Reforma de VIENA -...
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REFORMA DE VIENNA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E URBANISMO III
ALUNOS: ANA FÁBIA FERRARI
BÁRBARA NOGUEIRA
ISABELA A. MOURA
LUIS FERNANDO
MARIANA OLIVEIRA
INTRODUÇÃO • Vienna é a capital e maior cidade da Áustria, na Europa.
• Tem como idioma local o alemão, mas o inglês também é utilizado.
• É conhecida como A Cidade da Música pelos vários pianistas importantes (Mozart e Beethoven, por exemplo) que trabalharam na cidade, além das óperas apresentadas em seus teatros.
• Por sua alta qualidade de vida, Vienna ganhou prêmios como primeiro lugar em Cidade Mais Habitável do Mundo pelo Economist Intelligence Unit empatando com Vancouver (Canadá) e São Franscisco (EUA).
• O centro histórico de Vienna, que é caracterizado como o local de reinado dos Habsburgos, bem como o Palácio de Schönbrunn, são reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como Patrimônio da Humanidade.
Brasão de Vienna
HISTÓRIA
• A presença humana na atual Vienna parece ter sido de origem celta (500
a.C.)
• Em 15 a.C., tornou-se uma cidade-fronteira dos romanos, protegendo o
Império dos povos germânicos do norte.
• Após isso, esteve sob ameaça do Império Mongol, no século XIII, porém os
exércitos mongois recuaram da fronteira europeira quando seu líder
faleceu e não retornaram mais.
• Durante a Idade Média, Vienna foi a sede da Casa de Babemberga, e em
1440, tornou-se a cidade de residência da Dinastia Habsburgo. A cidade
viria a se tornar a capital do Sacro Império Romano e um centro cultural de
artes e ciência, música e gastronomia.
• Nos séculos XVI e XVII, os exércitos otomanos foram barrados duas vezes
fora de Vienna (nas ocasiões: Cerco de Vienna, de 1529, e Batalha de
Vienna, de 1683).
• Em 1679, a peste bubônica atingiu a cidade, matando cerca de um terço
de sua população.
RINGSTRASSE: INTRODUÇÃO
• Vienna, no século XIX, era formada por uma cidade interna, a área mais antiga e
ainda cercada por uma muralha com uma faixa no entorno, não construída. Além
desse cinturão, a cidade havia se estendido em direção aos subúrbios, que
ficaram isolados do núcleo urbano pelas fortificações e a área militar ao redor.
• Essa grande extensão de terra no centro da cidade foi uma consequência do
atraso histórico, uma vez que a cidade manteve suas fortificações medievais
mesmo depois que as outras cidades europeias já haviam demolido suas
muralhas.
• Após a Revolução de 1848 (conhecida como Primavera dos Povos), os liberais
tomaram o poder e exigiram o direito a autogestão municipal, acabando com o
domínio imperial e as decisões tomadas no Congresso de Vienna, onde, com o
fim da Era Napoleônica, os países vencedores sentiram a necessidade de selar
um tratato reestabelecendo a paz e a estabilidade política na Europa ao redefinir
as fronteiras europeias, temendo uma nova revolução.
RINGSTRASSE • Ao mesmo tempo, a cidade passa por uma fase de desenvolvimento econômico, o que
leva ao aumento da população pelas migrações, tornando Vienna o centro econômico e
cultural da Áustria, porém provocando uma crise habitacional, gerando a necessidade de
efetuar reformas na estrutura urbana da cidade.
• Vienna então adota algumas intervenções para ter melhores condições como: a
canalização do rio Danúbio, para evitar inundações; um sistema eficiente de
fornecimento de água; um sistema sanitário público e a construção do primeiro hospital
público.
• Porém, a reforma em si foi baseada pensando nos interesses da classe mais rica, ou seja,
a corte que vivia no núcleo da cidade, sem a preocupação de melhorar a vida daqueles
que viviam na periferia, do lado de fora do cinturão livre, conhecido como Ringstrasse.
• O programa incluía o desenvolvimento do cinturão, mas o exército vienense foi contra
por ele isolar a cidade antiga e com isso proteger a corte de possíveis revoltas populares.
A necessidade econômica da construção pesou mais no final.
RINGSTRASSE • Em Dezembro de 1857, foi criada a Comissão
de Expansão da Cidade, que tinha como missão
transformar a área militar em uso civil.
• Em uma competição internacional, 85
arquitetos apresentaram propostas. No
entanto, nenhum dos projetos foram
implementados diretamente. Em vez disso, a
Comissão utilizou as melhores propostas para
a elaboração do plano.
• Votivkirche, foi a primeira construção do
cinturão. Representando o laço entre igreja e
estado.
• O exército também teve seu lugar, ao ser
criado dois quarteis e um arsenal localizados
em posições estratégicas. Votivkirche
RINGSTRASSE • A via principal que circunda o núcleo central foi construída em escala
monumental para dificultar a construção de barricadas, nela não se passa carros.
• O contraste entre a cidade antiga e o anel aumentou com a transformação política
– o regime neo-absolutista havia se tornado uma monarquia constitucional: o
edifício da administração municipal (Rathaus) era de estilo gótico, o teatro
(Burgtheater) era barroco, a universidade, a Bolsa de Valores, o Museu
Kunsthistorisches e o Museu de História Natural era de estilo renascentista
enquanto o parlamento (Reichsrat) era grego clássico.
• Apesar dos extraordinários edifícios monumentais, a maior parte construída na
Ringstrasse era ocupada por edfícios residenciais.
• O controle do governo sobre as novas edificações se restringia à altura,
alinhamento e em alguns casos, ao parcelamento do solo. O restante era
determinado pelo mercado consumidor, ou seja, pelos interesses da classe mais
rica, gerando a especulação imobiliária.
RINGSTRASSE • As construções características na Ringstrasse foram os edifícios de apartamentos,
com 4 a 6 andares e com poucos apartamentos. Na periferia a quantidade de unidades era maior para abrigar a população operária. As construções eram divididas e ocupadas de acordo com o poder aquisitivo dos moradores. O térreo era geralmente destinado ao comércio, o primeiro pavimento possuía espaços mais nobres; do segundo pavimento em diante a qualidade dos espaços eram menor. Numa época anterior à invenção do elevador, os primeiros andares eram os mais valorizados. Essa estratificação era evidenciada também no tratamento da fachada.
• Como área residencial para a elite burguesa a Ringstrass foi um sucesso: era o local preferido das classes mais altas, mesmo com a existência de bairros elegantes na periferia. Os edifícios de apartamentos foram grandes investimentos, assim como os palácios de aluguel, que combinavam o prestígio de morar num palacete ao lucro. A tendência liberal levou a uma aproximação entre burguesia e aristocracia.
• Pode-se notar que, no planejamento urbano dessa nova área, a Ringstrasse, as classes mais baixas foram sistematicamente excluídas da nova estrutura urbana, e continuaram a morar na periferia, em moradias com condições precárias de salubridade.
ARQUITETOS
GOTTFRIED SEMPER
• Projetou o Burgtheater, o Museu
Nacional de História da Arte, o Museu
Nacional de História Natural na
Ringstrasse.
LUDWIG FÖRSTER
• Em seu projeto com a frase descritiva "O caminho direto é o melhor", ele se esforçou "para ser não só as demandas de tecnologia e médica, mas também aqueles de uma justiça senso estético artística". Neste sentido, ele planejava "grandes efeitos cênicos, a regularidade, apenas e expeditos de comunicação do antigo com as novas partes da cidade e os subúrbios, muitos jardins de saúde benéfico" e a melhor localização possível de edifícios públicos e não menos importante, um sistema contemporânea do canal sistema de distribuição de água.
ARQUITETOS
CAMILLO SITTE • Camillo criticava a cidade moderna definindo
o Ringstrasse como um exemplo de mau planejamento e que deveria ser evitado.
• Apesar de criticar a essência e função desse planejamento, não se opôs a forma de estilo histórico dos edifícios escolhida de acordo com a função do edifício. Ele queria estender essa tendência estética ao espaço urbano, pois sentia uma necessidade que o local como um todo tivesse uma linguagem e não apenas as obras arquitetônicas.
• A praça surge como uma forma de restituir a qualidade de vida nas cidades modernas dando ao cidadão uma área livre, mas que permitisse que ele aproveitasse realmente o espaço, saindo do ideal rígido.
OTTO WAGNER
• Wagner, ao contrário de Sitte, abraçou
a nova cidade moderna, e acreditava
que devia representar o movimento e
a eficiência. Seus edifícios foram em
consideração às ruas. Eles não
estavam independente ou ligados de
forma pitoresca, tal como
recomendado por Sitte, mas inseridos
no tecido urbano. Desta forma, os
edifícios desviavam e facilitavam o
movimento. Ele não via a
monumentalidade nos edifícios, mas
sim na própria rua.
BIBLIOGRAFIA
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Viena
• http://blogeistudio.blogspot.com.br/2008/10/reformas-urbanas-viena-
ringstrasse.html
• http://www.viagensevivencias.com.br/2014/07/uma-volta-pela-regiao-do-
ring.html
• https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/VIENA-553957.html
• 150 years of the Ringstrasse – Vienna Tourist Board
• https://thaa2.wordpress.com/category/juliana-santos-mamede/
• http://www.grids-blog.com/wordpress/otto-wagner-designing-the-city/
• http://www.architektenlexikon.at/de/1061.htm