Redes 3
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Cablagem estruturada
Organizemo-nos!
Cablagem estruturada (1/2)
Nas secções anteriores apresentámos cabos, conectores, dispositivos de ligação e de interligação de redes e topologias. Falta agora explicar como toda esta informação se pode agora juntar de forma organizada para o planeamento de redes.
Cablagem estruturada - conjunto de regras para o planeamento e instalação de redes cabladas em edifícios.
Cablagem estruturada (2/2)
A intenção destas regras é: regular o planeamento da rede; regular a instalação física, ao colocar
orientações para os tipos de cabos a usar e a forma de instalá-los;
regular a integração da infra-estrutura da rede informática com a rede telefónica e outras;
regular a manutenção da rede.
Normas
Existem vários documentos que propõem regras, todos propostos por organizações internacionais a quem cabe justamente a definição de padrões, entre eles:T568 (e outros que dele derivam) proposto pelas organizações ANSI TIA/EIA para a América do Norte e Ásia11801 internacional, proposto pelas ISO/IEC, baseado no anteriorEN 50173 muito próximo do anterior; destina-se aos países da União Europeia
Estrutura organizativa
Cada uma define com grande pormenor regras para a estruturação, equipamento e manutenção, mas todas assentam numa estrutura comum que é a seguinte:
Estrutura organizativa Elementos funcionais
Distribuidor de campus (CD) Cablagem de backbone de campus Distribuidor de edifício (BD) Cablagem de backbone de edifício Distribuidor de piso (FD) Cablagem de piso (ou cablagem horizontal) Tomada de telecomunicações (TO) Cablagem de área de trabalho
Estrutura organizativa
Numa rede campus
Ou seja, quando existe uma rede entre
edifícios próximos – uma rede campus – todos
os documentos orientadores de cablagem
estruturada definem os tipos de cabos e de
equipamentos a usar nas zonas seguintes:
Numa rede campus
Backbone de campus Interliga os edifícios dentro do campus Inclui o distribuidor de campus (CD), os cabos de
backbone de campus e as terminações destes
Backbone de edifício interliga os pisos dentro de cada edifício Interliga o distribuidor de edifício (BD) e os
distribuidores de piso (FD) Inclui o distribuidor de edifício (BD), os cabos de
backbone do edifício e as terminações destes Pode também incluir cablagens entre distribuidores de
piso
Numa rede campus
Cablagem de piso ou horizontal Interliga os distribuidores de piso (FD) e as tomadas de
telecomunicações (TO) Inclui os distribuidores de piso, a cablagem horizontal e
as tomadas de telecomunicações (TO)
Cablagem da área de trabalho liga as tomadas de telecomunicações aos
equipamentos terminais (computadores, impressoras, etc).
Agrega os elementos para interligar as TOs aos postos de trabalho (chicotes de interligação, adaptadores, etc.)
Cablagem estruturada
Equipamentos
Cablagem da área de trabalho
Aqui são usados pequenos cabos de rede (os patch cables ou “chicotes”) para ligar os computadores às tomadas de telecomunicações.
Se forem usados cabos eléctricos Categoria 5, o comprimento máximo recomendado para estes cabos é de 10 metros.
Cablagem da área de trabalho
Embora possam ser usados cabos
entrançados ou de fibra óptica, a possibilidade
actual de ser ter 1Gbps em cabos eléctricos
faz com que eles possam ser usados mesmo
em aplicações que exijam débitos altos.
Cablagem da área de trabalho • Uma tomada de telecomunicações com entrada
para a ficha telefónica e para o cabo da rede.
• Junto a estas tomadas costumam estar as tomadas eléctricas para ligar os computadores e outros equipamentos.
Cablagem horizontal
É a zona dos cabos que se estendem normalmente debaixo do chão, por dentro das paredes ou em calhas instaladas na parte exterior das paredes, desde as tomadas de telecomunicações até aos distribuidores de piso.
Se forem usados cabos eléctricos Categoria 5, o comprimento máximo recomendado para estes cabos é de 90 metros.
Cablagem horizontal
O facto de haver um distribuidor por cada piso ou um distribuidor para pisos próximos só depende da distância das tomadas ao distribuidor – por causa da limitação do comprimento dos cabos – e do número de computadores ligados.
As normas aconselham que o número de distribuidores de piso seja o menor possível.
Bastidores
Os distribuidores são, normalmente, armários designados por bastidores que albergam switches e outros concentradores.
Esquema de um bastidor.
Um bastidor vazio.
Bastidores Esses armários: Contêm calhas nas suas paredes laterais para
receber os switches e outros componentes. (Daí que os aparelhos que se destinam a este tipo de armários têm sempre a característica rack mountable assinalada).
Têm sempre 19” de largura.
A sua altura é medida em “unidades U” em que 1U = 44,55mm. (Daí que os aparelhos como switches destinados a este tipo de armário também tenham a sua altura especificada em unidades U).
Bastidores
Pormenor de um bastidor já com equipamento instalado e os cabos já ligados e arrumados.
Patch panels
Esses distribuidores devem conter patch panels para interligação com os concentradores (switches, etc).
Os patch panels são painéis de conexão
utilizados para a manobra de interligação entre
os pontos da rede e os equipamentos
concentradores da rede.
Patch panels
São constituídos por um painel frontal, onde estão localizados os conectores RJ-45 fêmea e por uma parte traseira onde estão localizados os conectores que são do tipo "110 IDC".
Patch panels
Os cabos de par entrançado que chegam dos pontos da rede são ligados a esses conectores e, aos conectores RJ-45 fêmea, são ligados os patch cables com conectores RJ-45 macho.
Os cabos denominados patch cables fazem a ligação entre o concentrador e o patch panel.
Backbone de edifício
O backbone de edifício liga o distribuidor do edifício aos distribuidores de piso.
Num edifício pequeno pode ser o único distribuidor.
Backbone de campus
Compreende a cablagem que interliga o distribuidor de campus com os distribuidores de edifício mais próximos da entrada de cada um e os próprios distribuidores.
Se não se justificar a existência de um distribuidor específico, pode coincidir com os distribuidores de edifícios.
O tipo de cabos recomendado é o de fibra óptica, já que os eléctricos são mais susceptíveis a problemas devidos a descargas eléctricas de trovoadas e outros fenómenos externos.