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UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR ANA PAULA MARAFON REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA REALIDADE. CASCAVEL PARANÁ 2017

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UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR

ANA PAULA MARAFON

REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA REALIDADE.

CASCAVEL – PARANÁ 2017

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ANA PAULA MARAFON

REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA

REALIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR/Unidade Cascavel/PR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Prof. Ms. Gilson Fernandes da Silva.

CASCAVEL – PARANÁ 2017

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ANA PAULA MARAFON

REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA REALIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paranaense/Unidade Universitária de Cascavel como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em:____/____________de 2017.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Prof. Alysson Emanuel de Barros Bonetti Enfermeiro. Responsável Técnica na Universidade Paranaense – UNIPAR/Cascavel.

___________________________________________________________________ Profª. Ms. Anália Fiorini Ogura

Pedagoga. Especialista em Fundamentos da Educação/UNIOESTE – Cascavel. Mestrado em Educação/UFU. Docente do Colegiado de Enfermagem da

UNIPAR/Cascavel.

Prof. Ms. Gilson Fernandes da Silva Enfermeiro. Especialista em Enfermagem do Trabalho e Saúde

Ocupacional/UNIPAR – Cascavel. Emergências Pré-hospitalares e UTI/UNIPAR – Cascavel. Mestre em Biociências e Saúde/UNIOESTE – Cascavel. Docente do

Colegiado de Enfermagem da UNIPAR/Cascavel.

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DEDICATÓRIA Dedico o presente trabalho a minha família e a todos os profissionais da enfermagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, a meus pais e familiares.

A todos os profissionais que contribuíram com a pesquisa.

Ao meu orientador, por sua atenção, compreensão, conselhos valiosos e

paciência frente as minhas dificuldades para realização deste trabalho.

Aos amigos que de alguma forma contribuíram na realização deste trabalho.

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 9

2 - REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 13

3 - METODOLOGIA .................................................................................................. 16

4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 19

5 - CONCLUSÃO ...................................................................................................... 33

6 - REFERÊNCIAS .................................................................................................... 35

7 - APÊNDICE I - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................... 40

8 - APÊNDICE II - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

SUJEITO ................................................................................................................... 41

9- APÊNDICE III – AUTORIZAÇÃO DA SECRETARIA DE SAÚDE ......................... 43

10 - APÊNDICE IV - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA ........................................ 44

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REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA REALIDADE

Silva, Gilson Fernandes1 Marafon, Ana Paula2

RESUMO: O Programa Rede Mãe Paranaense foi implantado em 2012 pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) e tem como foco diminuir o índice de mortalidade materno-infantil com acompanhamento das gestantes e das crianças menores de 1 ano de idade. Trata-se de um estudo de campo, exploratório e descritivo, com análise e interpretação de dados qualiquantitativa. O objetivo deste estudo foi conhecer as ações implantadas pelo enfermeiro sobre a Rede Mãe Paranaense nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde Família (USF) de Cascavel/PR, e como objetivos específicos identificar o número de gestantes acompanhadas nas UBS/USF e reconhecer as ações implantadas na UBS/USF pelo enfermeiro. Participaram da pesquisa 10 enfermeiras, respondendo um roteiro sobre a implantação da Rede Mãe Paranaense. Conclui-se que o Programa Rede Mãe Paranaense ainda não está efetivamente implantado nas UBS e USF de Cascavel-PR, e que as maiores dificuldades em relação à implantação estão ligadas a sobrecarga de trabalho, a necessidade de capacitação dos profissionais e a necessidade de melhorar a intersetorialidade para que seja possível prestar uma assistência de melhor qualidade as gestantes e continuar reduzindo os índices de mortalidade materno-infantil.

Palavras-chaves: Atenção à saúde, Enfermagem, Programas de saúde, Gestão em saúde.

ABSTRACT: The Rede Mãe Paranaense Program was implemented in 2012 by the

State Department of Health of Paraná (SESA) and aims to reduce the maternal and

child mortality rate with follow-up of pregnant women and children under 1 year of

age. It is a field study, exploratory and descriptive, with analysis and interpretation of

qualitative and quantitative data. The objective of this study was to know the actions

implemented by the nurse on the Mãe Paranaense Network in the Basic Health Units

(UBS) and Health Family Units (USF) of Cascavel / PR, and specific objectives to

identify the number of pregnant women followed in the UBS / USF and recognize the

actions implanted in the UBS / USF by the nurse. Ten nurses participated in the

study, answering a script about the implantation of Rede Mãe Paranaense. It is

concluded that the Rede Mãe Paranaense Program is not yet effectively

implemented in the UBS and USF of Cascavel-PR, and that the greatest difficulties in

relation to the implementation are related to work overload, the need for professional

training and the need to improve the intersectorality so that it is possible to provide

1 Enfermeiro. Docente do Colegiado do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense –

UNIPAR - Unidade Cascavel. Mestre em Biociências e Saúde/UNIOESTE. E-mail:

[email protected] 2 Discente do 5º ano de Enfermagem da Universidade Paranaense – Unidade Cascavel

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better quality care for pregnant women and to continue to reduce maternal and child

mortality rates.

Key-words: Health care, Nursing, Health programs, Health management.

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1 – INTRODUÇÃO

Ao discutir sobre políticas, programas e avaliação em saúde, faz-se

necessário destacar que no âmbito mundial e no Brasil são estudadas e elaboradas

estratégias capazes de qualificar os serviços por meio de ações efetivas, eficientes e

equânimes visando à promoção, à prevenção, à assistência e à reabilitação. Nesse

contexto encontram-se as Redes de Atenção à Saúde (RAS), as quais são

constituídas de três elementos: a população, a estrutura operacional e o modelo da

Atenção Primária em Saúde ou Atenção Básica que traz em sua essência o primeiro

contato, a longitudinalidade, a integralidade e a coordenação dos serviços e da

assistência (MENDES, 2011; OLIVEIRA; PEREIRA, 2013).

A Atenção Básica constitui-se no fio condutor do cuidado em saúde no

Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a principal política de governo para a saúde,

por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF). Oferece atenção às condições

agudas e crônicas, com exceção daquelas consideradas raras, e coordena ou

integra a atenção fornecida ao usuário (OLIVEIRA; PEREIRA, 2013).

Na área da saúde da mulher e da criança no âmbito nacional, pode-se

destacar, entre as políticas e programas do Ministério da Saúde (MS), o Programa

de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Programa de Humanização no Pré-natal e

Nascimento, o Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança, culminando com

o atual Programa Rede Cegonha, fundamentados nos princípios do Sistema Único

de Saúde (SUS) no que se refere à assistência materna e infantil (BRASIL, 1983;

BRASIL, 2012).

Da mesma forma, no estado do Paraná, considerando as políticas e

programas que visam à redução das taxas de morbimortalidade materna e infantil,

foi lançado no ano de 2012 o Programa Rede Mãe Paranaense (PRMP), o qual

preconiza que a realização de consultas de pré-natal e puericultura são atribuições

do enfermeiro e/ou do médico. Assim, como parte da equipe interdisciplinar de

saúde, o enfermeiro precisa ofertar assistência de qualidade no pré-natal, na

captação precoce da gestante e da criança menor de um ano, na busca ativa, na

estratificação de risco habitual, intermediário e alto risco, na referência e

contrarreferência, bem como no acompanhamento do crescimento e

desenvolvimento da criança (PARANÁ, 2014).

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A mortalidade materna infantil vem apresentando decréscimo a cada ano.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a

mortalidade infantil no Brasil segue em declínio, em uma década (1998 a 2010)

passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas para 22,0 (PARANÁ, 2013).

A mortalidade materna também vem reduzindo até 2009, os índices caíram em 46%

(75 para 100 mil nascidos vivos) (PARANÁ, 2013).

A condição socioeconômica é um dos principais fatores relacionado à

mortalidade infantil no Brasil, que de maneira geral concentra-se nas populações em

que a desigualdade social está presente (BRASIL, 2012).

No ano de 2011 no Paraná, o coeficiente de mortalidade infantil foi de 11,65

para cada mil nascidos vivos. Destes, 60,53% foram óbitos considerados evitáveis

segundo o Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil

(SOARES, et al. 2015). Ainda em 2011 a mortalidade materna no Paraná,

apresentou um índice de 63,5 mortes/100.000 NV, sendo 85% por causas evitáveis

e 71% atribuídos a falhas na atenção do pré-natal, puerpério e assistência hospitalar

(SOARES et al., 2015).

A mortalidade infantil apresentou declínio, porém ainda é uma preocupação

da saúde pública, reduzir o índice de óbito infantil faz parte das Metas do

Desenvolvimento do Milênio, compromisso assumido pelos países integrantes da

Organização das Nações Unidas (BRASIL, 2009).

Decorrente disso foi implantado a Rede Mãe Paranaense em 2012 pela

Secretaria de Saúde do Paraná (SESA), que é um compromisso do Plano de

Governo para a Saúde de 2011 a 2014 (BRASIL, 2014).

A história dessa rede de atenção materno infantil teve seu início com a

experiência do programa mãe curitibano (PMC), uma RAS (Rede de atenção a

saúde) temática, referida à atenção materno-infantil e foi instituído pela Resolução nº

002/99, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PMC), de 8 de março de 1999

(MENDES, 2011).

A meta mobilizadora do PMC sempre foi de redução da mortalidade infantil a

um dígito. A consecução desta meta deve ser comemorada, mas deve, também,

servir como estímulo para a continuidade dos esforços de redução da mortalidade

infantil (MENDES, 2011).

O objetivo da RAS é prestar uma atenção integral, de qualidade, resolutiva,

de forma regionalizada, com integração entre os diversos pontos de atenção (locais

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que prestam atenção singular) que, de fato, atenda às necessidades da população

adscrita (BRASIL, 2015).

O conceito da Rede Mãe Paranaense envolve:

Ações que se inicia com a captação precoce da gestante, o seu acompanhamento no pré-natal, com no mínimo 7 consultas, a realização de exames, a estratificação de risco das gestantes e das crianças, o atendimento em ambulatório especializado para as gestantes e crianças de risco, a garantia do parto por meio de um sistema de vinculação ao hospital conforme o risco gestacional (PARANÁ, 2014, p.13).

O público que a Rede Mãe Paranaense abrange são as crianças menores de

um ano de idade e mulheres em idade fértil, porém as ações desenvolvidas nessa

rede devem promover qualidade de vida para a família como um todo (PARANÁ,

2014).

A Secretaria de Estado da Saúde realizou estudo dos nascimentos e da

mortalidade materna e infantil no período de 2006 a 2010. A partir dessa análise,

foram identificadas as principais causas de óbitos e fatores de risco para a

mortalidade materna e para a mortalidade infantil. Após esse estudo foi classificado

a estratificação de risco em três graus, são eles: risco habitual, risco intermediário e

alto risco (PARANÁ, 2014).

A Rede Mãe Paranaense está fundamentada no marco conceitual das Redes

de Atenção à Saúde propostas por Mendes (2010). Essa rede se consolidará a partir

da implantação dos seus cinco componentes (PARANÁ, 2014, p.13):

• Uma Atenção Primária de qualidade, resolutiva e ordenadora do cuidado dos cidadãos residentes em seu território, com ações do pré-natal e puerpério, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças em especial no seu primeiro ano de vida. • Na Atenção Secundária com o acompanhamento das gestantes e crianças de risco em ambulatórios especializados com equipe multiprofissional (Centro Mãe Paranaense). • Na Atenção Terciária com a disponibilidade de leitos de UTI adulto e neonatal, a garantia da vinculação das gestantes conforme seu risco nos hospitais, para a atenção de qualidade às intercorrências e do parto. • Os sistemas logísticos, cartão SUS, SISPRENATAL, Carteira da Criança e da Gestante, transporte sanitário eletivo e de urgência, regulação. • E o sistema de governança da rede, por meio da Comissão Intergestores Bipartite e CIB regionais.

A proposta da Rede Mãe Paranaense é que se organize a atenção materno-

infantil, qualificando cada vez mais o cuidado nas diversas ações da rede sendo, no

pré-natal, no parto, no puerpério e no primeiro ano de vida das crianças, com isso

continuar reduzindo a Mortalidade Materna e Infantil em todo o Estado do Paraná

(PARANÁ, 2013).

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Todas as ações recomendadas pelo PRMP à mulher e à criança são

desenvolvidas pela equipe multiprofissional, especialmente ao enfermeiro, ao

médico e ao agente comunitário de saúde. No tocante às ações de cuidado do

enfermeiro, estas se iniciam desde a consulta préconcepcional, o cadastramento no

Sis-prénatal, o incentivo ao envolvimento da família, a solicitação de exames

laboratoriais, orientação, avaliação dietética e prescrição, de acordo com a

necessidade de saúde de cada um, e o preenchimento correto da carteira da

gestante (PARANÁ, 2014).

A primeira consulta será realizada o mais precocemente possível ou até o

final do 3º mês de gestação, garantindo no mínimo 7 (sete) consultas durante a

gravidez e 1 (uma) no puerpério sendo 8 (oito) consultas para o atendimento à

gestante na seguinte distribuição: 2 (duas) no primeiro trimestre; 2 (duas) no

segundo trimestre; 3 (três) no terceiro trimestre da gestação e 1 (uma) no puerpério

(PARANÁ, 2017).

Quanto à situação de risco da gestante, cabe ao enfermeiro estratificar os

riscos em todas as consultas do pré-natal, visto que no estado do Paraná o PRMP

estabeleceu o risco habitual intermediário e alto risco. A captação precoce e busca

de gestantes faltosas, bem como os encaminhamentos da gestante ao ambulatório

e/ou hospital de referência conforme o risco gestacional, também são atribuições do

enfermeiro. Para o trabalho de parto e nascimento, cabe ao enfermeiro agendar a

visita guiada na maternidade de referência em torno do sexto mês gestacional e

durante o internamento para o parto. Deve estar atento para a alta e retorno para a

unidade de saúde para a consulta puerperal, dando ênfase às orientações sobre os

cuidados no puerpério e à criança, incentivo ao aleitamento materno, aos aspectos

relacionados à depressão pós-parto e o encerramento do Sis-prénatal. Atenção

especial deve ser dada nos casos de abortamentos ou morte fetal (PARANÁ, 2014).

Diante desse contexto surge o seguinte questionamento: As ações do

Programa Rede Mãe Paranaense estão efetivamente implantadas nas Unidades

Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) do município de

Cascavel – PR?

A partir dessa discussão o objetivo geral da pesquisa foi conhecer as ações

implantadas pelo enfermeiro sobre a Rede Mãe Paranaense nas Unidades Básicas

de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) de Cascavel/PR e como

objetivos específicos identificar o número de gestantes acompanhadas nas

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Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) e

reconhecer as ações implantadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e

Unidades de Saúde da Família (USF) pelo enfermeiro.

Como acadêmica do curso de enfermagem, a ideia de desenvolver essa

pesquisa surgiu durante a realização de um estágio extracurricular executado em um

hospital público, onde tive contato com a rede mãe paranaense e algumas de suas

ações voltadas a atenção secundária, despertando o interesse no assunto. No

decorrer do estágio percebi como essa rede contribui significativamente para a

promoção da saúde das gestantes e das crianças menores de um ano de idade.

2 - REVISÃO DE LITERATURA

O modelo de atenção à saúde vigente fundamentado nas ações curativas,

centrado no cuidado médico e estruturado com ações e serviços de saúde

dimensionados a partir da oferta, tem se mostrado insuficiente para dar conta dos

desafios sanitários atuais e, insustentável para os enfrentamentos futuros (BRASIL,

2010).

Os sistemas de atenção à saúde são definidos pela Organização Mundial da Saúde como o conjunto de atividades cujo propósito primário é promover, restaurar e manter a saúde de uma população para se atingirem os seguintes objetivos: o alcance de um nível ótimo de saúde, distribuído de forma equitativa; a garantia de uma proteção adequada dos riscos para todos os cidadãos; o acolhimento humanizado dos cidadãos; a provisão de serviços seguros e efetivos; e a prestação de serviços eficientes (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000 apud MENDES, 2011, p.45).

Experiências têm demonstrado que a organização da RAS tendo a APS

(Atenção Primaria em Saúde) como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede,

se apresenta como um mecanismo de superação da fragmentação sistêmica; são

mais eficazes, tanto em termos de organização interna (alocação de recursos,

coordenação clínica, etc.), quanto em sua capacidade de fazer face aos atuais

desafios do cenário socioeconômico, demográfico, epidemiológico e sanitário

(BRASIL, 2010).

Pode-se definir a APS como um conjunto de propostas assistenciais divididas

de forma equitativa a toda população, com vistas a resolver uma diversidade de

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problemas comuns, por meio da oferta de ações preventivas, curativas,

reabilitadoras e paliativas (SILVA; VIERA, 2014).

O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de ações e serviços de

saúde com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e

humanizada, bem como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de

acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica (BRASIL,

2010).

Para que a Atenção Básica (AB) possa cumprir seu papel na RAS, é

fundamental que a população reconheça que as Unidades Básicas de Saúde (UBS)

estão próximas a seu domicílio e podem resolver grande parte de suas

necessidades em saúde (BRASIL, 2016).

As Unidades Básicas de Saúde, instaladas perto de onde as pessoas moram,

trabalham, estudam e vivem, desempenham um papel central na garantia à

população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade (BRASIL, 2012).

A Unidade de Saúde da Família (USF) é o novo ou antigo Posto ou Centro de

Saúde reestruturado, trabalhando dentro de uma nova lógica, que lhe atribui maior

capacidade de resposta às necessidades básicas de saúde da população de sua

área de abrangência (BRASIL, 2000).

O primeiro elemento das RASs, e sua razão de ser, é uma população,

colocada sob sua responsabilidade sanitária e econômica. É isso que marca a

atenção à saúde baseada na população, uma característica essencial das RASs.

(MENDES, 2011).

As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais

usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2009).

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, reflete o

compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a

garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por

causas preveníveis e evitáveis (BRASIL, 2009).

O cuidado da mulher no puerpério é fundamental para a saúde materna e

neonatal e deve incluir o pai, a família em seus diversos arranjos e toda a rede social

envolvida nesta fase do ciclo vital e familiar. O puerpério se inicia imediatamente

após o parto e dura, em média (visto que o término é imprevisto), seis semanas

após este, havendo variabilidade na duração entre as mulheres (BRASIL, 2016).

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O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da

gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a

saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades

educativas e preventivas (BRASIL, 2013).

O pré-natal adequado com a detecção e a intervenção precoce das situações

de risco tem potencial de diminuir as principais causas da mortalidade materna e

neonatal (MASTINE et al., 2014).

A UBS deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de

saúde. É o ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades,

inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado,

principalmente durante a gravidez (BRASIL, 2013).

O índice de mortalidade infantil é apontado pelos especialistas e pelos

organismos internacionais como o mais importante e seguro indicador da qualidade

de vida de uma população, e também dos seus serviços de saúde de uma

população (ZARPELLON et al., 2014).

O declínio da mortalidade materna e infantil no Paraná nos últimos anos é

evidente e pode ser considerado um reflexo das ações voltadas para a melhoria na

atenção à saúde da mulher e da criança, contudo esses resultados não são

homogêneos em todo o Estado (PARANÁ, 2014).

Mesmo antes que a gestante acesse a UBS, a equipe deve iniciar a oferta de

ações em saúde referentes à linha de cuidado materno-infantil (BRASIL, 2013).

Na organização da Rede Mãe Paranaense verificou-se a necessidade de

estabelecer a estratificação de risco para a gestante e para a criança, como

elemento orientador para organização da atenção nos seus diversos níveis: Atenção

Primária, Secundária e Terciária (PARANÁ, 2014).

O Centro Mãe Paranaense constitui-se como ponto de atenção especializada

ambulatorial, que agrega valor e integra-se aos serviços de atenção primária e

hospitalar dos usuários, com vistas à complementaridade assistencial à gestante e à

criança de risco (ANDRADE; MELO, 2014).

(PARANÁ, 2017) Classifica as gestantes em três graus de risco: Risco

Habitual, Risco Intermediário e Alto Risco.

Risco Habitual: Aqui se enquadram as gestantes que não possuem fatores de

risco individual, não possuem nenhuma doença e nenhuma história de gestação

anterior de risco.

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Risco Intermediário: Se enquadram as gestantes negras e indígenas,

gestantes com mais de 40 anos, gestantes analfabetas e gestantes que possuem

histórico de óbito em gestação anterior.

Alto Risco: São as gestantes que possuem algum tipo de doença, ex:

hipertensão, cardiopatias, doenças infecciosas, sangramentos, etc.

Para viabilizar o monitoramento, é de fundamental importância que durante o

pré-natal, parto e puerpério, o profissional preencha adequadamente os formulários

do Sistema de Informação em Saúde, a Carteira da Gestante e da Criança

(PARANÁ, 2014).

Em relação à assistência de enfermagem neste contexto, o Decreto Nº

94.406/87 dispõe sobre o exercício da enfermagem. Aqui algumas das atribuições

privativas do enfermeiro: consulta de Enfermagem; prescrição da assistência de

Enfermagem; prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente,

puérpera e ao recém-nascido; participação nos programas e nas atividades de

assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente

daqueles prioritários e de alto risco (BRASIL, 1987).

3 – METODOLOGIA

Este foi um estudo de campo, exploratório e descritivo, com abordagem

qualitativa e quantitativa.

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos

exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e,

finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação

teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa

de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente

quantitativa ou qualitativa (FUZZI, 2010).

A caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordada. Por meio do estudo exploratório, busca-se conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torna-lo mais claro ou construir questões importantes para a condução da pesquisa. A pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. Portanto, esse tipo de

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pesquisa é realizado, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionais. Uma característica interessante da pesquisa exploratória consiste no aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temática não contemplada de modo satisfatório anteriormente. Assim, contribui para o esclarecimento de questões superficialmente abordadas sobre o assunto (RAUPP; BEUREN, 2003. p. 80).

A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de

determinada população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre

variáveis. Uma de suas caracteristicas mais significativas está na utilização de

técnicas pedronizadas de coleta de dados. Infere-se do exposto que a pesquisa

descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e

a explicatica, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada

como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar,

entre outros aspectos (RAUPP; BEUREN, 2003).

A pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registra-los, analisá-

los, classificá-los e imterpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os

fenomenos do mundo fisico e humano são estudados, mas não são manipulados

pelo pesquisador (RAUPP; BEUREN, 2003).

Na pesquisa qualitativa concebem-se analises mais profundas em relação ao fenômeno que esta sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último (RAUPP; BEUREN, 2003. p. 92).

O instrumento de coleta de dados foi um questionário que segundo Marconi;

Lakatos (2003) é formado por perguntas que deverão ser respondidas por escrito e

sem a presença do pesquisador. Tem a primeira parte com dados de identificação

dos enfermeiros, tais como: Idade; Tempo de formado; Especialização; Em caso

afirmativo: Qual especialização; Tempo de atuação na UBS/USF.

E a segunda parte composta por 6 perguntas abertas sendo elas: Há quanto

tempo a Rede Mae Paranaense foi implantada na UBS/USF; Quantas gestantes

estão sendo acompanhadas na UBS/USF; Quais as ações da Rede Mae

Paranaense que a unidade conseguiu implantar; Quais as dificuldades que você

enfermeiro encontra em sua rotina para prestar uma assistência de qualidade as

gestantes; Em sua opinião você considera a assistência e as ações desenvolvidas

suficientes ou ainda pode melhorar; sabendo que a redução da mortalidade

materno-infantil ainda é um objeto a ser buscado e que a maior parte de sua

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decorrência se dá por causa evitáveis o que o profissional enfermeiro pode fazer

para contribuir nesse sentido (Apêndice I).

Perguntas abertas são as que permitem ao informante responder livremente,

usando linguagem própria, e emitir opiniões (MARCONI; LAKATOS, 2003).

As coletas dos dados ocorreram nas UBS: 1) UBS Aclimação; 2) UBS

Palmeiras; 3) UBS Santa Felicidade e 4) UBS Santa Cruz e nas USF – 5) USF

Cidade Verde; 6) USF Guarujá; 7) USF Maria Luiza; 8) USF Santos Dumont, da

cidade Cascavel/PR, considerando os três distritos sanitários, no mês de Julho de

2017, foi marcado dia e horário previamente, conforme disponibilidade dos

entrevistados. As entrevistas foram realizadas com dez enfermeiras que trabalhavam

nas UBS/USF em turnos distinto. As entrevistas foram realizadas após o

esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa, o aceite do enfermeiro com a

garantia do anonimato, e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (Apêndice II). Foram desenvolvidas em ambiente privativo

individualizado, nas respectivas salas de trabalho dos mesmos, em consultórios de

atendimento, ou outro local de escolha do sujeito, para favorecer respostas livres de

interferências às questões do estudo.

Em nenhum momento o sujeito da pesquisa foi identificado e somente os

pesquisadores terão acesso aos dados brutos coletados, sendo assim como forma

de preservar o anonimato os sujeitos foram identificados por siglas como: ENFUBS1,

ENF1UBS2, ENF2UBS2, ENFUBS3, ENFUBS4, ENFUSF1, ENFUSF2, ENFUSF3,

ENF1USF4, ENF2USF4.

Este estudo foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa que envolve

Seres Humanos, da Universidade Paranaense/UNIPAR, conforme Resolução 466 de

2012, no mês de Abril de 2017. Sendo aprovado em: 29 de Maio de 2017. Número

do Parecer: 2.086.774 e CAAE: 68399117.5.0000.0109.

Previamente ao envio do projeto ao Comitê de Ética, foi solicitada autorização

formal junto à secretária de saúde do município de Cascavel/PR, no mês de Abril

(Apêndice III).

Análise dos dados foi de caráter quantitativo e qualitativo, e para análise

utilizou-se a estatística descritiva ou análise exploratória de dados, sendo trabalhada

com tabelas, gráficos e medidas estatísticas. Os dados foram agrupados e

contabilizados por frequência e porcentagens. Todos os cálculos e gráficos foram

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gerados na planilha de cálculos eletrônica do programa Excel, contribuindo para o

desenvolvimento do tema proposto.

A abordagem qualitativa foi fundamentada nos questionários a partir das

questões abertas, as quais serão analisadas e transcritas conforme relevância e

respostas de consenso, contribuindo para o desenvolvimento do tema proposto.

4 - RESULTADOS E DISCUSSÕES

Apresentamos o resultado da primeira parte do instrumento de coleta de

dados contendo o perfil de identificação dos profissionais entrevistados.

Gráfico 1: Distribuição dos profissionais, conforme a faixa etária.

FONTE: Dados dos pesquisadores, 2017

No gráfico 1 temos 2 profissionais enfermeiros com a faixa etária de 20 a 30

anos, correspondendo a (20%), 6 enfermeiras com idade de 30 a 40 anos

correspondendo aos (60%) e 2 enfermeiras com idade entre 40 e 50 anos,

totalizando (20%).

Em outro trabalho referente ao perfil dos profissionais de enfermagem no

Brasil, a pesquisa mostra que:

A enfermagem é uma profissão que tem uma força de trabalho jovem. Registra-se: 45% do seu contingente com idade entre 26 e 35 anos; 34,6% encontram- -se entre 36 e 50 anos; 2,3% com idade acima de 61 anos. Por outro lado, tem-se 61,7% do total, representando mais de 1,1 milhão de trabalhadores até 40 anos, o que confirma a tese da

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jovialidade (PERSEGONA; OLIVEIRA; PANTOJA, 2016. p. 19).

Gráfico 2: Distribuição dos profissionais, conforme tempo de formação.

FONTE: Dados dos pesquisadores, 2017.

Conforme o gráfico 2 mostra 6 enfermeiras tem o tempo de formação entre 5

a 10 anos, correspondendo a (60%), 3 enfermeiras possuem de 10 a 15 anos de

formadas, correspondendo a (30%) e 1 enfermeira tem mais de 20 anos de

formação, totalizando (10%).

O mesmo resultado encontrou em outra pesquisa: “Observa-se que a maior

parte dos enfermeiros está formada há 10 anos ou menos (63,7%). Considerando

apenas aqueles que têm, no máximo, 5 anos de formados, esse percentual já

ultrapassa os 38%” . “Assim, é possível inferir que a enfermagem é uma profissão

em processo de rejuvenescimento, constituída, predominantemente, por jovens”.

(MACHADO et al., 2016. p.15-34).

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Gráfico 3: Distribuição dos profissionais, conforme as especializações.

FONTE: Dados dos pesquisadores, 2017.

No gráfico 3 referente a especialização dos profissionais entrevistados, temos

que 3 enfermeiras não possui especialização, correspondendo aos (30%), 1

enfermeira tem especialização em enfermagem obstétrica, correspondendo a (10%),

1 enfermeira tem especialização em regulação em saúde no SUS, correspondendo a

(10%), 1 enfermeira tem residência em gerencia medica e cirúrgica, correspondendo

a (10%), 2 enfermeiras tem especialização em saúde publica, correspondendo a

(20%), 1 enfermeira tem especialização em UTI, correspondendo a (10%) e 1

enfermeira tem mais de uma especialização, totalizando (10%).

Em outro trabalho realizado com enfermeiros mostrou que: “Os profissionais

de enfermagem consideram necessário adequar a formação continuada à atividade

de trabalho e carreira profissional” “... a formação dos profissionais deve ser

contínua, iniciada na formação básica, sendo constante ao longo da vida

profissional” (ORTEGA et al., 2015).

Isto mostra a importância da especialização e da educação continuada.

Nota-se a importância da educação continuada na área da enfermagem, os

profissionais devem ter o interesse em sempre atualizar o conhecimento para

prestar melhor assistência aos pacientes, pois a ciência esta em constante

modificação.

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Gráfico 4: Distribuição dos profissionais, conforme o tempo de atuação nas UBS/USF.

FONTE: Dados dos pesquisadores, 2017.

No gráfico 4 temos o tempo de atuação dos profissionais enfermeiros nas

unidades, 3 enfermeiras tem o tempo de atuação na unidade de 6 meses a 2 anos,

correspondendo a (30%), 4 enfermeiras tem o tempo de atuação na unidade entre 2

a 4 anos, correspondendo aos (40%) e 3 enfermeiras tem mais de 4 anos de

atuação na unidade, totalizando (30%).

Em outra pesquisa em relação ao tempo de atuação de enfermeiros: “Em

relação ao tempo de atuação na equipe, observou-se que cerca de 50% dos

enfermeiros atuam na equipe de um a quatro anos” (GALAVOTE et al., 2016).

Mudanças constantes dos trabalhadores na equipe acarretam sobrecarga de trabalho para os que permanecem e exige o treinamento de novos profissionais, aumentando os custos e fragilizando os processos de trabalho (GALAVOTE, et al., 2016. p.94).

A segunda parte do instrumento trata-se das variáveis do estudo que foram

compostas por questões referentes à assistência prestada, quantidade de gestantes

atendidas, dificuldades que o profissional enfermeiro enfrenta em realizar as ações

da Rede Mãe Paranaense.

Quando questionadas referente ao tempo de implantação do Programa Rede

Mãe Paranaense nas UBS e USF os profissionais responderam o que segue:

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ENFUBS1 “Não sei”. ENF1UBS2 e ENF2UBS2 “ Há 4 anos”. ENFUBS3 “Estou há 3 anos na atenção básica, e quando entrei já estava implantada” . ENFUBS4, ENFUSF1, ENF1USF4 e ENF2USF4 “ desde seu inicio, em 2012”. A ENFUSF2 “Há um ano”. ENFUSF3 “ 3 ou 4 anos”.

Os municípios que aderiram à Rede Mãe Paranaense assinaram um Termo

de Compromisso, no qual consta que o município se compromete a executar os

indicadores de acompanhamento (PARANÁ, 2017).

Para o acompanhamento, monitoramento e avaliação da Rede Mãe

Paranaense, desenvolveu-se o painel de bordo, que permite que os municípios, as

Regionais de Saúde, os Serviços de Saúde e a Secretária da Saúde reflitam pelos

indicadores processados no equilíbrio entre os objetivos, as metas e a missão

desenvolvidos no Mapa Estratégico. Indicadores nas seguintes perspectivas:

Resultado para a sociedade, Indicadores de processo, Indicadores de gestão e por

último Indicadores relacionados ao financiamento (PARANÁ, 2014).

A Unidade de Atenção Primária (UAP) que está no território de abrangência

da residência da mulher é a porta de entrada para realização do pré-natal. A

captação precoce da gestante para o pré-natal é realizada pela Atenção Primária à

Saúde, que pode ser pelo Agente Comunitário de Saúde, pela Equipe de Saúde da

Família ou pela UBS. O ideal é que seja realizada antes do final do 3º mês de

gestação (PARANÁ, 2017).

O início do acompanhamento pré-natal está relacionado à qualidade da organização dos serviços de APS, acesso e vínculo da comunidade à unidade de saúde. Quando iniciado tardiamente, sinaliza fragilidade desta atenção. Assim, de acordo com o PRMP a equipe, e particularmente os Agentes Comunitários de Saúde, devem identificar precocemente as gestantes, priorizando aquelas de alto risco (BAGGIO et al., 2016. p.6).

É evidente a importância da captação precoce das gestantes bem como a

estratificação de risco das mesmas seguindo com o acompanhamento e

encaminhamento adequado, prestando uma assistência de qualidade.

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A captação precoce das gestantes é identificada como fator relevante na

morbidade materna, pois auxilia na identificação precoce dos riscos gestacionais,

bem como possibilita as intervenções necessárias. Sua prática até o final do terceiro

trimestre tem como intenção reduzir os riscos para mãe e filho (CORREA;

BONADIO; TSUNECHIRO, 2011). Em análise realizada na base de dados Nascer

Brasil, na qual se avalia a assistência do pré-natal nas cinco regiões do país,

identificou-se que 76% de gestantes cadastradas durante 2012 e 2013 iniciaram o

pré-natal até a 16a semana gestacional. Contudo, apenas 60% dessas gestantes se

enquadram na recomendação atual da Rede Cegonha, de que a captação da

gestante aconteça até a 12a semana gestacional (VIELLAS, et al., 2016).

A Segunda variável do estudo abordava, Quantas gestantes estão sendo

acompanhadas na UBS/USF?

ENFUBS1 “Aproximadamente 60”. ENF1UBS2 e ENF2UBS2 “67 gestantes”. ENFUBS4 “316 gestantes acompanhadas”. ENFUSF1 “15 gestantes”. ENFUSF2 “Aproximadamente 30 gestantes”. ENFUSF3 “17 gestantes”. ENF1USF4 e ENF2USF4 “50 gestantes acompanhadas”.

O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da

gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a

saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades

educativas e preventivas (BRASIL, 2013).

Uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio

da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do

fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os

níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do

recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar

para alto risco (BRASIL, 2006).

O registro da inserção das gestantes no PHPN, por meio do SISPRENATAL, utiliza dois documentos como entrada de dados, a Ficha de Cadastramento da Gestante e a Ficha de Registro Diário dos Atendimentos das Gestantes, que podem ser efetuados na unidade de atendimento, no distrito sanitário, na Secretaria Municipal de Saúde ou na Secretaria

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Estadual de Saúde, em nível regional ou central, permitindo a importação dos dados registrados em todas as esferas, possibilitando a sua concretização final pelo SUS (BARBOSA et al., 2014. p.45).

O acolhimento, portanto, é uma ação que pressupõe a mudança da relação

profissional/usuário (a). O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma

postura ética e solidária. Desse modo, ele não se constitui como uma etapa do

processo, mas como ação que deve ocorrer em todos os locais e momentos da

atenção à saúde (BRASIL, 2006).

A terceira questão questionava às ações da Rede Mãe Paranaense que a

unidade conseguiu implantar:

ENFUBS1 “Teste rápido e a visita domiciliar”. ENF1UBS2 “Primeira consulta de pré-natal com a enfermeira, solicitações de exames, teste rápido”. ENF2UBS2 “Primeira consulta de pré-natal com a enfermeira, coleta de exames com urgência conforme exames previstos no programa”. ENFUBS3 “Captação precoce das gestantes para inicio do pré-natal, primeira consulta com cadastro no SISPRENATAL, solicitação de exames, garantia de no mínimo 7 consultas no pré-natal e 1 no puerpério, priorização no agendamento de exames, orientações em grupo com o grupo de gestantes, estratificação de risco com encaminhamentos quando necessário, imunização conforme protocolo, avalição as saúde bucal, preenchimento completo do cartão da gestante, realização de teste rápido (HIV-Sífilis)”. ENFUBS4 “Consulta de enfermagem e a captação precoce”. ENFUSF1 “Cadastramento no SISPRENATAL, encaminhamento de alto risco, estratificação de risco, imunizações e consulta conforme o protocolo”. ENFUSF2 “Realizar no mínimo 9 consultas, busca ativa, exames, consultas pós parto e acompanhamento do RN”. ENFUSF3 “Garantia do numero de consultas preconizado, solicitações de exames, encaminhamentos, alimentação dos sistemas, busca ativa dos faltosos (crianças e gestantes), imunizações, acompanhamento do RN, consulta puerperal e estratificação de risco”. ENF1USF4 e ENF2USF4 “Qualificar os profissionais que atuam na Rede, garantir a oferta do pré-natal de qualidade, consultas e exames e garantir a referencia hospitalar para o parto”.

Em relação as ações desenvolvidas, as enfermeiras relatam os cuidados com

as gestantes que prestam em suas unidades, podemos observar nas respostas que

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a maioria das unidades realiza a captação precoce da gestante e a solicitação de

exames conforme preconizado.

O público-alvo são as mulheres em idade fértil e crianças menores de um ano

de idade que, segundo população IBGE/2012, representa 3.428.706 mulheres. De

acordo com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em

2013 nasceram no Paraná 155.430 crianças e estima-se que foram atendidas

170.973 gestantes. Embora a Rede Mãe Paranaense tenha como público-alvo

mulheres e crianças, é importante destacar que ações implantadas deverão

promover a qualidade de vida de toda a família paranaense (PARANÁ, 2017).

No processo de construção das Redes de Atenção a Saúde (RAS), uma das

estratégias que visam ordenar o cuidado e a adoção de diretrizes clinicas baseadas

em evidencias, que direcionem os diferentes pontos de atenção e serviços em

relação às condições de saúde da população (MINAS GERAIS, 2016).

A Rede Mãe Paranaense tem adesão dos 399 municípios do Estado do

Paraná, que desenvolvem as atividades de busca ativa precoce à gestante e às

crianças menores de um ano; oferta de pré-natal em quantidade, mas,

principalmente, em qualidade; vincula as gestantes a serviços em que o parto ocorra

de modo seguro e solidário, o mais natural possível, e encaminha a gestante de

risco intermediário e de alto risco a outros níveis de atenção (PARANÁ, 2017).

A realização de exames e testes rápidos no período gestacional para detecção de sífilis e HIV é de fundamental importância para garantir intervenção e tratamento adequados. Considera-se o tratamento da sífilis com especial importância, visto que a prevalência desta doença é indicador da qualidade da assistência, pois seu diagnóstico e tratamento são ofertados pela rede básica de saúde (BAGGIO et al., 2016. p.8).

As melhorias da Atenção Primária são pressupostos para a organização da

Rede Mãe Paranaense, considerando que a captação precoce da gestante e o seu

acompanhamento e o da criança são elementos fundamentais para uma atenção de

qualidade, assim como a estratificação de risco da gestante e da criança,

vinculando-os aos serviços especializados, que devem ser resolutivos e acessíveis

em tempo adequado (PARANÁ, 2017).

Na quarta questão quando inquiridas sobre as dificuldades que o enfermeiro

encontra para prestar uma assistência de qualidade as gestantes. Apresentaram os

seguintes relatos:

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ENFUBS1 “Demanda maior que quantidade de profissionais, muitas vezes falta de materiais básicos, como teste rápido, gaze, álcool, falta de exames no laboratório, áreas sem cobertura de ACS, população muito grande”. ENF1UBS2 “Falta sala adequada, falta de adesão das gestantes ao grupo de gestantes, falta de material para o exame. Ex: sonar”. ENF2UBS2 “Minha dificuldade esta relacionada à alta demanda de pacientes e atividades, pois uma consulta de gestante demora no mínimo 40 minutos. Também tenho dificuldade quando não tem ginecologista na unidade e a gestante tem algum exame alterado, também é difícil manter grupo de gestantes, pois a adesão é pequena”. ENFUBS3 “A principal é a sobrecarga de serviço que limita o tempo para a consulta da gestante e não permite consultas para acompanhamento, só cadastro, por falta de tempo também é difícil realizar o monitoramento do pré-natal, a busca ativa e a visita precoce no puerpério. O numero reduzido de ACS (tenho 3 ACS para 11 micro áreas), também dificulta a captação e acompanhamento das gestantes”. ENFUBS4 “Falta de estrutura física, falta de ginecologista com carga horaria suficiente, falta de espaço para grupos”. ENFUSF1 “Falta autonomia para o enfermeiro, falta intersetorialidade, demora atendimento em outros serviços”. ENFUSF2 “Fluxo aumentado, área de abrangência maior do que a preconizada”. ENFUSF3 “Dificuldade de acesso a exames de imagem pelo município, dificuldade para encaminhamentos ao ambulatório gestação de risco, falta de contra referencia quando são encaminhadas para referencias, ex: ginecologista, alto risco, hospitais”. ENF1USF4 “Tempo, temos muitas atribuições para conseguir prestar assistência com qualidade”. ENF2USF4 “Temos muitas demandas, atribuições, com isso o tempo é um obstáculo para uma assistência de qualidade”.

Quando questionamos as enfermeiras sobre as dificuldades que encontram

no dia a dia para uma adequada assistência a gestante, a dificuldade que mais se

destaca entre os profissionais é a falta de tempo e a sobrecarga de trabalho,

impactando nos serviços prestados. Outra dificuldade em comum entre as

enfermeiras entrevistadas é a falta de recursos, materiais ou dificuldades com a

estrutura física de suas unidades que interfere na qualidade da assistência.

A assistência pré-natal adequada (componente pré-natal), com a detecção e a

intervenção precoce das situações de risco, bem como um sistema ágil de referência

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hospitalar (sistema de regulação – “Vaga sempre para gestantes e bebês”,

regulação dos leitos obstétricos, plano de vinculação da gestante à maternidade),

além da qualificação da assistência ao parto (componente de parto e nascimento –

humanização, direito à acompanhante de livre escolha da gestante, ambiência, boas

práticas, acolhimento com classificação de risco – ACCR), são os grandes

determinantes dos indicadores de saúde relacionados à mãe e ao bebê que têm o

potencial de diminuir as principais causas de mortalidade materna e neonatal

(BRASIL, 2012).

Outro desafio são as relações entre os diferentes elementos da equipe multidisciplinar que nem sempre trabalham de forma integrada. Para isso é necessário também priorizar a comunicação entre os membros desta equipe. A enfermagem é a equipe para a qual são delegadas a maioria dos casos, e que passa a maior parte do tempo junto ao paciente, executando procedimentos, tornando-se o condutor das informações de evolução ou manutenção do quadro do mesmo (NUNES; SILVA, 2012. p.65).

Em face da progressiva expansão do processo de organização dos serviços

de atenção básica nos municípios, a qualificação dos profissionais de saúde ainda é

um desafio, sobretudo no que diz respeito ao processo do cuidado, ao acesso a

exames e aos seus resultados em tempo oportuno, bem como à integração da

Atenção Básica (AB) com a rede, voltada para o cuidado

materno-infantil (BRASIL, 2012).

São 10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na Atenção Básica:

1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce). 2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal. 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. 4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus (suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". 5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário. 6° PASSO: É direito do (a) parceiro (a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto".

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9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação). 10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal (BRASIL, 2012. p.38).

Na quinta questão buscamos saber se o enfermeiro considera a assistência e

as ações desenvolvidas suficientes e/ou se poderiam melhorar, encontramos o que

segue:

ENFUBS1 “Pode melhorar e muito”. ENF1UBS2 “Pode melhorar em todos os aspectos”. ENF2UBS2 “Ainda podem e devem melhorar no sentido de ampliar o acesso, diminuir filas de espera como no caso de USG, incluir exames a serem solicitados pelo enfermeiro como TSH, estabelecer rotina para coleta de secreção vaginal, ampliar a autonomia do enfermeiro para interpretação de exames e prescrição de suplementos”. ENFUBS3 “Pode melhorar, se houvesse tempo disponível e mais ACS para isso”. ENFUBS4 “Com certeza daria para melhorar e muito o atendimento, melhorando os itens de dificuldade, melhor oferta de insumos, equipe em numero adequado”. ENFUSF1 “Ainda pode melhorar”. ENFUSF2 “Podem melhorar”. ENFUSF3 “Na unidade realizamos a consulta de enfermagem no primeiro contato com a paciente, as demais consultas são realizadas pelo clínico, que devido ao numero de gestantes da área consegue atende-las de maneira adequada. Sempre podemos e procuramos melhorar, estamos nos organizando para iniciar grupos de gestantes”. ENF1USF4 “Pode melhorar”. ENF2USF4 “No meu entendimento tudo pode melhorar”.

As enfermeiras entrevistadas mostraram que fazem o que podem pra prestar

uma boa assistência as gestantes, porém todas concordam que o atendimento pode

melhorar.

A partir da avaliação da necessidade de cada usuária e seguindo orientações

do protocolo local, o acesso a outras redes assistenciais (Rede de Média e Alta

Complexidade, Rede de Urgência e Emergência, Rede de Atenção Psicossocial,

Rede Oncológica etc.) deve ser garantido às gestantes, conforme a organização

locorregional da linha de cuidado materno-infantil. Isso se torna possível por meio da

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pactuação das formas de referência e contrarreferência entre a Rede de Atenção

Básica e as demais redes assistenciais e a partir da garantia de acesso aos

equipamentos do sistema de saúde (exames de imagem e laboratoriais, consultas e

procedimentos especializados, internação hospitalar, medicamentos, vacinas etc.)

(BRASIL, 2013).

Já em relação às dificuldades referentes à estrutura, verifica-se que muitas delas afetam diretamente o trabalho com famílias. Uma delas, bastante citada entre os profissionais, refere-se à falta de tempo e à dificuldade para o deslocamento da unidade até a área de abrangência (LOPES; MARCON, 2012. p.90).

O acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização

pela integralidade do cuidado a partir da recepção da usuária com escuta qualificada

e a partir do favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidades de acordo

com o seu contexto social, entre outros cuidados (BRASIL, 2013).

As ações de saúde devem estar voltadas para a cobertura de toda a

população-alvo da área de abrangência da unidade de saúde, assegurando

minimamente 6 (seis) consultas de pré-natal e continuidade no atendimento, no

acompanhamento e na avaliação do impacto destas ações sobre a saúde materna e

perinatal (BRASIL, 2013).

A atenção com qualidade e humanizada depende da provisão dos recursos

necessários, da organização de rotinas com procedimentos comprovadamente

benéficos, evitando-se intervenções desnecessárias, e do estabelecimento de

relações baseadas em princípios éticos, garantindo-se privacidade e autonomia e

compartilhando-se com a mulher e sua família as decisões sobre as condutas a

serem adotadas (BRASIL, 2006).

Atribuições do enfermeiro no acompanhamento:

•Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; • Realizar o cadastramento da gestante no SisPreNatal e fornecer o Cartão da Gestante devidamente preenchido (o cartão deve ser verificado e atualizado a cada consulta); • Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo risco intercalada com a presença do(a) médico(a); • Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo local de pré-natal; • Realizar testes rápidos; • Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos padronizados para tratamento das DST, conforme protocolo da abordagem sindrômica);

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• Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano e hepatite B); • Identificar as gestantes com algum sinal de alarme e/ou identificadas como de alto risco e encaminhá-las para consulta médica. Caso seja classificada como de alto risco e houver dificuldade para agendar a consulta médica (ou demora significativa para este atendimento), a gestante deve ser encaminhada diretamente ao serviço de referência; • Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico do colo do útero; • Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou atividades de sala de espera); • Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores de risco e à vulnerabilidade; • Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas; • Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar. (BRASIL, 2013. p.47).

Na sexta questão perguntamos de que maneira o profissional enfermeiro

pode contribuir sabendo que a redução da mortalidade materno-infantil ainda é um

objeto a ser buscado e que a maior parte de sua decorrência se da por causas

evitáveis.

ENFUBS1 “Grupos de gestantes ou momentos de orientação, VD para DNV conforme preconizado em no máximo 7 dias, estratificação de risco, pré-natal do parceiro, teste rápido”. ENF1UBS2 “Envolver toda equipe no acompanhamento da gestante, desde o atendimento no balcão, visitas do ACS a gestante, agilizar o atendimento da gestante”. ENF2UBS2 “Organizar o processo de trabalho de toda equipe, o que não acontece somente com a ação do enfermeiro, permitiria que esse desenvolvesse mais ações preventivas, inclusive intersetoriais”. ENFUBS3 “Prestar assistência de qualidade e realizar o acompanhamento e monitoramento necessários”. ENFUBS4 “Oferecendo cada dia mais uma assistência humana e de qualidade. Acolhimento e captação precoce, área de abrangência delimitada reduzindo o numero de gestantes sob minha responsabilidade e aumentando o tempo dedicado a elas”. ENFUSF1 “Aplicar as ações da Rede tendo uma equipe multiprofissional, se comunicar com os demais serviços para um melhor atendimento a gestante”. ENFUSF2 “Vigilância epidemiológica, captação precoce de gestantes e RNs, conhecer sua área de abrangência bem como sua população, educação em saúde e planejamento familiar”.

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ENFUSF3 “Orientar melhor as gestantes em grupos e individualmente a fim de identificar precocemente sinais de alerta que possam ser solucionados em tempo oportuno”. ENF1USF4 e ENF2USF4 “Prestar uma assistência de qualidade”.

Em relação a contribuição do enfermeiro na melhor assistência a gestante, as

enfermeiras destacam que a intersetorialidade precisa melhorar, ajustar a

comunicação entre os profissionais das diversas áreas que abrange o cuidado da

gestante. Também se destacou entre as respostas que o enfermeiro pode contribuir

realizando a educação em saúde, porem precisariam de mais tempo e menos

atribuições pra o melhor atendimento.

A avaliação da atenção pré-natal e puerperal prevê a utilização de indicadores

de processo, de resultado e de impacto. O profissional de saúde, provedor da

atenção pré-natal e puerperal, deverá monitorar continuamente a atenção prestada

por meio dos indicadores do processo. A interpretação dos indicadores de processo

do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) é importante

instrumento para organização da assistência (BRASIL, 2006).

A partir da sensibilidade e do entendimento que a equipe tem de que estas necessidades de atenção podem ser importantes para a saúde do indivíduo e da família. os trabalhadores evidenciam sua preocupação, na medida do possível em tentar sanar esta necessidade, ouvindo e demonstrando interesse pelo problema do usuário mesmo que a solução esteja longe de seu alcance (TEIXEIRA et al., 2000. p.202).

O diálogo franco, a sensibilidade e a capacidade de percepção de quem

acompanha o pré-natal são condições básicas para que o saber em saúde seja

colocado à disposição da mulher e da sua família, atores principais da gestação e do

parto (BRASIL, 2006).

Os trabalhadores de enfermagem tem a percepção de que a prática assistencial na atenção à saúde da família é voltada a integralidade da assistência, seja ela nos diversos níveis: de ver o indivíduo como um todo à integralidade do sistema de saúde. Esta percepção dos trabalhadores traz a possibilidade de uma atuação holística, permitindo que o programa efetivamente se constitua em uma estratégia para reversão do modelo que atualmente temos como predominante (TEIXEIRA et al., 2000. p.204).

Para o acompanhamento, monitoramento e avaliação da Rede Mãe

Paranaense, desenvolveu-se o painel de bordo, que permite que os municípios, as

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Regionais de Saúde, os Serviços de Saúde e a Secretaria da Saúde reflitam pelos

indicadores processados no equilíbrio entre os objetivos, as metas e a missão

desenvolvidos no Mapa Estratégico (PARANÁ, 2017).

O monitoramento possibilitará o gerenciamento da atenção à saúde, por meio

do acompanhamento do atendimento da mulher e da criança ao longo de toda a

rede de atenção à Mãe Paranaense e irá orientar o processo de decisão para a

implementação de novas medidas (PARANÁ, 2017).

5 - CONCLUSÃO

O Programa Rede Mãe Paranaense tem a missão de garantir o

acompanhamento do pré-natal de qualidade para as gestantes e as crianças

menores de 1 ano de idade na atenção primaria, secundaria e terciaria. A atenção

primaria é a porta de entrada para a continuidade do processo. A pesquisa ocorreu

nas UBS e USF de Cascavel-PR, em relação ao perfil de identificação das

enfermeiras entrevistadas 6 (60%) enfermeiras possuem idade entre 30 a 40 anos, 6

(60%) enfermeiras é formada entre 5 a 10 anos, 3 (30%) enfermeiras não possui

especialização e 4 (40%) enfermeiras atua na unidade de 2 a 4 anos.

O tempo de implantação do Programa varia para cada unidade, o número de

gestantes acompanhadas pela rede também. Em relação as ações implantadas na

unidade o que as enfermeiras mais relatam são: Teste rápido, primeira consulta de

pré-natal com a enfermeira, captação precoce da gestante e encaminhamentos.

Evidenciou-se a sobrecarga de trabalho gerando uma demanda muito grande, o

dificulta a realização das ações da Rede. Observou-se também a necessidade de

capacitação dos profissionais e a necessidade de melhorar a intersetorialidade para

que seja possível prestar uma assistência de melhor qualidade as gestantes e

continuar reduzindo os índices de mortalidade materno-infantil.

A visão do enfermeiro em relação à implantação da rede nessa pesquisa foi

uniforme, destacando que a assistência a gestante pode melhorar, e que a

autonomia do enfermeiro precisa ser ampliada, a demanda precisa ser adequada, o

número de recursos humanos precisa ser redimensionado para melhor atender as

gestantes. As enfermeiras apontam que grupos de gestantes e orientações

contribuem na qualidade da assistência assim como no envolvimento de toda a

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equipe no serviço prestado, organizando o processo de trabalho. Algumas relatam

que o acompanhamento e a efetiva comunicação multiprofissional contribuiriam no

melhor atendimento as gestantes.

Conclui-se com a pesquisa que o Programa Rede Mãe Paranaense ainda não

esta efetivamente implantada nas UBS e USF de Cascavel-PR, recomenda-se que

os profissionais busquem uma melhor comunicação entre os diversos setores

envolvidos na assistência a gestante dando o correto encaminhamento a mesma,

organizar o tempo e as atribuições para ações voltadas a gestante, buscar novos

conhecimentos, realizar a educação em saúde e também a educação continuada

promovendo a saúde.

Dada à produção ainda incipiente de estudos sobre o Programa Rede Mãe

Paranaense (PRMP), bem como sobre as ações de cuidado do enfermeiro à

população materna e infantil usuária desse programa, considerando-se que a

implantação desse programa ainda é recente, com início no ano de 2012. Destaca-

se a relevância em desenvolver pesquisas capazes de analisar e avaliar a

efetividade da Atenção Básica, mais especificamente em se tratando do PRMP.

Este estudo possibilitará a ampliação das discussões entre os profissionais

da área da saúde, possibilitando maior visão em relação às melhorias que precisam

ter na assistência prestada as gestantes. Contribuirá para a comunidade acadêmica

oportunizando debates referente a temática proposta e a realização de novas

pesquisas.

Desse modo, o desenvolvimento deste estudo não limitou as possibilidades

de reflexão sobre a temática, mas se posicionou com abertura a novos debates para

compreender as ações de cuidado do enfermeiro quanto às estratégias e protocolos

de atenção à saúde materna e infantil, como o PRMP.

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6 - REFERÊNCIAS

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7 - APÊNDICE I - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

PERFIL DE IDENTIFICAÇÃO

1. Idade:

2. Tempo de formado:

3. Especialização: ( ) sim ( ) não

4. Em caso afirmativo, qual especialização:

6. Tempo de atuação na UBS/USF:

VARIAVEIS DO ESTUDO

1) Há quanto tempo a Rede Mae Paranaense foi implantada na UBS/USF?

R.

2) Quantas gestantes estão sendo acompanhadas na UBS/USF?

R.

3) Quais as ações da Rede Mae Paranaense que a unidade conseguiu

implantar?

R.

4) Quais as dificuldades que você profissional enfermeiro encontra em sua

rotina para prestar uma assistência de qualidade as gestantes?

R.

5) Em sua opinião você considera a assistência e as ações desenvolvidas

suficientes ou ainda pode melhorar?

R.

6) Sabendo que a redução da mortalidade materno-infantil ainda é um objeto a

ser buscado e que a maior parte de sua decorrência se dá por causas

evitáveis o que o profissional enfermeiro pode fazer para contribuir nesse

sentido?

R.

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8 - APÊNDICE II - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DO

SUJEITO

Título do Projeto: REDE MÃE PARANAENSE: GESTANTES ACOMPANHADAS

NAS UBS/USF DE CASCAVEL/PR E A VISÃO DO ENFERMEIRO SOBRE ESSA

REALIDADE

Pesquisador Responsável: Prof. Gilson Fernandes da Silva

A pesquisa tem por objetivo geral: Conhecer as ações implantadas pelo

enfermeiro sobre a Rede Mãe Paranaense nas UBS/USF de Cascavel/PR. Identificar o número de gestantes acompanhadas nas UBS/USF; Reconhecer as ações implantadas nas UBS/USF pelo enfermeiro.

Para a realização da pesquisa de campo foi construído um instrumento de coleta de dados, ou seja um questionário composta de duas partes, sendo a primeira com dados dos sujeitos participantes e a segunda com 6 questões abertas norteadoras do estudo.

Para tanto, o participante da pesquisa responderá as seguintes questões: Idade; Tempo de formado; Especialização; Em caso afirmativo: Qual especialização; Tempo de atuação nas UBS/USF, e as seis perguntas abertas sendo elas: Há quanto tempo a Rede Mae Paranaense foi implantada nas UBS/USF; Quantas gestantes estão sendo acompanhadas nas UBS/USF; Quais as ações da Rede Mae Paranaense que a unidade conseguiu implantar; Quais as dificuldades que você enfermeiro encontra em sua rotina para prestar uma assistência de qualidade as gestantes; Em sua opinião você considera a assistência e as ações desenvolvidas suficientes ou ainda pode melhorar; Sabendo que a redução da mortalidade materno-infantil ainda é um objeto a ser buscado e que a maior parte de sua decorrência se dá por causa evitáveis o que o profissional enfermeiro pode fazer para contribuir nesse sentido.

O total da amostra será constituído de oito enfermeiros que trabalham nas UBS/USF em turnos diferentes.

Durante a execução da coleta de dados não haverá danos físicos, danos ou desconfortos aos participantes. Caso o participante desta pesquisa sentir de alguma forma, algum tipo de constrangimento durante a realização da coleta de dados, a mesma poderá ser interrompida em qualquer momento. Caso o pesquisador perceber constrangimento por parte do sujeito participante, a coleta de dados será interrompida, não acarretando prejuízos a mesma. A participação é de caráter voluntário, não trazendo privilégios aos participantes.

A coleta de dados somente acontecerá após a provação do Comitê de Ética. Em qualquer fase da pesquisa, caso os participantes não queiram mais

colaborar com a realização, poderão retirar a qualquer momento os seus consentimentos e deixarem de participar do estudo, sem penalidades e prejuízos em seus acompanhamentos, assistência e tratamentos. Também ao apresentarem dúvidas ou questionamentos quanto a execução da pesquisa poderá a qualquer momento realizar contato com o pesquisador: Professor Gilson Fernandes da Silva no fone (45) 9 9981 9190, no endereço rua... na cidade de Cascavel/PR ou no e-mail [email protected]

Por fim, enfatizamos que este termo será redigido em duas vias, sendo que uma via ficará com o participante e outra com o pesquisador responsável.

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Após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de: 1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, riscos, benefícios e outros relacionados a pesquisa; 2. Não ser, os sujeitos participantes identificados e ser mantidos em caráter confidencial as informações relacionadas a privacidade; 3. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo; 4. Ter as informações sobre meus dados mantidos sob total sigilo; 5. Procurar esclarecimentos com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Paranaense-UNIPAR, através do telefone (45) 3321-1300, em caso de dúvidas ou notificação de acontecimentos não previstos.

Estar ciente do exposto, aceitar participar da pesquisa, de forma voluntária,

não recebendo ou fazendo pagamento por minha participação, não tendo privilégios de forma alguma ao participar da referida pesquisa.

Cascavel, _____de______________de 2017. Nome do sujeito:_________________________________________________ Assinatura:______________________________________________________ Eu, Gilson Fernandes da Silva declaro que forneci todas as informações referentes ao projeto ao participante. ________________________________________________ Data:___/____/____ Telefone: (45) 9 9981 9190 Endereço: Cascavel/PR E-mail: [email protected]

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9- APÊNDICE III – AUTORIZAÇÃO DA SECRETARIA DE SAÚDE

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10 - APÊNDICE IV - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA

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