Redacao Discursiva Ficha 01 TRF5

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Boa Viagem Boa Vista Rua Visconde de Jequitinhonha,76-Recife-PE Rua Montevidéu,276 Recife - PE Tel.81 3462-8989 CEP: 51021-480 Tel. 81 3423-0141 CEP: 50050-250 www.espacojuridico.com TRF5º Daniel Souza Ficha 01: Redação Discursiva ALGUMAS PARTICULARIDADES DO EDITAL TRF 5ª. REGIÃO 2012 VI – DAS PROVAS 3.Prova Discursiva – Redação, para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária, Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados e Analista Judiciário – Área Administrativa, de caráter habilitatório e classificatório, será realizada no mesmo dia e período de aplicação das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Capítulo IX deste Edital. 4. A Prova Discursiva - Redação para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa, de caráter habilitatório, exceto quanto ao critério de desempate, será realizada no mesmo dia e período de aplicação das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Capítulo IX deste Edital. IX. DA PROVA DISCURSIVA – REDAÇÃO PARA OS CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA, ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – ESPECIALIDADE EXECUÇÃO DE MANDADOS, ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINSITRATIVA 1. A Prova Discursiva - Redação para os candidatos aos cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária, Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados, Analista Judiciário – Área Administrativa e Técnico Judiciário – Área Administrativa será aplicada no mesmo dia e horário das Provas Objetivas de Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos. 2. Somente será corrigida a Prova Discursiva - Redação dos candidatos habilitados e mais bem classificados nas Provas Objetivas, na forma do Capítulo VIII, nos limites estabelecidos no quadro a seguir, mais os empates na última posição e todos os inscritos como candidatos com deficiência habilitados na forma do Capítulo VIII, observando-se o capítulo V deste edital. 3. Os candidatos não classificados no limite estabelecido no item 2 deste Capítulo serão excluídos do Concurso. 4. Na Prova Discursiva - Redação para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária e Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados será apresentado um tema, em relação ao qual o candidato deverá demonstrar conhecimento técnico jurídico. 6. Na Prova Discursiva - Redação para os cargos Analista Judiciário – Área Administrativa e Técnico Judiciário – Área Administrativa será apresentada uma única proposta a respeito da qual o candidato deverá desenvolver a redação. 12. A Prova Discursiva – Redação, para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária, Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade Execução de Mandados e Analista Judiciário – Área Administrativa, terá caráter habilitatório e classificatório e será avaliada na

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    ALGUMAS PARTICULARIDADES DO EDITAL TRF 5. REGIO 2012

    VI DAS PROVAS

    3.Prova Discursiva Redao, para os cargos de Analista Judicirio rea Judiciria, Analista

    Judicirio rea Judiciria Especialidade Execuo de Mandados e Analista Judicirio

    rea Administrativa, de carter habilitatrio e classificatrio, ser realizada no mesmo dia e

    perodo de aplicao das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Captulo IX deste

    Edital.

    4. A Prova Discursiva - Redao para o cargo de Tcnico Judicirio rea Administrativa, de

    carter habilitatrio, exceto quanto ao critrio de desempate, ser realizada no mesmo dia e

    perodo de aplicao das Provas Objetivas, de acordo com o disposto no Captulo IX deste

    Edital.

    IX. DA PROVA DISCURSIVA REDAO PARA OS CARGOS DE ANALISTA JUDICIRIO REA

    JUDICIRIA, ANALISTA JUDICIRIO REA JUDICIRIA ESPECIALIDADE EXECUO DE

    MANDADOS, ANALISTA JUDICIRIO REA ADMINISTRATIVA E TCNICO JUDICIRIO REA

    ADMINSITRATIVA

    1. A Prova Discursiva - Redao para os candidatos aos cargos de Analista Judicirio rea

    Judiciria, Analista Judicirio rea Judiciria Especialidade Execuo de Mandados,

    Analista Judicirio rea Administrativa e Tcnico Judicirio rea Administrativa ser

    aplicada no mesmo dia e horrio das Provas Objetivas de Conhecimentos Gerais e

    Conhecimentos Especficos.

    2. Somente ser corrigida a Prova Discursiva - Redao dos candidatos habilitados e mais

    bem classificados nas Provas Objetivas, na forma do Captulo VIII, nos limites estabelecidos no

    quadro a seguir, mais os empates na ltima posio e todos os inscritos como candidatos

    com deficincia habilitados na forma do Captulo VIII, observando-se o captulo V deste

    edital.

    3. Os candidatos no classificados no limite estabelecido no item 2 deste Captulo sero

    excludos do Concurso.

    4. Na Prova Discursiva - Redao para os cargos de Analista Judicirio rea Judiciria e

    Analista Judicirio rea Judiciria Especialidade Execuo de Mandados ser

    apresentado um tema, em relao ao qual o candidato dever demonstrar conhecimento

    tcnico jurdico.

    6. Na Prova Discursiva - Redao para os cargos Analista Judicirio rea Administrativa e

    Tcnico Judicirio rea Administrativa ser apresentada uma nica proposta a respeito da

    qual o candidato dever desenvolver a redao.

    12. A Prova Discursiva Redao, para os cargos de Analista Judicirio rea Judiciria,

    Analista Judicirio rea Judiciria Especialidade Execuo de Mandados e Analista

    Judicirio rea Administrativa, ter carter habilitatrio e classificatrio e ser avaliada na

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    escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado o candidato que nela

    obtiver nota igual ou superior a 50 (cinquenta) pontos.

    13. A Prova de Redao, para o cargo de Tcnico Judicirio rea Administrativa, ter

    carter exclusivamente habilitatrio, exceto quanto ao critrio de desempate, no influindo

    na classificao do candidato, e ser avaliada na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos,

    considerando-se habilitado o candidato que nela obtiver nota igual ou superior a 50

    (cinquenta) pontos.

    CRITRIOS DE CORREO FCC PARA A PROVA DISCURSIVA - REDAO

    Na avaliao da Prova Discursiva Redao sero considerados, para atribuio dos

    pontos, os seguintes aspectos:

    Contedo at 40(70) (quarenta) pontos:

    a) perspectiva adotada no tratamento do tema;

    b) capacidade de anlise e senso crtico em relao ao tema proposto;

    c) consistncia dos argumentos, clareza e coerncia no seu encadeamento.

    A nota ser prejudicada, proporcionalmente, caso ocorra abordagem tangencial, parcial ou

    diluda em meio a divagaes e/ou colagem de textos e de questes apresentados na

    prova

    Estrutura at 30(15) (trinta) pontos:

    a) respeito ao gnero solicitado;

    b) progresso textual e encadeamento de ideias;

    c) articulao de frases e pargrafos (coeso textual).

    Expresso at 30(15) (trinta) pontos:

    A avaliao da expresso no ser feita de modo estanque ou mecnico, mas sim de

    acordo com sua estreita correlao com o contedo desenvolvido. A avaliao ser feita

    considerando-se:

    a) desempenho lingustico de acordo com o nvel de conhecimento exigido para o

    Cargo/rea/Especialidade;

    b) adequao do nvel de linguagem adotado produo proposta e coerncia no uso;

    c) domnio da norma culta formal, com ateno aos seguintes itens: estrutura sinttica de

    oraes e perodos, elementos coesivos; concordncia verbal e nominal; pontuao;

    regncia verbal e nominal; emprego de pronomes; flexo verbal e nominal; uso de tempos e

    modos verbais; grafia e acentuao.

    Na aferio do critrio de correo gramatical, por ocasio da avaliao do desempenho

    na Prova Discursiva-Redao, podero os candidatos valer-se das normas ortogrficas em

    vigor antes ou depois daquelas implementadas pelo Decreto Presidencial n 6.583, de 29 de

    setembro de 2008, em decorrncia do perodo de transio previsto no art. 2, pargrafo

    nico da citada norma que estabeleceu o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa.

    Ser atribuda nota ZERO Prova Discursiva - Redao que:

    a) fugir modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto;

    b) apresentar texto sob forma no articulada verbalmente (apenas com desenhos, nmeros

    e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local

    apropriado;

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    c) for assinada fora do local apropriado;

    d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificao do candidato;

    e) for escrita a lpis, em parte ou em sua totalidade;

    f) estiver em branco;

    g) apresentar letra ilegvel e/ou incompreensvel;

    h) no observar os limites mnimo de 20 (vinte) linhas e mximo de 30 (trinta) linhas.

    O QUE TEXTO?

    A idia de texto aplica-se noo de comunicao. Tudo o que falamos ou

    escrevemos, e at mesmo o que pintamos ou fotografamos (numa dimenso no verbal)

    pode ser chamado de texto. Quando elaboramos uma rede de significados por meio de

    determinada forma de linguagem - com o objetivo de informar, explicar, discordar,

    convencer, aconselhar, ordenar, etc. e tudo isso consegue significar algo para o leitor

    (receptor, ouvinte, observador, decodificador, etc.) criamos um texto.

    O texto , assim, uma comunicao de intenes: um conjunto de mecanismos

    organizados segundo os cdigos de uma linguagem e adequados aos destinatrios. o que

    necessitamos para prolongar nossas intenes aos outros. E isso significa dizer que, na

    modalidade verbal, palavras e frases devem ser bem articuladas, para poderem produzir

    significaes e conduzir nossa intencionalidade; caso sejam dispostas de forma desconexa e

    aleatria, no haver a interferncia dos destinatrios, no seremos entendidos, e no

    existir texto.

    TIPOLOGIA TEXTUAL

    TIPOS DE TEXTOS EXIGIDOS NOS CONCURSOS

    DESCRIO

    Texto que detalha; busca apresentar ou definir um ser, um objeto, um ambiente, uma

    ideia, um procedimento, uma conduta, um mtodo etc.. Rene elementos por meio dos

    quais o leitor passa a conhecer o que foi descrito.

    EXEMPLO DE PROPOSTA TEMTICA QUE ENVOLVE A MODALIDADE DESCRIO:

    UnB/CESPE TRE/MA - Analista Judicirio rea: Judiciria

    Considerando as regras constitucionais pertinentes organizao da justia eleitoral,

    discorra sobre os tribunais regionais eleitorais,

    sua composio, modo de escolha dos seus membros e de seu presidente, garantias, tempo

    de servio dos membros no tribunal e finalidade da fixao do perodo, bem como acerca

    da recorribilidade de suas decises.

    NARRAO

    Sequencia fatos, relata situaes, informa, mostra aes acompanhadas de suas

    circunstncias; leva o leitor a conhecer um ou vrios acontecimentos; conta histria real ou

    fictcia.

    EXEMPLO DE PROPOSTA TEMTICA QUE ENVOVE NARRAO:

    UnB / CESPE TRE / MA : Analista Judicirio rea: Administrativa

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    Naturalmente, o fato de que no se pode governar como quem dirige uma empresa no

    quer dizer que o governo no possa tornar-se mais empreendedor. Qualquer instituio,

    pblica ou privada, pode ser empreendedora, assim como qualquer instituio, pblica ou

    privada, pode ser burocrtica.

    Osborne e Gaeble. Reinventando o governo. Braslia: ENAP, 1994, p. 23 (com adaptaes).

    Considerando que o texto acima tem carter exclusivamente motivador, redija um texto

    dissertativo que aborde o tema do desafio contnuo da gesto pblica e que enfoque,

    necessariamente, os seguintes aspectos:

    evoluo do paradigma burocrtico para a gesto empreendedora;

    participao do cidado nas decises do governo;

    desafio do setor pblico como gestor de resultados e agregador de valor para os cidados.

    DISSERTAO

    Analisa assuntos; formula ponto de vista; constri teses ou hipteses; elabora

    argumentos; defende opinio ou posicionamento de maneira impessoal sobre algo. Pode

    apresentar aspecto argumentativo ou expositivo de acordo com a modalidade exigida no

    certame.

    EXEMPLO DE PROPOSTA DE DISSERTAO ARGUMENTATIVA. TRE / CE - FCC TC. JUD.

    No Brasil, como em praticamente todo o mundo, o envelhecimento gradativo da

    populao parece um processo sem volta. Se no h como no saudar essa conquista da

    humanidade e enaltecer os seus frutos, preciso reconhecer que o aumento da expectativa

    de vida traz enormes desafios a todas as geraes.

    A qualidade de vida na velhice e o equilbrio entre trabalho e aposentadoria so apenas

    dois dos temas mais polmicos no centro de um debate que deve se estender ainda por

    muitos e muitos anos.

    Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre

    o seguinte tema:

    Os benefcios e os desafios que o aumento da longevidade traz aos indivduos e sociedade

    EXEMPLO DE PROPOSTA DE DISSERTAO EXPOSITIVA.

    UnB/CESPE STF : Analista Judicirio: Contabilidade

    Os balanos pblicos a serem elaborados pelas entidades pblicas ao final de cada

    exerccio financeiro encontram-se regulamentados no art. 101 da Lei n. 4.320/1964, que traz

    textualmente que os resultados gerais do exerccio sero demonstrados no balano

    oramentrio, no balano financeiro, no balano patrimonial e na demonstrao das

    variaes patrimoniais.

    Considerando as tipicidades que cercam esses balanos pblicos, redija um texto dissertativo

    acerca do seguinte tema.

    Funo e resultados dos balanos pblicos da Lei n. 4.320/1964. Ao elaborar seu texto,

    necessariamente, responda de modo justificado aos seguintes questionamentos.

    O que cabe a cada um dos citados balanos pblicos demonstrar.

    Como deve ser interpretado o resultado supervit em cada um dos mencionados balanos

    pblicos.

    DISSERTAO ARGUMENTATIVA

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    A dissertao argumentativa corresponde a um gnero textual especfico que busca,

    sobretudo, o convencimento do leitor. Procura conduzir o leitor a concordar com uma dada

    posio sobre os temas, mudar seu comportamento ou aceitar um princpio. Ela possui

    marcas peculiares como a preocupao em formar a opinio do leitor, em demonstrar uma

    verdade guiada pela razo e pelos princpios da lgica, fundamentada na evidncia de

    provas e no raciocnio coerente e consistente.

    Produzir um texto com caractersticas como essas, principalmente em um processo

    seletivo, requer do(a) redator(a) a habilidade de conferir sua produo qualificadores que

    sejam resultado de um bom planejamento. Logo, necessrio traar um plano tanto para a

    forma quanto para o contedo do texto.

    DISSERTAO ARGUMENTATIVA: COMO ?

    Comumente, os editais de concursos, ao cobrarem dissertao, estabelecem para os

    candidatos, em relao prova de redao, os seguintes critrios de avaliao:

    Quanto forma:

    a)escrita em prosa;

    b)distribuda em pargrafos (no mnimo trs): introduo; desenvolvimento; concluso.

    ASPECTOS:

    Apresentao textual;

    Objetividade e clareza frente ao tema;

    Seleo e articulao dos argumentos;

    Progressividade textual;

    Conciso;

    Coerncia e coeso.

    Correo gramatical e propriedade vocabular.

    Os pontos listados anteriormente indicam os requisitos de uma boa dissertao. E o

    treino em torno de cada um desses aspectos que garantir a qualidade de seu texto, seja

    ele de carter argumentativo ou expositivo.

    Os enunciados das provas de redao (comando de questo discursiva), ao exigirem

    a produo de uma dissertao argumentativa, na maioria dos casos oferecerem um ou

    mais textos de carter motivador e costumam trazer indicaes como: redija um texto

    dissertativo/argumentativo desenvolvendo o seguinte tema.... Portanto, cabe-nos conquistar

    maior intimidade dessa modalidade de texto.

    Uma dissertao argumentativa, como vimos, um comentrio do que existe e sobre

    o que acontece em torno de ns. Assim, as idias so sua matria prima. das idias que

    temos sobre os assuntos e fatos do cotidiano que formamos nosso ponto de vista, elaboramos

    argumentos e os relacionamos, compomos nossas opinies chegamos a concluses.

    Dissertar (na realidade dos concursos) realizar uma atividade de uso da lngua escrita

    por meio da qual expomos um problema, discutimos um tema, debatemos um assunto,

    marcamos nosso posicionamento e defendemos nosso ponto de vista (de maneira

    impessoal) com base na interpretao que construmos dos fatos, dados e informaes que

    nos cercam.

    Conheamos melhor essa modalidade de texto.

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    ESTRUTURA DA DISSERTAO ARGUMENTATIVA

    INTRODUO

    Apresenta, de forma geral e abrangente, o tema a ser discutido, marcando um ponto

    de vista do autor a respeito do assunto, ao mesmo tempo em que ficam definidas a tese e a

    estratgia argumentativa a ser desenvolvida nos pargrafos seguintes.

    DESENVOLVIMENTO

    Justifica a tese, comprova os argumentos, ilustra, exemplifica, faz o leitor entender e

    concordar com a anlise dada ao tema.

    CONCLUSO

    Retoma tese e argumentos apresentados (com reelaborao lingustica) e marca uma

    interferncia do autor frente ao tema com uma sugesto, soluo ou nova perspectiva para

    o assunto, fato ou problema, conforme o caso.

    DISSERTAO EXPOSITIVA

    Texto de estrutura dissertativa que formula anlise de determinado assunto com base

    em conhecimentos (tericos, tcnicos, jurdicos) especficos de determinado campo de

    saber. Busca comprovar o domnio cientfico do candidato em sua rea de formao. Pode

    ser cobrada nas modalidades TEXTO EXPOSITIVO; ESTUDO DE CASO OU QUESTO DISCURSIVA.

    ESTRUTURA DA DISSERTAO EXPOSITIVA

    APRESENTAO

    Define o assunto de que trata a proposta temtica, relacionando-a rea de

    conhecimentos (tericos, tcnicos, jurdicos) a que ela est vinculada.

    PROBLEMATIZAO

    Discute a problemtica do tema proposto, com base nos possveis desdobramentos

    conceituais, tericos, metodolgicos, legais ou doutrinrios a ele relacionados e j previstos

    nos conhecimentos cientficos existentes na rea de formao do candidato.

    CONCLUSO/RESPOSTA

    Fecha uma anlise, soluciona uma problemtica, formula opinio, aponta alternativas

    ou hipteses para tratamento de determinado assunto, com fundamentos nas cincias da

    rea de conhecimento a que o tema se relaciona.

    ESTUDO DE CASO

    Trata-se de Texto com estrutura dissertativa de natureza expositiva que atende a um

    tema de contedo especfico e formulado a partir de uma situao hipottica, de um

    caso proposto ou de uma indagao formulada com base no contedo programtico.

    ESTRUTURA DO ESTUDO DE CASO

    INTRODUO

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    Estabelece uma relao entre o caso proposto e o contedo especfico a ele

    relacionado. Indica para o leitor quais os rumos da exposio ou em que elementos a

    exposio ser fundamentada.

    DESENVOLVIMENTO/PROBLEMATIZAO

    Etapa em que so confrontadas as informaes, analisados os desdobramentos do

    assunto e direcionados os argumentos ou fundamentos solucionadores da situao

    problema.

    CONCLUSO/SOLUO

    Pargrafo final que atende maneira como a proposta foi elaborada. Ou seja, resolve

    a situao-problema ou analisa o caso proposto ou responde a questo formulada.

    OBSERVAES:

    NA ELABORAO DA DISSERTAO EXPOSITIVA OU NO ESTUDO DE CASO, CONSIDERE:

    O texto deve ser construdo com base nas informaes disponveis para o assunto e de

    modo a adquirir um carter didtico ou cientfico na abordagem.

    1. Condies de exposio

    O texto expositivo ser produzido em um contexto de avaliao. Em funo disso,

    durante sua elaborao, o autor deve estar atento ao fato de que a sua exposio

    receber uma nota relativa qualidade de sua exposio e validade de seu contedo.

    2. Consistncia dos dados

    Os dados apresentados adquirem consistncia medida que so fundamentados no

    conhecimento terico, tcnico ou legal. Isso se relaciona a estatsticas, autores, datas, teorias

    e leis.

    O PLANEJAMENTO DO TEXTO

    Sabemos que existe aquele(a) candidato(a) capaz de produzir bons textos sem

    realizar um trabalho prvio de planejamento. Certamente, foi bem sucedido(a) em notas de

    redao na vida escolar ou tem o hbito de escrever diariamente no recato de sua casa.

    Contudo, nosso acompanhamento dos concursos realizados nos ltimos tempos mostra que,

    mesmo os familiarizados com a prtica da escrita, mostram-se tomados por fatores como

    ansiedade, limitao do tempo de prova, cansao e outras sensaes que fazem parte de

    sua vida de concurseiro(a) .

    Em uma prova, as ideias surgem de forma esparsa, catica e desordenadamente e a

    ausncia de um objetivo determinado resulta em um texto sem consistncia e sem

    coerncia.

    Sem dvida, sua capacidade de realizar um eficiente projeto para seu texto em

    circunstncia to adversa - como em um concurso pblico - estabelecer a diferena entre

    aqueles que tentam e os que fazem uma prova para conquistar a classificao. Por isso, no

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    ser exaustivo treinar constantemente a confeco de um plano, destacadamente porque

    ser ele o responsvel por criar uma personalidade para sua dissertao.

    ASPECTOS A CONSIDERAR

    1.Defina o assunto de que trata a proposta do texto;

    2.Um texto o resultado de processos de articulao entre enunciados que se unem em

    torno de um mesmo sentido, por isso, procure no esgotar o tema no primeiro pargrafo. Este

    deve apenas apontar a questo a ser desenvolvida e, de certo modo, antecipar os

    argumentos ou estratgias argumentativas a serem empregados. O pargrafo seguinte

    sempre uma retomada e ampliao de algo no explorado no pargrafo anterior. Lembre-

    se de que um texto um todo;

    3.Um texto construdo por pargrafos interdependentes, sempre em torno de uma mesma

    ideia central (presente no tema proposto);

    4.Faa uma lista de ideias ou palavras-chave com que vai trabalhar, mas no se esquea de

    subordinar tudo a uma idia central e de cuidar da articulao e da sequenciao entre

    frases, perodos e pargrafos, sem perder de vista a coerncia ao tema;

    5.Mantenha encadeamento lgico entre as ideias e uma eficiente progresso dos

    argumentos;

    6.O pargrafo final deve estar voltado idia central e os argumentos. Por isso, antes de

    escrev-lo, releia o que j escreveu;

    7.Organize as idias em ordem adequada, de acordo com as afinidades entre elas,

    subordinando-as a uma idia mais ampla;

    8.Delimite o assunto e opte por trat-lo de uma forma que lhe oferea segurana,

    escolhendo, previamente, a distribuio das ideias ao longo do texto. Preocupe-se com a

    pertinncia ao tema e lembre-se de que muito importante a definio de seu

    procedimento argumentativo: responda a si mesmo(a) o que pretende fazer em seu texto.

    Feito o plano, as atenes devero se voltar para o desenvolvimento, que agora ser

    bem mais fcil, pois j esto traadas as linhas gerais. No se esquea de selecionar, com

    base em seu estilo, um vocabulrio adequado, assim como os elementos de coeso

    convenientes, adequados ao seu esquema argumentativo, e de ajustar tudo realidade do

    leitor destino.

    A PRODUO DO TEXTO NOS CONCURSOS

    A EFICINCIA DO TEXTO

    Na construo de um texto, um dos principais elementos com que devemos nos

    preocupar com a sua eficincia comunicativa, isto , fazermos com que ele realize, de

    forma bastante clara, nossos objetivos e seja decifrado pelo leitor por meio dos mecanismos

    de coeso e de coerncia.

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    Essas duas camadas textuais so responsveis pela sua textualidade, ou seja, pelo

    conjunto de caractersticas que fazem com que um texto seja um texto: unidade lingustica

    concreta numa dada situao interativa de comunicao. Dessa percepo advm a

    necessidade do estudo de duas camadas fundamentais da malha textual: a coerncia e a

    coeso, que so, respectivamente, os nveis de sentido e de estrutura textuais.

    COERNCIA E COESO NOS TEXTOS

    COERNCIA TEXTUAL

    O princpio da coerncia, para vrios tericos, aplica-se unidade de sentido no texto;

    a ordenao e ligao das ideias de forma lgica; o alicerce semntico. Compreender a

    coerncia do texto significa estar de posse dos elos conceituais entre seus diversos

    segmentos, depreender as relaes existentes entre ideias-chave e idias secundrias,

    decifrar o que o texto nos diz.

    COESO TEXTUAL

    A coeso consiste na ligao das ideias em um texto, a manifestao lingustica da

    articulao do pensamento; o nvel interno, a conexo, a articulao de palavras, frases,

    oraes, perodos, pargrafos que garante a estruturao de uma malha entrelaada, de

    uma teia de significados, de um texto.

    ALGUNS RECURSOS DE COESO TEXTUAL

    Para que um texto tenha uma progresso de ideias, exponha de modo convincente

    um ponto de vista, necessrio perceb-lo tambm como produto de um encadeamento

    sinttico e semntico, atendendo s ordens da necessidade de estilo e preso lgica dos

    antecedentes e consequentes. o que chamamos de coeso textual: relao interna

    (microestrutural) entre as unidades lingusticas constituintes de um texto: palavra e palavra,

    frase e frase, perodo e perodo, pargrafo e pargrafo.

    Significa dizer que nada poderemos comunicar se no constituirmos enunciados bem

    articulados internamente, por meio dos elementos de coeso, garantindo a boa relao

    entre as unidades significativas do texto. Entre os recursos convencionais esto: pronomes,

    numerais, conjunes, preposies, sinais de pontuao, expedientes relacionais e

    operadores argumentativos. No se trata de meros elementos de ligao, mas de instncias

    capazes de produzir significados, criando relaes de sentido.

    Obviamente, no tratamos aqui dos textos poticos ou de outras circunstncias

    verbais de comunicao em que so estabelecidas perfeitas articulaes de sentido sem o

    uso de estruturas lingusticas coesivas. Lembre-se de que produziremos um texto em um

    concurso.

    MECANISMOS DE COESO REFERENCIAL

    Uso de recursos lingusticos por meio dos quais uma expresso se refere a outra ou a uma

    ideia para antecipar ou retomar significados no texto, evitando repeties desnecessrias.

    ALGUNS RECURSOS DE COESO

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    PROCESSOS DE REFENCIA

    1. Artigos

    Definidos e Indefinidos o, a, os, as; um, uma, uns, umas; todos, todas; alguns, algumas etc.

    Exercem relao de determinao para os vocbulos.

    2. Pronomes

    Demonstrativos: este, esse, aquele, tal(e flexes).

    Possessivos: seu, dele(e flexes).

    Indefinidos: algum, todo, outro (e flexes), vrios, diversos, etc.

    Interrogativos: qu? Qual?

    Relativos: que, qual, cujo (e flexes).

    Pessoais de 3 Pessoa: Ele, ela, eles, elas;

    Representam e substituem os nomes a que se referem.

    3. Numerais

    Cardinais, Ordinais, Multiplicativos

    Estabelecem relao quantificadora na preservao de significados no texto

    4. Elipse- zeugma

    Preservam significados por meio da omisso de termos da orao.

    6. Advrbios Pronominais: l, a, ali, aqui, onde.

    Indicam circunstncias e representam nomes ao mesmo tempo.

    5. Expresses Adverbiais do Tipo: assim, desse modo, nesse sentido, nesse contexto, dessa

    forma etc.

    Realizam retomadas sintticas de ideias e estabelecem diferentes relaes de sentido.

    6. Expresses Sinnimas e Substituies

    Evitam repeties preservando significados por meio da semelhana semntica.

    ESTABELECIMENTO DE RELAES DE SENTIDO SEQUENCIAO DO TEXTO:

    Os conectores so responsveis pelo estabelecimento de diferentes relaes de

    sentido no texto. Ao empreg-los, devemos estar atentos s relaes de significao

    estabelecidas, isto , como as ideias ou informaes se relacionaram no texto por meio dos

    deles.

    Exemplos:

    necessrio o desenvolvimento de polticas pblicas de segurana para que as regies

    marcadas pela violncia se tornem viveis para o convvio social.

    O gestor pblico no pode estar distante da busca da satisfao dos interesses da

    coletividade, uma vez que esta a finalidade maior de sua atuao no servio estatal.

    ALGUNS ARTICULADORES:

    Conformidade: conforme, segundo, de acordo com, em conformidade com;

    Adio/ligao: e, tambm, no s... mas tambm, tanto... como, alm de, alm disso,

    ainda, nem (= e no);

    Oposio: mas, porm, contudo, todavia, etc; embora, ainda que, apesar de (que), etc.;

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    Concluso: portanto, logo, por conseguinte, em funo disso, nesse sentido, assim etc.

    Comparao: (tanto, tal)... como (quanto), mais... (do) que, menos... (do) que

    Extenso: alis, tambm, verdade que, de fato, realmente etc.

    A COERNCIA DO TEXTO: EFICINCIA COMUNICATIVA

    Estamos habituados, diariamente, nas relaes com outras pessoas, a informar,

    explicar, discordar, convencer, aconselhar, ordenar. Falamos ou escrevemos porque

    necessitamos elaborar uma rede de significados diante de algum fato, assunto ou problema.

    Assim, surge o texto. Estamos sempre reunindo palavras e frases (falando), indicando relaes

    entre as palavras e os sentidos (dizendo), conduzindo os enunciados para alguma direo

    (mostrandoconvencendo). O texto est condicionado, por isso, ao desejo de

    comunicarmos intenes.

    Devemos, em funo disso, ficar atentos, na produo de um texto, a sua eficincia

    comunicativa, isto , fazermos com que ele realize, de forma bastante clara, nossos objetivos

    e conduza ao leitor nossas intenes.

    Os recursos garantidores da coerncia so muitos e diferenciam-se de acordo com o

    tipo de texto produzido, a situao comunicativa em que se deu a produo, os recursos de

    expresso utilizados, o pblico-leitor a que se destina, o assunto de que o texto trata, os

    propsitos do autor, em sntese, todos os fatores que possibilitam o estabelecimento global

    de sentido para o texto em uma situao interativa de comunicao.

    A coerncia de um texto se estabelece no ato da leitura. Dizemos que um texto

    coerente quando possvel colher dele um sentido, quando ele nos comunica algo.

    Portanto, a ideia de coerncia se aplica continuidade de sentidos.

    Na elaborao de nossa dissertao argumentativa, para promover a coerncia,

    consideraremos alguns requisitos. So eles:

    - Ajustar as partes com o todo do texto;

    - Dar sequncia e encadeamento lgico s ideias;

    - Cuidar da progresso dos argumentos;

    - Explicar as afirmaes e justificar a tese;

    - Provar as concluses;

    - Ajustar realidade do leitor.

    EXEMPLOS DE DISSERTAES PRODUZIDAS POR CANDIDATOS

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    STJ 2012 CESPE ANALISATA JUDICIRIO

    Redija, de forma fundamentada, um texto dissertativo acerca da inviolabilidade domiciliar,

    garantida pela Constituio Federal no art. 5., inciso XI. Em seu texto, aborde,

    necessariamente, os seguintes aspectos:

    conceito de domiclio para a Constituio Federal;

    autoridades com poder de ordenar a violao domiciliar;

    hipteses de admissibilidade de violao domiciliar.

    A Constituio Federal do Brasil de 1988 tambm conhecida pelo termo

    Constituio Cidad. Ela recebe esse ttulo em razo da ateno e relevncia que

    dedicou aos direitos fundamentais dos cidados. O texto constitucional est permeado

    desses direitos e de suas garantias, e um dos mais relevantes diz respeito inviolabilidade

    domiciliar.

    De acordo com a previso constitucional, o concito de domiclio amplo e pode ser

    entendido como o local onde a pessoa estabelece residncia com nimo definitivo.

    Somando-se disposio legal, a jurisprudncia dos Tribunais Superiores brasileiros pacfica

    no sentido de que tal conceito alcana o domiclio profissional do sujeito. Sendo assim,

    tambm so inviolveis, por exemplo, o consultrio dos profissionais de sade ou o escritrio

    de um advogado.

    Nesse sentido, o artigo 5. , inciso XI da Carta Maior dispe que a casa asilo inviolvel

    do indivduo, nela ningum podendo entrar ou permanecer sem o consentimento.

    Entretanto, como ocorre com os demais direitos fundamentais, esse preceito no absoluto,

    comportando excees. A prpria Constituio dispe expressamente sobre tais ressalvas.

    Dessa forma, admite-se a violao domiciliar: se houver o consentimento do morador;

    para cumprir mandado judicial, durante o dia; em caso de haver flagrante delito no interior

    do recinto, ou para prestar socorro. Nessas duas ltimas hipteses, no se exige que a

    violao ocorra apenas durante o dia, tambm podendo se dar no perodo noturno.

    Por fim, cabe ressaltar que a regra a inviolabilidade do domiclio. Sua violao

    medida excepcional, devendo-se observar estritamente as hipteses de cabimento. Assim,

    quando no se tratar de flagrante delito ou prestao de socorro, s ser possvel adentrar

    no domiclio de outrem, sem a sua anuncia, mediante ordem emanada da autoridade

    judiciria competente.

    Simone Ferraz

    STJ - Cespe. Unb. NOTA 10,00

    TRE SP FCC 2012 ANAL. JUD-JUDICIRIA

    Ainda que outros pensadores, antes e depois dele, tenham refletido sobre a mesma

    questo, no h como negar a relevncia do pensamento de Montesquieu para a histria

    da separao dos poderes. A advertncia feita em sua obra mais clebre, Do esprito das

    leis, publicada em 1748, mantm ainda hoje a sua pregnncia: Tudo estaria perdido se o

    mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse

    esses trs poderes:

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    o de fazer leis, o de executar as resolues pblicas e o de julgar os crimes ou as

    divergncias dos indivduos. A grande distncia que nos separa do filsofo francs no tempo

    e no espao no deve constituir obstculo para que reconheamos a dvida que temos

    para com suas ideias.

    Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o

    seguinte tema:

    A separao dos Poderes no Brasil e sua importncia para a democracia brasileira

    A Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988(CF/88) estabelece que so

    poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si o Executivo o Legislativo e o

    Judicirio. Ela afirma, ainda, que vedada a tentativa de abolir a separao de tais

    poderes, pois constituem clusulas ptreas. Por conseguinte, o regime democrtico de direito

    misto, adotado pelo Brasil, requer a observncia de tais normas.

    O sistema de freios e contrapesos revela que a ao de um poder s legtima

    quando no interfere na esfera do outro. Para tanto, os trs poderes possuem funes tpicas,

    mas nada impede que, excepcionalmente, desempenhem funes atpicas, ou seja, de

    outra esfera que no a sua, desde que no viole os princpios constitucionais, entre eles o da

    moralidade e o da legalidade .

    Sendo assim, alm de editar normas, o Poder Legislativo, atipicamente, fiscaliza as

    outras esferas do Governo. Ao Poder Judicirio cabe julgar casos prticos, mas,

    excepcionalmente, pode legislar. Tal fato ocorre quando ele elabora o prprio regimento

    interno do Tribunal respectivo. De igual forma, acontece com o Poder Executivo, pois alm

    da sua funo administrativa, tambm pode legislar. o que ocorre, por exemplo, com o

    presidente da Repblica quando edita leis delegadas e medidas provisrias.

    No menos importante notar que a forma federativa de Estado e o regime

    democrtico de direito defendem que todos os entes da federao Unio , Estados, Distrito

    federal e Municpios sejam autnomos e independentes. Dessa forma, tais entes polticos

    exercem seus poderes, exceto o Judicirio, de forma plena. Caso contrrio, o pas no seria

    harmnico e o povo no seria soberano.

    Assim, a democracia requer a participao do povo no destino da nao, e isso s

    possvel com a concretizao do sistema de freios e contrapesos. Portanto os trs poderes

    que compem a Federao buscam uma sociedade justa e igualitria, porm com

    atuaes limitadas pelo ordenamento jurdico.

    Camila Fox

    TRE SP - FCC NOTA 10,00

    PROBLEMAS NOS TEXTOS

    O QUE EVITAR EM PROVAS DISCURSIVAS NOS CONCURSOS

    ABREVIATURAS E SIGLAS

    Estatstica do IBGE (...)

    c/= com

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    p/=para

    Educao, sade etc.

    CF = Constituio Federal

    ARCASMO

    Vendo o quo difcil conseguir(...)

    Faz-se mister

    Um grande problema a sociedade brasileira hoje vive(...)

    FRASES COLOQUIAIS

    Cada um fazer sua parte

    Comeam a deixar essa vida de crimes

    Prender no virar soluo

    A educao um direito de todos

    Violncia gera violncia

    E a fica a pergunta: (...)

    Muito na mo de poucos

    preciso mexer nas leis para

    EMOTIVIDADE

    Esse governo incompetente que nada faz.

    Infelizmente

    Lamentavelmente

    triste notarmos

    um absurdo

    Nossa populao, nossa Constituio

    Sentimos a cada dia que nada vai ser ...

    LUGAR COMUM

    Nos dias de hoje

    A cada dia que passa

    Concluindo

    Atualmente (no incio do texto)

    Na atual conjuntura

    preciso avaliar essa questo

    RECORRNCIA AO GERNDIO

    Esto se utilizando

    Esto sendo tomadas providncias

    Vem causando

    Estamos notando

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    O que est acontecendo

    LINGUAGEM TCNICA

    Isto posto - posto isto;

    Supra;

    Referido;

    Mencionado;

    Em epgrafe;

    Em tela;

    Diante de todo o exposto.

    CASOS A EVITAR

    importante ressaltar que a liberdade um direito fundamental protegido pela CF-88.

    Ela assegura ao cidado a liberdade de escolha dos seus representantes, a liberdade de

    expresso, a liberdade de imprensa. O homem livre para ir e vir, livre para pensar e livre

    para expor o que pensa, tudo conforme os limites da lei. Dessa forma, a liberdade no

    ilimitada, ela possui limites legais para que o convvio social seja harmonioso e disciplinado.

    nas eleies onde o povo exerce mais fortemente o direito da cidadania. atravs

    do voto que se elegem aqueles que governaro o pas. Esse direito, no Brasil, foi bastante

    facilitado devido instaurao do sistema eletrnico que se fez no processo de votao.

    Dessa forma, a modernizao do sistema eleitoral est colaborando com o

    fortalecimento da democracia, dando mais transparncia ao cidado no exerccio de seus

    direitos polticos, consolidando, assim, um efetivo Estado Democrtico de Direito

    salvaguardado na Carta Magna.

    Corolrio do Estado democrtico de direito, a ideia de democracia passa por uma

    nova concepo social e teleolgica, e isso se deve ao fato de que a antiga definio de

    democracia, isto , a possibilidade de praticar atos da vida civil - muitas vezes

    indistintamente sob o manto do livre arbtrio, vem sendo mitigada pela interpretao

    harmoniosa dos institutos da liberdade e responsabilidade, em diapaso com o que se

    pode perscrutar do ordenamento ptrio.

    No se pode deixar de constatar o completo divrcio entre o esprito das leis e a alma

    do povo e conhecida no mundo do Direito a ideia de que bastam algumas palavras do

    legislador para que bibliotecas inteiras caiam por terra, e hoje sobre a sociedade que elas

    sucumbem com toda fora de sua inadequao.

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS:

    Gacia, Othon M. Comunicao em Prosa Moderna. 17. ed., Rio de Janeiro, Editora

    Fundao Getlio Vargas, 1998.

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    Ficha 01: Redao Discursiva

    Koch, Ingedore Grunfeld Vilaa. A coeso textual. 20. ed. So Paulo: Contexto, 2005.

    ______________________ . A coerncia textual/ Koch, Ingedore Grunfeld Vilaa, Luiz Carlos

    Travaglia, 16. ed. So Paulo: Contexto

    Soares, Magda Becker. Tcnica de redao: as articulaes lingsticas domo tcnica de

    pensamento /por Magda Becker Soares e Edson Nascimento Campos. Rio de Janeiro, Ao

    Livro Tcnico. 1978.

    Valena, Ana. Roteiro de Redao: lendo e argumentando / Ana Valena, Denise Porto

    Cardoso, Snia Maria Machado. Coord. Antnio Carlos Viana. So Paulo: Scipione, 1998.

    Xavier, Antnio Carlos do Santos, Como se faz um texto A construo da dissertao.

    Campinas-SP, Ed. Do Autor, 2001.