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Este conteúdo pertence ao Descomplica. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Empurrão para o ENEM Redação Professor: Rafael Cunha 03/06/2014 1. Por volta do ano de 700 a.C., ocorreu um importante invento na Grécia: o alfabeto. Com isso, tornou-se possível o preenchimento da lacuna entre o discurso oral e o escrito. Esse momento histórico foi preparado ao longo de aproximadamente três mil anos de evolução e da comunicação não alfabética até a sociedade grega alcançar o que Havelock chama de um novo estado de espírito, “o espírito alfabético”, que originou uma transformação qualitativa da comunicação humana. As tecnologias da informação com base na eletrônica (inclusive a imprensa eletrônica) apresentam uma capacidade de armazenamento. Hoje, os textos eletrônicos permitem flexibilidade e feedback, interação e reconfiguração de texto muito maiores e, dessa forma, também alteram o próprio processo de comunicação. CASTELLS, M. A. Era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado). Com o advento do alfabeto, ocorreram, ao longo da história, várias implicações socioculturais. Com a Internet, as transformações na comunicação humana resultam a) da descoberta da mídia impressa, por meio da produção de livros, revistas, jornais. b) do esvaziamento da cultura alfabetizada, que, na era da informação, está centrada no mundo dos sons e das imagens. c) da quebra das fronteiras do tempo e do espaço na integração das modalidades escrita, oral e audiovisual. d) da audiência da informação difundida por meio da TV e do rádio, cuja dinâmica favorece o crescimento da eletrônica. e) da penetrabilidade da informação visual, predominante na mídia impressa, meio de comunicação de massa. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Para literatos e memorialistas do século XIX, um dos grandes desafios era, então, construir uma nação tendo que levar em conta as antigas tradições, quase sempre católicas e repletas de “atrasadas” manifestações populares e negras. As discussões sobre as perspectivas da nacionalidade brasileira ganharam novo impulso nas últimas décadas do século passado, após a abolição da escravidão, quando definitivamente teriam que ser incorporados os libertos e descendentes de africanos ao mercado de trabalho livre e à “nação brasileira”. Festas, músicas e danças despontariam, entre setores intelectuais, como um importante campo de estudos para se avaliar e, principalmente, projetar a versão musical da nação brasileira. Afinal, estas manifestações passaram a representar valiosos indicativos de uma nação formada por uma “raça mestiça”, de inegável influência portuguesa, católica e africana. 1 Escritores e músicos de diferentes partes do Brasil, no fim do século XIX e início do XX, iriam identificar e construir, a partir de variadas e híbridas doses de etnia e cultura, uma original identidade nacional, musical e festiva. Marta Abreu. Invenção de um país festivo. Caderno Ideias, Jornal do Brasil. Adaptação

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Empurrão para o ENEM

Redação Professor: Rafael Cunha

03/06/2014

1. Por volta do ano de 700 a.C., ocorreu um importante invento na Grécia: o alfabeto. Com isso, tornou-se possível o preenchimento da lacuna entre o discurso oral e o escrito. Esse momento histórico foi preparado ao longo de aproximadamente três mil anos de evolução e da comunicação não alfabética até a sociedade grega alcançar o que Havelock chama de um novo estado de espírito, “o espírito alfabético”, que originou uma transformação qualitativa da comunicação humana. As tecnologias da informação com base na eletrônica (inclusive a imprensa eletrônica) apresentam uma capacidade de armazenamento. Hoje, os textos eletrônicos permitem flexibilidade e feedback, interação e reconfiguração de texto muito maiores e, dessa forma, também alteram o próprio processo de comunicação.

CASTELLS, M. A. Era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra,

1999 (adaptado). Com o advento do alfabeto, ocorreram, ao longo da história, várias implicações socioculturais. Com a Internet, as transformações na comunicação humana resultam

a) da descoberta da mídia impressa, por meio da produção de livros, revistas, jornais. b) do esvaziamento da cultura alfabetizada, que, na era da informação, está centrada no

mundo dos sons e das imagens. c) da quebra das fronteiras do tempo e do espaço na integração das modalidades escrita, oral

e audiovisual. d) da audiência da informação difundida por meio da TV e do rádio, cuja dinâmica favorece o

crescimento da eletrônica. e) da penetrabilidade da informação visual, predominante na mídia impressa, meio de

comunicação de massa. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Para literatos e memorialistas do século XIX, um dos grandes desafios era, então, construir uma nação tendo que levar em conta as antigas tradições, quase sempre católicas e repletas de “atrasadas” manifestações populares e negras. As discussões sobre as perspectivas da nacionalidade brasileira ganharam novo impulso nas últimas décadas do século passado, após a abolição da escravidão, quando definitivamente teriam que ser incorporados os libertos e descendentes de africanos ao mercado de trabalho livre e à “nação brasileira”. Festas, músicas e danças despontariam, entre setores intelectuais, como um importante campo de estudos para se avaliar e, principalmente, projetar a versão musical da nação brasileira. Afinal, estas manifestações passaram a representar valiosos indicativos de uma nação formada por uma “raça mestiça”, de inegável influência portuguesa, católica e africana. 1Escritores e músicos de diferentes partes do Brasil, no fim do século XIX e início do XX, iriam identificar e construir, a partir de variadas e híbridas doses de etnia e cultura, uma original identidade nacional, musical e festiva.

Marta Abreu. Invenção de um país festivo. Caderno Ideias, Jornal do Brasil. Adaptação

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2. Assinale a passagem que exemplifica ser a mestiçagem uma construção intelectual, mas que está presente no sentimento do povo de forma ambígua.

a) Amálgama é miscigenação e mistura mas é muito mais do que isso: é a diversidade em combinação permanente causando esta flutuação de constante capacidade de adaptações e criatividade. (Jorge Mautner)

b) Qual a minha cor, não é? Para escrever aí no questionário. Deixa eu pensar.O que o senhor acha que eu sou? Olhando para minha cara. Bem para minha cara. O que eu sou? Assim, no espelho? Coloque aí, escreva: mestiça. Isso: doméstica mestiça. Pode anotar. Só não vai contar para ninguém, tá? (Marcelino Freire)

c) O Estatuto da Igualdade Racial, que está para ser votado na Câmara em meio a discussões acirradas, reserva cotas para afro-brasileiros, mas não menciona caboclos, cafuzos, mamelucos ou mulatos. É uma ficção bicolor, dizem seus críticos. É o reconhecimento de uma divisão social, retrucam seus defensores. (Miguel Conde)

d) Mulatas e negras, empregadas nas casas ricas, amontoavam-se ante as malas abertas: – Compra, freguesa, compra. É baratinho... – a pronúncia cômica, a voz sedutora. Longas negociações. Os colares sobre os peitos negros, as pulseiras nos braços mulatos, uma tentação! (Jorge Amado)

e) Com a proibição do tráfico de escravos em 1850, e o aumento da imigração europeia na segunda metade do século XX, a cor dos comerciantes de rua do Rio de Janeiro começou a ficar mais variada. Como mostra o retrato de Augusto Malta e Marc Ferrez, se tornou mais frequente a presença de mestiços e brancos entre os ambulantes. (O Globo, Logo)

3. Assinale a opção que corresponde ao fragmento “Escritores e músicos de diferentes partes do Brasil, no fim do século XIX e início do XX, iriam identificar e construir, a partir de variadas e híbridas doses de etnia e cultura, uma original identidade nacional, musical e festiva.” (ref. 1)

a) Em cada porta um frequentado olheiro, / Que a vida do vizinho, e da vizinha / Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, / Para a levar à Praça, e ao Terreiro. (Gregório de Matos)

b) Última flor do Lácio, inculta e bela, / És, a um tempo, esplendor e sepultura: / Ouro nativo, que na ganga impura / A bruta mina entre os cascalhos vela... (Olavo Bilac)

c) Assim eu quereria meu último poema / Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais / Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas / Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume (Manuel Bandeira)

d) Quem, Marília, despreza uma beleza, / A luz da razão precisa; / E se tem discurso, pisa / A lei, que lhe ditou a Natureza. (Tomás Antônio Gonzaga)

e) Misturo tudo num saco, / Mas gaúcho maranhense / Que para no Mato Grosso, / Bate este angu de caroço (Mário de Andrade)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O CANTO DO GUERREIRO Aqui na floresta Dos ventos batida,

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Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. - Ouvi-me, Guerreiros, - Ouvi meu cantar. Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? - Guerreiros, ouvi-me; - Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias.

MACUNAÍMA (Epílogo)

Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?

Mário de Andrade.

4. Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que

a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.

b) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.

c) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena. d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem

e, no segundo, no relato de informações reais. e) a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está

ausente no primeiro.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e apagando, dava banhos intermitentes de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada junto à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e suave. Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu marido, todo bovino; um pintor louro e nervoso; uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a roda que falava de política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio braço, atenta à mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo. "Muito!", disse quando alguém lhe perguntou se gostara de um certo quadro - e disse mais algumas palavras; mas mudou um pouco a posição do braço e continuou a se mirar, interessada em si mesma, com um ar sonhador.

Rubem Braga, A mulher que ia navegar. 5. "'Muito!', disse quando alguém lhe perguntou se GOSTARA de um certo quadro." Se a pergunta a que se refere o trecho fosse apresentada em discurso direto, a forma verbal correspondente a "gostara" seria

a) gostasse. b) gostava. c) gostou. d) gostará. e) gostaria.

6.

Einstein com a língua de fora é uma das imagens mais exploradas pela publicidade. Essa foto é produtiva como recurso persuasivo no discurso publicitário porque

a) instiga o leitor a recuperar valores emocionais despertados em um dos maiores físicos da história.

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b) estimula o público consumidor a questionar as verdades científicas estabelecidas antes do século XX.

c) vincula a credibilidade da propaganda ao princípio físico de que a percepção da realidade é relativa.

d) concorre para a promoção do jogo com o inesperado, ao mostrar a irreverência de um renomado cientista.

e) sugere que os textos das propagandas devem ser tão atuais quanto às inovações tecnológicas.

7. ESTE INFERNO DE AMAR Este inferno de amar - como eu amo! Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? (Almeida Garret) Nos versos de Garrett, predomina a função

a) metalinguística da linguagem, com extrema valorização da subjetividade no jogo entre o espiritual e o profano.

b) apelativa da linguagem, num jogo de sentido pelo qual o poeta transmite uma forma idealizada de amor.

c) referencial da linguagem, privilegiando-se a expressão de forma racional. d) emotiva da linguagem, marcada pela não contenção dos sentimentos, dando vazão ao

subjetivismo. e) fática da linguagem, utilizada para expressar as ideias de forma evasiva, como sugestões.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que... Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava

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para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. (Machado de Assis, Dom Casmurro.)

8. "Só me perguntava o que era, se nunca os vira..." O trecho, transposto para discurso direto, em norma padrão, assume a seguinte forma: Só me perguntava:

a) - O que era, nunca os vira? b) - O que é, nunca os vira? c) - O que é, nunca os viram? d) - O que foi, nunca os vira? e) - O que foi, nunca os viu?

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Um erudito historiador baiano escreveu, em 1844, um libelo contra a deslealdade 3da Inglaterra que, afetando ser amiga da nova nação brasileira, agia em nosso desfavor impedindo que a lavoura recebesse a preciosa mão de obra africana. Trata-se do Dr. A. J. Mello Moraes e do seu opúsculo: A Inglaterra e seos tractados. 4Memoria, na qual previamente se demonstra que a Inglaterra não tem sido leal até o presente no cumprimento dos seus tractados. Aos Srs. deputados geraes da futura sessão legislativa de 1845. Volta aí a indefectível comparação: "2Um inglês trata cem vezes pior um criado branco e seu igual do que nós a um dos nossos escravos". A proposta de Mello Moraes é simples e drástica: o gabinete inglês "6ou há de abandonar as suas colônias, por não haver gêneros coloniais para consumo, ou, se as quiser possuir, há de admitir a escravidão". Postulada a íntima relação entre produtos coloniais e cativeiro, 1nexo historicamente instituído e consolidado por três séculos, 5o bravo defensor da nossa lavoura exorta os deputados gerais, em campanha eleitoral, a cortar as amarras que ligavam o governo imperial ao britânico: 9"O Brasil para ser feliz não tem necessidade de tratados com nação alguma, pois basta somente proteger a agricultura, animar a indústria manufatureira, libertar o comércio, e franquear seus portos ao mundo inteiro. O Brasil não precisa dos favores da Inglaterra". Poucas linhas atrás, Mello Moraes via com esperança o aumento das 8nossas exportações de café para os Estados Unidos. O espírito de 1808, que rompera com o monopólio português, demandava agora seu pleno desdobramento. Nada de entraves. Na esteira do processo de integração pós-colonial dos países latino-americanos, o Brasil deveria realizar o princípio mais geral do sistema dando o maior raio possível de ação, legal ou ilegal, a quem de direito: ao senhor do café, ao senhor de engenho e aos seus agenciadores da força de trabalho, os traficantes. Para a classe dominante o óbice maior não vinha, então, do nosso Estado constitucional, que representava o latifúndio e dele se servia: o obstáculo era interposto pela nova matriz internacional, o novo exclusivo, a Inglaterra. Entende-se a reivindicação do mais desbridado laissez-faire; entende-se a hostilidade que despertava entre os proprietários o controle da 7sua nação por um Estado estrangeiro. Mas como o denominador ideológico comum era o liberalismo econômico, que conhece na época a sua fase áurea, só restava à retórica escravista uma saída para o impasse: mostrar que

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as ideias mestras da doutrina clássica, porque justas, deveriam aplicar-se com justeza às circunstâncias, às peculiaridades nacionais.

(Alfredo Bosi. Dialética da Colonização. 3ª ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1992, p. 209-210). 9. Na referência 7, nota-se o pronome possessivo SUA, que se opõe ao pronome NOSSAS (ref.8). Esse uso de SUA, no texto, é um recurso do autor para demonstrar que os proprietários:

a) Eram, realmente, os donos da nação. b) Comportavam-se como se fossem os donos da nação. c) Como brasileiros, sentiam-se coproprietários da nação. d) Sentiam-se coproprietários da nação e deveriam agir como tais. e) Não deveriam sentir-se coproprietários da nação, mas deveriam agir como tais.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os tiranos e os autocratas sempre compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais são potencialmente perigosos. Podem insuflar ideias independentes e até rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador real britânico da colônia de Virgínia escreveu em 1671: Graças a Deus não há escolas, nem imprensa livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa divulgou-as e publicou os libelos contra os melhores governos. Que Deus nos guarde de ambos! Mas os colonizadores norte-americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim. Em seus primeiros anos, os Estados Unidos se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados - talvez o mais elevado - de cidadãos alfabetizados no mundo. Atualmente, os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos dos que são alfabetizados não conseguem ler, nem compreender material muito simples - muito menos um livro da sexta série, um manual de instruções, um horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral. As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa auto-estima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha. Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais - o custo de despesas médicas e hospitalização, o custo de crimes e prisões, o custo de programas de educação especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem. Frederick Douglass ensinou que a alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho.

(Carl Sagan, O caminho para a liberdade. Em O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. Adaptado)

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10. É correto afirmar que Carl Sagan faz citação das ideias de um governador real britânico para:

a) corroborar as ideias que defende no desenvolvimento do texto. b) desmistificar a ideia de que liberdade de imprensa pode trazer liberdade de ideias, como

defende na conclusão. c) comprovar a importância da colonização inglesa para o desenvolvimento americano. d) ilustrar a tese com a qual inicia o texto e à qual se contrapõe na sequência. e) ironizar ideias ultrapassadas, mostrando, no desenvolvimento do texto, o descrédito de que

gozaram em todos os tempos. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

A DANÇA E A ALMA

A DANÇA? Não é movimento, súbito gesto musical. É concentração, num momento, da humana graça natural. No solo não, no éter pairamos, nele amaríamos ficar. A dança - não vento nos ramos; seiva, força, perene estar. Um estar entre céu e chão, novo domínio conquistado, onde busque nossa paixão libertar-se por todo lado... Onde a alma possa descrever suas mais divinas parábolas sem fugir à forma do ser, por sobre o mistério das fábulas.

(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)

11. O poema "A Dança e a Alma" é construído com base em contrastes, como "movimento" e "concentração". Em uma das estrofes, o termo que estabelece contraste com solo é:

a) éter. b) seiva. c) chão. d) paixão. e) ser.

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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Mãos dadas

1ª estrofe Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. 2ª estrofe Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida. Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1974. p. 55.

12. Da leitura dos quatro primeiros versos da segunda estrofe, marcados pela negação, conclui-se que o poeta

a) nega uma postura crítica sobre a realidade. b) explica o tipo de poesia adequada ao tempo presente. c) aceita resignadamente a realidade presente. d) esclarece o que seria uma poesia alienada. e) reivindica uma poesia agressiva, que negue o lirismo e o amor.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Brasil

O Zé Pereira chegou de caravela E preguntou pro guarani da mata virgem - Sois cristão? - Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teterê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu - Sim pela graça de Deus - Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval

(Oswald de Andrade)

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13. Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é

a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.

b) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras - portugueses, negros e índios - pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.

c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.

d) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.

e) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Canção Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; - depois, abri o mar com as mãos para o meu sonho naufragar Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho, dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito; praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas

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14. Pode-se apontar como tema do poema a) a transitoriedade das coisas. b) a renúncia. c) a desilusão. d) a fugacidade do tempo. e) a dúvida existencial.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Canção e calendário Sol de montanha Sol esquivo de montanha Felicidade Teu nome é Maria Antonieta d'Alkmin No fundo do poço No cimo do monte No poço sem fundo Na ponte quebrada No rego da fonte Na ponta da lança No monte profundo Nevada Entre os crimes contra mim Maria Antonieta d'Alkmin Felicidade forjada nas trevas Entre os crimes contra mim Sol de montanha Maria Antonieta d'Alkmin Não quero mais as moreninhas de Macedo Não quero mais as namoradas Do senhor poeta Alberto d'Oliveira Quero você Não quero mais Crucificadas em meus cabelos Quero você Não quero mais A inglesa Elena Não quero mais A irmã da Nena

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Não quero mais A bela Elena Anabela Ana Bolena Quero você Toma conta do céu Toma conta da terra Toma conta do mar Toma conta de mim Maria Antonieta d'Alkmin E se ele vier Defenderei E se ela vier Defenderei E se eles vierem Defenderei E se elas vierem todas Numa guirlanda de flechas Defenderei Defenderei Defenderei Cais de minha vida Partida sete vezes Cais de minha vida quebrada Nas prisões Suada nas ruas Modelada Na aurora indecisa dos hospitais Bonançosa bonança.

(Oswald de Andrade. Cântico dos Cânticos para flauta e violão.) 15. O verso que exemplifica um registro informal, coloquial, de linguagem é:

a) "Suada nas ruas" b) "Numa guirlanda de flechas" c) "Partida sete vezes" d) "Quero você" e) "Na aurora indecisa dos hospitais"

16. Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica "A alegria de ser brasileiro", do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada naquele ano pelo

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Redação Professor: Rafael Cunha

03/06/2014

jornal "Última Hora". "Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não só pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos limites rígidos da esportividade. Então, se verificou o seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não existe. O único inglês que apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos motivos, vamos perder a vergonha (...), vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser brasileiro, amigos". Além de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores dentro do campo

a) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a perder a conquista da copa do mundo. b) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualidades que admiravam nos europeus,

principalmente nos ingleses. c) ressaltou o sentimento de inferioridade dos jogadores brasileiros em relação aos europeus,

o que os impediu de revidar as agressões sofridas. d) mostrou que o choro poderia aliviar o sentimento de que os europeus eram superiores aos

brasileiros. e) mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus, podendo comportar-se como eles,

que não respeitavam os limites da esportividade. 17.

Se o discurso direto reproduzido no primeiro quadrinho fosse transformado em indireto, a forma correta seria a seguinte:

a) Hagar disse aos homens que eles venceriam, porque lutavam pelo que era certo. b) Hagar disse aos homens que venceremos, porque lutamos pelo que é certo. c) Hagar disse: Homens, venceremos, porque lutamos pelo que é certo. d) Hagar disse aos homens que eles vencerão, porque lutam pelo que é certo. e) Nós venceremos, porque lutamos pelo que é certo disse Hagar a seus homens.

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03/06/2014

Gabarito 1. C

As tecnologias da informação, com base na eletrônica, oferecem grande capacidade de armazenamento de informações, velocidade na transmissão de dados e agilidade na ação recíproca de opiniões entre emissor e receptor (feedback). Desta forma, a comunicação ultrapassa os limites do tempo e do espaço e, integrando as modalidades escrita, oral e audiovisual, alteram o processo de transmissão de informações.

2. B As sucessivas interrogações, no excerto de Marcelino Freire da opção [B], expressam a hesitação de uma mulher perante a necessidade de se identificar relativamente à sua origem racial. Ao designar-se como doméstica mestiça, assume a ”influência portuguesa, católica e africana” citada por Marta Abreu em “Invenção de um país festivo”, mas, em seguida, pede segredo mostrando o constrangimento que tal situação lhe causava.

3. E As opções [A] e [D] apresentam transcrições de autores que não se filiam a estéticas literárias dos períodos mencionados na proposta: Gregório de Matos (Barroco - séc. XVII/XVIII) e Tomás Antônio Gonzaga (Arcadismo - séc. XVIII). Embora a poesia de Olavo Bilac esteja vinculada a uma corrente do final do séc. XIX, não atende às características de originalidade de criação que apenas o Modernismo virá a expressar, o que invalida a opção [B]. O fragmento de Manuel Bandeira, ao designar as características que uniriam a poesia ao seu último impulso vital, quebra a expectativa romântica do amor idealizado e abre espaço para a observação do cotidiano transcrita para a poesia em linguagem simples. No entanto, não se identifica no excerto nenhuma alusão a “variadas e híbridas doses de etnia e cultura”, o que invalida a opção [C]. Apenas em [E], Mário de Andrade exalta a miscigenação cultural do povo brasileiro ao declarar-se “gaúcho maranhense” e surpreende o leitor pela linguagem coloquial, associação livre de ideias e irreverência.

4. C As palavras “tacape” e “tapanhumas” pertencem à língua indígena e estão presentes nos textos I e II respectivamente, o que é afirmado em C. A função conativa (ou apelativa) está presente nos imperativos do texto I, assim como a emotiva e a linguagem formal. Também ambos os textos apresentam função poética (organização das palavras com intenção estética), o que invalida as demais opções.

5. C

6. D

7. D

8. E

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03/06/2014

9. B

10. D

11. A A palavra “não” funciona como elemento de contraste entre “solo” e “éter”: “No solo não, no éter pairamos”.

12. D

13. A O poema narrativo de Oswald de Andrade retrata de forma bem-humorada o processo de formação do Brasil. A sucessão de falas (colonizador, índio e negro) sugere o hibridismo cultural brasileiro, aparentemente anárquico, mas positivo, já que tudo acaba numa festa: “E fizeram o Carnaval”.

14. B

15. D

16. B Como o próprio autor assinala no texto, os jogadores brasileiros atuaram com “maravilhoso índice disciplinar”, característica peculiar dos europeus e principalmente dos ingleses (“Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia inenarráveis”), mas que não foi praticada por eles durante o mundial de 1958 (“Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam botinadas em penca”). Ou seja, como afirma o autor, “O único inglês que apareceu no Mundial foi o brasileiro”.

17. A