Regulação Pos traducionais

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Departamento de Ciências e Tecnologia Curso: Ciências Biológicas 2º Ano Disciplina: Biologia Molecular Ano Lectivo: 2009/2010 Docente: Marilena Cabral Data: 2 de Julho de 2010 Osvaldo G. M. G. de Carvalho Cidade da Praia, Julho de 2010

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Departamento deCiências e Tecnologia

Curso: Ciências Biológicas 2º AnoDisciplina: Biologia Molecular Ano Lectivo: 2009/2010Docente: Marilena Cabral Data: 2 de Julho de 2010

Osvaldo G. M. G. de CarvalhoCidade da Praia, Julho de 2010

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INTRODUÇÃO

Sendo eventos de processamento covalente que mudam as propriedades das proteínas por clivagem proteolítica ou por adição de um grupo químico a um ou mais aminoácidos, as Modificações pós-traducionais (MPTs), podem determinar a actividade, a localização e interacções com outras proteínas, como por exemplo na sinalização, cascatas de quinasses são activadas e/ou desactivadas pela adição e/ou remoção reversíveis de grupos fosfatos, como também a ubiquitinação de ciclinas, ciclo celular correspondente à marcação de proteínas para destruição em tempos definidos. A ausência de métodos apropriados dificultou seu estudo, sendo que muitas modificações foram descobertas durante estudos de proteínas individuais com a ajuda de técnicas moleculares, como dilecções de aminoácidos modificados. Sua análise directa requer o isolamento da proteína processada em quantidades suficientes para estudos bioquímicos, propriedades estruturais e funcionais (proteômica), baseando na análise de proteínas através da espectrometria de massas. Assim, a identificação de certas modificações pós-traducionais em proteínas de interesse tornou-se rotina devido ao reduzido tempo e esforço requerido e é aplicável somente a proteínas que podem ser purificadas em quantidades suficientes. O método ideal para a detecção e identificação de MPTs é a espectrometria de massa, com seu uso é possível mapear as modificações pós-traducionais, ou seja, identificar em qual resíduo encontra-se a alteração.É necessária utilização de técnicas (como purificação de proteínas empregando-se anticorpos e cromatrografia de afinidade) que enriqueçam a amostra com estas modificações para que seja possível a sua identificação, estas encontram-se sob baixa estequiometria nas proteínas, tornando difícil a análise. Outras estratégias como géis bidimensionais, colorações gel-específicas para determinadas modificações também podem auxiliar no estudo.

Essas modificações são essenciais para o funcionamento correto da proteína... sem elas a proteína seria somente uma molécula sem função...

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REGULAÇÃO PÓS-TRADUCIONAIS

Durante e depois da sua sínteses, as proteínas sofrem uma serie de modificações químicas que constituem o processo de maturação onde cada uma tem lugar em alguns dos distintos, compartimentos que as proteínas vão atravessando durante seu caminho até a membrana ao até o exterior da célula. Estas trocas fazem com que estas proteína adopta sua forma funcional antes de legar ao seu ponto de destino. As modificações pós-traducionais (MPT) das proteínas são essenciais á suas funções, afectam as suas propriedades físico-químicas, incluindo pregado, confirmação, estabilidade, actividade e funções. Certas modificações produzem propriedades nas proteínas que foi utilizado com êxitos em campos como a biotecnologia e farmacologia para estudar processos celulares complexos.

As MPT mas comuns são a fosforilação, oxidação, amidação, glicosilação e alquilação, ou 1º formação da estrutura terciária correcta, 2º formação de pontes dissulfeto e 3º adição e/ao modificação de hidratos de carbono, ou ainda pode ser, Formação de pontes dissulfeto, glicosilação, Metilação, Zimogênios, acetilação, sulfatação, isoprenilação e ubiquitinação.

A FOSFORILAÇÃO é um dos mais importantes e maior estudado, ela afecta os resíduos de serina, treonina, tirosina, ácido aspártico e liosina em uma proteína e regula muitos aspectos da vida celular. Joga um importante papel na regulação de muitos processos celulares como o ciclo celular, crescimento, apoptoses e diferenciação. a identificação e caracterização dos centros de fosforilação é crucial para o entendimento de varias enfermidades importantes (estudo de câncer, SIDA, etc.). As fosfatases são as enzimas responsáveis pela desfoforilação e as quinases as reponsáveis pela fosforilação.

GLICOSILAÇÃO: adição de sacarídeos a cadeias proteicas, processo primordial para formação das proteínas de membrana e secretórias. Basicamente são dois tipos de glicosilação: a nitrogênio-glicosilação, que ocorre no nitrogênio da amida de cadeias laterais de asparagina e a oxigênio-glicosilação, que ocorre no hidróxi oxigênio de serina e treonina. As cadeias de polisacarídeas adicionadas as proteínas tem diversas funções: experimentos mostraram que sem elas, algumas proteínas não se enovelam correctamente e outras têm sua vida média muito diminuída. A glicosilação também desempenha um papel central na adesão célula-célula.

SULFATAÇÃOO grupo sulfato uma vez adicionado não será mais removido, sendo assim, ele é não usado para a regulação proteica como a fosforilação, só é adicionado quando necessário para a função biológica daquela proteína. Ocorre em resíduos de tirosina de proteínas como o fibrinogênio e proteínas que serão secretadas (por ex a gastrina).

FORMAÇÃO DE PONTES DISSULFETOTambém á formação de pontes dissulfeto, nas MPTs, o que altera drasticamente a estrutura tridimensional da proteína em questão, estas são ligações fortes covalentes entre dois grupos sulfidril ( -SH ), quase sempre da cadeia lateral de cisteína e muito

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importante para a formação da estrutura terciária de proteínas e consequentemente para suas função. As pontes dissulfeto são formadas no lúmen, em células eucarióticas, porque esse ambiente, ao contrário do citosol (onde são desfeitas pontes dissulfeto, apenas proteínas lisossomais, secretórias e do glicocálice as possuem) é um meio oxidativo.

METILAÇÃOSubstituição de um hidrogênio (H) por um grupo metil (CH3). Nas sistemas biológicos essa reacção é catalisada por enzimas e envolve na modificação de metais pesados, na regulação da expressão gênica e no metabolismo de RNA. A metilação ocorre em resíduos de arginina ou lisina nas proteínas e esta é hoje mais bem conhecida em histonas, proteínas responsáveis pelo enovelamento das fitas de DNA.

ZIMOGÊNIOSPró-enzimas são precursores inactivos de proteínas que precisam ser clivados em um ponto específico para dar origem a proteínas funcionais. A síntese de proteínas em forma de zimogênios é uma estratégia utilizada pela célula para evitar que uma proteína exerça uma actividade perigosa em hora e local errado. Por exemplo, as proteínas com função digestiva não podem se tornar activas no citosol porque começariam a degradar deliberadamente outras proteínas, então a célula sintetiza essas proteínas numa forma inactiva (os zimogênios). Exemplos conhecidos são a tripsina e a quimiotripsina.

CONCLUSÃO

Além das modificações durante a transcrição, ocorrem modificações nas proteínas após a tradução, onde muitas proteínas após serem sintetizadas, permanecem na célula em uma forma inativa. Para serem ativadas precisam sofrer modificações, tais como, fosforilação, metilação e glicosilação, além disso, algumas proteínas só são ativas na forma de “multímeros” – homodímeros ou heretodímeros.Um outro fenômeno que influencia a expressão gênica é a degradação das proteínas, esta que ocorre nos proteossomos (degradam proteínas ubiquitinizadas), a degração das proteínas é considerada o último passo no processo de regulação gênica. Foram estas basicamentes os pecessos que descrevem as regulações pos-traducionais.

BIBLIOGRÁFICA

Modificações pós-traducionais - Departamento de Genética - Piracicaba - SPhttp://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php

Fundamentos de Biologia Molecular, TraduçãoMarcelo Alves Ferreira ([email protected])