro material aprovado pelo DNPM. As bombas de recalque deverão ter, pelo menos,o rotor em aço inoxidável.

4.2.3 Concluídos todos os serviços no poço, deverá ser construída uma laje deconcreto, fundida no local, envolvendo o tubo de revestimento. Esta laje deverá ter declividade docentro para a borda, espessura mínima de 20cm e área não inferior a 3,0 m2. A coluna de tubos derevestimento deve ficar no mínimo 0,50m acima da laje de proteção.

A parte saliente do tubo, acima da superfície do terreno, também necessita deproteção: A tampa de proteção da boca do poço deve ser construída em PVC, nylon, alumínio,aço inoxidável ou outro material aprovado pelo DNPM. Deve apresentar uma perfeita vedação, emque os espaços em torno do edutor, tubulação auxiliar etc. devem ser vedados com material quenão altere as características da água. Vide foto 15.

As figuras a seguir mostram situações em que problemas de rupturas ou má vedaçãonos tubos de revestimentos podem provocar contaminações ou troca de águas indesejadas entreaqüíferos.

Na figura (1), casos (a),(b), (c) e (d) tem-se três aqüíferos: Oprimeiro com água contaminada, osegundo com água potável e oterceiro com água salgada. Ogradiente hidráulico entre eles évertical descendente. No caso (a),tem-se um poço abandonado ouparalisado, que possui a coluna defiltros no aqüífero inferior com águade boa qualidade (potável). Nestepoço, com problema norevestimento, a água contaminadaou indesejada, contida no aqüíferosuperior, pelo efeito do gradiente, e,através do revestimento, drena águapara o aqüífero inferior, contaminado-o.

No caso (c), tem-se um poço em atividade, que possui filtros no aqüífero inferior comágua potável. Neste poço, também com problema no revestimento, a água drena do aqüíferosuperior por meio do revestimento. Logo, a água bombeada é a mistura das águas dos doisaqüíferos, portanto, no mínimo, produzindo água de qualidade inferior comparada com a água doaqüífero inferior. Por outro lado, quando o poço cessa o bombeamento, a cimentação deficientepermitirá a contaminação. De forma semelhante, ocorre no caso (b).Na figura (2), tem-se doisaquíferos: O primeiro com água contaminada e o segundo com água potável. O gradientehidráulico, entre eles, é vertical ascendente. No caso (a) tem-se um poço abandonado ouparalizado, que possui a coluna de filtros no aquifero inferior com água de boa qualidade (potável).Neste poço, com problema nosrevestimentos, a água de boaqualidade ascende por meio dorevestimento e chega até oaquifero superior, contaminado.

No caso (b), tem-se umpoço em atividade que possuifiltros no aquifero inferior. Nestepoço, também com problemas nosrevestimentos, quando o nívelpiezométrico é rebaixado emconsequência do bombeamento,há uma inversão no gradientehidráulico e, nesta ocasião, a água

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• Cimentação

É denominada cimentação a operação que consiste na colocação de uma pasta decimento não contaminada numa determinada posição no espaço anelar entre a parede do poço eo revestimento. Há casos, no entanto, em que a pasta é colocada dentro do próprio revestimentoou poço. A cimentação tem como objetivo a vedação eficiente e permanente deste espaço. Videfotos 17, 18, 19, 20, 21 e 22.

As finalidades principais da cimentação são:

a) Prevenir infiltrações de águas superficiais.

b) Evitar perdas de pressão para zonas de menor pressão.

c) Proteger o revestimento da ação de águas agressivas.

d) Separar aqüíferos.

e) Vedar poços abandonados.

A pasta de cimento é obtida pela mistura do cimento com a água, simplesmente, ou decimento, água e aditivos específicos, que têm diversas finalidades – aceleradores de pega,retardadores de pega, etc.

Situações particulares podem exigir a adição de areia ou outro material volumoso, parapermitir que a pasta obstrua abertura maiores sem perda excessiva de fluido.

Os cimentos são classificados em oito classes, que vão de A a J, segundo o API(Associated Petroleum International). Os cimentos da classe A, B e C são usados até àprofundidade de 1.800 metros, aproximadamente. O cimento da classe A é usado quando ascondições do poço não exigem propriedades específicas. O cimento classe B é aplicado quandoas condições do poço exigem moderada resistência aos sulfatos. O cimento classe C éempregado quando se requer alta resistência inicial. Assim, no caso de captação de ÁguasMinerais, o uso mais comum é o cimento da classe A.

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O espaço a ser deixado em volta do revestimento (item anterior – Diâmentro dePerfuração) deve permitir um invólucro completo oucamada contínua de cimento em toda a extensãoprevista. O revestimento não deve encostar na parededo poço, devendo o mesmo estar bem centrado. Paraque a coluna de revestimento mantenha-seeqüidistante da parede do poço, facilitando a descidado pré-filtro, é fundamental o uso de centralizadores,para os quais, o espaçamento ideal não deveultrapassar os 10 metros.

Os centralizadores não necessitam serrobustos, devendo preferencialmente ser executadosem polietileno, ferro de perfil redondo ou açoinoxidável, com três haletas. Devem ser instaladossempre nos revestimentos, preferencialmente deforma solta, com movimentação livre entre duasbolsas consecutivas (figura ao lado).

Para se obter uma boa vedação énecessário que a pasta seja introduzida em umaoperação contínua, antes que se dê a pega inicial docimento. No caso de PVC aditivado, infelizmente, naprática, essa operação é descontínua a intervalos de30 metros. Este tipo de revestimento pode perderalguma resistência de colapso quando exposto aoaquecimento produzido pela hidrataçao da mistura decimento, podendo até danificá-lo.

Desta forma, recomenda-se sempre mantero poço internamente cheio de água e lama ao seproceder a cimentação.

Como a reação química que provoca apega e endurecimento inicia-se logo que o cimento émisturado com a água, toda a operação de mistura ecolocação, evidentemente, deve ser feita quando apasta esteja ainda fluida.

A qualidade da água é muito importante.não deve ser salina e deve ter qualidade, se possível,de potável (SDT < 500 mg); alto conteúdo de cloretopode causar uma pega rápida, resultando um cimento fraco, poroso.

A mistura, cimento e água, para uma adequada e rápida homogeinização, sempre deveser processada de maneira mecânica (bentoneira).

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A cimentação, com as finalidades de proteção sanitária e/ou separação de aqüíferos,sempre deve ser acompanhada por um técnico do DNPM. A colocação da pasta de cimento ououtro material aprovado pelo DNPM deve ser realizada por meio de tubulação auxiliar, e,dependendo da profundidade, poderá ser introduzida por gravidade. A dosagem deve ser daordem de 22 à 27 litros de água para cada saco de cimento de 50 kg, com mistura mecânica.

Pode-se adicionar bentonita até 2,5 kg por saco de cimento e passar a dosagem para29 litros de água para cada saco de cimento de 50 kg. O tempo de pega não pode ser inferior a 48horas, sendo recomendado 72 horas.

As conseqüências de uma cimentação deficiente, inadequada, podem ser acontaminação entre aqüíferos, conforme mostra a figura 1, casos (b) e (c) do item Revestimento.

2.3. Proteção à Captação

Uma vez concluída a captação em sua forma definitiva, seja por meio de poço ou fonte,a mesma deve ser protegida de modo a impedir o acesso de pessoas não autorizadas e animais;também, contra as intempéries (vide fotos 11, 12, 15 e 23). Sendo assim, a legislação brasileira,pertinente ao assunto sobre “Especificações técnicas para o aproveitamento das Águas Minerais e

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Potáveis de Mesa”, constante na Portaria No 222, de 28/07/1997, aborda com detalhes esteassunto nos seguintes itens:

4.3.1 PROTEÇÃO À CAPTAÇÃO: A casa de proteção da captação deverá serconstruída em alvenaria, com as seguintes características: internamente, uma boa iluminação, tetoem laje de concreto; paredes internas revestidas de azulejos brancos até o teto ou outro materialsimilar aprovado pelo DNPM; piso de cerâmica, côr clara, ou material similar, com inclinaçãosuficiente para escoamento das águas; janelas em esquadrias de alumínio anodizado, protegidaspor telas de malha fina para ventilação; porta de acesso em alumínio anodizado.

4.3.2 No caso de captação por poço, a laje de concreto deverá dispor de aberturaadequada, ou conter um teto escamoteável, para facilitar a manutenção e reparos que o poçovenha a necessitar.

4.3.3 No caso de captação por fonte, as bombas de recalque da água e o quadro dealimentação de energia elétrica deverão ser instalados fora da Casa de Proteção. No caso decaptação por poço, poderá ser mantida dentro da Casa de Proteção da captação um painelauxiliar, contendo um amperímetro e um disjuntor, para acionamento da bomba no caso deverificações técnicas.

4.3.5 A Área de Proteção da Captação (recomenda-se um raio de no mínimo 10,0metros) deverá ser adequadamente cercada com tela de malha resistente, de modo a impedir oacesso de pessoas não autorizadas e a entrada de pequenos animais. Deverá ter um portão comfechamento adequado, para a entrada de pessoas autorizadas.

4.3.6 A área deverá ser gramada ou calçada, possuir adequado sistema de drenagemdas águas pluviais e ser mantida em boas condições de limpeza, a fim de não comprometer aintegridade do produto da captação.

4.3.8 Após a construção da Casa de Proteção à captação, deverá ser efetuada umalimpeza e desinfecção completa. Em seguida, realizar uma análise química e microbiológica daágua, para comprovação da potabilidade.

3. CONTROLE DE QUALIDADEO número mínimo de amostras e freqüência mínima de amostragem para

determinação das características microbiológicas e físico-químicas nas captações (poço e fonte),com base na resolução - RDC No 54, de 15 de junho de 2000 – A.N.V.S/M.S. Ministério da Saúde,são:

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Tabela 1

Local de coleta Número mínimo Análises a serem realizadas

1 amostra por dia E. coli ou coliformes (fecais) termotolerantes, Contagem debactérias heterotróficas (contagem padrão em placas)

Fonte ou Poço1 amostra por trimestre

Coliformes totais, E. coli ou coliformes (fecais) termotolernntes,Enterococos Pseudomonas aeruginosa e Clostrídios sulfitoredutores ou C. perfríngens

Tabela 2

Local de coleta Número mínimo Análises a serem realizadas

Fonte ou Poço 1 amostra por dia Condutividade, pH e Temperatura

Fonte ou Poço 1 amostra por ano Características químicas, que definem a classificação da água econtaminantes.

4. BIBLIOGRAFIASTUDART, Ticiana Marinho de Carvalho et alli. Medidas de Vazão de Fontes no Cariri por Diluiçãode um Traçador [s.l], [19_ _ ].

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MONTEIRO, Adson Brito. Relações Entre as Águas Subterrâneas e as Águas Superficiais. Recife.1996. 36 p. Exame de Qualificação. Universidade Federal de Pernambuco.

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