Relatorio 1 DIANA

download Relatorio 1 DIANA

of 72

Transcript of Relatorio 1 DIANA

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    1/72

    5

    1 INTRODUO

    A construo civil tem tido posio de destaque na economia do pas

    com uma significativa participao de 5,4% no PIB brasileiro, e com taxa de

    crescimento do PIB do setor da construo civil em 5,5% (IBGE, 2010). Este

    fato permite que as empresas procurem reduzir ou eliminar todas as

    deficincias na gesto dos processos construtivos e na administrao dos

    recursos humanos, visando aumentar sua produtividade e sua capacidade

    competitiva no mercado imobilirio. (RIBEIRO, 2011, p. 15).

    De acordo com Pastore (1998 apud CARDOSO NETO et al.,[200-]),

    estimativas do Banco Mundial indicam que para cada 1% de crescimento na

    infraestrutura corresponde, em mdia, um crescimento de 1% do PIB. E para

    cada 1% de crescimento do PIB corresponde um crescimento de cerca de

    0,5% do emprego. Portanto, uma expanso de 1% na infraestrutura faz o

    emprego crescer 0,5%.

    Ressalta-se a partir da, a preocupao dos empresrios do ramo da

    construo civil em definir procedimentos que promovam maior facilidade na

    gesto das operaes nos interiores dos canteiros de obras. Para tanto

    necessrio elaborao de um projeto de canteiro acompanhado de um

    planejamento das aes que sero realizadas na obra, buscando eficincia da

    mo de obra, minimizao nos custos de produo do empreendimento,

    segurana e desta forma tornar a empresa mais competitiva. (RIBEIRO, 2011,

    p. 15).

    Essa procura gerou uma escassez na oferta de imveis em funo da

    rapidez de crescimento da cidade. Desta forma, muitas dessas obras so

    realizadas sem que seja dada a devida importncia aos critrios tericos etcnicos para o planejamento das aes a serem executadas no interior dos

    seus canteiros, o que demonstra a necessidade de estabelecer procedimentos

    que facilitem o gerenciamento dessas operaes. (RIBEIRO, 2011, p. 15).

    O canteiro de obras pode ser definido basicamente como local ou rea

    reservada do terreno total do empreendimento, para disposio dos diferentes

    elementos que o compe, com objetivo de proporcionar o necessrio suporte

    s operaes desenvolvidas no seu interior para que os servios da obra

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    2/72

    6

    aconteam de maneira mais produtiva o possvel, na tentativa de reduzir os

    custos de produo da obra. (RIBEIRO, 2011, p. 15).

    Embora muitas das deficincias localizadas nos canteiros de obras tem

    origem em etapas anteriores do empreendimento, como por exemplo, na

    elaborao do projeto arquitetnico, em que a falta de compatibilizao e de

    procedimentos de execuo de servios desse projeto pode induzir erros e

    custos adicionais s obras. (RIBEIRO, 2011, p. 16).

    Segundo Tommelein (1992), os bons projetos de canteiro podem

    oferecer significativas melhorias nos processos produtivos das obras. Eles

    buscam, principalmente, favorecer a realizao de operaes seguras e

    preservar a boa moral dos operrios, alm de reduzir distncias e tempo para

    movimentao de trabalhadores e materiais, minimizando o tempo de

    movimentao de material, aumentar o tempo produtivo, evitando obstrues

    nas vias de movimentao dos materiais, equipamentos, instrumentos e

    pessoas.

    Desta forma, inegvel a influncia dos anteprojetos da construo na

    definio do tamanho das instalaes do canteiro, pois proporciona o estudo

    detalhado do local da obra, para que assim seja elaborado o projeto definitivo

    do canteiro almejando a boa qualidade de execuo dos servios da obra, alm

    de contribuir ainda com o fator econmico. (RIBEIRO, 2011, P.17).

    Sendo ainda indispensvel anlise, de alguns requisitos considerados

    importantes ao se definir o local ideal para instalao do canteiro, tais como: o

    local que o canteiro de obras ser possivelmente instalado dever ser

    permanente at o fim da construo sem atrapalhar a execuo dos trabalhos,

    ou seja, o andamento da obra; proximidade dos diversos setores entre si e do

    ponto de gua; e obter espaos livres laterais para descarregamento etransporte de materiais, porm muitas vezes no possvel que esse espao

    exista, no caso do Edifcio Tower Center, possui espao para carga e descarga

    de materiais dentro do canteiro de obras, mas vai chegar em uma etapa da

    obra, quando a Torre B for edificada, que os espaos ficaro restritos, por isso

    vai se criar alternativas para melhor atender o canteiro de obras sem estar

    obstruindo a via de acesso de veculos.

    Quanto organizao do canteiro, cada tipo de canteiro de obrascorresponde uma forma de organizao do mesmo, j que existem diferentes

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    3/72

    7

    formas de transporte e movimentao de materiais e operrios, diversos tipos

    de equipamentos, localizao das instalaes do canteiro entre outros. A

    sequncia de execuo das atividades tambm variar conforme o

    planejamento podendo existir vrias frentes de servio sendo executada ao

    mesmo tempo. (SERRA, 2001, p. 34).

    Vieira (2006) verificou que nem todas as empresas se interessam em

    investirem em seus canteiros de obras, ou seja, no planejamento do layout do

    canteiro antes de se iniciar a obra, e desta forma, observa-se, altos ndices de

    desperdcios e diversas improvisaes, alm de um elevado nvel de exigncia

    do mercado consumidor paralelo ao crescimento da competitividade. Com esta

    fala, pode-se relacionar com as obras observadas em So Miguel do Oeste,

    pois a maioria das construtoras ou empreiteiras de mo de obra se preocupam

    com a organizao do canteiro de obras, so raros os locais que encontram-se

    organizados e que oferecem subsdios para reduzir diversos tipos de gastos na

    construo civil e segurana de seus funcionrios.

    Vale ressaltar que notvel a existncia de um grande potencial de

    retorno em qualidade na obra com implantao de melhorias dos canteiros.

    O estudo do canteiro de obras parte desde observao e anlise dos

    elementos que o compe, para assim compreender e caracterizar a sua

    organizao fsica, avaliando as condies ou situaes em que se encontra o

    terreno, instrumentos de trabalho e o espao para fluxo de materiais e

    trabalhadores.

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    O objetivo geral do componente curricular intitulado: Canteiro de Obras,

    acompanhar in loco obras de arquitetura para verificar e avaliar os

    conhecimentos adquiridos na teoria.

    2.2 OBJETIVO ESPECFICO

    _ Observar in loco obras de arquitetura;

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    4/72

    8

    _ Relacionar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com as questes

    encontradas na obra;

    _ Observar o relacionamento das pessoas e empresa(s) envolvidas em uma

    obra de construo civil.

    _ Verificar as possveis diferenas entre teoria e prtica.

    _Observar e aplicar normas relativas segurana dos trabalhadores.

    _Fazer relatrios sobre o andamento das obras.

    _Observar os problemas na obra e as possveis solues encontradas.

    3 REFERENCIAL BIBLIOGRFICO: TEORIA X VIVNCIA DE OBRAS

    3.1 NORMAS REGULAMENTADORAS PARA CANTEIRO DE

    OBRAS

    As normas que regulamentam os canteiros de obras, desde sua

    instalao e segurana, so no seu total 26 NRs.

    A principal de todas a NR 18, na qual a empresa mais usa para

    organizao de seus canteiros de obras, alm de ser ela que contm todos os

    parmetro necessrios para instalaes provisrias que posteriormente

    fiscalizada por um Engenheiro de Segurana do Trabalho.

    Citar-se- os principais tpicos da norma, os que so de fundamental

    importncia na hora da instalao do canteiro de obras.

    A NR 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento

    e de organizao, que objetivam a implementao de medidas de controle e

    sistemas preventivos de segurana nos processos, nas condies e no meio

    ambiente de trabalho na Indstria da Construo, diante disso ser listadopontos importantes e assim relacionados com a visita ao Edifcio Tower Center.

    vedado o ingresso ou a permanncia de trabalhadores no canteiro de obras,

    sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR18 e compatveis

    com a fase da obra. Nesse caso, como se pode observar, com a presena

    frequente de um Tcnico em Segurana do Trabalho na obra, cada item

    pertinente cumprido, assegurando a segurana permanente dos

    trabalhadores, sujeito a pena de multa se algum item for descumprido.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    5/72

    9

    obrigatria a comunicao Delegacia Regional do Trabalho, antes do incio

    das atividades, das seguintes informaes:

    a) endereo correto da obra;

    b) endereo correto e qualificao (CEI, CGC ou CPF) do contratante,

    empregador ou condomnio;

    c) tipo de obra;

    d) datas previstas do incio e concluso da obra;

    e) nmero mximo previsto de trabalhadores na obra.

    O item acima tambm um item que est de acordo com a NR, pois antes do

    incio de qualquer obra, esses dados so informados ao rgo pertinente.

    So obrigatrios a elaborao e o cumprimento do PCMAT nos

    estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os

    aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurana.

    No caso do Tower Center, mesmo tendo menos de 20 funcionrios, o PCMAT

    foi elaborado.

    O documento apresentado acima apenas um parte dele, o PCMAT

    completo contem tambm todo cronograma de obra previsto at a sua

    concluso, mas por ser muito extenso, no foi possvel apresent-lo aqui. O

    PCMAT deve contemplar as exigncias contidas na NR 9 - Programa de

    Preveno e Riscos Ambientais e deve ser mantido no estabelecimento

    disposio do rgo regional do Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE,

    sendo este elaborado por profissional habilitado, implementao do PCMAT

    nos estabelecimentos de responsabilidade do empregador ou condomnio.

    Os documentos que integram o PCMAT so: memorial sobre condies

    e meio ambiente de trabalho nas atividades e operaes, levando-se em

    considerao riscos de acidentes e de doenas do trabalho e suas respectivasmedidas preventivas, projeto de execuo das protees coletivas em

    conformidade com as etapas de execuo da obra, especificao tcnica das

    protees coletivas e individuais a serem utilizadas, cronograma de

    implantao das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade

    com as etapas de execuo da obra, layout inicial e atualizado do canteiro de

    obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previso de

    dimensionamento das reas de vivncia, layout inicial do canteiro de obras,contemplando, inclusive, previso de dimensionamento das reas de vivncia,

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    6/72

    10

    programa educativo contemplando a temtica de preveno de acidentes e

    doenas do trabalho, com sua carga horria.

    Os canteiros de obras devem dispor de:

    a) instalaes sanitrias;

    b) vestirio;

    c) alojamento;

    d) local de refeies;

    e) cozinha, quando houver preparo de refeies;

    f) lavanderia;

    g) rea de lazer;

    h) ambulatrio, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou

    mais trabalhadores.

    Como pode-se observar na imagem 1, o canteiro possui apenas um kit

    de primeiros socorros, pois no h a necessidade de ambulatrio. Fica logo na

    entrada das instalaes provisrias e est acessvel.

    Imagem 1: Kit primeiros socorros

    Fonte: a autora

    O cumprimento do disposto nas alneas "c", "f" e "g" obrigatrio nos

    casos onde houver trabalhadores alojados, nesse caso esses quesitos noexistem no canteiro de obras do edifcio, pois nenhum funcionrio necessita

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    7/72

    11

    pernoitar no local de trabalho, porm existe espao para descanso aps o

    horrio de almoo para os que fazem suas refeies neste.

    Os canteiros de obra podem ser construdos de alvenaria, chapas de

    compensado ou containers. O canteiro em especfico de alvenaria com

    divisrias adaptadas em chapa de compensado, como pode ser observado na

    imagem 2.

    Imagem 2: Instalaes provisrias

    Fonte: a autora

    Sobre as instalaes sanitrias, entende-se como instalao sanitria o

    local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das necessidades

    fisiolgicas de excreo e proibida a utilizao das instalaes sanitrias para

    outros fins que no aqueles previstos.

    As instalaes sanitrias devem ser mantidas em perfeito estado de

    conservao e higiene, ter portas de acesso que impeam o devassamento e

    ser construdas de modo a manter o resguardo conveniente, ter paredes de

    material resistente e lavvel, podendo ser de madeira, ter pisos impermeveis,

    lavveis e de acabamento antiderrapante, no se ligar diretamente com os

    locais destinados s refeies, ser independente para homens e mulheres,

    quando necessrio, ter ventilao e iluminao adequadas, ter instalaes

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    8/72

    12

    eltricas adequadamente protegidas, ter p-direito mnimo de 2,50m (dois

    metros e cinquenta centmetros), ou respeitando-se o que determina o Cdigo

    de Obras do Municpio da obra, estar situadas em locais de fcil e seguro

    acesso, no sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e

    cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitrios, mictrios e

    lavatrios. No canteiro de obras do Edifcio Tower Center segue todas estas

    normas, um dos canteiros mais bem organizados de So Miguel do Oeste, e

    recebe um cuidado todo especial, pois as empresas CONAK E CONKASTOR

    trabalham em parceria com o SESI, que oferece todo suporte para o bem estar

    dos funcionrios e assessoria empresarial.

    A instalao sanitria deve ser constituda de lavatrio, vaso sanitrio e

    mictrio, na proporo de um conjunto para cada grupo de vinte trabalhadores

    ou frao, bem como de chuveiro, na proporo de uma unidade para cada

    grupo de dez trabalhadores ou frao, no caso canteiro em questo, possui um

    conjunto sanitrios e chuveiro, pois a obra conta com catorze funcionrios.

    Os lavatrios devem ser individual ou coletivo, tipo calha, possuir

    torneira de metal ou de plstico, ficar a uma altura de 0,90m (noventa

    centmetros), ser ligados diretamente rede de esgoto, quando houver, ter

    revestimento interno de material liso, impermevel e lavvel, ter espaamento

    mnimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centmetros), quando coletivos;

    g) dispor de recipiente para coleta de papis usados.

    O local destinado ao vaso sanitrio (gabinete sanitrio) deve ter rea

    mnima de 1,00m (um metro quadrado), ser provido de porta com trinco interno

    e borda inferior de, no mximo, 0,15m (quinze centmetros) de altura, ter

    divisrias com altura mnima de 1,80m (um metro e oitenta centmetros), ter

    recipiente com tampa, para depsito de papis usados, sendo obrigatrio ofornecimento de papel higinico.

    Nas imagens 3 e 4, pode-se observar as divisrias dos sanitrios e

    tambm a sinalizao, importante que esteja bem visvel e oriente de forma

    simples e eficaz os funcionrios.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    9/72

    13

    Imagem 3: Divisrias dos sanitrios

    Fonte: a autora

    Imagem 4: Sinalizao e informaes

    Fonte: a autora

    Os vasos sanitrios devem ser do tipo bacia turca ou sifonado, ter caixa

    de descarga ou vlvula automtica, ser ligado rede geral de esgotos ou

    fossa sptica, com interposio de sifes hidrulicos. Nesta obra os vasos so

    sifonados, com caixa de descarga e ligados rede geral de esgoto.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    10/72

    14

    Imagem 5: Ligao do esgoto sanitrio

    Fonte: a autora

    Os mictrios devem ser individuais ou coletivos, tipo calha, ter

    revestimento interno de material liso, impermevel e lavvel, ser providos de

    descarga provocada ou automtica, ficar a uma altura mxima de 0,50m

    (cinquenta centmetros) do piso, ser ligado diretamente rede de esgoto ou

    fossa sptica, com interposio de sifes hidrulicos.

    Os chuveiros devem ter rea mnima necessria para utilizao de cada

    chuveiro de 0,80m (oitenta centmetros quadrados), com altura de 2,10m

    (dois metros e dez centmetros) do piso. Os chuveiros devem ser de metal ou

    plstico, individuais ou coletivos, dispondo de gua quente, deve haver um

    suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro,

    os chuveiros eltricos devem ser aterrados adequadamente.

    Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter

    caimento que assegure o escoamento da gua para a rede de esgoto, quando

    houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.

    Todo canteiro de obra deve possuir vestirio para troca de roupa dos

    trabalhadores que no residem no local. A localizao do vestirio deve ser

    prxima aos alojamentos e/ou entrada da obra, sem ligao direta com o

    local destinado s refeies.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    11/72

    15

    Imagem 6: Vestirios

    Fonte: a autora

    Os vestirios devem ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente,

    ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente, ter

    cobertura que proteja contra as intempries, ter rea de ventilao

    correspondente a um dcimo de rea do piso, ter iluminao natural e/ou

    artificial, ter armrios individuais dotados de fechadura ou dispositivo com

    cadeado, ter p-direito mnimo de dois metros e cinquenta centmetros, ou

    respeitando-se o que determina o Cdigo de Obras do Municpio, da obra, ser

    mantidos em perfeito estado de conservao, higiene e limpeza, ter bancos em

    nmero suficiente para atender aos usurios, com largura mnima de 0,30m

    (trinta centmetros).

    Na questo de alojamentos necessrio quando a partir de um funcionrio

    precisar dormir no local da obra, no caso do canteiro do Tower Center, no

    existe alojamento porque todos os funcionrios so de So Miguel do Oeste,

    onde o edifcio est sendo construdo. Em caso de necessidade de se ter

    alojamento no canteiro de obras, deve-se consultar a NR 18 que trata deste

    assunto, juntamente com todos os demais quesitos necessrios para canteiro

    de obras.

    Nos canteiros de obra obrigatria a existncia de local adequado para

    refeies, devendo este ter paredes que permitam o isolamento durante as

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    12/72

    16

    refeies, ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavvel, ter

    cobertura que proteja das intempries, ter capacidade para garantir o

    atendimento de todos os trabalhadores no horrio das refeies, ter ventilao

    e iluminao natural e/ou artificial, ter lavatrio instalado em suas proximidades

    ou no seu interior, ter mesas com tampos lisos e lavveis, ter assentos em

    nmero suficiente para atender aos usurios, ter depsito, com tampa, para

    detritos, no estar situado em subsolos ou pores das edificaes, no ter

    comunicao direta com as instalaes sanitrias, ter p-direito mnimo de

    2,80m (dois metros e oitenta centmetros), ou respeitando-se o que determina o

    Cdigo de Obras do Municpio, da obra.

    Independentemente do nmero de trabalhadores e da existncia ou no

    de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o

    aquecimento de refeies, dotado de equipamento adequado e seguro para o

    aquecimento.

    Imagem 7: Cozinha e refeitrio

    Fonte: a autora

    obrigatrio o fornecimento de gua potvel, filtrada e fresca, para os

    trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo

    equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    13/72

    17

    Este um dos equipamentos que no estava bem instalado, o local no

    era apropriado, devia estar mais protegido, e o prprio Tcnico de Segurana

    do Trabalho, admitiu que no teve outra alternativa a no ser instalar neste

    local e ele sabe que est errado, longe para os funcionrios utilizarem e o

    acesso com obstculos e demorado.

    Imagem 8: Bebedouro

    Fonte: a autora

    Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve ter ventilao

    natural e/ou artificial que permita boa exausto, ter p-direito mnimo de dois

    metros e oitenta centmetros, ou respeitando-se o Cdigo de Obras do

    Municpio da obra, ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material

    equivalente, ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fcil

    limpeza, ter cobertura de material resistente ao fogo, ter iluminao natural

    e/ou artificial, ter pia para lavar os alimentos e utenslios, possuir instalaes

    sanitrias que no se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos

    encarregados de manipular gneros alimentcios, refeies e utenslios, no

    devendo ser ligadas caixa de gordura, dispor de recipiente, com tampa, para

    coleta de lixo, possuir equipamento de refrigerao para preservao dos

    alimentos, ficar adjacente ao local para refeies, ter instalaes eltricas

    adequadamente protegidas, quando utilizado GLP, os botijes devem ser

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    14/72

    18

    instalados fora do ambiente de utilizao, em rea permanentemente ventilada

    e coberta.

    3.1.1 Escavaes e fundaes

    A rea de trabalho foi previamente limpa, sendo retirados os entulhos da

    antiga construo e limpeza de vegetaes e entulhos das instalaes

    provisrias, rochas, equipamentos, materiais e objetos que existiam no local,

    para garantir a segurana e organizao do local. Este sofreu escavao para

    construo da edificao.

    Muros, edificaes vizinhas e todas as estruturas que possam ser

    afetadas pela escavao foram ser escorados, e mais tarde, um dos muros de

    divisa passar por um sistema de reforo chamado de estaqueamento, pois

    este est sofrendo uma patologia, a caracterstica de embarrigamento" e

    rachaduras, correndo o risco de vir runa, porm com este tratamento de

    estacas, ser o suficiente para tratar deste caso.

    Para elaborao do projeto e execuo das escavaes a cu aberto,

    sero observadas as condies exigidas na NBR 9061/85 - Segurana de

    Escavao a Cu Aberto da ABNT, devidamente acompanhado pelo

    responsvel da obra, o Engenheiro Fernando Olavo Bieger.

    Como as escavaes tinham mais de um metro e vinte e cinco

    centmetros de profundidade, conforme recomendaes da NR 18, estas

    dispunham de rampas, colocadas prximas aos postos de trabalho, a fim de

    permitir, em caso de emergncia, a sada rpida dos trabalhadores.

    Os materiais retirados da escavao foram transportados para outro

    local, onde se deposita esse material que no ser utilizado e o material deescavao do baldrame ficou dentro do canteiro de obras, pois iria ser

    imediatamente concretagem curada do baldrame, estes serem cobertos.

    Os acessos de trabalhadores, veculos e equipamentos s reas de

    escavao devem ter sinalizao de advertncia permanente, conforme

    imagem abaixo, a entrada de carga e descarga a mesma, porm

    devidamente sinalizada, sendo que pela falta de espao para entradas

    distintas, que seria o correto, o canteiro de obras possui entrada nica.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    15/72

    19

    Imagem 9: Entrada do canteiro de obras

    Fonte: a autora

    proibido o acesso de pessoas no autorizadas s reas de escavao

    e cravao de estacas.

    O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe

    treinada.

    Os cabos de sustentao do pilo devem ter comprimento para que

    haja, em qualquer posio de trabalho, um mnimo de seis voltas sobre o

    tambor.

    Na execuo de tubules a cu aberto, a exigncia de escoramento

    (encamisamento) fica a critrio do engenheiro especializado em fundaes ou

    solo, considerados os requisitos de segurana, no caso esse procedimento no

    foi necessrio.

    O equipamento de descida e iamento de trabalhadores e materiais

    utilizado na execuo de tubules a cu aberto deve ser dotado de sistema de

    segurana com travamento. A escavao de tubules a cu aberto,

    alargamento ou abertura manual de base e execuo de taludes, deve ser

    precedida de sondagem ou de estudo geotcnico local.

    Em caso especfico de tubules a cu aberto e abertura de base, o

    estudo geotcnico ser obrigatrio para profundidade superior a 3 (trs)

    metros.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    16/72

    20

    Observando os itens acima, todos esses procedimento foram realizados,

    devidamente acompanhados pelo engenheiro responsvel e tambm foi

    realizado estudo geotcnico do local, pois os tubules possuam 3 metros de

    profundidade.

    3.1.2 Armaes de ao

    A dobragem e o corte de vergalhes de ao em obra devem ser feitos

    sobre bancadas ou plataformas apropriadas e estveis, apoiadas sobre

    superfcies resistentes, niveladas e no escorregadias, afastadas da rea de

    circulao de trabalhadores. Este procedimento no realizado no canteiro de

    obras, a Empresa CONAK possui um depsito na qual encontra-se todo

    estoque de materiais e espao protegido para essa prtica, sendo assim, toda

    ferragem vai montada para o canteiro de acordo com a necessidade.

    3.1.3 Equipamento de Proteo Individual - EPI

    A empresa obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI

    adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento,

    consoante as disposies contidas na NR 6 - Equipamento de Proteo

    Individual - EPI.

    Para toda equipe de funcionrio disponibilizado kit completo de EPI e

    EPC, alm de uniformes.

    3.1.4 Armazenagem e estocagem de materiais

    Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a no

    prejudicar o trnsito de pessoas e de trabalhadores, a circulao de materiais,

    o acesso aos equipamentos de combate a incndio, no obstruir portas ou

    sadas de emergncia e no provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes,

    lajes ou estruturas de sustentao, alm do previsto em seu dimensionamento.

    O estoque de materiais no canteiro de obras feito em pequenas

    quantidades e transportado ao local conforme necessidade de uso econforme o estgio da obra.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    17/72

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    18/72

    22

    Conforme obervado, todo local sinalizado e a sinalizao de fcil

    visualizao e entendimento.

    3.1.6 Treinamento

    Todos os empregados recebem treinamento ao serem admitidos e

    periodicamente tambm so realizados encontros para reforar as questes de

    segurana e repassar novos ensinamentos, visando a garantir a execuo de

    suas atividades com segurana.

    O treinamento admissional deve ter carga horria mnima de 6 (seis)

    horas, ser ministrado dentro do horrio de trabalho, antes de o trabalhador

    iniciar suas atividades, constando de:

    a) informaes sobre as condies e meio ambiente de trabalho;

    b) riscos inerentes a sua funo;

    c) uso adequado dos Equipamentos de Proteo Individual - EPI;

    d) informaes sobre os Equipamentos de Proteo Coletiva - EPC, existentes

    no canteiro de obra.

    O treinamento peridico deve ser ministrado:

    a) sempre que se tornar necessrio;

    b) ao incio de cada fase da obra.

    Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cpias dos procedimentos

    e operaes a serem realizadas com segurana.

    3.1.7 Ordem e limpeza

    O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo edesimpedido, notadamente nas vias de circulao, passagens e escadarias.

    O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente

    coletados e removidos. Por ocasio de sua remoo, devem ser tomados

    cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.

    Quando houver diferena de nvel, a remoo de entulhos ou sobras de

    materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecnicos ou calhas

    fechadas.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    19/72

    23

    proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do

    canteiro de obras, fato que acontece frequentemente nas obras e muitas vezes

    nenhuma providncia tomada.

    proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais

    inadequados do canteiro de obras. Semanalmente o lixo acumulado e

    recolhido por empresa de recolhimento de lixo e levado at o aterro.

    3.1.8 Tapumes

    obrigatria a colocao de tapumes ou barreiras sempre que se

    executarem atividades da indstria da construo, de forma a impedir o acesso

    de pessoas estranhas aos servios.

    Os tapumes devem ser construdos e fixados de forma resistente, e ter

    altura mnima de 2,20m (dois metros e vinte centmetros) em relao ao nvel

    do terreno, como observa-se na imagem 11.

    Nas atividades da indstria da construo com mais de 2 (dois)

    pavimentos a partir do nvel do meio fio, executadas no alinhamento do

    logradouro, obrigatria a construo de galerias sobre o passeio, com altura

    interna livre de no mnimo 3,00m (trs metros).

    Em caso de necessidade de realizao de servios sobre o passeio, a

    galeria deve ser executada na via pblica, devendo neste caso ser sinalizada

    em toda sua extenso, por meio de sinais de alerta aos motoristas nos 2 (dois)

    extremo s e iluminao durante a noite, respeitando-se legislao do Cdigo

    de Obras Municipal e de trnsito em vigor.

    Existindo risco de queda de materiais nas edificaes vizinhas, estas

    devem ser protegidas.Em se tratando de prdio construdo no alinhamento do terreno, a obra

    deve ser protegida, em toda a sua extenso, com fechamento por meio de tela.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    20/72

    24

    Imagem 11: Tapume

    Fonte: a autora

    3.1.9 Comisso Interna de Preveno de Acidentes - CIPA nas

    empresas da indstria da construo

    A empresa que possuir na mesma cidade um ou mais canteiros de obra

    ou frentes de trabalho, com menos de setenta empregados, deve organizar

    CIPA centralizada, portanto a Empresa CONAK, responsvel pela obra do

    Edifcio do Tower Center possui Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

    A CIPA centralizada ser composta de representantes do empregador e

    dos empregados, devendo ter pelo menos um representante titular e um

    suplente, por grupo de at cinquenta empregados em cada canteiro de obra oufrente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5.

    Ficam desobrigadas de constituir CIPA os canteiros de obra cuja

    construo no exceda a cento e oitenta dias, devendo, para o atendimento do

    disposto neste item, ser constituda comisso provisria de preveno de

    acidentes, com eleio paritria de um membro efetivo e um suplente, a cada

    grupo de cinquenta trabalhadores.

    3.2 DEFINIO DE CANTEIRO DE OBRAS

    Canteiro de obras pode ser definido como a rea destinada execuo

    das atividades do ambiente da obra e instalao das ferramentas e

    equipamentos, que so de uso indispensvel para realizao dessas atividades

    (OLIVEIRA; SERRA, 2006). Segundo a NR-18 (1996), canteiro de obras a

    rea de trabalho fixa e temporria, onde se desenvolvem operaes de apoio eexecuo de uma obra. De acordo com a NB-1367 (1991), o canteiro de obras

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    21/72

    25

    se destinada execuo e apoio dos trabalhos da indstria da construo,

    dividindo-se em reas operacionais e reas de vivncia.

    Para Limmer (1997), quanto definio do tamanho das instalaes de

    um canteiro, esse depender do tamanho e da localizao do projeto que

    dever ser realizado, e quando bem projetado o canteiro, possvel gerar

    impactos significativos nos custos e durao da obra.

    Ainda de acordo com o autor, necessrio para instalao do canteiro:

    definir o escopo da construo; realizar anlise do empreendimento os

    objetivos do proprietrio e as particularidades a serem observadas;

    desenvolver o Plano de Execuo da Construo; definir, estruturar o mtodo

    de execuo da obra e estabelecer fluxograma de materiais; estruturar os

    processos de construo, e ordenar as fases de execuo da obra; detalhar as

    fases, e definir como sero executadas; projetar as instalaes, da fbrica e

    as operacionais auxiliares; estabelecer cronograma de execuo da obra;

    definir as equipes de construo e estruturar o seu comando; estabelecer

    princpiosos de gerenciamentoe de controle de seu andamento.

    Outro aspecto relevante ao estudo do canteiro justamente referente

    sua tipologia, pois a mesma ser fundamental na elaborao do projeto do

    canteiro, sendo especfico para cada projeto.

    De acordo com Illingworth (1993), com relao tipologia, os canteiros

    de obras podem ser: restritos, amplos e longos e estreitos. Os canteiros

    restritos podem ser encontrados com maior frequncia nos grandes centros

    das cidades ou onde o custo por rea construda mais elevado, tendo em

    vista que neste caso as edificaes ocupam geralmente o terreno total na

    tentativa de aproveitar o mximo de lucro. Diante dessa realidade, o autor

    declara que necessrio ter uma ateno e um cuidado em especial noplanejamento de canteiros restritos, demonstrando clareza e objetividade nos

    critrios adotados.

    Ainda considerando a tipologia descrita por Illingworth (1993), os

    canteiros considerados amplos so aqueles no qual a edificao ocupa uma

    pequena parte do terreno completo, contribuindo com espaos significantes

    para o fluxo de materiais e pessoas, disponibilizao de reas para estocagem

    e recebimento. Os longos e estreitos possuem poucas vias de acesso ao

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    22/72

    26

    canteiro, impossibilitando o fluxo ideal de materiais e trabalhadores necessrio

    no decorrer da execuo da obra.

    Esse estudo e anlise da tipologia do canteiro permitiro a elaborao de um

    projeto que contemple com nitidez a definio dos locais que sero destinados

    aos elementos no interior do canteiro de obras.

    3.3 TIPOS DE CANTEIROS DE OBRAS

    Embora na maior parte dos canteiros predominem os barracos em

    chapas de compensado, existem diversas possibilidades para a escolha da

    tipologia das instalaes provisrias, cada uma com suas vantagens e

    desvantagens. Seja qual for o sistema utilizado, devem ser considerados os

    seguintes critrios: custos de aquisio, custos de implantao, custos de

    manuteno, reaproveitamento, durabilidade, facilidade de montagem e

    desmontagem, isolamento trmico e impacto visual. A importncia de cada

    critrio varivel conforme as necessidades da obra. Nesta seo so

    apresentados dois sistemas: um sistema racionalizado em chapas de

    compensado e o sistema de containers.

    3.3.1 Sistema tradicional racionalizado

    O sistema tradicional racionalizado representa um aperfeioamento dos

    barracos em chapa de compensado comumente utilizados, de forma a

    aumentar o seu reaproveitamento e facilitar a sua montagem e desmontagem.

    O sistema racionalizado constitui-se de mdulos de chapa de

    compensado resinado, com espessura mnima de 14 mm, ligados entre si porqualquer dispositivo que facilite a montagem e a desmontagem, tais como

    parafusos, dobradias ou encaixes.

    Os seguintes requisitos devem ser considerados na concepo do

    sistema:

    (a) Proteger as paredes do banheiro contra a umidade (requisito da NR-18),

    revestindo-as, por exemplo, com chapa galvanizada ou pintura impermevel.

    Com o mesmo objetivo, recomendvel que o piso dos banheiros sejafeito em contrapiso cimentado, e no em madeira;

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    23/72

    27

    (b) Prever mdulos especiais para portas e janelas. As janelas

    preferencialmente devem ser basculantes, garantindo iluminao natural

    instalao;

    (c) Fazer a cobertura dos barracos com telhas de zinco, as quais so mais

    resistentes ao impacto de materiais se comparadas s telhas de fibrocimento.

    Alm de usar telhas de zinco, pode ser necessria a colocao de uma

    proteo adicional sobre os barracos, como, por exemplo, uma tela suspensa

    de arame de pequena abertura;

    (d) Pintar os mdulos nas duas faces, assim como selar os topos das chapas

    de compensado, contribuindo para o aumento da durabilidade da madeira.

    (e) Prever opo de montagem em dois pavimentos, j que esta ser uma

    alternativa bastante til em canteiros restritos. Um problema que pode surgir ao

    planejar-se um sistema com dois pavimentos a interferncia com a

    plataforma principal de proteo. Nesse caso, uma soluo que tem sido aceita

    pela fiscalizao o deslocamento da plataforma para a laje imediatamente

    superior, somente no trecho em que existe interferncia.

    O mesmo sistema descrito poderia tambm ser feito com chapas

    metlicas galvanizadas, tomando-se o cuidado adicional, neste caso, de

    acrescentar algum tipo de isolamento trmico s paredes, como por exemplo,

    placas de isopor acopladas as mesmas. Deve-se estar atento ainda, para o fato

    de que o sistema apresentado pode ser aproveitado tambm em reas

    cobertas.

    3.3.2 Containers

    A utilizao de containers na construo uma prtica habitual empases desenvolvidos e uma alternativa adotada h algum tempo, por exemplo,

    em obras de montagem industrial e grandes empreendimentos. Embora

    atualmente venha ocorrendo uma disseminao do uso de containers em obras

    de edificaes residenciais e comerciais, essa opo ainda pode ser

    considerada minoritria se comparada aos barracos em madeira.

    Apesar de existir a opo de compra de container com isolamento

    trmico, o custo desta opo faz com que ela raramente seja utilizada,

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    24/72

    28

    ocasionando a principal reclamao dos operrios em relao ao sistema: as

    temperaturas internas so muito altas nos dias mais quentes.

    4 METODOLOGIA DA VISITA

    4.1 CARACTERIZAO DA VISITA

    A visita se caracteriza de forma exploratria e de observao,

    descrevendo tudo que visto e posteriormente registrado em relatrio.

    4.2 LOCAL DE VISITA

    O local de visita foi o Edifcio Tower Center, na Rua Sete de Setembro,

    lote no 35, localizado no centro da cidade de So Miguel do Oeste, Santa

    Catarina, prximo a Agncia dos Correios e Supermercado talo.

    4.3 INSTRUMENTOS

    Os instrumentos utilizados na visita so:

    _ Dirio de obras;

    _ Cmera fotogrfica.

    4.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE INFORMAES NO

    CANTEIRO DE OBRAS

    Primeiramente fez-se contato com a empresa CONAK Construo eEmpreendimentos, na qual conversou-se com o Engenheiro Civil Fernando

    Olavo Bieger, explicando os objetivos das visitas e apresentando tambm o

    pedido de autorizao.

    Pelo fato de ter mais acadmicos que necessitavam realizar as visitas no

    mesmo local, o responsvel permitiu que uma vez por semana fosse realizada

    a pesquisa, sendo que uma das condies era que fosse todos no mesmo dia e

    horrios para que no atrapalhasse o bom andamento da obra e o trabalho dosfuncionrios.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    25/72

    29

    4.5 ANLISE DA VISITA

    A anlise da visita ser feita na forma de uma discusso, relatando

    detalhadamente o que foi realizado na obra no dia da visita, caractersticas do

    canteiro de obras, organizao, desempenho, pontos positivos e negativos,

    buscando compreender o que foi aprendido em sala de aula e como realmente

    funciona as instalaes do local.

    5 GESTO DE CANTEIRO DE OBRAS

    5.1 PROCEDIMENTO PARA IMPLANTAO DE CANTEIRO DE

    OBRAS

    O processo de planejamento do canteiro visa a obter a melhor utilizao

    do espao fsico disponvel, de forma a possibilitar que homens e mquinas

    trabalhem com segurana e eficincia, principalmente atravs da minimizao

    das movimentaes de materiais, componentes e mo de obra.

    Tommelein (1992) dividiu os mltiplos objetivos que um bom

    planejamento de canteiro deve atingir em duas categorias principais:

    (a) objetivos de alto nvel: promover operaes eficientes e seguras e manter

    alta a motivao dos empregados. No que diz respeito motivao dos

    operrios destaca-se a necessidade de fornecer boas condies ambientais de

    trabalho, tanto em termos de conforto como de segurana do trabalho. Ainda

    dentre os objetivos de alto nvel, pode ser acrescentada definio de

    Tommelein (1992) o cuidado com o aspecto visual do canteiro, que inclui a

    limpeza e impacto positivo perante funcionrios e clientes. No seria exageroafirmar que um cliente, na dvida entre dois apartamentos (de obras diferentes)

    que o satisfaam plenamente, decida comprar aquele do canteiro mais

    organizado, uma vez que este pode induzir uma maior confiana em relao a

    qualidade da obra;

    (b) objetivos de baixo nvel: minimizar distncias de transporte, minimizar

    tempos de movimentao de pessoal e materiais, minimizar manuseios de

    materiais e evitar obstrues ao movimento de materiais e equipamentos.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    26/72

    30

    De acordo com Illingworth (1993), os canteiros de obra podem ser

    enquadrados dentro de um dos trs seguintes tipos: restritos, amplos e longos

    e estreitos.

    O primeiro tipo de canteiro (restrito) o mais frequente nas reas

    urbanas das cidades, especialmente nas reas centrais. Devido ao elevado

    custo dos terrenos nessas reas, as edificaes tendem a ocupar uma alta

    percentagem do terreno em busca de maximizar sua rentabilidade.

    Em decorrncia disto, Illingworth (1993) afirma que os canteiros restritos

    so os que exigem mais cuidados no planejamento, devendo-se seguir uma

    abordagem criteriosa para tal tarefa.

    Illingworth (1993) destaca duas regras fundamentais que sempre devem ser

    seguidas no planejamento de canteiros restritos:

    (a) sempre atacar primeiro a fronteira mais difcil;

    (b) criar espaos utilizveis no nvel do trreo to cedo quanto possvel.

    A primeira regra recomenda que a obra inicie a partir da divisa mais

    problemtica do canteiro. O principal objetivo evitar que se tenha de fazer

    servios em tal divisa nas fases posteriores da execuo, quando a construo

    de outras partes da edificao dificulta o acesso a este local.

    Os motivos que podem determinar uma divisa so vrios, tais como a

    existncia de um muro de arrimo, vegetao de grande porte ou um desnvel

    acentuado.

    A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo

    ocupa quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construo,

    a existncia de um layoutpermanente. Exige-se, assim, a concluso, to cedo

    quanto possvel, de espaos utilizveis ao nvel do trreo, os quais possam ser

    aproveitados para locao de instalaes provisrias e de armazenamento,com a finalidade de facilitar os acessos de veculos e pessoas, alm de

    propiciar um carter de longo prazo de existncia para as referidas instalaes.

    planejamento do canteiro deve ser encarado como um processo gerencial

    como qualquer outro, incluindo etapas de coleta de dados e avaliao do

    planejamento. sob essa tica que foi elaborado o mtodo apresentado nesse

    trabalho, o qual considera a existncia de quatro etapas para o planejamento

    de canteiros:(a) Diagnstico de canteiros de obra existentes;

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    27/72

    31

    (b) Padronizao das instalaes e dos procedimentos de planejamento;

    (c) Planejamento do canteiro de obras propriamente dito;

    (d) Manuteno da organizao dos canteiros, baseando-se na aplicao

    dos princpios dos programas 5S.

    Nas prximas sees so apresentados os procedimentos de

    implantao, os benefcios e as interfaces entre as etapas.

    O diagnstico dos canteiros de obra existentes deve ser a primeira

    atividade executada em um programa de melhorias, uma vez que so gerados

    subsdios para a realizao das etapas de padronizao e planejamento.

    O mtodo de diagnstico proposto consiste da aplicao conjunta de

    trs ferramentas: uma lista de verificao (checklist), elaborao de croqui do

    layout e registro fotogrfico.

    A lista de verificao a mais abrangente dentre as ferramentas,

    permitindo uma ampla anlise qualitativa do canteiro, no mbito da logstica e

    do layout, segundo os seus trs principais aspectos: instalaes provisrias,

    segurana no trabalho e sistema de movimentao e armazenamento de

    materiais.

    Cada um desses trs grupos envolve diversos elementos do canteiro.

    Um elemento do canteiro definido como qualquer aspecto da logstica

    no mbito dos trs grupos que merea ateno no planejamento, tais como,

    por exemplo, refeitrio, elevador de carga ou armazenamento de cimento.

    Todos os elementos devem satisfazer certos requisitos ou padres

    mnimos de qualidade para o desempenho satisfatrio de suas funes.

    Conhecer o terreno, planta de localizao, croquis especificamente no

    que diz respeito s instalaes de canteiro, a padronizao pode trazer os

    seguintes benefcios:(a) diminuio das perdas de materiais, como decorrncia do

    reaproveitamento, da melhor qualidade e da utilizao mnima de componentes

    nas instalaes (somente o especificado pelo padro, nada mais);

    (b) facilidade para o planejamento do layout dos novos canteiros, pois muitos

    dos padres so dados necessrios realizao da atividade;

    (c) contribuio para a formao de uma imagem da empresa no mercado,

    lembrando que a qualidade do padro o fator que determina se esta imagem positiva ou negativa;

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    28/72

    32

    (d) conformidade com os requisitos da NR-18 (SEGURANA, 2003), evitando

    multas e prevenindo acidentes;

    (e)possibilidade de elaborao de um modelo bsico de PCMAT.

    O processo de planejamento de canteiros de obras (Programa de

    Condies e Meio Ambiente de Trabalho) a partir dos padres estabelecidos.

    Desta forma o PCMAT refletir a realidade da empresa, ao contrrio do que

    aconteceria se a elaborao do mesmo no considerasse as reais prticas

    (padres) da empresa;

    (f) estabelecimento da base, a partir da qual o processo de introduo de

    melhorias nos canteiros implantado.

    Apesar destes benefcios potenciais, so poucas as empresas que

    possuem seus canteiros padronizados. Durante o j citado diagnstico junto

    quarenta canteiros no Rio Grande do Sul foi constatado o pouco uso da

    padronizao, tendo sido observadas as seguintes prticas:

    (a) as melhorias existentes em um canteiro no eram estendidas aos demais,

    ainda que tratassem de instalaes simples, como o uso de dosadores de gua

    ou depsitos para entulho;

    (b) a improvisao e a falta de uma estratgia definida acerca da tipologia das

    instalaes provisrias era visvel, no existindo nenhum documento que

    registrasse o sistema utilizado pela empresa. Deste modo, detectava-se o uso,

    dentro da mesma empresa, de diferentes sistemas em chapas de compensado,

    ou o uso no criterioso de instalaes em alvenaria e compensado;

    (c) as instalaes de segurana tambm eram improvisadas, salientando-se

    itens como os corrimos provisrios de escadas, proteo no poo do elevador

    e andaimes. Algumas dessas instalaes, como os guarda-corpos do poo do

    elevador, eram indevidamente retiradas pelos operrios para uso em outroslocais da obra, o que em parte devia-se ao carter precrio das mesmas.

    O processo de planejamento de canteiros de obras

    (a) sistema construtivo das instalaes provisrias;

    (b) instalaes provisrias - acessos obra: tapumes, placa da empresa,

    porto para pessoas, porto para veculos, acesso coberto;

    (c) instalaes provisrias - reas de vivncia e de apoio: planto de vendas,

    guarita do vigia, escritrio, almoxarifado, refeitrio, vestirio e instalaessanitrias;

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    29/72

    33

    (d) segurana na obra - protees contra quedas de altura: escadas, escadas

    de mo, poos de elevadores, proteo contra queda na periferia dos

    pavimentos, aberturas no piso, bandejas salva-vidas, andaimes suspensos,

    elevador de passageiros;

    (e) segurana na obra - elevador de carga;

    (f) segurana na obra - instalaes complementares: sinalizao de segurana,

    EPIs e uniforme, caixa de capacetes para visitantes, instalaes eltricas,

    proteo contra incndio, serra circular;

    (g) movimentao e armazenamento de materiais: vias de circulao, entulho,

    produo de argamassa e concreto, armazenamentos de cimento, agregados,

    blocos, ao e tubos de PVC;

    (h) planejamento de layout: envolve diretrizes para dimensionamento e locao

    das instalaes de canteiro; e

    (i) manuteno da organizao dos canteiros: programa 5S.

    Uma alternativa simples para a redao dos padres consiste na redao dos

    mesmos sob a forma de checklists, os quais apenas referenciam as pginas do

    manual nas quais podem ser encontradas as figuras necessrias sua

    interpretao.

    O processo de planejamento de canteiros de obras

    (a) anlise preliminar: esta etapa envolve a coleta e a anlise de dados, sendo

    fundamental para a execuo qualificada e gil das demais etapas. A no

    realizao completa e antecipada da anlise preliminar pode provocar

    interrupes e atrasos durante as etapas posteriores, visto que faltaro as

    informaes necessrias para a tomada de decises.

    As empresas que possuem suas instalaes de canteiro padronizadas

    realizaro com maior facilidade esta etapa, uma vez que boa parte dasinformaes requeridas esto prontamente disponveis. As principais

    informaes que devem ser coletadas nessa etapa so as seguintes: Programa

    de necessidades do canteiro: devem ser listadas todas as instalaes de

    canteiro que devero ser locadas, estimando-se a rea aproximada necessria

    para cada uma delas. Para tanto, recomenda-se o uso de um checklist .

    Informaes sobre o terreno e o entorno da obra: devem estar disponveis

    informaes tais como a localizao de rvores na calada e dentro do terreno,pr-existncia de rede de esgoto, passagem de rede alta tenso em frente ao

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    30/72

    34

    prdio, desnveis do terreno, rua de trnsito menos intenso caso o terreno seja

    de esquina, etc. Mesmo que estas informaes estejam representadas nas

    plantas dos vrios projetos, recomendvel a conferncia in loco;

    Definies tcnicas da obra: devem estar definidas as principais

    tecnologias construtivas adotadas, a fim de que se possa ter claro quais sero

    os espaos necessrios para a circulao, estocagem de materiais e reas de

    produo. So exemplos de definies desta natureza o tipo de estrutura

    (concreto usinado, pr-moldados, estrutura de ao, etc.), tipo de argamassa

    (ensacada, pr-misturada ou feita na obra), tipo de bloco de alvenaria ou tipo

    de revestimento de fachadas;

    Cronograma de mo de obra: deve ser estimado o nmero de operrios

    no canteiro para trs fases bsicas do layout, ou seja, para a etapa inicial da

    obra a etapa de pico mximo de pessoal e a etapa final ou de desmobilizao

    do canteiro;

    Cronograma fsico da obra: a elaborao do cronograma de layout

    requer a consulta ao cronograma fsico da obra, uma vez que normal a

    existncia de interferncias entre ambos. Embora o cronograma fsico original

    possa sofrer pequenas alteraes para viabilizar um layout mais eficiente,

    deve-se, na medida do possvel, procurar tirar proveito da programao

    estabelecida sem alter-la. Entretanto so comuns situaes que exigem, por

    exemplo, o retardamento da execuo de trechos de paredes, rampas ou lajes

    para viabilizar a implantao do canteiro. Alm destas anlises de atrasos ou

    adiantamento de servios, o estudo do cronograma fsico permite a coleta de

    outras informaes importantes para o estudo do layout, como, por exemplo, a

    verificao da possibilidade de que certos materiais no venham a ser

    estocados simultaneamente a outros (blocos e areia, por exemplo), o prazo deliberao de reas da obra passveis de uso por instalaes de canteiro, prazo

    de incio da alvenaria (para reservar rea de estocagem de blocos), etc.;

    Consulta ao oramento: com base no levantamento dos quantitativos de

    materiais e no cronograma fsico, podem ser estimadas as reas mximas de

    estoque para os principais materiais.

    (b) arranjo fsico geral: a etapa de definio do arranjo fsico geral, tambm

    denominado de macro-layout, envolve o estabelecimento do local em que cadarea do canteiro (instalao ou grupo de instalaes) ir situar-se, devendo ser

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    31/72

    35

    estudado o posicionamento relativo entre as diversas reas. Nesta etapa, por

    exemplo, define-se de forma aproximada, a localizao das reas de vivncia,

    reas de apoio e rea do posto de produo de argamassa;

    (c) arranjo fsico detalhado: envolve o detalhamento do arranjo fsico geral, ou a

    definio do micro-layout, no qual estabelecida a localizao de cada

    equipamento ou instalao dentro de cada rea do canteiro. Nesta etapa

    define-se, por exemplo, a localizao de cada instalao dentro das reas de

    vivncia, ou seja, as posies relativas entre vestirio, refeitrio e banheiro,

    com as respectivas posies de portas e janelas;

    (d) detalhamento das instalaes: definido o arranjo fsico do canteiro, faz-se

    necessrio planejar a infraestrutura necessria ao funcionamento das

    instalaes. Desta forma, com base nos padres da empresa, devem ser

    estabelecidos, por exemplo, a quantidade e tipos de mesas e cadeiras nos

    refeitrios, quantidades e tipos de armrios nos vestirios, tcnicas de

    armazenamento de cada material, tipo de pavimentao das vias de circulao

    de materiais e pessoas, local e forma de fixao das plataformas de proteo,

    etc.;

    (e) cronograma de implantao: este cronograma deve apresentar

    graficamente o sequenciamento das fases de layout, alm de explicitar as

    fases ou eventos da execuo da obra (concretagem de uma laje, por exemplo)

    que determinam uma alterao no layout. O cronograma de implantao pode

    estar inserido no plano de longo prazo de produo, sendo til para a

    divulgao do planejamento, para a programao da alocao de recursos aos

    trabalhos de implantao do canteiro, e, ainda, para o acompanhamento da

    implantao, facilitando a identificao.

    O layout j deve ser estudado a partir do momento em que estiverdisponvel o anteprojeto arquitetnico do edifcio. Contudo, nessa etapa ainda

    no h necessidade de dimensionar e locar com preciso as instalaes.

    A considerao do layout j nesta etapa tem como principal objetivo

    permitir que, na medida do possvel, o projeto arquitetnico e os projetos

    complementares possam considerar as necessidades do projeto do canteiro de

    obras. Tal prtica tende a evitar que o projeto do canteiro seja, como ocorre

    muitas vezes, uma mera consequncia das restries impostas pelos projetosexecutivos.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    32/72

    36

    Obviamente que as interferncias do canteiro nos outros projetos no

    iro implicar em mudanas radicais na concepo inicial dos projetos. Embora

    as mudanas devam se limitar a intervenes de pequeno impacto, elas podem

    ser fundamentais para a viabilizao de um layout eficiente. Dentre os assuntos

    que podem ser objeto de interveno podem ser citadas a largura ou o

    dimensionamento de uma rampa para passagem de caminhes ou a execuo

    de um detalhe na fachada para viabilizar a colocao de uma grua.

    O planejamento do canteiro deve preferencialmente ser coordenado pelo

    gerente tcnico da obra. Alm deste, fundamental a participao do mestre

    de obras e de representantes dos empreiteiros envolvidos. Caso o estudo seja

    feito ainda durante a etapa de anteprojeto, deve ser elaborada uma planta de

    anteprojeto do canteiro para ser encaminhada a todos os projetistas, a fim de

    que todos verifiquem a existncia de eventuais interferncias com seus

    projetos.

    comum que exista entre os profissionais da construo civil a

    percepo de que canteiros de obra so locais destinados a serem sujos e

    desorganizados, caractersticas determinadas pela natureza do processo

    produtivo e pela baixa qualificao da mo de obra. Os diagnsticos realizados

    junto aos quarenta canteiros de obra, confirmaram que, na maior parte destas

    obras, a desorganizao dos canteiros realmente confirma esta percepo.

    Entretanto, algumas obras mostraram-se significativamente superiores

    s demais em termos de limpeza e organizao. A causa identificada para essa

    melhor situao foi a existncia, nestas empresas, de programas de

    envolvimento dos funcionrios gesto do canteiro. Tais programas, atravs

    de treinamento, colocao de metas, avaliao de desempenho e premiaes,

    conscientizavam e estimulavam os trabalhadores a manter a obra limpa eorganizada.

    Estes programas tm como base os princpios dos programas 5S, os

    quais visam a criar nas organizaes um ambiente propcio a implantao de

    programas de qualidade, atravs do desenvolvimento de cinco prticas ou

    sensos nos indivduos: descarte (seiri), ordem (seiton), limpeza (seiso), asseio

    (seiketsu) e disciplina (shitsuke) (OSADA, 1992).

    A primeira prtica, o descarte, tem como princpio identificar materiais ouobjetos que so desnecessrios no local de trabalho e encaminh-los ao

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    33/72

    37

    descarte, retirando-os do canteiro de obras. Alm de liberar reas do canteiro,

    o descarte pode resultar em benefcios financeiros atravs da venda dos

    materiais.

    A segunda prtica, a organizao, visa a estabelecer lugares certos para

    todos os objetos, diminuindo o tempo de busca pelos mesmos. A

    implementao da prtica pode se dar atravs de comunicao visual e

    padronizao. A definio de lugares certos para cada documento no escritrio,

    etiquetamento de prateleiras de materiais no almoxarifado ou o uso de uma cor

    diferente nos capacetes dos visitantes, so exemplos de prticas adotadas.

    A terceira prtica, a limpeza, visa a, alm de tornar mais agradvel o

    ambiente de trabalho, melhorar a imagem da empresa perante clientes e

    funcionrios e facilitar a manuteno dos equipamentos e ferramentas. Um

    local mais limpo mais transparente, permitindo a identificao visual de

    problemas e facilitando o acesso aos equipamentos.

    A quarta prtica, o asseio, tem como objetivos conscientizar os

    trabalhadores acerca da importncia de manter a higiene individual, assim

    como de manter condies ambientais satisfatrias de trabalho, tais como os

    nveis de rudo, iluminao e de temperatura.

    A ltima prtica, a da disciplina, visa a desenvolver a responsabilidade

    individual e a iniciativa dos trabalhadores, podendo ser desenvolvida atravs do

    treinamento. Esta prtica pode ser medida, por exemplo, atravs dos nveis de

    utilizao dos equipamentos de proteo individual (EPI).

    Diversas empresas de construo tm implantado programas de

    manuteno

    da organizao dos canteiros com base nestes princpios, porm em muitos

    casos sem a utilizao do termo 5S ( comum o programa SOL -segurana,organizao e limpeza) e sem um estudo mais aprofundado de suas

    recomendaes de implantao, o que tem limitado sua eficincia. Tratando

    especificamente da aplicao do programa 5S organizao dos canteiros,

    sugerem-se as seguintes diretrizes para implantao:

    (a) definir critrios objetivos de avaliao: devem ser listados os itens do

    canteiro a serem avaliados e estabelecidos os critrios de avaliao para cada

    item. Deve ser observado que os critrios de avaliao devem ser alterados na

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    34/72

    38

    medida em que j estiverem incorporados rotina do canteiro, sendo

    substitudos por critrios novos ou mais exigentes.

    (b) estabelecer avaliadores e periodicidade de avaliao: a avaliao no deve

    ser feita unicamente por algum diretamente interessado no seu resultado, tal

    como o mestre, os operrios ou o engenheiro da obra. Assim, recomendvel

    que alm da participao de membros internos obra, exista tambm um

    avaliador externo, representado, por exemplo, por outro engenheiro da

    empresa ou um consultor. Quanto periodicidade de avaliao, a prtica mais

    comum a avaliao semanal, podendo ou no ter dia e horrio pr-fixados. O

    fato de no haver um dia preestabelecido normalmente vantajoso, uma vez

    que evita a organizao circunstancial do canteiro.

    (c) estabelecer sistema de premiao: devem ser tomados alguns cuidados na

    definio da premiao, uma vez que a mesma constitui importante fator de

    motivao dos funcionrios envolvidos no programa. Inicialmente, deve-se

    estabelecer se a premiao (e no a avaliao) ser individual ou coletiva.

    Recomenda-se que a definio da premiao seja feita em conjunto com os

    trabalhadores, podendo ser alterada no decorrer do tempo. Outro assunto

    importante o estabelecimento do patamar de desempenho necessrio para

    receber a premiao. Nesse sentido, sugere-se a definio de um limite mnimo

    de desempenho, acima do qual todas as obras da empresa sero premiadas,

    mesmo que alguma obra se sobressaia sobre as demais. Um sistema de

    concorrncia entre obras poderia ser utilizado paralelamente a este, dando um

    prmio adicional para a melhor obra. Contudo, o uso exclusivo do sistema de

    concorrncia no recomendvel, j que poderia ocorrer favorecimento de

    obras com determinadas caractersticas ou fases de execuo mais fceis de

    serem gerenciadas.(d) forma de expressar os resultados: os itens e critrios de avaliao, assim

    como os resultados da mesma, devem ser expressos no canteiro da forma

    mais transparente e objetiva possvel, de modo que todos os trabalhadores

    possam compreender seu significado.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    35/72

    39

    5.2 ESTOQUE DE MATERIAIS

    O principal fator a considerar no dimensionamento do almoxarifado o

    porte da obra e o nvel de estoques da mesma, o qual determina o volume de

    materiais e equipamentos que necessitam ser estocados. O tipo de material

    estocado tambm uma considerao importante. No caso da estocagem de

    tubos de PVC, por exemplo, necessrio que ao menos uma das dimenses

    da instalao tenha, no mnimo, 6,0 m de comprimento.

    Deve-se observar que o volume estocado varivel ao longo da

    execuo da obra, de modo que, em relao fase inicial da obra, pode haver

    necessidade de ampliar a rea disponvel nas fases seguintes em duas ou

    mais vezes. Em um estudo de caso realizado, esta variao dimensional ficou

    bastante evidente: o almoxarifado inicial ocupou uma rea de apenas 3,6 m,

    sendo a mesma posteriormente ampliada para 30 m. Em seis obras de porte

    semelhante (prdios de seis a nove pavimentos com rea construda mdia de

    aproximadamente 1600 m a rea mdia do almoxarifado, para a situao mais

    desfavorvel ao longo da execuo, foi de 27 m.

    O almoxarifado abriga as funes de armazenamento e controle de

    materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, prximo a trs outros

    locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridades: ponto de

    descarga de caminhes, elevador de carga e escritrio.

    A necessidade de proximidade com o ponto de descarga de caminhes

    e com o elevador de carga evidente. No primeiro caso, a justificativa o fato

    de que muitos materiais so descarregados e armazenados diretamente no

    almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vrios destes materiais

    devem ser, no momento oportuno, transportados at o seu local de uso nospavimentos superiores, usualmente atravs do elevador. J a proximidade com

    o escritrio desejvel devido aos frequentes contatos entre o mestre de-

    obras e o almoxarife, facilitando-se, assim, a comunicao entre ambos.

    Caso exista almoxarife, a configurao interna do almoxarifado deve ser

    tal que a instalao seja dividida em dois ambientes: um para armazenamento

    de materiais e ferramentas (com armrios e etiquetas de identificao), e outro

    para sala do almoxarife, com janela de expediente, atravs da qual so feitasas requisies e entregas. Ainda importante lembrar que no almoxarifado (ou

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    36/72

    40

    no escritrio) deve ser colocado um estojo com materiais para primeiros

    socorros.

    Nos canteiros onde existem subempreiteiros de menor porte no

    vinculados ao empreiteiro principal da obra (os de instalaes hidrulica e

    eltrica, por exemplo), frequentemente esses subempreiteiros utilizam uma

    mesma dependncia para as funes de vestirio e almoxarifado. Embora no

    seja recomendvel, alguns subempreiteiros resistem ao abandono dessa

    prtica, justificando-se na preocupao em zelar pelas suas ferramentas e pelo

    pouco entrosamento com os demais operrios da obra.

    Uma desvantagem dessa situao o fato de que muitas vezes difcil

    locar este vestirio-almoxarifado extra prximo do ponto de descarga de

    caminhes, do elevador de carga e das instalaes sanitrias da obra, sendo

    necessrio estabelecer prioridades. Devido ao volume relativamente pequeno

    de materiais e ferramentas, que geralmente so guardados nestes

    almoxarifados, e com o objetivo de otimizar o uso das instalaes

    hidrossanitrias, recomenda-se priorizar a locao destes subempreiteiros em

    posio prxima aos banheiros. Outro aspecto negativo o fato de que a

    situao d margem para que outros subempreiteiros de menor porte tambm

    passem a exigir instalaes privativas, criando dificuldades de layout

    semelhantes s citadas.

    Em relao ao controle de retirada e entrega de ferramentas, uma boa

    medida a implantao de uma sistemtica formal de registro e cobrana

    diria das ferramentas entregues aos trabalhadores.

    Para o controle de entrada e sada de materiais, a tcnica mais simples

    a utilizao de planilhas de controle de estoque, as quais devem conter

    campos tais como fornecedor, especificao do material, local de uso, saldo,datas de entrega e retirada e responsvel pela retirada.

    5.3 ELEMENTOS DO CANTEIRO DE OBRAS

    Os elementos do canteiro podem ser aqueles que esto ligados

    diretamente com o processo de produo, como por exemplo, os locais

    reservados no canteiro para armao de ferragem ou carpintaria ou tambmpodendo estar ligados de forma indireta dando apoio a produo, no caso das

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    37/72

    41

    reas destinadas para estoque de materiais no interior do canteiro de obras,

    complementando ainda tem-se as reas de apoio administrativo, os

    laboratrios para efetuar testes e ensaios, entre outros.

    Segundo Ferreira e Franco (1998), precisa-se definir as prioridades para

    alocao dos elementos no canteiro, analisar os espaos necessrios e

    disponveis, considerando as restries existentes sua utilizao. A

    priorizao dos elementos do canteiro de obras deve ser realizada com o

    intuito de garantir que os elementos mais importantes para o processo de

    produo da edificao tenham condies de ser alocados em condies mais

    adequadas, e os outros elementos ajustados s condies disponveis,

    inclusive alterao das especificaes de espao, ou alocados em rea fora do

    canteiro, se for o caso.

    Porm no processo de produo de um empreendimento existem

    diversas fases, e essas por sua vez passam por vrias mutaes. Tendo em

    vista que, a logstica do canteiro est relacionada com essas mudanas de

    fases, isso implicar consequentemente em determinadas variaes do arranjo

    fsico do canteiro. No decorrer de execuo da obra, o canteiro modifica-se

    constantemente em funo da matria prima a ser utilizada, da locao de mo

    de obra do servio, disposio dos materiais, mquinas e equipamentos, entre

    outros.

    Segundo Formoso (1999), o canteiro de obras se apresenta sempre em

    constante mutao, pois ao decorrer do prazo de execuo da obra, fato a

    existncia de grandes mudanas fsicas das instalaes do canteiro, conforme

    o transcorrer das etapas de construo do empreendimento.

    Ferreira e Franco (1998), quando definido o arranjo fsico que contemple as

    diversas fases do processo de produo da obra no canteiro, deve-se realizar odetalhamento dos elementos, com a diviso funcional de cada ambiente e a

    localizao de mveis, mquinas, instrumentos e equipamentos, seguindo os

    mesmos princpios do arranjo fsico do canteiro. Deve-se incluir o projeto

    evolutivo das fases do canteiro de obras, os fluxos dos processos,

    especificaes para recebimento, armazenamento e movimento de materiais,

    recomendaes para mobilizao, desmobilizao, operao e manuteno

    dos equipamentos, especificaes dos diferentes elementos do canteiro, e

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    38/72

    42

    recomendaes para comunicao, iluminao, sinalizao e limpeza no

    interior do canteiro.

    O processo de produo inicia-se com a fase de formao da ideia do

    tipo de edificao que poder ser construda, dando sequncia com o

    planejamento do canteiro de obras, avaliao dos suprimentos necessrios

    para a construo de acordo com a etapa que se encontra o empreendimento,

    manuteno de equipamentos, instrumentos e mquinas a serem utilizadas na

    obra, execuo e para finalizar a limpeza do terreno para entrega da

    edificao, de acordo com o prazo previsto de entrega, visando ainda

    racionalizao dos recursos.

    Salim e Formoso (2006), definem o planejamento do canteiro de obras

    sendo simplesmente como: o planejamento da logstica e do layout das suas

    instalaes temporrias, estocagem e armazenagem de materiais da obra, e as

    instalaes de segurana.

    De acordo com Tommelein et al. (1992), bons projetos de canteiro

    devem atender e alcanar diversos objetivos, e esses so classificados como:

    objetivos de alto nvel e baixo nvel.

    Segundo o autor, os objetivos de alto nvel so: promover operaes

    eficientes e seguras, manter os trabalhadores motivados na obra,

    proporcionando ambiente de trabalho agradvel tanto no que diz respeito

    segurana do trabalho como na organizao e limpeza do canteiro, gerando

    impacto positivo perante os funcionrios e clientes. Os considerados de baixo

    nvel so: minimizao de deslocamento no transporte de materiais e

    equipamentos, reduo dos tempos de movimentao de trabalhadores e

    materiais, minimizao no manejo de materiais e evitar obstruo nas vias de

    circulao de materiais e equipamentos. No entanto, para ser considerado umbom projeto dever atingir os objetivos de alto nvel e baixo nvel.

    Contudo, na elaborao do projeto necessrio que se oferea uma

    ateno especial, para que assim, seja possvel atingir os resultados desejados

    na construo do empreendimento. Portanto, essencial que o arranjo fsico

    do canteiro de obras seja feito atravs de um projeto cuidadosamente

    elaborado que contemple a execuo do empreendimento como um todo,

    prevendo as diferentes fases da obra e as necessidades e condicionantes paracada uma delas (FRANCO, 1992).

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    39/72

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    40/72

    44

    circulao, no transporte de materiais, movimentao de pessoas e

    trabalhadores, equipamentos e instrumentos utilizados no transcorrer da obra.

    necessrio, portanto alocar espaos do terreno total da obra tanto para

    recebimento e armazenamento de materiais, como vias de circulaes dos

    materiais, equipamentos e movimentao da prpria mo de obra.

    Vale ressaltar que o projeto arquitetnico importante na localizao

    dos espaos onde sero arranjados os elementos do canteiro, uma vez que

    dispe das informaes de localizao no terreno total do desenho da obra,

    limitando-se a partir da os espaos que sero destinados para esses

    elementos.

    Ainda com relao s disposies dos elementos no canteiro, que pode

    ser considerada como outro fator interferente no andamento da obra se

    realizadas de forma errnea.

    possvel observar que nesse caso o critrio utilizado para alocao

    dos elementos feito aleatoriamente, logo provvel que se tenha um

    deslocamento maior desse local at a construo da obra, aumentando o

    tempo de deslocamento do trabalhador ao local do servio.

    Porm devem-se minimizar as distncias, que consequentemente

    acarretar na reduo do tempo de transferncia de um local para outro, do

    operrio no transporte de materiais, mquinas e equipamento. Ao no se definir

    reas claras e objetivas para recebimento, armazenagem e movimentao dos

    insumos o que comum de se observar na construo de edificaes, termina-

    se impossibilitando a fluncia e a eficcia no processo produtivo, acarretando

    efeitos nocivos de segurana do trabalho no canteiro de obras. (SANTOS,

    1995).

    Saurim e Formoso (2006), ao propor diretrizes para movimentao earmazenamento de materiais no canteiro necessrios ao seu planejamento,

    agruparam essas em nove categorias, so elas: dimensionamento das

    instalaes, definio do layout das reas de armazenamento, posto de

    produo de argamassa e concreto, vias de acesso, disposio do entulho,

    armazenamento de cimentos e agregados, armazenamento de blocos e tijolos,

    armazenamento de ao e armaduras, e armazenamento de tubos de PVC.

    Saurim e Formoso (2006) ainda relatam que, no estudo do layout docanteiro deve-se procurar que os materiais sejam descarregados o mais

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    41/72

    45

    prximo possvel do local de uso, ou sejam descarregados o mais prximo

    possvel do equipamento de transporte vertical.

    Na busca por maximizao dos lucros de produo deve-se eliminar

    todas as disfunes do sistema produtivo, sendo uma delas o processo de

    transporte, manuseio e armazenagem de materiais realizados de maneira

    inadequada, contribuindo assim para ocorrncia de acidentes e/ou doenas do

    trabalho (RODRIGUES, 1985).

    As aes desenvolvidas pelos trabalhadores tambm devem ser

    analisadas e at mesmo cronometradas, tendo em vista que podem ocorrer

    pausas que no foram planejadas em decorrncia de ausncia do trabalhador

    no local do servio ou diminuio na progresso das atividades executadas.

    notvel a interferncia do tempo de execuo das atividades no andamento da

    obra.

    possvel observar em determinadas construes, durante algumas

    fases dos empreendimentos, s execues das obras sendo interrompidos, por

    falta de material, equipamentos ou at mesmo de mo de obra. De acordo com

    Limmer (1997), tal como o cronograma de mo de obra, tambm o cronograma

    de materiais e de equipamentos incorporados ao empreendimento baseia-se

    no cronograma fsico do projeto e objetiva fornecer ao setor de suprimentos,

    com a devida antecedncia, todos os dados referentes aos fornecimentos

    necessrios implementao do projeto durante todas as etapas da sua fase

    de construo, vindo a contribuir com o processo de sequncia das atividades

    planejadas, cumprindo com os prazos estabelecidos para execuo de cada

    uma delas.

    O entulho e objetos que no tem mais finalidade, na produo no interior

    do canteiro de obras e mesmo assim permanecem no local de trabalho, geramuma sujeira e desorganizao no canteiro, obstruo das vias de circulao,

    alm de tornar o local mais susceptvel ocorrncia de acidentes de trabalho.

    Portanto, preciso descart-los do canteiro para assim proporcionar

    visualmente um ambiente mais limpo e organizado, alm de liberar uma rea

    que antes era inutilizada. Desta forma garante segurana durante todo o

    processo de execuo da obra. Sendo assim importante analisar os

    componentes necessrios para se implantar o projeto do canteiro a fim dediminuir os desperdcios gerados durante a execuo da obra.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    42/72

    46

    5.4 DESPERDCIO DE MATERIAIS

    A indstria da construo civil foco das discusses no que diz respeito

    ao consumo exagerado de materiais e elevada produo de desperdcios.

    Relacionado com a organizao do canteiro de obras, o desperdcio no pode

    ser visto apenas como material refugado, considerado como meros rejeitos,

    mas sim como toda e qualquer perda durante o processo.Portanto qualquer

    utilizao de recursos alm do necessrio para produo de determinado

    produto, ser caracterizado como desperdcio.

    Segundo Sabado e Cruz (2005) as empresas tm procurado maximizar

    os lucros e para isso fazem uso de ferramentas para diminuir as perdas nos

    processos produtivos. O aumento da competitividade estimula as empresas a

    buscarem um diferencial competitivo.

    Atualmente, o setor da construo civil tem demonstrado preocupao

    em controlar e gerenciar as atividades relacionadas ao transporte de materiais

    e aos desperdcios gerados nos canteiros de obras, com objetivo de minimizar

    os custos e maximizar os lucros da produo, alm de garantir segurana

    durante o processo. Um exemplo dessa preocupao o aumento significante

    do uso de sistemas de paletizao no transporte de materiais nas obras,

    buscando promover reduo de tempo e evitar as possveis perdas existentes

    no processo de transporte.

    O uso de sistemas paletizados proporciona significativas melhorias na

    reduo de tempo e trabalhadores. Tanto no descarregamento na conferncia

    nos veculos transportadores como na movimentao no interior do canteiro,

    permitindo a diminuio de pessoal e do tempo. Alm disso, gera reduo nosndices de perdas diretas por quebras de materiais ou possveis prejuzos em

    decorrncia de choques que ocorrem durante a movimentao (SILVA;

    CARDOSO, 2000).

    No transporte de materiais as perdas podem ocorrer devido ao manuseio

    inadequado dos materiais e a m programao desse manuseio, em alguns

    casos determinados materiais no seu estado final acaba tendo que retornar por

    causa de excesso, caso em que a falha est relacionada ao layout ineficientedo projeto (FETZ, 2009).

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    43/72

    47

    O planejamento e manuteno de um layout do canteiro de obra ajudam

    a reduzir as movimentaes de materiais, diminuindo assim o gasto com mo

    de obra para realizar estas atividades (BEZERRA, 2010).

    Foi com a nova filosofia de produo que o controle e gerenciamento

    sobre essas atividades alcanaram destaque. Koskela (1992) foi um dos

    responsveis por essa nova filosofia de produo na Construo civil que se

    contrape a filosofia de produo tradicional.

    Segundo o autor, a nova filosofia de produo esta firmada na

    observao de que se tm dois aspectos em todo sistema de produo, so

    eles: Converso e Fluxo. Somente as atividades de converso agregam valor

    ao material ou a uma parte de informao, desta forma origina se o produto

    final. Enquanto as demais atividades consomem custo e tempo. Logo, as

    atividades de fluxo que no agregam valor ao produto devem apresentar

    melhorias nos seus processos, no entanto as duas atividades esto

    intimamente ligadas, da a necessidade de primeiramente enfocar procurando a

    minimizao ou eliminao desse tipo de atividades, para que assim as

    atividades que agregam valor ao produto sejam desenvolvidas com mais

    eficincia.

    Acrescenta ainda que, os dois aspectos apresentados acima, devem ser

    considerados no projeto, controle e melhorias no sistema de produo. Os

    princpios gerenciais da filosofia de produo tradicional consideram que todas

    as atividades agregam valor ao produto final.

    Ressalta-se, que a melhoria da eficincia do uso de materiais dever

    contribuir significativamente na reduo dos desperdcios e consequentemente

    crescimento na produtividade da empresa.

    5.5 RECICLAGEM NA CONSTRUO E DESTINO DOS ENTULHOS

    O entulho da construo civil uma montanha diria de resduos

    formada por argamassa, areia, cermicas, concretos, madeira, metais, papis,

    plsticos, pedras, tijolos, tintas, etc.tornou-se um srio problema nas grandes

    cidades brasileiras. E deveria estar na pauta das administraes municipais, j

    que a partir de julho de 2004, de acordo com a resoluo 307 do ConselhoNacional do Meio Ambiente (CONAMA), as prefeituras estaro proibidas de

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    44/72

    48

    receber os resduos de construo e demolio no aterro sanitrio. Cada

    municpio dever ter um plano integrado de gerenciamento de resduos da

    construo civil.

    A quantidade de entulho gerado nas construes que so realizadas nas

    cidades brasileiras demonstra um enorme desperdcio de material. Os custos

    este desperdcio so distribudos por toda a sociedade, no s pelo aumento

    do custo final das construes como tambm pelos custos de remoo e

    tratamento do entulho. Os entulhos provenientes das construes nas cidades

    brasileiras acarretam srios desperdcios de materiais, custos de remoo e

    Tratamento.

    Estes resduos de construo civil so gerados por demolies, obras

    em processo de renovao, em razo do desperdcio de materiais resultante da

    caracterstica artesanal da construo.

    No Brasil, 98% das obras ainda utilizam mtodos tradicionais (MARINHO,

    1991).

    A reciclagem de entulho prope uma soluo para os materiais que so

    inevitavelmente perdidos. Esta medida permite a reutilizao de matrias-

    primas, diminuindo a demanda por mais matria e o consumo energtico, alm

    de proteger o meio-ambiente.

    Embora ainda no existam estatsticas de todo o pas, em mdia, o

    entulho que sai dos canteiros de obra brasileiros composto segundo

    Camargo (1995), basicamente por:

    _ 64% de argamassa;

    _ 30% de componentes de vedao (tijolos e blocos);

    _ 6% de outros materiais (concreto, pedra, areia, metlicos e plsticos).

    possvel triturar mais de 90% do entulho, para ser utilizado comoagregado, na produo de componentes de construo e argamassas. So

    estas possibilidades de reutilizao, que este trabalho ir tratar e estudar de

    maneira a demonstrar a importncia do tratamento dos resduos da construo

    civil, tornando o que era lixo em matria-prima novamente.

    A importncia da reciclagem fundamental porque transforma

    montanhas de resduos de construo em pilhas de matria-prima, que

    abastecero novos empreendimentos, tendo como consequncia direta adiminuio da presso sobre o consumo destes bens naturais.

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    45/72

    49

    A reutilizao um processo de reaplicao de um resduo, sem

    transformao do mesmo, consiste no aproveitamento do resduo nas

    condies em que descartado, sem qualquer alterao fsica, submetendo-o

    a pouco ou nenhum tratamento; exigindo apenas operaes de limpeza,

    embelezamento, identificao, entre outras, modificando ou no a sua funo

    original.

    A reciclagem o processo de reaproveitamento de um resduo, aps ter

    sido submetido transformao. O resduo retorna ao sistema produtivo como

    matria prima. Pode ser considerada como uma forma de tratamento de parte

    do resduo slido gerado.

    5.6 LIMPEZA DO CANTEIRO

    Todo projeto de construo civil envolve uma grande quantidade de

    materiais e funcionrios que esto, na maioria das vezes, trabalhando em um

    cronograma apertado. No nenhuma surpresa que, no final da maioria dos

    projetos, o canteiro de obras esteja bastante confuso, cheio de detritos,

    materiais extras e sujeira.

    Antes que o prdio possa ser considerado completo, o local deve ser

    limpo de todos os materiais de construo e o canteiro de obras deve ser limpo

    de cima para baixo. Esse trabalho tipicamente realizado por uma equipe de

    limpeza de construo.

    As grandes empresas podem ter um departamento especfico para essa

    finalidade em suas equipes ou elas podem terceirizar o trabalho de limpeza

    para outras companhias especializadas.

    A primeira providncia investigar os requisitos de reciclagem da suaregio. Na maioria dos estados, as construtoras so obrigadas a reciclar alguns

    materiais, incluindo madeira, drywall, metal e at mesmo concreto. Em So

    Miguel do Oeste no existe nenhuma empresa que realize este trabalho, a

    usina de reciclagem de entulhos da construo civil mais prxima e

    especializada em reciclagem fica na cidade de Chapec, SC, cerca de 250 km

    de distncia. Uma empresa em So Miguel do Oeste possui uma mquina que

    tritura alguns tipos de material para ser utilizado posteriormente, mas no setem conhecimento do seu funcionamento e suas especificaes.

    http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/construcao-civil/http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/construcao-civil/
  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    46/72

    50

    A contratao e transporte at a cidade de Chapec torna-se invivel

    monetariamente, tornando invivel esta prtica, por isso estudos esto sendo

    realizados para implantao de uma usina de reciclagem de lixo da construo

    civil nesta cidade, na qual atenderia boa parte da regio extremo este, j que

    So Miguel do Oeste encontra-se centralizada, facilitando atendimento de

    todas empresas interessadas.

    6 ANLISE DA VISITA AO EDIFCIO TOWER CENTER

    A visita de obra aconteceu no Edifcio Tower Center nos dias: 31 de

    julho, 08, 15 e 29 de agosto de 2012, sempre com acompanhamento do

    Engenheiro responsvel pela obra ou Tcnico em Segurana do Trabalho.

    Como eram muitos alunos realizando a visita, esta sempre foi feita em

    grupos, com data e horrio pr agendados para no atrapalhar o

    desenvolvimento da obra. Observando que a visita realizada do dia 31 de

    agosto foi feita de maneira individual pois por motivo de vnculo de estgio,

    desde o inicio da construo houve acompanhamento do desenvolvimento do

    canteiro de obras.

    O Edifcio Tower Center uma edificao comercial e residencial,

    localizado na Rua Sete de Setembro, lote no 53, centro da cidade de So

    Miguel do Oeste, Santa Catarina.

    A construo em alvenaria, com estrutura de concreto armado, com doze

    pavimentos, dividido em duas torres, conforme descrio a seguir:

    PAVIMENTO REA

    PAVIMENTO Trreo 454,71m

    2 PAVIMENTO 470,60m

    3 PAVIMENTO 470,60m

    4 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    5 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

  • 7/25/2019 Relatorio 1 DIANA

    47/72

    51

    6 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    7 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    8 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    9 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    10 PAVIMENTO (tipo) 370,83m

    Garagem G01 390,05m2

    Garagem G02 506,35m2

    Garagem G03 389,48m2

    Garagem G04 340,48m2

    rea de festas 353,75m2

    REA TOTAL 6.342,66m

    A zona de construo do edifcio se encontra na rea central de So

    Miguel do Oeste, sendo que foi aprovado sob o antigo Plano Diretor Municipal.

    O projeto havia sido enviado para aprovao na prefeitura em julho de

    2011 e s foi liberado em junho de 2012, como o pedido havia sido feito antes

    de o novo PDM entrar em vigor, ficou aprovados ace