RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: UMA QUESTÃO DE PRODUTIVIDADE

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: UMA QUESTÃO DE PRODUTIVIDADE ELSON TEIXEIRA ESCRITOR E CONSULTOR EMPRESARIAL No relacionamento interpessoal, o prazer é fator decisivo. Há pessoas que não conseguem gerar prazer no ambiente social e, em alguns casos, pior do que isso, geram desprazer. Eis alguns desses tipos: chato-de-galocha cuja presença, por si só, chega causar arrepios; • pretensioso (o "bonzão-das-paradas"); • "papai-sabe-tudo"; • pessimista extremado; • mentiroso; • fofoqueiro; • agressivo. Pessoas com esses traços de personalidade não geram prazer, muito pelo contrário, estimulam atitudes defensivas nos demais. E toda atitude defensiva é cerceadora da criatividade. Muitas vezes somos obrigados a conviver com gente desse tipo pelas mais diversas razões. Às vezes, o sujeito é chato mas é altamente competente no que faz; outras vezes é agressivo, rabugento, mas corretíssimo no trato da coisa comum. São importantes pelo que produzem embora de convivência desprazerosa. A atitude mais correta na administração de situações desse tipo é bloquear fisicamente esses indivíduos, limitando ao máximo a sua relação com os demais. Assim, nada melhor do "fechar" o rabugento num recinto individual e deixá-lo ali para que trabalhe em paz (e os outros também). Isolado, ele só conseguirá produzir desprazer para si próprio... Há, no entanto, outras pessoas que são altamente positivas para o ambiente social. Em geral, possuem uma ou mais das

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: UMA QUESTÃO DE PRODUTIVIDADE

ELSON TEIXEIRAESCRITOR E CONSULTOR EMPRESARIAL

No relacionamento interpessoal, o prazer é fator decisivo. Há pessoas que não conseguem gerar prazer no ambiente social e, em alguns casos, pior do que isso, geram desprazer. Eis alguns desses tipos:

• chato-de-galocha cuja presença, por si só, chega causar arrepios;• pretensioso (o "bonzão-das-paradas");• "papai-sabe-tudo";• pessimista extremado;• mentiroso;• fofoqueiro;• agressivo.

Pessoas com esses traços de personalidade não geram prazer, muito pelo contrário, estimulam atitudes defensivas nos demais. E toda atitude defensiva é cerceadora da criatividade.

Muitas vezes somos obrigados a conviver com gente desse tipo pelas mais diversas razões. Às vezes, o sujeito é chato mas é altamente competente no que faz; outras vezes é agressivo, rabugento, mas corretíssimo no trato da coisa comum. São importantes pelo que produzem embora de convivência desprazerosa.

A atitude mais correta na administração de situações desse tipo é bloquear fisicamente esses indivíduos, limitando ao máximo a sua relação com os demais. Assim, nada melhor do "fechar" o rabugento num recinto individual e deixá-lo ali para que trabalhe em paz (e os outros também). Isolado, ele só conseguirá produzir desprazer para si próprio...Há, no entanto, outras pessoas que são altamente positivas para o ambiente social. Em geral, possuem uma ou mais das seguintes características:

• bom humor;• discrição;• otimismo;• espírito participativo;• empatia.

ACEITAÇÃO. As pessoas "positivas", ao invés de despertarem "estado de defesa" nos demais, facilitam o relaxamento, e esse relaxamento é condição necessária para que a mente pense criativamente.

Um exercício bastante simples para avaliar o feedback da sua aceitação no grupo

é o seguinte:

1. As pessoas costumam responder a sua saudação de "bom dia!" com entusiasmo ou com frieza, por pura formalidade?

2. Você é chamado sempre a opinar sobre assuntos que não sejam estritamente profissionais?

3. As pessoas, de um modo geral, contam segredos a você?

4. Você é sempre um dos primeiros convidados para atividades extra profissionais (chopinho, passeios, etc.)?

5. As pessoas costumam lembrar da data do seu aniversário e fazem questão de parabenizá-lo com entusiasmo?

6. As pessoas costumam opinar espontaneamente sobre a sua aparência, sobre sua forma de se vestir, etc?

7. As pessoas se acercam mais de você do que você delas?

Se você deu, pelo menos, três respostas não, verifique como anda a qualidade sua comunicação interpessoal respondendo às mesmas perguntas, porém, sob outra ótica:

1. As suas saudações de "bom dia!" são carregadas de entusiasmo ou frias, como mera formalidade?

2. Você costuma manifestar interesse sobre assuntos que não sejam estritamente profissionais?

3. Você sabe guardar segredos?

4. Você costuma manifestar interesse em participar de atividades extra profissionais?

5. Você costuma lembrar da data dos aniversários dos colegas e faz questão de cumprimentá-los pelo evento?

6. Você costuma se manifestar elogiosamente a respeito da aparência e do modo de se vestir dos colegas?

7. Você acha que as pessoas do seu grupo são tão ou até mais importantes que você na âmbito profissional?

QUALIDADE. Se, novamente, conseguiu responder não três vezes ou mais, é porque sua comunicação interpessoal está devendo muito em termos de qualidade. A resposta alheia sempre depende da nossa transmissão. Se não transmitimos uma imagem positiva não teremos respostas positivas. As pessoas não interpretam o que temos no coração, porém os atos do coração. Ter bons

sentimentos não quer dizer nada quando não manifestamos esses sentimentos. É preciso interagir, trocar figurinhas.

Agora imaginem a situação de um dirigente, gerente ou chefe de departamento que tem sua imagem deteriorada por falhas desse tipo. A ascendência que exercerá sobre os demais será exclusivamente por razões organográficas; jamais estabelecerá vínculos de afetividade que permitam o crescimento do grupo como um todo.

Todo crescimento é motivado. Mesmo que a motivação seja negativa, como é o caso daquelas pessoas que procuram superar-se por instinto de vingança. Só que esse tipo de motivação (ou de automotivação) é tão prejudicial ao indivíduo quanto a falta de motivação que limita suas potencialidades.

A motivação saudável está sempre ligada ao prazer e este prazer tanto pode estar relacionado ao agente que desperta tais estímulos quanto pela coisa em si. O certo é que, de uma forma ou de outra, o estado mental de uma pessoa que sente prazer é que vai determinar a eficácia ou não da nossa proposta.

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