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    CURSO DE PS-GRADUAO LATO SENSUINSTITUTO EDUCACIONAL ALFA

    APOSTILARELAES INTERPESSOAIS E

    TICA PROFISSIONAL

    MINAS GERAIS

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    DESCREVENDO SOBRE A TICA

    Conhecer os princpios bsicos que norteiam estes tempos de globalizao e

    Reestruturao competitiva de grande valia para o desenvolvimento das empresas

    que se preocupam com a tica e, que conseguem transformar sua preocupao em

    prticas efetivas, mostrando-se mais capazes de competir. Sabe-se que o exerccio

    de qualquer profisso submetido a normas ticas e estas, so responsveis pela

    incluso ou excluso do indivduo na sociedade.

    Segundo Moreira (2002), tica, enquanto filosofia o estudo da conduta

    humana, essencial vida em todos os aspectos, seja no pessoal, familiar, social ou

    profissional. Ela envolve os estudos de aprovao e desaprovao da ao dos

    homens, levando em considerao o valor do que poderia ser real nas aes

    honestas.

    Desta forma, numa definio geral, tica se refere teoria ou aos estudos

    sobre a pratica moral, analisando e criticando fundamentos e princpios que orientam

    ou justificam determinados conjuntos de valores morais. Enfatiza a virtude como

    prtica do bem, como promotora da felicidade, seja individual ou coletiva, avaliando

    o desempenho humano sempre em relao s normas comportamentais.

    Ento, ainda segundo o autor acima citado, a tica a educao de nosso

    carter, temperamento ou vontade pela razo, em busca de uma vida justa, bela e

    feliz, que estamos destinados por natureza, ou seja, tica o processo consciente

    que nos ajuda a escolher entre vcios e virtudes, entre o bem e o mal. a

    predisposio habitual, motivada pela vontade de fazer o bem.

    Segundo os autores Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), os conceitosticos so extrados da experincia e do conhecimento da humanidade, sendo que

    http://www.google.com.br/imgres?q=etica+profissional+do+professor&hl=pt-BR&sa=X&biw=1366&bih=673&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=KKc7SJP_tdY0xM:&imgrefurl=http://nicepinheiro.blogspot.com/2010/05/etica-para-ouvir-e-refletir.html&docid=18UNWNN2StJCOM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/_zHlE5_yUtqY/S-_6seOcspI/AAAAAAAAGPw/8UQciAc9jrc/s1600/etica-e-moral.jpg&w=450&h=360&ei=Tct8T6SgOOPr0gHlioWPDA&zoom=1&iact=hc&vpx=379&vpy=147&dur=5981&hovh=201&hovw=251&tx=128&ty=74&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=140&tbnw=175&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:1,s:0,i:68
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    existem cinco teorias a respeito da formao dos conceitos ticos: a teoria do

    fundamentalismo, a teoria do tilitarismo, a teoria Kantiana, a teoria contratualista e a

    do relativismo, as quais sero descritas a seguir.

    A Teoria do Fundamentalismo se baseia no preceito de que a tica seja

    obtida de fontes externas ao ser humano, podendo ser um livro, uma bblia, ou outro

    ser, permitindo, que o ser humano encontre o certo e o errado por si mesmo.

    A Teoria do Utilitarismo prope que o conceito tico deve ser elaborado diante

    de cada fato e o ser humano para escolher o que ser mais tico, dever analisar o

    que trar maior bem para a sociedade, levando em conta o tamanho do bem, e no

    o nmero de pessoas beneficiadas.

    A Teoria Kantiana sugere que o conceito tico seja extrado do fato de quecada um deve se comportar de acordo com princpios universais, todavia, sua crtica

    a de que existe uma grande dificuldade para entrar em um consenso sobre quais

    seriam os princpios universais.

    A Teoria Contratualista parte do pressuposto de que o ser humano assumiu

    com seus semelhantes obrigao de se comportar de acordo com as regras

    morais, para poder conviver em sociedade. Sendo assim, os conceitos ticos seriam

    extrados das regras morais queconduzissem a concretizao da

    harmonia no grupo social.

    A Teoria do Relativismo

    aquela que informa os princpios

    ticos, posto que segundo ela cada

    pessoa devesse decidir sobre o que

    ou no tico, com base nas suas prprias convices, na sua prpria conceposobre o bem e o mal, mostrando assim, que o que tico para um pode no ser

    para outro.

    Segundo S (2000), aps observamos as teorias que permeiam os princpios

    ticos, significante fazer uma reflexo acerca de conduta tica, posto que se refere

    a uma resposta que ocorre a partir de um determinado acontecimento, podendo

    variar conforme as circunstncias e as condies vivenciadas.

    Vale ressaltar, que o conceito de conduta se diferencia do comportamento em

    virtude do ltimo ocorrer sempre da mesma forma tratando-se de uma constante, e a

    conduta alterasse de acordo com a variedade de efeitos.

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=QOlPNNcv8PApAM:&imgrefurl=http://eticaeliderancacrista.blogspot.com/&docid=ySTV6qhfq2ce9M&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-UUUF-UESbM8/TrB0huudJhI/AAAAAAAAJnY/Ay81OyfxEbU/s640/etica-word.jpg&w=490&h=270&ei=gct8T5qfFcje0QH2n8mPDA&zoom=1&iact=hc&vpx=448&vpy=346&dur=123&hovh=167&hovw=303&tx=157&ty=91&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=95&tbnw=173&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:8,s:0,i:149
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    Desta forma, atravs do motivo de tal conduta dar-se-, a busca pelo

    conhecimento do que promove a satisfao, o prazer, a felicidade, o bem-estar,

    procurando ideais imaginados para o bem. O importante a prtica que o indivduo

    utiliza para executar suas atividades profissionais de forma tica.

    Para que esta prtica possa ocorrer relevante que o indivduo tenha clareza

    de sua conscincia tica, e esta resulta da relao ntima do homem consigo

    mesmo. Para S (2000, p.58), como uma das partes da psique, ela [conscincia

    tica] representa para os cientistas da mente, nosso mais direto contato com o

    mundo exterior, sendo uma relao entre a reflexo prpria e a realidade (...).

    Pode-se dizer que a conscincia construda a partir das influncias

    ambientais, dos ensinamentos e das informaes que adquirimos, estandodisponvel na prtica de nossas condutas no dia-a-dia. Para S (2000, p.58), s

    podemos pagar se possuirmos um fundo em dinheiro; s podemos agir eticamente

    se tivermos uma conscincia tica formada e em atividade plena.

    Assim, a formao tica precisa de um ambiente sadio, com condutas

    espelhada em prticas do bem. Todavia, esta condio nem sempre ocorre, em

    virtude do desleixo dos poderes com m qualidade de idias, tendo, o indivduo que

    deseja conservar seus valores e suasorigens ticas que proteger-se contra

    situaes de prenncio.

    Sendo assim vale ressaltar, que

    para a conduta ser considerada do bem,

    necessrio o indivduo ter a qualidade de

    viver a vida de acordo com sua prpria

    essncia, sem produzir malefcios a sinem a seus semelhantes, tendo uma tica

    fundamentada no respeito. Para Teixeira (1998, p.91), O homem vive em sociedade

    significa que o homem est unido a outros homens e o ato dessa ligao implica em

    que ele tem de estabelecer regras de convivncia, regras de conduta.

    Segundo S (2000), cada um possui sua prpria identidade, muito embora

    exista semelhana entre as pessoas, nunca poderemos ser idnticos, caracterizando

    assim, o que pode ser chamado de carter.

    Segundo Teixeira (1998), na empresa ou na escola, a diversidade de carter

    dificulta a relao interpessoal, sendo necessrio que a cultura da empresa

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=9qgQ4iXLgq1ALM:&imgrefurl=http://setrab.com.br/2011/04/a-etica-profissional-e-o-tecnico-em-seguranca-do-trabalho/&docid=Pu9rKqA6eQyN8M&imgurl=http://setrab.com.br/wp-content/uploads/2011/04/%C3%A9tica.jpg&w=470&h=351&ei=gct8T5qfFcje0QH2n8mPDA&zoom=1&iact=hc&vpx=178&vpy=364&dur=1344&hovh=194&hovw=260&tx=169&ty=38&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=134&tbnw=179&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:13,s:0,i:160
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    predomine, estabelecendo padres, normas, valores, que possam reger tais

    comportamentos. Para que exista uma interao tica necessrio ainda, que haja

    transparncia nas relaes preciso que cada parte d exatamente o que est

    disposta a dar e o que deseja receber.

    S (2000) ressalta que, no mundo em que vivemos geralmente ocorrem fatos

    que so frutos de influncias que ferem a tica, em virtude de foras de diversas

    naturezas. Tais fatos podem oferecer um exterior tico, porm, na essncia, no so

    condutas que contribuem para a virtude, nem so aceitveis, pois so derivados da

    fora de capitais, de poderes, dificultando a liberdade individual ou ameaando a

    integridade dos indivduos, no sendo conhecimentos constitudos pela verdade.

    Por ser injustificveis, distorcerem o que eticamente desejvel e, emboraMascarando-se como tica empresarial, so na verdade frutos das especulaes, do

    egosmo, da inveja e das trapaas.

    A emoo um fator importantssimo e que, no pode ser deixado externo a

    tica, afinal, trata-se de um sentimento que advm de estados biolgicos e

    psicolgicos que podem motivar o primeiro impulso para a ao.

    de grande variedade o nmero de emoes e diferentes so seus efeitos

    nos indivduos, podendo influenciar positiva ou negativamente a qualidade tica.Para S (2000, p.102), Razo e sentimento so independentes, mas precisam estar

    harmonizados para a eficcia da conduta.

    O emocional pode sofrer perturbaes e,

    caso isso ocorra, se sucede como um txico,

    podendo gerar trs grandes males na formao e

    na evoluo de uma conscincia tica, que so:

    a raiva, a ansiedade e a depresso. Todavia, aemoo precisa ser controlada para que se

    possa desenvolver a vontade.

    Neste contexto, as intenes so relevantes no campo profissional. Sabe-se

    que o indivduo honesto no tem inteno de prejudicar quem quer que seja,

    entretanto, existe a prtica desonesta que diferente da inteno, pois est apenas

    na coragem e na oportunidade dos indivduos. Todavia, no basta inteno de

    desejar ser honesto, a pessoa tem que ser honesta, pois o profissional honesto

    torna-se digno de confiana e cresce em conceito, valorizando e respeitando sua

    categoria.

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=Xx2gQ98ycaRQyM:&imgrefurl=http://www.cashouse.eu/index.php?pg=etica&docid=FCJe4XNb2BrggM&imgurl=http://www.cashouse.eu/imag/common/inc0/etica.jpg&w=320&h=300&ei=gct8T5qfFcje0QH2n8mPDA&zoom=1&iact=hc&vpx=920&vpy=165&dur=292&hovh=217&hovw=232&tx=111&ty=140&sig=102490247769462068140&page=2&tbnh=148&tbnw=152&start=19&ndsp=24&ved=1t:429,r:4,s:19,i:186
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    Segundo S (2000), o profissional tem dever tico de ser honesto

    integralmente, porm, se transgredir os princpios da honestidade no prejudica s

    seu cliente, mas pode prejudicar as pessoas que lhe rodeiam, influenciando

    negativamente. Ao praticar atos desleais, o indivduo desvaloriza uma comunidade.

    Isto porque, no se pode chamar de honesto aquele que falta com a lealdade, e

    lealdade exige solidariedade, fidelidade, sinceridade e cumplicidade.

    Quanto importncia tica do segredo entre as pessoas na organizao,

    verifica-se um papel de guardar algo que confiado, sendo obrigatrio manter o

    sigilo. O segredo pode at no ter sido pedido, mas, por parecer bvio, se for

    violado, enfraquece o vnculo estabelecido e o valor do profissional. Sendo assim, o

    ideal a completa reserva sobre tudo o que se torna conhecimento na prtica daprofisso.

    Segundo S (2000), os casos mais graves so os que se processam com a

    inteno de tirar proveito prprio. O rompimento de sigilo, nas reas tributria so

    criminosos, podendo levar a proventos pecunirios, maculando a honra de quem

    rompe o silncio, sendo neste caso, a infrao tica notria, e a personalidade

    dessa pessoa de muito baixa qualificao.

    No que se refere competitividade nas organizaes privadas, vale ressaltarque a virtude essencial na vida dos seres atribuir a seus semelhantes o mesmo

    valor que a si se atribui, pois, o colega de profisso geralmente aquela pessoa que

    se identifica conosco, estando na mesma prtica, sujeitos aos mesmos problemas e

    as mesmas alegrias decorrentes da eficcia no desempenho.

    Segundo Moreira (2002), de vital importncia que as empresas, ao

    decidirem assumir uma postura tica, coloquem em vigor um documento interno,

    cuja denominao, segundo o mesmo autor, cdigo de tica.

    ...O Cdigo de tica tem a misso de padronizar e formalizar oentendimento da organizao empresarial em seus diversosrelacionamentos e operaes. A existncia do cdigo de tica evita que osjulgamentos subjetivos deturpem, impea, ou restrinjam a aplicao plenados princpios... (MOREIRA, 2002, p. 33).

    Vale ressaltar, que segundo S (2002), a implantao do cdigo de tica

    interno confronta com a concorrncia antitica de forma positiva, diminuindo os

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    conflitos interpessoais, posto que nele existe disciplina evitando assim, que se

    macule o bom nome e o conceito social de uma categoria.

    Ento, eticamente faz-se necessrio exercer a virtude do coleguismo com

    fraternidade profissional, solidariedade, dentro dos preceitos da moral. Tendo para

    com eles atitude de lealdade, sinceridade, honestidade, compreenso, cooperao,

    tolerncia, cordialidade, ou seja, tudo que for amor fraterno, evitando assim ver nele

    um adversrio, que o que acontece quando se desrespeita a tica.

    TICA E EDUCAO

    Um dos problemas que se coloca na sociedade brasileira contempornea o

    do como educar para o respeito s diferenas e para o respeito a todos os seres

    humanos, sem violncia. Essa questo central para tica. Nas escolas,

    atualmente, no so incomuns aes de violncia e desrespeito sob todas as

    formas: agresses, uso de drogas, ameaas, discriminaes, desrespeito aos

    professores e aos alunos... Como a tica pode nos auxiliar a construo uma

    educao contra a violncia?

    O artigo 2 da LDB considera que, inspirada nos princpios da liberdade e nos

    ideais de solidariedade humana, finalidade da educao nacional o pleno

    desenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua

    qualificao para o trabalho. O artigo 1o diz que a educao abrange os processos

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica+e+educa%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=CLHGjlZrnB0FSM:&imgrefurl=http://literaturaclandestina.blogspot.com/2011/01/falta-etica-na-educacao-deste-quiproquo_31.html&docid=1uCyM7GEacu9nM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_Na4CPVnGtCk/TUcEvXipw_I/AAAAAAAAaKE/PdPNkrGKFA8/s1600/salrio2.JPG&w=538&h=326&ei=H8x8T9zrN4Ho0QHDprDsCw&zoom=1&iact=hc&vpx=384&vpy=384&dur=9054&hovh=175&hovw=289&tx=125&ty=68&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=121&tbnw=199&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:13,s:0,i:94
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    formativos que se desenvolvem em vrias esferas (famlia, convivncia, trabalho,

    escola, movimentos sociais etc).

    A educao para a cidadania, e os programas educacionais voltados para

    esse fim, pressupe a crena na tolerncia, a marca do bom senso, da razo e da

    civilidade que faz com que os homens possam se relacionar entre si. Pressupe,

    tambm, a crena na possibilidade de formar este homem, ensinando a tolerncia e

    a civilidade dentro do espao e do tempo da escola.

    Nesse sentido, ser tico para a

    maioria dos educadores estar

    aberto ao dilogo, uma vez que

    acreditam que ele uma poderosaferramenta para a formao de

    cidados conscientes, crticos e

    responsveis. Esse estado de ser

    tico, tambm possibilita ao educador

    atuar de forma digna na execuo de

    sua profisso construindo saberes no seu cotidiano.

    A tica a responsvel pela possibilidade atribuda escola de conduzir o ser condio de crtico e responsvel pelos seus atos, no entanto, ela entrelaa a

    estas condies a capacidade de definir o que seja justo e injusto, moral e imoral,

    uma vez que atribui valores s atitudes dos educandos e os vigia, como se a

    qualquer momento pudessem fazer, falar ou sentir algo que no permitido

    eticamente.

    Respeitar a liberdade do outro conhecer os direitos e deveres de cada um

    dos atores do ambiente escolar. Para Kant, na escola ningum tem privilgios, masapenas direitos. Ela corporifica assim, o local privilegiado que permite ao ser

    reconhecer a sua funo social no mundo, compreendendo sua posio, se de

    explorado ou de explorador, mediatizado ou mediatizador.

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    PRESSUPOSTOS VINCULADOS TICA

    Todos tm direitos e deveres no meio em que vivem. Cabe a escola

    questionar como eles se apresentam. At que ponto a comunidade onde se est

    inserido no est abnegando estes direitos, cada um cumpre com os seus deveres

    para cobrar os seus direitos? Questes que podem ser levantadas constantemente

    pela escola.

    Alguns pressupostos esto vinculados tica como a justia, a solidariedade,

    o respeito mtuo e o dilogo. Temas importantes para serem inseridos nas aulas de

    diferentes disciplinas de maneira transversal, permitindo desmitificar a questo tica

    como sendo restrita rea da Filosofia.

    A justia j era uma preocupao

    dos filsofos gregos, pois Plato em sua

    Repblica j pensava como deveria ser

    tratado um ato justo, qual a relao entre

    justia e injustia. No entanto, h de ser

    questionado como despertar no

    educando a noo de justia. A escola

    pode propiciar situaes onde seja

    exercitada a criticidade do educando

    oportunizando-lhe a distino entre um

    ato justo e um injusto. Fazer essa distino na escola faz com que o educando reflita

    sobre a diferena e possa a partir de suas vivncias criar relaes que

    exemplifiquem tais questes.A escola pblica possui uma diversidade cultural, tnica, religiosa, sexual e

    social muito grande. Nesse contexto, a solidariedade assume um lugar de

    comprometimento com o aprendizado. Ser solidrio no ambiente escolar respeitar

    as diferenas que constituem os atores educacionais, no ocultando a sua

    existncia, mas trabalhando estas diferenas no coletivo. Solidariedade. A partir

    dela, os educadores sentiram-se mais confiantes no que realmente podem ser

    enquanto profissionais da educao comprometidos com a vida de cada um de seuseducandos. Faz-se necessrio superar as barreiras do Capitalismo, do corre-corre

    http://www.google.com.br/imgres?q=justi%C3%A7a&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=K1DBvS3RERXXKM:&imgrefurl=http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=93&docid=xrK5Ozc96KKhFM&imgurl=http://www.mises.org.br/images/articles/2009/Maio/imagem%20justi%C3%A7a.jpg&w=398&h=356&ei=6sx8T6qSEIf50gGay8TOCw&zoom=1&iact=hc&vpx=175&vpy=172&dur=594&hovh=212&hovw=237&tx=116&ty=121&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=129&tbnw=151&start=0&ndsp=23&ved=1t:429,r:0,s:0,i:132
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    dirio, de competio desenfreada, onde a vantagem est em primeiro lugar, para

    triunfar a solidariedade, a compreenso e o respeito. Respeito mtuo. Sem ser

    unilateral. Respeitar com reciprocidade.

    E ainda, dialogar. Manter o dilogo em sala de aula uma atividade muito

    importante para criar condies de discusso, sobre temas relacionados a questes

    sociais, polticas e econmicas. Essas discusses criam conceitos ou os reformulam,

    ou at mesmo constroem outros a partir da vivncia de cada um.

    TICA PROFISSIONAL DO EDUCADOR

    Nos Parmetros Curriculares Nacionais, publicado em 1997, a tica alm de

    ser considerada um dos temas mais trabalhados pelo pensamento filosfico

    contemporneo, tambm um tema presente no cotidiano de cada um, fazendo

    parte do vocabulrio conhecido por quase todos. Leia-se:

    A reflexo tica traz luz a discusso sobre a liberdade de escolha. A ticainterroga sobre a legitimidade de prticas e valores consagrados pelatradio e pelo costume. Abrange tanto a crtica das relaes entre osgrupos, dos grupos nas instituies e perante elas, quanto dimenso dasaes pessoais (p. 29-30).

    Vivemos, pois, numa poca que muito se fala em tica. tica na poltica, ticana religio, tica no esporte, tica nas mais diferentes profisses, muitas delas j

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica+e+educa%C3%A7%C3%A3o+na+escola&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=dD5yenUuQSQzTM:&imgrefurl=http://cristianogoes.blogspot.com/2011/06/edisca-e-partilha-promovem-capacitacao.html&docid=GYqE6tbOLLZmGM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-5zXq1WP4AwQ/TgkWb1fIHFI/AAAAAAAADyk/uWkxbIQonBk/s1600/image002.gif&w=445&h=329&ei=ZMx8T7_RJYqB0QGjn6zfCw&zoom=1&iact=hc&vpx=546&vpy=325&dur=3685&hovh=193&hovw=261&tx=111&ty=88&sig=102490247769462068140&page=3&tbnh=133&tbnw=180&start=43&ndsp=25&ved=1t:429,r:2,s:43,i:169
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    com seu cdigo de valores definido. E o professor j possui o seu cdigo de tica?

    Sabemos que ainda no, mas no podemos esquecer de que a profisso de educar

    tambm exige posturas ticas bem definidas, pois os professores representam um

    modelo para seus educandos epara a sociedade em geral.

    Desnecessrio dizer que viver em sociedade implica em certas normas de

    convivncia. Para tanto, se faz necessrio a busca de pontos em comum.

    justamente na busca desses pontos em comum capazes de nortear a existncia e

    de serem assumidos por toda uma sociedade, que surge a tica. Segundo Vzquez,

    A tica a teoria ou cincia do comportamento moral dos homens emsociedade. Ou seja, cincia de uma forma especfica de comportamento

    humano. A nossa definio sublinha, em primeiro lugar o carter cientficodesta disciplina; isto , corresponde necessidade de uma abordagemcientfica dos problemas morais. De acordo com esta abordagem, a tica seocupa de um objeto prprio: o setor da realidade humana que chamamosmoral, constitudo (..) por um tipo peculiar de fatos ou atos humanos. Comocincia, a tica parte de certo tipo de fatos visando descobrir-lhes osprincpios gerais. (...) Enquanto conhecimento cientfico, a tica deve aspirara racionalidade e objetividade mais completas e, ao mesmo tempo, deveproporcionar conhecimentos sistemticos, metdicos e, no limite dopossvel, comprovveis (VASQUEZ, 1997, p. 12-13).

    Logo, toda tica deve visar o bem comum, no seuamplo sentido, conciliando os interesses individuai com os

    interesses sociais. Ela tem o intuito de privilegiar o bem

    comum e estabelecer princpios gerais. E orientadora, sendo

    que seu maior intuito a defesa de um determinado princpio,

    ou benefcio para todas as pessoas. A tica prope princpios

    para a prxis nos mais diferentes campos da ao humana.

    Se para cada atividade existem normas especficas,

    pode- se dizer que no h um nico enquadramento tico

    geral. No se fala mais da tica, mas sim de ticas, pois se

    vive num mundo complexo e em constante transformao. Ela fundamental para

    se compreender as relaes estabelecidas na escola que, por serem sociais,

    envolvem a questo da distribuio do poder e do saber. Como escreve Sonia

    Kramer,

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica+e+educa%C3%A7%C3%A3o+na+escola&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=isobzNVrV9ESvM:&imgrefurl=http://rosemariedubinskas.wordpress.com/2011/09/23/educacao-e-etica/&docid=bsWvDKDp-VSZdM&imgurl=http://rosemariedubinskas.files.wordpress.com/2011/09/eticacidadaniamundo01.jpg&w=215&h=333&ei=ZMx8T7_RJYqB0QGjn6zfCw&zoom=1&iact=hc&vpx=439&vpy=292&dur=995&hovh=266&hovw=172&tx=93&ty=219&sig=102490247769462068140&page=4&tbnh=149&tbnw=82&start=68&ndsp=26&ved=1t:429,r:21,s:68,i:265
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    Precisamos pr na tica nossas mos e nosso corao. No uma ticasupostamente tecida na solido de um sujeito individual (...) nem, tampouco,uma tica definida na crueza de normas predeterminadas (..) mas uma ticaque, tecendo-se nos confrontos e se desenhando a partir da diversidade devida comum no abdica nunca de si mesma (...) trata-se pois de uma nova

    forma tica poltica (..) uma tica que concretiza, assim sua ligao visceralcom a educao (KRAMER, 1993, p. 170-17]).

    A tica, pensada desde a perspectiva do professor, implica um compromisso

    com a justia social, tendo em vista no a mera conservao de tradies e da

    ordem social; mas sim, a formao de novas geraes, herdeiras de um presente

    estruturado em um passado cultural que no pode ser esquecido. Isso nos sugere

    que o professor, como norteador do processo de ensino aprendizagem, serve de

    modelo e inspirao de procedimentos sciomorais positivos. Sugere tambm que

    deve inspirar confiana, tanto para os alunos e para suas famlias como para a

    sociedade em geral.

    A tica profissional do educador

    pode ser apreciada atravs das suas

    relaes com a sociedade, com a escola,

    com o aluno, com os colegas, com o

    trabalho escolar que desenvolve e

    tambm consigo mesmo. Na relao com

    a sociedade cabe ao professor a

    responsabilidade de ajudar o educando a

    se tornar parte integrada e ativa do mundo

    social.

    Ele precisa estar consciente de que, hoje, num mundo transformado pela

    cincia e tecnologia, difcil prever o que ser da vida de seus alunos no futuro. O

    comportamento social do professor exige uma caracterstica de sobriedade,

    moderao e equilbrio em todos os setores da vida, mantendo-se longe de vcios,

    to divulgados em nossos dias, como o jogo, a bebida, as drogas e outras

    vicissitudes, pois seus passos, seus atos e aes, publicas e particulares tm

    repercusso social, que se refletem na confiana que a sociedade lhe deposita.

    O professor um representante da famlia e da sociedade na educao das

    geraes ainda em formao. o representante da famlia por que os pais nemsequer possuem condies scio- econmico culturais para oferecer esta educao

    http://www.google.com.br/imgres?q=%C3%A9tica+e+educa%C3%A7%C3%A3o+na+escola&start=119&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=xXg7B5oYijzvWM:&imgrefurl=http://odetedan.blogspot.com/2010_04_25_archive.html&docid=jywoZpGz_qnJUM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_2NZjjfjK_zc/S-hluRDItLI/AAAAAAAAADo/w97LrHikNLY/s320/crian%C3%A7as.jpg&w=300&h=296&ei=d818T6eqB4ro0QH8spj_Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=182&vpy=335&dur=8377&hovh=223&hovw=226&tx=107&ty=151&sig=102490247769462068140&page=6&tbnh=151&tbnw=153&ndsp=24&ved=1t:429,r:12,s:119,i:86
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    em casa, outorgando assim poderes para que os professores continuem e ampliem

    a educao dada no lar. O professor no pode deste modo, desconhecer a famlia

    do aluno nos seus aspectos afetivo, social e cultural.

    Cabe ao professor cuidar de sua apresentao pessoal, no necessariamente

    Chegando ao requinte da ltima moda, mas tambm, no podendo e no devendo

    apresentar-se como um maltrapilho. A postura do profissional da educao em

    sociedade implica atitudes que geram clima de confiana nas relaes humanas esociais. preciso analisar-se constantemente de forma clara e consciente para

    verificar se no est sendo retrgrada ou comodista. Ao estimular mudanas, ele

    deve tambm analisar se no est traindo os princpios fundamentais da sociedade

    a que serve e se as idias de renovao no repudiam uma linha lgica de evoluo

    desta mesma sociedade.

    A escola uma instituio contextualizada, isto , sua realidade, seus valores,

    sua configurao variam segundo as condies histrico-sociais que a envolvem. H

    toda uma confluncia de fatores que condicionam seu perfil e suas manifestaes. O

    professor em relao escola , ao mesmo tempo, condicionante e condicionado

    Seu modo de agir e de ser recebe influncia do ambiente escolar e vice-versa. Ele

    tem obrigaes morais para com a escola que milita. A colaborao entre a direo

    e seu quadro de professores fundamental para o sucesso da instituio escolar.

    Os esforos de ambos devem convergir para o mesmo objetivo, que a educao e

    o crescimento do aluno.

    Para que haja um bom entendimento entre os professores e seus colegas,

    faz-se necessrio uma ao unificada entre os mesmos. Existem normas de

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    comportamento cuja observao ajuda os educadores a se relacionarem com seus

    colegas para haver maior entendimento entre eles e melhor interao e integrao

    com os alunos.

    importante que cada educador no supervalorize a sua disciplina

    menosprezando as outras. Esta uma atitude que a ser combatida, pois todas as

    disciplinas contribuem para alcanar os objetivos da escola. abominvel

    professores ridicularizarem ou fazer referencia a colegas de trabalho em sala de

    aula. As crticas negativas feitas junto aos alunos favorecem um ambiente de fofoca

    e mexericos, podendo os alunos se aproveitarem da situao e jogarem um

    professor contra o outro. Nesse sentido Moretto escreve que o professor deve ...

    estar sempre disposto a ressaltar os mritos de seus colegas, suas iniciativas. sua

    competncia e sua dedicao ao ensino, o que muito favorecer a tarefa educativa

    dos colegas (1995, p. 8).

    Sempre que tiver oportunidade,

    compete ao professor referir-se a outras

    disciplinas de maneira global, valorizando

    assim todas as disciplinas e os seus

    respectivos professores. Ele precisa estaratento para evitar que os alunos faam

    compls contra colegas de trabalho ou

    provocar reaes negativas contra as

    decises destes. As determinaes combinadas em reunies, as conversas sigilosas

    e as trocas de informaes que obtiverem com a direo dizem respeito somente

    aos docentes. A tica no permite comentrios desnecessrios com o corpo discente.

    Assuntos pendentes resolvem-se diretamente com a direo de modo franco sem aintromisso de educandos. recomendado no comentar fora da escola os

    problemas relacionados com a direo ou com o estabelecimento de forma

    depreciativa. Estes comentrios favorecem o desenvolvimento de um clima de

    desconfiana e descrdito para a escola.

    Para haver ambiente favorvel aos educadores, se faz necessrio o

    cumprimento das normas estabelecidas pela escola, valorizando a profisso e

    incentivando o intercambio entre todo o corpo diretivo, docente e demais

    funcionrios da escola.

    http://www.google.com.br/imgres?q=marketing+pessoal&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=k-xT-9MxX1RNcM:&imgrefurl=http://marketingpessoal.org/categoria/sucesso-profissional/&docid=fiZIAtoO7fIA2M&imgurl=http://marketingpessoal.org/wp-content/themes/reference_mp/thumb.php?src=http://marketingpessoal.org/wp-content/uploads/2010/03/marketing-pessoal-x01.jpg&h=180&w=292&zc=1&q=80&w=292&h=180&ei=4c18T6SRBoTj0QG434z0Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=554&vpy=415&dur=1212&hovh=144&hovw=233&tx=122&ty=105&sig=102490247769462068140&page=2&tbnh=143&tbnw=219&start=19&ndsp=24&ved=1t:429,r:14,s:19,i:208
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    fundamental para a educao o bom relacionamento entre professor e

    aluno. O estabelecimento de laos de simpatia e amizade entre ambos so tambm

    fundamentais para que sejam alcanados os objetivos propostos. So muitos os

    aspectos do comportamento do professor com relao ao aluno, e capazes de influir

    em suas relaes, que fica difcil discriminar todos. Citarei alguns apontados por

    Moretto que exigem, por parte do professor, ponderao quanto a sua conduta:

    a) Cultivar atitude de justia e trato igualitrio para com seus alunos.

    b) Abster-se de assumir atitudes racistas, quer em relao cor, ou nacionalidade.

    c) Ao chamar a ateno do aluno, faz-lo franca e lealmente, no invocando nuncarazes de defeitos fsicos, deficincias de inteligncia, raa ou nacionalidade. A

    admoestao deve dizer respeito ao que dependa da prpria ao do aluno.

    d) No revelar, em classe, aspectos da vida particular da famlia do aluno.

    e) No comentar as provas dos alunos em pblico. No tico tambm, ridicularizar

    alunos em face de seus erros.

    f) Evitar expresses e modismos lingsticos vulgares.

    g) Abster-se de assumir posio poltico-partidria.h) Cumprir sempre o que prometeu a seus alunos.

    i) Evitar que sempre prevalea a sua opinio.

    j) Esforar-se para tomar-se amigo de seus alunos (1995, p. 4-8).

    A relao do professor com a sociedade, com a escola, com os alunos e com

    os colegas, depende fundamentalmente da maneira como este professor se auto-

    define. Os problemas de conduta que implicam as relaes do professor consigo

    mesmo, no so relaes unicamente subjetivas porque, de acordo com elas, os

    resultados objetivos podem aparecer negativa ou positivamente.

    http://www.google.com.br/imgres?q=rela%C3%A7%C3%A3o+professor+aluno&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=fEa3lDnF3TouLM:&imgrefurl=http://www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/relacao-professoraluno-na-educacao-infantil/&docid=yjwQs87qE3cGEM&imgurl=http://www.pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2010/12/professor-e-aluno-thumb59231921.jpg&w=300&h=200&ei=fc58T7PMKYj50gHrpqmVDA&zoom=1&iact=hc&vpx=186&vpy=198&dur=361&hovh=160&hovw=240&tx=129&ty=91&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=129&tbnw=175&start=0&ndsp=19&ved=1t:429,r:0,s:0,i:80
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    Para haver ambiente favorvel aos educadores, se faz necessrio o

    cumprimento das normas estabelecidas pela escola, valorizando a profisso e

    incentivando o intercambio entre todo o corpo diretivo, docente e demais

    funcionrios da escola.

    Acreditar na educao no fazer de sua atividade profissional, mera forma

    de ganhar a vida. necessrio tambm que o professor acredite na disciplina que

    leciona. Atitudes desta natureza propiciam ao educando perceber que o mestre

    possui a convico necessria para educar. grande a responsabilidade do

    educador como agente influenciador de mentalidade em formao. de sua

    obrigao elaborar o plano de curso de sua disciplina, selecionar contedos

    significativos,programar tcnicas para que este contedo seja assimilado de formaagradvel, no esquecendo de que o bom plano de aula favorece significativamente

    a aprendizagem e sinal de respeito para com o aluno.

    Outro aspecto importante na relao do professor consigo mesmo a sua

    atualizao permanente, buscando sempre inovaes para melhorar o seu

    desempenho profissional. Ser autodidata uma virtude que todos os educadores

    devem prezar. O aperfeioamento tem de ser entendido em sentido amplo,

    procurando atualizar no s os conhecimentos sobre a matria que leciona, mas

    tambm os conhecimentos sobre sua disciplina e inteirar-se dos progressos da

    didtica e da sociedade de maneira geral. O professor consciente desenvolve seu

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    esprito de autocrtica e avalia constantemente sua postura e sua prpria conduta.

    importante, freqentemente, examinar as situaes conflitivas em que se esteve

    envolvido, certificando-se assim se sua ao foi positiva ou negativa.

    A maturidade tambm uma qualidade essencial dos verdadeiros

    educadores. Sendo eles social, intelectual e emocionalmente maduros, sero com

    certeza os grandes transformadores da sociedade, os agentes equilibrados que

    enfrentaro com sabedoria todos os desafios inerentes a sua profisso. A educao

    precisa de mestres competentes, equilibrados, destemidos, ousados, crticos, ticos,

    capazes de lutar por uma sociedade mais igualitria e solitria.

    O professor tem compromisso com os estado social atual, tem compromisso

    tambm com a evoluo, com a modificao, com o progresso social. Em suma, onovo milnio exige um profissional que direcione o seu olhar para o futuro.

    Exercitando a imaginao e a fantasia de seus alunos na tentativa de solucionar

    problemas ou situaes que os novos tempos trazem. importante que ele seja

    provocador e desafiador, contribuindo para a formao de cidados crticos e

    autnomos. Ele tem como compromisso: cultivar no aluno o esprito inquiridor,

    ensin-lo a expressar adequadamente as suas idias, a aprender com os erros e a

    enfrentar obstculos, lev-lo a acreditar em si e a descobrir seus talentos epotencialidades, despertando o desejo pelo saber.

    O professor com viso de futuro amplia o seu campo de ao educacional, o

    que proporciona ao aluno descobrir o funcionamento e o significado do que lhe

    proposto, sabendo o porqu do ensinar e o porqu do aprender. O professor

    http://www.google.com.br/imgres?q=ESCOLA&hl=pt-BR&sa=G&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=3Bmr4kdl0UXg2M:&imgrefurl=http://escolagentilbonato.blogspot.com/2010/10/escola-gentil-bonato.html&docid=D2gxOK3GTF3eyM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_tOY7S8_FjXM/TKd54LeJIdI/AAAAAAAAACA/2AlDFGzIkr4/s1600/crian%C3%A7as.jpg&w=591&h=495&ei=-s58T9KQBYba0QHDwp2EDA&zoom=1&iact=hc&vpx=1078&vpy=110&dur=242&hovh=205&hovw=245&tx=168&ty=118&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=127&tbnw=152&start=0&ndsp=20&ved=1t:429,r:19,s:0,i:185
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    necessrio nessa nova realidade aquele que atende as necessidades impostas

    pela sociedade contempornea e que no tem medo de usar o saber e ousar com

    este saber. Ele transporta a realidade para a educao inventando uma nova forma

    de ensinar. Este professor, afirma Biz, no pode ser movido somente pela

    inteligncia, mas tambm pela emoo. Sem ela, como desempenhar com alegria,

    uma tarefa desgastante, muitas vezes, pouco compreendida pelos pais, autoridades

    e alunos entediados? Sua misso no de facilitador, mas de animador. Viver como

    um intelectual transformador (2000,p. 8).

    Cumpre aos educadores se questionarem constantemente sobre o tipo de

    sociedade para qual devem preparar os educandos, que sero responsveis pelo

    rumo do pas no alvorecer de um novo sculo. Dentro do contexto educacional, opapel dos professores talvez o mais significativo da realidade global, capaz de

    interferir na modificao do ser humano a desenvolver-se como ser integral, nas

    suas potencialidades cognitivas, afetivas, psicomotoras e sociais, criando condies

    favorveis para o aluno conhecer e compreender o mundo em que vive e, assim,

    poder construir-se dando oportunidade ao educando de delinear seu papel como ser

    pensante, consciente, criador, livre e participante transformador da sua realidade.

    Acompanhando sua trajetria, percebemos que a figura do educador passou poruma metamorfose, e continua se transformando. O novo milnio exige que os

    professores tenham competncia, sejam humanos e que exeram o seu papel com

    tica. A formao do indivduo se d atravs da interao do educando com a

    presena viva do professor. No com autoritarismo, mas com coerncia, com bom

    senso, sendo exigente sim, na busca da verdade. A verdade se constri no dilogo,

    e com postura de humildade.

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    AS RELAES INTERPESSOAIS

    Tudo que fazemos na vida, seja no mbito pessoal ou profissional, requer a

    interao entre os indivduos. Isso porque, vivemos em sociedade e se tornaria

    invivel o fato de vivermos isoladamente, sem que necessitssemos manter contato

    com os outros.

    Segundo Tourinho (1982), para que as relaes interpessoais sejam

    estabelecidas dentro de uma organizao, faz-se necessrio a existncia de um

    contato entre aqueles que nela trabalham, uma percepo entre e sobre os

    indivduos. A partir do momento em que percebemos o outro, no apenas em suas

    caractersticas fsicas, mas tambm em seus processos mais ntimos, passamos a

    nos relacionar com ele de forma positiva ou negativa, baseados em preceitos ticos

    ou no.

    O estabelecimento de um contato com o outro indivduo torna-se ento, uma

    questo de fundamental importncia no mbito das relaes interpessoais, isto por

    que o estabelecimento de um contato empobrecido favorecer a permanncia de

    relaes tambm empobrecidas e fracas , fato que pode acarretar em emisses de

    comportamentos anti-ticos e hostis para com os outros; enquanto que bons

    contatos desencadearo, na grande maioria das vezes, relaes baseadas em

    mtuo respeito e cordialidade entre os funcionrios.

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    Ainda segundo o autor, dentro de uma organizao, as relaes

    estabelecidas entre os funcionrios devem ser mediadas da melhor forma possvel.

    Boas relaes trazem tona, maior motivao, melhor produtividade e,

    conseqentemente, um ambiente de trabalho favorvel.

    Francis apud Tourinho (1982), presidente da General Foods, expressa de

    forma bastante clara e realista essa idia . Ele nos diz que: O problema da

    produtividade individual principalmente um problema de Relaes Humanas.

    Os relacionamentos estabelecidos e concretizados dentro das organizaes

    podem assumir diferentes formas e ser classificados da seguinte maneira:

    Relacionamento Vertical para cima; Relacionamento Horizontal e Relacionamento

    Vertical para baixo.

    Segundo Moscovici (2001), o relacionamento vertical para cima,

    compreendido atravs das relaes entre os clientes internos e seus superiores, os

    quais podem apresentar-se de formas variadas, dentre elas, como uma pessoa

    generosa ou autoritria, um indivduo afetuoso ou intolerante e assim por diante.

    O relacionamento horizontal compreendido atravs de um mesmo padrohierrquico, ou seja, a interao entre os funcionrios da empresa, os chamados

    colegas de trabalho. Os tipos mais comuns so: o complexado, o fraterno, o

    presunoso, o falador e o amargurado.

    E por fim, o relacionamento Vertical para baixo, o qual compreende as

    relaes interpessoais estabelecidas com os subordinados, os quais freqentemente

    se apresentam como relapsos, bajuladores, revoltados, incapazes ou atenciosos.

    A partir do exposto, torna-se importante ressaltar que em qualquer tipo derelao interpessoal estabelecida com outros indivduos, a humanizao uma

    http://www.google.com.br/imgres?q=rela%C3%A7%C3%B5es+interpessoais&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=PvGT0coFwSSnAM:&imgrefurl=http://mentesbrilhants.blogspot.com/2011/04/relacoes-interpessoais.html&docid=4Sv7OrCm8Vta7M&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-8x2E_Mc0HgI/TZ26CbVGwdI/AAAAAAAAAUk/QJI8a8N-PTg/s1600/tolern12.jpg&w=400&h=286&ei=T9B8T5S-JuXx0gGO3MiBDA&zoom=1&iact=hc&vpx=909&vpy=186&dur=507&hovh=190&hovw=266&tx=136&ty=110&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=135&tbnw=175&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:101
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    questo de vital importncia, isto , o respeito, a empatia, a cordialidade, a

    solidariedade, a mtua ajuda entre os indivduos que compem o corpo tcnico da

    organizao, fazem-se necessrios para que essas relaes sejam consolidadas e

    fortalecidas com carter positivo, tornando assim o ambiente de trabalho, um local

    no mais de discusses, mas sim um ambiente pacfico e tranqilo, onde os

    funcionrios possam estabelecer laos de afetuosidade, fraternidade e

    principalmente onde, os comportamentos ticos sejam uma constante.

    O DIA-A-DIA NA ESCOLA (ORGANIZAO) E SUAS

    DIFICULDADES

    Segundo Moscovici (2000), ao introduzir-se na organizao, o indivduo est

    cheio de esperanas, tudo novidade, o interesse pelo trabalho grande. No incio,

    a pessoa faz planos, sonha com formas de se realizar, idealizando uma carreira

    invejvel, todavia, aos poucos, com o convvio adentro da mesma, vai conhecendo

    uma realidade diferente, observando que ser mais difcil do que imaginou

    concretizar seus sonhos. As relaes interpessoais comeam a se corroer, as outras

    pessoas designam dificuldades, as chefias comeam a mostrar seu lado no

    apoiador como pareciam nos primeiros contatos, ao apresentar -lhe o servio a ser

    executado.

    Desta forma, comeam a surgir os obstculos, atravessando o indivduo uma

    fase de perplexidade e insegurana, sem entender as incomunicaes, as

    http://www.google.com.br/imgres?q=rela%C3%A7%C3%B5es+interpessoais&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=KD840BE8ocGhEM:&imgrefurl=http://mauricioserafim.com.br/felicidade-e-economia-3/&docid=5UzDr7DcE0GEfM&imgurl=http://mauricioserafim.com.br/wp-content/uploads/image-smiley-faces-589x392-custom.jpg&w=589&h=392&ei=T9B8T5S-JuXx0gGO3MiBDA&zoom=1&iact=hc&vpx=965&vpy=294&dur=284&hovh=183&hovw=275&tx=120&ty=93&sig=102490247769462068140&page=4&tbnh=150&tbnw=200&start=66&ndsp=25&ved=1t:429,r:23,s:66,i:292
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    linguagens usadas nas organizaes, revelando um fato cerceante sobre sua

    vontade de trabalhar bem, de fazer coisas novas, de tomar iniciativa e obter

    sucesso. Assim, o indivduo percebe a complexidade conflitiva e frustrante da vida

    na organizao, diminuindo seu entusiasmo inicial.

    Isto tudo ocorre, em virtude da qualidade de vida na organizao atual deixar

    muito a desejar. Nas organizaes sociais usado um modelo burocrtico, onde o

    que predomina o controle sobre as pessoas. O programa de recompensa o

    estimulador, o encorajador da competio nas relaes interpessoais, propiciando o

    comportamento de s olhar para cimae parecer o melhor, no sentido de tentar

    ocupar uma posio de destaque.

    ... surge a dvida: permanecer ou sair da organizao? Como em qualquerrelao intrapessoal, este um perodo de grande tenso, insatisfao eansiedade, podendo ser acompanhado de insnias, distrbiosgastrointestinais, entre outros sofrimentos psicossomticos... (MOSCOVICI,2000, p.4).

    Agora, depende do indivduo que presenciar este tipo de situao, decidir qual

    dever ser sua postura a partir dos acontecimentos ocorridos, caso deseje continuar

    na empresa, se ir se acomodar e obedecer aos padres que regem o

    funcionamento interno, ou, se ir seguir as regras do jogo (incluindo as menos

    nobres), a fim de alcanar sucesso pessoal e fazer carreira, mesmo que isto lhe

    custe a abdicao de certos valores.

    http://www.google.com.br/imgres?q=rela%C3%A7%C3%B5es+interpessoais&start=115&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&addh=36&tbm=isch&tbnid=KJGv4j-drgkX5M:&imgrefurl=http://www.gpportal.com.br/2011/11/inclusao-e-relacoes-interpessoais.html&docid=_KJRBq8GLBcvtM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-M5vMTTC3odY/TtJAiFzQ9tI/AAAAAAAAAEw/jDm-XT_lN8E/s1600/ainda+nao+usada3.bmp&w=398&h=414&ei=vtB8T96hBsLL0QGhnbWGDA&zoom=1&iact=hc&vpx=185&vpy=329&dur=1129&hovh=229&hovw=220&tx=78&ty=136&sig=102490247769462068140&page=6&tbnh=149&tbnw=153&ndsp=24&ved=1t:429,r:12,s:115,i:84
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    O meio de obter carreira envolve uma fase de tenso at a deciso.

    distncia entre as duas opes abarca atitudes e valores, algo alm da capacitao

    profissional. Desta forma, aproveitar a oportunidade, ou criar a oportunidade

    depende mais de atributos pessoais do que de fatores externos. Ento, ser

    necessrio saber reconhecer uma oportunidade, para agir no momento certo com

    atributos da personalidade e da dinmica pessoal.

    Segundo Moscovici (2000), a vida no trabalho considerada composta de

    cinco fases: o choque da realidade; a socializao e crescimento; a crise do meio da

    carreira; a aceitao; a pr-aposentadoria. Cada fase possui uma faixa etria da vida

    do indivduo, desde 20-25 anos at o final da carreira 65-70 anos. Estas etapas

    mostradas acima divulgam como o indivduo vive nas organizaes em relao asatisfao, o que ser descrito a seguir: de 20- 25 anos o indivduo dever estar

    vivendo a fase do choque da realidade, estando completamente insatisfeito com seu

    cargo e com a organizao, se agentar esta fase, persistindo em continuar na

    mesma empresa passar para a fase dos 26-35 anos, onde ele est em fase de

    socializao e crescimento, comeando a se adaptar as dificuldades e encontrando

    sada para os conflitos interpessoais, estando muito satisfeito com o cargo e com a

    organizao, afinal comeou a se ajustar.Todavia, surge a fase de crise do meio da carreira de 36-45 anos, momento

    em que o indivduo tambm se encontra em crise na vida pessoal, posto que vrios

    fatores biolgicos, psicolgicos, sociais e situacionais convergem para um estado de

    insatisfao difusa. um perodo difcil, de reconhecimento forado, da inevitvel

    diminuio da capacidade fsica, perda da juventude (ou chegada da velhice), maior

    preocupao com a sade. Isto tudo propicia uma insuficiente satisfao com o

    cargo e com a organizao.Ainda segundo a autora, posteriormente, surge a fase da aceitao, de 46-55

    anos, onde o profissional comea a aceitar as mudanas que ocorreram em sua

    vida, reiniciando a sintonia com o cargo ocupado e com a organizao da qual faz

    parte. Desta forma, o indivduo poder atingir a pr-aposentadoria entre 56-65 anos,

    muito insatisfeito com a organizao e, cheio de satisfao com o cargo ocupado

    todos estes anos de sua vida profissional.

    Aps os dados descritos, observa-se que na maioria das fases, o indivduo

    est insatisfeito com a organizao e isto se d, pelo fato de a mesma se preocupar

    mais com o aumento da produtividade, esquecendo de propiciar qualidade de vida

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    aos trabalhadores. A velocidade do avano tecnolgico geralmente no acompanha

    a qualidade de vida. A competio est cada vez mais acirrada, preciso vencer,

    preciso ter sucesso, ficar sempre a frente dos outros, em direo ao topo.

    Nesta corrida contra o tempo, e contra os outros, o indivduo vai exigindo

    cada vez mais de si, chegando a comprometer sua sade e sua produtividade. A

    ansiedade que acompanha este estado de esforo poder levar a uma sndrome de

    stress. Observando o dia-a-dia do indivduo na organizao percebe-se que

    ningum se importa com quem o indivduo e sim com o que o indivduo faz. Para

    Moscovici (2000, p.10), o Fazer mais valorizado do que Ser. Geralmente a

    referncia a uma pessoa em relao ao que faz: Fulano engenheiro .

    O papel organizacional passa a ser a identidade social e, isto muitofrustrante para o indivduo, aumentando sua ansiedade, afinal se trata da perda de

    sua identidade. Esta valorizao do fazer em detrimento do ser est ligada a

    concepo mecanicista da organizao representada pela estrutura burocrtica.

    A organizao atual de valores mecanicistas/burocrtico, recomenda um ritmo

    inteiramente ligado ao trabalho, reservando intervalos mnimos, sem levar em

    considerao as necessidades humanas de interao consigo mesmo e com os

    outros, e nem as necessidades de atividades espontneas, ficando o indivduo com

    pouca qualidade de vida, posto que o trabalho em excesso to malfico quanto

    qualquer doena.

    http://www.google.com.br/imgres?q=rela%C3%A7%C3%B5es+interpessoais&start=207&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&addh=36&tbm=isch&tbnid=MsQjX9xYpOdoJM:&imgrefurl=http://www.uniaoplanetaria.org.br/tvsupren/2012/01/09/relacoes-interpessoais/&docid=J0gBUpBPFjahYM&imgurl=http://www.uniaoplanetaria.org.br/tvsupren/files/2012/01/1174716_13901424.jpg&w=800&h=534&ei=JdF8T9uXLqjz0gGv9L3vCw&zoom=1&iact=hc&vpx=185&vpy=325&dur=432&hovh=183&hovw=275&tx=164&ty=112&sig=102490247769462068140&page=10&tbnh=150&tbnw=209&ndsp=25&ved=1t:429,r:13,s:207,i:86
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    Desta forma, os dias teis, o lazer, os exerccios fsicos passam a ser inteis,

    ficando o indivduo volvel a intoxicao pelo trabalho, devido o excesso de

    dedicao que pode at se transformar em patolgico. Todavia, estes indivduos

    muitas vezes so tidos como exemplos aserem imitados, pois trabalham

    exaustivamente, chegando cedo e saindo aps o trmino do expediente.

    Segundo Moscovici (2000), estes males modernos, desenvolvem juntamente

    com o desenvolvimento industrial e tecnolgico a prosperidade econmica, o

    conforto material, a fartura de alimentao elementos essenciais em sociedades

    competitivas, onde o stress a varivel constante na luta pelo sucesso, na carreira

    profissional e na vida pessoal.

    CULTURA ORGANIZACIONAL

    A vida dentro da Organizao apresenta para o indivduo momentos de luz e

    momentos sombrios. Aquilo que permanece na claridade, geralmente o que a

    organizao e seus componentes focalizam, acreditam e valorizam; j o lado

    sombrio, compreende aquilo que eles ignoram e desvalorizam (MOSCOVICI, 2000).

    A organizao, apesar de no admitir, grande parte das vezes, acaba se

    entregando a sistemas de valores diferentes daqueles que so sustentados dentro

    do ambiente de trabalho, aceitando a competio, a mtua agresso e violncia

    entre os funcionrios; utilizando-se da coero, atravs de ameaas, punies e

    privaes. Estes fatores, na realidade, apresentam-se como grandes influenciadores

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    para a no permanncia da tica no estabelecimento das relaes entre os

    indivduos que compem a Organizao e a partir da, as relaes podem se dar

    atravs da claridade ou da escurido.

    A interao entre as pessoas dentro da organizao pode tambm ser

    estudada a partir da Cultura Organizacional estabelecida por ela uma vez que, a

    mesma formada por pessoas e a Cultura caracterizada por um sistema de

    valores, crenas e comportamentos compartilhados, os quais orientam a forma de

    agir dos seus componentes.

    Ainda segundo a autora, cada organizao estabelece e molda a sua cultura,

    por isso as culturas estabelecidas so diferentes umas das outras.Para Shermerhorn

    & Hunt & Osborn (1999, p. 196), Assim como no h duas pessoas com a mesma

    personalidade, no existem duas culturas organizacionais perfeitamente idnticas .

    Entretanto, existem alguns aspectos em comum entre elas, como por exemplo a

    questo de que toda cultura organizacional composta de trs dimenses: a

    dimenso material, que compreende o sistema produtivo, ou seja, a estrutura das

    organizao de trabalho, o ambiente fsico e os recursos materiais; a dimenso

    psicossocial ou poltica, que corresponde a estrutura funcional e de poder, isto , a

    relao das pessoas entre si e as relaes formais e informais mantidas e, por fim adimenso ideolgica, a qual compreende a relao dos indivduos com os valores,

    normas, filosofia e outros elementos afins.

    As organizaes tendem a estabelecer e implantar a sua cultura, a partir da

    somatria de habilidades apresentadas (tcnicas, humanas, polticas e

    administrativas), e das cargas psicossociais, as quais so provenientes de fatores

    humanos individuais, de relacionamentos grupais e das relaes interpessoais

    mantidas.Ao se analisar as relaes

    interpessoais na organizao, verifica-se

    as caractersticas culturais,posto que, as

    mesmas mostram o grau de formalidade

    e de informalidade existentes nos

    ambientes organizacionais, ocasionando

    numa maior ou menor flexibilidade nas

    relaes (KANAANE, 1999).

    http://www.google.com.br/imgres?q=cultura+organizacional&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=b6sivyNf1Yi6wM:&imgrefurl=http://www.coladaweb.com/administracao/cultura-organizacional&docid=1XzZdu753fk-CM&imgurl=http://www.coladaweb.com/files/cultura-organizacioal.JPG&w=268&h=202&ei=Y9F8T5DHNaLL0QHUxdT9Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=592&vpy=346&dur=450&hovh=161&hovw=214&tx=108&ty=68&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=134&tbnw=182&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:8,s:0,i:97
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    A cultura corporativa, como tambm chamada a cultura organizacional,

    capaz de fornecer respostas para vrios eventos que possam vir a ocorrer dentro da

    empresa e um exemplo disso que na grande maioria das vezes, oferece respostas

    que levam solues para lidar com os comportamentos considerados anti-ticos ou

    para o caso das relaes interpessoais serem conduzidas de forma negativa. Para

    Srour (1998, p. 174), A cultura aprendida, transmitida e partilhada. No decorre de

    uma herana biolgica ou gentica, porm, resulta de uma aprendizagem

    socialmente condicionada.

    O processo de integrao interna, geralmente comea quando se estabelece

    uma nica identidade para o grupo, ou seja, quando cada conjunto e cada

    subcultura estabelecem uma nica definio de si mesmo; a partir da caracterizaodos membros do grupo, este ir tomando as suas caractersticas prprias, podendo

    a partir de ento ser situado como rgido ou malevel, cheio de oportunidades ou

    competitivo e assim por diante.

    Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), a cultura organizacional

    dividida em grupos e para que se tenha uma dimenso e conhecimento da forma

    como ela funciona, faz-se necessrio o conhecimento de cada grupo que a compe.

    As subculturas so pequenos grupos de indivduos que possuem um padroespecial de valores e filosofia. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999, p. 197),

    As subculturas so grupos de pessoas com um padro especial de valores e

    filosofia... .As subculturas so inevitveis em qualquer organizao, elas podem se

    dar de forma harmnica ou gerar conflitos, trazendo, neste caso alguns problemas

    de integrao de esforos produtivos. As pessoas tendem a agrupar-se a partir de

    caractersticas individuais prximas, isto , a partir do momento em que se

    assemelham, a facilidade maior para que elas se tornem uma subcultura. comum dentro das organizaes, que os indivduos estabeleam aliana e

    lealdade com aqueles que lhes so mais prximos, o fato de muitas vezes existirem

    amigos em comum entre os funcionrios, de se ter funcionrios nascidos na mesma

    cidade, que j fizeram cursos juntos entre outros exemplos, acabam formando as

    culturas de origem. Essas subculturas podem apresentar-se como um impedimento

    para a integrao com os demais Quando falamos em Cultura Organizacional, nos

    remetemos a alguns termos e elementos, os quais so indispensveis para o

    aprofundamento do assunto, para a definio do tipo de cultura implantada e

    conseqentemente para a forma como as relaes interpessoais so estabelecidas.

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    As Organizaes so cheias de histrias e narrativas de eventos que j

    ocorreram, os quais podem acarretar em reforo dos comportamentos existentes eenfatizar o ajustamento destes comportamentos no ambiente organizacional.

    Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), talvez uma das histrias de maior

    importncia seja a histria da empresa, isso porque, grande parte das vezes, ela

    contm lies de atos hericos de quem a fundou. Estes Heris, geralmente, so

    pessoas intuitivas, que tm viso e fazem seu prprio tempo, porm, o inverso

    tambm verdadeiro e, ao contrrio do que se espera, eles podem apresentar-se

    como sendo pessoas de difcil convvio e insensveis, nestes casos, os

    relacionamentos podem tornar-se negativos e comprometidos .

    Os Ritos e os Rituais, so elementos mais bvios da Cultura Organizacional;

    o primeiro termo refere-se as atividades de natureza expressiva, elaboradas com

    intuito de reiterar traos caractersticos de uma cultura; j o segundo termo se

    caracteriza como sendo o sistema dos ritos. Para Shermerhorn & Hunt & Osborn

    (1999, p. 199), os ritos soatividades padronizadas e repetitivas usadas em pocas

    especiais para influenciar o comportamento e entendimento dos membros da

    Organizao.

    Geralmente, a cultura organizacional de uma empresa especifica o

    comportamento que seria considerado adequado para que os indivduos se

    enquadrem no sistema social da Organizao; estes elementos so conhecidos

    como regras e papis culturais, os quais aparecem como forma de controle dirio e,

    de certa forma, influenciam nas relaes mantidas entre os funcionrios. A partir

    destas regras, os indivduos so recompensados ou punidos e dependendo da

    organizao, a violao de regras condizentes ao comportamento tico pode

    acarretar em srias conseqncias.

    http://www.google.com.br/imgres?q=cultura+organizacional&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=tBV2ZqHWesIYZM:&imgrefurl=http://daiachagasrp.blogspot.com/2009/11/cultura-organizacional.html&docid=JAE4P8KoiQ5WmM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_ccJo5ARsqkU/SxHg3uD-tZI/AAAAAAAABbM/ftAs2l-ymqY/s1600/0062.jpg&w=475&h=296&ei=Y9F8T5DHNaLL0QHUxdT9Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=880&vpy=192&dur=1127&hovh=177&hovw=285&tx=197&ty=76&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=112&tbnw=179&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:4,s:0,i:88
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    A filosofia que a empresa segue, segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn

    (1999), conecta os aspectos relacionados com os objetivos e colaboraes. Uma

    filosofia bem desenvolvida define as fronteiras de forma clara para todos os

    membros da empresa, mostrando que onde acaba o limite e o espao de um,

    comea o do outro; e assim sendo, vai privilegiar o comprometimento tico nas

    relaes estabelecidas.

    Os tabus organizacionais, cumprem o papel de orientar o comportamento,

    colocando em ntida evidencia o aspecto disciplinar da Cultura com nfase no no-

    permitido. Os tabus geralmente esto ligados a questes que podem abalar o

    comprometimento das boas relaes interpessoais, em que grandes partes das

    vezes ligam-se a questes discriminatrias que ocorrem no mbito Organizacional.A comunicao um elemento importantssimo quando se d nfase as

    relaes interpessoais. Sabemos que as pessoas interagem atravs da

    comunicao e por isso ela deve ser estabelecida da forma mais clara possvel para

    que no haja mal entendidos. Ainda segundo o autor, a preciso da linguagem

    torna-se uma soluo plausvel para os crnicos problemas de comunicao. Muitas

    mensagens explcitas encerram outras implcitas, na maioria das vezes,

    discordantes, as quais exigem habilidade para fugir do contedo aparente e decifraro que est contido mais profundamente no psicolgico.

    Os valores compartilhados dentro da organizao, so elementos de vital

    importncia, pois referem-se as noes compartilhadas daquilo que os indivduos

    que a compe tm do que importante ou acessvel para o grupo a que pertencem .

    Dependendo da forma como esses valores so compartilhados, surgiro

    comportamentos moralmente aceitos ou no, pois quando eles so compartilhados

    de forma total entre os indivduos, as chances de se cometer comportamentos anti-ticos decai e conseqentemente o clima de harmonia entre os funcionrios

    prevalece. Os valores geram uma identidade corporativa forte e acabam melhorando

    o comprometimento coletivo. Todavia, essa situao pode transformar-se numa

    arma obscura que acaba impedindo a realizao de mudanas.

    Quando uma cultura fortemente estabelecida e mantida, a mudana torna-

    se algo de difcil aceitao. As pessoas no esto acostumadas a lidar com elas,

    repensar seus valores, suas crenas e atitudes e outro fator de grande influncia,

    que os indivduos nem sempre esto dispostos a mudar.

    No raro, isso acontece quando uma organizao adquire outra e as culturas

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    estabelecidas so fortes o suficiente para gerar contraculturas. Estas contraculturas,

    referem-se a grupos de pessoas que vo de encontro com a cultura que se pretende

    estabelecer dentro da organizao. Esse tipo de comportamento, costuma ser

    prejudicial, uma vez que acaba impedindo a manuteno de boas relaes

    interpessoais com os novos membros da empresa.

    COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

    Para que a organizao tenha um desenvolvimento saudvel importante o

    equilbrio no comportamento dos integrantes da mesma, nas suas aes e reaes,

    sendo de primordial importncia tomar conhecimento primeiramente do que

    comportamento por definio e posteriormente, qual sua influencia nos conflitos queocorrem dentro das organizaes.

    Segundo Shermerhorn & Hunt & Osborn (1999), comportamento um

    conjunto de operaes materiais e simblicos, entendido como um processo

    dialtico e significativo em permanente interao, o qual, permite ao indivduo o

    surgimento de novas instncias de comportamento.

    Comportamento pode ainda ser definido como as reaes dos indivduos e as

    respostas que este apresenta a dado estmulo, sendo determinado pelo conjunto decaractersticas ambientais (adquiridas) e hereditrias (genticas), com absoro de

    http://www.google.com.br/imgres?q=comportamento+organizacional&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=MFbnAXr5ykJm7M:&imgrefurl=http://benildabezerra.com.br/professora/?p=25&docid=xcNh7MJmswzURM&imgurl=http://benildabezerra.com.br/professora/wp-content/uploads/2010/08/TbyT_BackToSchool.png&w=443&h=379&ei=E9J8T6sLjLXRAZLkiY8M&zoom=1&iact=hc&vpx=388&vpy=201&dur=459&hovh=208&hovw=243&tx=179&ty=122&sig=102490247769462068140&page=2&tbnh=148&tbnw=179&start=18&ndsp=24&ved=1t:429,r:7,s:18,i:139
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    presses exercidas no meio ambiente, estando constantemente em estado de

    adaptao aos determinantes scio-organizacionais.

    Entender o comportamento na organizao vital, uma vez que, o fator

    humano est vinculado a toda tarefa realizada sendo um impulsionador do sistema

    organizacional e da sociedade como um todo. Ento, ao considerar o processo de

    desenvolvimento organizacional, importante desenvolver nos dirigentes e

    subordinados a reflexo sobre os valores, normas, padres estabelecidos e regras

    presentes na organizao. Este agrupamento est associado educao no sentido

    de que os indivduos que fazem parte da organizao devero aprender a essncia

    de suas condutas, dos comportamentos e dos processos cognitivos e emocionais

    envolvidos em sua ao no contexto socioprofissional.Existe um velho provrbio que diz: As aparncias enganam , logo,

    importante compreender que no se pode trabalhar com dados invisveis, sendo

    necessrio conhecer os aspectos aparentes e subjacentes do comportamento, e o

    que eles podem alterar nas aes e reaes, a fim de diminuir os conflitos nos

    agrupamentos organizacionais.

    Ainda segundo o autor nos aspectos aparentes encontramos os objetivos e as

    misses a serem cumpridas, os recursos materiais a serem utilizados, acomunicao formal e informal utilizada, as normas explcitas e os valores

    declarados. Nos aspectos subjacentes temos as emoes, os sentimentos, as

    atitudes, o mecanismo de defesa e o inconsciente coletivo.

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    Destes todos citados acima, vale ressaltar a emoo, posto que, so reaes

    automticas. O agir impulsivamente geralmente traz resultados negativos. Ento,

    importante conhecer suas prprias emoes para que se tenha mais capacidade de

    deciso, saber lidar com a mesma para livrar-se de ansiedades e irritabilidades e,

    saber reconhecer as emoes nos outros, ou seja, ter empatia, a fim de conseguir

    reconhecer os sinais sociais que indicam do que os outros precisam ou o que

    querem.

    Segundo Fritz (1997), existem diferentes concepes do termo

    comportamento, ou seja, comportamento individual, comportamento grupal e

    comportamento organizacional. O comportamento individual retrata as reaes

    inerentes ao indivduo e suas condutas no contexto organizacional. O

    comportamento grupal refere-se a gama de reaes dos indivduos que compem

    um grupo. Vale ressaltar, que as aes emergentes do comportamento grupal

    retratam as vrias influncias decorrentes da dinmica existente, incluindo as

    pessoas, a interao, o sentimento, as atividades (tarefas), a comunicao e os

    objetivos.

    Entretanto, o comportamento organizacional se diferencia dos dois outros

    citados acima, em virtude, das manifestaes emergentes no contexto das

    organizaes, indicando os controles, o processo decisrio e os esquemas tcnico-

    administrativo assumidos num dado momento organizacional. de grande valia ter

    conhecimento que, embora estes comportamentos apresentem definies distintas,

    so interdependentes.

    http://www.google.com.br/imgres?q=agir+por+impulso&hl=pt-BR&biw=1366&bih=673&tbm=isch&tbnid=JRKISQMdIJGP1M:&imgrefurl=http://nazarpellon.blogspot.com/2010_08_01_archive.html&docid=mwxOAHj6gI4seM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_M3UxFaAh03g/TFcgJ83sWJI/AAAAAAAAABo/OTu6ZV3CfCc/s1600/impulsividade.jpg&w=465&h=380&ei=VNJ8T5rUOomy8QTaneTiDA&zoom=1&iact=hc&vpx=180&vpy=148&dur=251&hovh=203&hovw=248&tx=109&ty=101&sig=102490247769462068140&page=1&tbnh=140&tbnw=171&start=0&ndsp=18&ved=1t:429,r:0,s:0,i:66
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    A estrutura comportamental produz dois tipos de comportamento, o decisrio

    e o oscilatrio. O primeiro citado anteriormente remete a movimentao de algo de

    um lugar para outro, enquanto o segundo remete a movimentao de um lugar para

    outro, retornando a posio original.

    Nas organizaes observamos que muitas aes movimentam-se de um

    estado real (a situao atual) para um estado deseja do (objetivos e aspiraes). A

    ao inicialmente gerada e, ento chega ao final, uma vez que o resultado

    desejado atingido, ocorrendo um comportamento decisrio, ou seja, na

    organizao as aes de cada pessoa contam e contribuem para a energia e talento

    da empresa toda.

    A grosso modo, pode-se exemplificar o comportamento decisrio como omovimento de um carro de brinquedo, que ao empurrarmos para onde acabar sua

    fora, no retorna ao local inicial. J o comportamento oscilatrio pode ser

    exemplificado por uma cadeira de embalo, que ao ser empurrada vai para trs, mas

    retorna a posio inicial.

    O sucesso muitas vezes conduzido ao fracasso, e por isso, d-se nfase ao

    estudo do comportamento nas organizaes, ressaltando o mesmo como uma das

    mais valiosas possibilidades e perspectivas para a implantao de programa dequalidade. Portanto, importante fazer o indivduo repensar constantemente seus

    atos e atitudes, valores e crenas, a fim de contribuir para a tica organizacional,

    respeitando as regras de interesse comum e interagindo saudavelmente nas

    relaes interpessoais.

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