Relações Internacionais e Globalização...Módulo I: Origens de nosso tempo Aula 3 (3ª-feira, 27...

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Relações Internacionais e Globalização DAESHR014- 13SB (4-0-4) Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI [email protected] UFABC – 2019.I Aula 4 6ª-feira, 22 de fevereiro

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Relações Internacionais e GlobalizaçãoDAESHR014- 13SB

(4-0-4) Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI

[email protected]

UFABC – 2019.I

Aula 4

6ª-feira, 22 de fevereiro

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A Quinta

Revolução Tecnológica e a globalização

produtiva e financeira

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Módulo I: Origens de nosso tempo

Aula 3 (3ª-feira, 27 de fevereiro): A Quinta Revolução Tecnológica e a globalização produtiva e financeira

Texto base I:

PÉREZ, Carlota (2009) “Technological revolutions and techno-economic paradigms”, p. 3-22, http://technologygovernance.eu/files/main/2009070708552121.pdf

Texto base II:

HARVEY, David (2014) “Introdução”, p. 11-14, “Capítulo 1: Liberdade é apenas mais uma palavra...”, p. 15-47.

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Globalização: origens – neoliberalismo equinta revolução tecnológica

• Para entender a globalização contemporânea é precisocompreender o modo como a ascensão de uma teoriapolítica e econômica – o neoliberalismo – e uma profundatransformação do paradigma tecno-econômico vigente – aquinta revolução tecnológica – das tecnologias deinformação e comunicação – combinaram-se para gerargrandes transformações no mundo contemporâneo.

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• Schumpeter e os neoschumpeterianos falam em sucessivasondas de progresso técnico, ou sucessivas revoluçõesindustriais.

• A literatura sobre história econômica tradicional (marxista eliberal) adota uma periodização que coloca a mais recenterevolução tecnológica (a das tecnologias de informação ecomunicação – TICs) como a terceira revolução industrial(com a primeira situada em fins do século XVIII e começo doXIX e a segunda em fins do século XIX e começo do XX).

• Schumpeter e seus seguidores adotam uma periodizaçãodiferente, dividindo a primeira e a segunda revoluçãoindustrial em dois períodos cada, o que faz da mais recenterevolução industrial/tecnológica a quinta. Adotaremos estaperiodização. 7

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• A ideia de que alterações radicais nas formas de produzir deuma sociedade ou de uma época são eventos com profundasimplicações não só econômicas como políticas e sociais estápresente de um ou outro modo em praticamente todas asescolas históricas, sociológicas e políticas.

• As sucessivas revoluções industriais ou tecnológicas(transições nas formas de produzir dentro de um mesmomodo de produção, o capitalismo) têm impacto profundosobre a sociedade.

• A globalização contemporânea foi, ela também, marcada poruma revolução tecnológica: a quinta (ou terceira) revoluçãotecnológica, das TICs.

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• A primeira era da globalização (meados do século XIX aprincípios do século XX, cf. Dowrick e DeLong, 2003) foiviabilizada pelo advento de uma série de inovaçõestecnológicas e institucionais que “reduziram” as distânciasdo globo:

– Transporte ferroviário e marítimo a vapor;

– Telégrafo e cabos marítimos;

– Telefone;

– Disseminação dos correios;

– Sistema financeiro internacional;

– Imperialismo e neocolonialismo.

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• A globalização contemporânea está profundamente relacionada àstransformações causadas pela quinta revolução tecnológica que,assim como no caso da primeira era da globalização, viabilizou, poruma série de inovações tecnológicas e institucionais, a “redução”das distâncias do globo:

– Microprocessadores;

– Computadores pessoais;

– Internet;

– Celulares e smartphones;

– Mercados financeiros globais operados 24 horas por dia dequalquer lugar do mundo;

– Satélites de comunicação;

– Expansão das viagens aéreas;

– Etc.10

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• Carlota Perez cunhou os conceitos de revolução tecnológicae paradigma tecno-econômico para analisar as transiçõesentre revoluções tecnológicas e seus impactos mais amplosna sociedade.

• “(...) A technological revolution (TR) can be defined as a setof interrelated radical breakthroughs, forming a majorconstellation of interdependent technologies; a cluster ofclusters or a system of systems.” (Perez, 2009: 8)

• Paradigma tecno-econômico: “the set of the most successfuland profitable practices in terms of choice of inputs,methods and technologies and in terms of organisationalstructures, business models and strategies.” (Perez, 2009:14)

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• “The current information technology revolution, forexample, opened a first technology system aroundmicroprocessors (and other integrated semi-conductors),their specialized suppliers and their initial uses incalculators, games, civil and military miniaturizing anddigitalizing of control instruments and others. After thatthere was an overlapping sequence of minicomputers andpersonal computers, software, telecoms and Internet thathave each opened new systems trajectories, while beingstrongly inter-related and inter-dependent. As theyappeared, these systems interconnected and continuedexpanding together with intense feedback loops in bothtechnologies and markets.” (Perez, 2009: 8)

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• “Five such meta-systems can be identified since the initial“Industrial Revolution” in England. Each can be seen asinaugurated by an important technological breakthrough actingas the big-bang that opens a new universe of opportunity forprofitable innovation. Such was the case of the Intelmicroprocessor, or computer on a chip, initiating the informationrevolution.” (Perez, 2009: 8)

• “What distinguishes a TR from a random collection of technologysystems and justifies conceptualizing it as a revolution are twobasic features.

1. The strong interconnectedness and interdependence of theparticipating systems in their technologies and markets.

2. The capacity to transform profoundly the rest of theeconomy (and eventually society).

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

A quinta revolução tecnológica e seus principais setores e infraestruturas

Perez 2009

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

A quinta revolução tecnológica e seu paradigma tecno-econômico

Perez 2009

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• “A techno-economic paradigm is then the result of acomplex collective learning process articulated in adynamic mental model of the best economic, technologicaland organisational practice for the period in which aspecific technological revolution is being adopted andassimilated by the economic and social system. Each TEPcombines shared perceptions, shared practices and shareddirections of change. Its adoption facilitates theachievement of the maximum efficiency and profitability andits diffusion provides a common understanding among thedifferent agents that participate in the economy, fromproducers to consumers.” (Perez 2009: 18)

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Globalização: origens – a quinta revolução tecnológica

• “Neither suburbanization nor globalization would havebeen possible without mass production and the switch tothe automobile as means of transport in the former orwithout transoceanic fibre optics, satellites and internet inthe latter.” (Perez 2009: 18)

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