Refrigeração (Aula 01)

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  • Refrigerao

    Jess Lus Padilha

  • Ementa

    Generalidades Formasdeproduodefrio Componentesprincipaisdosistemaderefrigerao.

    Refrigeraomecnicaporcompressodevapor

  • Refrigerao Refrigerao a reduo e manuteno datemperatura de corpos ou substncias, abaixodaquela existente na sua vizinhana emdeterminado momento. Existem meios naturais eartificiais de alcanar tal objetivo. Nosprimrdios, usavase o gelo como meio naturalpara reduo da temperatura. Esse gelo eratransportado de regies mais frias, armazenadono inverno para ser utilizado no vero ouformado nas superfcies dos lagos em noites friaspara ser usado durante o dia.

  • Refrigerao

  • Refrigerao

    A refrigerao artificial (obtida por meiosmecnicos) foi usada para produzir gelo elibertar a indstria da escravido climtica.Aps a segunda guerra mundial (19391945)os sistemas artificiais consolidaramse.

  • Um fator importante desse xito foi osurgimento do sistema de refrigerao seladode pequeno porte, que apresentava baixocusto de aquisio e operao, e exigia poucoscuidados de manuteno. Antes disso, em1930, surgiram os refrigerantes clorofluorados(CFCs), com baixos ndices de toxicidade epericulosidade, usados em sistemas seladosresidenciais e comerciais.

  • Definies Propriedades termodinmicas. So caractersticas macroscpicas

    de um sistema, como: volume, massa, temperatura, presso etc.

    Estado Termodinmico. Pode ser entendido como sendo acondio em que se encontra a substncia, sendo caracterizadopelas suas propriedades.

    Processo. uma mudana de estado de um sistema. O processorepresenta qualquer mudana nas propriedades da substncia.Uma descrio de um processo tpico envolve a especificao dosestados de equilbrio inicial e final.

    Ciclo. um processo, ou mais especificamente uma srie deprocessos, onde o estado inicial e o estado final do sistema(substncia) coincidem.

  • Definies Substncia Pura. qualquer substncia que tenhacomposio qumica invarivel e homognea. Ela podeexistir em mais de uma fase (slida, lquida e gasosa),mas a sua composio qumica a mesma emqualquer das fases.

    Temperatura de saturao. Este termo designa atemperatura na qual se d a vaporizao de umasubstncia pura a uma dada presso. Essa presso chamada presso de saturao para a temperaturadada.

  • Definies Lquido Saturado. Se uma substncia se encontra comolquido temperatura e presso de saturao, dizseque ela est no estado de lquido saturado.

    Lquido Subresfriado. Se a temperatura do lquido menor que a temperatura de saturao, para a pressoexistente, o lquido chamado de lquido subresfriado(significa que a temperatura mais baixa que atemperatura de saturao para a presso dada), oulquido comprimido, (significando ser a presso maiorque a presso de saturao para a temperatura dada).

  • Definies

  • Definies

    Ttulo (x). Quando uma substncia seencontra parte lquida e parte vapor, natemperatura de saturao (isto ocorre, emparticular, nos sistemas de refrigerao, nocondensador e no evaporador), a relaoentre a massa de vapor e a massa total, isto ,massa de lquido mais a massa de vapor, chamada de ttulo (x).

  • Definies

    Vapor Saturado. Se uma substncia seencontra completamente como vapor natemperatura de saturao, chamada devapor saturado, e neste caso o ttulo iguala 1 ou 100%, pois a massa total (mt) igual massa de vapor (mv).

  • Definies

    Vapor Superaquecido Quando o vapor est auma temperatura maior que a temperatura desaturao chamado vapor superaquecido.A presso e a temperatura do vaporsuperaquecido so propriedadesindependentes, e neste caso, a temperaturapode ser aumentada para uma pressoconstante. Em verdade, as substncias quechamamos de gases so vapores altamentesuperaquecidos.

  • Definies Propriedades Termodinmicas de uma Substncia Uma propriedade de uma substncia qualquer

    caracterstica observvel dessa substncia. Um nmerosuficiente de propriedades termodinmicas independentesconstitui uma definio completa do estado da substncia.

    As propriedades termodinmicas mais comuns so:temperatura (T), presso (P), volume especfico (v) e massaespecfica (). Alm destas propriedades termodinmicasmais familiares, e que so mensurveis diretamente,existem outras propriedades termodinmicas fundamentaispara a anlise de transferncia de calor, trabalho e energia,no mensurveis diretamente, que so: energia interna (u),entalpia (h) e entropia (s).

  • Definies Energia Interna (u). a energia que a matria possui devido ao

    movimento e/ou foras intermoleculares. Esta forma de energiapode ser decomposta em duas partes:

    a) Energia cintica interna relacionada velocidade dasmolculas;

    b) Energia potencial interna relacionada s foras de atraoentre as molculas.

    As mudanas na velocidade das molculas so identificadas,macroscopicamente, pela alterao da temperatura da substncia(sistema), enquanto que as variaes na posio so identificadaspela mudana de fase da substncia (slido, lquido ou vapor).

  • Definies Entalpia (h). Na anlise trmica de algunsprocessos especficos, freqentemente soencontradas certas combinaes de propriedadestermodinmicas. Uma dessas combinaesocorre quando se tem um processo a pressoconstante, resultando a combinao u + pv. Assim conveniente definir uma nova propriedadetermodinmica chamada entalpia, a qual representada pela letra h.

    h=u+pv

  • Definies Entropia (s). Esta propriedade termodinmicarepresenta, segundo alguns autores, uma medidada desordem molecular da substncia ou,segundo outros, a medida da probabilidade deocorrncia de um dado estado da substncia.

    Cada propriedade de uma substncia, em umdado estado, tem somente um valor finito. Essapropriedade sempre tem o mesmo valor para umestado dado, independentemente de como foiatingido tal estado.

  • Definies PrimeiraLeidaTermodinmica.

    A primeira lei da termodinmica tambm conhecida como oPrincipio de Conservao de Energia, o qual estabelece que aenergia no pode ser criada nem destruda, mas somentetransformada, entre as vrias formas de energia existentes.

    Para se efetuar balanos de energia, isto , para se aplicar aprimeira lei da termodinmica, necessrio primeiro estabelecer oconceito de sistema termodinmico. Assim, o sistematermodinmico consiste em uma quantidade de matria (massa),ou regio, para a qual a ateno est voltada. Demarcase umsistema termodinmico em funo daquilo que se deseja analisar, etudo aquilo que se situa fora do sistema termodinmico chamadomeio ou vizinhana.

  • Definies

  • Definies O sistema termodinmico delimitado atravs de suas fronteiras,

    as quais podem ser mveis, fixas, reais ou imaginrias. O sistemapode ainda ser classificado em sistema fechado (Figura a),correspondendo a uma regio onde no ocorre fluxo de massaatravs de suas fronteiras (tem massa fixa), e sistema aberto (Figurab), que corresponde a uma regio onde ocorre fluxo de massaatravs de suas fronteiras, sendo tambm conhecido por volume decontrole.

    O balano de energia estabelece que, para um determinadointervalo de tempo, o somatrio dos fluxos de energia entrando novolume de controle, igual ao somatrio dos fluxos de energiasaindo do volume de controle mais a variao da quantidade deenergia armazenada pelo mesmo, durante o intervalo de tempoconsiderado.

  • Definies Entre as formas de energia que podem atravessar a

    fronteira de um volume de controle, isto , entrar ou sairdo volume de controle, esto includos os fluxos de calor, osfluxos de trabalho e os fluxos de energia associados massa atravessando estas fronteiras. Uma quantidade demassa em movimento possui energia cintica, energiapotencial e energia trmica. Alm disto, como geralmente ofluxo mssico gerado por uma fora motriz, h umaoutra forma de energia associada ao fluxo, a qual estrelacionada com a presso. Esta ltima forma de energia chamada de trabalho de fluxo, sendo dada pelo produtoda presso pelo volume especfico do fludo. Assim, apsalgumas simplificaes, a primeira lei da termodinmicapode ser escrita como:

  • Definies

  • Definies Duas observaes importantes podem serefetuadas. A primeira se refere soma dasparcelas u + pv que, como visto anteriormente ,corresponde entalpia da substncia (h). Asegunda observao est relacionada ao fato deque, para a grande maioria dos sistemasindustriais, a variao da quantidade de energiaarmazenada no sistema (Evc) igual a zero. Paraesta condio, dizse que o sistema opera emregime permanente, e a equao acima pode serescrita como:

  • Definies Para aplicao da primeira lei da termodinmica, necessrio estabelecer uma conveno desinais para trabalho e calor.

    No Sistema Internacional, a unidade de fluxo detrabalho e calor o Watt [W], a unidade da vazomssica [kg/s], a unidade da entalpia [J/kg], ade velocidade [m/s] e a unidade da cota [m].A acelerao da gravidade, que pode serconsiderada constante, igual a 9,81 m/s2.

  • Definies

  • Definies Diagramas deMOLLIER para Fluidos Refrigerantes.

    As propriedades termodinmicas de uma substncia sofreqentemente apresentadas, alm das tabelas, em diagramas quepodem ter por ordenada e abscissa, temperatura e entropia,entalpia e entropia, presso absoluta e volume especfico oupresso absoluta e entropia.

    Os diagramas tendo como ordenada presso absoluta (P) e comoabscissa a entalpia especfica (h) so bastante utilizados paraapresentar as propriedades dos fluidos frigorficos, visto que estascoordenadas so mais adequadas representao do ciclotermodinmico de refrigerao por compresso de vapor. Estesdiagramas so conhecidos como diagramas de Mollier.

  • Definies

  • Refrigerao Capacidade de refrigerao O trabalho realizado por um sistema de refrigerao corresponde ao calor

    transferido para o refrigerante no seu evaporador pelos corpos ou substnciasresfriadas. Esta quantidade de calor denominada capacidade de refrigerao, e normalmente expressa nas seguintes unidades: 1 W = 0,859 845 kcal/h = 3,412 14Btu/h.

    Entretanto, uma unidade historicamente importante deve ser mencionada, aTonelada de Refrigerao [TR]. A princpio esta unidade foi quantificada comosendo a quantidade de calor retirada de uma tonelada curta (2000 lb) de gua 0oC para produzir igual quantidade de gelo na mesma temperatura no perodo deum dia. Posteriormente, foi definida exatamente pela ASRE (American Society ofRefrigerating Engineers) como: 1 TR = 12.000 Btu/h = 200 Btu/min. Em termos deoutras unidades: 1 TR = 3.516,85 W = 3.023,95 kcal/h. A TR usada para indicar otamanho de uma instalao de refrigerao, por exemplo, 5 TR (pequeno porte),300 TR (mdio porte) ou 2000 TR (grande porte). Para produzir 1 TR necessitaseem mdia de 1 hp de potncia (NOTA: esta relao somente uma aproximao eno deve ser usada para estimativas de consumo de energia).

  • Refrigerao

  • Refrigerao por compresso mecnica de vapor Vrios estudiosos e empreendedorescontriburam para o surgimento e evoluo darefrigerao artificial por compresso mecnicade vapor, seja descobrindo seus princpios fsicose/ou desenvolvendo e construindo equipamentose sistemas. De modo geral, essas pessoastrabalhavam na Europa ou nos Estados Unidos.

  • Dois princpios sustentavam esse fenmeno: Todo lquido tende a se transformar em vapor: umlquido voltil, dentro de um recipiente hermtico,entra em equilbrio trmico com seu vapor numadeterminada presso denominada presso de vaporsaturado.

    Para um lquido evaporar ele deve absorver calor: ocalor absorvido pelo lquido na mudana de fase sobpresso constante designado de calor latente, vistoque, no h variao de temperatura no lquido. Emtermos modernos, o calor latente conhecido comoentalpia de mudana de fase.

  • O dispositivo de expanso um controle defluxo do refrigerante, que mantm a diferenade presso entre o condensador (lado de altapresso) e o evaporador (lado de baixapresso) do sistema.

  • O sistema por compresso mecnica de vapor um mtodo eficiente para obterrefrigerao, porm:

    (a) a energia necessria geralmente fornecida por um motor eltrico, queconsome energia nobre e portantorelativamente cara;

  • (b) aumentar a presso do refrigerante custada reduo do volume de vapor requer umaquantidade de trabalho relativamente grande.

    Por isso, existem outras alternativas deobteno de refrigerao.

  • Podese entender a lgica de funcionamento dos principais sistemas derefrigerao atuais estudando o funcionamento de um refrigeradordomstico comum, tambm conhecido como sistema de compressomecnica de vapor. Ele funciona a partir da aplicao dos conceitos decalor e trabalho, utilizandose de um fluido refrigerante. O fluidorefrigerante uma substncia que, circulando dentro de um circuitofechado, capaz de retirar calor de um meio enquanto se vaporiza a baixapresso. Este fluido entra no evaporador a baixa presso, na forma demistura de lquido mais vapor, e retira energia do meio interno refrigerado(energia dos alimentos) enquanto passa para o estado de vapor. O vaporentra no compressor onde comprimido e bombeado, tornandose vaporsuperaquecido e deslocandose para o condensador, que tem a funo deliberar a energia retirada dos alimentos e a resultante do trabalho decompresso para o meio exterior. O fluido, ao liberar energia, passa doestado de vapor superaquecido para lquido (condensao) e finalmenteentra no dispositivo de expanso, onde tem sua presso reduzida, paranovamente ingressar no evaporador e repetirse assim o ciclo.

  • Refrigerao por absoro de vapor

    Em 1810 John Leslie para produzir gelo artificialmenteusou dois vasos: um contendo gua e outro cidosulfrico forte, que foram colocados num recipienteque depois foi evacuado por uma bomba. Com opassar do tempo uma fina camada de gelo formousena superfcie da gua. A gua evaporou pela reduoda presso de vapor sobre ela, que remove entalpia devaporizao do restante que permanece lquido. Atemperatura cai, at que eventualmente a guacongela.

  • Ciclo porAbsorodeAmnia

    O ciclo frigorfico por absoro de amniadifere do ciclo por compresso de vapor namaneira pela qual a compresso efetuada.No ciclo de absoro, o vapor de amnia abaixa presso absorvido pela gua e asoluo lquida bombeada a uma pressosuperior por uma bomba de lquido. A figuraabaixo, mostra um arranjo esquemtico doselementos essenciais deste ciclo.

  • O vapor de amnia a baixa presso, que deixa oevaporador, entra no absorvedor onde absorvido pelasoluo fraca de amnia. Esse processo ocorre a umatemperatura levemente acima daquela do meio e deve sertransferido calor ao meio durante esse processo. A soluoforte de amnia ento bombeada atravs de um trocadorde calor ao gerador (onde so mantidas uma alta presso euma alta temperatura). Sob essas condies, o vapor deamnia se separa da soluo devido a da transferncia decalor da fonte de alta temperatura. O vapor de amnia vaipara o condensador, onde condensado, como no sistemade compresso de vapor, e ento se dirige para a vlvula deexpanso e para o evaporador. A soluo fraca de amniaretorna ao absorvedor atravs do trocador de calor.

  • A caracterstica particular do sistema de absoro consisteem requerer um consumo muito pequeno de trabalhoporque o processo de bombeamento envolve um lquido.Isso resulta do fato de que, para um processo reversvel,em regime permanente e com variaes desprezveis deenergias cinticas e potencial e o volume especfico dolquido (v) muito menor que o volume especfico dovapor. Por outro lado, devese dispor de uma fonte trmicade temperatura relativamente alta (100 a 200 C). Oequipamento envolvido num sistema de absoro umtanto maior que num sistema de compresso de vapor epode ser justificado economicamente apenas nos casosonde disponvel uma fonte trmica adequada e que, deoutro modo, seria desperdiada.

  • Os ciclos de refrigerao por absoro mais comuns utilizam ospares guaamnia (absorvedorrefrigerante) ou brometo de ltio egua (absorvedorrefrigerante). Em termos do ciclo mostrado asoluo de brometo de ltio e gua entra no gerador, sendoaquecida, e liberando vapor de gua. O vapor de gua liberado nogerador segue rumo ao condensador, onde condensado. Aps areduo da presso da gua, esta segue para o evaporador, onde irretirar calor da gua de processo (gua gelada do sistema decondicionamento de ar). O vapor de gua de baixa presso,formado no evaporador, ento absorvido pelo brometo de ltio,contido no absorvedor. No ciclo, o trabalho da bomba para acirculao do fluido muito pequeno, uma vez que a bomba operacom lquido de baixo volume especfico.

  • O maior inconveniente das mquinas de absoro o seu consumode energia, muito mais elevado que o das mquinas de compressode vapor. As mquinas de absoro podem consumir umaquantidade de energia superior a sua produo frigorfica. Por outrolado, estas mquinas tm a vantagem de utilizar a energia trmica(calor) em lugar de energia eltrica que mais cara e mais nobre.

    Elas permitem por esta razo, uma melhor utilizao das instalaesde produo de calor, ociosas. o caso, por exemplo, dasinstalaes de aquecimento, destinadas ao conforto humanodurante o inverno, as quais podem fornecer energia trmica a preoacessvel durante o vero.

    As mquinas de absoro permitem tambm a recuperao docalor perdido no caso de turbinas e, outros tipos de instalaes queutilizam o vapor dgua.

  • Atualmenteeminstalaesimportantes,estsendoutilizadaparaarefrigeraoacombinaodemquinasdecompressomecnica,tipocentrfugas,acionadasporturbinasavapor,commquinasdeabsoroaquecidaspelovaporparcialmenteexpandidonasturbinas,oqueaumentagrandementeorendimentodoconjunto.

    Almdasvantagensapontadas,asinstalaesdeabsorosecaracterizam,pelasuasimplicidade,pornoapresentarempartesinternasmveis(asbombassocolocadasparte),oquelhesgaranteumfuncionamentosilenciosoesemvibrao.

    Elasseadaptambemasvariaesdecarga(atcercade10%dacargamxima),apresentandoumrendimentocrescentecomareduodamesma.

    Suaprincipaldesvantagemoelevadocustoinicial,variandode550a900US$/TR(GPG256,1999)e,conformemencionado,oseubaixoCOP,oqualsegundoWang(2000),variadeacordocomotipodeequipamento.

  • Refrigerao por expanso de ar Quando o ar em alta presso expandidoadiabaticamente, de modo que realizetrabalho sobre um pisto, sua temperatura reduzida em decorrncia da reduo de suaenergia interna. Este princpio, conhecidodesde o sculo 18, foi usado em 1828 porRichard Trevithick para descrever um processode refrigerao.

  • Refrigerao por efeito termeltrico Este mtodo de refrigerao baseado numa descoberta de Peltier

    em 1834: quando uma corrente eltrica percorre um circuitocomposto de dois metais diferente uma das junes resfriada e aoutra aquecida. Com metais puros este efeito comparativamente pequeno e em grande parte encoberto peloaumento de temperatura devido resistncia dos condutores epela conduo de calor entre a juno quente e a fria. Apesar disso,usando bismuto e antimnio, Lenz fabricou uma pequenaquantidade de gelo em 1838.

    Nos metais puros a condutibilidade trmica reduzida estrelacionada com a baixa condutibilidade eltrica, de modo que semetal puro for usado conduo de calor de uma juno para outra pequena, mas a perdas devido resistncia so grandes. Aefetividade depende principalmente da potncia termeltrica, quenos metais puros muito pequena.

  • Nos ltimos anos alguns semicondutores com elevada potnciatermeltrica foram desenvolvidos, tornando possvel a construode pequenos refrigeradores. Os semicondutores podem ser de doistipos: tipon se a corrente conduzida pelos eltrons e tipop seno o . Estes so fabricados pela contaminao da substncia puracom pequenas quantidades de impurezas para fornecer oscondutores de corrente. O semicondutor mais usado atualmentepara fins de refrigerao bismutotelrio (Bi2 Te3).

    Um elemento de refrigerao composto de materiais tipon etipop. Os dois blocos so montados em um circuito usandoelementos de cobre como condutor. Aqui, o prprio cobre notoma parte no processo agindo somente como um condutor. necessria uma fonte de corrente contnua de baixa voltagem. Vistoque cada elemento utiliza somente uma frao de Volt, vrios delesso conectados em srie para formar um mdulo ficando asjunes quentes de um lado e as frias do outro.

  • Em1821,Seebeck observouque,emumcircuitofechadoconstitudopordoismetaisdiferentes,umacorrenteeltricacircula,semprequeasjunessejammantidasatemperaturasdiferentes.

    Em1834,Peltier observouoefeitoinverso.Isto,fazendosecircularumacorrenteeltricanamesmadireodaF.E.M.geradapeloefeitoSeebeck,verificaseoesfriamentodopontodejuno,eviceversa.

    Em1857,WillianTomphson (Lord Kelvin)descobriuqueumcondutorsimples,submetidoaumgradientedetemperaturasofreumaconcentraodeeltronsemumadesuasextremidades,eumacarnciadosmesmosnaoutra.

  • A aplicao da termoeletricidade se restringiu, durante muitotempo, quase que exclusivamente mensurao de temperaturasatravs dos chamados termopares. As primeiras consideraesobjetivas a respeito da aplicao do efeito Peltier refrigeraoforam feitas pelo cientista alemo Alternkirch, que demostrou queo material termoeltrico qualitativamente bom quando apresentaum alto coeficiente Seebeck (ou poder termoeltrico), altacondutividade eltrica e uma baixa condutividade trmica.

    Infelizmente, at 1949, no existiam materiais termoeltricosadequados. A partir de 1949, com o desenvolvimento da tcnicados semicondutores, que apresentam um coeficiente Seebeckbastante superior ao dos metais, que a refrigerao termoeltricatomou um grande impulso, permitindo criar maiores gradientes detemperaturas entre a fonte quente e a fonte fria.

  • O refrigerador termoeltrico utilizase de dois materiaisdiferentes, como os pares termoeltricos convencionais. Hduas junes entre esses dois materiais em um refrigeradortermoeltrico. Uma est localizada no espao refrigerado eoutra no meio ambiente.

    Quando uma diferena de potencial aplicada, atemperatura da juno localizada no espao refrigeradodecresce e a temperatura da outra juno cresce.

    Operando em regime permanente, haver transmisso decalor do espao refrigerado para a juno fria. A outrajuno estar a uma temperatura acima da ambiente ehaver ento a transmisso de calor para o local, conformemostra a figura a seguir.

  • Vantagensexpostaspelosfabricantes: Maisleveecompacto(podesertransportadoparaqualquerlugar);

    Melhorcusto/benefcio; Noutilizagsajudandonapreservaodoambiente; Maissilenciosoenocausavibrao; Modernidade TecnologiaPeltier,umnovosistemaderefrigeraoeletrnica;

    Possibilidadedoprodutoserligadode100a240Voltsepossuirindicadoresluminosos(LEDs)queinformamostatusdefuncionamentodoproduto.

  • Algumas limitaes do sistema Peltier segundo Marcos Ferreira de Souza,especialista de produtos da unidade de negcios Cooling Solutions da Embraco:

    Para comear, um bebedouro com compressor tem consumo de energia eltricamuito menor. Isso significa maior eficincia energtica, resultando em menor gastocom

    a conta de eletricidade e menor impacto ao meio ambiente. O processo de refrigerao do compressor, baseado na compresso de vapor,

    proporciona uma performance superior para essa aplicao, diz Marcos. Issosignifica

    que, com o compressor, o bebedouro deixa a gua mais gelada e a resfria maisrapidamente. Quando o uso e a necessidade de gua gelada so mais intensos,como ocorre em pases mais quentes, o sistema Peltier no d conta de repor logoo que consumido. Condies climticas como as do Brasil so desfavorveis aosbebedouros Eletrnicos. Em pases de clima frio, seu uso at aceitvel, pois noh tanta demanda por gua gelada. Mas aqui, numa escola ou num centrocomercial com bastante movimento, no h como atender ao ritmo de consumo,explica Marcos.

  • A robustez e a resistncia do compressor s oscilaes detenso da rede so outras vantagens que precisam serconsideradas.

    H ainda outro fator favorvel escolha dos compressoresno momento de projetar um novo bebedouro: ainexistncia de componentes como microventilador, fonte,transformador e placa eletrnica, que so parte obrigatriade qualquer sistema base do processo Peltier.

    Nas pesquisas com bebedouros que realizou, Marcosaponta ainda um caso extremo de projeto inadequado como uso de Peltier. Examinei bebedouros em que as pastilhastermoeltricas ficavam dentro do reservatrio de gua,como medida para ganhar espao. H uma possibilidadesria de contaminao da gua que ser bebida, adverte.

  • Refrigeraoporejeodevapor O equipamento usado no sistema de ejeo de vapor o ejetor ou

    termocompressor, inventado por Sir Charles Parsons, usadooriginalmente para bombear ar para fora dos condensadores eminstalaes de potncia de vapor. Seu esquema mostrado naFigura. Vapor em alta presso vindo da caldeira passa por um bocalonde adquire alta velocidade e sua quantidade de movimento induzuma presso baixa no evaporador por aspirao. A baixa pressofacilita a evaporao de gua, que ao mudar de fase resfria a guaque permanece no fundo do evaporador. A mistura de vapor vindodo bocal com o produzido no evaporador tem sua velocidadereduzida no difusor, causando o aumento de presso suficientepara condenslo ao ter calor latente removido pela gua deresfriamento. Parte do vapor condensado vai para a bomba dealimentao da caldeira e o restante segue para repor a gua noevaporador.