RELATÓRIO 02 Acionamentos
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAISIPUC – Departamento de Engenharia Elétrica
Daniel Castro
Fernando Almeida Araújo
LABORÁTORIO DE ACIONAMENTOSRELATÓRIO 02EXERCÍCIO 04
Belo Horizonte2º SEMESTRE DE 2015
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1 INTRODUÇÃO
Relatório referente ao exercício 04 da Lista de exercícios – Problemas de
Acionamentos da disciplina de Laboratório de Acionamentos, que trata sobre o
controle de um único motor em partida direta para abertura/fechamento da porta de
um elevador. Foi realizado a simulação deste exercício no software CadeSimu e
realizado a montagem prática na bancada da SIEMENS no laboratório.
2 RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
2.1 O botão de comando ABRE aciona o motor fazendo-o girar em sentido horário, abrindo a porta do elevador. Ao ser totalmente aberta, a chave de fim de curso (normalmente fechada) b1 é acionada, momento no qual o motor deverá ser desligado;
Para isto foi implementado um botão BA para acionamento da bobina do contator
KA com selo para permitir o acionamento do motor M1 com partida direta em sentido
horário através do contator de potência KA. A chave NF fim de curso b1 foi instalada
em série com alimentação da bobina KA para que em caso de a porta ao abrir
acionar a chave fim de curso o motor seja desligado.
2.2 O botão de comando FECHA aciona o motor fazendo-o girar em sentido anti-horário, fechando a porta do elevador. Ao ser totalmente fechada, a chave de fim de curso (normalmente fechada) b2 é acionada, momento no qual o motor deverá ser desligado;
Neste caso foi implementado um botão BF para acionamento da bobina do
contator KF com selo para permitir o acionamento do motor M1 com partida direta
em sentido anti-horário através do contator de potência KF. A chave NF fim de curso
b2 foi instalada em série com alimentação da bobina KF para que em caso de a
porta fechar acionar a chave fim de curso o motor seja desligado. Para evitar que
seja enviado o comando de abrir e fechar a porta ao mesmo tempo, foi instalado em
série de cada bobina KA e KF, o intertravamento elétrico com contato NF de cada
bobina.
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2.3 Após o comando de abrir ou fechar a porta, o motor deverá ter um tempo máximo de 15 segundos para completar a operação. Ao final desse prazo o motor deverá ser automaticamente desligado, mesmo que as chaves de fim de curso não tenham sido acionadas;
Esta é uma medida de segurança implementada para evitar que o motor
permaneça em funcionamento por falha nas chaves fim de curso de abertura ou
fechamento. Para isso foi utilizado um NA de cada bobina KA e KF em paralelo, para
acionar um relé temporizado na energização KT com 15 segundos. Ao se passar
este tempo um contato NF do relé KT abre a alimentação principal do comando e
desliga o motor.
2.4 O acionamento de um botão de comando (abre ou fecha) exclui o funcionamento do outro até que o motor pare;
Para evitar este problema foi implementado o intertravamento elétrico entre as
bobinas KA e KF.
2.5 Caso a chave EMERGÊNCIA seja pressionada, o motor deverá ser imediatamente desligado;
Instalado um botão de emergência BE com contato NF na alimentação
principal do comando, para que em caso de acionamento deste botão o circuito de
comando seja todo desenergizado e o motor desligado.
2.6 A atuação do relé de sobrecarga do motor M1desliga-o imediatamente;
Instalado um contato NF do relé de sobrecarga RT1 na alimentação principal
do comando, para que em caso de acionamento do relé por sobrecarga no motor, o
circuito de comando seja todo desenergizado e o motor desligado.
2.7 O sistema deverá prever proteção contra inversão ou falta de fase, situações nas quais o motor deverá ser imediatamente desligado;
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Instalado um contato NA do relé de supervisão RFFT na alimentação principal
do comando, para que em caso de inversão ou falta de fase, o circuito de comando
possa abrir e ser desenergizado e o motor desligado.
2.8 O sentido de giro do motor deverá ser sinalizado por duas lâmpadas distintas, uma quando a porta estiver sendo aberta e outra quando ela estiver sendo fechada;
Para isto foi instalado em paralelo a bobina KA uma lâmpada amarela HA e
em paralelo a bobina KF uma lâmpada HF. Em caso de acionamento do motor para
abrir ou fechar a porta, uma das lâmpadas vai acender para indicar a situação de
funcionamento do elevador.
3 COMENTÁRIO DOS RESULTADOS
A montagem da prática foi realizada na aula do dia 26/09 na bancada da
SIEMENS e inicialmente foram testados os acionamentos e proteções do comando e
logo após o circuito de potência do motor.
Desta forma observamos na prática o funcionamento do sistema do elevador
com único motor para abrir e fechar a porta, com parada através de fim de curso,
tempo de funcionamento, botão desliga e emergência e proteções do circuito e da
máquina.
Com auxílio do professor realizamos algumas medições nos períodos
transitórios de partida e parada do motor. Logo abaixo vamos analisar os dados do
motor e estes resultados:
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Foto 1 – Dados do motor
Através da foto 1 podemos observar os dados do motor, que nos informa que
este é um motor com duplo polo, ou seja, podemos ligar com 6 ou 8 polos. Em
nossa montagem realizamos a ligação do motor com 6 polos para obtermos maior
velocidade de rotação.
Portanto o motor utilizado na montagem foi de 6 polos, 220V, 0.25cv, 60Hz,
1140rpm, In 1.1A, IP44 e isolamento classe B.
Foto 2 – Medidor de corrente para tensão
Para medir os resultados de partida e parada do motor foi utilizado um
conversor de medidas de corrente para tensão interligado ao osciloscópio, que mede
as formas de onda, para obtermos através de conversões, a forma de onda da
partida e da parada do motor. A escala utilizada no medidor foi de 100mV/A.
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Foto 3 – Medição da velocidade do motor
A medição da velocidade do motor foi de 1198.4 rpm, sendo bastante próxima
do valor nominal de 1140 rpm, neste caso temos então um motor operando um
pouco acima do valor nominal. As curvas de aceleração e desaceleração vão indicar
estes valores próximos do nominal.
Foto 4 – Partida do motor
Com o uso do osciloscópio conseguimos obtermos a forma de onda no
momento da partida do motor e analisando este resultado, chegamos nas seguintes
conclusões:
- Corrente nominal da onda próxima de 130mV = 1,3A, sendo acima do valor
nominal de 1,1A da placa do motor, porém como já constatado na velocidade de
rotação acima do valor da nominal de placa, a corrente também deveria e foi maior
que a nominal de placa.
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- Corrente máxima de partida de 480mV = 4,8A, confirmado a instrução de
que a corrente de partida varia entre 4 a 8 vezes a corrente nominal. Neste caso a
corrente de partida foi 4,36 vezes o valor da corrente nominal de placa.
- Tempo de aceleração próximo de 140ms, sendo um tempo bastante baixo
para aceleração do motor até atingir as condições nominais de operação.
Foto 5 – Parada do motor
Na foto 5 apresenta o gráfico de parada do motor, devido o momento de
desligamento do motor, neste caso chegamos as seguintes conclusões:
- Corrente nominal da onda próxima de 130mV = 1,3A, sendo o mesmo valor
que na onda de partida do motor, pois em ambos os casos a condição nominal é a
mesma.
- Corrente máxima na parada de 540mV = 5,4A, sendo um valor um pouco
maior que na condição de partida do motor, entretanto dentro da faixa de 4 a 8
vezes o valor da nominal de placa.
- Tempo de desaceleração próximo de 200ms, sendo um tempo maior que na
aceleração do motor, isso nos demonstra que este motor demora maior tempo para
desacelerar do que para acelerar.
4 CONCLUSÃO
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Neste trabalho de simulação, montagem e relatório conseguimos confirmar
diversas teóricas abordadas no início da disciplina de Laboratório de acionamentos e
constatar que na prática, a base teórica funciona bem, os valores são bastante
próximos dos esperados.
Uma das diferenças detectadas foi entre a simulação via software e a
montagem na bancada, que podem divergir devido a diferença de componentes
disponíveis no mercado, ou seja, na simulação conseguimos componentes com
diversos contatos NA e NF, porém isso não é possível na pratica devido o
equipamento tem suas limitações.