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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL DIAGNÓSTICO DAS SERRARIAS DO MUNICÍPIO DE LUIS ALVES - SC VOLNEI RODRIGO PASQUALLI BLUMENAU 2007

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

DIAGNÓSTICO DAS SERRARIAS DO MUNICÍPIO DE LUIS ALVES - SC

VOLNEI RODRIGO PASQUALLI

BLUMENAU

2007

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VOLNEI RODRIGO PASQUALLI

DIAGNÓSTICO DAS SERRARIAS DO MUNICÍPIO DE LUIS ALVES - SC

Relatório de Estágio Supervisionado

apresentado ao Curso de Engenharia

Florestal do Centro de Ciências Tecnológicas

da Universidade Regional de Blumenau, para

a obtenção parcial do título de Engenheiro

Florestal.

Orientador: Prof. M. Sc Jackson Roberto

Eleotério

BLUMENAU

2007

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Dedico a todos que de qualquer forma

contribuíram para que este trabalho se

concretizasse em especial aos meus pais

Valmar e Adelaide, aos meus irmãos, Jorge e

Fernanda e a minha companheira Regiane.

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AGRADECIMENTO

A Deus, fonte de inspiração que me permite vencer os obstáculos da vida.

A minha mãe Adelaide, ao meu pai Valmar, ao meu irmão Jorge, a minha irmã

Fernanda e a minha namorada Regiane pelo apoio e incentivo;

Aos professores que me passaram o conhecimento e as diretrizes para o

sucesso da vida profissional;

A Prefeitura Municipal de Luis Alves, por ter aceitado o pedido de estágio e a

todos os funcionários que contribuíram para a realização deste trabalho, em especial ao

Sr. Eduardo Gielow, advogado, ao Sr. Nélio Luciani, secretário da Agricultura e Meio

Ambiente Municipal e ao Sr. Rogério José da Rocha, engenheiro agrônomo e

supervisor das atividades desenvolvidas no estágio;

Ao professor Jackson Roberto Eleotério por ter me orientado no estágio e no

desenvolvimento deste relatório;

Aos amigos que sempre estiveram batalhando juntos para vencer os desafios e

as dificuldades.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – PREFEITURA MUNICIPAL ..………………………………………………… 10

FIGURA 2 – SECRETARIA DA AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE (SAMA) ........... 11

FIGURA 3 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO E DA ÁREA DE ESTUDOS ........................... 12

FIGURA 4 – DISTRIBUIÇÃO DOS COMUNICADOS ……………………………………. 19

FIGURA 5 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS SERRARIAS ......................................... 23

FIGURA 6 – PALLET E EMBALAGEM PARA TRANSPORTE DE BANANA .............. 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9

1.1 INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O ESTÁGIO .......................................10

1.2 MUNICÍPIO ......................................................................................................11

2 OBJETIVOS............................................................................................................13

2.1 OBJETIVO GERAL ..........................................................................................13

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................13

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................14

4 METODOLOGIA.....................................................................................................16

4.1 SERRARIAS ....................................................................................................16

4.2 QUESTIONÁRIO..............................................................................................16

4.3 DISTRIBUIÇÃO DOS COMUNICADOS ...........................................................18

4.4 ENTREVISTA ..................................................................................................19

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................21

5.1 SERRARIAS ....................................................................................................21

5.2 FUNCIONÁRIOS E FAIXA SALARIAL .............................................................22

5.3 LOCALIZAÇÃO................................................................................................23

5.4 FATURAMENTO..............................................................................................24

5.5 REFLORESTAMENTOS..................................................................................24

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5.6 ORIGEM DA MATÉRIA-PRIMA........................................................................25

5.7 DIMENSIONAMENTO DAS SERRARIAS........................................................27

5.8 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .....................................................................28

5.9 PROCESSAMENTO ........................................................................................29

5.9.1 Estoques ......................................................................................................29

5.9.2 Diâmetro das toras .......................................................................................29

5.9.3 Rendimentos ................................................................................................30

5.9.4 Resíduos ......................................................................................................31

5.9.5 Produtos .......................................................................................................32

5.10 DESTINO DOS PRODUTOS ...........................................................................33

5.11 DIFICULDADES...............................................................................................35

6 CONCLUSÃO .........................................................................................................36

7 RECOMENDAÇÕES...............................................................................................37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................38

ANEXOS ........................................................................................................................40

ANEXO I - COMUNICADO..........................................................................................40

ANEXO II - QUESTIONÁRIO ......................................................................................41

ANEXO III – COORDENADAS GEOGRÁFICAS DAS SERRARIAS ...........................43

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1 INTRODUÇÃO

O setor madeireiro sempre esteve presente nos diversos momentos da história

nacional e mundial. Sua importância cresceu e cresce de acordo com a demanda

ascendente em função da sua utilização nos mais variados usos, desde móveis e

essências, até fonte de energia para grandes empresas.

A globalização da economia contribuiu ainda mais com o acirramento da

concorrência entre as empresas de base florestal. Cada qual passou a preocupar-se

tomando decisões no sentido de tirar o máximo proveito da matéria-prima disponível e

aperfeiçoar o processo produtivo. Os objetivos das empresas passam a ser o baixo

custo e a alta qualidade, definindo quem permanece no mercado.

O uso de produtos madeiráveis tende a ser cada vez mais adequado. Isto se

deve ao aumento das exigências dos consumidores conscientes da nova realidade e da

preservação de um conjunto de valores singulares de cada cultura e da maior

responsabilidade de cada um, para com o todo (Giustina, 2001).

A região sul do Brasil merece lugar de destaque por se tratar de estados onde

houve grande exploração de espécies florestais nobres, tais como o pinheiro-do-paraná

(Araucaria angustifolia), canela preta (Ocotea catharinensis) e canela sassafrás (Ocotea

odorifera). Esta intensa exploração, contribuiu para o surgimento do setor madeireiro

nos estados sulistas do país que por sua vez, adaptou-se para nova realidade de fonte

de matéria-prima baseada em espécies exóticas dos gêneros Pinus spp e o Eucalyptus

spp. Estes, por sua vez, assumiram um papel fundamental no cenário do setor florestal,

substitundo quase a totalidade das espécies nativas devido as restrições legais de

exploração e a superioridade de produção. Atualmente, grande parte das micro e

pequenas empresas encontram dificuldades neste novo mercado competitivo, exigente

e que requer alta produtividade.

No Município de Luis Alves existem inúmeras serrarias, em geral de empresas

de pequeno porte. Preocupado com a atual situação das mesmas, a Prefeitura

Municipal, através da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente promove o

desenvolvimento do presente estágio a fim de diagnosticar detalhadamente os maiores

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problemas enfrentados, bem como, as potencialidades do setor.

A disparidade e a falta de informações das atividades desenvolvidas no setor

madeireiro do município justificam a necessidade do desenvolvimento do presente

trabalho que abordará de forma coordenada os aspectos quantitativos e econômicos

coletados através de questionário “in loco” servindo de base para futuras decisões

gerenciais tanto do ponto de vista empreendedor quanto da esfera sócio-política.

1.1 INSTITUIÇÃO ONDE FOI REALIZADO O ESTÁGIO

A Prefeitura Municipal de Luis Alves foi fundada em 18 de Julho de 1958,

localiza-se no baixo vale do Itajaí, litoral norte de Santa Catarina, fazendo parte da

região administrativa da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí

(AMFRI).

Figura 1 – Prefeitura Municipal

A gestão da Prefeitura Municipal conta com sete secretarias; a Secretaria da

Educação, Secretaria da Saúde, Secretaria de Finanças, Secretaria de Administração,

Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, Secretaria de Obras e a Secretaria de

Turismo. Os Conselhos da Saúde, Assistência Social, Infância e Adolescente,

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Educação, Transporte Escolar e Merenda, também fazem parte da gestão

administrativa do município. Atualmente a Prefeitura conta com um total de cento e

setenta e quatro funcionários nos diversos setores.

Figura 2 – Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente (SAMA)

O estágio iniciou em fevereiro de 2007 e terminou em junho do mesmo ano. Foi

desenvolvido nas dependências da Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente (SAMA),

localizada no parque de eventos municipal. O supervisor de estágio, Eng. Agr. Rogério

José da Rocha é funcionário da Prefeitura Municipal e atua nas áreas agrícolas,

florestais e ambientais, bem como, atendendo as necessidades cabíveis de

licenciamentos e autorizações de projetos no município.

1.2 MUNICÍPIO

O município de Luis Alves detém uma área de 260,3 km², com localização

geográfica nas coordenadas Latitude 26º 42’ 17” e Longitude 48º 55’ 51” e altitude

média de 63 m acima do nível do mar. Sua distância da capital Florianópolis é de

aproximadamente cento e quarenta quilômetros. Limita-se, ao norte com Barra Velha e

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São João do Itaperiú, ao sul com Ilhota, a leste com Navegantes e Piçarras e a oeste

com Gaspar, Massaranduba e Blumenau.

Figura 3 – Mapa de localização e da área estudos.

Luis Alves apresenta beleza em suas paisagens destacando sempre a

natureza, levando o título de "O Paraíso Verde do Vale". O clima é do tipo Temperado

quente, com temperatura média entre 16ºC e 28ºC. Sua população é de

aproximadamente 9.200 habitantes, em geral, de etnias alemã, açoriana, italiana,

polonesa e francesa.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo geral diagnosticar e destacar a

importância das serrarias do Município de Luis Alves – SC.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são:

� Elaborar um banco de dados das serrarias do município;

� Quantificar o volume de madeira processada no município, bem como, o

faturamento do setor;

� Identificar a origem e o destino da madeira;

� Analisar as características estruturais e logísticas das unidades serrarias;

� Diagnosticar as maiores potencialidades e os maiores problemas do setor.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Mais de sessenta por cento da área do território nacional está coberta por

florestas naturais e plantadas. Esta extensa área florestal mostra o enorme potencial do

país para a fabricação de produtos de madeira, dentro os quais destaca-se a madeira

serrada (ABIMCI, 2004)

O setor de base florestal é um dos mais importantes do país, de acordo com a

Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente, o setor de

base florestal participa com 3,1% do Produto Interno Bruto nacional e o setor das

indústrias de madeiras processada mecanicamente representa aproximadamente 1,0%.

Nas serrarias, em geral, o fator rendimento é fundamental para o sucesso e a

viabilidade da atividade, Júnior, et al (2005), determinou o rendimento do desdobro

convencional de 100 toras de Pinus taeda em cinco classes diamétricas que variou de

35,24% a 43,92% de aproveitamento.

A indústria de processamento primário de madeira deve produzir

madeira serrada de qualidade, aproveitando, ao máximo, a matéria-

prima, a fim de obter uma maior rentabilidade. Para alcançar esta

meta, deve-se controlar a eficiência do aproveitamento do produto

principal, determinada como rendimento, bem como a capacidade

produtiva e os custos de produção de madeira serrada. O rendimento

ou porcentagem de aproveitamento é a relação entre o volume de

madeira serrada produzido e o volume de toras produzido (REVISTA

DA MADEIRA).

Nos resíduos das diferentes indústrias madeireiras, o volume pode ser

determinado através da relação input matéria-prima output produtos (PATZAK, 1977).

O estado de Santa Catarina desempenha um papel importante no contexto

florestal histórico do país. E o setor madeireiro é um dos mais tradicionais na economia

do Estado concentrando-se principalmente na região do planalto Norte e Serrano

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(INBUSINESS, 2002).

A participação dos produtos de madeira serrada corresponde por 29,8% dentre

os demais produtos fabricados no estado de Santa Catarina (celulose de fibra longa,

pasta de alto rendimento, aglomerado, compensado e outros), ou seja, 3.092.014 m³ de

madeira, só perdendo para celulose de fibra longa que representa 52,4% do total

(ABIMCI, 2004).

O nível tecnológico na industrialização da madeira está diretamente ligado à

capacidade de investimento. A falta de capital implica no uso de sistemas e

equipamentos inadequados à obtenção de bons rendimentos e qualidade (AMBIENTE

BRASIL, 2007).

A secagem é uma etapa indispensável no processo de

industrialização da madeira serrada, pois melhora sua estabilidade

dimensional, aumenta a resistência mecânica e melhora suas

propriedades físicas, térmicas e acústicas (ABIMCI, 2004).

De modo geral, as serrarias e estabelecimentos industriais, micro e pequenas

empresas, representam em torno de 88% do total de estabelecimento registrados e

detém uma média de 19 funcionários (IPT, 2002).

O porte das serrarias é classificado em função do seu respectivo faturamento.

De acordo com a Lei Nº 9841, de 5 de Outubro de 1999, as empresas que obtém a

receita bruta anual até R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) são

classificadas como microempresas e empresas de pequeno porte.

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4 METODOLOGIA

4.1 SERRARIAS

As primeiras atividades efetuadas foram o levantamento e localização das

serrarias do município. Com auxilio de uma lista de contribuintes municipais, foi possível

obter informações básicas, tais como, nome e endereço de todas as unidades

registradas. As demais madeireiras foram localizadas e incluídas na pesquisa durante o

processo de entrevistas, isto é, ao final de uma determinada entrevista, interrogava-se o

entrevistado a fim de localizar a madeireira mais próxima do local. Este método se

mostrou eficiente como complemento das informações obtidas pelo método das listas

de contribuintes municipais.

Depois de localizada as serrarias restantes, as mesmas foram adicionadas ao

banco de dados cadastral da pesquisa. Com este método acredita-se que todas as

madeireiras com atividade no município foram cadastradas no banco de dados,

contribuindo ainda mais com a significância da pesquisa.

Foram cadastradas trinta serrarias no município de Luis Alves e também foi

possível observar a existência de várias outras unidades que utilizam madeira como

fonte de matéria prima, porém, com características distintas. Estas utilizam madeiras já

desdobradas, ou seja, são pequenas empresas fabricantes de caixas para embalagens

de banana que utilizam as madeiras já desdobradas para produção das mesmas. Para

a elaboração do presente trabalho, foi cadastrado e contabilizado somente as serrarias

que utilizam madeiras em toras como fonte de matéria prima.

4.2 QUESTIONÁRIO

O presente estudo é elaborado e fundamentado com base ao questionário que

serviu de ferramenta fundamental para a coleta e padronização dos dados. A

elaboração do questionário está diretamente ligada às características intrínsecas do

setor madeireiro do município de Luis Alves. Todas as serrarias do município

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receberam previamente um comunicado explicativo do projeto, bem como, eventuais

esclarecimentos. Isto contribuiu para que o projeto obtivesse maior credibilidade e

transparência, fator fundamental para a obtenção de dados verídicos posteriores. Os

modelos do comunicado e do questionário estão anexos ao final do relatório.

Todas as informações obtidas são resultados das entrevistas efetuadas “in loco”

com proprietários ou responsáveis pelas serrarias, que contribuíram espontaneamente

para desenvolvimento do presente relatório de forma a proporcionar a maior

confiabilidade e precisão nos resultados. Estas informações são de vital importância

para a pesquisa, pois os resultados estão diretamente ligados e dependentes das

informações obtidas.

É importante relatar que a receptividade dos proprietários e responsáveis foi

muito além das expectativas, isto é, caracteristicamente o setor madeireiro atual é

resultado de uma pequena evolução das serrarias tradicionalmente familiares de

pequeno porte. Inicialmente, este tradicionalismo foi motivo de preocupação quanto às

omissões e sub-estimativas de dados importantes, porém, pode-se observar que houve

uma compreensão por parte dos proprietários no sentido desta pesquisa servir como

ferramenta para o próprio setor contribuindo para o auto conhecimento coletivo. Suas

potencialidades, sua estrutura coletiva e suas maiores dificuldades ainda não

estudadas tecnicamente resultam num setor ainda desorganizados e desordenado do

ponto de vista geral.

O questionário continha todos os embasamentos necessários para dar suporte

a entrevista de forma coordenada e lógica, isto é, os tópicos referentes aos dados da

empresa, a implantação, origem da matéria prima davam início a entrevista e na

seqüência aos dados de estruturas físicas, porte, logística davam continuidade que por

fim, destino e produtividade findavam o levantamento.

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4.3 DISTRIBUIÇÃO DOS COMUNICADOS

O comunicado tornou-se uma ferramenta importante no processo de divulgação

e esclarecimento para com os proprietários e responsáveis das madeireiras, bem como,

serviu de apoio para próxima etapa da efetiva entrevista.

No momento de distribuição dos comunicados nas unidades das serrarias,

foram levantados os pontos de coordenadas geográficas com o auxilio de um GPS de

bolso para posterior elaboração de um mapa ilustrativo da localização das mesmas. E

também foi fornecido todo tipo de informações referentes ao projeto, a fim de motivar os

envolvidos a participar da pesquisa que servira de importante ferramenta fomentadora

de conhecimento, valorização e contribuindo para o fortalecimento do mesmo.

No ato da distribuição dos comunicados, um levantamento fotográfico com

imagem panorâmica da empresa foi efetuado sempre que permitido, bem como, a

coleta de informações, tais como; nomes, telefones e endereços para cadastro e

especialmente para posterior agendamento das entrevistas.

A distribuição dos comunicados deu-se entre meados do mês de Fevereiro e 20

de março. Durante a distribuição dos comunicados, houve apenas seis proprietários

que se disponibilizaram prontamente para efetuar as entrevistas neste momento.

Os comunicados foram entregues para quarenta e oito unidades que utilizam

madeiras em toras e desdobradas como fonte de matéria prima. Destas, duas unidades

encontravam-se recentemente desativadas, outras duas não aderiram à pesquisa e

quatorze unidades não serão analisadas neste projeto por utilizar madeiras já serradas

como fonte de matéria prima. Das unidades que não aderiram à pesquisa, apenas uma

utiliza madeiras em tora como fonte de matéria prima, isto é, num total de trinta e uma

unidades, o índice de abstenção foi de apenas 3,2 %.

A figura seguinte mostra a localização de todas as serrarias que receberam o

comunicado.

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Figura 4 – Distribuição dos comunicados

4.4 ENTREVISTA

As entrevistas pré-agendadas facilitaram o processo de coleta de dados

proporcionando maior comodidade para o entrevistado e o entrevistador. Os horários

das entrevistas foram estabelecidos de acordo com as disponibilidades de cada

serraria, o que dificultou expressivamente o desenvolvimento da pesquisa em

detrimento aos restritos números de entrevistas agendadas no período matutino pré-

determinado para o desenvolvimento do estágio. Portanto, os horários preferenciais

foram antes das oito horas, no intervalo do almoço e após o expediente de trabalho.

As entrevistas “in loco” foram conduzidas de forma informal, tornando-se de

certa forma, uma conversa, onde foram abordados vários assuntos inerentes à

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atividade, em especial os efetivos interesses da pesquisa.

O tempo médio necessário para cada entrevista foi de aproximadamente vinte

minutos e a realização do levantamento de dados ocorreu entre 20 de março a 20 de

abril de 2007. Ao iniciar a conversa, o entrevistador fazia uso de um breve resumo do

objetivo da pesquisa e sua importância para contribuir ainda mais na obtenção de

dados confiáveis através das informações fornecidas.

As entrevistas ocorreram de forma aleatória no município, de modo que ao final

de uma determinada entrevista, haja outra pré-agendada localizada numa localidade

relativamente distante, implicando em aumento de custos operacionais e expressivo

aumento da duração do levantamento.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 SERRARIAS

De acordo com as tabelas abaixo, foram cadastradas trinta serrarias no

município que utilizam madeira em tora como fonte de matéria prima.

Tabela 1: Serrarias Nº EMPRESAS BAIRRO ENTREVISTADO CARGO

1 Valdemar Reichert Alto Máximo Valdemar Reichert Proprietário

2 Madereira Will Laranjeiras José Alberto Will Proprietário

3 Valdir Bompani Braço Direito Valdir Bompani Funcionário

4 Maria de Lurdes Gans Madeiras - ME Rio do Peixe Maria de Lurdes Gans Proprietária

5 José Mauri Zimermann Laranjeiras José Mauri Zimermann Proprietário

6 Marcelo Eduardo Henning Wust LTDA Centro Marcelo Eduardo H. Wust Sócio

7 Indústria e Comércio de Madeiras Lau LTDA Braço Direito Lauro Orlando Rossi Proprietário

8 Indústria de Madeiras Erigil LTDA ME Braço Direito Erivelton Bompani Sócio

9 Serraria Pasquali Laranjeiras Vilto Ademar Pasquali Proprietário

10 Indústria e Comércio de Madeiras Balsaneli LTDA Máximo Anderson Balsaneli Proprietário

11 Ivã Rubens Luçolli LTDA Baixo Canoas Antônio Luçolli Proprietário

12 Tiedt Comércio e Representações LTDA Serafim Ronaldo Tiedt Sócio

13 Indústria e Comércio de Madeiras Cel LTDA ME Ribeirão do Padre Gilmsar Herb Proprietário

14 Tomé Madeiras ME Alto Canoas Tomé José Valdrich Proprietário

15 Indústria e Comércio de Madeiras Kreff LTDA Laranjeiras Bernardo Kreff Funcionário

16 Antônio Francisco Müller Ribeirão do Padre Antônio Francisco Müller Proprietário

17 Indústria e Comércio de Móveis Logear Braço Elza Arlindo Gorges Proprietário

18 Indústria e Comércio de Madeiras Hoffmann LTDA ME Serafim Olávio Finasse Sócio

19 Roseli Terezinha Provesi Soares ME Ribeirão do Padre Oracides Soares Proprietário

20 Olindio Haskel Braço Elza Olindio Haskel Proprietário

21 Serramaiss ME Vila Nova Luisa Edite Müller Maiss Proprietário

22 Indústria e Comércio de Madeiras Jumüller LTDA Braço miguel José Brás Müller Proprietário

23 W.V. Campigotto Ind. e Com. de Madeiras LTDA ME Garuva Valdinei Campigotto Proprietário

24 V.C. Schweitzer CIA LTDA Baixo Canoas Valdir Schveitzer Proprietário

25 Indústria e Comércio de Madeiras Reichert LTDA ME Rio do Peixe Adilson Reichert Proprietário

26 Indústria e Comércio de Medeira Baixo Máximo LTDA Ribeirão Máximo Silvio Ranghett Proprietário

27 Ind. e Com. Rech e Desdobramento de Madeira LTDA Braço Elza Valberto Rech Sócio

28 Indústria e Comércio de Madeiras Schweitzer LTDA Baixo Canoas Antônio Carlos Schveitzer Sócio

29 N.J. Reichert & CIA LTDA ME Rio do Peixe Nilson José Reichert Proprietário

30 Valfredo Schweitzer Baixo Canoas Valberto Schweitzer Proprietário

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As unidades serrarias da tabela 1 estão organizadas em função do volume

médio processado anualmente, crescendo da menor (número um), para a maior

(número trinta). As coordenadas geográficas das serrarias estão em anexo.

É importante ressaltar que em nenhuma das serrarias houve assistência técnica

no momento da implantação para planejamentos, logísticas, capacidades de produção,

etc. Esta característica evidencia a atual deficiência tecnológica e de rendimento

operacional na cadeia de custódia das empresas no município.

5.2 FUNCIONÁRIOS E FAIXA SALARIAL

Os funcionários contabilizados são todos os trabalhadores fixos, independente

de registros. Nos casos de serrarias com uso de mão-de-obra familiar, contabilizaram-

se todos os trabalhadores, porém, os proprietários ou sócios que participam do pró-

labore não são contabilizados.

Tabela 2: Números de funcionários e faixa salarial Nº. de Funcionários Faixa Salarial (R$/mês)

Critérios Total R N.R. < 500 500 – 900 901 – 1300 1301 – 1700 > 1700 Médio 5,8 5,5 3,0 4,2 5,0 2,3 1,5 2,0 TOTAL 175 142 33 25 129 16 3 2 Legenda: R: Registrados e N.R.: Não Registrados

O número total de funcionários nas serrarias são 175, dos quais, 81% são

registrados e 19% trabalham sem registro. O número de funcionários por serrarias varia

de 2 a 12 funcionários e a média se manteve em 5,8 funcionários por unidade serraria.

A grande maioria dos funcionários (74%) se enquadra na faixa salarial que varia

de R$ 500,00 a R$ 900,00, seguido das classes < R$ 500,00 (14%) e as demais

somam 12%.

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5.3 LOCALIZAÇÃO

De modo geral, as madeireiras estão localizadas nas áreas de fácil acesso, ou

seja, próximo de estradas e rodovias principais facilitando o tráfego de caminhões e

cargas pesadas.

A figura abaixo ilustra a localização das serrarias no município bem como a

produção anual média dividida em três classes.

Figura 5 – Mapa de localização das serrarias

A figura acima ilustra também as principais rodovias e estradas que servem de

vias de acesso ao município. Pode-se observar que metade (15 serrarias) estão

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localizadas a menos de 1 km de distância das principais vias.

5.4 FATURAMENTO

As serrarias do município de Luis Alves são de pequeno porte, porém são

numerosas, isto reflete no montante faturado anualmente conforme tabela abaixo:

Tabela 3: Faturamento anual das serrarias Parâmetros Faturamento anual (R$)

Médio 788.433,30 TOTAL 22.653.000,00

O total faturado anualmente pelo setor, supera vinte e dois milhões de reais. Os

faturamentos variam de vinte mil a quase dois milhões de reais por serraria e a média

supera setecentos e oitenta mil reais. Estes valores comprovam a importância que o

setor exerce no município.

Os valores de faturamento foram estimados pelos proprietários e responsáveis

das serrarias em função da produtividade média mensal, multiplicada pelo valor médio

unitário produzido mensalmente e posteriormente multiplicado por doze para obtenção

dos valores anuais.

De acordo com a legislação, as serrarias analisadas classificam-se em micro e

pequenas empresas, sendo que os faturamentos médios anual das empresas não

ultrapassam R$ 1.200.000,00, segundo os entrevistados.

5.5 REFLORESTAMENTOS

Apesar das serrarias dependerem diretamente da disponibilidade de matéria

prima proveniente de reflorestamento, o total das áreas reflorestadas pelas serrarias

não contribui para a sustentabilidade das mesmas.

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Tabela 4: Reflorestamentos das serrarias

Fatores Área Atual de Efetivo Plantio (ha) Árvores plantadas

0 - 5 anos

5 - 10 anos

10 - 15 anos

15 - 20 anos

20 - 25 anos

> de 25 anos (Nº)

Eucalyptus 149,9 54,0 87,1 60,0 0,0 0,0 526700 Pinus 48,8 15,8 49,2 0,0 4,0 5,0 173700 Sub-total 198,8 69,8 136,3 60,0 4,0 5,0

� 473,8 700400

Em função da expressiva insuficiência de reflorestamentos e da

insustentabilidade, custos com fretes, investimentos em frotas de caminhões para

transporte de madeira, motoristas, entre outros, tendem a aumentar consideravelmente

os custos gerando problemas de viabilidade financeira e comercialização do produto

final.

É possível observar 42% do total de áreas reflorestadas encontra-se com

idades de zero a cinco anos, ou seja, quase a metade da área total são plantios

recentes e não estão disponíveis para produção.

Mais adiante veremos que o maior volume consumido pelo setor é do gênero

Pinus, porém, o gênero predominante nos plantios efetuados pelas serrarias é o

Eucalyptus com a participação de 65% da área total reflorestada.

5.6 ORIGEM DA MATÉRIA-PRIMA

A distância da fonte de matéria prima é muito importante do ponto de vista

logístico e financeiro. Foi considerado para efeito de padronização de características,

somente as matérias primas em estado bruto, ou seja, em forma de toras, as unidades

serrarias com fontes de matérias primas desdobradas não são contabilizadas como já

relatado anteriormente.

Os volumes, bem como suas respectivas distâncias estão organizados por

fornecedores, espécies e percentagem de acordo com a tabela abaixo:

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Tabela 5: Origem e distância da fonte de matéria-prima VOLUME (m³/ano) Distância

Fornecedor Pinus spp

Eucalyptus spp Nativas TOTAL (%) Média

(Km)

Próprio 0,0 480 0,0 480 0,3 1,5 Mobasa 65664 0,0 0,0 65664 45,3 283 Terceiros 4224 35204 408 39836 27,5 40 Comfloresta 31728 480 0,0 32208 22,2 110 Klabin 6408 0,0 0,0 6408 4,4 263 Rigesa 240 0,0 0,0 240 0,2 150 Tupi 0,0 240 0,0 240 0,2 150

� 74,6 (%) 25,1 (%) 0,3 (%) 145.076 100 176 (*) (*) Média ponderada da distância

É possível observar que os fornecedores estão divididos em sete categorias, a

categoria “próprio” considera que a fonte de matéria prima utilizada na serraria seja da

mesma organização. A categoria “terceiros” considera que a fonte de matéria obtida

pela serraria dá-se por fornecedores, em geral, pessoas físicas com trabalho autônomo,

desconhecendo-se a origem anterior das madeiras. As demais categorias são

empresas de maior porte que detêm a maior participação no volume total de matéria

prima.

As categorias “próprio e terceiros” participam com apenas 27,3% do total de

matéria prima consumida, onde, 11% é do gênero Pinus spp, 89% é do gênero

Eucalyptus spp e apenas 0,3% são espécies nativas oriundas de manejos florestais

para fins de usos em construções em propriedades de produtores rurais. A principal

característica destas classes é a distância reduzida devido à quase totalidade dos

povoamentos estarem localizados no mesmo município.

Os resultados encontrados mostram que 74,6% do total de matéria prima

processada pelas serrarias no município de Luis Alves é do gênero Pinus spp, 25,1% é

do gênero Eucalyptus spp e 0,3% são espécies nativas totalizando 145.076 m³ de

madeira processada anualmente. A média de metros cúbicos processada por mês é de

12.090 m³ de madeira, isto equivale a aproximadamente 600 M³ por dia.

A empresa Mobasa (Modo Battistella Reflorestamento S/A), contribui com

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45,3% do volume total e caracteristicamente, é o fornecedor com maior distância entre

os demais fornecedores (283 km). Resultando assim, em um aumento da média

ponderada da distância em função do grande volume originário desta mesma empresa.

A média ponderada da distância é de 176 km. Vale lembrar que esta é somente a

distância entre o ponto de partida até o ponto de chegada e que as distâncias

percorridas pelos caminhões são de aproximadamente 352 km, o que implica em altos

custos de transportes.

Os transportes terceirizados são responsáveis por apenas 14% do volume total

de matéria-prima transportada. Foram considerados transportes próprios, todos os

fretes efetuados por caminhões da própria serraria.

5.7 DIMENSIONAMENTO DAS SERRARIAS

Os dados dimensionais em unidades de área foram estimados considerando o

tamanho total da área utilizada pela empresa.

Tabela 6: Mensuração aproximada Discriminação Menor área (m²) Média das áreas (m²) Maior área (m²) Área total da empresa 165 3.616 10.000 Pátio 99 3.114 9.400 Estrutura coberta 66 502 2.496

A tabela acima mostra que as áreas de ocupação e utilização das empresas

são relativamente pequenas, variando de 165 a 10.000 m². A média das áreas totais é

de 3.616 m², sendo que 3.114 m² é a média das áreas de pátio e a média das

estruturas cobertas (incluindo depósitos de serragem, serraria, escritórios, depósitos,

etc) é de aproximadamente 502 m².

Todos os pátios tiveram a mesma função; estocagem de toras, resíduos

(casqueiros, refilos e destopo), e de tabuados e sarrafeados. Em alguns casos o pátio é

utilizado para secagem da madeira ao ar. Na totalidade dos casos, os pátios são

desprovidos de cobertura para proteção solar e de chuvas.

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5.8 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Neste item veremos as características das serrarias em função das máquinas e

equipamentos, porém, é importante lembrar que dentre todas as serrarias, constatou-se

a existência de apenas duas estufas de secagem e talhas e somente um picador e um

depósito de madeira serrada.

Tabela 7: Máquinas e equipamentos Máquinas e equipamentos TOTAL

Serra fita 30 Serra circular 24 Múltipla 24 Depósito de madeira serrada 1 Destopadeira 18 Refiladeira 13 Empilhadeira 21 Talha 2 Picador 1 Trator 10 Caminhão 37 Estufa de Secagem 2

Todas as serra fitas são do tipo simples, de uma única fita de corte na serra e

ocorreu exatamente uma única serra fita para cada serraria. Houve serrarias que não

contam com caminhões próprios para transporte das mercadorias, neste caso, esta

atividade é terceirizada. O total de caminhões para transporte exclusivo de madeiras é

de 37, isto resulta em média de 1,2 caminhões por serrarias.

Apenas doze serrarias, apresentaram sistemas de abastecimento de carros

porta toras automatizados. Com exceção do carro porta toras, os demais equipamentos

são operados manualmente, sem uso se esteiras, correntes, e demais processos

automatizados. De modo geral, a tecnologia de processamento adotada nas serrarias

não favorece a alta produtividade e a competitividade com empresas de portes maiores.

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5.9 PROCESSAMENTO

5.9.1 Estoques

Os estoques considerados no levantamento são estimados em volume (m³) em

ambos os casos, isto é, para a média volumétrica dos estoques de toras e de produtos

processados foram considerados os volumes médios permanentes em todas as

unidades serrarias, bem como os valores totais são resultados da soma das médias das

trinta serrarias.

Tabela 8: Estoques Parâmetros Toras (m³) Produtos processados (m³)

Média 67 63 TOTAL 2.010 1.890

Entre os produtos processados então contabilizados as embalagens (pallets e

caixas para transporte de frutas) em unidades volumétricas de acordo com as

informações obtidas nas entrevistas considerado um tempo de permanência superior a

20 dias no estoque, bem como, toda a produção que é submetida à secagem. Esta, por

sua vez, corresponde com aproximadamente 30% de todos os produtos processados

(14840 m³/ano).

Não foi possível determinar as perdas de secagem por rachaduras,

empenamentos e outros devido à falta de conhecimentos e informações precisas por

meio das entrevistas.

5.9.2 Diâmetro das toras

A tabela abaixo demonstra que existe alta variabilidade de diâmetro das toras

processadas. As estimativas são obtidas em função da extremidade (ponta) mais fina

da tora desconsiderando a espessura da casca.

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Tabela 9: Diâmetros processado Critérios Diâmetros processados (cm) Mínimo 10,0 a 25,0 Médio 16,5 a 49,9

Máximo 25,0 a 100,0

Embora os equipamentos, em sua maioria, estejam aptos para processar toras

de maior diâmetro, usaram-se padrões estimativos das toras efetivamente

desdobradas. A variabilidade nas classes de diâmetro aumentou do mínimo para o

máximo em função da grande diferença de porte de equipamentos entre as serrarias.

De acordo com os entrevistados, o diâmetro médio das toras influencia

diretamente no rendimento independente das espécies utilizadas, conforme podemos

encontrar na literatura.

5.9.3 Rendimentos

Os rendimentos são resultados da relação entre volume bruto (toras) e o

volume de madeira serrada (limpa). Os valores obtidos foram convertidos para metros

cúbicos, ou seja, a tabela abaixo demonstra os resultados estimados dos rendimentos

obtidos do rendimento de um metro cúbico bruto.

Foi necessário converter os valores de unidades estéreo para metro cúbico

bruto (tora), para tanto se adotou uma relação de 0,70 como fator de correção adotado.

Para estimar o rendimento, dividiu-se a produção serrada (em metros cúbicos)

gerada num determinando espaço de tempo (mês, semestre, ano), pelo volume bruto

(metros cúbicos em tora), o resultado multiplicado por 100 para obter valores

percentuais como mostra a tabela seguinte:

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Tabela 10: Rendimentos Rendimento (%) Critérios Pinus spp Eucalyptus spp Nativas

Mínimo 30,3 33,3 30,0 Médio 39,9 41,8 30,0

Máximo 50,0 55,6 30,0

Os dados de rendimentos são muito importantes, porém, observou-se que

grande parte dos entrevistados não detinha valores precisos nem mesmo banco de

dados gerenciais.

Contudo os valores estimados pelos entrevistados estão relativamente de

acordo com a realidade encontrada no setor. O questionário foi elaborado de maneira

que seja possível confrontar as informações de rendimento em percentagem com os

rendimentos em metros cúbicos estimados pelos entrevistados.

Os resultados obtidos através das percentagens estimadas pelos entrevistados

mostram que a média ponderada entre os rendimentos das serrarias é de 34%

independente das espécies, ou seja, 49.465 m³ do total de 145.076 m³. E o resultado

obtido através dos valores de subtração entre volume total de matéria prima e o volume

total dos resíduos é significativamente inferior aos 34% mencionados anteriormente,

isto é, somente 16.600 m³ anuais correspondente a 11% do volume total. Foi possível

observar esta diferença e confirma a falta de controle dos dados no sistema de

produção interno das serrarias.

5.9.4 Resíduos

Os destinos dos resíduos estão representados na tabela abaixo de acordo com

as cidades e o percentual de volumes.

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Tabela 11: Destinos dos resíduos Cidades Volume (m³/ano) (%) Blumenau 314 0,64 Indaial 314 0,64 Luis Alves 10542 21,34 Brusque 13906 28,19 Itajaí 23630 47,86 Ilhota 510 1,09 Massaranduba 110 0,24

� 49.326 100

O total de volume apresentado na tabela acima é o resultado da soma entre a

serragem (43%) e os casqueiros, refilos e destopos (57%). Para o calculo, foi utilizada a

relação de 34% de rendimento descrito no item anterior. A cidade de Itajaí obtém o

maior percentual dos resíduos.

Em todos os casos, os resíduos serão utilizados para geração de energia após

ser transportados e processados. Em geral os casqueiros, refilos e destopos são

acondicionados temporariamente no pátio da empresa até que o volume atinja a

capacidade máxima de carga do caminhão que transporta o mesmo para picadores

transformando-os em cavacos. As serragens são acondicionadas em depósitos

(caixas), a protegida de umidade e permitindo que os caminhões transportadores sejam

carregados com facilidade. Os transportes destes materiais são de competência dos

clientes, não havendo entregas através de caminhões das serrarias.

5.9.5 Produtos

Entre as serrarias analisadas, foi possível constatar seis unidades que

desdobram madeiras e utilizam o a produção para fabricação de caixas de madeira

utilizadas para o transporte de banana. Porém, os resíduos desta fabricação são

irrelevantes quando comparado aos resíduos da tabela 11, sendo assim, não foram

desconsiderados.

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Tabela 12: Proporcionalidade Produtos (%) Sarrafeados 10,6 Tabulados 77,4 Pallets 11,9 Embalagem de madeira para transporte de frutas 0,1

Os produtos mais fabricados em função do volume são os tabulados com

participação de 77,4%, seguido dos pallets e sarrafeados que somam 22,5% e por fim,

as caixas de banana que contribuem com apenas 0,1% do total de volume.

As embalagens estão representadas pela figura abaixo:

Figura 6 – Pallet (esquerda) e embalagem para transporte de banana (direita)

5.10 DESTINO DOS PRODUTOS

Os principais destinos dos produtos foram classificados pelos estados

brasileiros, entre eles está Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito

Santo e Minas Gerais.

As cidades destinatárias mais comuns do estado de Santa Catarina são: Luis

Alves, Barra Velha, Massaranduba, Ilhota, Jaraguá, Itajaí, Blumenau, Florianópolis e

Timbó. Para o estado do Paraná e Espírito Santo, a produção destinava-se às cidades

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de São Mateus do Sul e Cachoeira do Itapemirim respectivamente, nos demais estados,

as cidades localizavam-se próximas das capitais e regiões metropolitanas.

Tabela 13: Estados destinatários Estados (%) Distância média estimada (Km) Santa Catarina 48,0 90 São Paulo 28,8 700 Rio de Janeiro 15,7 1.100 Espírito Santo 3,9 1.500 Paraná 3,5 200 Minas Gerais 0,2 1000

A metade da produção total é transportada até o destino pelas próprias

serrarias, esta informação contabiliza os fretes terceirizados pelas serrarias que muitas

vezes não possuem caminhões para transporte. É importante lembrar que não houve

serrarias exportadoras.

A média ponderada das distâncias em função do volume transportado é de

aproximadamente 485 Km, isto é, a distância total percorrida pelos caminhões neste

caso é de quase 1.000 Km.

O setor da construção civil é responsável pela absorção de aproximadamente

78,5% do volume total produzido nas serrarias estudadas. O setor de embalagem que

inclui as caixas para transporte de banana e Pallets somados ao setor de móveis

contribuem com apenas 21,5% do total.

Tabela 14: Proporcionalidade entre os setores Setores (%) Embalagens (Cx. para bananas e Pallets) 15,0 Moveleiro 6,5 Construção Civil 78,5

De acordo com a tabela 12, podemos observar que os materiais produzidos

(sarrafeados e tabulados) destinam-se ao setor da construção civil, moveleiro e

aproximadamente 3,0% são acrescidos ao setor de embalagens após o transporte aos

destinos constados na tabela 13.

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5.11 DIFICULDADES

Ao final da entrevista, foram registradas as maiores dificuldades e problemas

enfrentados nas serrarias do ponto de vista geral. O resultado obtido está representado

na tabela abaixo de acordo com a proporção das principais dificuldades ocorridas nas

entrevistas.

Tabela 15: Maiores dificuldades do setor Maiores dificuldades (%) Inadimplências 27,5 Insuficiência de capital de giro 25,0 Insuficiência de assistência técnica 15,0 Altos custos com fretes 12,5 Alto custo da matéria-prima 10,0 Impostos 10,0

Conforme a tabela acima, a maior dificuldade encontrada no setor está

relacionada com inadimplências. Problema este, extremamente importante, podendo

prejudicar a continuidade da atividade e até mesmo resultar em eventual falência da

mesma.

Aproximadamente 30% dos entrevistados apresentaram ter problemas de

capital de giro, em sua maioria, isto se deve ao fato do pagamento da matéria-prima ser

efetuado antes do faturamento de sua produção.

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6 CONCLUSÃO

A distância média ponderada da fonte de matéria-prima e dos destinos dos

produtos processados, 176 e 485 km respectivamente, é relativamente alta frete ao

porte das serrarias e aos custos da própria madeira.

O nível tecnológico e a inexistência de acompanhamento técnico especializado

dificultam o potencial de competitividade das serrarias analisadas no mercado cada vez

mais exigente.

A média do rendimento obtido no desdobro de toras das serrarias analisadas se

manteve dentro das normalidades encontradas na literatura.

A secagem é efetuada em apenas 30% do volume total processado, sendo que

98% deste utilizam o método de secagem ao ar e apenas 2% seca em estufas de

secagem.

As espécies do gênero Pinus spp participam com 74,6% de toda matéria-prima

consumida pelas serrarias do município de Luis Alves.

O faturamento de R$ 22.653.000,00 é expressivo e demonstra o potencial de

produção e a importância do setor no município.

A falta de uma linha de crédito financeiro com taxas de juros e prazos

acessíveis contribui com a permanência de empresas com problemas de capital de giro

e tecnologias não competitivas.

Entre as maiores dificuldades, a inadimplência foi a que mais se destacou

ocorrendo em 27,5% das entrevistas.

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7 RECOMENDAÇÕES

Buscar e analisar linhas de crédito específicas para o setor, com taxas e prazos

acessíveis.

Agregar valores às madeiras processadas através de métodos de secagens.

Promover a implantação de reflorestamento no município, com

acompanhamento técnico, objetivando a produção de madeira sólida e redução dos

custos de fretes e de matéria-prima.

Organizar e unificar o setor de serrarias de forma a contribuir com os interesses

em comum.

Atualização e ampliação contínua do banco de dados desenvolvido neste

trabalho para fins de monitoramento e diagnósticos posteriores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2004.

ABIMCI; Secagem de Serrados e Lâminas de madeira. Artigo Técnico Nº 27–

Novembro 2004.

ABIMCI; Setor de processamento mecânico da madeira no estado de Santa

Catarina. Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal. 2004.

AMBIENTE BRASIL; A Industrialização de Produtos Madeireiros. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/> Acesso em: 10 abr. 2007.

BRASIL. Lei nº. 9841, de 5 de Outubro de 1999. Institui o Estatuto da Microempresa

e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico

diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos arts. 170 e 179 da

Constituição Federal. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos

Jurídicos, D.O.U. de 6.10.1999.

GIUSTINA, M. D. As Madeiras Alternativas como Opção Ecológica Para o

Mobiliário Brasileiro. Florianópolis: UFSC, 2001.

INBUSINESS; Santa Catarina bate recorde na exportação. Informativo do Centro

Internacional de Negócios da FIESC ; Ano 3 – nº 19 – abril de 2002.

IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS; Prospectiva tecnológica da

cadeia produtiva madeira e móveis. Divisão de Produtos Florestais – Programa

Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial, 67 p, Abril 2002.

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JUNIOR, M. I. M.; ROCHA, M. P.; JUNIOR, R. T.; Rendimento em madeira serrada de

Pinus taeda para duas metodologias de desdobro; FLORESTA, Curitiba, PR, v. 35,

n. 3, set./dez. 2005.

PATZAK, W. Energia da madeira e de resíduos: Estágio atual da pesquisa e da

prática na Alemanha ocidental. In: Seminário Floresta: POTENCIAL ENERGÉTICO

BRASILEIRO, 1977. p. 73-83.

REVISTA DA MADEIRA; Desdobro da madeira de eucalipto na serraria. Nº 75 - ano

13 - agosto de 2003.

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ANEXOS

ANEXO I - COMUNICADO

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ANEXO II - QUESTIONÁRIO

Universidade Regional de Blumenau - Departamento de Engenharia Florestal

DIAGNOSTICO DO SETOR MADEIREIRO DE LUIS ALVES Cidade: Luis Alves. CEP: 89115-000 Data: / / Empresa: _____________________________________________________________________________________ Endereço: ___________________________________________ Nº _____ Bairro ____________________________ Responsável pela empresa: _______________________________________________________________________ Responsável pelas informações: __________________________________Cargo: ___________________________ Fone: (47) ___________________ FAX (47) __________________ E-mail: ________________________________ Qual o número total de funcionários? Registrados (Nº): Familiar / Não reg. (Nº): Faixa Salarial funcionários:

R$ < 500 500 - 900 901 - 1300 1301 - 1700 > 1700 Nº de Funcionários Faturamento méd. ano da empresa: R$ _________________ Implantação: Houve assessoria/assistência técnica/planejamento? Sim Não FLORESTA: Plantio Próprio: Volume / Nº de árvores

Espécie Classe de Idade Área de efetivo plantio em hectares

M³ st Nº de árvores

0 – 5 anos 5 – 10 anos 10 – 15 anos 15 – 20 anos 20 – 25 anos

Eucalyptus spp

Acima de 25 anos 0 – 5 anos 5 – 10 anos 10 – 15 anos 15 – 20 anos 20 – 25 anos

Pinus spp

Acima de 25 anos 0 – 5 anos 5 – 10 anos 10 – 15 anos 15 – 20 anos 20 – 25 anos

Outras Espécies. Qual: Acima de 25 anos ORIGEM DA MADEIRA:

Fornecedor ou Próprio Cidade UF Espécie Distancia

média (Km)

Frete próprio

(%)

Frete terceiro

(%)

Vol. ao Ano (M³)

1 2 3 4

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SERRARIA: Máquinas (Nº) Serra Fita

Serra Circular Múltipla Destopad. Refilad. Empilhad. Picador Trator Caminh. Outro

__________

Área total da empresa: __________m² Área total com cobertura: __________m² Área total do pátio: __________m² Pátio coberto: Pátio sem cobertura: Depósito: Descascamento antes do desdobro: Sim Não Diâmetro processado (cm): Min. _____ Máx. ____ Estoque de toras no pátio (M³) ________ Estoque beneficiados aprox. (M³) ________ CX banana (Un) ______ Rendimento obtido no desdobro: Pinus st ou M³ bruto ���� M³ serrado Eucalyptus st ou M³ bruto ���� M³ serrado Percentagem da produção que é seca: _________% Perdas (rachadura, Empenamento, etc): _______ % Métodos: Ao ar Convencional

Resíduos / subprodutos Casqueiro/ Refilos/ Destopo Serragem Volume (M³/st ao ano) Acondicionamento Destino (cidade) Uso posterior PRINCIPAIS PRODUTOS FABRICADOS

Sarrafo Tabulado Bloco Laminado Compensado Aglomerado CX banana Outros _________

Prod. (%) Tem alvará: Sim Não Tem licenciamento ambiental? Sim Não Destino da madeira:

Cidade UF Frete

próprio (%)

Frete terceir.

(%)

Distância média (Km)

Vol. (M³/ ano)

Móv

el (%

)

Con

str.

Civ

il (%

)

Pape

l (%

)

Em

bala

g (%

)

Out

ro (%

)

1 2 3 4 5 Quais as maiores dificuldades encontradas na empresa? 1_____________________________________________________________________________________________2_____________________________________________________________________________________________3_____________________________________________________________________________________________ Sugestões eventuais para sanar (Investimentos, Organização do Setor, Acompanhamento Técnico, etc)? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

1) Coordenada Geog. UTM __________________________ m E, __________________________ m S;

2) Levantamento fotográfico (se possível);

3) Indicação da próxima empresa: ______________________________________ Fone: (47) _____________

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ANEXO III – COORDENADAS GEOGRÁFICAS DAS SERRARIAS

N EMPRESAS COORDENANAS GEOGRÁFICAS 1 Valdemar Reichert 22 J 706383 m E ; 7038211 m S 2 Madereira Will 22 J 711316 m E ; 7035168 m S 3 Valdir Bompani 22 J 703808 m E ; 7044096 m S 4 Maria de Lurdes Gans Madeiras - ME 22 J 713319 m E ; 7041066 m S 5 José Mauri Zimermann 22 J 712204 m E ; 7035444 m S 6 Marcelo Eduardo Henning Wust LTDA 22 J 706295 m E ; 7042670 m S 7 Indústria e Comércio de Madeiras Lau LTDA 22 J 704625 m E ; 7042983 m S 8 Indústria de Madeiras Erigil LTDA ME 22 J 703700 m E ; 7044165 m S 9 Serraria Pasquali 22 J 713500 m E ; 7037136 m S 10 Indústria e Comércio de Madeiras Balsaneli LTDA 22 J 707995 m E ; 7039621 m S 11 Ivã Rubens Luçolli LTDA 22 J 713406 m E ; 7042727 m S 12 Tiedt Comércio e Representações LTDA 22 J 700302 m E ; 7038100 m S 13 Indústria e Comércio de Madeiras Cel LTDA ME 22 J 710448 m E ; 7042358 m S 14 Tomé Madeiras ME 22 J 717366 m E ; 7048851 m S 15 Indústria e Comércio de Madeiras Kreff LTDA 22 J 711236 m E ; 7035102 m S 16 Antônio Francisco Müller 22 J 711084 m E ; 7042426 m S 17 Indústria e Comércio de Móveis Logear 22 J 709153 m E ; 7047030 m S 18 Indústria e Comércio de Madeiras Hoffmann LTDA ME 22 J 704614 m E ; 7041613 m S 19 Roseli Terezinha Provesi Soares ME 22 J 710408 m E ; 7042602 m S 20 Olindio Haskel 22 J 708830 m E ; 7044855 m S 21 Serramaiss ME 22 J 712857 m E ; 7042059 m S 22 Indústria e Comércio de Madeiras Jumüller LTDA 22 J 708478 m E ; 7045493 m S 23 W.V. Campigotto Ind. e Com. de Madeiras LTDA ME 22 J 715576 m E ; 7035790 m S 24 V.C. Schweitzer CIA LTDA 22 J 714125 m E ; 7043390 m S 25 Indústria e Comércio de Madeiras Reichert LTDA ME 22 J 715930 m E ; 7039714 m S 26 Indústria e Comércio de Medeira Baixo Máximo LTDA 22 J 708600 m E ; 7041429 m S 27 Ind. e Com. Rech e Desdobramento de Madeira LTDA 22 J 709087 m E ; 7046885 m S 28 Indústria e Comércio de Madeiras Schweitzer LTDA 22 J 714618 m E ; 7043886 m S 29 N.J. Reichert & CIA LTDA ME 22 J 715594 m E ; 7040039 m S 30 Valfredo Schweitzer 22 J 713882 m E ; 7044414 m S