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Mecânica e Ondas – Cordas Vibrantes (2º semestre 2011/12) 1 Regras básicas 1) Os alunos devem chegar ao laboratório com cópia impressa do relatório, já tendo lido o guia e o relatório e percebido o objectivo e o conceito da medição. No início da aula terá lugar uma breve demonstração da parte mais prática da experiência (utilização da aparelhagem e do material). 2) Caso seja patente que os alunos não prepararam o trabalho de acordo com os requisitos do item anterior o docente decidirá se os alunos poderão ou não realizar as tarefas. 3) A falta de indicação da unidade de medida numa quantidade física mencionada no relatório será considerada como erro grave na avaliação. 4) O nível de clareza, ordem e síntese na apresentação de resultados, comentários e conclusões será também um critério usado na avaliação. 5) Quando no relatório for pedida a apresentação dum resultado com erro experimental, é importante que o número de algarismos significativos do valor central e do erro sejam consistentes. O erro deve ser indicado com no máximo dois algarismos significativos (obrigatoriamente dois se o primeiro algarismo for 1 e preferencialmente dois se o primeiro algarismo for 2) e o valor central não deve incluir algarismos menos significativos daqueles do erro. Na representação exponencial, erro e valor central devem ter o mesmo factor exponencial. Exemplos: (121.3 3.3)m/s v = ± OK (121 3) m/s v = ± OK 2 (1.21 0.03) 10 m/s v = ± OK (121.3 3) m/s v = ± errado (121.32 3.34)m/s v = ± errado 2 1.21 10 m/s 3 m/s v = ± muito errado 3 121.32 m/s 2248.32 10 m/s v = ± monstruoso

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Regras básicas

1) Os alunos devem chegar ao laboratório com cópia impressa do relatório, já tendo lido o guia e o relatório e percebido o objectivo e o conceito da medição. No início da aula terá lugar uma breve demonstração da parte mais prática da experiência (utilização da aparelhagem e do material).

2) Caso seja patente que os alunos não prepararam o trabalho de acordo

com os requisitos do item anterior o docente decidirá se os alunos poderão ou não realizar as tarefas.

3) A falta de indicação da unidade de medida numa quantidade física mencionada no relatório será considerada como erro grave na avaliação.

4) O nível de clareza, ordem e síntese na apresentação de resultados, comentários e conclusões será também um critério usado na avaliação.

5) Quando no relatório for pedida a apresentação dum resultado com erro experimental, é importante que o número de algarismos significativos do valor central e do erro sejam consistentes. O erro deve ser indicado com no máximo dois algarismos significativos (obrigatoriamente dois se o primeiro algarismo for 1 e preferencialmente dois se o primeiro algarismo for 2) e o valor central não deve incluir algarismos menos significativos daqueles do erro. Na representação exponencial, erro e valor central devem ter o mesmo factor exponencial. Exemplos: (121.3 3.3)m/sv = ± → OK

(121 3)m/sv = ± → OK 2(1.21 0.03) 10 m/sv = ± ⋅ → OK

(121.3 3)m/sv = ± → errado (121.32 3.34)m/sv = ± → errado

21.21 10 m/s 3m/sv = ⋅ ± → muito errado 3121.32m/s 2248.32 10 m/sv −= ± ⋅ → monstruoso

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Mecânica e Ondas

Trabalho de Laboratório

Ondas estacionárias em cordas vibrantes Objectivo Estudo das ondas estacionárias numa corda vibrante. Variação da frequência com a tensão e o comprimento da corda. Determinação da densidade linear da corda.

1. Introdução

Figura 1: Montagem associada ao trabalho de cordas vibrantes

Este trabalho utiliza uma montagem que permite ajustar a tensão e o tipo de excitação a que se sujeitam cordas metálicas do género das utilizadas em guitarras. As cordas são montadas num banco onde a tensão é controlada através do correcto posicionamento de um peso numa das extremidades da corda (na figura 1 pode-se ver esse peso no canto inferior direito). A corda pode ser submetida a vários tipos de força excitadora (ex: toque com um objecto, força magnética). A vibração da corda é detectada com um sensor magnético constituído por uma pequena bobine posicionada noutro ponto do banco da montagem. Como a corda se encontra fixa nas duas extremidades, as ondas que se podem

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observar designam-se por ondas estacionárias e permanecem enquanto durar a força excitadora. A montagem utilizada pode ser esquematizada como na figura 2.

Figura 2: Esquema da montagem de suporte e excitação da corda vibrante.

A vibração que ocorre na corda pode ser esquematizada como na figura 3.

Figura 3: Um dos modos de vibração na corda com as extremidades fixas. No momento

inicial a corda tem o comprimento dado pelo afastamento entre as duas extremidades de suporte.

Para sabermos qual é a função matemática que descreve a vibração temos de elaborar o modelo matemático do sistema. Consideremos o que acontece a um pequeno segmento de uma corda elástica perfeitamente uniforme com uma determinada massa por unidade de comprimento ρ, que não ofereça resistência a movimentos de flexão, submetida a uma tensão T muito superior à força de gravidade.

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Figura 4: Pequeno segmento da corda sujeito a duas tensões. Se as amplitudes de oscilação forem pequenas então, com o auxílio da figura 4, podemos escrever as seguintes equações de equilíbrio:

1 2cos cosT T Tα β= = , (1)

2

2 1 2 1 2sin sin yF F T T F ma xt

∂β α ρ∂

− = − = = = Δ . (2)

Como 2 cosTT

β= e 1 cos

TTα

= então a equação (2) pode escrever-se da forma

2

2

sin sincos cos

yT T xt

β α ∂ρβ α ∂

− = Δ . (3)

Atendendo a que a tangente de α se pode obter do declive do segmento da corda no ponto

x, tanα =∂y∂x x

, e que a tangente de β se pode obter do declive do segmento da corda no

ponto x+Δx, tanβ =∂y∂x x +Δx

, a expressão (3) toma a forma

2

2

1

x x x

y y yx x x T t

∂ ∂ ρ ∂∂ ∂ ∂+Δ

⎡ ⎤− =⎢ ⎥Δ ⎣ ⎦

. (4)

No limite 0xΔ → , i.e. quando o segmento for infinitesimal, temos que o lado esquerdo da equação (4) é a 2ª derivada de y em ordem a x, e portanto

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2 2

2 2

y yx T t

∂ ρ ∂∂ ∂

= . (5)

Facilmente se verifica que Tρ tem dimensões do inverso do quadrado de uma velocidade

v. A equação (5) tem então a forma final

∂ 2y∂x 2 =

1v 2

∂ 2y∂t 2 , (5a)

com Tvρ

= . (5b)

A equação 5a tem a designação de equação de onda plana uma vez que as suas soluções são funções de onda do tipo

( )2 2( , ) sin sinM Mt xy x t y y t kxπ π ω

τ λ⎛ ⎞= − = −⎜ ⎟⎝ ⎠

, (6)

onde k é o número de onda, ω é a velocidade angular, λ é o comprimento de onda, τ o período e yM a amplitude da oscilação. Se utilizar a identidade (6) na equação (5) verificamos que

.vk

λ ωτ

= = (7)

A equação (5) diz-nos que a perturbação que se observa na corda propaga-se ao longo da corda com a velocidade v.

Na situação em que a corda está fixa nas duas extremidades, a perturbação é reflectida nas duas extremidades. Num determinado ponto da corda, num determinado instante, teremos que somar as duas perturbações que aí se encontram vindas de sentidos opostos. Se considerarmos que não houve atenuação da amplitude da perturbação, temos

y(x,t) = y1 + y2 = yM sin ωt − kx( )+ yM sin ωt + kx( ) . (8)

Como sin A + sinB = 2sin A + B2

⎛ ⎝ ⎜

⎞ ⎠ ⎟ cos B − A

2⎛ ⎝ ⎜

⎞ ⎠ ⎟ então a equação (8) pode escrever-se da

forma ( ) ( )( , ) 2 sin cosMy x t y kx tω= . (9)

A equação (9) designa-se por onda estacionária e tem duas características interessantes:

1. Num determinado instante de tempo t0 (imagine-se uma fotografia instantânea da corda) a corda apresenta a forma de uma sinusóide descrita por

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yt0

(x) = 2yM cos ωt0( )constante

sin kx( ) . (10)

2. Se observarmos uma determinada posição da corda x0, verificamos que a posição

vertical da corda nessa posição varia ao longo do tempo de acordo com a equação

yx0

(t) = 2yM sin kx0( )constante

cos ωt( ) . (11)

Se fizermos um filme das oscilações da corda e sobrepusermos todas as imagens obtemos uma figura com o aspecto, por exemplo, da figura 3. A equação (10) diz-nos que nas posições que verificam a expressão

, 0,1, 2, 3,...nkx n nπ= = temos amplitudes de oscilação nulas, ou seja xn =λn2

. Se a

distância entre os dois pontos de fixação da corda for L então temos que λ tem de verificar a equação

L =λn2

. (12)

A equação (12) indica-nos que existem n modos de oscilação da corda compatíveis com a distância L entre os pontos de fixação das extremidades da corda. A partir das equações (7) e (12) verificamos que

22 2 2

nn n

n v vn vL f nL L

ωπ πωω π

⎡ ⎤= ⇒ = ⇒ = =⎢ ⎥⎣ ⎦ (13)

e se atendermos à (5a) obtemos que as possíveis frequências de oscilação são

2nn TfL ρ

= . (14)

Verifica-se assim que dependendo da tensão T aplicada à corda, da sua massa por unidade de comprimento ρ, do seu comprimentos em repouso L, poderão ser observados modos de vibração de acordo com a expressão (14) para valores de n = 1, 2, 3, 4… Estes modos de vibração podem ser excitados externamente e correspondem a situações em que a amplitude de oscilação é máxima. As frequências fn designam-se por frequências de ressonância. O modo de frequência mais baixo designa-se por modo fundamental de ressonância.

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2. Trabalho experimental Equipamento 1 base: inclui uma escala graduada, um aparelho de força constituído por um braço e um parafuso de ajuste da tensão na corda 2 suportes 1 corda de guitarra 2 bobinas:

- “DRIVER”, que permite induzir oscilações na corda e excitar os seus modos de vibração

- “DETECTOR”, que permite analisar a amplitude dos modos de vibração 1 massa de valor conhecido 1 gerador de sinais 1 osciloscópio

Figura 5: Montagem experimental

2.1 Estudo da variação da frequência de ressonância fundamental com a tensão da

corda e determinação da sua densidade linear

1) Efectue o esquema de ligações e monte a experiência como indicado na figura 5. 2) Coloque os 2 suportes sobre a base, espaçados de 60 cm 3) Instale a corda sobre a base da experiencia, e prenda-a de um dos lados ao cilindro

cuja posição é controlada pelo parafuso e do outro ao braço onde suspenderá a massa. A corda fica apoiada em dois suportes sobre a escala graduada.

4) Tome nota do valor do comprimento da corda. 5) Coloque as 2 bobinas sobre o suporte. Posicione a bobine “DRIVER” a 5 cm de

um dos suportes e a bobine “DETECTOR” no ponto médio da corda entre os apoios. Ligue o “DRIVER” e o “DETECTOR” respectivamente aos canais 1 e 2 do osciloscópio.

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Figura 6: Tensão na corda em função da posição da massa. g é a constante de

aceleração gravítica (ver Apêndice).

Figura 7: Imagens do gerador e do osciloscópio utilizados no trabalho. O osciloscópio mostra uma figura de Lissajou em que os dois sinais eléctricos têm a mesma frequência.

6) Ligue o gerador de sinais e o osciloscópio. Seleccione o gerador de sinais para ondas sinusoidais com uma frequência próxima 150 Hz (amplitude ~10Vp-p) e ajuste a escala do osciloscópio para aproximadamente 0.2V/divisão (canal 1) e 5 mV/divisão (canal 2) (valores indicativos). Coloque o osciloscópio em modo X-Y (consulte a breve nota introdutória ao funcionamento do osciloscópio)

7) Coloque a massa de maior valor na posição 5 onde efectua a maior tensão sobre a corda

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8) Ajuste o parafuso de forma a que o braço da base onde suspendeu a massa esteja horizontal. Repita este procedimento cada vez que mudar a posição da massa.

9) Tome nota da tensão da corda. 10) Coloque a corda em vibração dedilhando-a muito suavemente no ponto médio,

junto ao detector. 11) Ajuste a frequência do gerador, aumentando-a ou diminuindo-a, até observar uma

elipse no osciloscópio. Confirme que para frequências menores não encontra esta situação (ou seja, que a frequência encontrada é a frequência de ressonância no modo fundamental).

12) Registe a frequência de ressonância f1 (modo fundamental) que obteve. 13) Repita os pontos 8-12 mais vezes também mudando a posição de apoio da massa

no aparelho de tensão, para um total de pelo menos 10 medições de frequências de ressonância.

14) Por cada ponto experimental calcule um valor da densidade linear ρ da corda, usando a equação (14) com n = 1 (frequência fundamental): ρ = 2 2

1/ (4 )T f L . O

valor central da medição final de ρ será a média dos valores obtidos. Da distribuição destes valores obtenha uma estima aproximada do erro da medição:

ρ ρ ρΔ = −max min

( ) / 2 . 2.2 Estudo da variação da frequência de ressonância fundamental com o

comprimento da corda e segunda determinação da densidade linear O procedimento para esta parte do trabalho é idêntico ao anterior excepto que agora mantém-se uma corda com a tenção constante (a massa na mesma posição) e variamos a posição dos suportes da corda, ou seja, o comprimento L da corda. Utilize a mesma massa que utilizou na experiência anterior, na posição p = 1. Varie as posições dos suportes da corda para obter comprimentos da corda vibrante entre 40 e 60 cm, andando de 2 em 2 cm (10 medições). Por cada ponto experimental calcule um valor da densidade linear ρ da corda. Também para esta segunda medição de ρ calcule valor central e erro experimental como média e metade da dispersão dos valores obtidos. Compare com o resultado obtido anteriormente e com os resultados dos outros grupos. 2.3 Visualização das harmónicas de vibração de ordem superior

a) Após ter obtido a frequência de vibração fundamental da corda nas condições dos pontos anteriores, comece por deslocar o DETECTOR até uma posição a ¾ da distância L = 60 cm entre os apoios e coloque o DRIVER a ¼ da mesma distância. Verifique que obtém em modo X-Y dos osciloscópio a uma curva próxima da figura 8, o que significa que a corda está a oscilar com frequência dobra da frequência do gerador. De facto, embora esteja a excitar na corda oscilações com a frequência fundamental, também ocorrem oscilações da corda com frequências

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múltiplas dessa e, vista a posição em que se encontram agora driver e detector, a segunda harmónica é favorecida.

Figura 8: A figura de Lissajou visível no osciloscópio quando os dois sinais eléctricos têm frequências na proporção 1:2.

b) Aumente a frequência do gerador para o dobro e verifique que recupera a figura

de Lissajou correspondente a sinais de igual frequência (elipse). c) Aumente novamente a frequência do gerador até o triplo da frequência

fundamental e desloque o DETECTOR até a 5/6 da distância L e coloque o DRIVER a 1/6 da mesma distância. Verifique que obtém mais uma vez a figura de Lissajou correspondente a sinais de igual frequência.

d) Observando o modo de vibração da corda para as situações a) fundamental, b) 2ª harmónica e c) 3ª harmónica esboce a forma da corda a vibrar (nodos e ventres) correspondentes a essas oscilações e a correspondente forma da figura de Lissajou visível no osciloscópio.

Bibliografia

• An introduction to error analysis: the study of uncertainties in physical measurements, J. R. Taylor, Second Edition, University Science Books, 1997.

• Contribuição para o Desenvolvimento do Ensino da Física Experimental no IST, A. Ribeiro, P. Sebastião, F. Tomé, Departamento de Física do IST (1996).

• Tratamento e Apresentação de Dados Experimentais, M. R. da Silva, DF, IST, 2003 • Introdução à Física, J. Dias de Deus, M. Pimenta, A. Noronha, T. Peña, P. Brogueira,

McGraw-Hill (1992). • Physics, For Scientists and Engenieers with Modern Physics, 5 ed. Raymond A. Serway,

Robert J. Beichner, Saunders College Publishing, 2000, ISBN: 0-03-022657-0 • University Physics, H. Young, R. Freedman, 9th ed., Addison-Wesley, New York, 1996. • The Art of Experimental Physics, D. Preston, E. Dietz, Jhon Wiley, New York, 1991.

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Apêndice

Figura 1: Aparelho de força para o ajuste da tensão da corda.

O aparelho de força que permite ajustar a tensão do fio da figura 1 em equilíbrio estático verifica a seguinte equação de equilíbrio dos momentos das forças aplicadas:

τ i

i∑ = 0 ⇒

τ 1 = −

τ 2 =

r 1 × Te = −

r 2 × Mgˆ e z (1)

em que Te é a tensão da corda, M é a massa e g a aceleração da gravidade.

r 1 e

r 2

encontram-se indicados na figura 2 numa situação geral em que o eixo dos x, paralelo ao braço do aparelho de força da montagem, não se encontra paralelo ao banco da montagem (horizonal).

Figura 2: Esquema da montagem com diagrama de forças aplicadas.

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Em módulo podemos verificar que (1) se pode escrever da forma

r1Te sin(90 − ε1) = Mgr2 sin(90 − ε2) ⇒ r1Te cos(ε1) = Mgr2 cos(ε2), (2)

donde

2 2

1 1

cos( ) 'cos( )e

rT M g pM gr

εε

⎛ ⎞⎛ ⎞= =⎜ ⎟⎜ ⎟

⎝ ⎠⎝ ⎠, (3)

em que se assume r2 = pr1 , sendo p = 1, 2, 3, 4, 5 um factor multiplicativo correspondente à posição em que se coloca a massa no aparelho de força. Facilmente se verifica que se ε1,ε2 ≈ 0 a tensão da corda é pMg. Em geral considerar que eT pMg= é uma aproximação razoável. Por exemplo, se ε2 ≈ 0 e ε1 ≈ 10º , a aproximação eT pMg= tem um erro sistemático de cerca 1.5%, o que, para uma massa real de cerca de M = 1kg, corresponde a uma massa efectiva M’ menor de cerca 15g.

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Mecânica e Ondas

Relatório (destaque para entregar no fim da aula ao docente)

Cordas Vibrantes

Nº Nome Curso

Data Turno (dia/hora) Grupo

1. Objectivo deste trabalho:

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2. Estudo da variação da frequência de ressonância fundamental com a tensão da corda e determinação da sua densidade linear

Massa suspensa M = ___________ Comprimento corda L = ___________

Medição nº Posição p Tensão T [ ]

Frequência f1 [ ]

Densidade ρ [ ]

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

Descrição/notas: Média: ρ = ( __________ ± _________ ) ________

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3. Estudo da variação da frequência de ressonância fundamental com o comprimento da corda e segunda determinação da sua densidade linear

Massa suspensa M = ___________ Posição massa p = ___________ Tensão T = ___________

Medição nº Comprimento L da corda

Frequência f1 [ ]

Densidade ρ [ ]

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 Descrição/notas: Média: ρ = ( __________ ± _________ ) ________

Observações:

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4. Comparar os resultados obtidos usando os dois métodos com os que foram obtidos pelos outros grupos

Grupo (nome arbitrário)

1º método ρ [ ]

2º método ρ [ ]

1) ± ± 2) ± ± 3) ± ± 4) ± ± 5) ± ± 6) ± ±

5. Conclusões

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6. Exercício: visualização das harmónicas de vibração de ordem superior Para os três casos seguintes esboce no espaço livre da página: 1) a forma de onda correspondente à oscilação da corda entre os pontos de apoio; 2) a forma da figura de Lissajou visível no osciloscópio. A) Harmónica fundamental Posição do DETECTOR: ______________ Posição do DRIVER: ______________ Frequência do gerador: _______________ Frequência do detector: _______________ B) Segunda harmónica Posição do DETECTOR: ______________ Posição do DRIVER: ______________ Frequência do gerador: _______________ Frequência do detector: _______________ C) Terceira harmónica Posição do DETECTOR: ______________ Posição do DRIVER: ______________ Frequência do gerador: _______________ Frequência do detector: _______________